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Elaboradores: José Folhadela Neto

e Alexandre Valença

1. CARGA ELÉTRICA Devido a sua própria distribuição, os elétrons podem mais


facilmente abandonar o átomo como também elétrons de fora
A carga é uma propriedade inerente à matéria, tal como a podem se agregar a ele. Então o átomo pode perder sua
massa. Todos os corpos são formados basicamente pôr átomos, neutralidade adquirindo carga líquida positiva (se perder
onde cada átomo é constituído pôr partículas elementares. elétrons) ou negativa (se ganhar elétrons).
Dentre estas partículas podemos destacar os elétrons, prótons Quando o número de prótons é igual ao número de elétrons
e nêutrons, mas apenas duas destas partículas possuem carga dizemos que o átomo está eletricamente neutro.
elétrica , os prótons e os elétrons. Os nêutrons não possuem tal Analisando macroscopicamente, os corpos que apresentam
propriedade, isto é, não possuem carga elétrica. Veja a figura: excesso ou falta de elétrons são chamados corpos eletrizados.
Eles estão carregados com uma carga Q (carga líquida) que
pode ser positiva, negativa ou nula.
Representação
Clássica de um átomo Q = ± ne
Núcleo
Onde e é a carga elementar e n é o número de elétrons em
excesso (Q < 0) ou em falta (Q > 0).
Elétrons Considere um corpo que possui np e ne (número de prótons
e número de elétrons).Podemos analisar três casos:

• 1° caso: np = ne
Q = (np - ne) e ⇒ Q = 0 (o corpo está eletricamente neutro)
Os prótons e os nêutrons estão localizados no núcleo do • 2° caso: np > ne Q = (np - ne) e ⇒ Q > 0 ( o corpo está com
átomo. Os elétrons estão localizados numa região chamada falta de elétrons, eletricamente positivo)
eletrosfera onde giram ao redor do núcleo. A massa do próton é • 3° caso: np < ne ⇒ Q < 0 ( o corpo está com excesso de
aproximadamente 2000 vezes a massa do elétron, mais elétrons, eletricamente negativo).
possuem a mesma carga elétrica em módulo. Este valor em
módulo é chamado de carga elétrica elementar representada pôr No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade de
e. carga elétrica é o Coulomb (símbolo C). Quando dizemos que o
Fatos experimentais mostram que prótons e elétrons têm corpo possui uma carga de 1C, significa que este corpo perdeu
comportamentos elétricos opostos. Então convencionou-se a ou ganhou 6,25x1018 elétrons. Então:
carga: 6,25x1018 elétrons → 1C
• Positiva - carga do próton. 1 elétron → e
• Negativa - carga do elétron.
⇒ e = 1,6 x 10-19C
Concluímos que:
Observe que a carga de um corpo é sempre um múltiplo
Carga elétrica do Próton (Qp)- Positiva inteiro da carga elementar. Dizemos que a carga elétrica é
quantizada.
Carga elétrica do Elétron ( Qe)- Negativa
Atenção: Geralmente em problemas quando nos referimos a
Carga elétrica do Nêutron- nula carga de um corpo, estamos nos referindo a sua carga líquida,
mas não quer dizer que se a carga líquida de um corpo for nula
|Qp| = |Qe| = e ele não possua carga elétrica. Ele possui sim, pois a carga
elétrica é uma propriedade inerente da matéria.

1
1.1 UMA BREVE ABORDAGEM DOS QUARKS Então podemos enunciar:

Até o início da década de 1970, os prótons e os nêutrons Partículas eletrizadas com cargas de mesmo
eram considerados partículas indivisíveis. sinal se repelem e com cargas de sinais opostos
Entretanto experiências realizadas em aceleradores de se atraem.
partículas – equipamentos em que prótons, por exemplo, são
acelerados até atingirem velocidades próximas da velocidade da
luz - , revelaram que os prótons e os nêutrons são constituídos
de partículas ainda menores, denominadas quarks. 2.2. PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DAS CARGAS
Nessas experiências, foram provocadas violentas colisões
entre os constituintes do núcleo atômico, fragmentando-os, o Suponha que tenhamos três corpos A, B e C, eletrizados
que possibilitou conhecer suas estruturas internas. com cargas Qa, Qb e Qc, e admitirmos uma troca de cargas para
Dos seis tipos de quarks descobertos entre 1970 e 1995, Qa', Qb' e Qc', a carga elétrica total antes (ΣQ = Qa+ Qb+ Qc) é
apenas dois participam da composição dos prótons e dos igual à carga elétrica total (Σ Q = Qa'+ Qb'+ Qc') depois, sabendo-
nêutrons: o up e o down. se que o sistema é eletricamente isolado, isto é, não há troca de
Os querks up e down têm cargas elétricas respectivamente cargas elétricas com o meio externo.
2 1 Considere três corpos A, B e C carregados com cargas Qa =
iguais a + e e - e, em que e é a velha carga elementar.
3 3 4Q, Qb = Q e Qc = 3Q e isolados do meio externo :

Veja a baixo, uma representação esquemática dos quarks A B C


que compõem o próton e o nêutron.
Qa Qb Qc

down up
E devido a algum processo que admita uma troca de carga
up up down dows os corpos passaram da primeira situação inicial acima para uma
segunda situação:

Próton Nêutron A B C

Conhecendo as cargas dos dois quarks citados, vamos Qa ' Qb ' Qc'
conferir as cargas do próton e do nêutron:
Onde Qa'= 2Q, Qb'= 2Q, Qc'= 4Q.
 2   2   1 
Carga do próton =  + e  +  + e  +  − e  = +e Observe que a carga total no início =4Q + Q + 3Q = 8Q é
 3   3   3  igual a carga total final = 2Q + 2Q + 4Q = 8Q. A carga total
 1   1   2  sempre se conserva em um sistema eletricamente isolado.
Carga do nêutron =  − e  +  − e  +  + e  = 0
 3   3   3 
Note que encontramos os resultados esperados.
3. CONDUTORES E ISOLANTES
Condutor são os materiais onde existe uma grande
2. PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA liberdade dos portadores de carga.
Isolante são os materiais onde não existe uma grande
São dois os princípios fundamentais em que se baseia liberdade dos portadores de carga.
eletrostática: No metal, os portadores de carga são os elétrons livres
devido a fraca interação entre os elétrons e o núcleo. Em alguns
condutores, como os eletrólitos, tanto as cargas positivas como
2.1. PRINCÍPIO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO as negativas possuem liberdade de movimento.
Em geral as cargas elétricas não se distribuem de maneira
Experimentos mostram que quando aproximam-se duas uniforme sobre a superfície externa do condutor.
partículas eletrizadas com cargas de mesmo sinal, ocorre a Experimentalmente, observa-se que a concentração de cargas
repulsão entre elas, mas se tiverem sinais opostos, ocorre a pôr unidade e área é maior nas regiões em que o corpo possui
atração. Observe: menor raio de curvatura, isto é, onde o corpo torna-se mais
pontiagudo.

Atenção: A distribuição de carga em um determinado corpo


pode ser descrita por:

2
(o que perdeu elétrons) ficará com carga positiva. Mas a carga
> Uma distribuição volumétrica de carga (densidade volumétrica de cada corpo dependerá do material de que é feito. Dependerá
de carga) - quantidade de carga por unidade de volume. da intensidade da ligação entre o núcleo e o elétron. Para isto
Q (carga) usamos uma tabela de alguns materiais chamada triboelétrica
ρ= que ordena os materiais da seguinte forma:
V (volume)
Regra Substância
> Uma distribuição superficial de carga (densidade superficial de
carga) quantidade de carga por unidade de área. Vidro
Q (carga) + Mica
σ=
A (área) Lã
Pele de gato
> Uma distribuição linear de carga (densidade linear de carga) Seda
quantidade de carga por unidade de comprimento. Algodão
Q (carga) Esbonite
λ= Cobre
L (comprimento) Enxofre
- Celulóide.
No caso do condutor, como a carga fica distribuída em sua
superfície, utilizamos a densidade superficial de carga para Quando dois materiais são atritados entre si, aquele que
descrever tal distribuição. ocupa a posição superior na série é o que perde elétrons,
eletrizando-se positivamente.
Supercondutividade - É uma propriedade importante que
está relacionada com a variação da resistência elétrica com a
temperatura. O físico holandês Kamerlingh Onnes, descobriu Conclusão: na eletrização por atrito os corpos se
este fato em 1911 e recebeu o Prêmio Nobel de física em 1913 eletrizam com mesma carga em módulo mas com sinais
por seus trabalhos. Ele observou que algumas substâncias , a contrários.
temperaturas muito baixas (próximas do zero absoluto),
apresentava resistência elétrica praticamente nula . Isto que
dizer que os elétrons livres da substância, podem se deslocar
livremente através de sua rede cristalina. Este fenômeno chama- 4.2. ELETRIZAÇÃO POR CONTATO
se supercondutividade. Quando o material se encontra nesta
situação (neste estado) é chamado de supercondutor. Se colocarmos em contato dois condutores, um eletrizado
e outro neutro, este se eletriza com carga de mesmo sinal que o
primeiro. Se o corpo tiver carga negativa temos:
4. PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO A B A B
As primeiras descobertas feitas na antigüidade que se tem - - - - -
notícia, relacionadas com fenômenos elétricos vem da Grécia - - -
Antiga, pelos gregos. O matemático e filósofo Thales, que vivia -e
neutro
na cidade de Mileto no século VI a.C., observou que um âmbar, - -
após ser atritado com uma pele de animal, adquiria a - - - -
propriedade de atrair corpos leves. Somente depois de Antes
aproximadamente 2000 anos é que começaram a fazer Durante
observações sistemáticas e cuidadosas de fenômenos elétricos.
A B
-
Obs: âmbar- é uma pedra amarelada, que tem origem na - - - -
fossilização de resinas provenientes de árvores de madeira - - -
macia.
Denomina-se eletrização o fenômeno através do qual um - - - -
corpo neutro passa a adquirir carga elétrica (carga líquida). - -
- - Depois

Para um corpo de carga positiva temos:


4.1. ELETRIZAÇÃO POR ATRITO A -e
A+ + B +B
Experimentalmente comprova-se que ao atritarem dois + + neutro +
corpos neutros de materiais diferentes, um deles retira elétrons + + +
do outro, ficando eletrizado com carga negativa enquanto o outro Antes Durante

3
Desfazendo a ligação da terra e afastando o corpo B
+ A + B observamos que a carga se distribui na superfície do corpo A
+ + ++ que está eletrizado com carga oposta ao corpo B.
+ +
- -
+ Depois + A -
-
Note que a soma algébrica das cargas elétricas é a mesma -
-
antes, durante e depois. A proporção de cargas no final em cada -
condutor depende da forma, das dimensões e do meio em que
estão. Quando os condutores são idênticos, as cargas se
distribuem de tal forma que no final, as cargas são iguais em
cada condutor. OBSERVAÇÕES
A B A B 1ª Qualquer que seja o sinal da carga indutora, na região do
induzido, próxima do indutor, concentram-se cargas opostas
Carga neutro carga carga à da indutora.
Q Q/2 Q/2 2ª Quando se eletriza o induzido usando o fio terra, obtêm-se
neste cargas elétricas de sinal oposto ao das do indutor.
3ª A operação de desligar o fio terra deve ser feita sempre em
Carga carga carga carga presença do indutor. Se primeiro o afastarmos, o induzido se
Q1 Q2 (Q1+Q2)/2 (Q1+Q2)/2 neutralizará.
4ª Temos dito que o corpo neutro (B) a ser induzido deve ser
constituído de material condutor de eletricidade, pois
Caso B seja isolante (oferecendo resistência ao movimento somente assim ocorrerá a indução (separação de cargas).
das cargas), a carga não se espalha pela superfície do condutor, No entanto, se o corpo B for constituído de material isolante,
e sim fica em torno do ponto de contato. em alguns casos ocorrerá polarização de suas moléculas.
Tomemos como exemplo um indutor (A) eletrizado
Conclusão: no contato, se os corpos forem idênticos, positivamente e um corpo B, de isopor, inicialmente neutro.
ficarão eletrizados com cargas de mesmo módulo e mesmo Haverá polarização das moléculas de B, acarretando o
sinal. Se não forem idênticos, as cargas não serão de aparecimento de cargas superficiais excedentes: negativas à
mesmo módulo, mas os sinais serão os mesmos. esquerda e positivas à direita.

+ +
4.3. ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO A + +
+ +
Suponha dois condutores A e B, sendo A inicialmente + + -+-+-+
isolado e neutro, e B eletrizado com carga positiva (também -+-+-+
pode ser negativa). Aproximando-se os dois condutores, -+-+-+
ocorrerá que os elétrons livres do corpo A serão levados para a
região de A mais próxima de B. Haverá uma separação de indutor isopor bipolarizado
cargas. O corpo A é dito induzido e o corpo B é o indutor. Veja:

- + Atenção: Observe que em todos os tipos de eletrização, nos


B + - A + baseamos no princípio da conservação das cargas.
+ - +
+ Suporte
isolante Eletroscópios
São instrumentos usados para identificar se um corpo está,
ou não, eletrizado. Temos, basicamente, dois tipos:

Ligando o corpo A à terra vemos que os elétrons da terra > Pêndulo elétrico- Consiste em uma esfera leve (madeira,
sobem para o corpo. cortiça, etc) suspensa por um fio leve, flexível e isolante preso
em uma haste.
- +
B + - A +
+ - + fio
+ Haste
e+ esfera

4
Estando a esfera neutra, aproximamos um corpo A
eletrizado da mesma e por indução, haverá uma atração até
entrar em contato ficando carregada com carga de mesmo sinal.
Aproximando da esfera um outro corpo B de sinal conhecido, 1 (UEL-PR) Um bastão isolante é atritado com tecido e ambos
observamos: se atrair, o corpo A tem sinal oposto ao B. Se ficam eletrizados. É correto afirmar que o bastão pode ter:
repelir, tem mesmo sinal. a) Ganhou prótons e o tecido ganhou elétrons.
b) Perdido elétrons e o tecido ganho prótons.
> De folhas- Quando encostamos um corpo em sua esfera, c) Perdido prótons e o tecido ganho elétrons.
se ele estiver eletrizado, por contato, a esfera, a barra condutora d) Perdido elétrons e o tecido ganho elétrons.
e as folhas ficarão com o mesmo sinal do copo e com isso as e) Perdido prótons e o tecido ganho prótons.
folhas vão se repelidas indicando a eletrização do corpo.
2 (AFA) Ao aproximarmos um condutor eletricamente neutro
de um condutor eletrizado positivamente, sem que haja
contato, observaremos que o neutro:
a) Fica com carga total positiva e é atraído pelo eletrizado.
b) Continua com carga total neutra e é atraído pelo
eletrizado.
c) Fica com carga total positiva e é repelido pelo eletrizado.
d) Não é nem atraído nem repelido pelo eletrizado.

3 (UFMG) Uma aluna com cabelos compridos, num dia


Observe que o corpo neutro é sempre atraído por outro bastante seco, percebe que depois de penteá-los o pente
eletrizado positivamente ou negativamente devido ao utilizado atrai pedaços de papel. Isso ocorre porque:
processo de indução. a) O pente se eletrizou por atrito .
b) Os pedaços de papel estavam eletrizados.
c) O papel é um bom condutor elétrico.
d) Há atração gravitacional entre o pente e os pedaços de
Exercícios Resolvidos papel.
e) O pente é um bom condutor elétrico.
1 Um corpo inicialmente neutro é eletrizado com carga Q=48C.
Qual o número de elétrons retirados do corpo? 4 Uma pequena esfera de material muito leve B, recoberta por
Solução: uma fina camada de um material condutor, é atraída por
Sendo n o número de elétrons retirados do corpo e e a carga outra esfera metálica A. Tanto A como B fazem parte de um
de um elétron (carga elementar), temos: sistema eletricamente isolado.
Q = ne
48x10 −6 A B
48x10-6 = n .1,6 x 10-19 ⇒ n = ⇒ n = 3 x 1014
1,6x10 −19

Foram retirados 3 x 1014 elétrons. Observando tal experimento, podemos afirmar que:
a) A esfera A possui carga positiva.
2 Dispõe-se de três corpos (esferas) metálicas idênticas e b) A esfera B possui carga negativa.
isoladas. Duas delas (A e B) estão eletrizadas com cargas c) A esfera A não pode estar neutra
iguais a Q e Q/2 respectivamente e a terceira C está neutra. d) As cargas elétricas existentes em A e B têm sinais
Coloca-se em contato C com A e, a seguir, C com B. opostos.
Determine, nessas condições, a carga final de C. e) A esfera B pode estar neutra.
Solução:
5 (ITA) Um objeto metálico carregado positivamente com
C A C B carga +Q é aproximado de um eletroscópio de folhas, que foi
previamente carregado negativamente com carga igual Q.
1°contato 2°contato I. À medida que o objeto for se aproximando do
eletroscópio, as folhas vão se abrindo além do que já
0+Q Q estavam.
Após o 1°contato, a carga de C é: Qc1 = =
2 2 II. À medida que o objeto for se aproximando, as folhas
permanecem como estavam.
Após o segundo contato, a carga de C é: Qc2 = III. Se o objeto tocar o terminal externo do eletroscópio, as
Q/2 + Q/2 Q folhas devem necessariamente fechar-se.
=
2 2
A carga final é Q/2.

5
- -
+ ++ - - 9 (ITA) Deseja-se carregar negativamente um condutor
+ - - metálico pelo processo de indução eletrostática.
+++ - - Nos esquemas I e II, o condutor foi fixado na haste isolante.
- - - - F é um fio condutor que nos permite fazer o contacto com a
- - - - Terra nos pontos A, B e C do condutor.
Devemos utilizar:
A B C F A B C F
Neste caso, pode-se afirmar que: + + --
a) Somente a afirmativa I é correta. + + condutor -- condutor
b) As afirmativas II e III são corretas.
c) As afirmativas I e III são corretas.
ISOLANTE ISOLANTE
d) Somente a afirmativa III é correta.
e) Nenhuma das afirmativas é correta. Terra Terra
ESQUEMA I ESQUEMA II

6 (UEL-PR) Uma partícula está eletrizada positivamente com a) o esquema I e ligar necessariamente F em C, pois as
uma carga elétrica de 4,0x10-15C. Como o módulo da carga cargas positivas aí induzidas atrairão elétrons da Terra,
do elétron é 1,6x10-19C, essa partícula: enquanto que se ligarmos em A os elétrons aí induzidos,
a) Ganhou 2,5 x 104 elétrons pela repulsão eletrostática, irão impedir a passagem de
b) Perdeu 2,5 x 104 elétrons elétrons para a região C.
c) Ganhou 4,0 x 104 elétrons b) o esquema II e ligar necessariamente F em A, pois as
d) Perdeu 6,4 x 104 elétrons cargas positivas aí induzidas atrairão elétrons da Terra,
e) Ganhou 6,4 x 104 elétrons enquanto que se ligarmos em C os elétrons aí induzidos,
pela repulsão eletrostática, irão impedir a passagem de
elétrons para a região A.
c) qualquer dos esquemas I ou II, desde que liguemos F
respectivamente em C, e em A.
d) o esquema I, onde a ligação de F com o condutor poderá
7 (AFA) Em relação a uma substância eletricamente neutra, é ser efetuada em qualquer ponto do condutor, pois os
incorreto afirmar que ela: elétrons fluirão da Terra ao condutor até que o mesmo
a) possui cargas elétricas positivas e negativas atinja o potencial da Terra.
b) pode ser eletrizada por atrito e) o esquema II, onde a ligação de F com o condutor
c) é atraída por uma outra positivamente carregada poderá ser efetuada em qualquer ponto do condutor,
d) pode ser eletrizada por indução pois os elétrons fluirão da Terra ao condutor, até que o
e) atrai eletricamente uma outra descarregada mesmo atinja o potencial da Terra.

8 (ITA) O eletroscópio da figura foi carregado positivamente. 10 (FUVEST) Quando se aproxima um bastão B, eletrizado
Aproxima-se então um corpo C carregado negativamente e positivamente, de uma esfera metálica, isolada e
liga-se a esfera do eletroscópio à terra, por alguns instantes, inicialmente descarregada, observa-se a distribuição de
mantendo-se o corpo C nas proximidades. Desfaz-se a cargas representada na figura 1.
ligação à terra e a seguir afasta-se C. Bastão B
+ + + + + ++ - - + ++
P - + S
+ + + + + + - +
-- +
-- +
+
- - R ++
isolante -
Fig 1
Mantendo o bastão na mesma posição, a esfera é
conectada à terra por um fio condutor que pode ser ligado a
um dos pontos P, R ou S da superfície da esfera. Indicando
No final, a carga no eletroscópio por (→) o sentido do fluxo transitório (φ) de elétrons (se
a) Permanece positiva. houver) e por (+), (-) ou (0) o sinal da carga final (Q) da
b) Fica nula, devido à ligação com a terra. esfera, o esquema que representa φ e Q é:
c) Torna-se negativa.
d) Terá sinal que vai depender da maior ou menor
aproximação de C.
e) Terá sinal que vai depender do valor da carga em C.

6
vezes menor. Em outros meios materiais, a redução dessa força
não é tão significativa. Uma conseqüência interessante desse
fato é analisada na figura.

ar
 
F F
11 Tem-se n esferas condutoras neutra e uma eletrizada com
carga elétrica q, todas de mesmo raio. Pede-se determinar a
carga final da esfera eletrizada, após contatá-la
sucessivamente com as n esferas neutras.

12 Um professor de Física tomou uma pequena esfera metálica


e eletrizou-a com uma carga q. Em seguida, tomou outras n
(n é par) esferas neutras, idênticas à primeira e provocou água
um contato simultâneo da primeira com metade das esferas
neutras. Depois, colocou a primeira esfera em contatos  
F’ F’
sucessivos com as demais, que ainda estavam neutras. + +
Qual a carga final da primeira esfera?

F
F ´=
80
O valor da constante K, da lei de comlomb, para a água, é
1. D 2. B 3. A 4. E
80 vezes menor que para o ar.
5. D 6. B
Esta constante é definida, no SI, por K=1/4πε, sendo ε a
permissividade absoluta do meio onde as cargas se encontram.
Geralmente, em nosso estudo, o meio considerado é o
vácuo. Nesse dielétrico (meio isolante) temos, no SI ε0 = 8,85 x
7. E 8. A 9. D 10. E 10-12 N-1 m-2 C2, onde encontramos K ≅ 9 x 109 Nm2 C-2.
É comum encontrar os termos permissividade relativa ou
11. Q = q 12. Q = q
constante dielétrica, denominações referentes a uma grandeza,
2n n n 
2 2  + 1 definida pela relação:εr = ε / ε0. A permissividade relativa (εr) é o
2  quociente da permissividade absoluta desse meio pela
permissividade absoluta do vácuo.
5. LEI DE COULOMB O gráfico da força em função do deslocamento é a curva
mostrada na figura abaixo:
Considere duas cargas puntiformes q e Q separadas por
uma distância d. Vimos que cargas de mesmo sinal se repelem e F F
de sinais opostos se atraem. A intensidade desta força depende
da distância entre elas, das cargas q e Q e do meio em que se
encontra as cargas. A lei de Coulomb relaciona estes dados da
seguinte forma:

A intensidade da força eletrostática entre duas cargas é 0 d 0 1/d2


diretamente proporcional ao produto delas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância, atuando ao longo da Caso mais de uma partícula esteja presente, a equação
linha que une as cargas. acima é aplicada a cada par de cargas. Sejam q1, q2, q3, ... qn, as
cargas presentes. Calculemos a força exercida sobre uma delas,
Q⋅q por exemplo q1, pelas demais, através da equação vetorial:
F =K
d2     
F = F12 + F13 + F14 + ...F1n
Onde K é uma constante de proporcionalidade que depende

do meio em que as cargas se encontram. Por exemplo: se duas Onde F12 é a força em q1 devido a q2.

cargas, no ar, se repelem com uma certa força F , quando são
mergulhadas na água a força de repulsão entre elas torna-se 80

7
Atenção: Lembre que esta soma é uma soma vetorial. Então é distância entre seus centros é de 3cm. Qual a intensidade da
preciso, de um modo geral, para vetores formando um ângulo força entre as cargas?
entre si, utilizar a regra do paralelogramo. Considere duas forças Solução: Como as esferas são idênticas, a carga final de
  
F1 e F2 o módulo e direção da força resultante FR é representada cada uma delas será:
pela diagonal do paralelogramo formado pelas duas forças. Q1 + Q2 2 ⋅ 10 −8 + 4 ⋅ 10 −8
Q= = = 3 ⋅ 10 −8 C
2 2
2
C 3 ⋅ 10 −8
F = 9 ⋅ 10 9
= 9 ⋅ 10 −3 N
180º - α (3 ⋅10 )−2 2

A α D Resposta: 9 . 10-3N

3 A distância entre o elétron e o próton no átomo de


B hidrogênio é da ordem de 5,3 . 10-nm.
a) Determine a intensidade da força de atração
Observando a figura, vemos que a resultante é o lado de um gravitacional.
dos triângulos A, C, D ou A, B, D. Podemos determinar seu b) Determine a intensidade da força de atração eletrostática
módulo usando a lei dos cosenos. entre as partículas.
FR 2 = F1 2 + F2 2 − 2 F1 F2 cos(180° − α ) c) Compare os valores obtidos.

