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Tales de Mileto ʹ (+ ou- 640-548 a. C) Tales é considerado o pai da filosofia grega, o primeiro
homem sábio. Foi um homem que viajou muito. Ospensadores de Mileto iniciaram uma física e
uma cosmologia. O universo eraconsiderado um campo com pares opostos das qualidades
sensíveis. É de Talesa frase de que á água é a origem de todas as coisas. Tudo seria alteração
daágua, em diversos graus. O alimento de toda a coisa é úmido. Aristóteles afirmou que ele foi
o primeiro a atribuir uma causa material para a origem douniverso. Também era matemático,
geômetra e físico. Aparece nas listas dos Sete Sábios da Grécia. Outra frase que pode ser dele é
a de que tudo estácheio de deuses, ou seja, a matéria é viva. Dizem que previu um eclipse
solar ecalculou a altura de uma pirâmide. Em Aristóteles há um trecho dizendo que era sabido
ser uma afirmação de Tales que a alma é algo que se move. Teve comodiscípulo Anaximandro.
Anaximandro
Anaxímenes
Anaxímenes ʹ (+ ou ʹ 588-524 a.C.) foi um filósofo da escola jônica, que tem como
característica básica explicar a origem do universo ou arché a partir de uma substância única
fundamental. Refutando a teoria da água de Tales, e do ápeiron de Anaximandro, Anaxímenes
ensinava que essa substância era o ar infinito, pneuma ápeiron. O universo resultaria das
transformações do ar, da sua rarefação, o fogo, ou condensação, o vento, a nuvem, a água e a
terra e por último pedra. Esse era o processo por qual passava uma substância primordial, e
resultava na multiplicidade, os quatro elementos. O ar tinha o eternoelemento. Escreveu uma
obra, como Anaximandro: Sobre a natureza. Dedicou-se àmeteorologia, foi o primeiro a
considerar que a lua recebe a luz do sol. Era companheiro de Anaximandro. Hegel diz que
Anaxímenes ensina que nossa alma é ar, e ele nos mantémunidos, assim um espírito e o ar
mantém unido o mundo inteiro. Espírito e ar são a mesma coisa.
A substância da origem volta a ser uma coisa determinada como em Tales. Anaxímenes
identificou o ar talvez porque tenha visto seu movimentoincessante, e que a vida e o ar andam
juntos, na maioria dos casos. A respiração é um processo vivificante, dependemos dela
durante toda a nossa vida. Ele via que no céu existem nuvens, e que a matéria possui
diferentes graus de solidez.
Outra frase que consta nos fragmentos é "O sol largo como uma folha".
Pitágoras
Pitágoras ʹ (século VI a.C.) Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois foi uma
figura legendária, e é difícil distinguir o que é verdade e o que é mentira. Nasceu em Samos,
em uma época em que na Grécia estava instituído o culto ao deus Dioniso. Os órficos (de
Orfeu) acreditavam na imortalidade da alma e em reencarnação (metempsicose), e para se
livrar desse ciclo, necessitavam da ajuda de Dioniso, deus libertador. Pitágoras postulou como
via de salvação em vez desse deus, a matemática. Acreditava na divindade do número. O um é
o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume. Os
pitagóricos concebem todo o universo como um campo em que se contrapõe o mesmo e o
outro. É de Pitágoras o teorema do triângulo retângulo. Fundou uma seita, em que a salvação
dependia de um esforço humano subjetivo, e que tinha iniciação secreta. Os números
constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna. O
número perfeito é o dez, por causa do triângulo místico. Os astros são harmônicos. Foi
Pitágoras que inventou a palavra filosofia ʹ (amizade ao saber).
Muitos filósofos foram também matemáticos, que atribuem ao universo a lógica dos números
e em muitos pontos de sua doutrina buscam a matemática para fundamentar a sua lógica. É
uma visão mecanicista, que identifica no mundo o raciocínio matemático. Platão exaltava a
geometria, por essa ter um caráter
Heráclito de Éfeso
Hegel identifica em Heráclito a dialética: Heráclito concebe o absoluto como processo, com
a dialética, exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa da coisa dissolvendo-se a
si mesma, a dialética imanente do objeto, situando-se na contemplação do sujeito,
objetividade de Heráclito, compreendendo a dialética como princípio. O ser não é mais que o
não ser. O fogo condensa-se, e apagado vira água. Encontramos em Heráclito algo comum
entre os sábios: o desprezo pelo populacho, (como era comum Nietzsche dizer) e instituições
dominantes. Teria sua experiência lhe dado base para isso?
Ele pode ter contemplado com os seus próprios olhos o devir, movimento inteligente do
universo e maravilhoso. Encontrou fogo na alma humana, comparou-a com uma chama que se
apaga na morte. Identificou o infinito na natureza, não apenas o matemático, mas o que
constitui a essência das coisas. Pois todas as coisas têm uma essência, e o fluxo da alma é tão
fundo que não tem fim.
