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Problemas Teológicos
Causados pelo
Sistema Escatológico
Pré-Tribulacionista
Edinaldo Nogueira
Analisando os Problemas Teológicos
Causados pelo Sistema
Escatológico Pré-Tribulacionista
(para uma maior compreensão do assunto,
examine pessoalmente todas as referências bíblicas citadas)
Edinaldo Nogueira
E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com
(caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail)
2ª impressão, 2013
Edinaldo Nogueira
330 páginas
Escatologia
Com prévia e expressa permissão do autor, toda parte deste livro pode
ser reproduzido ou armazenado sob qualquer forma ou processo, seja
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação, conquanto
que se evite o plágio, o comércio, o lucro e reconheça a autoria do
escritor.
Direitos Autorais
EDINALDO NOGUEIRA
Dedicatória
Prefácio..................................................................................................................003
3º Problema Teológico: Qual das duas fases ele vem como ladrão?........................021
4º Problema Teológico: Qual das duas fases ele vem como o relâmpago?........024
9º Problema Teológico: O pré-tribulacionista faz uma distinção entre 'o Dia da vinda'
de Jesus para arrebatar a Igreja com 'o Dia do Senhor'..............................................076
13º Problema Teológico: A onde está escrito na Bíblia os sete anos tão citados pelos
pré-tribulacionistas?...............................................................................................1 13
17º Problema Teológico: Uma segunda chance para a salvação após o arrebatamento
da Igreja é incompatível com os ensinos de Cristo e dos Seus apóstolos.........148
25º Problema Teológico: O pré-tribulacionista não nos diz o que acontecerá com a
nação de Israel depois do Milênio............................................................................254
Conclusão .............................................................................................................325
Bibliografia ...........................................................................................................329
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
PREFÁCIO
Edinaldo Nogueira
04
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
1º PROBLEMA TEOLÓGICO:
O pré-tribulacionista diz que o forte da sua doutrina é a iminência do
Arrebatamento da Igreja, que pode se dá a qualquer momento
seja para ele “um dos mais fortes e eloqüentes sinais da [iminente] volta
de Cristo Jesus” (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004,
pág.25). Porque afirmar isso seria malograr o arrebatamento, e frustrar a
teoria do 'qualquer momento', já que até hoje o templo judaico em
Jerusalém ainda não foi reconstruído. Contudo, eles não podem fugir de
que o arrebatamento precisará esperar o Anticristo nascer, crescer,
estudar, e pelo menos ter 30 anos de idade, para poder está pronto a
assumir o trono mundial após o rapto iminente da Igreja. Ou o Anticristo
será qualquer pé de chinelo? Assim escreveu o pré-tribulacionista
Eurico Bergstén:
'...vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor'.
Esse é o âmago da vigilância! Note que Jesus não disse: 'vigiem,
porque o seu Senhor virá a qualquer momento'. Jesus continua:
'mas entendam isso: se o dono da casa soubesse a que hora da
noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua
casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar
preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que
vocês menos esperam'.
Veja que o dono da casa não sabe quando vem o ladrão, porém o
ladrão sabe muito bem quando ele vem! Nós temos que estar esperando
a toda hora, não porque o arrebatamento acontecerá a qualquer
momento, mas porque o dia que o Senhor estabeleceu pode ser hoje.
Jamais podemos dizer como o servo insensato: 'Meu Senhor está
demorando', pois que 'o Senhor daquele servo virá num dia em que ele
não espera e numa hora que não sabe' (vv.48,49). Temos pois que supor
que o Dia estabelecido pode ser hoje.
Além do mais temos que considerar que o modo como Deus faz
seus cálculos é diferente do nosso. Pedro escreveu: 'Não se esqueçam
disso, amados: para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como
um dia' (2 Pe 3.8). Veja que mil anos estão acima da perspectiva de vida
de qualquer pessoa, mas não importa, nosso dever é aguardar a vinda do
Senhor. Realmente já fazem dois mil anos, mas para o Senhor são dois
dias!
Não existe nenhum texto bíblico dizendo que a vinda de Jesus será
a qualquer momento, nem tão pouco algum versículo dizendo que
devemos vigiar porque o arrebatamento ocorrerá a qualquer momento.
Pelo contrário, os textos deixam bem claro que Jesus Cristo voltará para
arrebatar os crentes e estabelecer o Seu Reino na data que o Pai
determinou! A vigilância sempre gira em torno de desconhecemos esta
data!
Mc 13.33: 'Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá
esse tempo'. O tempo vem! Isso é certo! Porém, Jesus é enfático:
12 1º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
para que ele diga que Jesus voltará ao som da última trombeta, ele sabia
que isso não aconteceria a qualquer momento. João por exemplo
escreveu que um anjo jurou: 'Não haverá mais demora! Mas, nos dias
em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai se cumprir-se
o mistério de Deus' (Ap 10.6,7 c/ 11.15-18). Realmente, não sabemos
em que época o anjo tocará a sua trombeta, todavia sabemos que esse dia
se constituirá o último dia para o sistema deste mundo, visto que a
ressurreição dos crentes anunciada pela sétima trombeta (Ap11.18;
1 Co 15.52), segundo Jesus acontecerá ‘ no último dia' (Jo 6.40).
Convém salientar que quando as Escrituras compara o dia da vinda
do Senhor como ladrão não significa que Jesus vem a qualquer
momento, nem que Jesus vem em secreto e nem tampouco que Jesus
vem roubar alguma coisa. Segundo Paulo o ladrão não vem a qualquer
momento, mas 'à noite' (1 Ts 5.2). Jesus advertiu: 'se o dono da casa
soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda' (Mt
24.43), isso não significa que Jesus venha à noite, mas significa que
assim como o ladrão tinha o horário exato para vir, assim também Jesus
tem o dia exato para voltar. Por isso que somos exortados: 'Mas vocês,
irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como
ladrão. Vocês todos são...filhos do dia. Não somos da noite' (1 Ts 5.4,5).
Quando as Escrituras compara a vinda de Jesus como ladrão não se
refere a um evento secreto, pois as Escrituras é bem enfática: 'O dia do
Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um
grande estrondo...e a terra será queimada' (2 Pe 3.10). É impossível
que um evento desse porte, trazendo grandes conseqüências, aconteça
de modo secreto. De modo semelhante, Paulo enfatiza: 'o dia do Senhor
virá como ladrão à noite...a destruição virá sobre eles de repente' (1 Ts
5.2,3). De fato será de repente e iminente, mas não em secreto! Pelo,
contrário todos os povos da terra o verão e se lamentarão (Mt 24.30).
Longe de ser sigiloso o Dia mais esperado pelos cristãos! (Ap 1.7).
O objetivo da comparação não se refere ao fato de dizer que Jesus
vem para roubar o bem mais precioso da terra, primeiramente porque
não se rouba o que já lhe pertence. Assim está escrito: 'vocês... são...
povo exclusivo de Deus' (1 Pe 2.9). Ora se somos propriedade de Deus
então o arrebatamento não é um roubo nem tão pouco um seqüestro!
Como erradamente se supõem.
Então que comparação há entre a vinda de Jesus e a vinda de um
ladrão? Paulo deixa bem claro qual é o sentido da comparação quando
14 1º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
cargo (1 Jo 2.18) .
E além do mais o Apocalipse deixa uma pista: 'A besta que você viu,
era e já não é. Ela está para subir do Abismo' (Ap 17.8). Quer dizer o
Anticristo já existiu antes de João (fase embrionária), existia na época
de João (fase berçário) e tornaria a existir novamente (fase adulta).
Alguém dúvida que ele existe hoje? Quem será ele? Segundo o próprio
Apocalipse é aquele que carrega sobre si uma prostitua chamada de
'Babilônia, a Grande; a mãe das prostitutas e das práticas repugnantes
da terra', cuja sede desta religião falsa está em uma famosa cidade
edifica sobre sete montes! (Ap 17.5-9,18). Que cidade é essa? Ali está o
trono do Anticristo!
O Anticristo é uma figura escatologica incorporado à um sistema
político-religioso e representado por um homem em ascendência! Se
esse sistema ainda vai surgir, então ele não pode ser culpado pela morte
de todos os santos que 'foram assassinados na terra' (Ap 18.20,24). E se
ele já existe, então o seu representante e líder é o Anticristo. E para
erradicar o erro de uma vinda invisível, Paulo mostra que só então
depois do cumprimento desses dois sinais 'o Senhor Jesus...destruirá (o
Anticristo) pela manifestação de sua vinda' (2 Ts 2.8).
E o terceiro sinal é a destruição da cidade-sede da religião falsa -
Roma, é claro, a cidade que está edificada sobre sete montes, pois
quando ela é destruída os santos cantam: “chegou a hora do casamento
do Cordeiro” (Ap 19.2,5-7).
Crê nos sinais da vinda de Jesus, e esperar que eles se cumpram em
hipótese alguma tira a surpresa e a iminência do dia e da hora da vinda de
Jesus Cristo. Pois mesmo quando é derramada a penúltima taça, que
mostra realmente a brevidade de Sua vinda, aparece o elemento
surpresa: 'Eis que venho como ladrão! (Ap 16.12-16).
Contudo, são os pré-tribulacionistas que não acreditam que a
vinda de Jesus será iminente! Pois ao afirma que o arrebatamento é
surpresa e o separar da vinda de Jesus, os pré-tribulacionistas não só
comentem o erro de dividir a vinda de Jesus em duas supostas etapas -
separando o arrebatamento da Igreja da vinda visível de Jesus - como
também, demonstram crê que a vinda visível de Jesus não será surpresa!
Isso porém, contradiz frontalmente o Senhor Jesus Cristo que afirma
que a sua vinda, não só será visível, como também ele diz que essa vinda
visível será repentina e com surpresa como um ladrão (Mateus
24.29,30,42-44). E, nessa ocasião é que se dará o arrebatamento da
16 1º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
1º Problema Teológico 17
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
2º PROBLEMA TEOLÓGICO:
A volta “invisível” e “secreta” de Jesus Cristo é carente
de base bíblica e histórica
'Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo
Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma
forma como o viram subir'
Uma nota marginal na Bíblia de estudo NVI diz que nesse texto
'alguns sustentam que [o arrebatamento] será secreto, mas Paulo
parece estar descrevendo algo aberto e público, com ordem em voz alta
e sonido de trombetas.'
De fato, levando em consideração todo contexto em que estão
inseridas essas palavras de Paulo, e aguçando o nosso entendimento por
saber que o Novo Testamento foi escrito originalmente sem divisão por
capítulos e versículos, temos diante de nós um grande bloco de texto que
trata sobre a segunda vinda de Jesus. E, Paulo deixa bem claro que a
vinda de Jesus em que ocorrerá o arrebatamento é o mesmo Dia do
Senhor para o mundo (1 Ts 4.13-5.1-11). Basta, perguntarmos no
capítulo 5.1, 'aos tempos e épocas de quê?' Ora, da vinda de Jesus, onde
os crentes serão ressuscitados e arrebatados. Essa vinda vem como
ladrão à noite! Com surpresa, certamente, mas não invisível!
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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
3º PROBLEMA TEOLÓGICO:
Qual das duas fases ele vem como ladrão?
Então, note que ele cita textos, de modo isolado, que nada tem
haver com uma vinda secreta, para corroborar seu ponto de vista
pré-tribulação. Ao leitor desatento, ele consegue facilmente enredar.
Todavia, a vinda como um ladrão também não se encaixa na
segunda fase, porque segundo o próprio Claudionor de Andrade:
Se ele vem sete anos depois, então não será uma vinda inesperada
(Mateus 24.36,42-44). Então, “vir como um ladrão” não se encaixa na
primeira fase, porque ele vem destruindo os ímpios, mas também, não
se encaixa na segunda fase porque ele vem inesperado! Por exemplo, se
o arrebatamento acontecer hoje, em 2008, então a segunda fase
acontecerá no ano de 2015! Isso significa que a doutrina das duas fases é
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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
1º Problema Teológico 23
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
4º PROBLEMA TEOLÓGICO:
Qual das duas fases ele vem como o relâmpago?
Porém, na segunda fase também não pode ser, porque a vinda como
o relâmpago está relacionado ao arrebatamento da Igreja e a esperança
dos discípluos (Mateus 24.25-28; Lucas 17.22-24); e conforme crêem
os pré-tribulacionistas, a Igreja será arrebatada na primeira fase.
Contudo, o Dr. Elienai Cabral, que crê na vinda invisível de Jesus,
esquece de notar que o texto 'duas pessoas estarão no campo; uma será
tirada e a outra deixada', que faz referência ao arrebatamento, está
dentro do contexto da vinda como relâmpago em Lucas 17.24-37 e,
como também em Mateus 24.27-41. O pré-tribulacionista Elienai
Cabral, diz o seguinte, citando Mateus 24.27-30:
'No v.27, [Jesus] fala de sua vinda visível como “o relâmpago que
sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. No v.28, Jesus retrata
mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a ilustração dos
abutres atraídos pela matança' (Lições Bíblicas, de Aluno,
3º trimestre de 1998, pág.62 o grifo é meu).
Vir ‘como relâmpago’ mostra que a Sua vinda será de modo visível
e abrangente (Ap 1.7; 1 Jo 3.2; Mt 24.30);
Vir ‘como ladrão’ mostra que a Sua vinda será de modo inesperado
e imprevisto (Lc 12.38-40);
Vir como alguém em ‘uma nuvem branca’ mostra que a Sua vinda
será de modo glorioso e poderoso (Mc 14.62; Lc 9.26);
Vir como cavaleiro ‘num cavalo branco’ mostra que a Sua vinda
trará justiça (Sl 96.10-13 c/ Mt 25.31,32,46);
Vir como ‘chamas flamejantes’ mostra que a Sua vinda trará
destruição aos ímpios (Is 66.15,16);
Vir ‘como nasce o sol’ mostra que a Sua vinda é certa e trará
salvação aos crentes (Ha 2.3; Hb 10.37; Ml 4.2; 1 Co 15.52-54);
Vir como ‘chuvas de primavera’ mostra que a Sua vinda trará
grandes benefícios aos crentes (1 Ts 4.15-18; Fl 3.20,21).
4º Problema Teológico 27
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
5º PROBLEMA TEOLÓGICO:
Dois arrebatamentos de duas Igrejas!
30 5º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
5º Problema Teológico 31
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'...a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas
também de sofrer por ele' (Fp 1.29);
'todas as perseguições... dão prova do justo juízo de Deus e
mostram o seu desejo de que vocês sejam considerados dignos do
seu Reino, pelo qual vocês também estão sofrendo' (2 Ts 1.4,5);
'De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus
serão perseguidos' (2 Tm 3.12);
Paulo disse: 'Quanta perseguição suportei!' (2 Tm 3.11).
6º PROBLEMA TEOLÓGICO:
A ressurreição da Igreja dividida em duas ordens
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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
38 6º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Nesse texto de Paulo, quando ele disse que 'o próprio Senhor
descerá dos céus', ele mostra que isso acontecerá depois de 'dada a
ordem' , isso concorda com Pedro que diz, exatamente nesse texto de
Atos 3.20,21, que Cristo só virá depois que Deus mandar, que dizer
ordenar.
E quando Paulo diz, no mesmo texto de 1 Ts 4.16,17, que 'o ressoar
da trombeta de Deus', Cristo desce dos céus, concorda com João ao falar
da sétima trombeta, pois o texto de Ap 11.17: 'Graças te damos, Senhor
Deus todo-poderoso, que és e que eras...(eles não dizem 'e que há de vir'
conforme Ap 1.4,8, mas ‘assumiste o teu grande poder’ pois é
exatamente nesta hora, ao ressoar a sétima trombeta, que Jesus vem
com poder para ressuscitar os crentes e destruir os ímpios).
Então note, que Pedro, Paulo e João falam do mesmo tempo, e de
uma única vinda. Pois se Jesus vir antes do tempo da restauração de
todas as coisas, de um modo secreto, contradiz a unidade desses textos.
E, além do mais, essas crenças pré-tribulacionistas, mostram que
não há nenhuma restauração de todas as coisas na vinda secreta de
Jesus, mas o início de total desgraça apocalípticas. Mas Pedro diz algo
totalmente diferente: Jesus vem no tempo da restauração!
Isso significa que a Igreja deverá está presente durante as desgraças
apocalípticas do mundo, quando então surgirá do céu o Restaurador de
todas as coisas. Ele não descerá do céu antes desse tempo de
restauração, e esse tempo ultrapassa a época da grande tribulação. Por
isso que crer em uma vinda secreta de Jesus antes de chegar o tempo de
restauração de todas as coisas está em contradição à vinda visível de
Jesus no tempo da restauração ou regeneração de todas as coisas
(confira Atos 3.21 c/ Mateus 19.28; 25.31).
Portanto, quando os santos ouvirem a voz do Filho de Deus e
saírem de seus túmulos para herdar a vida terá chegado o tempo da
restauração de todas as coisas e o fim do governo dos homens e de
Satanás (João 5.27-29).
Convém salientar aqui, que tanto Daniel como João dão uma visão
geral da ressurreição dos justos e dos injustos (Daniel 12.2; João
5.28,29). De fato, Paulo disse: 'haverá ressurreição tanto de justos
como de injustos' (Atos 24.15). Porém, conforme a exploração desse
assunto em outros textos bíblicos entendemos que essas ressurreições
não acontecerão simultaneamente. Paulo escreveu aos irmãos de
Tessalônica: 'os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro’(1 Tes 4.16).
6º Problema Teológico 39
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
40 6º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
7º PROBLEMA TEOLÓGICO:
O teólogo pré-tribulacionista separa 'o Arrebatamento'
da 'Segunda Vinda de Jesus'
que ‘...Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar
os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o
pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam'
(Hebreus 10.28).