Como cos (180 - α) = - cos, teremos: Considere como dados:


massa do próton: 1,7 . 10-27kg
FR = F1 2 + F2 2 + 2 F1 F2 cos α massa do elétron: 9,1 . 10-31kg
N . m2
constante de gravitação universal: G = 6,67 . 10-11
OBSERVAÇÃO: kg 2
Analogamente à força gravitacional, a força de interação carga elétrica do elétron: -1,6 . 10-19C
eletrostática é uma força de campo, isto é, age sem necessidade carga elétrica do próton: + 1,6 . 10-19C
M .m |Q |.|Q | N .m 2
de contato físico. F = G . 2 e F = k 1 2 2 constante eletrostática do vácuo: K0 = 9 . 109
d d kg 2
Solução:
a) A Lei de Newton nos fornece a intensidade da força de
Diferença: a força gravitacional é sempre de atração, enquanto
atração gravitacional:
a eletrostática pode ser de atração ou de repulsão.
MM
Para comparar as intensidades de forças gravitacional e FG = G . 1 2 2
eletrostática, basta considerar 2 partículas com cargas d
elementares (e suas respectivas massas) e comparar as forças. 1,7 . 10 -27 . 9,1. 10 -31
Pode-se concluir que a força eletrostática é da ordem de 1039 FG = 6,67 . 10-11 .
vezes mais intensa que a força gravitacional. (5,3 . 10 -11 ) 2

Exercícios Resolvidos FG ≅ 3,7 . 10-47N

1 (UFPE) Dois prótons de uma molécula de hidrogênio distam


cerca de 1,0 x 10-10m. Qual o módulo da força elétrica que b) A Lei de Coulomb nos fornece a intensidade da força de
um exerce sobre o outro, em unidades se 10-9N. Dado: K= 9 atração eletrostática:
x 109 Nm2C-2. | Q |.| Q |
F E = ℜ0 . 1 2 2
d
Solução: A carga do próton é e = 1,6 x 10-19C
Q ⋅q 1,6 ⋅ 10 −19 ⋅ 1,6 ⋅ 10 −19 1,6 . 10 -19 . 1,6. 10 -19
F =K ⇒ 9 ⋅ 10 9 FE = 9 . 109 .
d 2
(1 ⋅ 10 −10 )2 (5,3 . 10 -11 ) 2
FE ≅ 8,2 . 10-8N
2,3 ⋅ 10 −8 = 23 ⋅ 10 −9 N
F 8,2 . 10 8 F
c) E ≅ 47
∴ E ≅ 2,2 . 10 39 ∴ FE ≅ 2,2 . 10 39 FG
Resposta: 23 FG 3,7 . 10 FG

2 (UFPE) Duas pequenas esferas metálicas de mesmo raio e Resposta:


cargas Q1 = 2 x 10-8C e Q2 = 4 x 10-8C são postas em a) FG ≅ 3,7 . 10-47 N;
contato. Elas são em seguida separadas de modo que a b) FE ≅ 8,2 . 10-8 N;

8
c) A intensidade da força elétrica é da ordem de 1039 vezes aumentada para 12cm Qual é o novo valor da força de
maior que a intensidade da força de atração repulsão entre as cargas, em unidades de 10-5N?
gravitacional.
6 (UFPE) Considere o sistema formado por três cargas
elétricas pontuais, qA, qB e qC, que estão fixas ao longo de
uma linha horizontal, como indicado na figura abaixo. Se o
módulo da força entre as cargas qB e qC vale 24N, pode-se
1 (UNICAP) afirmar que, em Newtons, a intensidade da força de repulsão
0 0 Sempre que colocamos dois condutores eletrizados entre as cargas qA e qC vale:
em contato, ocorrerá transferência de cargas de um
para o outro.
1 1 Na eletrização por atrito, os corpos se eletrizam com
cargas de sinais opostos.
2 2 Os isolantes não podem ser eletrizados.
3 3 Na eletrização por indução, o induzido se eletriza com
carga de mesmo sinal do indutor. a) 9,5 b) 8,0 c) 7,3
4 4 o módulo da força entre duas cargas puntiformes é d) 5,2 e) 3,0
diretamente proporcional ao produto das cargas.
7 (UFPE) Duas partículas de mesma massa têm cargas Q e
2 (UFSC) Assinale a(s) afirmação(ões) correta(s). 3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é desprezível em
0 0 Dois corpos eletrizados com cargas de mesmo comparação com a força elétrica, indique qual das figuras
módulo e mesmo sinal se atraem. melhor representa as acelerações vetoriais das partículas.
1 1 A lei de Coulomb afirma que a força de atração Q 3Q
eletrostática entre duas cargas de mesmo sinal é a)
diretamente proporcional ao inverso da distância de Q 3Q
separação entre as cargas. b)
2 2 Um corpo, inicialmente neutro, fica eletrizado com
Q 3Q
carga positiva quando, por algum processo, são c)
removidos elétrons do mesmo. Q 3Q
3 3 Um corpo, inicialmente neutro, fica eletrizado com d)
carga negativa quando, por algum processo, são Q 3Q
adicionados elétrons ao mesmo. e)
4 4 Um corpo está eletrizado positivamente quando tem ‘
falta de elétrons. 8 (UFPE) O gráfico abaixo representa a força F entre duas
5 5 O eletroscópio de folhas de ouro é um dispositivo cargas pontuais positivas de mesmo valor, separadas pela
destinado a indicar a presença de cargas elétricas em distância r. Determine o valor das cargas, em unidades de
corpos eletrizados. 10-9C. –8
F(10 N)
6 6 Qualquer eletroscópio, inclusive o de folhas de ouro,
é um dispositivo destinado a armazenar cargas
5,0
elétricas e neutralizá-las, por atrito, nas experiências
de eletrostática.
2,5
3 (UFPE) De um ponto de vista simplificado, um átomo de
hidrogênio consiste em um único elétron girando, sob a ação
da força colombiana, numa órbita circular em torno de um 0
próton, cuja massa é muito maior que a do elétron. 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 r( m)
Determine a aceleração centrípeta do elétron, em unidades
de 1022 m/s2, considerando este modelo simplificado e que a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0
as leis de Newton se apliquem também a sistemas com d) 4,0 e) 5,0
dimensões atômicas.
Dado: R = 5 . 10-11m 9 (UFPE) O gráfico abaixo mostra a intensidade da força
eletrostática entre duas esferas metálicas muito pequenas,
4 (UFPE) Duas cargas elétricas positivas, cujos módulos são em função da distância entre os centros das esferas. Se as
4,3C e 2,0C, estão separadas por 30cm. Qual o fator de esferas têm a mesma carga elétrica, qual o valor desta
aumento da força entre as cargas, se elas forem colocadas a carga?
5,0cm de distância entre si ?

5 (UFPE) Duas cargas elétricas puntiformes positivas estão


separadas por 4cm e se repelem com uma força de
27 x 10-5N. Suponha que a distância entre elas seja

9
F(µN) 15 Q
a) KQ2 /gd2 C
40
b) gk /(Qd)2
30 c) KQ /(gd)2
d) 3 Kq2 / gd2
20
e) 3 g2 K / Qd2 Q Q
10 A B
0
16 (ITA) Uma pequena esfera de massa m e carga 1, sob a
0 2,0 4,0 6,0 8,0 r(m)
influência da gravidade e da interação eletrostática,
encontra-se suspensas por duas cargas Q fixas, colocadas a
a) 0,86 µC b) 0,43 µC c) 0,26 µC uma distancia d no plano horizontal, como mostrado na
d) 0,13 µC e) 0,07 µC figura. Considere que a esfera e as duas cargas fixas
estejam no mesmo plano vertical, e que sejam iguais a α os
10 (AFA) Duas cargas pontuais positivas, q1 e q2 = 4q1, são respectivos ângulos entre a horizontal e cada reta passando
fixadas a uma distância d uma da outra. Uma terceira carga pelos centros das cargas fixas e da esfera. A massa da
negativa q3 é colocada no ponto P entre q1 e q2, a uma esfera é então:
distância x da carga q1, conforme mostra a figura. q, m
q1 q3 q 2 = 4q 1

P
α α
x Q Q

d
Para que as forças sobre a carga q3 sejam nulas, o valor de d
x é: a) [4/(4π ε0)] (q Q / d2) [(cos2 α)/g]
a)
d
b)
d
c)
d b) [4/(4π ε0)] (q Q / d2) [(sen2 α)/g]
2 3 4 c) [8/(4π ε0)] (q Q / d2) [(cos2 α)/g]
d d) [8/(4π ε0)] (q Q / d2) [(cos2 α senα)/g]
d)
6 e) [4/(4π ε0)] (q Q / d2) [(cos2 α sen2α)/g]

11 (UFPE) Quatro cargas elétricas pontuais estão em posições


fixas e alinhadas conforme a figura. As cargas negativas são
iguais e valem 4,0C. Supondo que é nula a força elétrica
resultante sobre cada uma das cargas positivas, determine o 1. FVFFV 2. FFVVVVF 3. 10 4. 36
valor da carga +Q, em C? 5. 03 6. E 7. C 8. E
9. D 10. B 11. 45
+Q -4,0C -4,0C +Q
+ - - +

a a a 12. D 13. D

6. CAMPO ELÉTRICO
6.1 CONCEITO

12 (UPE) Três cargas elétricas idênticas iguais a Q estão Envolvendo a terra, existe um campo de força que é o
distribuídas nos vértices de um triângulo eqüilátero de lado d campo gravitacional. Para percebermos a sua existência,
posicionado no plano vertical, de acordo com a figura soltamos, por exemplo, uma pedra e vemos que ela é atraída
abaixo. As cargas em a e b estão fixas, enquanto que, em C pela terra. Da mesma forma que a terra cria o campo
está livre. Sendo k a constante eletrostática no vácuo e g a gravitacional, um corpo eletrizado cria um campo elétrico, e para
aceleração da gravidade, para que a carga colocada no perceber sua existência, aproximamos dele uma carga de prova
vértice C permaneça em equilíbrio e necessário que sua q. Ao fazer isto, a carga sofrerá a ação de uma força elétrica, de
massa seja igual a: atração ou repulsão, dependendo do sinal.
13
14
10
> Do meio (constante eletrostática do meio)
O gráfico do campo em função da distância está
+ Fb representado a baixo:
Fa
- E E

+
Fc
d 1/d2
6.2 VETOR CAMPO ELÉTRICO

Seja uma região do espaço, livre da ação de qualquer 6.3 CAMPO ELÉTRICO DEVIDO A DUAS OU MAIS CARGAS
carga elétrica. Então coloquemos uma carga elétrica Q nesta PUNTIFORMES
região. Sua presença cria nos pontos ao seu redor uma
propriedade física , que é o campo elétrico. Se colocarmos uma Imagine duas partículas eletrizadas no espaço Q1 e Q2 e
carga de prova q em algum ponto desta região, uma força atuará queremos determinar o campo elétrico criado num ponto
sobre q. O vetor campo elétrico criado pela carga Q no ponto qualquer P onde dista uma distancia d1 e d2 das partículas Q1 e
onde está q é definido por: Q2 respectivamente. O campo elétrico resultante em P é a soma
vetorial do campo (E1 e E2) devido as cargas Q1 e Q2
F respectivamente:
E=
q
E RES = E 1 + E 2 (2)
Q1
OBSERVAÇÃO:
Embora tenhamos conhecido a força eletrostática antes de E1 ER
conhecermos o campo elétrico, precisamos ressaltar que este é Q1 - d1
a causa da existência da força. Assim, num ponto P, o campo

α
elétrico E já está automaticamente associado a ele. Ao se E2
colocar uma carga puntiforme q em P, o campo elétrico d2
transmite-lhe uma força que terá ou não o sentido deste, Q2 +
dependendo do sinal dessa carga.
    
P E P E F1 F2 P E O módulo de E é dado por:

E = E1 + E2 + 2 E1 E2 cos α
2 2
q1 q2
figura(a) figura (b) figura (c)

a) campo elétrico E associado ao ponto P, não há carga no
ponto Obs: Caso as cargas fossem ambas positivas ou ambas
b) q1 > 0 negativas, somente mudaria a direção e o sentido do vetor ERES.
c) q2 < 0 Caso seja mais de uma partícula carregada, isto é, n partículas
carregadas, as positivas criarão um campo de afastamento e as
No caso em que o campo é criado por uma carga puntiforme negativas de aproximação. O campo resultante é a soma vetorial
ou uma partícula eletrizada temos seu módulo dado por: de todos os campos parciais devido a todas as cargas:
E R = E1 + E 2 + ... + E n
F Qq
E = mas F = K 2 então podemos expressar E como:
q d
Qq
K Q (1)
E= d2 = K Q E=K 6.4 DIPOLO ELÉTRICO
q d2 d2
1
A figura mostra duas cargas de módulo q e sinais opostos
Perceba que o campo não depende da carga de prova e colocadas a uma distância 2a, formando o que chamamos de
sim: dipolo elétrico. Qual é o valor do campo E produzido por essas
cargas num ponto P, a uma distância r, medida sobre a mediatriz
> Da distância da carga geradora ao ponto em questão. do segmento que une as cargas ? Supor r >> a.
> Da carga geradora.

11
distantes, mostra que a variação de E com r é também da forma
+q 1/r3, como na Eq (3).
θ O dipolo da figura é formado por duas cargas, iguais e de
a sinais opostos, colocadas próximas uma da outra, de modo que
seus campos quando somados em pontos distantes quase que
r P
(mas não completamente) se anulam. Sob esse ponto de vista, é
θ fácil compreender por que E(r) para um dipolo varia com 1/r3,
a E2 E1
E enquanto que para uma carga puntiforme E(r) descreve mais
θ lentamente, como 1/r2.
-q

A eq. (2) nos dá a equação vetorial 6.5 LINHAS DE FORÇA


  
E = E1 + E 2
Sabemos que a cada ponto do campo elétrico associa-se

onde, usando a Eq. (1) obtemos um vetor capo elétrico E .
q Uma maneira gráfica de representar um campo elétrico
E1 = E2 = K consiste em utilizar as linhas de força. A linha de força de um
a +r2
2
determinado campo é a linha que tangencia, em cada ponto, o
  vetor campo elétrico resultante associado ao ponto considerado
O vetor resultante da soma E 1 com E 2 tem direção vertical, e é orientada no sentido do vetor campo elétrico:
apontando de cima para baixo, e módulo igual a E2
E1
E = 2E1 cos θ
Pela figura, vemos que: E3
a
cos θ = Como o sentido do vetor campo se afasta da carga positiva
a2 + r 2 e se aproxima da carga negativa, então as linhas de força
começam nas cargas geradoras positivas (ou no infinito) e
Substituindo as expressões que dão os valores de E1 e cos terminam nas cargas geradoras negativas (ou no infinito).
θ na equação acima,
2k q a 2kqa
E= = 2 2 3/2
(a 2 + r 2 ) a 2 + r 2 (a + r )

Se r >> a, podemos desprezar a no denominador, e esta


equação reduz-se, então a
k (2a)(q)
E≅ (3)
r3

A distribuição de carga de Fig. tem a propriedade essencial


de que o módulo da carga q e a separação entre as duas
cargas, 2a, só aparecem na Eq. (3) sob a forma de um produto.
Isto significa que se medirmos o valor de E a diferentes
distâncias do dipolo elétrico (supondo sempre r >> a), nunca
poderemos obter separadamente os valores de q ou 2a, mas
apenas o produto 2aq; se dobrássemos o valor de q e
simultaneamente dividíssemos por dois a separação entre as
cargas, o campo elétrico, longe do dipolo, permaneceria
inalterado.
O produto 2aq é chamado de momento de dipolo elétrico
p. Podemos reescrever a equação de E, para pontos distantes
do dipolo localizados sobre a mediatriz, como
kp
E= 3
r

O resultado que se obtém para pontos distantes situados


sobre o eixo do dipolo e o resultado geral que se obtém para
qualquer ponto afastado, também contêm as quantidades 2a e q
na forma do produto 2aq (= p). O resultado geral para pontos
12
Quanto maior a densidade de linhas de força na região
maior a intensidade do campo elétrico.
1 (U. F. JUIZ DE FORA) O espaço onde se manifesta a ação
arativa ou repulsiva de um corpo eletrizado denomina-se:
a) domínio b) campo c) área de influência
d) linhas de força. e) NDR

2 (MACK) Seja E o vetor campo elétrico no ponto A de um


campo elétrico. Colocando-se uma carga elétrica puntiforme
q em A a força elétrica F a que carga fica submetida:
Observando a figura, temos que a relação entre os campos a) tem sempre o mesmo sentido de E
elétricos nos pontos A, B e C é: b) tem sempre sentido oposto ao de E
c) tem o mesmo sentido de E se q>0 e sentido oposto se
EB > Ec > EA q < 0;
d) não apresenta, obrigatoriamente, a mesma direção do
campo E.
e) Não sei.

Exercícios Resolvidos 3 (F. FRANCISCANAS) Detecta-se a presença de um campo


elétrico em um ponto colocando-se ali uma carga elétrica e
1 Determine a intensidade do campo elétrico criado por uma observando-se:
carga pontual Q de 8,0C, em um ponto A colocado a 6cm da a) O aparecimento de uma força elétrica sobre a carga;
carga. O meio é o vácuo, e a constante eletrostática é K = 9 b) As vibrações da carga em torno do ponto;
x 109 Nm2/C2. c) O maior ou o menor grau de eletrização da carga ;
Solução: d) uma variação significativa no valor da carga;
A intensidade do campo elétrico criado por uma partícula é e) n.r.a
dado por:
Q 4 (F. M. SANTA CASA) Em um ponto do espaço:
E=K 2
d I. Uma carga elétrica não sofre ação de força elétrica se o
campo elétrico nesse local é nulo;
Então temos: II. Pode existir campo elétrico sem que aí exista força
8 ⋅10 −6 72 ⋅103 elétrica;
E = 9 ⋅109 = = 2,0 ⋅10 7 N / C
(6 ⋅10 )
−2 2 36 ⋅10 −4
III. Sempre que há uma carga elétrica esta sofre a ação de
força.
Responda de acordo com o código a seguir.
E = 2,0 x 107 N/C a) só I é correta.
b) Só II é correta.
2 Determine o módulo do vetor campo elétrico resultante no c) Só III é correta.
ponto T. d) I e II são corretas.
Dados: Q = 2 x 10-6C e d = 0.6m
T 5 (UPE-modificada)
0 0 O campo de uma força é um vetor cuja linha de ação
coincide com a linha de ação da força.
d d 1 1 O vetor campo resultante de uma distribuição de
massas é a soma vetorial dos campos devidos às
+Q -Q massas individuais.
d 2 2 O vetor campo em um ponto é perpendicular à linha
Solução: de força naquele ponto.
3 3 O campo elétrico devido a uma carga puntiforme é
E1 diretamente proporcional ao quadrado da distância.
ER 4 4 O campo devido a uma carga puntiforme é E. Se
E2 duplicarmos a carga e a distância, o seu novo campo
+Q -Q vale E' = 2E/4
d
6 (AFA) A carga de 100µC é colocada em um ponto onde o
O módulo de E1 é igual ao de E2 : campo elétrico tem intensidade de 1000 N/C. O módulo da
Como o triângulo é equilátero, E1 = E2 = ER = 5 x 104N/C força que atua sobre a carga vale, em N:
Q 2 ⋅10 −6 a) 0,1 b) 1,0 c) 10
E1 = E2 =| K = 9 ⋅109 = 0,5 ⋅ 105 N / C d) 100
d2 0,6 2
13
7 (AFA) O campo elétrico, a 20cm, de uma carga Q no vácuo
é 6 x 106N/C. O campo elétrico, em N/C, a 30cm da mesma
carga será: 12 (UFPE) Duas cargas puntiformes no vácuo, de mesmo valor
a) 2,7 x 105 b) 2,7 x 106 c) 2,7 x 107 Q = 125µC e de sinais opostos, geram campos elétricos no
d) 2,7 x 108 ponto P (vide figura). Qual o módulo do campo elétrico
resultante, em P, em unidades de 107N/C?
8 (UFPE) Duas partículas com carga QA = +1,0nC e QB = +
2,0nC estão posicionados conforme indica a figura. -Q
Determine o módulo do campo elétrico resultante no ponto 3 cm
P, em V/m. P
2,0m 1,0m
4 cm
3 cm
+Q

QA QB P

9 (OSEC) Duas cargas elétricas puntiformes, q1 =4,0C e q2 =


9,0C, estão colocadas no vácuo, a 40cm uma da outra. O 1. B 2. C 3. A 4. D
campo elétrico resultante de duas cargas é nulo num ponto 5. VVFFV 6. A 7. B 8. 19
da reta que passa pelas cargas e que dista: 9. B 10. D 11. 25
a) 16,0cm de q1 e 56,0cm de q2.
b) 16,0cm de q1 e 24,0cm de q2.
c) 21,5cm de q1 e 61,5cm de q2.
d) 24,5cm de q1 12,7cm de q2.
e) N.d.r. 12. 54

10 (UPE) Duas cargas puntiformes estão colocadas no vácuo,


sobre o eixo x, conforme a figura. A que distância de Q2, 6.6 CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
sobre o eixo x, o campo eletrostático resultante é nulo?
Q1= -40C Q2= 10C O campo elétrico é dito uniforme quando o vetor campo
elétrico é o mesmo em todos os pontos, isto é, em cada região
do campo, o vetor campo elétrico tem a mesma direção, sentido
e intensidade As linhas de força são retas paralelas igualmente
10m espaçadas e todas com o mesmo sentido.
a) 2,5m b) 5,0m c) 7,5m E
d) 10,0m e) n.d.r.
E
11 (UFPB) Duas cargas puntiformes iguais de valor q estão
separadas por uma distância de 1,2m. O módulo do campo E
elétrico resultante num ponto P, sobre a mediatriz do
segmento que une as cargas, a uma altura de 0,8m, é dado E
10q
por E= N/C. Determine, em m2, o valor de α.
α π ε0
A grande maneira de conseguir uma região com campo
P elétrico uniforme é através da distribuição plana, uniforme e
infinita de partículas eletrizadas.

0,8m
- - - - - + + + +
- - - - - + + + +
- - - - - + + + +
q q - - - - + + + +
0,6m 0,6m

14
b) Desenho em perspectiva mostrando τ = p x E.
6.7 APROFUNDAMENTO

6.7.1 UM DIPOLO NUM CAMPO ELÉTRICO UNIFORME 6.7.2 LEI DE GAUSS.

Podemos considerar o momento de dipolo elétrico como um 6.7.2.1 FLUXO DO CAMPO ELÉTRICO

vetor P , de módulo p (que para um dipolo do tipo descrito
anteriormente é o produto do módulo da carga q, de qualquer
uma das partículas, pela distância 2a entre as mesmas, isto é, E

igual a 2aq). O sentido de P é orientado da carga negativa para
a positiva. A natureza vetorial do momento de dipolo elétrico nos
permite escrever várias expressões envolvendo dipolos elétricos θ
de uma maneira mais concisa.
A figura abaixo mostra um dipolo elétrico formado por duas
cargas, +q e -q, reparadas pela distância 2a. Esse dipolo é
 S
colocado num campo elétrico externo uniforme, E , seu

momento de dipolo p fazendo um ângulo θ com esse campo.
 
Duas forças F e − F , de mesmo módulo e sentidos opostos,
atuam, como vemos na figura. 
Dado um campo elétrico E cujo módulo é constante nos
Temos: pontos de uma superfície de área S, e tal que seja constante o

F = qE ângulo θ que E forma com a direção da norma à superfície em

cada ponto, o fluxo Φ do campo E através da superfície é
A força total é nula, mas existe um torque, em relação a um
definido pela expressão: Φ = E . S . cos θ.
eixo que passa por O, dado por

τ = 2F (a sen θ) = 2aF sen θ. CASOS PARTICULARES:



Combinando essas duas equações e lembrando que p = (2a) Se o vetor campo elétrico uniforme E for paralelo a uma
q, temos superfície plana e, conseqüentemente, perpendicular à normal a

τ = 2aqE sen θ = pE sen θ ela, θ = 90º, e o fluxo de E através dessa superfície é nulo,
pois.
Portanto, um dipolo elétrico colocado num campo elétrico Φ = E . S . cos 90º = 0
externo E sofre um toque que tende alinhá-lo com o campo.
E E

F
+q •
normal
2a P θ S
O θ = 90°
Fluxo nulo

-F -q E Se o vetor campo elétrico uniforme E for perpendicular a
uma superfície plana e, conseqüentemente, paralela à normal a

ela, θ = 0º, o fluxo de E através da superfície é máximo, já que
(a)
o maior valor do cos θ é igual a 1 e temos:
a) Um dipolo elétrico num campo externo uniforme.
P Φ = E . S . cos 0º = ES

θ E
E
normal

S E
θ = 0°
τ Fluxo máximo
(b)

15
 Lei de Gauss - Relaciona o fluxo total φ de um campo
elétrico através de uma superfície fechada (uma superfície
gaussiana) e a sua carga líquida q que está envolvida por
essa superfície. Temos:

εoΦ = q

A superfície gaussiana é uma superfície imaginária fechada, A superfície gaussiana conveniente é um cilindro de altura
que envolve a carga e que contém o ponto no qual desejamos 2h e bases com área A; o fluxo através da superfície lateral do
obter a intensidade do campo elétrico. Para que essa superfície cilindro é zero (o campo é paralelo a superfície lateral). O fluxo
seja conveniente, deve ser constante em todos os pontos a através da base será:
intensidade do campo e o ângulo que o campo faz com à normal φ = EA + EA = 2EA
da superfície. As cargas externas à superfície não causam fluxo
q int ρA q
na mesma. φ= = pois ρ =
εo εo A
Daí:
6.7.2.2 A LEI DE GAUSS E A LEI DE COULOMB. ρA
2EA =
εo
Se a lei de Gauss e a lei de Coulomb são equivalentes,
devemos ser capazes de deduzir cada uma a partir da outra. ρ
E=
Neste ponto, deduzimos a lei de Coulomb a partir da lei Gauss e 2ε o
de algumas considerações de simetria.