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foram os primeiros filósofos do período socrático. Esses se opunham à filosofia pré -
socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que
não apresentavam utilidade nas polis (cidades). Dessa forma, substituíram a nat ureza
que antes era o principal objeto de reflexão pela arte da persuasão.
Protágoras difundiu a frase: ͞O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que
são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são͟. Por meio dela e de
outras, foi acusado de ateísta tendo seus livros queimados em praça pública, o que o
fez fugir de Atenas e refugiar-se em Sicília.
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O segundo período da história do pensamento grego é o chamado período sistemático.
Com efeito, nesse período realiza -se a sua grande e lógica sistematização, culminando
em Aristóteles, através de Sócrates e Platão , que fixam o conceito de ciência e de
inteligível, e através também da precedente crise cética da sofística. O interesse dos
filósofos gira, de preferência, não em torno da natureza, mas em torno do homem e
do espírito; da metafísica passa-se à gnosiologia e à moral. Daí ser dado a esse
segundo período do pensamento grego também o nome de antropológico, pela
importância e o lugar central destinado ao homem e ao espírito no sistema do mundo,
até então limitado à natureza exterior.
É certo, não obstante, que as obras completas de Demócrito (que incluem as obras de
Leucipo e outros, bem como as de Demócrito) continuaram a existir, porquanto a
escola as conservou em Abdera e Teos ao longo dos tempos helenísticos. Por isso, foi
possível para Trasilo, sob o reinado de Tibério, fazer uma edição das obras de
Demócrito, organizada em tetralogias, exatamente como sua edição dos diálogos de
Platão. Mesmo isso não foi suficiente para preservá -las. Os epicuristas, que tinham a
obrigação de ter estudado o homem a quem deviam tanto, detestavam qualquer tipo
de estudo, e provavelmente nem se preocuparam em multiplicar os exemplares de um
escritor cujas obras teriam sido um testemunho permanente para a carência de
originalidade que caracterizou o próprio sistema deles.
Diz-se ter visitado o Egito, mas há uma certa razão para se acreditar que o fragmento
onde isto é mencionado (fragmento 298 b) é apócrifo. Há um outro (fragmento 116)
no qual ele diz: "Eu fui a Atenas e ninguém tomou conhecimento de mim". Se
disseisto, sem dúvida deu a entender que não conseguira causar uma impressão tal
como o fizera o seu mais brilhante concidadão Protágoras. Por outro lado, Demétrio de
Falerão afirmou que Demócrito jamais visitou Atenas; então é possível que este
fragmento também seja apócrifo. Seja como for, ele deve ter despendido a maior
parte do seu tempo no estudo, ensinando e escrevendo em Abdera. Não era um
sofista itinerante do tipo moderno, mas sim o cabeça de uma escola regular.
A verdadeira grandeza de Demócrito não está na teoria dos átomos e do vazio, que ele
parece ter exposto bem conforme a tinha recebido de Leucipo. Menos ainda está no
seu sistema cosmológico, que deriva mormente de Anaxágoras. Pertence inteiramente
a uma outra geração que a desses homens, e não está preocupado de modo especial
em encontrar uma resposta a Parmênides. A questão à qual tinha que se dedicar era a
de sua própria época. A possibilidade de ciência havia sido negada, bem como todo o
problema do conhecimento levantado por Protágoras, e era isto que exigia uma
solução. Ademais, o problema do comportamento torna ra-se premente. A
originalidade de Demócrito, portanto, está precisamente na mesma linha que a de
Sócrates.
Teoria do Conhecimento
É aqui que Demócrito entra nitidamente em conflito com Protágoras, que asseverou
serem todas as sensações igualmente verdadeiras para o objeto sensível. Demócrito,
pelo contrário, considera falsas todas as sensações dos sentidos próprios, posto que
elas não têm uma contrapartida real fora do objeto sensível. Nisto, naturalmente, está
em conformidade com a tradição eleática onde repousa a teoria atômica. Parmênid es
afirmara claramente que o paladar, as cores, o som e outros semelhantes eram apenas
"nomes" (onómata), e é bastante idêntico a Leucipo que disse algo de parecido, apesar
de não haver razão de se acreditar que ele tenha elaborado uma teoria sobre o
assunto. Seguindo o exemplo de Protágoras, Demócrito foi obrigado a ser explícito
com referência à questão. Sua doutrina, felizmente, foi -nos preservada através de suas
próprias palavras. "Por convenção (nómo)": disse ele (fragmento 125), "há o doce; por
convenção há o amargo; por convenção há o quente e por convenção há o frio; por
convenção há a cor".Porém, na realidade (etee), há os átomos e o vazio. Deveras, as
nossas sensações não representam nada de externo, apesar de serem causadas por
algo fora de nós, cuja verdadeira natureza não pode ser apreendida pelos sentidos
próprios. Esta é a razão por que a mesma coisa às vezes dá a sensação de doce e às
vezes de amargo. "Pelos sentidos", afirmou Demócrito (fragmento 9),"nós na verdade
não conhecemos nada de certo, mas somente alguma coisa que muda de acordo com
a disposição do corpo e das coisas que nele penetram ou Ihe opõem resistência". Não
podemos conhecer a realidade deste modo, pois "a verdade jaz num abismo"
(fragmento 117). Vê-se que esta doutrina tem muito em comum com a distinção
moderna entre as qualidades primárias e secundárias da matéria.