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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
visível ele não vem tirar o pecado, isto é, ele não vem converter
ninguém, nem a nação de Israel, nem qualquer outra pessoa, ele vem
trazer a salvação para os já convertidos, 'os que o aguardam'. E, quem
são esses que o aguardam? A Igreja Cristã, composta de crentes
convertidos.
Então, observe que o escritor de Hebreus, que para alguns
estudiosos é Paulo, desconhecida uma vinda invisível. Porque era
exatamente nesse momento que ele deveria tratar das duas fases da
vinda de Jesus; mas o que encontramos? Apenas uma 'segunda vez'.
‘Paulo’ argumenta baseado na morte biológica do homem, ele diz: ‘Da
mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez...
assim também Cristo... aparecerá segunda vez’ (Hb 9.27,28). Assim
como não há fases na morte humana, também não há fases na segunda
vinda!
É nesse segundo aparecimento de Jesus que devemos localizar o
arrebatamento da Igreja, pois é essa vinda, que segundo o inspirado
escritor, os crentes aguardam, e não outra. Talvez alguém poderá
questionar: 'Mas Jesus aparecerá apenas para os que o aguardam para
a salvação, enquanto que os demais não o verão'. Não é isso que o texto
diz! O texto bíblico está dizendo que ele aparecerá e nessa ocasião ele
salvará os que lhe aguardam, enquanto que os demais serão destruídos
(veja também Hebreus 10.37-39). Sim de fato, Jesus virá ‘para ser
glorificado em seus santos’, e tal vinda trará destruição aos ‘que não
conhecem a Deus’ (2 Ts 1.7-10). Outra tradução de Hb 9.28, diz: ‘Depois
ele aparecerá pela segunda vez, não para tirar pecados, mas para
salvar as pessoas que estão esperando por ele’.
Assim, no advento de Cristo, os crentes não só serão glorificados
com corpos imortais, como também serão salvos da repentina ira do
Cordeiro, daquela sumária destruição dos ímpios, no grande e temível
dia. A concretização da salvação do crente se dará pelo livramento,
enquanto que o descrente não será poupado. Por isso se diz que Jesus
aparecerá para 'trazer salvação aos que o aguardam', como bem frisou
o profeta Joel: 'haverá livramento' (Joel 2.31,32). Paulo escrevendo
sobre isso disse: 'esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos
mortos: Jesus, que nos livra da ira que há de vir' (1 Ts 1.10), em
Romanos, ele escreveu: ‘seremos salvos da ira de Deus!’ (Rm 5.9).
Então, o arrebatamento não se trata de um desaparecimento, mas de
um livramento da ira divina, assim como aconteceu com Noé e Ló que,
42 7º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Quando Cristo trouxer essa ira de forma pessoal, é que ele livrará os
santos '...como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais
ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus! (Romanos 5.9).
Pelo fato de Paulo falar de um 'piscar de olhos' e João de 'todo
olho o verá', o pré-tribulacionista vê nesses dois termos duas vindas:
uma que ele vem no piscar de olhos, portanto ninguém verá, e noutra
que ele vem, e todos verão. Como, por exemplo, escreveu o teólogo
pré-tribulacionista Eurico Bergstén:
7º Problema Teológico 43
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Porém, para o apóstolo João não existe uma vinda até as nuvens e
outra vinda até a terra, pois para ele é uma única vinda, ele vem do céu e
logicamente passa pelas nuvens, porém é contemplado por todos os
povos da terra. Assim ele escreveu:
'Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... e todos os
povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém
(Apocalipse 1.7 o grifo é meu).
46 7º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
7º Problema Teológico 47
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
48 7º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
(Lc 21.34),‘...de repente...' (Mc 13.36), mas nunca diz que 'virá em
secreto'. Vir '...como ladrão...', não é vir em secreto, significa vir no
tempo que ninguém sabe. Jesus disse:
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58 7º Problema Teológico
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8º PROBLEMA TEOLÓGICO:
O Ensinamento sobre o arrebatamento da Igreja em uma
vinda secreta de Jesus é complicado
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8º Problema Teológico 61
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
62 8º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
8º Problema Teológico 63
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
E, eu vou com eles até que apareça outro que tome o lugar do
papado! Não existe até hoje alguém que tenha causado tanto mal a Igreja
e ao Cristianismo, ao Nome de Cristo do que os papas! Aconselho você
adquirir minha apostila 'Desmascarando a Besta do Apocalipse', que eu
trato detalhadamente sobre este assunto.
Outra má compreensão que o pré-tribulacionista interpola nesse
texto é sobre aquele que detém o Anticristo, em 2.6,7. Por exemplo, o
pré-tribulacionista Elinaldo Renovato, escreveu o seguinte:
Dia do Senhor
se e
su el
Alguém o detém
e
J om
sia to se de o c
s ta i c ris n a- a i ã
o nt r d
ap A O Império Romano cai o
to v in eun
a o d º
2 a r
rá is pelas invasões
pa o A oss
º vi e po das tribos bárbaras pa ran n
1 D O be Inflige perseguição a
O Império Romano so aos crentes
‘A forma alusiva de sua referência a esse poder torna provável que Paulo tinha em mente o império romano’
(Novo Dicionário da Bíblia, pg. 1586, Vol. II)
Primeiro a apostasia e depois o Anticristo
Dois sinais que antecede a vinda de Jesus para
arrebatar a Igreja
que a [vinda de Jesus] era algo tão iminente que de nada adiantava
continuar trabalhando' (Novo Dicionário da Bíblia, Vol. II, pág.1586).
Isso causou um certo abalo na congregação, outros até profetizavam: 'o
dia do Senhor já chegou ou já está perto'
De imediato Paulo escreve sua segunda carta. Logo de inicio ele
confirma que de fato na revelação de Jesus Cristo 'lá dos céus com os
seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes', trará alívio aos
crentes enquanto que aos 'que não obedecem o evangelho' serão
punidos com 'destruição eterna' (2 Tessalonicenses 1.6-9). Eu, poderia
agora perguntar a Paulo quando acontecerá isso? Se haverá um intervalo
de 7 anos entre o alívio dos crentes e a punição dos descrentes, como um
certo evangelista me disse que há um intervalo? Porém, não há
necessidade para dúvidas, pois Paulo disse no versículo 10: 'Isto
acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e
admirados em todos os que creram, inclusive vocês que creram em
nosso testemunho' (o grifo é meu).
Paulo então continua o assunto no capítulo 2: 'Irmãos, quanto à
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele' quando
Paulo fala de 'nossa reunião' faz referência a reunião entre crentes vivos
e mortos na vinda de Jesus (veja 1 Ts 4.16,17) ele disse: 'Não deixem
que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia (meu Deus
isso é claro demais!) virá a apostasia e, então, será revelado o homem
do pecado...a quem o Senhor Jesus... destruirá pela manifestação de
sua vinda' (2 Ts 2.1-8 o grifo é meu). Esses dois acontecimentos têm que
ter lugar antes da vinda de Jesus e nossa reunião com ele!
Se Paulo acreditasse como o Dr. Antonio Gilberto escreveu em seu
livro pré-tribulacionista: 'Para nós, os salvos, aguardamos o
arrebatamento da Igreja, muito antes da manifestação desse Anticristo'
(Daniel e Apocalipse, pág. 154 o grifo é meu), não teria sentido
mencionar esses dois sinais antecedentes com o objetivo de corrigir e
acalmar os irmãos de Tessalônica, que estavam abalados e alarmados
'quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele'.
Caso contrário, alguém poderia dizer a Paulo: 'Eu sei Paulo que
antes de Jesus vir para punir os descrentes, primeiro vem a apostasia e
a manifestação do Anticristo, mas quanto ao arrebatamento da Igreja?'
'Ah sim', diria Paulo, 'nesse caso vocês podem deixar de trabalhar que
Jesus vem a qualquer momento nos arrebatar! Perturbem as pessoas
por anunciar, que por profecia, quer por palavra, quer por nossa
8º Problema Teológico 67
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
8º Problema Teológico 69
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Bem, esse seria o momento exato de Paulo replicar que o que aconteceu
realmente foi a primeira parte da ressurreição, a dos santos da antiga
aliança. Mas ao contrário disso, Paulo repugnou veementemente tal
cogitação! E taxa esses ensinos como canceroso!
Uma ressurreição de pessoas para vida glorificada no momento da
ressurreição de Cristo é controverso ao título dado a Jesus Cristo de 'o
princípio e o primogênito dentre os mortos' (Colossenses 1.18;
Apocalipse 1.5), pois se um grupo de pessoas ressuscitaram com ele, ele
já não é o primogênito dos mortos, mas um dos primogênitos. Não
estaríamos crendo como os pagãos que acreditam que a mãe de Jesus
morreu, ressuscitou e subiu ao céu! No nosso caso cremos que isso
aconteceu com os santos do antigo testamento.
Veja, a que ponto desceu os pré-tribulacionistas a fim de fazerem
uma manobra na ressurreição dos santos. Não precisamos adotar uma
escatologia simplesmente porque ela é agradável aos nossos olhos,
envolto em segredos, cheio de amalgamações, apadrinhada por
teólogos modernos, mas que é inconsistente com a revelação bíblica.
Quando Paulo diz que Cristo é as primícias dentre os mortos nos faz
compreender que Jesus não só tem a primazia, quer dizer, o primeiro a
ressuscitar para uma vida celestial, como também a sua ressurreição é a
garantia que outros ressuscitarão (2 Co 4.14; 1 Ts 4.14).
Ao usar a expressão paulina 'Cristo, as primícias' para se referir a
uma ressurreição dos crentes da velha aliança como parte da primeira
ressurreição dos santos para a imortalidade, os pré-tribulacionistas traí o
pensamento de Paulo, pois para Paulo essa expressão não se trata de
nenhum grupo de santos ressuscitados, ele escreveu com muita clareza:
8º Problema Teológico 71
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
8º Problema Teológico 73
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
74 8º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
8º Problema Teológico 75
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
9º PROBLEMA TEOLÓGICO:
O pré-tribulacionista faz uma distinção entre 'o Dia da vinda' de Jesus
para arrebatar a Igreja com 'o Dia do Senhor'
Note que Pedro trocou a expressão 'vinda' por 'dia do juízo'. Será
que na mente de Pedro refere-se a mesma coisa ou ele está fugindo do
assunto da vinda de Jesus? Essa comparação do Dilúvio com a vinda do
76
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'O dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: 'Paz
e segurança', a destruição virá sobre eles de repente, como as
dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão',
escreveu Paulo.
9º Problema Teológico 77
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
aguardar esse dia em santa piedade para ser encontrado inculpável, qual
é a nossa esperança? Pedro Conclui:
9º Problema Teológico 79
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
80
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Paulo deixa bem claro, que nesse dia haverá ira para os obstinados e
paz para os que seguem o bem. É dentro dessa visão que Paulo traz ao
mundo a grande doutrina da justificação pela fé em Jesus Cristo (Rm
1.16-18,32). Aqueles que são inocentados por Deus hoje, serão
poupados no dia da ira de Deus! Diz Paulo: 'Como agora fomos
justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos
salvos da ira de Deus!' (Rm 5.9). Paulo também usou o termo ira em
associação do juízo de Deus em Rm 3.5,6: '... Deus é injusto por aplicar
a sua ira?...Claro que não! Se fosse assim, como Deus iria julgar o
mundo...'. Então, Paulo não pode de uma maneira brusca mudar 'ira'
para 'grande tribulação' em Rm 5.9, já que no seu argumento em
Romanos 'ira' é o 'juízo de Deus'.
No dia em que Deus estabelecer seu Juízo haverá ira contra os
homens ímpios! Quando será isso? Quando Cristo Jesus voltar! Nos
dois textos que fala de 'ira' em 1 Ts 1.10 e 5.9, esta epístola revela que
Paulo tem em mente o Dia do Senhor, que virá com destruição repentina
para os que estão em trevas e de modo nenhum escaparão, enquanto que
para os que são do dia haverá salvação por meio de Jesus Cristo,
conforme o contexto de 1 Ts 5.1-9. Quer dizer, essa ira é a mesma ira de
Rm 2.
Na sua segunda epistola aos tessalonicenses, Paulo dá maiores
detalhes sobre o assunto, ele escreveu:
'Aos ímpios, que atribulam, dará tribulação. Mas, aos crentes, que
sofrem tribulação, na sua vinda, dará o merecido descanso,
quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder'
(Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre 2005 ).
Tiago, assim como fez Paulo, também associou o Juízo com a vinda
de Jesus quando escreveu:
aberto naquela ocasião? (Ap 20.12,15). Por que o apóstolo João disse:
'..no dia do juízo tenhamos confiança'?(1 Jo 4.17) e por que Paulo
asseverou: 'todos compareceremos diante do tribunal de Deus... assim
cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus'? (Rm 14.10-12).
O evento transcorre mais ou menos assim:
'Por que tuas roupas estão vermelhas, como as de quem pisa uvas
no lagar? Sozinho pisei uvas no lagar; das nações ninguém esteve
comigo. Eu as pisoteei na minha ira...o sangue delas respingou na
minha roupa, e eu manchei toda a minha veste, pois o dia da
vingança estava no meu coração...na minha ira pisoteei as
nações' (Isaías 63.2-6).
Esse lagar das uvas não será pisado durante a grande tribulação,
mas no final dela quando Cristo vem, no dia da vingança ou da ira, como
o Cavaleiro no Cavalo Branco e, 'pisa o lagar do vinho do
86 10º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
ODiadoSenhor
Sexta taça
As últimas pragas O Armagedom O Juízo milenial
(Apocalipse 16.1-21) - o lagar das uvas -
Como é bom saber que para o profeta Joel, 'o Dia do Senhor', que é
o mesmo 'dia da vingança' em Isaías, e do 'dia da ira do Senhor' em
Sofonias e do 'dia da ira do Cordeiro' em João (Apocalipse), estará
próximo quando as nações estiverem reunidas, e as nações somente
serão reunidas no final da grande tribulação (Ap 19.19-21). Então esse
dia da ira do Senhor não pode ser confundido com a grande tribulação!
Atente bem para isso meu querido irmão.
89
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Para expressar esse fato, Jesus utilizou uma frase que se tornou
técnica na literatura rabínica para descrever o período de intenso
sofrimento que precederia a libertação messiânica, as dores de
parto (do Messias)' ou 'aflições messiânicas' (Os Últimos Dias
Segundo Jesus, pág.30).
Tal como as dores de parto que aumenta cada vez mais quando vai
se aproximando o tempo da mulher dá a luz (Mateus 24.6-14), assim
também os sinais vão se tornando cada vez mais intenso, à medida que
11º Problema Teológico 91
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'quando virem todas estas coisas, sabem que ele está próximo, às
portas' (Mateus 24.33; Marcos 13.29), ou nas palavras de Lucas:
'Quando começarem a acontecer estas coisas levantem-se e
ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês' e
também 'quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o
Reino de Deus está próximo' (Lucas 21.28,31).
Porém esse texto bíblico está sendo citado fora do contexto. Pois
Paulo está se referindo a “repentina destruição” que ocorrerá quando
vir o Dia do Senhor, e como já foi visto o Dia do Senhor só virá no final
da grande tribulação, e não no inicio dela ou no meio dela (I Tes 5.1-4).
De fato depois da grande tribulação, tanto a besta como o falso
profeta, os reis da terra e os seus exércitos ainda estarão de pé para
lutarem contra o Cordeiro (Ap 19.19-21). Mas quando o Cordeiro se
manifestar no Dia do Senhor, então haverá uma deflagrada destruição
do sistema mundial, mas salvação para os crentes (Ml 4.1-3;
11º Problema Teológico 93
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Se o Dr. Wim Malgo está correto, então podemos dizer que a grande
tribulação virá como um ladrão. Porém, não existe lugar nenhum em
toda escritura apostólica e profética dizendo que a grande tribulação
virá como ladrão. A única coisa que vem como ladrão em toda Bíblia é a
vinda de Jesus. Veja o que escreveu Mateus:
'Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu
Senhor (esse é o dia do Senhor). Mas entendam isto: se o dono da
casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de
guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim,
vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do
homem virá numa hora em que vocês menos esperam' (Mateus
24.42-44).
Paulo escreveu:
Que benção saber que para Paulo e Pedro não há diferença entre
Com isso eles querem também insinuar que assim como Noé e sua
família estavam dentro da arca durante o dilúvio, a Igreja estará no céu
durante a grande tribulação. Porém, segundo Jesus o Dilúvio não é
'até o dia em Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que
veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do
Filho do Homem...uma será levada (arrebatada) e a outra
deixada (destruída)' (Mateus 24.37-40),
E o evangelista Lucas:
Joel 2.31; 3.14: 'O sol se tornará em trevas e a lua em sangue antes que venha 'a
grande tribulação'... Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois 'a grande
tribulação' está próxima, no vale da Decisão'.
Sofonias 1.14: 'A grande tribulação' está próxima; está próxima e logo vem.
Ouçam! 'A grande tribulação' será amarga; até os guerreiros gritarão'.
Malaquias 4.1,2: 'Pois certamente vem 'a grande tribulação' ardente como uma
fornalha. Todos os arrogantes...serão como palha, e 'a grande tribulação' que
está chegando, ateará fogo neles...não sobrará raiz ou galho algum. Mas para
vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo
Joel 2.31; 3.14: 'O sol se tornará em trevas e a lua em sangue antes que venha 'a
vinda do Senhor Jesus'...Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois 'a vinda
do Senhor Jesus' está próxima, no vale da Decisão'.
Sofonias 1.14: 'A vinda do Senhor Jesus' está próxima; está próxima e logo vem.
Ouçam! 'A vinda do Senhor Jesus' será amarga; até os guerreiros gritarão'.
Malaquias 4.1,2: 'Pois certamente vem 'a vinda do Senhor Jesus' ardente como
uma fornalha. Todos os arrogantes... serão como palha, e 'a vinda do Senhor
Jesus' que está chegando, ateará fogo neles...não sobrará raiz ou galho algum.
Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará
trazendo salvação em suas asas'.
1 Coríntios 5.5: 'para que... seu espírito seja salvo 'na vinda do Senhor Jesus'.
1 Tessalonicenses 5.14: 'Irmãos, quanto aos tempos e épocas não precisamos
escrever-lhes, pois vocês mesmo sabem perfeitamente que 'a vinda do Senhor
Jesus' virá como ladrão à noite... Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para
que 'a vinda do Senhor Jesus' os surpreenda como ladrão'.
2 Tessalonicenses 2.2-3: 'não se deixem abalar...como se 'a vinda do Senhor
Jesus' já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum.
Antes 'da vinda do Senhor Jesus' virá a apostasia e, então será revelado o homem
do pecado'.
2 Pedro 3.10: 'a vinda do Senhor Jesus' porém, virá como ladrão. Os céus
desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo
calor, e a terra, e tudo o que nela há, será queimada'.
Então, podemos refutar o Dr. Wim Malgo e todos quantos nele crê e
dizer: Não devemos fazer nenhuma distinção entre a Vinda do Senhor e
o Dia do Senhor!
Por que os pré-tribulacionistas chegam a um absurdo tão grande
desse de confundir a grande tribulação com o dia do Senhor? Por
questões de conveniência e não doutrinária! Porém, alguns
pré-tribulacionistas resguardam-se de cometerem uma interpretação
tão fajuta dessa, como é o caso por pastor e escritor Elienai Cabral,
quando corretamente deu uma definição acertada, ao escrever:
'Deus não nos destinou para a ira. Deus destinou o seu povo para
obter a salvação e a glória em Jesus Cristo (1 Ts 1.10; 2 Ts 2.14).
No entanto, os tessalonicenses e muitos outros crentes foram
designados por Deus para passarem por tribulações de toda
espécie e resistir a elas (1 Ts 3.2-4; 2 Ts 1.4; Tg 1.2-4; 1 Pe 4.12-
14; Ap 1.9). A 'ira', nesse contexto, evidentemente é a condenação
e a punição que sobrevirão no 'dia da ira' (Rm 2.5) aos
impenitentes (Ef 5.6; Cl 3.6; Ap 6.16-17; 11.18) pág. 1434.
101
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Antonio Gilberto diz isso porque para ele 'esse dia da ira do Senhor
é o período da Grande Tribulação' (Daniel e Apocalipse, pág.92), mas
isso contradiz Paulo de uma 'repentina destruição'. Quer dizer não só o
arrebatamento será iminente, mas também a destruição será iminente!
E, são acontecimentos simultâneos! Por isso Paulo escreveu:
Eu não sei de onde o Dr. Elienai Cabral tirou isso, mas os queridos
leitores da Bíblia poderão me dizer onde aparece a Igreja no capítulo 19
de Apocalipse. Nesse capítulo não aparece o nome Igreja, mas se essa
grande multidão que brada: 'Aleluia, pois reina o Senhor, o nosso Deus,
o Todo poderoso' no versículo 6 é a Igreja, por que a grande multidão de
Ap 7.11,14, redimida no sangue do Cordeiro, não pode ser a Igreja
também?!
E se esses 'santos' que estão vestidos de atos justos, no versículo 8, é
a Igreja, porque os 'santos' perseguidos pela besta em Ap 13.7, não pode
ser a Igreja também?! O nome Igreja também não aparece no milênio,
nem na nova Jerusalém! Mas isso não significa que a Igreja não estará
ali!
João usou vários títulos ao se referir o povo de Deus: 'santos',
'testemunhas de Jesus', 'irmãos', 'fiéis a Jesus', 'teus servos' , os que
temem o teu nome', 'povo meu', 'apóstolos e profetas' (Apocalipse 8.4;
13.10; 14.12; 17.6; 6.11; 11.18; 18.4,20). Em nenhum local dos escritos
apostólicos esses títulos são aplicados ao Israel da antiga aliança ou a
qualquer outro grupo, a não ser a Igreja.
104 12º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
grande tribulação: 1 Ts 5.9:'Porque Deus não nos destinou para a ira, mas
para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo'
Paulo coloca dois pólos antagonistas aqui: ira e salvação. Os que serão
atingidos pela ira não receberão a salvação por meio do Senhor Jesus, os que
recebem a salvação não serão destinados a ira!
Uma vez que o pré-tribulacionista afirma baseado nesse texto que a igreja
será arrebatada antes da grande tribulação, então os que ficarão de fora do
arrebatamento são destinados a ira! Pra começar essa definição dos
pré-tribulacionistas contrapõem a própria crença deles na segunda chance de
salvação para os que ficarem! De fato, essa crença deles contradiz o que eles
chamam de 'salvos oriundos da grande tribulação'. Como pode ser isso se eles
foram destinados a 'ira'? Ora, se a Igreja é arrebatada para salvação antes da
grande tribulação porque não foi destinada a ira, então por que haverá salvação
durante a grande tribulação?
Como fica a situação dos 'santos' e 'servos' de Cristo que são perseguidos
pela Besta? Foram destinados para ira, pois não subiram no arrebatamento!
Então não poderão receber a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!
Agora se esses santos e fiéis testemunhas de Jesus serão salvos no final da
grande tribulação, então essa ira de que fala Paulo não é a grande tribulação.
Porque se fosse nenhum crente santo, fiel e servo se encontrava entre os que
foram destinados à ira e por isso estão sofrendo a grande tribulação.
Rm 5.9, diz: 'Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais
ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!'. Ora se essa ira de Deus é
a grande tribulação, então não poderá haverá mais justificação por meio do
sangue de Cristo para os que receberam a ira de Deus! Os que ficarem não
poderão participar desse 'muito mais ainda'! Ou somos salvos da ira de Deus
ou somos destruídos pela ira de Deus! Não pode haver entre os destruídos pela
ira de Deus, pessoas salvas e santas! Isso contradiz a justificação pela fé!
E com certeza essa ira de Deus não é a grande tribulação, pois lemos que a
'grande multidão' de servos de Deus que vem da 'grande tribulação' em
Ap 7.9-14, 'lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro', isto é, foram
justificados!
Então esse texto de 1 Ts 5.9 e Rm 5.9 em vez de provar um arrebatamento
antes da grande tribulação, comprova o contrário, pois durante a grande
tribulação a graça de Deus ainda estará sobre a humanidade para conduzi-lá a
salvação (Ap 11.13; 16.9).
Agora quando o Cordeiro de Deus voltar no final da grande tribulação
irado contra as nações ímpias, apenas os crentes serão salvos nessa ocasião,
enquanto que todos os outros são destinados a ira e por isso 'sofrerão a pena de
destruição eterna' (1 Ts 1.8,9; Ap 19.20,21). Não haverá mais salvação quando
isso acontecer! Agora sim, os textos de Paulo se harmonizaram bem!
P
ara começar em nenhum local das Escrituras fala de sete anos
de grande tribulação; e também em nenhum local das
Escrituras fala de sete anos de Bodas do Cordeiro.
E além do mais as 70 semanas de Daniel, de onde são extraídos os
7 anos, não está computada cronologicamente exata pelo
pré-tribulacionista; pois se baseia em uma data em que não saiu
nenhuma ordem para edificar Jerusalém, isto é em 445 A.C; e, mesmo
contando nesta data sugerida, 69 semanas de anos, não caí no Messias.
Portanto, é arriscado montar todo um programa escatológico baseado
em uma interpretação que mostram falhas.
Reproduzirei abaixo gráficos que interpretam as 70 semanas de
Daniel, e o leitor verá quão falha é a data apresentada pelos
pré-tribulacionistas:
69 semanas
483 anos
A saída da Até ao
Ordem Messias
7 semanas + 62 semanas
49 anos 434 anos
SAÍRAM DUAS ORDENS
113
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Portanto o ano 538 a.C em que saiu o decreto de Ciro é uma data
muito cedo para iniciar a contagem das 70 semanas; o ano 457 a.C em
que saiu a ordem de Arterxexes é uma ótima data para iniciar a
contagem, pois as 69 semanas terminam exatamente no batismo do
Messias; e a data de 445 a.C é muito tarde para iniciar a contagem. Pois
essa data sugerida pelos pré-tribulacionistas não cai no Messias, mas
ultrapassa o tempo do Messias.
No seu escrito o pré-tribulacionista Elienai Cabral coloca o término
das 69 semanas (ou 483 anos) no ano 32 d.C., ou ele está apenas
copiando de outros ou está agindo de má fé, pois, não cai nessa data
(confira esse erro de contagem nas Lições Bíblicas, de Aluno,
3º trimestre de 1998, pág.49). É fácil computar as 70 semanas de
Daniel. Por exemplo, você pega o ano sugerido: 445 d.C; e subtraí por:
483 anos (já que a data antes de Cristo é em ordem decrescente), e cairá
no ano 38 d.C, e não no ano 32 d.C. Vejamos:
Antes de Cristo Depois de Cristo Depois de Cristo
alcançar outros povos (Mt 10.5,6; 15.24; 21.43). Daniel, no lugar santo (quem lê entende)...sabei
Uma nota marginal da Bíblia de estudo NVI diz o seguinte sobre Dn 9.27: que está próxima a sua devastação...então os
‘fará uma aliança...dará fim ao sacrifício. Segundo alguns, referência ao que estiverem na Judéia, fujam para os montes”
'viria um rei, que faria a guerra aos judeus, aboliria todas as suas
leis e toda a forma da sua República,saquearia o Templo e
proibiria durante três anos que lá se oferecessem sacrifícios. Isso
tudo', diz Josefo, 'aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio'.
Josefo escreveu que Antíoco Epifânio 'mandou construir um altar
no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais
contrária à nossa religião. Obrigou então os judeus a
renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus
ídolos...Proibiu os judeus [circuncidar] seus filhos... Mandava
queimar todos os livros das Sagradas Escrituras...' (História dos
Hebreus, págs.256,287, CPAD).
'o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê
os frutos do Reino' (Mateus 21.43).
120
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
nações do mundo inteiro...', então ele não destruirá o mundo, mas terá o
apoio dele. Na verdade Elienai Cabral conclui suas palavras dizendo:
'...contra Israel' (LIções Bíblicas, 3º trimestre de 1998, pág.60).
Então vejamos, para os pré-tribulacionistas a grande
tribulação tem dois lado: por um lado Deus castiga as nações, por
outro lado o Anticristo castiga Israel! Mas será que a perseguição do
Anticristo contra Israel pode ser chamada de grande tribulação em
comparação as pragas de Deus contra as nações? Ou Israel também será
atingido pelas pragas de Deus?
Não! Não pode ser! Deus e o Anticristo contra Israel!? Então caso
contrário, Israel vai ser protegido por Deus das pragas apocalípticas?
Mas pela ainda, o que é ira vindoura então para os pré-tribulacionistas?
As pragas de Deus ou a perseguição do Anticristo? Se for a ira de Deus
então será contra as nações? Se for a ira do Anticristo então será contra
Israel? Mas, se a ira vindoura é contra Israel e essa ira é de Deus, então
Israel será também castigada com as pragas de Deus? Mas isso não é um
anti-semitismo desenfreado: Deus e o Anticristo golpeando Israel!
Bem, é aparentemente isso que o pré-tribulacionista Elienai Cabral se
deixa transparecer, quando diz:
Eu, só queria saber por que Deus vai derramar os seus juízos sobre
Israel, já que eles romperam com o Anticristo, quando esse quis
adoração?! Não deveriam ser protegidos por Deus! Se a grande
tribulação contra Israel é a perseguição do Anticristo, então isso não é
nenhuma novidade, pois já faz parte do povo de Deus. Tanto judeus
como cristãos desde o inicio são duramente perseguidos! Só não sei
como o Anticristo vai causar, em três anos e meio, uma grande
tribulação à Israel sendo ao mesmo tempo castigado por Deus com
terríveis pragas!
Como diz Claudionor 'será deflagrada toda a ira de Deus tanto
sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores' (o grifo é meu).
Por isso que ele sai de dentro da própria Igreja a fim de usurpar o
lugar de Cristo ali, como escreveu Paulo e João (2 Ts 2.4; 1 Jo 2.18,19),
mas João consola os irmãos, dizendo que Cristo, que está na Igreja é
maior do que o Anticristo, que está o mundo, por isso que nós o
venceremos (1 Jo 4.1-3). Aleluia!
Ora, os pré-tribulacionistas falam muito do espírito do Anticristo
que procura penetrar na Igreja. Em sua lição 'O Espírito do Anticristo e o
Mundo', o Dr. Eurico Bergstén discorre sobre vários meios que o
espírito do Anticristo utiliza-se para penetrar na Igreja, ele escreveu:
Então são esses cristãos fiéis que serão perseguidos pelo Anticristo
quando esse se manifestar em pessoa! Pois, as pessoas agem segundo o
seu espírito. E, com certeza o Anticristo não mudará o seu objetivo
primordial quando se manifestar publicamente.
Quanto a nação de Israel, definitivamente já sofreu sua grande
aflição, no ano 70 A.D, quando os romanos lideradas por Tito
invadiram a Palestina e deitaram abaixo o templo e a cidade de
Jerusalém, dispersando os judeus entre as nações do mundo inteiro,
onde sofreram bastante sob o preconceito anti-semitismo.
O escritor e historiador da Igreja Primitiva, o doutor Lucas
escreveu sobre isso:
E após isso os sete anjos tocam as suas sete trombetas (Ap 8.6-
9.21). De modo semelhante, as sete taças, que são as sete últimas pragas
vem em respostas das orações dos crentes (Ap 15.1,3-16.21). Nesse
tempo o reino da Besta ficará em trevas e os seus adoradores morderão a
própria língua de tanta agonia e dores (Ap 16.10,11). Mas o que é dito
aos crentes? 'Celebrem, ó santos, apóstolos e profetas! [É] Deus...
retribuindo-lhe o que ela fez a vocês' (Ap 18.20), e 'temei a Deus e dá-
lhe glória, pois chegou a hora do seu juízo' (Ap 14.7). Esse juízo é
prenunciado pelas trombetas e taças.
De fato, está escrito que 'na terra, as nações estarão em angústia e
perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens
Pois é o nosso Deus 'quem tem domínio sobres estas pragas', e são
os anjos do nosso Deus que as executam sob o comando do Cordeiro,
nosso salvador! O Senhor guerreia por nós:
'O Senhor sairá como homem poderoso, como guerreiro
despertará o seu zelo; com forte brado e seu grito de guerra,
triunfará sobre os seus inimigos' (Isaías 42.13);
Não tenha medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o
Senhor lhes trará... O Senhor lutará por vocês, tão-somente
acalma-se' (Êxodo 14.13,14);
'Tomem suas posições (cantar e entoar louvores), permaneçam
firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dá (2 Crônicas
20.17,22) - Essa guerra é uma referência ao Amargedom futuro
por isso o Armagedom é chamado de ‘vale de Josafá’ (Jl 3.12-14).
'Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos
seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os
atinjam!'
Porém, foi a igreja de Jesus Cristo que foi constituída por Deus para
a missão de pregar o evangelho a todas as nações, indo até aos confins da
terra, e isto até ao fim do sistema do mundo (Mt 24.14; Mc 16.15;
At 1.8). Jesus afirmou categoricamente: “É necessário que antes o
evangelho seja pregado a todas as nações” (Mc 13.10). Se a Igreja é
retirada da terra antes de alcançar esta meta, sua missão será incompleta
e fracassada. A Igreja é a coluna e fundamento da verdade, portanto, ela
é a única portadora do evangelho de Cristo (I Tm 3.15).
Contudo, o pastor Martim Alves, outro pré-tribulacionista,
escreveu uma matéria no jornal Mensageiro da Paz, dizendo:
Mas por que a Igreja deverá ser substituída pelos 144 mil judeus?
Se os 144 mil judeus pregarão o evangelho em meio a perseguição e as
pragas de Deus, e com certeza serão protegidos por Deus, como
escreveu, em seu livro, o rematado pré-tribulacionista Wim Walgo:
Por que isso também não pode acontecer com a Igreja? Por que ela
deverá fugir de sua missão?!
É fora do senso bíblico que uma incontável multidão se convertam
a Cristo, sem fazer parte da Igreja! O Bom Pastor não sentará a mesa
antes que a última ovelha entre para o aprisco! (Lc 15.4-6; Jo 10.16).
139
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'O Senhor tomará para si seu povo celestial e ao seu povo terreno
dará novamente a posse integral da terra dos seus pais'
(Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, pág.124 o grifo é meu).
'No lugar onde se dizia a eles: Vocês não são meu povo', eles serão
chamados 'filhos do Deus vivo... Depois disso (do cativeiro assírio
e babilônico) os israelitas voltarão e buscarão o Senhor, o Seu
Deus, e Davi (isto é, o Messias), seu rei. Virão tremendo atrás do
Senhor e das suas bênçãos, nos últimos dias' (Os 1.9,10; 3.4,5).
Então meu caro teólogo, não pode existir dois povos: um celestial e
outro terreno! Dos dois, Cristo fez um (Ef 2.15-18). E se eles são um só
povo, unidos e mesclados, por que um deverá viver no céu e outro na
terra? (Jo 10.14-16 c/ Mq 2.12-13 e Is 11.10,11 c/ Rm 15.12). Não
rachem o povo de Deus com a vossa escatologia judaizante!
Se pelo menos não houvesse pregadores na grande tribulação,
santos sendo perseguidos, pessoas se convertendo, apenas o ímpio
sofrendo o justo juízo de Deus, enquanto todos os justos se banqueteiam
na presença do Senhor, eu poderia a ter ariscar crê em um arrebatamento
pré-tribulação (Provérbios 1.24-33). Mas, não é possível negar que
haverá servos de Deus durante esses dias terríveis de calamidade
mundial sem precedente na história humana, por isso que 'Felizes os
mortos que morrem no Senhor de agora em diante. Diz o Espírito: Sim,
eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão'
(Ap 14.13,14). Este por hora, será o único escape físico dos santos!