6.7.2.4 CAMPO ELÉTRICO DE UMA ESFERA ISOLANTE


CARREGADA UNIFORMEMENTE COM CARGA Q.

R
r
Seja a superfície gaussiana centrada na carga puntiforme q,
como mostra a figura acima. Pela simetria da figura, sabe-se que •
o campo elétrico é radial e, portanto, perpendicular à superfície P
gaussiana em todos os pontos, além de ter módulo constante Superfície gaussiana
sobres a mesma. Dividindo a superfície em infinitos
quadradinhos, temos: Desejamos calcular o campo elétrico num ponto P interno à
uma esfera maciça carregada uniformemente. Seja uma
Φ= ∑EA cos θ superfície gaussiana esférica de raio r que passa pelo ponto P. A
carga Q` interior a essa superfície será proporcional ao seu
Φ = E cos 0 ⋅ ( A 1 + A 2 + A 3 + ... + A n )
volume (distribuição uniforme).
Φ =E ∑1⋅ 4πr 2
= E4πr 2 Q
=
Q`
Q INT q 4 3 4 3
Φ= = E ⋅ 4πr 2 ⇒ = E4πr 2 πR πr
εo εo 3 3
1 q
E= Pela simetria, o fluxo através da superfície gaussiana será:
4πε o r 2
Q`
φ = EA = com A = 4π r 2
εo
6.7.2.3 CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UM PLANO DE
CARGAS INFINITO. (CHAPA NÃO CONDUTORA) de onde se obtém:

Seja o plano de cargas da figura abaixo, de espessura  KQ  1


E =  3 r para r ≤ R , com K=
virtualmente nula, carregada uniformemente com densidade R  4πε o
superficial de carga ρ. Portanto nos externos é fácil ver que:

Vamos determinar o campo E a uma distância h da placa: KQ
E= 2
r

Graficamente temos:

16
Solução: F = ma, e F = Ee
Então:
ma = Ee ⇒ a = Ee/m

1
mas s = so + vot + at 2 onde
2
S = d, So = 0, Vo = 0

1 2 2d 2d 2dm
d= at ⇒ t = = Ee = Ee
Observe a linearidade do campo elétrico para pontos 2 a
interiores à esfera isolante. m
1/ 2
 2dm 
⇒d = 
Exercícios Resolvidos  Ee 
1 Uma partícula de massa m e carga q é submetida
exclusivamente à ação de um campo elétrico de intensidade 4 Calcule o fluxo total através do cubo imerso num campo
E. A aceleração da partícula tem intensidade: →

Solução: elétrico uniforme E , conforme a figura abaixo.


(1) (2)
F →
E
m, q
→ →

F = Eq, mas F = ma ⇒ Eq = ma ⇒ a = Eq/m A A


Resolução:
2 (FESP/90) Uma partícula eletrizada está em equilíbrio Ë fácil notar que só há fluxo através das faces
estático num ponto de um campo elétrico de 10N/C perpendiculares ao cubo pois nas outras faces o vetor área é
ascendente, próximo a superfície de um planeta, cuja a perpendicular ao vetor campo elétrico:
aceleração da gravidade é 10 vezes maior que a aceleração EAcos 90 o =0 nas demais faces.
da gravidade do planeta terra. Sabendo-se que a carga da φ TOTAL = φ1 + φ 2
partícula é de 10C, podemos dizer que a massa da partícula φ TOTAL = −EA + EA = 0

.
é:
Solução: - Concluímos que o fluxo total através da superfície fechada é
Fe nulo.
g E
OBS: A grandeza fluxo conta quantas linhas de campo
+ entram na superfície fechada, mas não saem. Se houvesse
Fe = P apenas uma carga positiva +Q no interior do cubo, o fluxo
total seria positivo pois só haveriam linhas de campo saindo
10 ⋅ 1 0 através da superfície do cubo.
Eq = mg ⇒ m = Eq/g = = 1k g
10 ⋅ 1 0
3 (UFPE) Na região entre as placas A e B existe um campo 5 Uma partícula de massa m e carga q é abandonada em
elétrico uniforme E. A distância entre as placas é d. Um repouso num campo elétrico uniforme, movendo-se, então,
elétron de carga e e massa m é liberado da placa B com sob a ação desse campo. Descrever o seu movimento.
velocidade inicial nula, sendo acelerado no sentido da outra
placa. Qual o tempo necessário para que ele atinja a placa O movimento é semelhante ao de um corpo em queda livre
A, desprezando-se o efeito da aceleração da gravidade? no campo gravitacional da Terra. A aceleração (constante) é
dada por
E F qE
a= =
m m

A
. e
B
As equações do movimento uniformemente acelerado
podem, pois, ser aplicadas. Como v0 = 0, temos
v = ut =
qEt
,
m
d
17
1 2 qEt 2
y= at = ,
2 2m
2qE y
v2 = 2ay = .
m

A energia cinética após a partícula ter percorrido uma


distância y é dada por
1 1  2qE y 
Ec = mv2 = m   = qEy.

2 2  m 

Este resultado também pode ser obtido diretamente, a partir


do teorema do trabalho e energia, pois uma força constante
qE atua sobre a partícula ao longo de uma distância y. 1 (UFBA) A figura representa uma placa condutora A,
eletricamente carregada, que gera um campo elétrico
P1 uniforme , de módulo igual a 7 x 104N/C. A bolinha, B de 10g
de massa e carga negativa igual a -1µC, é lançada
+ + + + + + + + + + + + + + +
verticalmente para cima, com velocidade de módulo igual a
• 6m/s. Considerando que o módulo da aceleração da
E gravidade é 10m/s2, que não há colisão entre a bolinha e a
• v placa e desprezando a resistência do ar, determine o tempo,
1
em segundo necessário para a bolinha retornar ao ponto de
• lançamento.
v2

P2
y
Uma carga move-se a partir do repouso num campo elétrico g
V E
uniforme produzido por duas placas metálicas P1 e P2, B
carregadas com cargas de sinais opostos.
2 (AFA) Uma gota de óleo de massa m e carga q é solta em
6 Deflexão de um feixe de elétrons. A figura mostra um elétron uma região de campo elétrico uniforme E, conforme mostra
de massa m, carga e e velocidade v0 que entrou a figura.
perpendicularmente num campo uniforme E. Descreva o seu
movimento.
O movimento é análogo ao de um projétil disparado
horizontalmente no campo gravitacional da Terra. Aplicam-
se, então, os resultados da seção 4-3: logo, os movimentos
ao longo da horizontal (x) e da vertical (y), são dados por
x = v0 t Mesmo sob o efeito da gravidade a gota move-se para cima
1 eE 2 com aceleração g. O módulo do campo elétrico é:
y = at2 = t .
2 2m 2mg 2mq 2qg
a) E = b) E = c) E =
q g m
Eliminando t, temos
2m
eE d) E =
y= 2
x2 qg
2mv 0

Ao sair da região entre as placas, o elétron move-se numa 3 (UNICAP) Uma esfera de peso 20 3 N, com carga de 2C,
linha reta (desprezando-se a ação da gravidade) tangente à está em repouso sobre um plano inclinado, liso, feito de um
parábola da eq. acima no ponto de saída. Podemos colocar uma material isolante, como mostra a figura. Determine, em N/C,
tela fluorescente S a uma certa distância das placas, de tal modo a intensidade do campo elétrico E.
que os elétrons ao colidirem com a tela produzam um ponto
luminoso no local do impacto. Este é o princípio do E
funcionamento do osciloscópio de raios catódicos de deflexão
eletrostática.
Exemplo: Trajetória de um elétron que entrou num campo 30°
elétrico uniforme

18
4 (UFPE) A figura mostra a posição de equilíbrio de uma
esfera de massa 0,1 kg, carregada positivamente,
pendurada por um fio isolante de massa desprezível, sob a
ação de um campo elétrico uniforme e constante (E =
5,0x104 V/m), cuja direção está indicada. Calcule o valor da
carga da esfera em C. a) ∅A = ∅B = ∅ C
b) ∅A > ∅B > ∅ C
c) ∅A < ∅B < ∅ C
E 45° d) ∅A / 2 = ∅B = ∅ C
e) ∅A = 2∅B = ∅C

8 Uma superfície plana com área 0,8 m2 fica sob a ação de um


campo uniforme de intensidade 1000N/C. determine o fluxo
eletrostático, sendo o ângulo que o campo forma com a
5 (UFPB) Uma placa vertical está positivamente carregada. normal a esta superfície igual a 60º. E no caso deste ângulo
Uma pequena esfera de peso W e carga Q positiva está ser de 120º.
ligada à placa, por meio de um fio isolante, que forma a
placa um ângulo θ quando a esfera está em equilíbrio, 9 (UFPE) Uma carga puntiforme q = 5,0 x 10-9 C está colocada

conforme a figura. O módulo do campo elétrico E que atua no centro de um cubo que está isolado do ambiente. Qual o
sobre a esfera é dado por: fluxo do campo elétrico, em N m2/C , através de cada uma
W das faces do cubo?
a) tg θ
Q
W
b) sen θ
Q
c) WQ tgθ 1. 4s 2.A 3. 10 N/C 4. 20Uc
W 5. A
d) cos θ
Q
Q
e) tg θ
W
6. 20 7. A 8. 05 9. 94,2

6 (UFPE) Considere uma região do espaço onde existe um


campo elétrico uniforme de intensidade E = 6,5x10-2 N/C, 7. POTENCIAL ELÉTRICO
vertical e dirigido de baixo para cima. Uma carga de -1,0C e
massa 1,0g é lançada neste campo com velocidade inicial 7.1 ENERGIA POTENCIAL ELETROSTÁTICA E O CONCEITO
de 1,0 x 102 m/s fazendo um ângulo = 60° com a horizontal. DE POTENCIAL NUM CAMPO ELÉTRICO
A altura máxima atingida pela carga em relação ao nível
horizontal de lançamento é, em metros: Considere um condutor eletrizado positivamente, por
exemplo, com carga Q, fixo em determinado local, livre da
E influência de outras cargas elétricas. Já sabemos que, na região
do espaço que envolve esse corpo, existe um campo elétrico
v gerado pelas cargas nele existentes. Agora vamos abandonar
60º num ponto P uma carga de prova q, também positiva, a uma
distância d do condutor. Devido ao campo elétrico, a carga de
prova será repelida, afastando-se do condutor, ganhando
7 (ITA) Um fio de densidade linear de carga positiva λ velocidade e, conseqüentemente, adquirindo energia cinética
atravessa três superfícies fechadas A, B e C de formas, (energia de movimento). Observe que se a carga q fosse
respectivamente, cilíndrica, esférica e cúbica, como mostra a negativa, simplesmente ela seria atraída e não repelida.
figura. Sabe-se que A tem comprimento L = diâmetro de B =
comprimento de um lado de C, e que o raio da base de A é a
metade do raio da esfera B. Sobre o fluxo do campo elétrico
∅, através de cada superfície fechada, pode-se concluir
que:

19
7.2 TRABALHO DA FORÇA ELÉTRICA E CONCEITO DE
ENERGIA POTENCIAL NUM CAMPO ELÉTRICO

Seja Q a carga puntiforme, fixa no vácuo, que cria campo


elétrico em uma região. Sabemos que, se uma carga de prova q
for colocada num ponto desse campo, a uma distância r da
carga Q, ficará sujeita à ação da força elétrica de intensidade:
qQ
F= k 2
r
Por adquirir energia cinética, podemos concluir que, no 
ponto P, a carga de prova q armazena uma energia potencial Q r F
denominada energia potencial eletrostática ou elétrica, que q

vamos simbolizar por Ep. Essa energia potencial se transforma, Calculemos o trabalho WAB realizado pela força F para
na seqüência, em energia cinética. Assim, podemos dizer que a levar a carga q da posição inicial A para a final B, mostradas na
carga Q do condutor produz um campo elétrico que também figura seguinte, e vejamos se ele depende da trajetória de A até
pode ser descrito por uma grandeza escalar denominada B.
potencial eletrostático (ou elétrico). Esse potencial eletrotático no
ponto P traduz a energia potencial elétrica armazenada por
unidade de carga posicionada nesse local.

EP
V= ⇒ E P = qV
q Para isso, façamos a carga q passar por uma sucessão de
posições suficientemente próximas A1, A2, A3 ..., An, B, conforme
UNIDADE: indica a figura
No SI, a unidade de potencial elétrico recebeu o nome de
volt, cujo símbolo é V, em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta (1745-1827).
Como vimos:
E
V= P
q
Então:
joule
volt = O trabalho W será a soma dos trabalhos realizados pela
coulomb 
força F para deslocar a carga q em cada um dos trechos
Um ponto de um campo elétrico tem potencial elétrico igual a elementares em que a trajetória total foi subdividida, assim:
1 volt, quando uma partícula hipoteticamente eletrizada com
carga de 1 coulomb, ao ser colocada nesse ponto, adquire uma WAB = WAA1 + WA1 A2 + ... + W An B
energia potencial igual a 1 joule. Se o potencial desse ponto for
igual a 100 volts, por exemplo, cada coulomb de carga lá 
colocada adquirirá uma energia potencial igual a 100 joules. A intensidade da força F varia de posição para posição da
carga q. Entretanto, em cada um dos trechos AA1, A1 A2, ..., AnB,
É importante destacar que: podemos desprezar a sua variação já que cada um dos pontos
• Na verdade, a energia potencial é adquirida pelo sistema Q A, A1, A2, ..., An está bem próximo do seu sucessivo.

e q. Se ambas puderem se mover, as duas irão adquirir Como também é invariável o ângulo que a força F faz com
energia cinética a partir dessa energia potencial. Na maioria o deslocamento, em todos os trechos, o trabalho WAA1 realizado
das vezes, porém, a carga Q é fixa. Nesse caso, associamos no trecho AA1 é:
à carga de prova q toda a energia potencial. 1 qQ
• O potencial elétrico (grandeza escalar) e o campo elétrico W AA1 = F AA1 cos 0º = (r1 − r A )
4πε 0 r 2
(grandeza vetorial) são propriedades de cada ponto,
existindo nesse ponto, independentemente de lá estar uma
carga ou não. Estando A1 suficientemente próximo de A é válida a
 aproximação:
• O vetor campo elétrico E e o potencial elétrico V são duas r2 ≅ r1 rA
maneiras de se descrever o campo elétrico existente em
uma região do espaço. Algumas vezes é mais conveniente Logo, o trabalho W AA1 fica:

usar o vetor E e, em outras, o potencial V.

20
r −r   r r  O trabalho da força é medido pela variação da energia
W AA1 = kqQ  1 A  = kqQ  1 − A  potencial entre os pontos A e B:
 r1 rA   r1r A r1r A 
 1 1 WAB = - ∆Ep
W AA1 = kqQ  −  WAB = - ( E EB − E p A )
 r A r1 
De modo análogo, podemos escrever: WAB = E p A − E pB
1 1
W A1A2 = kqQ  −  Onde E p A = qV A
 r1 r2 
1 1  E pB = qVB
W A1A3 = kqQ  − 

 r2 r 3 
Então
1 1 WAB = qVA - qVB
W An A = kqQ  − 
 r n rB  WAB = q (VA – VB)

Para um campo elétrico uniforme, a força é constante (F =


Eq), então o trabalho também é W = Fele d = Eqd:
Somando membro a membro, obtemos:
W AA1 + W A1A2 + W A1A3 + ... + W n1A =
E q d = q(VA - VB) ⇒ E d = VA - VB
 1 1 1 1 1 1 1 1 Quando uma carga elétrica q se desloca num campo elétrico
= qQ  − + − + − + ... + −  qualquer de um ponto A para um ponto B, o trabalho da força
 r A r1 r1 r2 r2 r 3 r n rB 
elétrica resultante, que age em q, não depende da forma da
trajetória (campo conservativo) e sim dos pontos de partida A e
Portanto, resulta: chegada B (vale não só para o campo uniforme e sim para um
 1 1  campo elétrico qualquer).
WAB = kqQ  − 
O ponto cuja energia potencial é convencionada nula
 r A rB 
constitui o ponto de referência para a medida de energias
kqQ kqQ potenciais.
WAB = −
rA rB Em relação a um ponto de referência em B (EPB = 0, no
infinito), a energia potencial elétrica da carga q, no ponto A (EPA),
onde WAB = EpA - EpB é igual ao trabalho da força elétrica no deslocamento de A até B
kqQ (WAB).
EPA = Então a energia potencial elétrica de uma partícula
rA eletrizada positivamente (esta análise também pode ser feita
kqQ para uma carga negativa) num ponto A de um campo elétrico
EPB =
rB conservativo é igual ao trabalho realizado pela força elétrica para
levar esta partícula do ponto A até o ponto origem de energia
potencial, que em muitos casos é no infinito.
Agora considere um campo elétrico uniforme de
Só há trabalho realizado pelo campo quando ocorre uma
intensidade E:
diferença de energia potencial. Como os demais tipos de energia
 potencial, a energia potencial elétrica pode ser transformada em
E outras formas de energia como a energia cinética.

A B E
7.3 DIFERENÇA DE POTENCIAL. TRABALHO DA FORÇA
 ELÉTRICA
d E
Quando uma carga elétrica q se desloca num campo elétrico
Se abandonarmos no ponto A do campo uma carga positiva qualquer de um ponto A para um ponto B, verifica-se que o
q, ela ficaria submetida a ação de uma força F=Eq constante. A trabalho da força elétrica depende da carga q e dos pontos de
carga então iria se deslocar para a direita indo de A para B. dos pontos A e B. Se mudarmos de carga e colocarmos ela sob
Perceba que foi realizado um trabalho W pelo campo elétrico a ação do campo indo de A para B, modifica-se o trabalho da
sobre a carga o que acarretou uma perda de energia potencial força elétrica, mas o quociente W/q continua constante. Esta
transformado em energia cinética. Este trabalho foi positivo constante só depende dos pontos A e B do campo. É
(trabalho motor) pois a força elétrica está no mesmo sentido do representada por VA - VB , chamada diferença de potencial (ddp)
deslocamento. Se q fosse levada de B até A, o deslocamento ou tensão elétrica entre os pontos A e B.
seria para a esquerda enquanto que a força é para direita,
ocorrendo um trabalho negativo (trabalho resistente).

21
O gráfico que representa o potencial em função da distância
⇒ WAB = q (V A − VB )
VA - VB =
WAB é uma curva chamada Hipérbole Equilátera:
q
EPA - EPB = q VA - q VB
d
EPA = q VA V V
EPB = q VB 0
Q>0 Q<0
Podemos representar U como sendo a diferença de
potencial:
U = VA - VB
0 d
As unidades no SI (Sistema internacional) são:
Trabalho Joule (J) Se considerarmos não apenas uma partícula eletrizada, mas
Carga Coulomb (C) sim, n partículas eletrizadas no espaço. O potencial elétrico num
Diferença de potencial Volt (V) = J/C ponto P desta região é a soma algébrica de todos os potenciais
devido a todas as n partículas eletrizadas.
Obs: A unidade de intensidade do campo pode ser fornecida a
partir da definição de diferença de potencial: E = (VA - VB)/d = VP = V1 + V2 + V3 + . . . + Vn
volt/metro = V/m.

7.4 ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA Exercícios Resolvidos


Considere um campo elétrico gerado por uma carga Q (ou 1 Num campo elétrico, transporta-se uma carga puntiforme (ou
uma partícula eletrizada com carga Q). Se colocarmos uma um corpo eletrizado com dimensões desprezíveis) q = 10-6 C
carga de prova q num ponto qualquer P deste campo a uma de um ponto A até um ponto B. O trabalho da força elétrica é
distância d da carga geradora Q, demonstra-se que a energia de 10-6J. Qual a diferença de potencial entre os pontos A e
potencial elétrica armazenada no sistema é: B?

Solução: W = q(VA - VB)


Qq 10-6 = 10-6 U
EP = K
d 10 −6
U = −6 = 1V
10
Onde K é a constante eletrostática do meio.
Conceitualmente podemos definir a energia potencial elétrica 2 Duas cargas elétricas puntiformes Q1 = 2,0C e Q2 = 8,0C
de um sistema de cargas puntiformes fixas como o trabalho que estão fixas nos pontos A e B, separadas pela distância d no
deve ser realizado por um agente externo para reunir o sistema, vácuo. Determine o potencial elétrico resultante no ponto F.
trazendo cada uma das cargas de uma distância infinita. O ponto F é médio da AB. Observe figura:

Obs: o referencial é adotado no infinito, isto é, o nível zero do F


potencial é no infinito. A B
Q1 4,0m 4,0m Q2

7.5 POTENCIAL ELÉTRICO DEVIDO A N CARGAS Solução:


PUNTIFORMES No ponto F temos: VF = VFA + VFB =
−6
Suponha uma região do espaço onde observa-se um campo Q1 Q2 9  2 ⋅ 10 8 ⋅10 −6 
elétrico devido a uma carga geradora Q. Como podemos saber o
=K +K = 9 ⋅10 ⋅ 
 +  =
dA dB  4 4 
potencial elétrico em um ponto P desta região? Lembre que no
ponto P: 10
Qq = 9 ⋅109 ⋅ ⋅10 −6 = 22,5 ⋅103V
E = Vq mais também E P = K
P 4
d
Qq Q
⇒ Vq = K V =K
d d

Obs: Lembre que o potencial é uma grandeza escalar enquanto


que o campo elétrico é uma grandeza vetorial.

22
b) a energia cinética com que uma carga de 0,1C atinge a
placa negativa, tendo partido do repouso da placa
positiva.

1 (UFPE) A figura abaixo mostra duas cargas iguais q = 7 (U. Uberaba-MG) Em uma região de campo elétrico uniforme
1,0x10-11C, colocadas em dois vértices de um triângulo de intensidade E = 20000N/C, uma carga q = 4 x 10-8C é
equilátero de lado igual a 1cm. Qual o valor, em volts, do levada de um ponto A, onde VA = 200V, para um ponto B,
potencial elétrico no terceiro vértice do triângulo (ponto P)? onde VB = 80V. O trabalho realizado pela força elétrica no
deslocamento da carga entre A e B e a distância entre os
q pontos A e B são, respectivamente, iguais a:
a) 4,8 x 10-6N e 6 x 10-3m.
P b) 4,8 x 10-6J e 6 x 10-3m.
c) 2,4 x 10-5J e 8 x 10-3m.
d) 2,4 x 10-5N e 6 x 10-3m.
q e) 0 e 8 x 10-3m.

2 (UFPE) Determine o potencial elétrico no ponto P, em volts, 8 (UFPE) O campo elétrico uniforme entre as placas planas e
devido às duas cargas iguais e de sinais opostos indicadas paralelas de um capacitor, separadas de 0,75 mm, vale E =
na figura. 6,40 x 104 N/C. Qual a diferença de potencial, ?V, em volts,
necessária para criar este campo?