Ao mesmo tempo, não se pode ignorar que Demócrito dera uma explicação
puramente mecânica deste conhecimento legítimo, como o fizera do ilegítimo.
Defendeu, com efeito, que os átomos fora de nós poderiam afetar diretamente os
átomos da nossa alma sem a intervenção dos órgãos dos sentidos. Os átomos da alma
não se restringem a algumas partes específicas do corpo, mas nele penetram em
qualquer direção, e não há nada que os impeça de ter contato imediato com os
átomos externos, chegando assim a conhecê-los como realmente são. O
"conhecimento legítimo" é, afinal de contas, da mesma natureza do "ilegítimo", e
Demócrito recusou-se, como Sócrates, a fazer uma separação absoluta entre os
sentidos e o conhecimento. "Pobre Mente", imagina ele os sentidos dizerem
(fragmento 125); "é por causa de nós que conseguiste as provas com as quais atiras
contra nós. Teu tiro é uma capitulação." O conhecimento "legítimo" não é, apesar de
tudo, pensamento, mas uma espécie de sentido interno, e seus objetos são como os
"sensíveis comuns" de Aristóteles.
Após as grandes vitórias gregas, atenienses, contra o império persa, houve um triunfo
político da democracia, como acontece todas as vezes que o povo sente, de repente , a
sua força. E visto que o domínio pessoal, em tal regime, depende da capacidade de
conquistar o povo pela persuasão, compreende -se a importância que, em situação
semelhante, devia ter a oratória e, por conseguinte, os mestres de eloqüência. Os
sofistas, sequiosos de conquistar fama e riqueza no mundo, tornaram -se mestres de
eloqüência, de retórica, ensinando aos homens ávidos de poder político a maneira de
consegui-lo. Diversamente dos filósofos gregos em geral, o ensinamento dos sofistas
não era ideal, desinteressado, mas sobejamente retribuído. O conteúdo desse ensino
abraçava todo o saber, a cultura, uma enciclopédia, não para si mesma, mas como
meio para fins práticos e empíricos e, portanto, superficial.
A época de ouro da sofística foi - pode-se dizer - a segunda metade do século V a.C. O
centro foi Atenas, a Atenas de Péricles, capital democrática de um grande império
marítimo e cultural. Os sofistas maiores foram quatro. Os menores foram uma plêiade,
continuando até depois de Sócrates, embora sem importância filosófica.
Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na
ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no
engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento
dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos,
visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a
única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente
forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes
e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme à natureza material, exige que o forte, o
poderoso, oprima o fraco em seu proveito.
Protágoras nasceu em Abdera - pátria de Demócrito , cuja escola conheceu - pelo ano
480. Viajou por toda a Grécia, ensinando na sua cidade natal, na Magna Grécia, e
especialmente em Atenas, onde teve grande êxito, sobretudo entre os jovens, e foi
honrado e procurado por Péricles e Eurípedes. Acusado de ateísmo, tev e de fugir de
Atenas, onde foi processado e condenado por impiedade, e a sua obra sobre os deuses
foi queimada em praça pública. Refugiou-se então na Sicília, onde morreu com setenta
anos (410 a.C.), dos quais, quarenta dedicados à sua profissão. Dos princ ípios de
Heráclito e das variações da sensação, conforme as disposições subjetivas dos órgãos,
inferiu Protágoras a relatividade do conhecimento. Esta doutrina enunciou -a com a
célebre fórmula; o homem é a medida de todas as coisas. Esta máxima significava mais
exatamente que de cada homem individualmente considerado dependem as coisas,
não na sua realidade física, mas na sua forma conhecida. Subjetivismo, relativismo e
sensualismo são as notas características do seu sistema de ceticismo parcial. Platão
deu o nome de Protágoras a um dos seus diálogos, e a um outro o de Górgias.
Górgias de Leôncio
No Górgias de Platão, Górgias declara que a sua arte produz a persuasão que nos move
a crer sem saber, e não a persuasão que nos instrui sobre as razões intrínsecas do
objeto em questão. Em suma, é mais ou menos o que acontece com o jornalismo
moderno. Para remediar este extremo individualismo, negador dos valores teoréticos
e morais, Protágoras recorre à convenção estatal, social, que deveria estabelecer o que
é verdadeiro e o que é bem!
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Sócrates (em grego antigo: ɇʘʃʌɳʏɻʎ, transl. Sōkrátēs; 469ʹ399 a.C.[1]) foi um filósofo
ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos
fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações
sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristótele s (Alguns historiadores afirmam só se
poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado
nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como
mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem pied oso que foi executado por
impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o
belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava -se ao parto das
idéias (Maiêutica) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus
próprios filhos.