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Eletricidade II

Potência elétrica em
corrente alternada

Neste capítulo estudaremos a potência elétrica em circuitos de corrente alternada, e é


de suma importância o conhecimento deste assunto, já que nossas máquinas utilizam
motores elétricos ligados à uma rede monofásica ou trifásica.

Como exemplo, vamos considerar o circuito a seguir alimentado por uma fonte de
corrente contínua.

Medição da tensão, corrente e potência.

Pe = U . I
Pe = 100 x 10 = 1 000W

O cálculo acima apresentado é válido não só para CC mas também para CA quando se
tratar de elementos puramente resistivos, o circuito a seguir representa uma ligação
com fonte alternada.

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Medição da tensão, corrente e potência.

Para os circuitos de CA, onde são empregados a utilização de motores elétricos,


transformadores ou banco de capacitores, devemos considerar três tipos de potência:
• Potência aparente (Pa);
• Potência ativa ou efetiva (Pe);
• Potência reativa (Pr).

Não podemos esquecer que a potência elétrica de um motor ou transformador deve-se


considerar o rendimento térmico, que estudaremos em outro capítulo.

Potência aparente

Potência aparente (Pa) é o resultado da multiplicação da tensão pela corrente


(Pa = U . I).

Essa potência não é real em CA, a potência aparente é calculada da mesma forma que
em CC, variando apenas a unidade de medida.

Em CC o resultado é dado em watts e em CA é dado em VA.

Potência efetiva

Potência efetiva (Pe) é a potência verdadeira do circuito, é a potência que realmente


produz trabalho no circuito de CA, e por essa razão ela é também chamada de
potência real, e sua unidade de medida é o watt.

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A potência efetiva pode ser medida diretamente através de um wattímetro.

Porém, no cálculo da potência efetiva deve-se considerar o fator de potência (cos ϕ),
que determina a defasagem angular entre tensão e corrente.
Como exemplo, vamos determinar a potência efetiva do circuito, considerando que
nesse circuito cos ϕ = 0,8.

Dados de tensão e corrente para o cálculo da potência efetiva.

Pe = U . I . cos ϕ
Pe = 100 x 5 x 0,8
Pe = 400W

O fator cos ϕ (cosseno do ângulo de fase) é chamado fator de potência do circuito,


pois ele determina que percentagem de potência aparente é empregada para produzir
trabalho.

O fator de potência pode ser determinado por:

potência efetiva P W
cos ϕ = = e =
potência aparente Pa VA
O fator de potência deve ser o mais alto possível, isto é, próximo de 1, deste modo,
com a mesma corrente e a mesma tensão conseguimos uma maior potência efetiva
que, como sabemos, é a que produz trabalho no circuito.

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Potência reativa

Potência reativa (Pr) é a porção da potência aparente que é fornecida ao circuito.

Essa potência, apesar de existir no circuito, não sofre transformações nem executa
trabalho útil, e sua finalidade é a de constituir o circuito magnético nas bobinas e
constituir um campo elétrico nos capacitores.

Como os campos crescem e decrescem acompanhando a freqüência, a potência


reativa varia duas vezes por período entre fonte de corrente e o consumidor.

Por isso, seu valor é dado em volt-ampères reativos (VAI).

Sua existência aumenta a carga dos geradores, dos condutores e dos transformadores
e origina perdas de potência reativa nestes elementos do circuito.

Podemos calcular a potência aparente Pa tendo-se, a potência efetiva e a potência


reativa através do teorema de Pitágoras (Pa2 = Pr2 + Pe2 ) ou graficamente, como
mostra a figura abaixo.

Triângulo das potências

Dessa forma, se duas das três potências são conhecidas, então a terceira pode ser
determinada.

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