3 (UPE) Duas cargas elétricas puntiformes Q1 = 2µC e Q2 =


8µC estão fixas e separadas pela distância de 6 cm,
conforme a figura a seguir. (adote a constante eletrostática
no vácuo k = 9 . 109N.m2/C2)
9 (U. E. Sudoeste da Bahia-BA) Uma partícula permanece em
repouso em um campo elétrico vertical e dirigido para cima,
produzido entre duas placas paralelas e horizontais,
igualmente carregadas com cargas de sinais opostos e
distantes 2cm. Se a partícula em questão possui massa
O potencial elétrico a 4cm à direita da carga Q2 vale, em
igual a 4x10-13kg e carga positiva 2,5x10-18C, a diferença de
volts:
potencial V, em 104 volts, entre as placas, é:
a) 3,6 . 106; b) 3,6 . 105; c) 1,98 . 106;
a) 1,3 b) 1,8 c)2,6
d) 1,69 . 106; e) 1,56 . 105.
d) 3,2 e) 3,8
4 (UFPB) Três cargas puntiformes, q1, q2 e q3 estão colocadas
10 (U.E.Feira de Santana- BA) Uma partícula de massa 1,6 x
em três vértices de um quadrado. Sendo q1 = 6 x 10-5C, q2 =
-4 x 10-5C, determine q3 para que o potencial elétrico seja 10-11 kg e carga elétrica -2µC é abandonada em repouso,
nulo no centro do quadrado. em um ponto A de um campo elétrico. Sabendo que o
potencial elétrico do ponto A é igual a 50V, a velocidade da
5 (UFSE) Dois pontos A e B estão dispostos ao longo de uma partícula, em m/s, ao chegar a um ponto B de potencial
linha de força de um campo elétrico uniforme, distantes 6cm. elétrico 150V, é igual a:
Sendo UAB = 120V a diferença de potencial entre esses dois a) 400 b) 500 c) 3000
pontos, pode-se afirmar que uma carga q = 3x10-6C d) 4000 e) 5000
colocada nesse campo fica sujeita a uma força, em newtons,
de: 11 (PUC-SP) Um elétron-volt (eV) é, por definição a energia
a) 6 x 10-3 b) 5 x 10-3 c) 3 x 10-3 cinética adquirida por um elétron quando acelerado a partir
d) 2 x 10-3 e) 1 x 10-3 do repouso, por uma diferença de potencial de 1,0V.
Considerando a massa do elétron 9,0x10-31kg e sua carga
6 (UFPB) Duas placas planas e paralelas, separadas por 2m elétrica em valor absoluto 1,6x10-19C, a velocidade do
de distância, estão uniformemente carregadas com cargas elétron com energia cinética 1,0eV tem valor aproximado:
de sinais opostos, de modo que entre as placas há um a) 6,0 x 105m/s b) 5,0 x 105m/s c) 4,0 x 105m/s
campo elétrico uniforme de 30N/C, perpendicular às placas. d) 5,0 x 10 m/s
4 e) 6,0 x 10 m/s
4

Determine:
a) a diferença de potencial entre as placas; 12 (E. Naval-RJ) Uma partícula eletrizada, possuindo carga
elétrica positiva igual a +2,0x10-9C e massa igual a 1,0 x
10-10 kg, é abandonada do repouso num ponto P de um

23
campo elétrico uniforme, horizontal e de módulo igual a
400V/m. Desprezando-se a ação gravitacional, a perda de 17 (UFPE) Uma partícula de massa igual a 10g e carga q =
energia potencial no deslocamento de 4,0m até um outro 10-3C está a 1m de uma partícula fixa e carga Q = 10-2C.
ponto Q é: Determine a velocidade da partícula livre quando ele
a) 32 x 10-7J b) 16 x 10-7J c) 8 x 10-7J encontra-se a 2m da partícula fixa, em Km/s
d) 32 x 10-9J e) 16 x 10-6J
18 (UFPE) Duas partículas idênticas, cada uma com carga
elétrica de 1,0µC e massa 0,1g são inicialmente colocadas a
10cm de distância e soltas a partir do repouso desta
posição. Qual o módulo da velocidade da partícula, em m/s
13 (AFA) Duas cargas de valor q estão separadas de um ponto quando elas se encontram infinitamente separadas?
A pela distância d. A que distância do ponto A deve ser Despreze a atração gravitacional entre as partículas.
colocada uma carga -q para que o potencial em A seja nulo?
a) d/2 b) d c) 2d 19 (UFPE) O campo elétrico entre duas placas condutoras
d) 4d carregadas, paralelas entre si e separadas de 4,0cm, vale
2,5 x 103 V/m e é nulo na região externa. Um elétron
14 (ITA) Entre a armadura de um capacitor plano com as movendo-se, inicialmente paralelo às placas penetra na
placas horizontais, existe uma diferença de potencial V. A região do campo a 1,0cm da placa negativa. De quanto
separação entre as armaduras é d. Coloca-se uma aumenta a energia cinética do elétron em eV, do instante em
pequena carga Q, de massa m entre as armaduras e esta que esta penetra na região do campo elétrico até o instante
fica em equilíbrio. A aceleração da gravidade é g. Qual é o em que ele atinge uma das placas?
valor da carga Q? ++++++++++++
a) Q = m2gd-1/V b) Q = Vd/m c) Q = mgd/V
d) Q = Vgd/m e) Q = gd/(Vm) 1 cm

15 (ITA) Uma esfera de massa m e carga q está suspensa por


um fio frágil e inextensível, feito de um material ----------------
eletricamente isolante. A esfera se encontra entre as placas
20 Um elétron (massa m e carga – e) penetra no vácuo
de um capacitor plano, como mostra a figura. A distância
existente entre duas placas metálicas eletrizadas, planas,
entre as placas é d, a diferença de potencial entre as 
paralelas e horizontais, com velocidade v 0 , como representa
mesmas é V e esforço máximo que o fio pode suportar é
igual ao quádruplo do peso da esfera. Para que a esfera a figura.
permaneça imóvel, em equilíbrio estável, é necessário que :

g d/2


d/2 v0
d
2
 qV 
a)   < 15 mg
 d 
2
 qV 
b)   < 4 (mg)2 Sendo U a diferença de potencial entre as placas, para que
 d  
intensidade de v 0 o elétron se chocará com alguma delas?
2
 qV 
c)   < 15 (mg)2
 d 
2
 qV 
d)   < 16 (mg)2 1. 18 V 2. 90V 3. C 4. q3 = -2.10-5C
 d 
2
5. A 6. a) 60V; b) 6j 7. B
 qV  8. 48V 9. D 10. E 11. A
e)   > 15 mg
 d  12. A

16 (UFPE) Duas partículas de mesma massa M e cargas


diferentes são aceleradas a partir do repouso por uma
mesma diferença de potencial V. Se suas velocidades finais 13. A 14. C 15. C 16. 49
estão na razão v1/v2 = 7, qual a relação q1/q2 entre suas
cargas?
24
17. 03 18. 30 19. 75eV e ev Considere, agora a partícula geradora carregada
20. v0 < negativamente. Da mesma forma, vamos representar apenas
d m
uma linha de força devido a partícula.
7.6 SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS -
São linhas no plano ou superfícies no espaço, em que o Novamente, analisando a equação do potencial, maior a
potencial é o mesmo (tem mesmo valor algébrico) em todos os distância d, maior é o potencial quanto devido ao fato da fonte
pontos. ser negativa. Quanto mais afastado da fonte menor é o potencial
Num campo elétrico criado por uma partícula eletrizada em módulo, mas com o sinal negativo ele cresce pois está cada
(representada por uma carga puntiforme), as equipotenciais são vez mais próximo do zero. Então se aproximarmos da fonte ele
círculos (no plano) ou superfícies esféricas (no espaço). Observe diminui pois está cada vez mais negativo.
a figura: Note que nos dois casos (fonte positiva e negativa) o
potencial decresce no sentido da linha de força.

7.7.2 PARTÍCULAS ELETRIZADAS ABANDONADAS NUM


+ CAMPO ELÉTRICO

> Partícula eletrizada positivamente:



Suponha uma região com um campo elétrico qualquer E

E
Observe que os pontos A e B estão na mesma superfície + -
equipotencial. Eles estão à mesma distância da carga geradora + -
e estão no mesmo meio (o K é constante) então possuem o + -
mesmo potencial. + -
Para um campo elétrico uniforme, as equipotenciais são
retas (se estiver no plano) ou superfícies planares (se estiver no Lembre sempre que as linhas de força vão sempre do maior
espaço) perpendiculares à direção das linhas de força. para o menor potencial. Então imagine que uma placa positiva e
uma placa negativa nos extremos onde as linhas de campo
E
saem da positiva para a negativa. Abandonando uma partícula
eletrizada positivamente neste campo com certeza, ela será
atraída pela placa (imaginária) negativa. Então ela vai se
deslocar no sentido das linhas de força se dirigindo para pontos
de menor potencial. Como a partícula tem carga positiva e a ddp
também é positiva., conseqüentemente o trabalho é positivo (W
= qU). Teria que ser pois a força tem o mesmo sentido do
deslocamento.

> Partícula eletrizada negativamente:


7.7 PROPRIEDADES DO POTENCIAL
Utilizando a mesma situação acima, abandonando uma
partícula eletrizada negativamente, ele será atraída pela placa
7.7.1. VARIAÇÃO DO POTENCIAL NUM CAMPO ELÉTRICO.
(imaginária) positiva, se deslocando com o sentido oposto às
linhas de força dirigindo-se para pontos de maior potencial.
> Fonte positiva:
Observe que a ddp é negativa (U < 0) mas a partícula também é
Suponha uma partícula com carga positiva Q no espaço .
negativa (q < 0), resultando num trabalho positivo (W = qU).
Ela gera um campo que podemos representa-lo através das
linhas de força. Coloquemos apenas uma linha:
Resumo:
+
> Quando abandonamos cargas positivas em um campo elétrico,
Q dirigem-se para potenciais menores, enquanto as negativas para
Perceba, que pela a equação do potencial, V = K
d potenciais maiores
quanto mais distante da partícula de carga Q, menor é o
> Tanto as cargas negativas como as positivas procuram uma
potencial.
situação de energia potencial mínima.
> Fonte negativa:
> Quando abandonamos partículas eletrizadas sob a ação
exclusiva de um campo elétrico o trabalho realizado por este
campo é sempre positivo.

25
0 r d

Obs: Elétron- volt (eV)- è a energia que uma carga elementar


(elétron, próton, etc) recebe (perde) quando é acelerado (freado) -
por uma diferença de potencial de 1 Volt: 1eV = 1,6 x 10-19J. É - - Para Q < O
uma unidade de energia. É a energia cinética de um elétron que - 0 r -
foi acelerado a partir do repouso por uma diferença de potencial - - d
igual a 1 volt. - -
Q
V= K
r
7.8 CONDUTOR ISOLADO V

Como vimos, partículas eletrizadas abandonadas sob a


influência de um campo elétrico, movimenta-se entre dois pontos 7.9 CAMPO ELÉTRICO CRIADO POR UM CONDUTOR
quaisquer do campo, somente se existir uma diferença de ESFÉRICO ELETRIZADO
potencial entre eles não nula.
Quando fornecemos ou cedemos elétrons a um condutor, Como o condutor esférico não possui saliências, as cargas
eletrizamos este condutor, inicialmente em apenas uma região se distribuem de forma uniforme em sua superfície. Então para
do mesmo. Com isso, cria-se uma diferença de potencial entre um condutor esférico eletrizado em equilíbrio eletrostático temos:
esta região e as regiões mais distantes. Esta diferença de > No seu interior o vetor campo elétrico é nulo: E = 0
potencial cria campos elétricos que são responsáveis pela > Em cada ponto da superfície externa do condutor, o vetor
movimentação dos elétrons (portadores de carga) originando campo elétrico é perpendicular a ela e seu módulo é dado por:
correntes internas. Estas correntes redistribuem o excesso de
carga existente no interior do condutor até atingirem uma σ
ESUP =
posição em que a diferença de potencial entre dois pontos 2ε
quaisquer é nula. Então o condutor atingiu o equilíbrio
eletrostático. Atingindo este equilíbrio, todos os pontos do Mas σ = Q/A onde a área é da superfície esférica.
condutor tem o mesmo potencial, isto é: Substituindo temos:

A ddp entre dois pontos quaisquer de um


condutor em equilíbrio eletrostático é nula.
Q Q 1 Q
ESUP = = = ⋅ 2
Obs: A superfície do condutor também está incluída. O potencial 2εA 2ε 4πR 2
4πε 2 R
é constante dentro e na superfície de um condutor. Só assume
valores diferentes para pontos externos ao condutor. 1 Q 1
ESUP = ⋅K 2 Onde K =
2 R 4πε
No caso de um condutor esférico eletrizado, o potencial
assume o mesmo valor em todos os pontos internos e na
superfície. Para calcular o potencial externo ao condutor esférico Nas vizinhanças externas da superfície, o vetor campo
considera-se que toda a carga está concentrada no seu centro elétrico é perpendicular a esta e seu módulo é dado por:
+ + 1 Q α
+ + d EPRÓX = 2ESUP = 2. K 2 =
2 R ε0
+ + P
0
+ r +
+ + Q
EPRÓX = K
R2
Q
V INTERNO = VSUPERFÍCIE = K
r Observando este resultado , vemos que o campo elétrico,
Q nas proximidades de um condutor, onde a densidade superficial
V EXTERNO = K é σ, é duas vezes maior do que no caso de um plano infinito
d
com a mesma densidade superficial de cargas. O estudante
O gráfico da variação do potencial em função da distância ao deve comparar cuidadosamente as superfícies Gaussianas das
centro da esfera é: situações. No caso de um plano infinito de cargas, as linhas de
Para Q > O força atravessam a superfície gaussiiana através das duas
Q V bases, havendo campo elétrico dos dois lados da chapa. Já no
K caso de um condutor, as linhas de força só atravessam a base
r
26
que está do lado de fora do condutor, pois a outra está numa VG = -40 + 80 = 40V
região (o lado de dentro) onde não há campo elétrico. Se c) WFG = q (VF - VG)
supusermos, nos dois casos, a mesma densidade superficial e a WFG = 2 x 10-6 (100 - 40)
mesma área A, a carga abrangida pelas duas superfícies WFG = 120 x 10-6 = 12 x 10-5 J
Gaussianas (igual a σA) será a mesma. Como, pela Lei de
Gauss, o fluxo ΦE também tem de ser o mesmo, segue-se que o 2 Uma esfera de metal (ou um material condutor) é eletrizada
campo elétrico, E = ΦE / Área, será duas vezes maior no com uma carga de 4C e possui raio de 20cm. Calcule:
condutor do que no plano infinito de cargas (não condutor). É a) o potencial da esfera
conveniente notar também que, no plano infinito de cargas, o b) o potencial em um ponto externo à esfera localizado a
fluxo é igualmente dirigido para os dois lados, ao passo que, no 30cm do centro da esfera.
condutor, o fluxo é todo dirigido para o lado da superfície que Solução:
está fora do condutor. Q 4 ⋅10 −6
a) V = K = 9 ⋅10 9 = 18 ⋅10 4 V
> Para calcular o módulo do vetor campo elétrico em pontos
r 20 ⋅ 10 − 2
mais afastados, você faz como se toda a carga estivesse 4 ⋅10 −6 36
b)V = 9 ⋅10 = ⋅10 4 V = 12 . 104 V
9
concentrada no centro da esfera, isto devido a sua simetria e à 3 ⋅10 −1 3
distribuição de cargas em sua superfície.

+
+
+
Q + +
+
+
+
d . P

+ + 1 Uma superfície equipotencial de um campo elétrico é um


+ r + local onde todos os pontos desta superfície estão a um
+ + mesmo potencial elétrico. Afirma-se, corretamente que o
+ + trabalho desenvolvido para uma carga livre ir de um ponto a
outro ao longo de uma destas superfícies é nulo porque:
a) O campo elétrico é sempre perpendicular às superfícies
Q
EEXT = K equipotenciais.
d2 b) A força elétrica em nestes casos, é acrescentar nula.
c) O deslocamento da carga em uma superfície
equipotencial é inexistente.
d) A diferença de potencial entre dois pontos de uma
Exercícios Resolvidos superfície equipotencial é sempre constante e diferente
de zero.
1 Em uma região do espaço, foi criado um campo elétrico e) Uma linha de campo está sempre inteiramente contida
uniforme onde são dadas as linhas de força e as superfícies em uma superfície equipotencial.
equipotenciais desse campo. Determine:
a) A intensidade E do campo elétrico 2 (Cefet PR) Sobre a superfície equipotencial, definida como
b) O potencial do ponto G. lugar geométrico do espaço formado por pontos de um
c) O trabalho da força elétrica que atua numa partícula mesmo potencial elétrico, podemos afirmar que a alternativa
eletrizada com carga q = 2C, ao ser deslocada de F para errada é:
G. a) Todos os seus pontos apresentam potenciais iguais pela

F .. própria definição.
b) O trabalho para movimentar uma partícula eletrizada

.
D sobre ela é nulo, por a força elétrica sobre ela é normal à
trajetória.
G c) As linhas de força são sempre perpendiculares à
superfície equipotencial.
d) Duas superfícies equipotenciais de potenciais diferentes
se interceptam em um único ponto do espaço.
e) Uma carga puntiforme isolada tem superfícies esféricas
0,2m 0,4,m concêntricas à carga que as gera.
Solução:
a) U = Ed 3 (FCMSC SP) As linhas de força de um campo elétrico são:
100 - 80 = Ex 0,2 a) Perpendiculares às superfícies equipotenciais e dirigidas
20 200 dos pontos de menor para os de maior potencial.
E= = = 100V / m b) Perpendiculares às superfícies equipotenciais e dirigidas
0,2 2 dos pontos de maior para os de menor potencial.
b) 80 - VG = 100 x 0,4 c) Inclinadas em relação às superfícies equipotenciais.

27
d) Tangentes às superfícies equipotenciais.
e) Necessariamente retilíneas e suas direções nada têm a b) A diferença de potencial VA – VC entre os pontos A e C.
ver com as superfícies equipotenciais.

4 (UNIP SP) A respeito das linhas de força de um campo E


eletrostático, assinale a opção falsa. A
a) À medida que caminhamos ao longo da linha de força e
no seu sentido, o potencial elétrico vai diminuindo.
b) As linhas de força não podem ser fechadas. B C
c) As linhas de força encontram perpendicularmente as
superfícies equipotenciais.
d) No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático
não existem linhas de força.
e) A linha de força pode “nascer” e “morrer” em um 9 (UFPE) Uma carga elétrica de valor igual a 2,0C é conduzida
equilíbrio eletrostático. do ponto A ao ponto B, descrevendo um semicírculo de raio
0,5m em uma região de campo elétrico uniforme, como
5 (PUC SP) Assinale a afirmativa falsa: indicado na figura. Se o trabalho da força elétrica sobre a
a) Uma carga negativa, abandonada em repouso num carga foi de 56J, neste deslocamento, qual a intensidade do
campo eletrostático, fica sujeita a uma força que realiza campo elétrico em V/m ?
sobre ela um trabalho negativo.
b) Uma carga positiva, abandonada em repouso num E
campo eletrostática, fica sujeita a uma força que realiza
sobre ela um trabalho positivo.
c) Cargas negativas, abandonadas em repouso num
campo eletrostático, dirigem-se para pontos de potencial A B
mais elevado.
d) Cargas positivas, abandonadas em repouso num campo 10 (UPE) O gráfico a seguir mostra a variação do potencial
eletrostático, dirigem-se para pontos de menor potencial. elétrico com a distância em um campo elétrico criado por
e) O trabalho realizado pelas forças eletrostáticas ao longo uma esfera eletrizada com uma carga elétrica Q. A 10 cm do
de uma curva fechada é nulo. centro da esfera o valor do campo elétrico em N/C e do
potencial elétrico em V, é respectivamente:
6 (AFA) Em uma região de um campo elétrico uniforme, de Considere K = 9,0 . 109 N.m2/ C2
intensidade 2x103 N/C, a diferença de potencial, em volts,
entre dois pontos, situados sobre uma linha de força de
campo elétrico e separados por uma distância de 50cm, é:
a) 103 b) 105 c) 4 x 103
d) 2,5 x 10-4

7 (UFPE) A figura mostra as linhas de força de um campo


elétrico uniforme, cujo módulo vale 2x104N/C. Determine a
diferença de potencial entre os pontos A e B, em unidades
de 102V.

1cm
. A
a)
b)
c)
d)
nulo e nulo
9,0 . 104 e 9,0 . 103
nulo e 9,0 . 103
9,0 . 104 e 3,0 . 103
e) nulo e 3,0 . 103

. B 11 (PUC-MG) Seja um condutor esférico carregado


positivamente e VA, VB, VC, os potenciais nos pontos A, B e
C. Afirma-se que:
1cm a) VA > VB > VC
b) VA < VB < VC
8 (UFPB) Numa região do espaço, há um campo elétrico c) VA > VB = VC
d) VA = VB > VC
A . .B C .
uniforme E , cujo módulo vale 200 N/C. De acordo com a
e) VA < VB = VC
figura ao lado, a reta AB é perpendicular ao vetor E ,
enquanto a reta BC é paralela a E . Sendo de 30 cm a 12 (U. E. Londrina-PR) Um condutor esférico de 20cm de
distância de A e B, e 40 cm a distância de B a C, determine: diâmetro está uniformemente eletrizado com carga de 4,0µC
a) O trabalho que a força elétrica realiza para levar uma e em equilíbrio eletrostático. Em relação a um referencial no
carga de 3 x 10-6C do ponto A ao ponto C.

28
infinito, o potencial elétrico de um ponto P, que está a 8,0cm
do centro do condutor, vale em volts:
a) 3,6 x 105
b) 9,0 x 104
c) 4,5 x 104
d) 3,6 x 104
e) 4,5 x 103 16 (UFPE) Uma camada esférica isolante, cujos raios interno e
externo valem respectivamente, R1 = 10 cm e R2 = 20 cm é
13 (UFPB) Uma partícula carregada positivamente é colocada carregada com cargas Q1 = 2,4 x 10-3C e Q2 = 0,2 x 10-3C,
em repouso num ponto cujo potencial elétrico é V0, de uma cada uma homogeneamente distribuída em uma de suas
região onde há apenas um campo elétrico não-nulo. A F
superfícies (ver figura). Quanto vale 1 ?
respeito desta situação, pode-se afirmar que a partícula: F2
a) se deslocará para pontos de potencial V > V0. Q1
b) se deslocará para pontos de potencial V = V0.
c) se deslocará para pontos de potencial V < V0.
d) permanecerá em repouso.
e) se deslocará para pontos de potencial V maior ou menor
que V0, dependendo de V0 ser positivo ou negativo.
R1
R2 r
. q

Q2

17 (UFPE) Duas esferas condutoras A e B, de raios rA = R e rB


= 2R, estão inicialmente carregadas com cargas qA = 150µC
14 (ITA) A figura representa um condutor oco e um outro e qB = -24µC, respectivamente. As esferas encontram-se
condutor de forma esférica dentro da cavidade do primeiro, afastadas por uma grande distância e são em seguida
ambos em equilíbrio eletrostático. Sabe-se que o condutor conectadas por um longo fio condutor de espessura
interno tem carga total +Q. desprezível. Após estabelecido o equilíbrio eletrostático, qual
o valor da carga na esfera B, emµC?

A B
R 2R
Podemos afirmar que:
a) Não há campo dentro da cavidade. 18 (AFA) Três esferas condutoras de raio R, 3R e 5R e
b) As linhas de força dentro da cavidade são retas radiais eletrizadas, respectivamente, com quantidade de cargas
em relação à esfera, como na figura. iguais a − 10 µ C , − 30 µ C e + 13 µ C estão muito
c) A carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as afastadas entre si. As esferas são, então, interligadas por
linhas de força são perpendiculares a essa superfície. fios metálicos de capacitância desprezível até que o sistema
d) A carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as atinja completo equilíbrio. Nessa situação, o valor da
linhas de forças tangenciam essa superfície. quantidade de carga, em microcoulombs, da esfera de raio
e) Não haverá diferença de potencial entre os dois 3R é:
condutores se a carga do condutor oco também for igual a) –9 b) –3 c) 3
a Q. d) 9

15 (UFPE) O gráfico abaixo representa a variação do potencial 19 (ITA) Duas esferas metálicas A e B, de raio R e 3R
elétrico de uma distribuição esférica de carga com a respectivamente, são postas em contato. Inicialmente A
distância r a seu centro. Sabendo-se que o valor de Vo é 60 possui carga positiva - Q e B carga + 2Q. Após atingir o
Volts, e que o valor em Coulombs da carga total da esfera equilíbrio eletrostático, as novas cargas de A e B passam a
pode ser escrito como q x 10- 9, determine o valor de q. ser, respectivamente:
a) Q/2, Q/2 b) 3Q/4, Q/4 c) 3Q/2, Q/2
d) Q/4, 3Q/4 e) 4 Q/3, -Q/3

1. A 2. D 3. B 4. E
5. A 6. A 7. 06 8.
9. 28V/m 10. E 11. D 12. A
13. C

29
Q
O
14. C 15. 20 16. 12 17. 84 Q
18. D0 19. D ∆q -
Sabemos que a variação de V com Q é uma reta, pois a
8. CAPACITÂNCIA razão entre Q e V, em cada instante, é a constante denominada
de capacitância do condutor, isto é, Q = CV.
Considere um condutor isolado e inicialmente neutro. Se nós Vejamos o que ocorre quando uma porção elementar de
o eletrizarmos com carga Q, ele adquire um potencial V. Se carga ∆q é transferida a um condutor. Sabemos que, nesta
dobrarmos a carga, o potencial também dobra. Podemos situação, haverá um aumento em seu potencial. O produto de
perceber que a carga é diretamente proporcional ao potencial. ∆q pelo potencial do condutor antes de haver recebido esse
Desta forma, a razão entre a carga recebida e o potencial acréscimo de carga é igual à área do retângulo hachurado no
adquirido é constante e denominada capacitância: diagrama.
Imaginando que a eletrização do condutor se dá através da
Q transferência de ínfimas porções de carga ∆q, teremos em
C= nosso diagrama uma sucessão de retângulos justapostos, cujas
V
áreas serão aproximadamente equivalentes aos trabalhos
elementares realizados em cada uma dessas transferências.
A capacitância C mede a capacidade que um condutor
Agora, supondo que essas parcelas de carga ∆q sejam
possui de armazenar cargas elétricas. A capacitância de um
suficientemente pequenas, a soma das áreas de todos os
condutor depende das características geométricas deste
retângulos pode ser considerada igual à área do triângulo do
condutor e do meio em que se encontra.
diagrama e nos dará o trabalho total realizado para eletrizar o
> Unidades- No sistema internacional de unidades (SI) a
condutor, desde o instante inicial em que ele estava neutro até o
unidade de capacitância é o farad (F).
final do processo quando ele adquire carga q.
coulomb
1 farad = 1
volt E como Q = CV, podemos escrever também que:
É mais freqüente o uso de submúltiplos do Farad: mF, mF, 1 1 Q2
nF e pF EP = W = C V2 =
2 2 C
8.1 CAPACITÂNCIA DE UM CONDUTOR ESFÉRICO

Para um condutor esférico de raio R isolado e no vácuo 8.3 EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO DE CONDUTORES
temos:
Q
e C=
Q Q R R Considere vários condutores eletrizados e isolados com
V =K ⇒C= = Q⋅ =
R V Q KQ QK capacitâncias C1, C2, C3, ..., Cn, com cargas Q1, Q2, Q3, ..., Qn e
K com potenciais V1, V2, V3, .., Vn. Agora ligamos eles através de
R
R um fio de capacitância desprezível.
C= 1 2 ... n
K V1 V2 Vn
A capacitância do capacitor esférico é diretamente Q1 Q2 Qn
proporcional ao seu raio.