(Is 26.19-21; 57.1,2). Porém, esses santos não ressuscitarão até que se
complete o número dos mártires (Ap 6.9-11).
Aí, então quando Cristo voltar, no final da grande tribulação, todos
os santos jubilarão em alta voz: 'Regozijemos-nos! Vamos alegra-nos
dar-lhe glória! Pois chegou a hora [das bodas] do Cordeiro'. Enquanto
que os ímpios beberão 'do vinho do furor de Deus que foi derramado
sem mistura no cálice da sua ira'. Porque não só perseguiram e mataram
os santos do Cordeiro, mas também adoraram a Besta e recusaram o
convite da Sabedoria para as bodas do Cordeiro (Ap 14.9-12; 19.6-7;
Pv 9.1-6; Sl 52.5-9; Is 30.27-33). Por isso que 'Felizes os convidados
para o banquete do casamento do Cordeiro!' (Apocalipse 19.9).
Apenas os 144 mil judeus crentes serão protegidos das pragas?
Não! O Apocalipse representa o 144.000 judeus crentes como 'as
primícias' da grande safra dos que irão ser salvos (Ap 14.1,4,14-16).
Sabemos que 'primícias' são os primeiros frutos, e sabemos pelas
Escrituras que os primeiros frutos são ofertados à Deus como oferta
consagrada (Lv 23.9-14). Isso é visto claramento no caso dos 144.000
judeus crentes que são descritos como 'ofertados como primícias a
146 15º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
148
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
satisfatórias a essas questões, como por exemplo: Por que esses salvos
da grande tribulação serão arrebatados e glorificados, se eles não
fazem parte da Igreja? E, os 144 mil judeus pregadores da grande
tribulação participarão do reino terreno de Israel no Milênio ou serão
arrebatados e glorificados com os salvos gentios da grande tribulação?
Os salvos do Milênio serão glorificados? O que acontecerá com a
totalidade da nação terrena de Israel depois do Milênio? O que
acontecerá com os demais judeus que não estarão vivos na ocasião da
vinda visível de Jesus? Serão ressuscitados para possuírem o Milênio
junto a Nação judaica?
Talvez eles podem escapar por dizerem que as Escrituras não nos
oferecem respostas a essas perguntas. Na verdade, é o sistema
pré-tribulacionista que não têm tais respostas coerentes e plausíveis, já
as Escrituras respondem todas essas questões de uma maneira tão
simples que qualquer pessoa poderá constatar.
Esse ensino de salvação após o arrebatamento da Igreja bate
frontalmente com os ensinos de Jesus Cristo sobre a sua vinda. Em
nenhuma das parábolas escatológica de Cristo há chance após o seu
retorno.
Por exemplo, na parábola do mordomo, o servo fiel é
recompensado, e o servo infiel é punido severamente junto com os
hipócritas, ‘onde haverá choro e ranger de dentes’ (Mt 24.45-51); na
parábola das dez virgens, as virgens prudentes participam das bodas, já
para as virgens néscias não há mais oportunidade, ainda que tenham ido
comprar azeite, a resposta do Senhor foi contundente: 'não as conheço!'
(Mt 25.1-13); a parábola dos dez talentos é taxativa do mesmo jeito, os
dois servos fiéis são recompensados, enquanto que o servo inútil é
lançado nas trevas, ali ' haverá choro e ranger de dentes' (Mt 25.14-30).
Portanto, a salvação não será parcelada em três prestações! Quando
Cristo voltar, ele vem em definitivo, os prontos serão salvos e os
despreparados serão condenados. Se não for assim, não há necessidade
de advertência para vigilância! Pois que perigo há em ficar fora do
arrebatamento na vinda secreta, se há outra chance na vinda pública!
Porém, as Escritas advertem duramente:
'Pois breve, muito em breve: Aquele que vem virá, e não demorará.
Mas o meu justo viverá pela fé. E se, retroceder, não me agradarei
dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos,
mas dos que crêem e são salvos' (Hebreus 10.37-39).
17º Problema Teológico 149
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Também diz: 'Venho em breve! Retenha o que você tem, para que
ninguém tome a sua coroa' (Apocalipse 3.11) e 'Eis que venho
como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva
consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a
sua vergonha' (Apocalipse 16.15). Por isso que Jesus Cristo disse:
'Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho
do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na
glória do Pai e dos santos anjos' (Lucas 9.26).
Isso é por demais claro! Esse versículo tem conexão com Ap 4.9,10:
'...Ele (o Cordeiro) nos ama e nos libertou dos nossos pecados por
meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para
servir a seu Deus e Pai'.
'Não tinham coroas, mas palmas. Coroa é galardão por algo feito
para Deus, e estes não tiveram oportunidade para isso, porque
uma vez professando sua fé em Cristo, foram mortos' (Daniel e
Apocalipse, pág.132 o grifo é meu).
Mas essa multidão é vista chegando agora no céu! Eles ainda vão
ser recompensados! Veja que essa visão de João trata-se de uma grande
reunião. Ali está Deus sentado em seu trono, o Cordeiro a sua direita.
Todos anjos em pé ao redor do trono. Os assistentes celestiais e os
querubins da glória também estão ali! Quem está faltando? A Igreja!
Cadê ela? Se foi arrebatada antes da grande tribulação, segundo os
pré-tribulacionistas, então é pra ela está ali ao lado do Cordeiro! João vê
uma grande multidão incontável com vestes brancas, segurando ramos
em suas mãos e cantando: ‘a salvação pertence ao Cordeiro’. Alguém
pergunta: 'Quem são estes?'. Quem poderá dizer: 'Não é a Igreja'. Cadê
a Igreja então que não é vista nesta grande reunião?!
E quem disse que eles não fizeram algo para Deus? Eles são
testemunhas de Jesus (Ap 12.17; 17.6), eles obedecem aos
Daniel teve uma visão similar a de João, ele presenciou essa grande
reunião. 'tronos foram colocados e um ancião se assentou', ele vê
'milhares de milhares' de anjos diante do trono. O tribunal é iniciado, os
livros são abertos. Ele contempla 'um semelhante a um filho de homem',
Jesus Cristo, conduzido à presença do Ancião. 'Milhões e milhões
estavam diante dele', quer dizer, 'todos os povos, nações e homens de
todas as línguas o adoraram', esses são a grande multidão vista por
João. 'chegou a hora de eles tomarem posse do reino' (Daniel 7.9ss).
E, além do mais, segurar palmas nas mãos, isto é, acenar com ramos
de plantas, não é sinônimo de despojamento de galardão, mas sinônimo
de grande alegria por um grande acontecimento, seja a libertação de
uma nação de seus opressores ou recebimento de um Rei (veja
Lv 23.40-43 c/ Dt 16.14; Mt 21.8-11c/ Zcs 9.9-11).
Essa grande multidão canta de alegria porque foram libertos pelo
sangue do Cordeiro, e agora diante do trono recebem o Reino. Como
escreveu o apóstolo Pedro: '...alegrem-se à medida que participam dos
sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for
revelada, vocês exultem com grande alegria' (1 Pe 4.13).
O restante do texto de Ap 7, os versículos 15 a 17, é glorioso, a
promessa está estritamente relacionado à Igreja de Cristo, não a um
povo secundário. Nada diz que eles participarão dessas bênçãos junto
com a Igreja. Mas , ali essa grande multidão aparece como única, eles
são os que 'servem [a Deus] dia e noite em seu santuário', 'santuário' é
no Novo Testamento, símbolo da Igreja, como parte integrante do
santuário celestial (1 Co 3.16,17; 2 Cos 6.16-18; Hb 3.5,6; 8.1,2).
Essas bênçãos nos levam a Ap 21.1-7. João Registrou: 'O vencedor
herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho' (v.7). Acredito
que pessoas que não foram arrebatados, porque se acharam
despreparados, carnais, desviados e ficaram para uma segunda chance
não são dignos de serem chamados de vencedores.
Vencedores são os que chegam no podium primeiro! Por isso que
entre o povo que irá receber as promessas do Apocalipse não se encontro
os que perderam o arrebatamento. Uma dessas promessas diz:
159
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Mas essa indagação não prova nada, e nem contesta nada! É uma
indagação probatória sem sentido! É interessante que o presbítero
pré-tribulacionista Wellington Cardoso que formulou essa indagação,
deixa de crê no arrebatamento pós-tribulação por causa dessa simples
questão sem sentido, e segue acreditando em um arrebatamento
pré-tribulação em que centenas de questões sérias são levantadas
contra.
Se o arrebatamento e o advento de Cristo vão acontecer no mesmo
dia é bíblico (veja 1 Ts 4.15-17), mas o julgamento dos crentes e a ceia
das bodas terão lugar depois! Tanto os pré-tribulacionistas como os
pós-tribulacionistas ensinam isso.
Os pré-tribulacionistas acreditam que será depois do
arrebatamento num período de sete anos. Porém, as evidências bíblicas
expostas acima provam que não será durante a grande tribulação, mas
quando vir o Reino, isto é, durante o reino de Cristo (Lc 22.18,29,30;
Mt 8.11). Pois quando Jesus disse : não beberei outra vez do fruto da
videira até que venha o Reino de Deus' (Lc 22.18), mostra que ele não
poderá beber o vinho novo com os crentes durante a grande tribulação,
pois o Reino de Deus só será estabelecido depois da grande tribulação
(Mt 26.29; Lc 25-27,31). Isso também é visto com clareza em Mt 22.2.
Ora essa indagação do presbítero Wellington Cardoso contradiz até
o arrebatamento pré-tribulação, pois como escreveu Elienai Cabral
'As Bodas do Cordeiro dar-se-á após o arrebatamento e o Tribunal de
Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 2º trimestre de 2005, pág. 64 o grifo
é meu). Aqui mostra que as bodas do Cordeiro será depois do Tribunal
de Cristo. Digamos, seguindo o raciocínio falaz do pré-tribulacionista,
se Cristo vier invisivelmente arrebatar a igreja hoje, em 2008, e se for
levado três anos para o julgamento de bilhões ou trilhões de crentes
diante do Tribunal de Cristo, isso significa que a ceia das bodas do
Cordeiro será depois de três anos após o arrebatamento, isto é, em 2010,
e durará quatro anos até que ele volte de novo.
Assim a 'vinda invisível' de Jesus e o arrebatamento da Igreja
aconteceu no mesmo dia, mas a ceia das bodas do Cordeiro somente três
anos depois. O quê então o presbítero Wellington pretende provar com
essa indagação? Até mesmo Elienai Cabral refutaria essa indagação.
Pois se o arrebatamento da Igreja pode acontecer no mesmo dia do
'primeiro advento' de Jesus, por que o arrebatamento da Igreja não
poderá acontecer, como de fato acontecerá, no mesmo dia do 'último’
18º Problema Teológico 161
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Julgamento e recompensa
o Advento de dos crentes
Cristo
salvação e livramento Festa das Bodas
do Cordeiro e da
ressurreição e Inauguração do Reino
arrebatamento da me
ira
tos Cri
grande san om
es
Os gam c
tru
tribulação
jul
içã
o
165
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Como o Senhor Deus fará isso? Não tirando o seu povo da terra,
através de uma fuga invisível! Mas protegendo-os ali mesmo (João
17.11,12,15), assim como protegeu os israelitas quando o Egito estava
sendo assolado pelas pragas de Deus
'em todo o Egito o granizo atingiu tudo o que havia nos campos,
tanto homens como animais; destruiu toda a vegetação, além de
quebrar todas as árvores. Somente na terra de Gósen, onde
estavam os israelitas, não caiu granizo' (Êxodo 9.25,26; leia
também Êxodo 10.21-23).
'Mil poderão cair ao teu lado, dez mil à sua direita, mas nada o
atingirá, você simplesmente olhará, e verá o castigo dos
ímpios...nenhum mal o atingirá, [nem praga] alguma chegará à
sua tenda'.
E em Isaías 32.18,19:
Esse povo de Deus são os santos que não adoram a Besta, cujos
nomes estão escritos no livro do Cordeiro (Ap 13.7,8,15; 17.8). A pragas
de Deus não os atinge! Pelo contrário, as pragas caem sobre sistema
19º Problema Teológico 169
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
babilônico anticristão em virtude das orações dos santos (Ap 8.3-6). Por
isso que quando esse sistema perseguidor babilônico cair, será dito aos
santos:
'Celebrem, ó santos, apóstolos e profetas! Deus a julgou,
retribuindo-lhe o que ela fez a vocês' (Apocalipse 18.20).
'Tu és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas
coisas; pois eles derramam o sangue dos teus santos e dos teus
profetas, e tu lhes deste sangue para beber, como eles merecem'
(Ap 16.4-6).
Por isso que não posso deixar de salientar que apesar da Igreja de
Cristo ser guardada por Deus das pragas apocalípticas, contudo será
perseguida por esse sistema babilônico liderado por Satanás, pois ele
'tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo' , e sairá para 'fazer
guerra [contra] ... os que guardam aos mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus Cristo' (Apocalipse 12.12,17 ARC o grifo é meu).
Mas, 'é justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes
causam tribulação' (2 Tessalonicense 1.6).
Se esse ‘meu povo’ de Ap 18.4 não é a igreja do Cordeiro, então
quem são? Talvez alguém diga: ‘É a nação de Israel’. Se esse povo é a
nação de Israel, então essa Babilônia do capítulo 18 é a literal cidade de
Babilônia. Porém, todos sabem que esse nome ‘Babilônia’ em
Apocalipse é simbólica, e representa a religião falsa, cuja capital está
sediada em Roma. Portanto, Babilônia aqui é a Roma. De donde saiu a
reforma protestante? Saiu de dentro da Igreja Católica Apóstata
Romana. Assim ‘meu povo’ são os verdadeiros cristãos que romperam
com a religião romana, por causa disso, a Babilônia, a Grande, nome
simbólico dessa religião romana, perseguiu e matou muito desses
cristãos. E ainda matará mais!
Apesar disso, os pré-tribulacionistas negam que esse ‘meu povo’ de
Ap 18.4 é a igreja, uma vez que para eles a igreja foi arrebatada no
capítulo 4, muito antes do capítulo 18 de Apocalipse. Então para os
170 19º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'Além do mais, Jesus afirmou que não compete aos homens saber
a data de sua vinda' e citou os seguintes texto-provas: '(Mt 24.36;
Mc 13.32; At 1.6) - (Lições Bíblicas, de Mestre, 2º trimestre de
2006, pág. 35).
A vinda para a Igreja é diferente da vinda para a Terra. Pois ensinam que
a vinda para a Igreja ninguém sabe quando será, enquanto que a vinda
para o mundo todos saberão quando virá. 'Viu irmãos como são em duas
fases, senão nós vamos contradizer Jesus'.
Contudo é esse pensamento pré-tribulacionista que está
contradizendo o que Jesus realmente disse; pois não só fere os
princípios de interpretação da Bíblia, como leva o pré-tribulacionismo a
cair numa absurda contradição teológica. Pois nenhum desses textos
está relacionado a algum tipo de vinda secreta, mas a vinda pública.
Assim ao confessar uma vinda secreta chocam com a vinda pública de
Cristo.
Ainda que os pré-tribulacionistas queiram se convencer que
Mateus 24.36 se refere a um arrebatamento secreto devido os versículos
40,41: 'Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro
deixado. Duas mulheres estarão trabalhando num moinho: uma será
levada e a outra deixada'. Todavia, esbarrão com At 1.6,7,
1 Ts 5.1-4 e 2 Pe 3.8-10, que mostram que o Dia do Senhor e o
estabelecimento do Seu Reino serão em datas que ninguém sabe, e não
depois de sete anos após o arrebatamento.
Por isso que o arrebatamento não pode se dá em uma vinda
secreta, mas exatamente no Dia do Senhor; e 'um será levado e outro
deixado', nada mais é, do que '[Jesus] enviará os seus anjos, e estes
reunirão os seus eleitos dos quatro ventos', mas isso não ocorrerá em
uma secreta vinda, mas na vinda em que 'todas nações...verão''(Mt
24.30,31 veja também 2 Ts 1.7-10). Por isso digo a todos vocês:
'Ninguém sabe quando será o arrebatamento, nem tampouco a vinda
pessoal de Jesus!' Apenas os pós-tribulacionistas bíblicos podem falar
assim! Nesse ponto eu refuto aqueles pós-tribulacionistas que
infelizmente acreditam que a grande tribulação seja de sete anos (leia o
13º problema teológico). E posso também dizer, sem titubear, que o
arrebatamento da Igreja ocorrerá exatamente na vinda pessoal de Jesus
Cristo, o nosso Senhor.
Lucas escreveu:
'Tenham cuidado, para sobrecarregar o coração de vocês... e
aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá
sobre todos os que vivem na face de toda a terra' (Lucas 21.34,35).
não será inesperadamente! Será que os crentes que viverão nos dias da
grande tribulação saberão o dia e a hora que Jesus vem? Claro que não!
Pois a Bíblia não diz quando durará a grande tribulação, o que sabemos é
que ele vem 'imediatamente após a tribulação daqueles dias' (Mt 24.29-
31). E também: 'Se aqueles dias [de tribulação] não fossem abreviados,
ninguém sobreviveria, mas, por causa dos eleitos (isto é dos crentes
fiéis - Ap 17.14), aqueles dias serão abreviados' (Mt 24.21,22).
No texto de Lc 21.34,35: a vinda de Jesus é pública, pois diz ‘virá
sobre todos os que vivem na face de toda a terra’, porém, essa vinda não
será depois de sete anos, pois, diz que virá ‘inesperadamente’. E, para
esmagar o pré-tribulacionismo, o texto coloca a esperança dos
discípulos nesse dia, quando diz: ‘fiquem alertas! Não deixem que as
festas, ou as bebedeiras, ou os problemas desta vida façam vocês
ficarem tão ocupados, que aquele dia pegue vocês de surpresa, como se
fosse uma armadilha’ (BLH).