8.2 ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA DE UM CONDUTOR Q1 ' Q2 ' .. Qn'


V V V
Considere um condutor eletrizado. Se tentarmos colocar um
novo elétron no condutor, você precisa vencer as forças (de
repulsão ou atração dependendo da carga do condutor) exercida
pelo condutor. É preciso realizar um trabalho que fica
armazenado no condutor em forma de energia potencial elétrica.
Então seja um condutor neutro de capacitância C, ao qual Como existe uma diferença e potencial, há um deslocamento
fornecemos uma carga elétrica Q. Sabendo que o potencial é V de cargas entre os condutores até que o potencial fique igual em
atingido pelo condutor. todos eles. Nestas condições os condutores atingiram o
O diagrama seguinte nos dá a variação do potencial do equilíbrio eletrostático. Cada condutor também apresentam uma
condutor com a carga adquirida. nova carga e como a carga elétrica é conservada (princípio da
V conservação das cargas elétricas) a carga total antes é igual a
V carga total depois:
Q1 + Q2 + ...+ QN = Q1′ +Q2′ +...+ QN′
Mas Q1 = C1V1, Q2 = C2V2..., QN = CnVn
Q1′= C1V, Q2′= C2V..., QN′= CnV

30
Então C1V1 + C2V2+...+ CnVn = C1V + C2V+...+ CnV
C1V1 + C2V2 +...+ CnVn = V (C1 + C2 +...+ Cn)

C 1V1 + C 2 V2 + ... + C n v n
V=
C 1 + C 2 + ... + C n
D
Ligando-se um gerador de tensão contínua ao capacitor
8.4 CAPACITOR através de seus terminais, há corrente no gerador apenas
durante o rápido processo de carga do capacitor. Em seguida a
O capacitor ou condensador é um bipolo elétrico cuja a corrente cessa e temos, então as placas já eletrizadas,
função básica é armazenar energia potencial elétrica num passando a existir entre elas um campo elétrico
circuito através do armazenamento de cargas elétricas. Existem 
aproximadamente uniforme E .
vários tios de capacitores- os eletrolíticos, cerâmicos, etc- e com
σ
vários formatos geométricos. A representação gráfica de um Pode-se demonstrar que o módulo de E é: E =
capacitor em um circuito é como mostra a figura: ε
Mas como σ = Q / A
Q
Temos: E =
Dependendo da sua geometria geralmente os capacitores Aε
são classificados em planos, esféricos e cilíndricos dependendo Lembrando que ainda no campo elétrico uniforme U = Ed,
do formato da suas armaduras. A grandeza que mede a obtemos:
capacidade de armazenamento das cargas elétricas é a sua
capacitância. Em qualquer capacitor sabendo a ddp (U) entre U = Ed = Qd / Aε então a capacitância vale:
seus terminais e sua carga Q, podemos calcular sua
capacitância C como sendo: Q Q A
C= = ⇒C =ε
U Qd / Aε d
+Q -Q
C=
Q
V
Observe que a capacitância de um capacitor plano depende
da permissividade absoluta do meio, da área A e da distância
U
entre as placas, isto é, da sua geometria e do dielétrico.
Durante o intervalo de tempo de carga do capacitor verifica-
O dielétrico é um isolante e, como tal, não apresenta cargas
se que, em cada instante, a carga armazenada é diretamente
livres. Entretanto, quando submetido a um campo elétrico,
proporcional à respectiva tenção instantânea, pois a capacidade
apresenta-se eletricamente polarizado. Então com a presença
C é sempre constante. A lei que rege em função da ddp no
do dielétrico, o campo resultante entre as placas é devido ao
decorrer do tempo é:
campo elétrico criado pela carga das placas e o campo devido à
Q = CU
carga de polarização do dielétrico. Observe a figura:
Podemos expressar a carga Q em função da ddp U no
gráfico a seguir:
Carga
d

Ed Ed = Campo devido ao
Q
+ - + - Dielétrico
+ -
+ - + -
0 U ddp
+ - Eq = Campo devido às
Como vimos o capacitor armazena energia potencial elétrica.
+ - + - cargas das placas
Essa energia é numericamente igual a área hachurada obtida no
gráfico. 2 2
E P = Área do triângulo = UQ = UCU = CU = Q
como já havíamos dito. 2 2 2 2C
ER ER = Campo elétrico
Resultante.
8.5 CAPACITOR PLANO
Eq
A permissividade mede a intensidade da polarização do
É um capacitor onde suas armaduras são placas planas,
dielétrico. Então quanto maior for o campo elétrico devido ao
paralelas e iguais. As placas tem área A e a distância que as
dileno, mais significativa será esta polarização.
separa é d. Entre as placas existe um meio dielétrico de
Quando nós mudamos o dielétrico entre as placas do
permissividade absoluta.
capacitor, Michael Faraday percebeu em suas experiências que,
A
A
e ε = Kε0 que então C = Kε0 .
d

31
Onde ε0 o é a permissividade absoluta do vácuo. A Substituindo na expressão de definição da capacitância C, o
constante k é a constante dielétrica e cada dielétrico tem um valor que obtivemos para VAB, ficamos com:
valo diferente. q q
C= =
V AB q  1 1 
 − 
4πε 0 R
 A R B 
Resultando:
Obs: para o vácuo e para o ar é praticamente um: k = 1 e como RA RB
C = 4πε0
k ≥ 1, a capacitância sempre aumenta com a introdução de um RB − RA
dielétrico entre as placas do capacitor no vácuo. Os valores de capacitância requeridos na prática tornam
desaconselhável o uso de capacitores esférico, pois eles seriam
muito onerosos em função das grandes dimensões que iriam ter.
8.6 CAPACITOR ESFÉRICO São, porém, utilizados para se determinar a permitividade de um
meio qualquer colocado entre as suas armaduras.
Sejam RA e RB os respectivos raios internos e externo das
esferas concêntricas que tem como isolante de separação o ar.
Seja q a carga armazenada pelo capacitor quando ligado a uma 8.7 FORÇA DE ATRAÇÃO DAS PLACAS PLANAS E
pilha, como mostra a figura. R
- PARALELAS DE UM CAPACITOR
A
+ -
+ + RB Quando ligamos aos terminais de uma pilha um capacitor de
+ + placas planas e paralelas, existe uma força de atração mútua entre
+ + as placas, uma vez que cada uma delas estará eletrizada com
- + -
- cargas de sinais opostos aos das cargas da outra placa.
Vamos agora obter a expressão que nos dá a intensidade
- dessa força de atração entre as placas. Para isso vamos considerar
Vimos que o potencial de uma+ esfera condutora de raio R, um capacitor de placas planas e paralelas de áreas S, isoladas pelo
isolada e eletrizada com carga q é: ar e a uma distância d um da outra, imaginando-o ligado aos
1q terminais de uma pilha.
V=
4πε 0 R
Nesse caso, as esferas condutoras constituintes do capacitor
não estão isoladas, pois uma está em presença da outra. O
potencial da esfera interna A é devido à sua carga (+q) e à carga (-
q) da esfera B. Portanto, é o resultado da soma algébrica dos
potenciais relativos a cada uma das cargas. A parcela do potencial
1 q A intensidade do campo nos pontos de uma das placas é
da esfera A devido à sua carga é e a parcela resultante
4πε 0 R A aquela dada pela expressão do campo nas proximidades de uma
película plana e infinita, eletrizada com carga q. Isto porque a
da presença da carga (-q) na esfera externa B, lembrando que os
distância que separa as placas é muito pequena em relação às suas
pontos de A são internos aos da esfera condutora B, é
dimensões e conseqüentemente podemos tratá-las como se fossem
1 ( −q ) infinitas. E ainda, como as cargas das placas se localizam nas faces
.
4πε 0 R B que se defrontam, devido à atração mútua entre elas, cada placa
Assim temos: pode ser considerada como uma película. Nessas condições, a
intensidade do campo em uma das placas devido às cargas da
1 q 1 ( −q ) q  1 1 
VA = + =  −  outra é, como já vimos:
4πε 0 R A 4πε 0 R B 4πε R
 A R B  σ q q
Ep = = pois σ =
2ε 0 2ε 0 A A
Do mesmo modo, o potencial da esfera B é devido à sua carga
(-q) e à carga (+q) da esfera A, igual, portanto, ao resultado da Como o módulo da carga de cada placa é q, e sendo a

soma das duas contribuições. A parcela de VB devido à sua carga é intensidade da força F em uma delas devida à carga total da outra,
1 (-q) 1 q  q2
e a parcela devido à carga de A é dada por F = q E p =
4πε 0 R B 4πε 0 R B 2ε 0 A
(lembrando que os pontos da esfera B são externos aos da esfera
A).
1 (-q) 1 q
VB = + =0
4πε 0 R B 4πε 0 R B
Exercícios Resolvidos
Assim, a ddp VAB entre as armaduras é:
q  1 1 
VAB = VA =  −  1 Dois condutores A e B, de capacitâncias CA = 2,0nF e CB =
4πε 0  R A RB  8,0nF . Eles estão eletrizados com cargas QA = 12C e QB = 8C.

32
Coloca-se um em contato com o outro e logo após, os separa. 4 (UFPE) Um capacitor de placas paralelas é carregado e
Pede-se: mantido ligado a uma bateria. A carga no capacitor é então 50 x
a) O potencial, antes do contato de cada condutor. 10-10C. Duplica-se em seguida a separação entre as placas sem
b) O potencial comum aos dois condutores após o contato. desligar a bateria e com isto muda-se a carga no capacitor.
c) As cargas existentes em cada condutor, logo depois do Qual o valor da carga final em unidades de 10-10C?
contato.

Solução:
a) Q = CV 5 (UFPE) Uma nuvem eletrizada está situada a 1000m de altura,
−6 paralelamente à superfície da terra, formando com esta um
12 ⋅10
VA = = 6,0 ⋅10 3 V capacitor plano de 15nF. Quando o campo elétrico no ar (entre
2 ⋅10 − 9 a nuvem e a terra) atinge o valor de 3,0 x 106 N/C, ocorre um
relâmpago. Calcule a carga elétrica, em C, que se encontrava
8 ⋅ 10 −6 armazenada na nuvem, no instante da descarga elétrica.
VB = = 1,0 ⋅10 3 V
8 ⋅10 − 9
6 (AFA) Sejam dois condutores isolados A e B cujas
Q A + Q B (12 + 8)10 −6 capacitâncias e tensões são C = 6µF . C = 4µF . V = 80V e V =
V = = = 2 ⋅10 3 V
C A + C B (2 + 8)10 −9
b) 30V. Quando colocados em contato o potencial comum em volts
é:
a) 30 b) 40 c) 60
−9 −6
c) Q A ' = C AV = 2 ⋅ 10 ⋅ 2 ⋅10 = 4 ⋅10 C = 4µC
3
d) 90
Q B = C BV = 8 ⋅10 −9 ⋅ 2 ⋅10 3 = 16 ⋅10 −6 C = 16µC
7 (UFPB) Um capacitor de 1µF está inicialmente carregado com
2 Considere um capacitor plano a vácuo. As armaduras do carga de 4 µC e um capacitor de 3 µF está descarregado.
capacitor possuem área A = 0,4m2 e estão situadas a uma Em seguida, liga-se a placa positiva do capacitor carregado a
distância d = 4,0cm. Esse capacitor é carregado sob ddp uma das placas do capacitor descarregado e a placa negativa
(tensão) de 2000V. Determine a capacitância e a sua carga do capacitor carregado à outra placa do capacitor
elétrica total. descarregado.
Solução: Durante um determinado intervalo de tempo, as cargas se
C A ε0 = 8,8 x 10-12F/m redistribuem até que seja novamente atingida uma situação de
= ε0 equilíbrio eletrostático.
d 0,4
C = 8,8 ⋅10 −12 = 8,8 ⋅10 −11 F a) Determine a energia potencial armazenada pelo capacitor
4 ⋅10 − 2 na situação inicial.
Q = CV b) Qual a condição para que seja atingido o equilíbrio
eletrostático?
Q = 8,8 ⋅10 −11 ⋅ 2000 = 17,6 ⋅10 −11 C c) Determine a energia potencial armazenada pelo sistema de
capacitores na situação de equilíbrio final.

8 (UFPB) Um capacitor está carregado com uma carga de 5,4 x


10-5C. Uma das placas do capacitor está a um potencial de 90 V
1 (EPUSP SP) Em um condensador a vácuo, de capacidade 10ìF e a outra placa, a um potencial de 60 V. Determine:
ligado a um gerador de tensão 100volts, a carga elétrica é: a) A capacitância do capacitor.
a) 0,50µC em cada uma das armaduras. b) A energia potencial acumulada no capacitor.
b) 0,10µC em cada uma das armaduras.
c) 0,10µC em uma armadura e 0,1µC na outra.
d) 0,10µC em uma armadura e zero na outra.
e) Nenhuma das afirmações anteriores e correta.
1. C 2. D 3. B 4. 25
2 (Ceuma) Qual a energia acumulada num conjunto de 5. 25 6. 45
capacitores com capacitância total de 200µF e sob tensão de C1
900V? 7 a) 8.10-6 j; b) V=V0 ; c) 4.10 j
-6
8. C
C1 + C 2
a) 31J b) 41J c) 61J
d) 81J e) 91J

3 (U. E. Sudoeste da Bahia- BA) Um capacitor de um circuito de


televisão tem uma capacitância de 1,2µF. Sendo a diferença de
potencial entre seus terminais de 3000V, a energia que ele
armazena é de:
a) 6,7J b) 5,4J c) 4,6J
d) 3,9J e) 2,8J

33
9.1 CORRENTE REAL E CONVENCIONAL

Considere uma carga negativa movendo-se ,por exemplo,


para a direita:

V

Observe que este movimento é equivalente ao movimento


9. CORRENTE ELÉTRICA de uma carga positiva com o mesmo valor deslocando-se em
sentido contrário
A eletrodinâmica é o estudo de situações em que as cargas
elétricas apresentam um movimento dirigido, ordenado em um 
sentido preferencial. Este movimento é chamado de corrente V
+
elétrica.
Observe que para haver corrente elétrica é preciso que Através desta observação os físicos estabeleceram uma
1
exista uma grande mobilidade dos portadores de carga, então é convenção para facilitar o estudo das correntes elétricas: uma
necessário que o material (o meio) seja um condutor elétrico. carga negativa em movimento ordenado será sempre
Caso o meio não possua portadores de carga, por exemplo o imaginada como se fosse uma carga positiva no mesmo
vácuo, é possível criar corrente elétrica lançando portadores de movimento ordenado que se move em sentido contrário. Esta
carga neste meio. É o que acontece nos tubos de imagem de corrente imaginária é a que chamamos de corrente
televisão (cinescópios). convencional.
Com isso, já sabemos o que é a corrente elétrica. Mas Vamos supor, então, por uma questão de simplicidade e
como podemos provocar este movimento ordenado dos consistência algébrica, que todos os portadores de carga são
portadores de carga? positivos, indicando-se o sentido da corrente por meio de uma
Considere uma visão ampliada de um fio condutor (por seta paralela ao movimento dessas cargas. Se os portadores
exemplo o cobre) de terminais A e B. forem negativos, seu movimento real terá um sentido oposto ao
Ligue os seus terminais A e B a uma fonte (por exemplo indicado pela seta.
uma bateria). Sabemos que ligando o fio aos terminais de uma O fato de se associar uma seta à corrente elétrica não quer
bateria, criaremos uma diferença de potencial entre os terminais dizer que esta seja um vetor, servindo simplesmente para
A e B do fio. Devido a esta diferença de potencial, será indicar o sentido do fluxo de carga dentro do condutor. Os
estabelecido um campo elétrico entre os terminais A e B. portadores de cargas positivas movem-se em um dos dois
Supondo que o terminal A seja ligado ao polo positivo da sentidos possíveis dentro de um fio, a cada um deles estando
bateria, e o terminal B ao polo negativo, isto é, o potencial em A associados, nas equações algébricas, os sinais + e – . Deve-se
é maior do que o potêncial em B (VA>VB), os elétrons livres notar, também, que: (a) a corrente num fio permanece
vão se deslocar no sentido de B para A em um movimento inalterada se este é torcido, enrolado ou até mesmo quando se
ordenado que é a corrente elétrica. lhe dá um nó; (b) as setas que indicam o sentido das correntes
não obedecem nenhuma lei de adição vetorial. Portanto, as
A - - B correntes não podem ser vetores.

- -
- - 9.2 INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA

Va Vb Definimos intensidade média de corrente elétrica como



E sendo:
Então a corrente elétrica é causada por uma diferença de
potencial elétrica (ddp), ou a chamada tensão elétrica. Esta ∆q
im =
corrente só existe enquanto existir a diferença de potencial. ∆t
Nos condutores líquidos e gasosos, a corrente é quase
sempre constituída por íons positivos e negativos deslocando- Nos metais a corrente é constituída por elétrons e nos
se em sentidos contrários. condutores líquidos e gasosos, a corrente é quase sempre
constituída por íons, positivos e negativos, deslocando-se em
sentidos contrários ∆q = ∆q p + ∆q n .
A corrente elétrica por unidade de área transversal define o
módulo da densidade de corrente J.

i
J=
A

34
1 coulomb
A velocidade de arrastamento vd dos portadores de carga 1 ampère =
1 segundo
pode ser calculada em função da densidade de corrente j. A
figura abaixo mostra os elétrons de condução de um fio
movendo-se da esquerda para a direita com uma velocidade de
arrastamento constante vd. Podemos considerar o número de
elétrons desse fio como sendo igual a nAl, onde n é o número
de elétrons de condução por unidade de volume e Al é o
volume do fio. Notemos, então, que no tempo

l obs: Com bastante freqüência, serão usados alguns


t= submúltiplos do ampère:
vd
mA = 10-3A ( miliampère )
µA = 10-6A ( microampère )
uma carda de módulo
nA = 10-9A ( nanoampère )
q = (nAl) e pA = 10-12A (picoampère)

atravessa a extremidade do lado direito do fio. Daí, obtemos o Em um condutor, a intensidade de corrente elétrica é
valor da corrente i: sempre a mesma em qualquer seção do condutor mesmo que
q nAle ele tenha seções transversais variáveis.
i= = = nAev d
t l/ v d i1 i 2
Tirando o valor de vd e lembrando que j = i/A obtemos, por
fim:
i j
vd = =
nAe ne
i =i
1 2

Caso o fio sofra uma bifurcação, a soma das correntes nas


duas bifurcações é igual a corrente total inicial antes da
bifurcação.
i
1
Os elétrons se movem numa direção oposta à do campo
elétrico no condutor. i
Quando a corrente varia com o tempo, define-se a
intensidade instantânea de corrente que é a intensidade de i
corrente elétrica em um instante t, isto é, é o limite para o qual 2

tende a intensidade média de corrente quando o intervalo de


i=i +i
tempo ∆t tende a zero. 1 2

∆q
iins = lim 9.3 EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
∆t → 0 ∆t
Os principais efeitos causados pela passagem de uma
Se a corrente elétrica for constante, a intensidade média é corrente elétrica são:
igual a intensidade instantânea:  Efeito magnético: toda corrente elétrica cria ao seu redor
um campo magnético. Isto pode ser verificado
∆q experimentalmente aproximando-se uma bússola de um
im = iins = condutor sendo percorrido por corrente: a agulha sofre
∆t deflexão.
No SI a unidade de corrente elétrica é o ampère (A) em  Efeito térmico ou efeito joule: consiste no aquecimento
homenagem ao cientista francês Ampère. Esta unidade é dos condutores devido à passagem de corrente elétrica.
definida por meio do eletromagnetismo como veremos mais Significa energia elétrica transformando-se em energia
tarde. Contudo, é verdade afirmar que em uma corrente térmica. Chuveiro elétrico, ferro elétrico, dispositivos de
constante de 1 ampère (1 A) , a cada segundo passa por uma aquecimento elétricos são aplicações desse efeito.
seção transversal considerada, 1 coulomb (1 C) de carga
elétrica em módulo.  Efeito químico: basicamente são as transformações
químicas provocadas pela passagem da corrente elétrica

35
em soluções eletrolíticas. Exemplo: a decomposição da i
máx
água em oxigênio e hidrogênio, pela passagem de uma
corrente elétrica através de uma solução ácida.
i
mín
 Efeito fisiológico: a passagem da corrente elétrica em um
organismo vivo provoca contrações musculares pois age
diretamente no sistema nervoso. Exemplo: o choque 1 t
elétrico.

9.4 CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES ELÉTRICAS 9.4.3 CORRENTE ALTERNADA


DEVIDO A FORMA DE ONDA
Chama-se forma de onda de uma corrente elétrica a È a corrente cujo o sentido é invertido periodicamente. Esse
representação gráfica de seu valor algébrico em função do tipo de corrente é devido a variação periódica do sentido do
vetor campo elétrico fazendo com que os portadores de carga 3
tempo. Observe a seguir o exemplo de uma forma de onda de
uma corrente qualquer: vibrem (movimento de “vai e vem”) em torno de uma posição de
equilíbrio. Um exemplo do gráfico da corrente em função do
tempo está representado abaixo:

Esta representação gráfica apresenta uma propriedade 0 t


bastante interessante:

OBS: A área compreendida entre a forma de onda e o eixo dos


tempos, calculada num certo intervalo de tempo ∆t, fornece o 10. TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA
módulo da carga elétrica que atravessou uma seção transversal ELÉTRICA.
do condutor neste intervalo de tempo.
De um maneira geral os aparelhos elétricos são dispositivos
que transformam energia elétrica em outra forma de energia.
Por exemplo: em um motor elétrico a energia elétrica é
9.4.1 CORRENTE CONTÍNUA CONSTANTE transformada em energia mecânica de rotação do motor; um
aquecedor, a energia elétrica é transformada em energia
Quando mantém a intensidade e sentido constantes durante térmica; em uma lâmpada a energia elétrica é transformada em
todo o tempo. O gráfico da corrente em função do tempo está luminosa.
representado na figura abaixo: Suponha que seja estabelecido uma diferença de potencial
entre os pontos A e B, e que liguemos aos terminais de um
i aparelho elétrico. Sabemos que uma corrente elétrica i passará
através do aparelho (sentido convencional): V > V
A B
i

A B
0 t + -
Como a intensidade é sempre constante, a intensidade de U
corrente média é igual a da corrente instantânea. Por exemplo,
as pilhas são fontes que fornecem corrente contínua.
Quando uma carga elétrica ∆q atravessa o aparelho
deslocando-se de A para B, as forças elétricas realizam sobre
∆q ela um trabalho dado por:
im = iinsta =
∆t
WAB = ∆q (VA – VB)
9.4.2 CORRENTES CONTÍNUA PULSANTES
Este trabalho corresponde à energia elétrica que o aparelho
São correntes que variam sua intensidade em máximos e troca (cede ou recebe) com o resto do circuito e seu módulo é:
mínimos com sentido constante. Uma possível representação
gráfica de uma corrente pulsante é mostrada na figura abaixo: |WAB| = |∆q| . U onde U = (VA - VB)
i

36
Dividindo o módulo desse trabalho pelo intervalo de tempo ∆q ne ne
∆t durante o qual ele foi realizado, obtemos a potência elétrica i= = ⇒ ∆t =
∆t ∆t i
média trocada pelo aparelho. Assim:
∆s ∆s
mas v = ⇒ ∆t = então temos:
W AB ∆q U ∆q ∆q ∆t v
Pm = = , mas i = ⇒ ∆t = ∆s ne ∆s . i
∆t ∆t ∆t i = ⇒n= =
v i ev
0,5 . 2 . 10 -3
= = 78125000 elétrons
1,6 . 10 -19 . 8 . 10 7
Então:
∆q U 2 Dado o gráfico da intensidade de corrente em função do
Pm = . i ⇒ Pm = U . i onde U = V – V
∆q A B tempo, calcule a carga total que passa pela seção
transversal de um fio condutor durante 20s.
i(A)
No SI a unidade de potência é:
Potência = potencial . corrente = 1V (volt) . 1A (ampère) = 1W
10
(watt)
Também é muito utilizada a unidade múltipla do watt
denominada
4 quilowatt (kW). A relação é:
0 15 20 t(s)
1 kW = 103 W
Solução:
Nos aparelhos elétricos costuma-se registrar a potência ∆q = i∆t = área
elétrica consumida por eles e a d.d.p. sob a qual devem ser (20 + 15) . 10
ligados para que funcionem em condições normais. Assim um ∆q = = 35 . 5 = 175C
2
dispositivo com a inscrição (200W – 220V) consome a potência
de 200W se for ligado a uma d.d.p. de 220V.
A energia elétrica ∆E pode ser expressa em função da 3 Um aparelho elétrico quando ligado a uma diferença de
potência P desenvolvida num dado intervalo de tempo pela potencial de 220V, fica sujeito a uma corrente elétrica de
relação: 0,8A. Qual a potência deste aparelho.
|∆E| = P . ∆t Solução:
P = Ui = 220x0,8 = 176W

ATENÇÃO: A potência pode ser expressa em (kW) e o


intervalo de tempo em horas (h), a unidade de energia elétrica
será o quilowatt-hora (kWh). Então 1 kWh é a quantidade de
energia desenvolvida no intervalo de tempo de 1 hora com 1 (EPUSP-SP) A corrente elétrica produz sempre:
potência de 1kW. Com isto podemos relacionar o quilowatt-hora a) Efeito joule e efeito magnético.
com o joule: b) Efeito magnético.
1 kWh = 1 kWx1h = 103Wx3600s = 3,6x106 J c) Efeito magnético e efeito químico.
d) Efeito magnético, efeito químico e efeito joule.
1 kWh = 3,6x106J
e) Nenhuma das afirmações é a correta.

2 (PUC-SP) Uma corrente elétrica de intensidade 11,2mA


Exercícios Resolvidos percorre um condutor metálico. A carga elementar é e =
1,6x10-19C. O tipo e o número de partículas carregadas que
1 (Vunesp-SP) O feixe de elétrons num tubo de televisão atravessam uma seção transversal desse condutor por
percorre uma distância de 0,5m no espaço evacuado entre o segundo são:
emissor de elétrons e a tela do tubo. Se a velocidade dos a) Prótons; 7,0x1016 partículas.
elétrons no tubo é de 8,0 x 107m/s e se a corrente do feixe é b) Íons de metal; 14,0x1016 partículas.
de 2,0mA, calcule o número de elétrons que há no feixe em c) Prótons; 7,0x1019 partículas.
qualquer instante. Carga do elétron = 1,6 x 10-19C. d) Elétrons; 14,0x1016 partículas.
e) Elétrons; 7,0x1016 partículas.
Solução:
e- 3 (UFPE) Dois fios de cobre, cilíndricos e com diâmetros
D1 = 1,0 mm e D2 = 4,0 mm, respectivamente, são
cuidadosamente soldados como mostra a figura. Se uma
densidade de corrente igual a 3,2 x 10-6 Ampères/mm2 é
0,5m injetada no fio mais fino, qual o valor da densidade da

37
corrente, em unidades de 10-8 Ampères/mm2, no fio mais 220V. Em quantos segundos o motor da bomba consome
grosso? uma energia de 35,2kJ, se por ele circula uma corrente
elétrica de 2A?

9 (UFPE) Uma geladeira consome cerca de 500 W em uma


hora, e fica ligada durante 24 horas por dia. Se o preço do
kWh é de R$ 0,10, quanto se paga pelo consumo da
geladeira ao final de um mês (30 dias), em R$?
4 (UPE-Modificada) A figura a seguir representa a variação em
função do tempo da corrente elétrica que passa por um 10 (AFA) Um forno de microondas opera na voltagem de 120 V
condutor metálico. Assinale a alternativa falsa. e corrente de 5,0 A. Colocaram nesse forno 200 mililitros de
água à temperatura de 25°C. Admiti-se que toda energia do
forno é utilizada para aquecer a água. O tempo para elevar a
temperatura da água a 100°C é:
a) 60s. b) 100s. c) 120s.
d) 150s.

11 (UFRN) Um chuveiro elétrico tem potência de 2 800 W, e


uma lâmpada incandescente tem potência de 40 W. O
tempo que a lâmpada deve ficar ligada para consumir a
a) A carga elétrica que passa nesse condutor nos 4 mesma energia gasta pelo chuveiro em dez minutos de
primeiros segundos vale 30 mC. funcionamento é:
b) Sendo a carga elementar e = 1,6.10-19 C, a quantidade a) 1 hora e 10 minutos b) 700 horas c) 70 horas
de elétrons que passa pelo condutor nos 10 s vale d) 11 horas e 40 minutos
3,75.1017.
c) A corrente média nos 10 s é de 60 mA.
d) Se o condutor metálico tiver uma resistência de 5Ω, a
potência média dissipada nos 10 s é de 1,8 . 10-4 W.
e) Em t = 7s, a corrente elétrica no condutor tem valor
igual à corrente média que passa pelo condutor nos 2 1. B 2. E 3. 20 4. C
primeiros segundos. 5.D 6. C 7. 11 8. 80
9.36 10. C 11. D
5 (ITA) A casa de um certo professor de Física do ITA, em São
José dos Campos, tem dois chuveiros elétricos que
consomem 4,5 kW cada um. Ele quer trocar o disjuntor geral
da caixa de força por um que permita o funcionamento dos
dois chuveiros simultaneamente com um aquecedor elétrico
(1,2 kW), um ferro elétrico (1,1 kW) e 7 lâmpadas comuns 1 (UFPE) Um raio é produzido a partir de um ponto da
(incandescentes) de 100 W. Disjuntores são classificados atmosfera que está num potencial de 18MV em relação à
pela corrente máxima que permitem passar. Considerando Terra. A intensidade da descarga é de 200kA, e tem duração
que a tensão na cidade seja de 220 V, o disjuntor de menor de 1ms. Por outro lado, o consumo médio da residência do
corrente máxima que permitirá o consumo desejado é então Prof. Pardal, em um mês, é de 125kWh. Se a energia
de: liberada por um raio, como o descrito acima, pudesse ser
a) 30 A b) 40 A c)50 A armazenada de forma útil, quantas residências iguais à do
d) 60 A e) 80 A Prof. Pardal poderiam ser abastecidas no período de um
mês?
6 (UFPE) Uma bateria de 12V mantém uma corrente de 10A
num circuito durante 5 min. Durante este tempo, a energia 2 (UFPE) Certa bateria de automóvel de 12V fornece 6,0kWh
química da bateria, medida em unidades de 103J, sofre uma de energia. Admitindo-se que ela possa manter os 12V
redução de: durante uma hora, quanta carga será transferida de um
a) 12 b) 24 c) 36 terminal para outro da bateria, em unidades de 105C?
d) 48 e) 72
3 (ITA) Um objeto metálico é colocado próximo a uma carga
7 (UFPE) Uma corrente de 0,5 A circula numa lâmpada de de +0,02 C e aterrado com um fio de resistência de 8Ω.
110W, quando ela é ligada a uma linha de 220V. Qual o Suponha que a corrente que passa pelo fio seja constante
trabalho realizado, em Joules, para deslocar as cargas por um tempo de 0,1 ms até o sistema entrar em equilíbrio e
elétricas através da lâmpada durante 0,1s? que a energia dissipada no processo seja de 2 J. Conclui-se
que, no equilíbrio, a carga no objeto metálico é:
8 (UFPE) O motor elétrico de uma bomba d’água é ligado a a) -0,02 C. b) -0,01 C. c) -0,005 C.
uma rede elétrica que fornece uma diferença de potencial de d) 0 C

38
que a tensão do bipolo da figura, por exemplo, é 30V, estamos
4 (UNICAP) Um chuveiro elétrico, de potência 4,0kW, tem dizendo que a diferença de potencial entre seus terminais é de
uma vasão de 8L/min. A água fria entra a 16,5°C. 30V, isto significa que o potencial do ponto A é +30V em
Determine, em °C, a temperatura da água quente que sai relação ao ponto B (o potencial de A é 30V e o de B é 0V) e ou
do chuveiro. o potencial é –30V em relação ao ponto A ( o potencial de B é –
30V e o de A é 0V). Nos dois casos a diferença de potencial
entre os pontos A e B é 30V.

 CURVA CARACTERÍSTICA
Em um bipolo, a relação matemática entre tensão e
1. 08 2. 18 3. C 4. corrente é dada pela equação característica do bipolo. Os
bipolos podem ser lineares ou não, de acordo com a sua
equação característica. Se a equação é do tipo U = K1. l + K2,
10. BIPOLO ELÉTRICO onde K1 e K2 são constantes, o bipolo é dito linear. São
exemplos de bipolos lineares, resistores e pilhas.
Denomina-se bipolo elétrico qualquer dispositivo que Se a equação característica é do tipo
apresenta dois terminais elétricos que podem ser ligados a um
circuito elétrico. Quando o bipolo está presente nos circuito U = K1 + K2. l + K3. l2 + K4. l3 + ...
usuais, a corrente elétrica sempre “entra” por um dado terminal
e “sai” pelo outro terminal. Um bipolo elétrico quando presente o bipolo é dito não linear. São exemplos de bipolos não lineares
em um circuito qualquer, ou está consumindo energia ou diodos, válvulas.
cedendo energia a este circuito. Alguns exemplos são:
U U U
resistores, capacitores, geradores de um modo geral, etc.

I I I
i
A (+) B (-) Linear Não Linear

10.1 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE E EM PARALELO DE


BIPOLOS ELÉTRICOS.
U
É de fundamental importância ser bastante preciso na 10.1.1 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
compreensão do sentido de referência da tensão e da corrente
do bipolo elétrico. O sentido de referência para a tensão Dizemos que dois ou mais bipolos estão associados em
(polaridade da tensão) é indicado pelos sinais mais (+) e menos série quando o terminal de entrada de um bipolo está ligado ao
(-) localizados próximos aos terminais A e B, e o sentido da terminal de saída do anterior.
corrente elétrica é indicado pela seta, como mostra a figura.
Então, dada a polaridade para a tensão, convencionou-se o A B C D
seguinte:

 A tensão do dipolo é positiva sempre que o potencial U U U


AB BC CD
elétrico do ponto A for maior que o potencial elétrico do
ponto B, sendo ambos os potenciais medidos a partir do  Características:
mesmo nível de referência. Sendo VA o potencial no ponto
A e VB o potencial no ponto B, a diferença de potencial, • Todos os bipolos da associação são percorridos pela
como já sabemos, é: mesma intensidade de corrente elétrica (um único caminho
UAB = VA – VB para as cargas).
• A diferença de potencial total entre os terminais da
 A corrente de bipolo i é positiva sempre que um fluxo de associação (UAD) é igual à soma das diferenças 7 de
cargas positivas entra por A e sai por B (sentido potenciais em cada bipolo elétrico:
convencional).
UAD = UAB + UBC + UCD
Sempre que formos medir o potencial elétrico,
necessitamos de um ponto de referência. O potencial terra por (VA – VD) = (VA – VB) + (VB – VC) + (VC – VD)
convenção é 0V. Já vimos que a tensão é a medida da
diferença de potencial entre dois pontos. Então quando dizemos Isto é, a d.d.p. total entre os terminais é igual a soma das
quedas de potencial em cada bipolo elétrico.

39
energia cinética fornecida pelo campo elétrico aos elétrons
transferida à estrutura de íons do condutor. Esta energia
perdida pelos elétrons é convertida em energia térmica que se
observa no aquecimento do condutor. Essa conservação de
energia que é responsável pelo aquecimento do condutor na
passagem de uma corrente elétrica é chamada de Efeito Joule.
10.1.2 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO

Dizemos que dois ou mais bipolos elétricos estão 10.3 RESISTÊNCIA ELÉTRICA
associados em paralelo quando todos os seus terminais de
entrada estão ligados em um ponto, e os terminais de saída Suponha um condutor AB ligado a uma bateria, como
estão ligados a outro. Observe: mostra a figura: i
i1
A B
i2
A B
i - +
i3

Bateria
Os pontos A e B são chamados de Nós (ponto de ligação
de dois ou mais condutores). Como vimos, a soma das Sabemos que uma bateria estabelece uma diferença de
correntes i , i e i é igual a corrente i: potencial UAB nas extremidades do condutor,
1 2 3
conseqüentemente uma corrente i passará através dele. A
i=i+i +i oposição devido as colisões internas das cargas móveis com os
1 2 3 átomos ou moléculas do condutor poderá ser maior ou menor,
dependendo da natureza do condutor. Claro que a corrente
 Características: elétrica será maior ou menor dependendo desta oposição. Para
• Todos os elementos associados em paralelo estão caracterizar esta oposição que um condutor oferece à
submetidos à mesma diferença de potencial (U ). passagem de corrente elétrica através dele, define-se uma nova
AB
grandeza, chamada resistência elétrica R, do condutor da
• A soma das correntes que chegam em um nó é igual à
seguinte maneira:
soma das correntes que saem do nó.
U
R = AB
i
10.2 EFEITO DE JOULE
Unidades – No Sistema Internacional (SI) temos:
Num fio condutor, por exemplo o cobre, os elétrons livres 1 volt (V)
movem-se aleatoriamente com velocidade média da 106m/s, [R] = = 1 ohm (Ω)
1 ampères (A)
devido a agitação térmica. Neste movimento ocorre diversos
choques dos elétrons com os átomos do condutor. Quando o
condutor é submetido a um campo elétrico, rapidamente no Observe que um condutor não precisa ter o quociente
condutor teremos um movimento ordenado lento. acima constante, ou seja, sua resistência pode variar com a
corrente, temperatura, etc. É o caso, por exemplo do condutor
8 cuja a representação gráfica de U em função de i é:
U (V)

20

10

0 5 20 i (mA)
O campo acelera os elétrons em um sentido preferencial,
adquirindo velocidade , e com isso, energia cinética. Mesmo
que submetido ao campo elétrico, sua velocidade de Observe que a resistência desse condutor diminui quando a
deslocamento não cresce indefinidamente, devido aos corrente aumenta.
constantes choques com a rede metálica do condutor, que Da mesma forma que temos a resistência elétrica, temos
passa a vibrar com amplitude constante. Quanto maior for o também a condutância elétrica de um condutor, representada
número destes choques, maio é a oposição que a estrutura por G, que é o inverso da resistência:
oferece ao “arrastamento” dos elétrons e com isto, maior é a
40
1 Considere um resistor mantido a uma temperatura constante
G=
R (ρ= constante). Estabelecendo uma diferença de potencial U em
seus terminais, uma corrente i circulará no resistor:
No sistema internacional (SI), a condutância elétrica é
medida em siemens (S). i R
1 A (+) B(-)
Condutância = = 1S
resistência (Ω)
U
Definimos o resistor como sendo um bipolo elétrico cuja sua
função é exclusivamente converter a energia elétrica em Como vimos a potência elétrica recebida e liberada por
qualquer bipolo elétrico, e em particular o resistor é dada por:
energia térmica (efeito joule). O resistor é representado pelo
símbolo abaixo:
R P=U.i
Mas no resistor, sabemos que U = Ri, então:
P = U . i = R . i . i = R . i2
10.5 LEI DE OHM. ou
U U2
O cientista alemão Georg Ohm, no século passado, P=U.i=U. =P=
R R
realizou uma série de experiências medindo a d.d.p. aplicada a
São as equações que fornecem a potência dissipada num
um condutor e a corrente que nele era estabelecida. Ele
resistor.
percebeu que ao variar a d.d.p. a corrente também variava e
A quantidade de energia que o resistor consegue liberar é
observou que para certos materiais, principalmente os metais, a
função da área livre do resistor, que normalmente ficar em
relação entre a voltagem e a corrente era constante, isto é:
contato com o ar. Observe que, se o resistor for muito pequeno,
U1 U 2 U 3 U
= = = ... , Ou seja, = constante a quantidade de energia liberada será também pequena e vice-
i1 i2 i3 i versa. Os resistores são construídos com diferentes potências.
Mas U/i é o valor da resistência elétrica R do condutor. Ohm Os tamanhos mais comumente fabricados são 1/8W, 1/4W,
concluiu que aqueles condutores tinham o R = constante. Os 1/2W, 1W e 2W.
condutores que obedecem a esta lei são chamados de
condutores ôhmicos.
Exercícios Resolvidos
ATENÇÃO: Não podemos esquecer que existem materiais que 1 Um resistor tem uma resistência de 100π, sob uma d.d.p. U
não obedecem a lei de Ohm, isto é, quando modificamos a = 80V. Calcule a intensidade de corrente que atravessa o
voltagem, modifica-se o valor da resistência do condutor, pois a resistor.
resistividade do material é alterada pela modificação na Solução:
Usando a lei de Ohm temos U = Ri
voltagem. Claro que U = Ri é válida quer o condutor seja ôhmico
U 80
ou não. Se o condutor for ôhmico, o valor de R é constante, i= = = 0.8A
enquanto que para um condutor não ôhmico, o valor de R R 100
variará com a voltagem.
2 Um resistor tem uma resistência elétrica de 40π e é
percorrido por uma corrente elétrica de 2,0A. Sabendo disto,
Para condutores ôhmicos, o gráfico da voltagem em função determine:
da corrente está representado abaixo: a) A potência elétrica consumida pelo resistor durante um
U intervalo de tempo qualquer;
b) A energia elétrica consumida pelo resistor no intervalo
U de tempo de 40s.
2

Solução:
U
1 a) R = 40Ω, i = 2,0A P = Ui = Ri2 = 40x22 = 160W.
E
b) P = ⇒ E = P . ∆t = 160 . 40 = 6400J
0 i
1
i
2
i ∆t

3 A resistência elétrica de um resistor é 60π. Cortando-se um


10.6 POTÊNCIA DISSIPADA. pedaço de 6m do fio, verifica-se que a resistência do resistor
agora passa a ser 10Ω. Calcule o comprimento inicial total
do resistor.

41
4 4 A resistência de um condutor independe da corrente
que o percorre.

4 (UFPE) Um fio de cobre foi partido em dois pedaços de


Solução: x comprimento L1 = 2,0 m e L2 = 3,0 m. Determine a razão
x R2/R1 entre as resistências elétricas dos dois pedaços.
R1 = ρ a) 3/8 b) 4/9 c) 12/9
A
A d) 3/2 e) 9/4
e
5 (AFA) Um resistor de 10Ω é ligado a uma bateria de 10V por
A meio de um fio. Se o raio do fio é de 3mm, a quantidade de
( x − 6) carga elétrica que atravessa uma secção do fio por unidade
R2 = ρ de tempo e por unidade de área em (C/s cm2) é
A aproximadamente:
(x-6)m a) 3,54 b) 35,40 c) 354,00
d) 3540,00
R1 R2 60 10
= ⇒ = ⇒ x = 6( x − 6)
x ( x − 6) x ( x − 6) 6 (Unisinos- RS) Para alterar o consumo das lâmpadas de
x = 6x - 36x ⇒ x - 6x = -36 ⇒ -5x = -36 100W para 90W sem alterar a tensão da rede, o fabricante
pode substituir o filamento da lâmpada por outro de:
36
x= = 7,2m I. Mesmas dimensões, porém de material com
5
resistividade maior.
II. Mesmo material e mesmo diâmetro, porém de
comprimento maior.
III. Mesmo material e mesmo comprimento, porém de
diâmetro menor.
1 (AFA) Uma corrente elétrica i é estabelecida num condutor Das afirmativas:
ôhmico de resistência R, quando nele aplicamos uma a) Somente I é correta.
diferença de potencial V. Podemos afirmar que R é: b) Somente II é correta.
a) Independente de V e i.
c) Somente I e II são corretas.
b) Diretamente proporcional a i.
d) Somente I e III são corretas.
c) Diretamente proporcional a V.
e) I, II e III são corretas.
d) Inversamente proporcional a V.
7 (UPE) A foto mostra uma resistência típica de um chuveiro
2 (Unip-SP) O gráfico representa a tensão elétrica (diferença
elétrico que tem as modalidades “MORNA”, “QUENTE” e
de potencial) em função da intensidade de corrente elétrica
“SUPERQUENTE”.
em um resistor. Se o resistor for submetido a uma tensão
elétrica de 4,0V, a sua potência elétrica será de:
U(V)

20

0 10 i(A) Os pontos de ligação à tensão de 220 volts,


correspondentes a essas três opções, são, respectivamente:
a) 200W b) 8,0W c) 2,0W
a) AB, AC, BC; b) AC, AB, BC; c) BC, AC, AB;
d) 4,0W e) 40W
d) AC, BC, AB; e) AB, BC, AC.
3 (UNICAP) Em um chuveiro elétrico, existe a inscrição 2200W
- 220V. [Informação para as proposições A, B e C] 8 (UFPE) Um fio resistência R=1000W dissipa uma potência
I II de 160 W, quando submetido a uma determinada diferença
0 0 A corrente máxima suportada pelo chuveiro é 10A. de potencial. Calcule, em Coulombs, a quantidade de carga
1 1 1Sua resistência é 22Ω. que passa numa secção reta desse fio a cada 60 segundos.
2 2 Durante 10 horas de operação, o chuveiro consome
9 (UFPE) Um aquecedor elétrico ligado em 220 V faz a água
22 kWh de energia.
contida num recipiente ferver em 12 minutos. Quanto tempo,
3 3 A resistência de um condutor independe de suas
em minutos, será necessário para ferver a mesma
características geométricas, dependendo apenas do
quantidade de água se o aquecedor for ligado em 110 V?
material que o constitui.
42
10 (AFA) Uma pequena esfera condutora, isolada 3 (UFPE) Alguns cabos elétricos são feitos de vários fios finos
eletricamente, é carregada com uma quantidade de carga Q. trançados e recobertos com um isolante. Um certo cabo tem
Em seguida essa esfera é aterrada através de um resistor de 150 fios e a corrente total transmitida pelo cabo é de 0,75A
0,25Ω. A carga da esfera é descarregada em 0,5 s através quando a diferença de potencial é 220V. Qual é a resistência
da resistência, que dissipa uma potência de 0,5 W. A carga de cada fio individualmente, em kW?
Q, em coulomb, vale:
a) 2 b) 4 c) 2 4 (ITA) Duas lâmpadas incandescentes têm filamento de
mesmo comprimento, feitos do mesmo material. Uma delas
d) 2 /2 obedece às especificações 220V, 100W e a outra 220V,
50W. A razão m50/m100 da massa do filamento da segunda
11 (UFV-MG) O filamento de uma lâmpada incandescente, para a massa do filamento da primeira é:
ligada a uma tomada de 120 V, possui uma resistência de
a) 1,5 b) 2 c) 2
200W. Sendo R$ 0,20 o custo do quilowatt-hora, quando a
lâmpada permanecer acesa durante 100 horas, o valor gasto d) 2 /2 e) 0,5
em reais será de:
a) R$ 1,60 b) R$ 2,40 c) R$ 4,00 8 Um calorímetro contém 1 Kg de água a 20° C. Uma
d) R$ 1,44 e) R$ 4,80 resistência de 10Ω está imersa na água, sendo ligada a uma
fonte de 100 V. Calcular o tempo que a água levará para
12 (F.C Chagas-RJ) Um fio de resistência elétrica igual a 50W é entrar em ebulição (100° C). Adotar: 1 cal = 4 J, cágua = 1
submetido a uma diferença de potencial de 20 V. Qual a cal/g°C.
energia dissipada no fio em um minuto?
a) 2,5 J b) 4,8 J c) 8,0 J 9 Num calorímetro (C = 5,0 cal/º C) a 10º C, encontram-se em
d) 480 J e) 1000 J equilíbrio térmico, 300 g de alumínio (c = 0,20 cal/gº C), 0,50
Kg de água (c = 1,0 cal/gº C) e um aquecedor de capacidade
13 (AFA) Determine a resistência, em W, de um condutor de térmica desprezível que traz a inscrição 220 V – 2373 W.
dissipa 1000 cal/s, ligado a uma diferença de potencial de 50 V. Adote 1 cal = 4,2 J. Após ligarmos corretamente esse
Dado: 1 cal = 4,18 J aquecedor e admitindo que não haja dissipação de calor, o
a) 0,10 b) 0,30 c) 0,60 tempo necessário para que a temperatura do conjunto varie
d) 0,90 de 20% é:
a) 1,97 . 10²s b) 2,0 . 10s c) 2,0 . 10s
d) 2,0s e) 2,0min

1. A 2. B 3. VVVFF 4. D
5. 6. E 7. D 8. 24C 1. A 2. 25 3. E 4. 320s
9. 48 10. 11. D 12. D 5. D
13. C

10.6 ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS

1 (Unifor- CE) Um fio metálico, de comprimento L e resistência Como o valor da resistência de um resistor é padronizado,
elétrica R, é estirado de forma que seu novo comprimento nem sempre é possível obter certos valores de resistência.
passa a ser 2L. Considere que a densidade e a resistividade Associando-se convenientemente resistores entre si, podemos
do material permaneçam invariáveis. À mesma temperatura, obter o valor que quisermos.
sua nova resistência elétrica será: Chama-se de resistor equivalente a um resistor que pode
a) 4R. b) 2R c) R. substituir uma associação de resistores, sem que o resto do
d) R/2. e) R/4. circuito note diferença. Uma outra aplicação para a associação
de resistores é uma divisão de uma tensão, ou a divisão de uma
2 (UFPR) A área de uma seção transversal do filamento de corrente
uma lâmpada de 40W/200V é de 2,8 x 10 - 4 mm2, e seu .
comprimento igual a 20cm. A resistividade do filamento
depende da temperatura. Na temperatura ambiente 10.6.1 ASSOCIAÇÃO SÉRIE
(lâmpada desligada) ela vale 5,6 x 10- 8 Wm, e a resistência
do filamento é R1. Quando a lâmpada está ligada, a Resistores estão em série quando a corrente que passa por
temperatura aumenta muito, e a resistência do filamento é um for a mesma que passa pelo outros. A figura (a) mostra uma
R 2. Calcule a razão R2 /R1. associação série e a figura (b) a resistência equivalente.