O Cristo glorificado também disse para os crentes da igreja em
Sardes: 'Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você
não saberá a que hora virei contra você (Ap 3.3). Isso não será verdade
se esses crentes não subirem no arrebatamento e esperarem a vinda de
Jesus depois de sete anos! Pois eles saberão que Jesus virá como um
ladrão depois de sete anos de grande tribulação assolar a terra. Então
veja que não pode existir um arrebatamento antes desse dia que ele vem
como um ladrão. Assim Jesus disse para os crentes quando é derramada
a penúltima taça sobre a terra:
'Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante
e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja
vista a sua vergonha' (Apocalipse 16.15).
Por isso que ele pôde dizer para os crentes vigilantes de Sardes:
'No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não
contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de
branco, pois são dignos' (Apocalipse 3.4).
'É como um homem que saí de viagem. Ele deixa sua casa,
encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro
que vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o
dono da casa voltará (os pré-tribulacionistas sabem!): se à tarde,
à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de
repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a
todos: Vigiem!' (Marcos 13.34-36).
1°) Esse texto refuta que a vinda de Jesus como ladrão é uma vinda
secreta, pois Jesus chama essa vinda após as taças de vinda como um
ladrão, e não tem nada de secreta, pois nesse dia ele vem para batalhar
no ‘grande dia do Deus todo-poderoso’, conforme o versículo 14.
2°) Esse texto refuta que a vinda depois da grande tribulação pode
ser calculada, pois Jesus disse: 'Eis que venho como ladrão', isto é, sem
data marcada;
3°) Esse texto refuta que a igreja foi arrebatada antes da grande
tribulação, pois aqui, enquanto as taças são derramadas, Jesus exorta
o crente à vigilância. Isso não faz nenhum sentido se os crentes já
estiverem no céu festejando as bodas do Cordeiro.
4°) Nesse texto, essa promessa da vinda de Jesus seguida de
exortação ao crente, no momento do cenário da batalha do grande dia
do Deus todo-poderoso, é uma prova incontestável de que Jesus até esse
momento não tenha voltado e levado os crentes para as bodas;
5°) Nesse texto, a segunda vinda de Jesus é iminente! Isso significa
que o crente precisa está vigilante;
6°) A grande tribulação não é um período de sete anos, pois essa
termina na vinda de Jesus, e essa vinda é como ladrão!
7°) Jesus vem depois da grande tribulação para batalhar contra o
mal e dá felicidade ao crente! Por isso que se diz 'feliz aquele que
permanece vigilante'.
Será que Paulo tem mente uma segunda fase da vinda de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo em que ele vem dos céus com a Igreja?
Em nenhum lugar dos escritos paulinos há uma primeira e segunda fase
da vinda de Cristo, ou uma vinda invisível e outra vinda visível.
Os hermeneutas pré-tribulacionistas falam de duas palavras
gregas 'parousia' e 'epifanéia'. Eles dizem que 'parousia' está
relacionada com a vinda invisível, enquanto 'epifanéia' está relacionada
com a vinda visível. Quer dizer, para compreendermos a doutrina
escatológica temos que primeiro aprender o grego, pois, nossos
tradutores fizeram o favor de não colocarem tais definições em nossas
Bíblias portuguesas. Mas, por que 'parousia' é uma vinda invisível? Os
exegetas pré-tribulacionistas diz que o termo é traduzido por 'chegada
rápida'.
Mas, Paulo usou esse mesmo termo em outros casos e nada teve
haver com rapidez e invisibilidade, por exemplo, ele escreveu:
182
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
O Dr. Elienai Cabral procura ser mais sincero, mas está tão apegado
a doutrina das duas fases da vinda de Jesus, que não consegue ver que a
'parousia' é a mesma coisa de 'epifanéia' ou 'apocalipse' nos escritos
apostólicos.
Se apenas a 'parousia' pode ser aplicado ao arrebatada da
igreja, e não 'epifanéia' ou 'apocalipse', por que Pedro escreveu:
companheiro fiel:
'guarde este mandamento imaculado e irrepreensível, até a
manifestação (gr. epifanéia) de nosso Senhor Jesus Cristo'
(1 Timóteo 6.14).
textos bíblicos está mais para uma fraude do que para uma exegese
bíblica!
Pedro é tão claro a respeito disso que exorta os concrentes a colocar
toda a esperança nessa vinda visível, ele escreveu: '...coloquem toda a
esperança na graça que lhes será dado quando Jesus Cristo for
revelado (gr. apocalipses)' (1 Pe 1.13). Se Jesus será revelado na sua
vinda, então não é um evento oculto, presenciado apenas por alguns
apercebidos! Pois 'revelar' significa exatamente isso: 'tirar o véu',
'desvendar o oculto', 'tornar publico o que está escondido', 'tornar
conhecido o desconhecido' (Mt 10.26). De fato, a Bíblia diz: 'todas as
nações... verão' e 'todo olho o verá' (Mt 24.30; Ap 1.7).
Similarmente, encontramos as palavras de Paulo a Timóteo
referindo-se a todos os crentes:
Percebe que João usa os dois termos gregos para se referir a vinda
de Jesus Cristo em relação aos crentes. Assim, essa distinção apenas
existe na mente dos teólogos pré-tribulacionistas e de seus adeptos!
21º Problema Teológico 185
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'...o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos
poderosos, em meio a chamas flamejantes, tomando vingança...'.
Essa é a única classe que vem com Jesus lá dos céus, já a Igreja
deverá se conservar santa e irrepreensível para se encontrar com Cristo
nos ares. É o que disse Paulo em 1 Tessalonicense 3.13:
Esses santos de que fala Paulo neste texto são os anjos, e não a
Igreja, se não esse texto não teria sentido! Assim, como não teria sentido
o texto de Zacarias se aqueles santos forem a Igreja, e não os anjos, pois
contradizem os demais textos citados, sem ter nenhum texto ao seu
favor. Esses anjos que vem com Cristo não só punirão os ímpios e
desviados como também reunirão os eleitos, que é a Igreja, dos quatro
ventos, dos confins da terra até os confins do céu (Marcos 13.26,27).
É interessante que os pré-tribulacionistas dizem que esses santos de
Zc 14.5 é a Igreja, enquanto que os santos de Ap 13.7, eles dizem que,
não é a igreja. Todavia, as provas para se crê que os santos de Ap 13.7 é a
igreja são mais evidentes do que crê que os santos de Zc 14.5 é a igreja.
Por exemplo, em Apocalipse é dito acerca desses santos: “Aqui
está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de
Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14.12). Esses santos são
21º Problema Teológico 189
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Veja que 2 Ts 1.7 diz que Jesus vem 'com os seus anjos', em relação
aos crentes no versículo 10, diz que ele vem para ser glorificado 'em seus
santos'. Isso é coerente! Pois assim, não há discriminação de santos.
Por outro lado, se negarmos que os santos de Apocalipse 13.7;
14.12; 17.6 é a igreja temos que negar também que os santos de
Apocalipse 5.8; 8.4,5; 11.18; 16.6; 18.20,24; 19.8; 20.6,9; 22.11 é a
igreja. Porém isso não só é incoerente, mas também absurdo!
Quer dizer teremos que lê o Novo Testamento igual os russelitas
lêem: esse versículo é para os 144 mil e esse é para grande multidão, no
nosso caso lemos: esse versículo é para a igreja e esse versículo é para os
santos que não é a igreja, uns tais de rabiscos. Que situação mais
esquisita!!! E ainda tem gente que crê nisso! Portanto, a interpretação
mais coerente é crê que os santos de Zc 14.5 são os anjos e os santos de
Ap 13.7 é a igreja. E assim, todos os santos do Cordeiro serão
arrebatados naquele grande e único Dia.
Uma vez que a vinda de Jesus é de uma só vez, e nessa ocasião ele
vem com os santos anjos, então, essa manifestação dos crentes em
glória, de que fala Paulo em Colossenses 3.4, se dará nessa ocasião. E,
assim como todos os olhos verão a glória do Filho do Homem, assim
também, verão a glória dos santos crentes. Paulo disse que Jesus Cristo
virá 'para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que
creram' (2 Ts 1.10). Os santos somente serão manifestados com Cristo
em glória na sua vinda gloriosa e poderosa. Pois, o que eles são em
Cristo e a sua herança de um eterno peso de glória mui excelente
somente receberão quando Cristo aparecer nas nuvens.
Eu posso contemplar aquele grande dia, dia sem igual,
primeiramente o mundo afunda em densas trevas, pois, escurecerá o sol,
a lua e as estrelas. Nesse ínterim os santos mortos e vivos são atraídos às
nuvens, como um imã atrai os metais, isso em questão de átomo, ao
encontro do Senhor ainda nos ares!
De repente, em meio a escuridão, a glória de Cristo e da Igreja,
resplandecem! O mundo em desespero contempla o resplendor da
glória, e se lamenta! Mas, chegou o fim! Não tem mais jeito; o tribunal é
estabelecido; vivos e mortos julgados; os justos são recompensados
com a vida eterna e os injustos condenados ao fogo eterno (Mateus
13.40-43,49,50).
Uma vez que Paulo escreveu esta carta à Tito, então eles se incluem
entre os 'educando-nos'. E uma vez que esta carta, por sua inspiração
divina, é dirigida a toda comunidade cristã, então todos nós, e não
apenas Paulo e Tito, estamos também incluídos entre esses educados
por Deus para aguarda a bendita esperança e a manifestação da glória,
assim como aparece no verso 14: 'um povo exclusivamente seu, zeloso
de boas obras'.
Como bem traduziu a NVI: "... [nós] aguardamos a bendita
esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador,
Jesus Cristo". Note os dois pontos, como que dizendo: 'a bendita
esperança significa a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo’. Esses tradutores compreenderam que
192 21º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
194
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Mas como ele não quer se contradizer, então verte o texto, dizendo:
'Jesus Cristo virá como o ladrão na noite' (1 Ts 5.3,4), isso, porém, o faz
dá crédito mais ainda ao pós-tribulacionismo, pois, o texto citado diz: 'o
dia do Senhor virá como ladrão à noite'.
Então veja que quando Claudionor de Andrade quer falar sobre a
iminência do arrebatamento usa o texto de 1 Ts 5.4, mas quando
pretende falar da grande tribulação usa o mesmo texto, como fez ao
escrever:
“a segunda metade [da semana profética de Daniel] será ocupada
pela Grande Tribulação propriamente dita... Pois quando
disserem: Paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina
destruição... de modo nenhum escaparão (I Ts 5.3)” - Lições
Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.38 o grifo é meu.
Será que esse versículo tem alguma coisa haver com uma vinda
despercebida pelo mundo? Não seria totalmente ao contrário! Jesus
Cristo não estaria falando de uma vinda percebida pelo mundo? O termo
'cujo brilho' não fala de algo visível? A expressão 'vai de uma
extremidade à outra do céu' não é algo abrangente?
Tomar essa expressão 'como relâmpago' e o texto de Lucas 17.24
para provar uma vinda despercebida pelo mundo não só é contraditório
como também está sendo citado fora do seu contexto, com um sentido
diferente do natural e ao bel-prazer do escritor. Jesus disse isso
exatamente para refutar aqueles que dirão:
Por outro lado, o texto citado por Eurico Bergstén para provar a
segunda fase da vinda de Jesus em que ele virá com a Igreja, também
198 22º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
‘Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... e todos os
povos da terra se lamentarão por causa dele’.
‘Se alguém disser para vocês: Vejam aqui está o Cristo, não
acreditem... Pois aparecerão falsos cristos... que realizarão
grandes sinais... para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam
que eu avisei vocês antecipadamente’. Assim, se alguém lhes
disser: ‘Ele está lá... não acreditem. Porque assim como o
relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a
vinda do Filho do homem (vv.23-25).
'Aos ímpios, que atribulam, dará tribulação. Mas, aos crentes, que
sofrem tribulação, na sua vinda, dará o merecido descanso,
quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder... É o
descanso que o crente terá... na vinda de Jesus, quando a Igreja
subir a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17)...' (Lições Bíblicas,
de Mestre, 3º trimestre 2005, pág.87).
Ele afirma que Jesus vem buscar a 'Igreja com os anjos do seu
poder', eu não sei se ele percebe o que está escrevendo, pois as palavras
de Paulo são categóricas:
'e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se
manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
em chama de fogo, tomando vingança contra os que não
conhecem a Deus'(v.7).
mas também 'a todas as nações, tribos, povos e línguas' (Ap 7.19). Isso é
muito apropriado com as questões teológicas existentes naquela época
(Atos 15 e Gálatas), e no próprio livro do Apocalipse que mostra 144 mil
judeus como se fosse um grupo de salvos exclusivos (Ap 14.1-5).
Quando o anjo respondeu: 'Estes são os que vieram da grande
tribulação', João entendia perfeitamente o que isso significava, pois a
igreja naquela época enfrentava duras perseguições dos judeus
apostatas e do império romano. Veja por exemplo, o que foi dito a igreja
de Esmirna:
'Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós,
para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias, seja fiel
até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida' (Apocalipse 2.10 ARA).
pessoas sendo salvas pelo seu próprio sangue, mas de uma grande
multidão internacional, multilíngüe e incontável! A totalidade dos
gentios salvos! Àquela plenitude de que fala Paulo em Rm 11.25!
Como uma grande multidão incontável de salvos não pode ser a
Igreja de Jesus? Que tipo de povo é esse? Infelizmente, ao dizer que 'a
multidão dos salvos de Ap 7.14 não é a igreja', e ao mesmo tempo
afirmar: 'as multidões, que na grande tribulação recusaram adorar o
Anticristo...ressuscitarão em glória' , como diz Eurico Bergstén
(Lições Bíblicas, 3º trim. de 1983 págs. 43,44 o grifo é meu) anula a
necessidade de uma vinda secreta! E pior ainda, considera o
arrebatamento secreto da igreja como um arrebatamento parcial!
Estes exemplos citados são apenas alguns para mostrar que os
pré-tribulacionistas manipulam a Bíblia ao seu bel-prazer, citando as
Escrituras fora do seu sentido natural de modo que um simples crente
jamais chegará a essas conclusões pela sua simples leitura da Bíblia!
Pois entenderá como está escrito na Bíblia, e não está errado, pois o
próprio apóstolo Paulo disse: 'Não ultrapassem o que está escrito'
(1 Co 4.6). Já Martinho Lutero quando fazia sua refutação contras os
disparates dos papistas se apoiava no sentido natural do texto. Escreveu
por exemplo:
'o principal raciocínio de minha tese é, em primeiro lugar que às
palavras divinas não se deve fazer violência alguma, nem por
parte de um homem, nem por parte de um anjo; deve-se, no
entanto, conserva-la, enquanto for possível, em seu mais simples
significado. Caso não fomos forçados por circunstâncias
manifesta, as palavras não devem ser entendidas fora da
gramática nem de seu próprio sentido, para que não se dê
ocasião a que os adversários escarneçam de toda a Escritura'
(Do Cativeiro Babilônico da Igreja, pág. 35 o grifo é meu).
208
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'Um judeu que se torna cristão atualmente não perde a sua relação
para as promessas do futuro Israel. Os cristãos judeus se unirão
ao remanescente do AT na herança de Israel. Os cristãos gentios
serão unidos por gentios salvos de dispensações anteriores. No
geral, os judeus e gentios compartilharão as mesmas bênçãos do
Espírito, como testemunhado pela relação de judeus e gentios na
igreja dessa dispensação' (Interpretações do Apocal., pág. 215).
'Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e
construirá o templo do Senhor. Ele construirá o templo do
Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono
para governar. Ele será sacerdote no trono. E haverá harmonia
entre os dois' (Zacarias 6.12-13).
Deus não habita em templo construído por mãos humanas (Atos 7.48-
50; 17.24), mas como disse o apóstolo Pedro:
'vocês estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de
casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo
sacrifícios aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo' (1 Pedro
2.5).
Então veja que quando Claudionor de Andrade diz: 'De uma coisa,
todavia, temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em
Jerusalém...', ele retrocede ao velho sistema judaico, ignora o
212 23º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Será que no Milênio, o véu que foi rasgado na cruz, será novamente
costurado? Porém, se isso acontecer o novo e vivo caminho do Espírito
será bronqueado, pois que enquanto permanecia o velho templo, 'ainda
não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos santos'.
Agora porém depois que o velho templo foi desfeito,
Quando a profecia diz: 'A glória deste novo templo será maior do
que a do antigo' (Ageu 2.9), não se refere ao templo judaico de
Jerusalém, mas o templo construído pelo Renovo. Zacarias diz que este
templo: 'será revestido de majestade' (Zc 6.12,13). De fato, ser o
Espírito Santo derramado sobre os discípulos em um simples aposento
23º Problema Teológico 213
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Também diz:
'Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e
construirá o templo do Senhor. Ele construirá o templo do Senhor,
será revestido de majestade e se assentará em seu trono para
governar. Ele será sacerdote no trono. E haverá harmonia entre os
dois' (Zacarias 6.12-13).
Mas isso é impossível! Pois o velho sistema judaico não pode ser
novamente restabelecido, porque ele foi anulado para sempre, os judeus
não podem oferecer à Deus sacrifícios cruentos novamente. O
sacerdócio foi mudado! Não se trata mais do sacerdócio levítico com
seus rituais!
O inspirado autor aos Hebreus escreveu:
'o Espírito Santo mostrando que ainda não havia sido manifestado
o caminho para o Santo dos Santos enquanto permanecia o
primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração para os nossos dias,
indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam
dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa. Eram
apenas prescrições que tratava de comida e bebida e de várias
cerimônias de purificação com água; essas ordenanças
exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem. Quando
Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes,
ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo
homem, isto é, não pertencente a esta criação...[por isso que] 'A
Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a
sua realidade''(Hebreus 9.8-11).
220 23º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo
antes sinagoga de Satanás' (Ap 2.9).
sagrados vão ser novamente restaurados. Por que o livro de Hebreus não
fala sobre isso, já que está exatamente tratando desses assuntos?! Ora, se
ele fizesse isso, seu livro seria uma verdadeira confusão teológica! Pois
defende a abolição do velho sistema em detrimento do novo!
Em oposição a ele, os pré-tribulacionistas dão a impressão que as
realidades espirituais são ficção; que o cumprimento dos tipos e
símbolos não aconteceu; que o véu do templo não se rasgou; que os
cristãos vivem uma irrealidade; que judeus e gentios continuam
separados; que ainda continuam existindo duas religiões: judaísmo e
cristianismo; que a igreja não é nada de nada; que Deus não chegou a
lugar nenhum; que a morte de Cristo não aboliu nada; que o meio não
atingiu o seu fim; que o fim é o retorno ao velho; que o espiritual é a
cópia do terreno; que o terreno é a realidade do espiritual; que o Reino de
Deus é temporal e político e que o Evangelho nada fez. Que situação!
Mas, por que o pré-tribulacionismo chega a essas interpretações
absurdas de que o velho sistema judaico com toda sua parafernália será
restaurado no milênio? Simplesmente por dividir o povo de Deus em
dois: um espiritual e outro terreno; um sobe no arrebatamento e outro
fica; um recebe as bênçãos espirituais e o outro as bênçãos terrenas; um
herda o Reino de Deus e outro o Reino de Davi; um prega o evangelho
da graça e o outro o evangelho do Reino. Um espera a vinda invisível e o
outro a vinda visível de Jesus. Òh meu Deus, por que os homens querem
rasgar a túnica de uma só peça?! Veja abaixo um gráfico que mostra que
de fato e de verdade houve profunda alterações na transição da velha
ordem para a nova ordem:
Velha Ordem em Moisés Nova Ordem em Cristo
A promessa de um Messias Jesus Cristo é esse Messias
Povo de Deus: Israel (só os judeus) Povo de Deus: a Igreja (judeus e gentios)
Antiga Aliança: provisória Nova Aliança: eterna
Os sacrifícios: sombra A morte de Jesus: realidade
A circuncisão: ingressão em Israel O batismo cristão: ingressão na Igreja
O sacerdócio levítico: imperfeito O sacerdócio de Melquisedeque: perfeito
O tabernáculo mosaico: cópia O tabernáculo celestial: original
O Antigo Israel: judeus carnais O Novo Israel: judeus nascidos de novo
O Reino de Davi: temporal e politico O Reino de Deus: eterno e celestial
Jerusalém terrena: antiga capital Jerusalém celestial: nova capital
O secredo oculto: os gentios excluídos O secredo revelado: os gentios incluídos
23º Problema Teológico 223
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'A mensagem que eles (os 144 mil judeus) pregarão não é o
Evangelho que conhecemos, mas o chamado “evangelho do
reino”... Esse Evangelho foi anunciado por João Batista... por
Jesus... pelos doze apóstolos' [menos por Paulo? Cadê Paulo então
que não é citado!] (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 42 o grifo e
o colchete são meus).
'Mas ainda que nós (os judeus) ou um anjo dos céus pregue um
evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja
amaldiçoado!' (Gálatas 1.6-9).
224
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Então veja que para Paulo, assim como para os doze apóstolos, não
há diferença entre o evangelho da graça e o evangelho do Reino. Ambos
são o mesmo evangelho: o evangelho da graça de Deus que anuncia o
seu Reino.
São tão contraditórias essas definições dos pré-tribulacionistas que
não se encaixam! O Dr. Antonio Gilberto diz que o resultado da
pregação do 'evangelho do reino' pelos 144 mil judeus será uma 'grande
multidão salva dentre todas as nações, na época da Tribulação'
(Escatologia Bíblica EETAD, pág. 42). Ora se Paulo pregou o
'evangelho da graça' para os gentios e os doze apóstolos pregou o
'evangelho do reino' para os judeus, por que os 144 mil judeus vão
pregar o 'evangelho do reino' para os gentios, eles não deveriam prega-
lo para os judeus? Que coisa mais esquisita!
Quer dizer João Batista, Jesus Cristo e os doze apóstolos pregavam
um tipo de evangelho que nós hoje desconhecemos. Então quem trouxe
esse evangelho que conhecemos hoje e anunciamos? O apóstolo
Paulo!? Mas essa mesma questão foi levantada lá em Gálatas quando os
judaizantes começaram a disseminar que Paulo anunciava um
evangelho diferente do que os apóstolos pregavam lá em Jerusalém, e
questionavam a sua autoridade apostólica. Entretanto, Paulo contestou
esse fato veementemente. Mas, agora depois de 20 séculos, os
dispensacionalistas, que seguem o mesmo pensamento judaico dos
judaizantes, nos informam que o evangelho anunciado por João Batista,
Jesus Cristo e os doze apóstolos é desconhecido por nós e não era
pregado por Paulo.
Será que isso significa que este evangelho do reino saiu de
circulação, talvez foi soterrado no ano 70 d.C. quando destruíram
Jerusalém, então de alguma maneira misteriosa nos deram outro
evangelho, o evangelho da graça. Porém, quando chegar a grande
tribulação e nós sermos arrebatados em uma vinda secreta de Jesus,
iremos levar esse evangelho da graça conosco, enquanto que os 144 mil
judeus encontrarão, não sei aonde e como, o evangelho do reino e
anunciarão?
Eu gostaria que os pré-tribulacionistas dissessem qual é o conteúdo
desse evangelho do reino pregado por João Batista, por Jesus Cristo,
pelos doze apóstolos e pelos 144 mil judeus... ah eles não podem dizer,
porque conforme o pré-tribulacionista Antonio Gilberto este evangelho
do reino é desconhecido por nós. Mas isso já é um engano!
24º Problema Teológico 225
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído
e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá
todos os reinos... e os exterminará, mas esse reino durará para
sempre' (Daniel 2.44).
Isso deverá ocorrer quando o Messias vier na sua glória (Mt 25.31-
46). Leia também Ageu 21,22 c/ Hb 12.26-29 e Zc 9.14-16. As profecias
apontam que esse Messias é Jesus Cristo:
'Ele [Jesus] será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O
Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para
sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim' (Lc 1.32).
Antes porém, era mister que o Messias primeiro sofresse: 'Mas antes
é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração (Lc 17.25; 24.26).
Duas ressurreição de salvos: Uma dos santos antes dos Outra dos santos mártires
7 anos de grande tribulação depois dos 7 anos
Uma constituída de crentes Outra constituída de crentes
Duas Igrejas: convertidos no tempo convertidos no tempo da
da graça grande tribulação
Um pregado pela igreja - Outro pregado pelos 144 mil
Dois evangelhos: chamado de evangelho da judeus chamado de
graça evangelho do reino
Um celestial - o da igreja no Outro terreno - o de Israel na
Dois reinos: céu terra
convertidos. Isso pode significar que nos últimos tempos que antecede a
vinda de Jesus haverá maiores conversões de judeus, o que deve
incentivar a Igreja evangeliza-los!
Se a plenitude dos gentios termina quando a Igreja é arrebatada,
como ensina o Dr. Hilquias e que aqui termina a 'Idade da Igreja', logo
uma multidão incontável de gentios não poderá se converter após o
arrebatamento da Igreja conforme ensina os pré-tribulacionistas.
Por outro lado, se Israel será salvo no final da grande tribulação,
então a plenitude dos gentios deverá durar até o final da grande
tribulação. O que forçadamente, coloca o arrebatamento da Igreja no
final da grande tribulação. O término da inclusão dos gentios na oliveira
e a salvação de Israel acontecem no mesmo ato, quando vir 'de Sião o
redentor' (v.26).
Então na teologia paulina não existe esse parêntese de que fala
Hilquias. Jesus Cristo disse: 'Tenho outras ovelhas que não são deste
aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha
voz, e haverá um só rebanho e um só pastor' (Jo 10.16). Quando Paulo
escreveu: 'E esta é a minha aliança com eles' (Rm 11.26), fazia
referência a nova aliança e não a velha aliança (Hb 10.14-18).
Entrementes, que salvação é essa em que 'todo o Israel será salvo'
se não inclui a ressurreição e a glorificação de Israel? Que salvação é
essa em que os judeus ainda estarão sujeitos a morte e tentação? Que
salvação é essa em que os judeus ainda vão oferecer sacrifícios no
templo?
Se 'todo o Israel será salvo' é a salvação nacional de Israel, então o
que acontecerá, no advento de Cristo, com aqueles judeus que morrerão
durante os últimos três anos e meio de grande tribulação por terem
rejeitado adorar o Anticristo? O que acontecerá com os milhares de
judeus que morreram desde 1948, principalmente os que foram
dizimados no Holocausto nazista, pois eles pertencem a raça eleita de
Abraão, o 'povo escolhido' de Deus? Se todo o Israel será salvo então
todos esses judeus deverão ressuscitar para herdarem as promessas de
Deus à Abraão. Mas eles ressuscitarão com que corpo? Natural ou
espiritual?
Isso nos leva a indagação pertinente: que Israel é esse que será
salvo? Paulo cita o texto de Isaías 59.20: 'O Redentor virá a Sião, aos
que em Jacó se arrependem dos seus pecados'. Não se trata da totalidade
da nação terrena de Israel, mas daqueles que estão sendo enxertados na
238 24º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Deus não dará novas cordas ao velho relógio, pois 'o que se torna
antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer' (Hb 8.13), este
era fraco e inútil (Hb 7.18), Deus está tratando com Israel com um novo
relógio em um novo tempo. Este é indestrutível, superior e não parará
jamais! (Hb 7.15,22).
por seus pecados contra Deus (Is 2.12; Sl 75.8)? Onde fica a justa
punição de Deus contra o mundo por ter perseguido e massacrado os
justos (Tg 5.6; Ap 6.10,15,16)? Será que Jesus Cristo vai descer do céu
para resolver pigarras entre palestinos e israelenses?
O Messias prometido não vem em socorro de um Israel nacionalista
da velha aliança, mas do Israel restaurado da nova aliança, aqueles
judeus que creram Nele, e de seus companheiros gentios crentes
(Mq 5.7-15; Hb 4.1-3; 8.7-13; Rm 9.27; 11.26,27). Esses dois grupos
são os verdadeiros descendentes de Abraão. Como bem escreveu o
apologista Esequias Soares:
‘Muito bem, meu bom servo! Por ter sido confiável no pouco,
governe sobre dez cidades. O segundo veio e disse: Senhor, a tua
mina rendeu cinco vezes mais. O seu senhor respondeu: ‘Também
você, encarregue-se de cinco cidades’.
'pois é necessário que ele reine (milênio) até que todos os seus
inimigos sejam postos debaixo de seus pés (julgamento). O último
inimigo a ser destruído é a morte' (no final do Milênio); 'depois de
ter destruído todo domínio, autoridade e poder (no final do
Milênio), então virá o fim e [Jesus] entregará o Reino a Deus, o
Pai, a fim de que Deus seja tudo em todos' (1 Co 15.25-28).
o
(Mt 12.36; 2 Pe 2.9; 2 Pe 3.7; 1 Jo 4.17)
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Também chamado de: ‘Naquele dia’ (Mt 7.22; Lc 10.12; Jo 14.20; 2 Tm 1.18; 4.8),
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‘último dia’ ( Jo 6.39; 11.24; 12.48), ‘o dia determinado’ (At 17.31), ‘juízo de Deus’(Rm 2.1-16),
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‘juizo vindouro’ (At 24.25), ‘juízo eterno’ (Hb 6.2),’o juízo’ (Hb 9.27; Tg 2.13; 2 Pe 2.4),
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e ‘juizo do grande Dia’ (Jd 6)
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- terá uma duração de mil anos (Ap 20.6) -
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D ia d a re nd 9-3b1eta o18; 1 C
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e
para julgar todos os justos e injustos (Mt 25.31-46; Ap 20.11-15)
- m
a d e C a ( çã da 1.6a Tro 2)
or (Fl 2 5-18 4.30 sus
1 2 3 4 5 6
Is 66.15-16; Jr 4.23-27; 25.30-33; Zc 14.12-16; Is 13.9-13; 24.1); Funções administrativas: com o fogo que desce do céu maldade
3- Jo 14.1-3; 17.24; 2 Co 5.1,2,10; Hb 2.10; Ap 7.9-17; 1 Co 3.12-15; Ap 11.18); reis reinarão sobre a terra- as porque demonstraram não
4- Ap 19.7; Lc 14.15; Mt 22.2; Sl 2.6-9; 110.1-6; 1 Co 6.2,3; Ap 5.9,10; 20.6); nações serão subjulgadas e a querer servir a Cristo no seu Reino
5- (Ap 20.7-10; Ez 38 e 39); 6- (Ap 20.5,12-15; 21.1). terra recuperada Satanás e seus demônios são lançado no lago de fogo
(Ap 20.15; 21.8; Mc 9.43-48)
VIDA ETERNA
Nova Humanidade - os filhos de Deus (Ap 21.3-7),
animais, vegetais e rios livres de corrupção (Rm 8.19-21)
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
253
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Mas, graças a Deus que isso não acontecerá, pois os judeus são
herdeiros legítimos do reino eterno assim como promete as muitas
profecias!
Isaías 45.17:
'Mas Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação eterna;
vocês jamais serão envergonhados ou constrangidos, por toda a
eternidade'.
Isaías 61.7:
Isaías 65.9,17,18:
Estes textos não se referem apenas a mil anos, mas mesmo depois
de novos céus e nova terra, Israel possuirá a mesma posição.
Note que a cidade ‘terrena’ de Jerusalém será o centro de adoração
a Deus mesmo depois de Deus criar novos céus e nova terra! E não
venham me dizer agora que essas promessas se referem a Igreja e a
Jerusalém celestial! Pois, vocês vêm negando isso à tempo!
Isaías 66.22:
'Assim como os novos céus e a nova terra que vou criar serão
duradouros diante de mim, declara o Senhor, assim serão
duradouros os descendentes de vocês e o seu nome. De uma lua
nova a outra e de um sábado a outro, toda a humanidade virá e se
inclinará diante de mim, diz o Senhor'
Jeremias 30.7,9,10,18;31.1,12,24,31,35,36,40:
Jeremias 33.17,20,21:
'O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará
para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim'
(Lc 1.32,33).
‘Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria. Se
estivessem pensando naquela de onde saíram (isto é, na
Jerusalém terrena) teriam oportunidade de voltar. Em vez disso,
esperavam uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa
razão Deus... lhes preparou uma cidade’ (Hb 11.14-16).
O Reino de Israel não durará apenas mil anos, mas para todo
sempre! É fácil aplicar essas profecias para comprovar um milênio
essencialmente judaico, mas e a eternidade, não será também
essencialmente judaica? Onde entra a Igreja nessas profecias? Às vezes
eu fico imaginando: no milênio haverá, segundo os pré-tribulacionistas,
um povo espiritual reinando com Cristo no céu e outro povo terreno
reinando com Cristo na terra? Mas, isso deverá permanecer por toda
eternidade, ou então Deus quebrará suas promessas feitas a Israel!
Nos capítulos 40 até 48 de Ezequiel são descritos o novo templo, a
classe sacerdotal, a divisão da terra de Israel, as ofertas e dias sagrados, e
Mas no cap. 43.7, que faz parte da visão completa de Ezequiel, está
escrito: 'Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar para a
sola dos meus pés. Aqui viverei para sempre entre os israelitas'. Então
esses capítulos não visam apenas mil anos, mas toda a eternidade sem
fim!
Se tomarmos literalmente as profecias de Ezequiel referente ao
novo templo como uma referência ao templo do Milênio onde Israel
oferecerá sacrifícios de animais, teremos que acreditar também que a
circuncisão será praticado no Milênio, pois Ezequiel profetizou:
'A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não
a sua realidade'.
Uma vez que os que têm fé em Jesus Cristo são filhos de Deus
(Gl 3.26), a herança deles não é um reino territorial na Palestina, mas
'uma herança que jamais poderá perecer, macular-se, ou perder o seu
valor... guardada nos céus... prestes a ser revelada no último tempo
[milênio]' (1 Pe 1.4,5; Ap 11.15). Cristo é o herdeiro de Abraão que
inclui isso:
'esteja certo que o abençoarei e farei seus descendentes
(os israelitas crentes - Rm 9.6-8; 11.7) tão numerosos como as
estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua
descendência (Cristo - Gl 3.16) conquistará as cidades dos que
foram inimigos (no milênio - Ap 12.5) e, por meio dela, todos os
povos da terra serão abençoados (cristãos gentios - Gl 3.14,29) -
Gn 22.17,18.
‘Eu sei que o Messias está pra vir. Quando ele vier, explicará tudo
para nós’ (Jo 4.25).
Então Jesus lhe traz a grande revelação: ‘Eu sou o Messias! Eu, que
estou [dando essa explicação] a você’ (Jo 4.26).
De fato, o Messias trouxe o verdadeiro significado dos tipos e
símbolos da velha religião judaica. Mas infelizmente os
pré-tribulacionistas ignoram a explicação do Messias e seguem
acreditando na tradição judaica. Porém, os pós-tribulacionistas
preferem seguir o conselho do Messias, que diz: 'Creia em mim: está
próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai... em Jerusalém
[terrena, mas na Jerusalém celestial]'.
25º Problema Teológico 265
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
tem poder sobre eles' (Ap 20.6), porque não só beberam da água da vida
que fluí do trono do Cordeiro como também comeram do fruto da árvore
da vida produzida por essas águas vivas (Ez 47.12; Jo 4.14; Ap 2.7;
22.2,14).