43
IT = I1 + I2 + I3 (Eq 3.6)
como

UT U U
I1 = , I2 = T , I3 = T
R1 R1 R3

Substituindo na equação 3.6 resulta:

UT UT UT  1 1 1 
IT = + + =UT  + +  (Eq 3.7)
R1 R 2 R 3  R1 R 2 R 3 
Da figura tiramos que
No equivalente
UT 1
UT = U1 + U2 + U3 (Eq 3.1) IT = = UT ⋅ (Eq 3.8)
a soma das tensões nos resistores da associação é igual à RE RE
tensão total. Podemos verificar que uma associação série divide
uma tensão. Essa conclusão que chegamos é intuitiva, mas Comparando as equações 3.7 e 3.8 resulta:
como veremos mais adiante esta é uma das leis de Kirchhoff
(2ª). 1 1 1 1
Da figura temos ainda que: = + + (Eq 3.9)
RE R1 R 2 R 3
I1 = I2 = I3 = IT (Eq. 3.2)
Conclusão: em uma associação paralela, o inverso do resistor
Em cada resistor da associação, usando a 1ª Lei Ohm, equivalente é igual à soma dos inversos dos resistores da
teremos: associação.
U1 = R1.IT, U2 = R2.IT, U3 = R3.IT
Racionando com condutância a expressão 3.9 resulta:
que substituindo na equação 3.1 resulta:
GE = G1 + G2 + G3
UT = R1.IT + R2.IT + R3.IT = (R1 + R2 + R3).IT (Eq 3.3)
Da mesma forma que na associação série, a potência
No resistor equivalente: dissipada no equivalente é igual á soma das potências
UT = RE.I (Eq 3.4) dissipadas nos resistores da associação.

Comparando as equações 3.3 e 3.4 resulta: PE = P1 + P2 + P3

RE = R1 + R2 + R3 No caso de dois resistores em paralelo, a expressão 3.9 fica


reduzida a
10.6.2 ASSOCIAÇÃO PARALELA R ⋅R
RE = 1 2
R1 + R 2
Em uma associação paralela, a tensão em todos os
resistores é a mesma, a corrente é que se divide. Na figura (a), E no caso de n resistores iguais a R em paralelo, o
temos uma associação paralela de três resistores, e na figura (b) equivalente será igual a:
o resistor equivalente da associação.
R
RE =
n

Se os resistores não forem ambos lineares, dadas suas


características no plano (v, l), a característica do resistor
equivalente é obtida por adição das ordenadas (correntes)
correspondentes a cada abscissa (tensão), como se mostra na
figura abaixo.

Da figura (a) obteremos:

U1 = U2 = U3 = UT (Eq 3.5)
e

44
Característica do resistor equivalente à associação paralela
Exercícios Resolvidos
10.6.3 CURTO- CIRCUITO
1 Qual a resistência equivalente da associação abaixo:
Considere dois resistores R1 e R2 ligados em série e ligue entre
os pontos A e B um fio de resistência desprezível como mostra a
figura: A 1Ω 2Ω

A R1 R2 B 6Ω 2Ω

Sendo R3 a resistência do fio desprezível, podemos escrever R3 Solução:


. B 1Ω 2Ω

= 0. Calculando a resistência equivalente da associação temos: A 1Ω 2Ω


Os resistores enlaçados
na figura estão em série:
Onde R4 = R1 + R2 Ω 6Ω 2Ω

1
=
1
+
A
1
R eq R 3 R 4
R4 B
R .R R .0
⇒ R eq = 4 3 = 4
R4 +R3 R4 + 0
=0
R=2+2+2
R = 6Ω
. B 1Ω 2Ω

Req = 0
Podemos concluir que o fio ligado entre A e B serviu para A 1Ω
anular as participações das resistências R1 e R2 no circuito. Agora os resistores
Dizemos que se estabeleceu um curto- circuito entre os pontos A Enlaçados estão em 6Ω
e B. Fisicamente podemos tentar compreender se pensarmos paralelo. 6Ω
que a corrente elétrica terá preferência em percorrer um 1 1 1 2
caminho que não haja nenhum tipo de obstrução. A corrente = + = ⇒ R = 3Ω B
R 6 6 6
elétrica passará livremente pelo fio não sendo afetada pelas
resistências de forma que, é como se não existisse nenhuma
resistência elétrica entre os pontos A e B. Então os pontos A e B
são chamados de coincidentes, possuem o mesmo potencial (VA
= VB).
Observe que agora
A . 1Ω

1Ω
3Ω
10.6.6 FUSÍVEL

Chamamos de fusível um dispositivo que normalmente é


associado em série a um circuito elétrico com a finalidade de
Todos estão em série:
Req = 1 + 3 + 1 = 5Ω
.
B 1Ω
protege-lo. O fusível é constituído basicamente por um condutor
com baixo ponto de fusão, isto é, um material que se rompe com
grande facilidade quando a uma brusca variação da corrente 2 Entre os terminais A e C a tensão é 200V. Observe a figura:
elétrica. Quando isto acontece, o condutor do fusível funde- se, R2
interrompendo a passagem de corrente elétrica.
A representação simbólica de um fusível f num circuito
elétrico está representada na figura abaixo:
. .
A R1 B i3
i2
C

R f i1 R3

.
Dados:

. R1 = 20Ω, R2 = 6Ω e R3 = 4Ω. Calcule:


a) A intensidade da corrente i1.
b) A diferença de potencial entre os pontos B e C.
c) As intensidades das correntes em i2 e i3.
Solução:
a) Entre os pontos B e C temos resistores em paralelo que sua
equivalente vale:

45
1 1 1 5 12 5 (UFPE) No circuito abaixo, o valor de cada resistência é R
= + = ⇒ R BC = Ω então temos: = 2,0 Ω, e a diferença de potencial da bateria é 12 V. Qual o
R BC 6 4 12 5

. . .
A R1 B RBC C
valor da corrente elétrica que passa através da bateria?

a)
b)
1,0 A
2,0 A
R

c) 3,0 A
VAC = RAC i1 12V R R
d) 4,0 A
200 e) 5,0 A
5 1000
200 = (20+12/5)i1 ⇒ i 1 = 112 = 200 . = A
5 112 112 6 (UFPE) Determine a corrente no resistor de 60 Ω do circuito
abaixo, em ampères.
b) VBC = RBC i1=
12 1000 12 . 200 2400
. = = V ε
5 112 112 112
2400 400
c) VBC = R2 i2 ⇒ = 6 . i2 ⇒ i2 = A
112 112
6A 40 Ω 60 Ω
VBC = R3 i3 ⇒
2400
= 4 . i3 ⇒ i3 =
600
A
17
112 112

12 Ω
7 (UFPE) A figura abaixo representa um trecho de um circuito
elétrico. A diferença de potencial entre os pontos A e B é
20V. Qual é o valor da resistência R, em ohms?
1 (AFA) Nove fios de cobre, cada um de comprimento L e
diâmetro d, e resistência R, são ligados em série, formando a) 0,5 8i 0,5 Ω
um único condutor, com resistência total Rt. O diâmetro D de b) 1,5
um único fio de cobre, de comprimento também L, para se c) 2,5
obter a mesma resistência total deve ser: d) 3,5 A B
d d d R 0,5 Ω
a) b) c) e) 4,5
2 3 4
d i
d)
5 8 (UFPE) No circuito abaixo, qual a diferença de potencial, em
volts, entre os pontos E e S?
2 (UFPE) As lâmpadas de natal estão ligadas de forma que,
6,0 Ω
mesmo que uma queime, todas as outras continuam acesas.
Podemos afirmar com certeza que: 9,0 Ω
a) Todas as lâmpadas têm resistências diferentes.
b) As lâmpadas têm resistências diferentes. E S
c) Todas as lâmpadas estão ligadas em paralelo. 8,0 A 6,0 Ω 8,0 A
d) Todas as lâmpadas estão ligadas em série.
e) Metade das lâmpadas estão em série e metade em
paralelo. 12,0 Ω

9 (UFPE) Qual a potência, em watts, dissipada na resistência


3 (AFA) A queda de tensão através de uma associação em de 2,0Ω do circuito da figura abaixo?
série de resistências é de 5V. Quando uma nova resistência 12 V
de 2 Ω é colocada na associação inicial, mantendo-se a 1,0 Ω 2,0 Ω
mesma diferença de potencial, a queda de tensão na
associação inicial cai para 4V. O valor, em ohms, dessa
associação de resistências do conjunto inicial é de:
a) 2 b) 4 c) 6 10 (UFPE) No circuito abaixo, cada resistor tem uma resistência
d) 8 elétrica igual a R e a corrente total do circuito é igual a I. A
relação entre as correntes I1, I2 e I3, em cada um dos ramos
4 (UPE) Tem-se uma boa quantidade de resistores de 10Ω e do circuito, é:
uma bateria de 1000 V. Desejamos ligar alguns dos
resistores em série de modo que cada um seja atravessado
pela corrente de 10 A. Neste caso precisamos de:
a) 1 resistor b) 10 resistores c) 100 resistores
d) 1000 resistores e) 10000 resistores

46
R i1 a) apenas D1
b) apenas D1, e D2
c) apenas D1, D2 e D3
d) todos os dispositivos
i R R i2 e) nenhum dispositivo
R
15 (UFPB) Para o circuito ao lado, determine em volts, a
R i3
diferença de potencial entre as extremidades do resistor de
2Ω .
a) I1 = I2 = I3 b) I1 =2I2 = 2I3 c) I1 =2I2 = 4I3
d) I2 =2I1 = 4I3 e) I3 =2I1 = 4I2

11 (UFPE) No trecho ab do circuito elétrico mostrado abaixo, a


corrente io vale 22mA. Qual o valor da corrente que passa na
resistência R, em mA?
R 16 (UFPB) No circuito ao lado, a potência dissipada pelo
resistor de 20Ω vale 5W. Determine:

io .a
2R
.b
io

3R

12 (UFPE) No circuito da figura, R = 2,0 Ω e ε = 4,0V.


Determine, em watts, a potência fornecida pela bateria ao
circuito quando a chave C está fechada. a) a potência dissipada pelo resistor de 10Ω;
C
b) o valor da resistência r.

17 (UFPE) Normalmente os chuveiros elétricos possuem duas


posições para o controle de temperatura da água: INVERNO
ε R R R R R R R R e VERÃO. A resistência correspondente à posição
INVERNO é quatro vezes menor que aquela correspondente
à posição VERÃO. Qual a economia percentual no consumo
de energia elétrica feita por uma pessoa que usa o chuveiro
na posição VERÃO, comparada a outra que usa o chuveiro,
13 (UFPE) A resistência do “termistor” R do circuito abaixo varia durante o mesmo tempo na posição INVERNO.
com a temperatura de acordo com o gráfico ao lado. Com o a) 35% b) 45% c) 55%
termistor em equilíbrio térmico, no interior de uma estufa, o d) 56% e) 75%
amperímetro mede uma corrente de 30 mA. Qual é a
temperatura da estufa em graus Celsius? 18 (UFPE) O circuito abaixo ilustra as resistências elétricas de
um chuveiro elétrico residencial, onde a chave C permite
R (Ω)
20 Ω ligar nas posições “INVERNO” e “VERÃO”. Quando a chave
120
está na posição A a potência consumida pelo chuveiro é 4
100 kW. Qual deve ser o valor da resistência R2, em Ohms,
80 para que o chuveiro consuma 3 kW quando a chave
3,0V R
estiver na posição B?
60
R1 R2
40

A 20

AMPERÍMETRO 0
0 20 40 60 80 100 T (OC)
A B
14 (UFPB) A figura ao abaixo representa a ligação de quatro
dispositivos D1, D2, D3 e D4 de mesmas resistências e que C
suportam, sem se danificarem, correntes elétricas máximas 220 V

de 2A, 3A, 5A e 8A, respectivamente. Se chegar ao ponto P


do circuito uma corrente de 25A, será (ao) danificado(s).

47
19 (UPE) Três resistores, de mesma resistência R devem ser
associados de maneira que, quando ligarmos a uma pilha 10.7 CAPACITORES
ideal, dissipem o máximo de potência. Para isso, devemos
associá-los: Na apostila 1 de capacitores vimos os tipos de capacitores,
a) Em série seus componentes e sua utilidade. Vamos ver agora como eles
b) Em paralelo podem ser associados.
c) Dois paralelos e estes em série com o terceiro
d) De qualquer maneira, pois a potência independe do 10.7.1 ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES.
arranjo.
e) Dois em série e estes em paralelo com o terceiro. Da mesma forma que os resistores, os capacitores podem
ser associados em série, em paralelo e em mista.
20 (AFA) Duas lâmpadas, uma L1 de resistência R1 e outra L2 de
resistência R2, sendo R1 > R2, são ligadas em paralelo e em Associação em série- Nesta associação a armadura
série. Respectivamente, para cada ligação,a lâmpada mais negativa de um capacitor está ligada na armadura positiva do
brilhante será: seguinte:
a) L1 e L2
d) L1 e L1
b) L2 e L1 c) L2 e L2

21 (UPE) A uma tomada de 220 volts são ligadas, primeiro em


.+
+
+
+
C1
-
-
-
+
+
+
C2
-
-
-
C3
+ -
+ -
+ -
- .
+ - + - + -
série, depois, em paralelo, duas lâmpadas com as seguintes
+Q -Q +Q -Q +Q -Q
características:
A: 220 volts – 60 watts; B: 220 volts – 40 watts
U1 U2 U3
Assinale das seguintes afirmações qual a correta. Observe que o potencial total é a soma dos potenciais em
a) As duas lâmpadas brilharão igualmente nos dois casos. cada capacitor:
b) Na ligação em série a lâmpada A brilhará mais. Na U = U1 + U2 + U3 (I)
ligação em paralelo a lâmpada B brilhará mais. E que quando o primeiro capacitor se carrega com uma
c) Na ligação em série a lâmpada B brilhará mais. Na carga Q, todos os outros estarão carregados com a mesma
ligação em paralelo a lâmpada A brilhará mais. carga Q. Este fato é devido a indução de uma placa sobre a
d) A lâmpada A brilhará mais nos dois casos. outra do capacitor. A carga +Q que é comunicada a associação,
e) A lâmpada B brilhará mais nos dois casos. chega até armadura do primeiro capacitor. Esta induz –Q na
outra armadura do capacitor. Com isso a carga +Q escoa para a
22 (AFA) Um chuveiro submetido a tensão constante, pode ser primeira armadura do segundo capacitor, que induz –Q em sua
regulado para fornecer água em maior ou menor Segunda armadura, e assim sucessivamente.
temperatura (inverno e verão, respectivamente). A Capacitor equivalente em série- é aquele que eletrizado
resistência elétrica do chuveiro: com mesma carga Q da associação, suporta entre seus
a) Não tem relação com o aquecimento da água. terminais a mesma d.d.p.
b) É maior, quando se deseja água mais aquecida. Ceq
c) É maior, quando se deseja água menos aquecida. + -
d) É menor, quando se deseja água menos aquecida.
.+ + -
+Q + - -Q
+ -
.
-

U
1. B 2. C 3. 4. B
5. D 6.04 7. D 8. 48 Lembre que
9. 32 10. E 11. 12 12. 64
13. 67 14. C 15. 16V 16. a) 10W Q = CU então Q = CeqU
b) 20Ω Q = C1U1
17. E 18. 4 19. B Q = C2U2
Q = C3U3

Substituindo em (I) temos:


Q Q Q Q 1 1 1 1
= + + ⇒ = + +
C eq C 1 C 2 C 3 C eq C 1 C 2 C 3

O inverso da capacitância do capacitor equivalente em série


é igual a soma dos inversos das capacitâncias de todos os

48
capacitores. Perceba que a equação para a capacitância do Perceba que a equação da capacitância do capacitor
capacitor equivalente em série é igual à resistência equivalente equivalente em paralelo é igual à resistência equivalente em
em paralelo. série.
Associação em paralelo- Nesta associação as armaduras
com cargas positivas estão ligadas entre si, apresentando o Associação mista- Da mesma forma que em resistores, a
mesmo potencial, e as armaduras com cargas negativas estão mista é uma associação que contém as duas associações que já
ligadas também entre si com o mesmo potencial diferente do sabemos (série e paralelo). Para calcular a capacitância
primeiro. Observe a figura: equivalente, precisamos identificar os capacitores que estão em
série e em paralelo e calcular parte por parte.
+ Q1 - Q1 C2
C1
+ - C1
+ -
+ - C3

A
+
. Q Q2 +
+
+
+
- Q2
- C2

-
-
.B
- Exercícios Resolvidos
1 Considere três capacitores como mostra a figura:
Q3 +
+
+
+
- Q3
- C3
-
-
. . . .
A C1 B C2 C C3

C1 =4µF , C2 = 10µF e C3 = 20µF


D

U Sabendo que foram fornecidas 20mC à associação, calcule


Agora podemos observar que todos os capacitores a carga e a d.d.p. em cada capacitor, a d.d.p. de toda a
apresentam a mesma diferença de potencial.
associação, a capacitância do capacitor equivalente e a
energia potencial elétrica de toda a associação.
U = VA - VB
Sabemos que a carga é a mesma para todos os capacitores
A carga Q fornecida à associação é dividida em três partes: pois a associação é em série. Então Q = 20mC.
Q1, Q2, e Q3, onde:
Sendo Q = CU, temos:
Q = Q1 + Q2 + Q3 (II)
Q 20 . 10 -6
Capacitor equivalente em paralelo- Da mesma forma que UAB = = = 5V
C1 4 . 10 - 6
em série, é um capacitor que com a mesma carga, suporta a
mesma d.d.p. entre os seus terminais. Q 20 . 10 -6
UAl = = = 2V
C2 4 . 10 - 6
+Q -Q
Q 20 . 10 -6

. .
+ - UAD = = = 1V
+ - C3 4 . 10 - 6
+ -
+ - UAD = 5+2+1=8V pois estão em série
Ceq 1 1 1 1 1 1 1 5 + 2 +1 8
= + + = + + = =
C eq C 1 C 2 C 3 4 10 20 20 20
U
20 10 5
Ceq = = = = 2,5
Substituindo a definição de capacitância em (II), temos: 8 4 2

CeqU = C1U + C2U + C3U A energia de toda a associação é a energia do capacitor


equivalente W = QUAD/2
Ceq = C1 + C2 + C3
20.10 −6 .8
W= = 80.10 − 6 J
A capacitância do capacitor equivalente em paralelo é igual 2
a soma de todas as capacitâncias de todos os capacitores.

49
21
6 (UFPE) No circuito abaixo os capacitores de placas paralelas
C1 e C2 têm placas de mesma área separadas pelas
distâncias d1 e d2, respectivamente. Muito tempo após a
1 (UFPB) A capacitância equivalente à associação de
chave S ter sido fechada, as cargas nas placas desses
capacitores iguais de capacitância C, descrita pela figura ao
capacitores já atingiram seus valores máximos, Q1 e Q2
lado, é
respectivamente. Se d2 = 2d1, determine o valor da razão
Q1 / Q2 .

a) C/2 b) C c) 3C/2
d) 2C e) 3C C1 d2 S
d1 C2
2 A capacidade do condensador equivalente à associação
mostrada na figura é:
a) 2C/3
b) C/3
c) 3C/2 C/2
d) 2C
e) 3C
C 1. C 2. B 3. A 4. A
5. D 6. 2

C C C/2

C/2

3 (UFPE) Quando dois capacitores, de capacitância C1 e C2, 1 (ITA) Um catálogo de fábrica de capacitores descreve um
capacitor de 25V de tensão de trabalho e de capacitância
são ligados a uma bateria, como mostrado na figura abaixo,
22000µF. Se a energia armazenada neste capacitor se
adquirem cargas Q1 e Q2, respectivamente. Sabendo que
descarrega num motor sem atrito arranjando para levantar
C1>C2, assinale a alternativa correta. um tijolo de 0,5Kg de massa, a altura alcançada pelo tijolo é:
a) Q1 > Q2 a) 1Km b) 10cm c) 1,4m
b) Q2 =2Q1 C1 d) 20m e) 2mm
c) Q2 > Q1
d) Q1 < 2Q2
e) Q1 = Q2 .. C2

bateria
2 (UFPE) Aplicando-se uma diferença de potencial de 30V
entre os pontos A e B do circuito abaixo, qual o valor da
soma das cargas armazenadas nos dois capacitores, em
microcoulmbs?
A
C1 = 2,0µF
4 (AFA) Aplica-se uma d.d.p de 10V em uma associação em
série de três capacitores. Sabendo-se que C1 = 2µF, C2 =
2µF e C3 = 4µF, a energia armazenada em µJ, na C2 = 3,0µF
associação e a d.d.p., em volts no capacitor C2 são
B
respectivamente:
a) 40 e 4 b) 60 e 4 c) 40 e 8 3 (UFPE) No circuito abaixo, as capacitâncias valem C1 =
d) 60 e 8
1,0µF e C2 = 3,0µF. Calcule a diferença de potencial, em
5 (AFA ) Um capacitor C1 de 1µF é ligado a uma bateria de 12 volts, entre os pontos A e B.
V para ser carregado. Após a carga, a bateria é desligada, e C1 C2
outro capacitor C2 de 3µF, inicialmente descarregado é
A
ligado em paralelo com C1. A soma das novas cargas dos
capacitores em C será:
a) 3 x 10 b) 6 x 10 c) 9 x 10 100V
d) 12 x 10

B
50
⋅ i, ela é nula quando a d.d.p. nos terminais do gerador é nula (U
4 (ITA) No arranjo de capacitores abaixo, onde todos eles têm = 0; curto-circuito) ou quando a intensidade de corrente é nula (i
1,0µF de capacitância e os pontos A e D estão ligados a um = 0; tensão em aberto).
gerador de 10,0V pergunta-se: qual é a diferença de Na relação acima, fazendo PF = 0, obtemos como raízes da
potencial entre os pontos B e C ? E
equação iI = 0 (tensão em aberto) e i2 = icc = (curto-circuito).
r
Representando graficamente a potência elétrica fornecida ao
circuito externo em função da intensidade de corrente, obtém-se
o gráfico da figura abaixo, uma parábola de concavidade voltada
para baixo, que intercepta o eixo das abscissas (potência
fornecida nula) na origem (i = 0; tensão em aberto) e na corrente
de curto-circuito.

Todos capacitores têm 1,0µF de capacitância.


a) 0,1V b) 10,0V c) 1,8V
d) 5,4V e) outro valor

Observemos que a potência fornecida máxima corresponde


1. C 2. 72 3. 25 4. D ao vértice da parábola e, por simetria, corresponde a uma
corrente de intensidade igual à metade da intensidade da
corrente de curto-circuito:
10.8 GERADOR ELÉTRICO i E E
Pmáx ⇒ i´ = cc Como icc = , vem: i´ =
Basicamente, geradores são dispositivos que convertem 2 r 2r
algum tipo de energia elétrica. Para podermos compreender o
comportamento de um gerador em um circuito, e sabermos os Substituindo na equação característica do gerador, em
seus limites em relação a esse mesmo circuito, definimos o condições de potência fornecida máxima, temos:
modelo do gerador ideal, e sempre que possível procuraremos E
U = E – Ri ⋅ i´ ⇒ U = E – Ri ⋅
impor condições, de forma que o dispositivo real se aproxime do 2R i
ideal. E E
⇒U=E- , logo: U=
10.8.1 GERADOR DE TENSÃO 2 2
Portanto, nessas condições, a d.d.p. U nos terminais do
São os geradores mais usados na prática. Basicamente, são gerador é igual à metade de sua força eletromotriz.
dispositivos que convertem algum tipo de energia em energia O rendimento elétrico do gerador, quando está fornecendo a
elétrica, por exemplo pilhas e baterias, dínamos e alternadores. potência elétrica máxima, vale:
Alguns mantêm a tensão constante entre os pólos, é o caso das
pilhas. Outros apresentam a tensão, variando de intensidade e E E/2
η= η= η = 0,50 = 50%
polaridade ao longo do tempo, é o caso dos geradores das 2 E
hidroelétricas.
Tendo em vista que em condições de potência máxima a
E E
10.8.1.3 POTÊNCIA MÁXIMA FORNECIDA PELO GERADOR d.d.p. é U = e a intensidade de corrente é i´ = , temos:
2 2r
Vimos que a potência elétrica fornecida pelo gerador ao
E E E2
circuito externo no qual será ligado é dada por: PF = U ⋅ i ⇒ Pmáx = ⋅ Pmáx =
2 2r 4r
PF = PM - PD

Mas a potência gerada é dada por PM = E ⋅ i e a dissipada


internamente no gerador por PD = Ri ⋅ i2. Substituindo:

PF = E ⋅ i - Ri ⋅ i2

Essa potência varia, portanto, com a intensidade da corrente


segundo uma equação do segundo grau. Lembrando que PF = U

51
Observações:
1. Se o circuito externo for constituído por um único resistor (c)
de resistência R (figura), a d.d.p. U será dada por U = R ⋅ i.
E E
Substituindo os valores U = e i = , vem:
2 2r
E E
=R⋅ R=i
2 2r

Da associação, tiramos:
UT = U1 + U2 + U3

onde U1 = E1 – Ri1 . l U2 = E2 – Ri2 . l U3 = E3 - Ri3 . l

substituindo na primeira equação, resulta:


Em condições de potência fornecida máxima, R = r
A resistência externa R deve ser igual à resistência interna r UT = (E1 – Ri1 . I) + (E2 – Ri2 . I) + (E3 – Ri3 . I)
do gerador. UT = (E1 + E2 + E3) – (Ri1 + Ri2 + Ri3) . I (Eq. 3.10)
2. No gráfico da equação característica do gerador (U em
função de i), a área do retângulo assinalada na figura, No equivalente obtemos:
correspondente ao ponto médio da reta representativa, é a
medida numérica da potência máxima fornecida ao circuito UT = EE - RiE . I (Eq. 3.11)
externo:
N
ÁREA = Pmáx Comparando as equações de 3.10 e 3.11, concluímos que a
condição de equivalência é que

EE = E1 + E2 + E3 + e RiE = Ri1 + Ri2 + Ri3

Na prática, é mais comum associarmos geradores iguais, de


forma que se tivemos n geradores de f.e.m E e resistência
interna Ri ligados em série, o seu equivalente terá Eeq = n.E e
RiE = n.Ri, observe que a capacidade de corrente não se altera,
A área do retângulo assinalado no gráfico mede isto é, a corrente de curto-circuito de um gerador é igual a E/Ri e
numericamente a potência máxima fornecida a da associação.