'O Senhor tomará para si seu povo celestial e ao seu povo terreno
dará novamente a posse integral da terra dos seus pais'
(Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, pág.124 o grifo é meu).
usavam esses animais em suas guerras. Mas hoje, não se usa mais cavalo
na guerra, e sim tanque, mísseis e aviões.
Então veja que para haver um cumprimento literal conforme ensina
os pré-tribulacionistas, o mundo deverá retroceder de sua época de alta
tecnologia para a época primitiva.
Mas não apenas com os detalhes da época devemos estar atentos,
mas também com a natureza das profecias. Pedro escreveu:
entendidas.
Zacarias falou do dia do Senhor, do livramento do povo de Israel,
da destruição das nações inimigas e do estabelecimento do Reino do
Senhor. Quais são as explicações dos apóstolos, por meio do Espírito da
verdade, sobre esses assuntos?
Comecemos pelo povo de Israel. Os apóstolos demonstraram com
base nas Escrituras proféticas que Jesus é o Messias prometido a
Abraão, a Israel e a Davi! (At 17.2,3; 28.23,24). Sem este testemunho
apostólico não tinha como nós sabemos disso! Portanto, é a mais pura
verdade e indiscutível.
Esse Messias deveria restaurar a nação de Israel, introduzi-la no
Reino davídico e destruir seus inimigos. Restaurar a nação de Israel
significa ‘reunir’ ‘juntar’ ‘congregar’ os israelitas dispersos entre as
nações em sua própria terra (Zc 10.8-10; Is 11.11,12). O apóstolo João
nos forneceu esclarecimento sobre isso, quando escreveu: 'Jesus
morreria pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas
também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num
povo' (Jo 11.51,52).
Esta mensagem de 'trazer de volta Jacó', 'reunir Israel' e 'restaurar
as tribos' através do Messias estava praticamente presente em todas as
profecias. Isaías, por exemplo, disse:
'E agora o Senhor diz, aquele que me formou no ventre para ser o
seu servo, para trazer de volta Jacó, e reunir Israel a ele mesmo,
pois sou honrado aos olhos do Senhor... ele diz: Para você é coisa
pequena demais ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e
trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei' (Isaías 49.5,6).
Por isso que Jesus disse para as suas ovelhas: 'As minhas ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida
eterna, e elas jamais perecerão' (Jo 10.25). A vida eterna ou a salvação
eterna era a esperança das doze tribos de Israel. Paulo disse:
nem dor, pois a antiga ordem (que inclui também a antiga aliança
- o ministério da morte e dor) já passou. Aquele que estava
assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas
(baseado na nova e eterna aliança)'.
'Eu vos batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que
eu... Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá
em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu
celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga'.
25º Problema Teológico 287
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Isso faria Israel pertencer a Deus 'serão meu povo' - '... se alguém
não tem o Espírito do Messias, não pertence ao Messias' (Rm 8.9) - , e
assim se tornarem herdeiros da herança do Messias - 'Deus enviou o
Espírito de Seu Filho (Messias) ao coração de vocês ('porei dentro de
vós'), e ele clama: Aba, Pai (sensibilidade). Assim já não é mais escravo
(da antiga aliança), mas filho (na nova aliança), Deus também o tornou
herdeiro (da herança prometida ao Messias) - Gl 4.6; 3.16-18.
A possessão do Espírito por parte de Israel garantirá a ressurreição
futura para o Reino eterno de Davi '... Aquele que ressuscitou o Messias
dentre os mortos (segundo a aliança eterna Hb 13.20) também dará
vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em
vocês' (Rm 8.11).
Porém, quantos aqueles da nação de Israel que não experimentaram
o derramamento do Espírito na nova aliança, aqueles que os
pré-tribulacionistas prometem o Reino de Davi na antiga aliança, diz
Ezequiel: 'Mas, quanto aqueles cujo coração está afeiçoados às suas
imagens repugnantes... farei cair sobre a sua cabeça aquilo que eles
têm feito' (Ez 11.19-21). Isso acontecerá no dia do Senhor quando ele
destruirá tanto os que se afeiçoam as suas imagens repugnantes, como
O autor que escreveu sua carta aos judeus disse que Moisés foi um
servo fiel de Deus quando este ordenou que ele construísse uma casa,
mas que o Messias 'é fiel como Filho sobre a casa de Deu; e esta casa',
diz o escritor, 'somos nós' (Hb 3.6), referindo-se a comunidade de
cristãos judeus aquém se dirigia.
Então ele mostra que Moisés construiu o tabernáculo no monte
Sinai baseado na antiga aliança, mas o Messias construiu a casa de Deus
sobre o monte de Sião baseado na nova aliança, dizendo:
Reino prometido à Davi, por isso que na nova aliança eles são
designados como juízes das 'doze tribos de Israel' (Lc 22.29,30). Isso
significa que para as dozes tribos entrarem no Reino de Davi deverá ser
através dos apóstolos. Eles têm as chaves!
No Salmo 118 que fala sobre a pedra sobre quem o Messias
construiu o novo templo, o salmista diz: 'Esta é a porta do Senhor, pela
qual entram os justos' (vv.20,22). As chaves desta porta foram dadas aos
novos líderes de Israel constituídos pelo próprio Messias, o Rei de
Israel. Assim, somente aqueles que entram por essa porta fazem parte da
Igreja do Messias, o novo templo de Israel, e têm o direito legítimo de
herdar o Reino de Davi. São justos por causa do sangue do Messias e
com esperança de vencer a morte pela ressurreição por causa da
ressurreição do Messias.
Tratando, porém, dos doutores da lei, aqueles construtores infelizes
que rejeitaram a pedra, diz o Messias: 'Vocês fecham o Reino dos céus
diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar
aqueles que gostariam de fazê-lo' (Mt 23.13). E o Messias diz que os
convertidos por eles ao antigo pacto se 'tornam duas vezes mais filhos
do inferno (geena) do que eles' (Mt 23.15). Isto é, não vencerão o poder
da segunda morte, ficando de fora da primeira ressurreição e do Reinado
do Messias (Ap 20.6). Assim é que nenhum judeu do antigo pacto
ressuscitará para herdar o Reino de Davi, nem tampouco aqueles judeus
vivos que permanecem seguindo os doutores e teólogos do antiga pacto.
E quem disse que 'Reino dos céus' é a mesma coisa que 'Reino de
Davi'? Os próprios fundadorores do pré-tribulacionismo concorda com
isso. Por exemplo, Scofield escreveu:
'o Reino dos céus... é judaico, messiânico, e davídico. Fora
prometido a Davi, e esta promessa entrou no período do Novo
Testamento “totalmente sem mudança”... Será realizado no
milênio' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág.101).
O que eles não perceberam foi que as chaves do Reino dos céus
foram entregue aos apóstolos significando que só pertencem a
comunidade do Messias aqueles que 'perseveram na doutrina dos
apóstolos' e são esses que irão herdar esse Reino no Milênio. Por isso o
texto bíblico diz: 'E o Senhor lhes acrescentava diariamente os [judeus]
que iam sendo salvos' (At 2.42,47). Se os pré-tribulacionistas querem
que o atual Estado de Israel se salve, então terão que pregar para eles a
doutrina dos apóstolos: Jesus é o Messias! Caso contrário serão mortos!
25º Problema Teológico 299
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
De fato, o Messias disse: '... aquele sobre quem a pedra cair será
reduzido a pó... e o Reino será tirado de vocês e será dado a um povo
que dê os frutos do Reino' (Mt 21.42-46). Esse povo são aqueles que
entram na porta do novo templo pelas mãos dos doze juízes das doze
tribos de Israel; são os que confiam na pedra e jamais serão
envergonhados (Rm 9.32; 10.11).
Quando o Messias ascendeu aos céus, deixou na terra um
'pequeno rebanho' de cento e vinte judeus crentes, estavam reunidos
em Jerusalém, cidade de Sião (Lc 12.32; At 1.12-15), esperando a
promessa do derramamento do Espírito (Lc 24.49). Assim a profecia
dizia: 'Não tenha medo, ó Jacó, meu servo... derramarei meu Espírito
sobre os seus descendentes...' (Is 44.2,3). E Zacarias afirma que o local
seria em 'Jerusalém' '... derramarei... sobre os habitantes de Jerusalém
o Espírito de graça (Zc 12.10). E 'chegando o dia de Pentecoste', festa
que se comemorava 50 dias após oferecimento a Deus do 'primeiro feixe
de trigo que foi colhido' (a ressurreição de Jesus), quando então o
Sacerdote (o Messias ressuscitado) deveria mover diante do Senhor a
'oferta sagrada (represetada por esses 120 judeus crentes) e pertencente
ao sacerdote (o Messias)' (Lv 23.20), a partir daí iniciaria a colheita.
'De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte'
conforme profetizou Ezequiel 'venha desde os quatro ventos, ó Espírito,
e sopre dentro desses mortos, para que vivam' (Ez 37.9). 'E viram o que
parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um
deles', de acordo com Zacarias 13.9: 'colocarei essa terça parte no fogo
e a refinarei como prata e a purificarei como ouro...' e Ml 3.2a-4. Então
'todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito os capacitava', em concordância com Joel
'derramarei do meu Espírito sobre todos... e profetizarão' (Jl 2.28).
Eis aqui o novo templo cheio de maior glória! (Ag 2.9; 2 Co 3.7-
11). Este dia ficou conhecido como o dia da fundação da Igreja. Eis aqui
o templo construído na cidade de Sião! (Zc 2.10; 6.13). Eis aqui o
templo da nova aliança! Aqui surge o Israel restaurado do Messias!
Formados por judeus ajuntados, renascidos e cheios do Espírito Santo,
com esperança de ressurreição e futuros herdeiros do Reino de Davi!
As profecias de restauração começam a se cumprirem (Ez
39.28,29)! São de fato apenas 120 judeus, mas os doze apóstolos, juízes
das doze tribos de Israel, estão entre eles. Conforme diz a profecia: 'Um
rei reinará com justiça, e príncipes governarão com justiça' (Is 32.1).
300 25º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos
de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te
dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à
extremidade da terra'.
Este texto fala que o Messias chamado de 'meu servo' restauraria 'as
tribos de Jacó' e trará de volta à Deus 'os remanescentes de Israel' e
também seria 'luz para os gentios'. Antes do Messias se tornar 'luz para
os gentios' deveria primeiro restaurar Israel, para que os gentios
pudessem se beneficiar da luz que brilhou sobre o Israel. Em Atos 26.23,
está escrito: 'o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar
dentre os mortos, proclamaria luz para o seu própria povo (israel) e
para os gentios'. A luz brilhou sobre Israel! (Is 9.2,3 c/ Mt 4.16), os
seguidores do Messias estavam na luz (Jo 8.12) e a partir da nação de
Israel restaurada essa luz brilharia sobre as nações gentílicas. Isaías
60.1: 'Levante-se, refulja! Porque chegou a sua luz... densas trevas
envolvem os povos, mas sobre você raia o Senhor, e sobre você se vê à
sua luz. As nações (gentios) virão à sua luz...' (Ver Ef 5.13,14).
Por causa disso o Messias constituiu o Israel restaurado como
luz para os gentios (Mt 5.14-16). Assim é que Paulo, membro dos 144
mil das dozes tribos de Israel restaurado e iluminado pela luz da
ressurreição do Messias, foi escolhido para levar a luz aos gentios. Em
sua chamada, o Messias lhe disse: 'Eu lhe apareci para constituí-lo
servo e testemunha... para abrir-lhes os olhos e converte-los das trevas
para a luz... a fim de que recebam (os gentios) o perdão dos pecados e
herança entre os que são santificados (os judeus restaurados) pela fé
em mim' (At 26.18). Quando então foi enviado aos gentios citou a
profecia de Isaías sobre a luz referente ao seu ministério entre os gentios
em Atos 13.47: 'Pois assim nos ordenou: Eu fiz de você luz para os
25º Problema Teológico 303
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'Mas agora assim diz o Senhor, aquele que o criou, ó Jacó, aquele
que o formou: Não tema, pois eu o resgatei... Não tenha medo, pois
eu estou com você, do oriente trarei seus filhos e do ocidente
ajuntarei a você... Vocês são minhas testemunhas declara o
Senhor, e meu servo, a quem escolhi'.
Quando João disse: 'Veio para o que era seu, mas os seus não o
receberam. Contudo, aos que o receberam aos que creram em seu
nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não
nasceram por descendência natural... mas nasceram de Deus'
(Jo 1.11,12). Esses que diz: 'aos que o receberam' são os que creram
dentre a nação de Israel que o rejeitou! Esses se tornaram os verdadeiros
filhos de Deus, como diz as profecias de restauração '...e serão filhos do
Deus vivo'. Esses são os únicos dentre a nação de Israel que herdarão
todas as coisas ditas pelos profetas.
Os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que participam da
ressurreição e glorificação (Lc 20.36; Rm 8.21,23), e somente aqueles
que possuem o Espírito de Deus pelo novo nascimento em Cristo
poderão chegar a este último estágio da salvação. Mas as pessoas só
recebem o Espírito prometido se forem libertas do seus pecados
mediante o sangue do Messias na nova aliança! Não existe outro
Caminho! Se a atual nação de Israel não passar por esses processos não
serão filhos de Deus conforme diz as profecias.
Os apóstolos a fim de provar que eles são o Israel restaurada da
nova aliança, chamam-se a si mesmo de 'comunidade de Israel'. Isso
é visto em Ef 2.11,12 quando o israelita Paulo diz que 'os gentios...
estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel', chama essa
comunidade de 'santos e membros da família de Deus' (2.19). Essa
família é a Igreja, a nova comunidade de Israel composta de judeus que
estão em Cristo. Se para os outros judeus retornarem a essa comunidade,
assim como os gentios, terão que estarem também em Cristo através da
nova aliança no Seu sangue.
Quanto a objeção que se Deus não cumprir na nação da antiga
aliança as suas promessas dadas a Abraão de estabelece-los em sua
própria terra, Deus falhou com a sua palavra. Paulo responde essa
objeção assim: 'Não pensemos que a palavra de Deus falhou. Pois nem
todos os descendentes de Israel são Israel... Noutras palavras, não são
os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é
que são considerados descendência de Abraão' (Rm 9.6,8). Para Paulo
'os filhos da promessas' eram os judeus que são os filhos de Sião,
aqueles que o Messias fundou no monte Sião através da nova aliança
(Gl 4.21-31; Lc 22.28-30).
De fato, Paulo nutria uma esperança: 'Mas se a transgressão deles
(os judeus da antiga aliança) significa riqueza para o mundo, e o seu
25º Problema Teológico 307
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Leia mais alguns textos que falam de grande coisas gloriosas que
acontecerão quando o Messias estiver em pé no monte Sião com as doze
tribos de Israel plenamente restaurada: Isaías 1.27,28; 2.1-5; 12.4-6;
24.21-23; 25.6-10; 34.1-10; 35.1-10; 37.31,32; 51.3-11; 52.1,2; 52.8-
11; 59.20; 60.14-16; 61.3-7; 62.1-12; Joel 2.32; 3.14-21; Obadias
17,21; Miquéias 4.1-8, 11-13; Sofonias 3.11-20; Zacarias 8.3-13.
O Messias está nos esclarecendo com muita claridade, através dos
seus santos apóstolos, que o 'monte Sião' ou simplesmente 'Sião' aponta
para os 144 mil israelitas comprados e ofertados ao Messias como os
primeiros frutos da salvação. Eles são literalmente as doze tribos de
Israel restaurada e congregada no Senhor, cujos nomes foram inscritos
no livro da vida para viverem eternamente em Jerusalém (Is 4. 3 c/
Dn 12.1; Lc 10.20; Fl 4.3; Ap 3.5; 20.15; 21.27).
Diz o profeta Isaías 4.3 que eles serão chamados 'santos', em
muitos escritos apostólicos, esse título é aplicado em especial aos
judeus cristãos (vide At 9.13, 32; 26.10; Rm 15.25-27,31; Ef 1.18; 3.8;
Cl 1.12,26; 2 Ts 1.10; Hb 3.1; Jd 3). Assim é que em Daniel 7.21-27,
esses 144 mil israelitas, legítimos descendentes de Israel, o povo de
Daniel, são chamados de 'santos do Altíssimo', que seriam perseguidos
pelo Império Romano e o chifre pequeno, mas que depois
ressuscitariam para tomarem posse do Reino do Messias (Dn 12.1-
3,6,7). Isso nos abre o entendimento para compreender a quem
Isaías 11.12: ' Ele erguerá uma bandeira para as nações a fim de reunir os
exilados de Israel; ajuntará o povo disperso de Judá desde os quatro cantos da
terra';
Isaías 27.12,13: 'Naquele dia o Senhor debulhará as suas espigas desde as
margens do Eufrates até o ribeiro do Egito, e vocês israelitas, serão ajuntados
um a um. E naquele dia soará uma grande trombeta... virão e adorarão o Senhor
no monte santo, em Jerusalém';
Isaías 43.6: '... do oriente trarei seus filhos e do ocidente ajuntarei você. Direi ao
norte: entregue-os! e ao sul: Não os retenha. De longe tragam os meus filhos, e
dos confins da terra as minhas filhas';
Isaías 60.8: 'Quem são esses que voam como nuvens, que voam como pombas
para os seus ninhos?'
Ez 37.21: 'Vou ajuntá-los de todos os lugares ao redor e traze-los de volta à sua
própria terra [sem deixar um único deles para trás (39.28)]. Eu farei uma única
nação na terra, nos montes de Israel. Haverá um único rei sobre todos eles...
Eis aqui a reunião literal das doze tribos de Israel composta por 144
mil judeus cristãos e eleitos dentre a nação endurecida! (Rm 11.5,6).
Mais tarde os apóstolos que interpretam as profecias chamaram
essa grande reunião de arrebatamento dos vivos e mortos na vinda do
Senhor Jesus (1 Ts 4.16,17; 2 Ts 2.1).
As profecias também revelam que os filhos de Davi serão
glorificados. Por exemplo Isaías 8.18:
'Aqui estou com os filhos que o Senhor me deu. Em Israel somos
sinais e símbolos da parte do Senhor dos Excércitos, que habita no
monte Sião'.
O apóstolo que escreveu sua carta aos judeus cristãos entendeu isso
como um estado de glorificação desses filhos de Deus no céu, quando
disse: 'Porque convinha que [Deus]... conduzindo muitos filhos à
glória, aperfeiçoasse,por meio de sofrimento, o Autor da salvação
deles, dizendo (citando Is 8.18): 'Aqui estou eu com os filhos que Deus
me deu'(Hb 2.10-17). Ele mostra que esses 'filhos' são os 'descendentes
de Abraão' (v.17). Foram dados ao Messias na nova aliança (Jo
6.39,44,45) e agora, em Ap 14.1, aparecem com o Cordeiro em estado
de glorificação. Conforme o Messias orou: 'Pai, quero que os que me
deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória' (Jo 17.24).
Há outros textos proféticos que revelam a glorificação das doze
tribos de Israel: a morte, a doença e as necessidades físicas serão
eliminados (Isaías 25.23; 25.8; 33.24; 49.8-12; 52.1; 61.3; 62.2,11,12) e
assim poderão entrar na nova Jerusalém pelas portas (Is 54.11-13), por
isso está escrito: 'Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação
eterna; vocês jamais serão envergonhados... por toda eternidade'
(Is 45.17).
São filhos da Jerusalém do alto e terão que ir para lá
(Gl 4.26,31). Conforme o autor judeu disse para seus compatriotas: 'não
temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir
(Hb 13.14). E ela virá como lemos em Ap 21.1-8! Mas apenas os 144 mil
judeus cristãos que seguem o Messias e foram lavados com o sangue da
nova aliança eterna, entrarão nela, os demais judeus serão consumidos
pela segunda morte (Ap 22.14,15; Rm 2.7-11).
Outro texto que prova a glorificação da nação de Israel está em
Oséias 13.14: ‘Eu os redimirei do poder da sepultura, e os regatarei da
morte’. Assim o estado final dos filhos de Deus é um estado celestial,
não poderá existir pessoas em estado natural, porque este estado
pertence ao estado caído do primeiro homem. Paulo diz que este texto
de Oséias se cumprirá quando ‘...o que é mortal se revestir de
imortalidade’ na vinda do Messias (1 Co 15.42-55).
Os 144 mil crentes judeus, reinarão com o Messias no Seu reino
como reis e sacerdotes (Is 61.6). Leiamos Jeremias 33.14-16:
mais morte, nem guerras, nem tristezas, nem choro, nem enfermidades.
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. O ermo florescerá,
riachos correrão no deserto. Todos os animais viverão juntos. Os
remidos cantarão, e juntos andarão. E, ninguém fará mal e nem
destruição, haverá paz, abundância e felicidade para todo sempre.
E os gentios onde ficam se as promessas de vida eterna
pertencem a Israel?
Geralmente para os pré-tribulacionistas a Igreja é uma parada nas
profecias de Israel e tratada em um plano diferente, mas para os
apóstolos que receberam o esclarecimento das profecias, a Igreja é o
único meio pelo quais as doze tribos de Israel entrarão no Reino de Davi.
Pois os judeus que entram através das chaves dos apóstolos são os
únicos que têm esperança de vencer a morte pela ressurreição. E além do
mais não pode existir dois planos de Deus que envolve a Igreja e Israel
separadamente, pois senão haverá duas salvação, porém, segundo as
Escrituras a salvação ‘enviada aos gentios’ é a mesma que pertence a
Israel (At 28.17,20,23,24,28,29).
Por isso que, como já vimos com bastante argumentos, os 144 mil
israelitas crentes são a Igreja de Jesus Cristo que ele fundou sobre a
pedra de Sião, e esses são os remanescentes de Israel que representam as
doze tribos de Jacó restauradas. Entre eles se encontram Pedro, João e
Tiago, considerados coluna da Igreja e os demais apóstolos e também os
judeus que creram por intermédio deles! Portanto, não houve nenhuma
parada no trata de Deus para com Israel! Pelo contrário, a formação da
Igreja foi a restauração de Israel na nova aliança!
Portanto, esses descendentes de Abraão abençoarão todos os povos
da terra conforme a promessa! A promessa dizia: 'Por meio de você
todas as nações serão abençoadas'. O apóstolo Paulo interpreta essa
benção como se referindo a justificação dos 'gentios pela fé' (Gl 3.8). De
fato, são muitos os textos que mostram que as nações serão abençoadas
por causa da restauração de Israel. Vejamos alguns:
Isaías 11.10: 'Naqueles dias as nações buscarão a Raiz de Jessé,
que será como uma bandeira para os povos, e o seu lugar de descanso
será glorioso'. Como já vimos a Raiz de Jessé, o Messias, brotou em 26
d.C. Paulo lança luz sobre esse texto quando aplica esse texto aos
gentios que foram alcançados pela misericórdia de Deus mediante o
evangelho em Rm 15.8,9,12. Paulo traduz 'como uma bandeira para os
povos' assim 'para reinar sobre os gentios' (v.12).
25º Problema Teológico 317
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
vontade’. Esse ‘nos’ aí são os judeus (v.12). Depois ele diz no v.13 que
os gentios são incluidos nesse eterno propósito mediante o evangelho da
nova aliança. Tornando-se também membros dos judeus.
Paulo escreveu: '...vocês (os gentios) já não são estrangeiros nem
forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus'
(Ef 2.19). Paulo mostra que os 'gentios' agora fazem parte da
'comunidade de Israel', aquela que o Messias reuniu e fez com ela uma
nova aliança. E também mostra que os gentios estão sendo 'edificados
juntos' com os judeus para se tornarem 'um santuário santo ao Senhor...
para morada de Deus por Seu Espírito' (Ef 2.11,12,20,21), aquele
templo que o Messias edificou sobre o Monte Sião e chamou-o de
'minha Igreja' (Mt 16.18).
Isso significa que de tudo o que foi dito sobre o Israel restaurado
vale para os gentios cristãos. Enquanto que Israel restaurado são os 144
mil israelitas das doze tribos de Israel, os gentios são 'a grande multidão
de todas as nações, tribos, povos e línguas', que foram também, lavados
no 'sangue do Cordeiro' (Ap 7.9-17). Por isso que ressuscitarão,
reinarão, julgarão e herdarão a nova Jerusalém, os novos céus e a nova
terra. Serão também arrebatados e glorificados como Israel! São filhos
espirituais de Abraão por intermédio do Messias.
Os gentios estão na nova aliança por isso seus pecados são
perdoados e participam dos emblemas da ceia. São também chamados
de santos, testemunhas e escolhidos. Foram também justificados,
regenerados, santificados e adotados assim como Israel. São também
filhos de Deus e povo de Deus. Eles são também ovelhas de Jesus,
conforme disse o próprio Messias: 'Tenho outras ovelhas (os gentios)
que não são deste aprisco (Israel). É necessário que eu as conduza
também (para o aprisco). Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só
rebanho (judeus + gentios = a Igreja) e um só pastor' (Jo 10.16 c/
Is 56.8). E fazem também parte da noiva israelita que casará com o
Cordeiro pois são convidados ( Is 49.18 c/ Ap 19.9; Is 62.4,5).
Os gentios são também perseguidos pelas nações por causa da fé de
Sião! Porém, serão, também, reis e sacerdotes de Deus e de Cristo como
Israel para governar as nações com vara de ferro.
Quanto às nações que não se convertem à fé do Israel do Messias
serão destruídas, como está escrito: 'procurarei destruir todas as nações
que atacarem Jerusalém' (Zc 12.9). Essa destruição acontecerá no dia
do Senhor e se estenderá até o final do Milênio, quando então vai
25º Problema Teológico 319
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
cumprir o que está escrito: 'a nação e o reino que não servirem
(a Jerusalém) perecerão; serão totalmente exterminados' (Is 60.12).
De fato, com a guerra do Armagedom sobrará algumas nações, sobre
essas reinará os santos ressuscitados e glorificados do Messias (que são
os 144 mil israelitas e os gentios convertidos por eles, em outras
palavras: a Igreja do Senhor). No final do milênio todas essas nações se
revoltarão contra o governo dos santos e serão totalmente destruídas.
Segundo o próprio Messias as nações que serão postas ao seu lado
direito como justos e benditos a fim de possuírem o Reino e a vida eterna
são aquelas que serviram o Messias por intermédio de 'seus menores
irmão', que são os 144 mil israelitas crentes começando pelos apóstolos,
e que as nações que serão postas como bode ao lado esquerdo do
Messias como malditos para serem lançados no fogo eterno são as
nações que não servirem o Messias por intermédio dos 144 mil das
tribos de Israel, que Jesus os chama de meus 'menores irmãos'.
O que acontecerá com as nações no final do Milênio segundo os
pré-tribulacionistas? Já vimos que os pré-tribulacionistas acreditam
que durante o Milênio existirá a Igreja no céu e na terra o povo de Israel
praticando as obras da antiga aliança juntamente com as nações
gentílicas que sobreviverão a guerra do Armagedom. Algumas dessas
nações serão convertidas por Israel durante o Milênio. Com a revolta de
Satanás, apenas essas nações salvas sobreviverão.
Porém, assim como os pré-tribulacionistas não nos diz o que
acontecerá com esse Israel da antiga aliança na eternidade, também não
nos diz o que acontecerá com essas nações convertidas à antiga aliança
quando chegar a eternidade! Veja que embaraço o pré-tribulacionismo
chegará com sua escatologia judaizante e dispensacionalista! É uma
raridade, mas eu encontrei alguma coisa sobre isso.
O Dr. Elienai Cabral escreveu:'Os salvos oriundos do Milênio
viverão para sempre na terra, mediante a arvore da vida (Ap 22.2), não
mediante a ressurreição, nem porque passaram do estado mortal para o
imortal'(Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1998, pág. 94).
Existe um montão de problemas teológicos nessas afirmações!
Nessa mesma lição bíblica, Elienai Cabral escreveu: 'É verdade que as
pessoas [durante o Milênio] não estarão isentas da morte. Mas viverão
muito mais' (pg. 93). Agora eu pergunto: o que acontecerá com um salvo
oriundo do Milênio se ele morrer antes dos mil anos terminarem? Como
ele poderá viver 'para sempre na terra' se Elienai Cabral diz que não
320 25º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Cordeiro’ (Ap 22.14). Ter o 'direito de comer da árvore da vida, que está
no paraíso de Deus' (Ap 2.7), não significa um ato literal como se come
uma maça, mas significa participar da vida celestial, imortal e
glorificada. Se eles não passaram do 'estado mortal para o imortal'
então também não comeram da árvore da vida.
Esses tipos de salvos que viverão para sempre na terra distintos dos
salvos glorificados não existe, é coisa da cabeça dos
pré-tribulacionistas, a borra de sua escatalogia dicotômica.
Quem são então as nações citadas em Ap 21.24-26; 22.2? As
nações citadas nesses textos não se referem àquelas nações do Milênio
sobre quem o povo do Messias governará 'com cetro de ferro', pois essas
são postas apenas para serem despedaçadas 'como a um vaso de barro'
(Ap 2.26,27; Sl 2.9). Conforme já vimos serão totalmente destruídas no
final do Milênio (Ap 20.7-9). Portanto, essas nações citadas na
eternidade em Ap 21 e 22 são os remidos glorificados, a mesma
multidão citada em Ap 7.9-17.
Sabemos que essas nações são os crentes glorificados porque em
Ap 21.3,4, lemos: 'Agora o tabernáculo de Deus (a Jerusalém) está com
os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio
Deus estará com eles e será o seu Deus. Não haverá mais morte, nem
tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou'. E o v.7
considera essas nações como 'o vencedor herdará tudo isto, e eu serei o
seu Deus e ele será meu filho'. E entre essas nações está a fiel nação de
Israel como o primeiro povo salvo pelo Messias (Zc 12.7,8; Rm 1.16;
2.10), como as primícias da terra (Ap 14.1,4; Tg 1.1,18), como um leão
entre as nações (Mq 5.7,8), como uma coroa de glória na mão do Senhor
(Is 62.1-3,10-12) habitando eternamente em sua própria cidade
conforme as promessas proféticas que não podem falhar jamais !!!
(Is 49.10; 61.3-7; Ez 37.24-28; 43.7).
Esses termos ‘serão meu povo’ e ‘será meu filho’ é o resultado final
da promessa de restauração que Deus fez com Israel na nova aliança
(Jr 31.33; 32.37-41; Ez 37.23; Os 1.10), o que também inclui os gentios
conforme lemos em Romanos 9.24-26 e 1 Pedro 2.9,10.
Outrossim, vemos em Ap 21.24,23 que essas nações entrarão na
Jerusalém celestial pelas portas que jamais se fecharão, logo no
versículo 27 diz que 'unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no
livro da vida do Cordeiro entrarão na cidade'. Isso significa que essas
nações estão escritas nesse livro! Enquanto que aquelas nações do
322 25º Problema Teológico
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Ezequiel ainda diz que o Senhor fará desabar 'sobre ele e sobre as
suas tropas e sobre as muitas nações que estarão com ele' 'saraiva e
enxofre ardente' (Ez 38.22-23). Ele diz: 'Mandarei fogo sobre Magogue'
(Ez 39.6). Isso confere com Ap 20.9,10. E após esse acontecimento a
'terra será purificada'(Ez 39.12,13), Deus 'não mais deixará que o seu
nome seja profanado' (Ez 39.7), e será 'um dia memorável' (Ez 39.13).
Vemos ainda que as nações citadas na eternidade em Ap 21.24
participarão da árvore da vida conforme Ap 22.2: 'as folhas da árvore
servem para a cura das nações'. Isso também prova que essas nações
são o povo do Messias, pois assim lemos em Ap 2.7: 'ao vencedor darei
o direito de comer da árvore da vida,que está no paraíso de Deus' e
também Ap 22.14: ‘Felizes os que lavam as suas vestes, e assim têm
direito a árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas’. Isso
significa que os crentes serão livres de todo pecado, doença e maldição
para todo o sempre.
E quem são 'os reis da terra' de Ap 21.24? Também é um termo
aplicado aos santos do Cordeiro. Em Ap 22.3-5: 'os seus servos o
servirá... e eles reinarão para todo o sempre'. A Igreja foi constituída
uma nação de reis e sacerdotes vindo de todas as nações do mundo
(Ap 1.5,6; 5.9,10). De modo que esses dois termos 'reis' e 'nações'
significam que o povo de Deus será ao mesmo tempo súditos e reis no
reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim encontramos um
cumprimento literal, real e eterno das profecias: nações e reis sob o
governo de Jerusalém para todo sempre!
CONCLUSÃO
'Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... Assim será!
Amém' (Ap 1.7); 'Eis que venho em breve! A minha recompensa
está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez'
(Ap 22.12); 'Sim, venho em breve! Amém. Vem, Senhor Jesus!'
(Ap 22.20).
325
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
'...aquilo que não se encontra [na Santa Escritura], nem pode ser
por ela provado, não pode ser exigido que pessoa alguma o aceite
como artigo de fé' .
'Para mim não importa se é Ário que está certo em sua opinião
sobre Deus e Cristo ou se é Tertuliano que está certo, o que
importa é que Deus existe'.
Conclusão 327
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Graças a Deus que quando Darby, em 1827, ensinou que Cristo virá
arrebatar Sua igreja antes da tribulação, isto é, antes de Jesus vir em
glória para estabelecer o reino milenar, crentes fiéis como Tregelles,
Bejamin Newton, e outros que sustentavam uma perspectiva
pós-tribulacionista, rejeitaram-na, mantendo-se firmes na sã doutrina.
Agora após ler este livro, que posição você tomará: a de Darby ou a
do fiel Tregelles. Se resolver permanecer com o pré-tribulacionismo,
desafio-o a refutar, com argumentos sólidos, cada um desses problemas
teológicos apresentados por mim, pois, o erro não pode se sustentar
diante da verdade, assim como a palha não resiste ao fogo.
Mas se você emudecer, saiba que quem cala consente, e isso não é
bom para qualquer verdade da Bíblia! João Batista perdeu a cabeça, mas
não calou a sua voz em favor da verdade!
328 Conclusão
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
BIBLIOGRAFIA
329
Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista
Fiz uso também de várias revistas e jornais, todos citados nos textos,
porém irei classifica-las:
330
Neste livro o irmão Edinaldo procura
provar a base das Escrituras e com
argumentos fortes, claros e lógicos que a
vinda do Senhor Jesus não acontecerá em
duas etapas distintas. E mostra que a vinda
invisível de Jesus pregada pelos
pré-tribulacionistas é incoerente com a
doutrina cristã. Ele descobriu que esse
anúncio sobre a secreta vinda de Jesus foi
predita pelo próprio Cristo como algo em
que os crentes não deveriam acreditar. Sua
mensagem para a Igreja do Senhor é essa:
Não vos enganeis! Porque assim como
relâmpago sai do Oriente e se mostra no
Ocidente, assim será a vinda do Filho do
homem (Mt 24.26-31).
O irmão Edinaldo não refuta apenas por
refutar, mas ele analisa com seriedade o
assunto e não deixa seus leitores à deriva,
mas mostra-lhes que rumo tomar diante das
profecias bíblicas sobre o retorno glorioso
de nosso Senhor Jesus, dando uma opção de
escatologia para aqueles que estão
desiludidos com o pré-tribulacionismo.
Edinaldo Nogueira,
é pós-tribulacionista,
membro da Assembléia de Deus desde 1988,
autodidata em teologia,
casado com a pedagoga Claudete Nogueira
e pai de Letícia e Renan.