10.8.2 ASSOCIAÇÃO DE GERADORES DE TENSÃO n.E E


= é a mesma
n . Ri Ri
Assim como já foi visto com resistores, podemos associar
geradores de tensão em série e em paralelo.
10.8.2.2 ASSOCIAÇÃO PARALELA

10.8.2.1 ASSOCIAÇÃO SÉRIE Associamos geradores de tensão em paralelo quando


desejamos aumentar a capacidade de fornecer corrente. em
Associamos geradores de tensão em série, quando uma associação paralela de geradores, é importante que os
desejamos obter tensões maiores do que aquelas possíveis, geradores tenham a mesma f.e.m, caso contrário o de menor
com um único gerador. f.e.m poderá se comportar como receptor (consumir corrente). A
Na figura (a), temos um exemplo de três geradores (no caso figura (a) e a figura (b) mostram uma associação de três
pilhas) ligados em série. Na figura (b), o circuito elétrico geradores em paralelo e a figura (c) mostra o gerador
equivalente e na figura C o gerador de tensão equivalente. equivalente.
Observe que a corrente que passa nos geradores é a mesma. (b)
(a)
(a) (b)

52
(c) Se multiplicarmos por 1, ambos os membros da equação
característica, obteremos:

U . I = E' . I + Ri . L2

onde U . I = PF = potência elétrica do receptor


Ri . I2 = Pd = potencia dissipada dentro do receptor
E' . I = Pu = potência útil do receptor
Da associação tiramos:
O rendimento será dado por:
IT = I1 + I2 + I3
PU E'. I E'
η% = x 100 = x 100 = x 100
E−U E−U E −U PE U .I U
onde I1 = I2 = I3 =
R i1 R i2 R i3
que substituindo na primeira equação, resulta: Observação:
Quando o motor é travado
E−U E−U E−U  1 1 1  (Eq. 3.12) É muito comum acontecer o bloqueio de um
IT = + + = (E − U) .  + + 
R i1 R i2 R i3 R
 i1 R i2 R i3 
motor por excesso de carga, como no
liquidificador ou na enceradeira elétrica.
No gerador equivalente: Por exemplo, quando se tenta passar a
enceradeira por um assoalho com muita
cera, pode ocorre o bloqueio do motor, pois
EE − U
IT = (Eq. 3.14) as escovas não conseguem girar. da
R iE mesma maneira uma pessoa poderia lotar
um copo de um liquidificador com uma
Comparando a equação 3.12 e 3.14, concluímos que o carga exagerada de frutas e travar as
gerador equivalente deve ter: lâminas cortantes, impedindo o motor de girar.

1 1 1 1 Sempre que o motor é bloqueado, há um aquecimento em


EE = E e = + + ou R iE = R i1 //R i2 //R i3 seus condutores elétricos, e ele pode até queimar.
R il R iI R i2 R i3
Observe como é simples a explicação:
• equação do receptor
10.9 RECEPTOR ELÉTRICO
U’ = E’ + r’ . i
Como já foi definido, um receptador elétrico é um bipolo que
transforma energia elétrica em outro tipo de energia. • com o motor bloqueado, não há geração de f.c.e.m., isto
O circuito elétrico equivalente de um receptor está é:
representado na figura A, e a curva característica está E’ = 0
representada na figura B.
A resistência interna do receptor é R'i, onde é dissipada Assim temos:
energia elétrica em calor. U’ = r’ . i
E' é uma grandeza característica do receptor, chamada de
força contraeletromotriz (f.c.e.m), sendo a responsável pelo Traduzindo: toda a energia fornecida ao motor será
convertida em energia térmica por efeito Joule.
aparecimento da potência útil do receptor.

Da figura A, obtemos a equação característica:

U = E' + R'i.I Exercícios Resolvidos


cuja representação gráfica está na figura (b)
1 Um motor elétrico recebe de um circuito elétrico a potência
(a) (b) de 400W, numa d.d.p. de 50V, dissipando internamente uma
potência de 200W. Qual a força contra- eletromotriz e’ e sua
resistência interna.
Solução:
Pf = 400W
U = 50V
Pd = 200W

53
6 I(A)
Pf =Ui mas Pd = r’i2 a) 2 b) 6 c) 18
d) 72
400 = 50i 200 = r’64
i = 8A r’ = 200/64=25/8W 4 (AFA) O gráfico representa o comportamento de um
receptor. O valor da resistência interna do receptor, em ohm,
Pf = Pu + Pd mas Pu = e’i e a diferença de potencial, em volts, em seus terminais,
400 = Pu + 200 200 = e’8 quando a corrente for 3 A, são, respectivamente.
Pu = 200W e’ = 200/8 = 25V U(V)
27
2 Observando a curva característica de um motor elétrico
calcule a fcem e a resistência elétrica interna desse motor. 20

U (V)

200 10
100

0 20 i (A)
0 5 i(A)
Solução: a) 2 e 16 b) 4 e 18 c) 5 e 20
d) 6 e 10
U = e’+r’i
Observa-se diretamente que e’=100V. Substituindo na 6 (AFA-00) Ligando-se um resistor de 0,10Ω a uma bateria
equação temos com f.e.m de 1,5 V, tem-se uma potência, dissipada no
resistor, de 10W. A diferença de potencial, em Volts, e a
200 = 100 + r’20 resistência interna da bateria em Ω, são, respectivamente:
r’ = 100/20 = 5W a) 1 e 0,05 b) 1 e 0,005 c) 10 e 0,05
d) 10 e 0,005

7 (AFA-01) A queda de tensão através de uma associação em


série de resistências é de 5V. Quando uma nova resistência
de 2 Ω é colocada na associação inicial, mantendo-se a
1 (AFA) Um chuveiro elétrico, quando ligado, tem um mesma diferença de potencial, a queda de tensão na
rendimento de 70%. Se a potência elétrica recebida é de associação inicial cai para 4V. O valor, em ohms, dessa
2000 W, a potência dissipada, em W será: associação de resistências do conjunto inicial é de:
a) 300 b) 600 c) 1000 a) 2 b) 4 c) 6
d) 1400 d) 8

2 (Mack-SP) Um gerador de tensão continua, de resistência 9 (UPE) É dada uma associação em série de 3 elementos de
interna 1W, tem rendimento de 80% quando por ele passa pilha cada um com 1,5 volts de fem e 0,9Ω de resistência
uma corrente de 5 A. A f.e.m. desse gerador é: que, em seguida, é conectada a um resistor de 6,3Ω.
a) 5 V b) 10 V c) 15 V A corrente que percorre o circuito é, em ampères:
d) 20 V e) 25 V a) 0,50 b) 1,58 c) 2,70
d) 4,50 e) 10,00
3 (AFA) Um resistor R é ligado a um gerador representado no
gráfico abaixo. Se a corrente que circula em R é 3 A, a 10 (AFA) Tomemos o circuito abaixo, onde todos os geradores
potência dissipada, em watts, vale: têm a mesma força eletromotriz e a mesma resistência
interna. O valor da intensidade da corrente I que percorre o
U(V) resistor R, é dado por:
r E

12

r E r E

i
r E
0

54
I1 = I2 = I’ e I4 = I3 = I
r
como equilíbrio IG = 0, o ponto B tem mesmo potencial que o
a) 4E/(4r + R) ponto C, isto é,
4 
b) 4E /  r + R  U1 = R1 . I’ = U4 = R4 . I e
 3  U2 = R2 . I’ = U3 = R3 . I
4 
c) 2E /  r + R 
3  dividindo membro a membro as igualdades acima,
d) 2E/(4r + R)
R1 . I' R4 . I R1 R 4
= → = ou R1 . R 3 = R 2 . R 4
R 2 . I' R3 . I R2 R3
12 (UFPE) O circuito abaixo representa uma bateria de 7,5 V e
resistência interna de 0,3Ω , alimentando dois motores com
resistências internas de 2Ω e 3Ω. Qual a corrente em
Ampères que circula no motor de 2Ω ?

Em uma ponte de Wheatstone em equilíbrio, o produto das


resistências opostas é igual. Se uma das resistências é
desconhecida, por exemplo R3, no equilíbrio o seu valor pode
ser calculado por:
14 (UFPE) No circuito elétrico abaixo, qual o menor valor da
resistência R que devemos colocar em paralelo com a R .R
R3 = 2 4
lâmpada de 6,0W, para evitar a queima do fusível de 3,0A ? R1

Se fizermos R1 = R4, o valor de R3 pode ser lido diretamente


na escala do potenciômetro, pois R3 = R2 nestas condições. Se
quisermos precisão na medida de resistência, a resistência
variável R2 deve ser uma década resistiva.
Uma década resistiva é uma resistência variável que varia
a) 8,8 Ω b) 7,8 Ω c) 6,8 Ω em passos de 0,1Ω por exemplo. A figura abaixo mostra o
d) 5,8 Ω e) 4,8 Ω aspecto externo de uma década resistiva. No caso, a resistência
entre os pontos A e B pode variar de 0 a 999,9 Ω de 0,1Ω em
0,1Ω tornando a medida de resistência, usando a ponte
Wheatstone, muito precisa. Na figura, a resistência indicada pela
década é de 139,9Ω.
1. E 2. E 3. C 4. A
5. 6. 7. A 8. C
9. 3 10. E

10.4 PONTE DE WHEATSTONE (MEDIDA DE RESISTÂNCIA)

A ponte de Wheatstone não é só importante na medida de


resistência, em conjunto com outros circuitos, permite a medida Uma variante da ponte Wheatstone é a ponte de fio. Nesta,
de qualquer parâmetro físico como temperatura, deslocamento, os resistores R4 e R3 são substituídos por um condutor
pressão, luz, etc. homogêneo e de secção constante, e o equilíbrio é obtido
A figura abaixo mostra o circuito básico de uma ponte de através de um cursor que desliza sobre o condutor (figura
Wheatstone. Se variarmos R2, podemos obter corrente nula abaixo).
pelo galvanômetro (de zero centrado no meio da escala). Para
esta condição, a ponte é dita em equilíbrio, e podemos escrever:

55
Observe que a d.d.p. entre os terminais do gerador
UAB = ε - ri é a mesma do resistor UAB = Ri. Relacionando as
duas equações temos:

ε - r . i = R . i ⇒ ε = (R + r) i

ε
i= Lei de Ohm- Pouillet.
R+r

Caso o circuito externo corresponda a uma associação de


No equilíbrio (IG = 0) teremos: resistores calculamos a resistência equivalente:

Rx . R4 = R1 . R3 ε r

onde R4 é a resistência do trecho AB e R3 é a resistência do


trecho BC e pela 2ª lei ohm podemos escrever:

ρ . L3 ρ . L4
R3 = e R4 =
S S

portanto Rer
ρ . L4 ρ . L3 ε
Rx . =R1 . ii=
S S R eq + r
resultando:

Rx L4 = R1 . L3 11.2 CIRCUITO GERADOR- RECEPTOR.

Considere o circuito simples constituído de um gerador de


11. CIRCUITOS ELÉTRICOS.
De uma maneira geral denomina-se circuito elétrico o ε
.
fem ε e um receptor de fcem ε’.

conjunto de caminhos que permitem a passagem da corrente


elétrica onde nestes caminhos estão conectados os elementos ε’
do circuito: geradores, receptores, resistores, capacitores.
Quando a corrente só tem um caminho a percorrer, o circuito é r r’
chamado de circuito simples ou malha única.

Circuito simples- è aquele em que todos os seus pontos


são percorridos pela mesma intensidade de corrente i.
.
Sendo ε > ε’ o gerador impõe o sentido da corrente. Perceba
que a d.d.p. é a mesma tanto para o gerador como para o
11.1 CIRCUITO GERADOR- RESISTOR receptor.

Considere o circuito simples constituído por um gerador e U = ε - ri


um resistor: U = ε’ + r’i igualando as duas temos:

ε
A

+
. A ε - ri = ε’ + r’i

ε - ε’ = ( r + r’)i
ε − ε'
i=
ε– R r + r'

Esta relação constitui a lei de Pouillet para o circuito


r

B . B
gerador- receptor.

56
A lei dos nós como nós já vimos diz que, em um nó, a soma
das intensidades de corrente que chegam é numericamente
igual a soma das intensidades de corrente que saem:
11.3 CIRCUITO EM SÉRIE GERADOR- RESISTOR- RECEPTOR.
i3 = i1 + i2
Considere um circuito simples constituído por um gerador,
resistor e um receptor: Lei das malhas- Considere o circuito:

ε .
B
R
C
. r1
. F R1 E

r2
. R2

+ ε3
D
.
ε’
-
+ +
r

.
A . D
r’
ε1 -

A R3
ε2 -

B
. r3

C
.
I Os trechos de um circuito entre dois nós consecutivos são
denominados ramos. A malha é qualquer conjunto de ramos
Observe que UAB = UBC + UCD (I) e que : formando um circuito fechado. A lei das malhas diz que
UAB = d.d.p. do gerador = ε – ri percorrendo-se uma malha em um certo sentido
preferencial, partindo-se e chegando-se ao mesmo ponto do
UBC = d.d.p. do resistor = Ri
circuito, a soma algébrica das diferenças de potencial de
UCD = d.d.p. do gerador = ε’ + r’i todos os elementos do circuito encontrados no caminho, é
nula.
Substituindo em (I) temos:
ε - ri = Ri + ε’ + r’i Para a aplicação da lei das malhas temos que ter cuidado
ε - ε’ = (R + r + r’)i com as tensões. Observe que no resistor a d.d.p. pode ser U =
Ri. Quando a malha é percorrida no sentido da corrente a d.d.p.
ε − ε' é positiva (+) e quando é percorrida no sentido contrário da
i= corrente a d.d.p. é negativa (-).
R + r + r'

Podemos generalizar para um circuito em série contendo i


vários geradores, receptores e resistores:
i (∑ R + ∑ r + ∑ r ' ) = ∑ fem − ∑ fcem .
A
R
.
B
VA>VB
U= VA - VB >0, positivo

∑ fem − ∑ fcem Sentido


i=
∑ R + ∑ r + ∑ r' Percorrido

11.4 LEIS DE KIRCHHOFF

A lei de Pouillet permite determinar a intensidade de corrente


num circuito simples. Quando o circuito não é um circuito
..
A
i

R B
..
VA>VB , U = VB – VA<0, negativo.

33
simples, (possui várias malhas) para a determinação de todas as
correntes recorremos às leis de Kirchhoff: A lei dos nós e a lei
das malhas. Sentido
Lei dos nós- Numa rede elétrica, denomina-se nó o ponto Percorrido
onde a corrente elétrica se divide.
No caso de geradores ou receptores o sinal da fem e da
fcem é o mesmo do sinal de entrada no sentido do percurso
i2

i1 . A
i3
adotado:

57
.
A ε
.
B
Observe que neste caso nós não temos um circuito simples,
mas usando as leis de Kirchhoff podemos calcular
tranqüilamente as correntes i, i1 e i2.

Sentido
Percorrido
VA<VB
U = VA - VB < 0= -ε
.
A i B C

.A . B
ε

r
a
ε’

i1
b
i2

R
Sentido
Percorrido a
VA<VB
U = VB – VA >0 = + ε

Então a malha ABEFA, partindo de A e no sentido e no


.
F
r’

E D
sentido do percurso horário, aplicando a lei das malhas temos: i = i1 +i2 (I)

r1
.
F R1

i2
E

r2
. R2

i3
D

ε3
. Na malha a começando no ponto A temos:
ε’ + r’i1 + ri - ε = 0 (II)

i1 b Na malha b começando no ponto B temos:


Ri2 – r’i1 - ε’ = 0 (III). Com estas três equações podemos
ε1

A
R3
ε2

B
. C
r3
. encontrar as correntes i, i1 e i2.

-ε1 + r1i1 +R1i1 – r2i2 + ε2 + R3i1 = 0


Exercícios Resolvidos
Aplicando a lei das malhas na malha EDCBE a partir de E e 1 (UFPE) No circuito da figura, o amperímetro A e o voltímetro
no sentido de b horário, temos: V são ideais. O voltímetro marca 50 V quando a chave C
r2i3 + e3 +r3i3 - e2 +r2i1 = 0 está aberta. Com a chave fechada, o amperímetro marcará
Das equações obtidas das leis de Kirchhoff podemos a) 0,1 A 100 Ω
determinar as correntes i1, i2 e i3. b) 0,2 A
c) 0,5 A
d) 1,0 A
e) 2,0 A
100 Ω V ε
Obs: Caso encontre um valor de corrente negativo, significa que C
o sentido de corrente que você escolheu, está invertido.
A
Solução:
Quando a chave C está aberta, o circuito apresenta-se da
11.5 CIRCUITO EM PARALELO GERADOR RESISTOR seguinte maneira:
RECEPTOR.

ε
.
Considere o circuito:
i

ε1
i2

Como o circuito acima é formado por 2 resistores iguais e


i1 em série, a tensão é distribuída igualmente entre os 2
r R resistores, de modo que podemos afirmar que ε = 100v

. r’ Com a chave C fechada, o resistor à sua esquerda fica em


curto-circuito; logo o circuito pode ser representado como
segue:

58
.
A ε r
.
B

Pela Lei de Ohm:


U
i= X
R
100 VAB(V)
i=
100 6,0
i = 1A
4,0

2,0
0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 i (A)
1 (UFPE) No circuito abaixo, as resistências R1 e R2 valem,
respectivamente, 20Ω e 10Ω. Determine o valor em volts da 4 (UPE) No circuito elétrico abaixo, admita que o amperímetro
força eletromotriz e, sabendo-se que, quando um voltímetro e o voltímetro são ideais. Coloca-se entre os pontos A e B
ideal V é ligado pontos a e b, acusa uma leitura de 5 volts. um gerador de f.e.m. de 10 V e resistência interna de 1Ω.

A leitura do amperímetro é, em ampères:


R1 = 20Ω a R2 = 10Ω b a) 80A b) 20A c) 1A
d) 4A e) 8A
5 (UPE) No circuito elétrico representado a seguir, coloca-se
ε entre os pontos A e B um gerador de resistência interna 1Ω,
em paralelo à resistência de 12W. A potência dissipada pelo
2 (UFPE) No circuito abaixo observa-se que, quando a chave resistor de 12Ω vale 48 W.
C está aberta, o voltímetro indica 4,5V. Ligando-se a chave,
o amperímetro indica 4,0A e o voltímetro passa a indicar
4,2V. A partir destas medidas e considerando que o
voltímetro e o amperímetro são equipamentos ideais,
determine a resistência interna da bateria, em miliohms
(10-3Ω). A força eletromotriz do gerador, em volts, vale:
a) 28 b) 56 c) 84
A d) 112 e) 140
5 (UFPE) Um gerador de 220 V alimenta um circuito com 5

. ε r
. .. C
resistores iguais de 20Ω cada, como mostra o esquema
abaixo. Qual é a intensidade da corrente que passa pelo
gerador, em Ampéres?
A
V
20Ω 20Ω
3 (UFPE) Uma bateria foi ligada a um resistor X de resistência
ajustável, como indicado na figura. Para diferentes valores G
da resistência, os valores medidos para a diferença de C
potencial VAB, entre os pontos A e B, e para a corrente i no 20Ω
circuito, são indicados no gráfico abaixo. Determine o valor
da resistência interna r da bateria, em Ω. 20Ω 20Ω

B D

59
7 Qual a intensidade de corrente elétrica, em A, que será 220V 1,0Ω
indicada pelo medidor do circuito abaixo?
7Ω 4Ω

10V 2Ω 9,0Ω

3Ω 5Ω A 12,0V 0,4Ω

2Ω 6Ω 12 (AFA) Considere o circuito abaixo.

8 (UFPB) Determine a potência dissipada pela resistência de 3


Ω no circuito da figura ao lado.

Afirma-se que:
I. O amperímetro ideal A registra 2 A.
9 (UFPE) No circuito abaixo ε1 = 2,0 volts, ε2 = 4,0 volts, r1 = II. O potencial no ponto P é 10 V.
1,0 ohm, r2 = 2,0 ohm e R = 5,0 ohms. O valor da intensidade III. A potência dissipada no resistor de 4 Ω é 4 W.
de corrente no circuito é:
São verdadeiras
a) Apenas I e II b) Apenas I e III c) Apenas II e III
d) I, II e III.
r1 ε1 r2 ε2
13 A maioria dos circuitos elétricos tem um ou mais de seus
pontos ligados à Terra. Considere o circuito abaixo ligado à
Terra no ponto b. Atribuindo à Terra o potencial de 0 volts,
determine em volts, o potencial elétrico do ponto A.
R 12V 12V
a) 0,25 A b) 0,50 A c) 0,75 A
d) 0,85 A e) 1,0 A

10 (UFPE) Determine a diferença de potencial, em volts, entre


os pontos A e B no circuito abaixo. 1Ω

80V 3,0Ω

A
. . B
A
2Ω
.
B
2Ω

-
1,0Ω 20V

11 (UFPE) Na recarga de uma bateria de 12V e resistência


interna de 0,4Ω, liga-se em série com a bateria um resistor
de 9Ω para limitar a corrente. Determine a corrente através 1. 15 2. 75 3. 05 4. C
da bateria, em ampères, quando se utiliza um gerador de 5. A 6. 11 7. 0 3W
220V e resistência interna de 1,0Ω, conforme indicado no 9. C 10. 35 11. 20 12.
circuito. 13. 4V

60
i

10Ω 20Ω

a V b

10Ω 10Ω
No circuito acima, determine:
a) o sentido da corrente elétrica;
b) a intensidade da corrente elétrica;
c) os potenciais elétricos nos pontos B, C e D;
d) a ddp UDB = √D - √B. 5 (ITA) A ponte de resistores da figura abaixo apresenta na
temperatura ambiente, uma tensão Va – Vb = 2,5V entre seus
2 No circuito a seguir, as baterias são supostas ideais. Os terminais a e b. Considerando que a resistência R está
pontos A e C são mantidos em aberto. imersa em um meio que se aquece a uma taxa de 10 graus
centígrados por minuto, determine o tempo que leva para
que a tensão entre os terminais a e b da ponte se anule.
Considere para a variação da resistência com a temperatura
um coeficiente de resistividade de 4,1 x 10-3 K-1.

Determine a diferença de potencial:


a) entre A e B (UAB = √A - √B);
b) entre A e C (UAC = √A - √C).

3 (ITA) No circuito a baixo V e A são um voltímetro e um


amperímetro respectivamente, com fundos de escala (leitura a) 8 minutos e 10 segundos.
máxima) b) 12 minutos e 12 segundos.
c) 10 minutos e 18 segundos.
FEV = 1V e RV = 1000Ω
d) 15,5 minutos.
FEA = 30m A e RA = 5Ω
e) n.d.a.
Ao se abrir a chave C:
6 (UFPE) No circuito abaixo ε2 = 12 V, R1 = 8Ω, R2 = 4 Ω e R3
= 2Ω. De quantos Volts deve ser a fonte de tensão ε1, para

zero?

R1
.
que a corrente através da fonte de tensão ε2 seja igual a

R3 R2

a) O amperímetro terá leitura maior que 30m A e pode se ε1 ε2


danificar.
b) O voltímetro indicará 0 V.
c) O amperímetro não alterará sua leitura.
d) O voltímetro não alterará sua leitura. 7 (ITA) Baseado no esquema a seguir onde ε = 2,0V, r1 =
e) O voltímetro terá leitura maior que 1 V e pode se 1,0Ω e r = 10Ω e as correntes estão indicadas, podemos
danificar. concluir que os valores de i1, i2, i3 e VB – VA são:

4 Um voltímetro ideal está conectado para medir a tensão


entre os pontos a e b do circuito abaixo. Qual é a tensão
indicada, em mV, quando a corrente i é igual a 10 mA?

61
ε
. a A

R C

I1 i2 i3 VB - VA r
0,20A
-0,18A
0,20A
-0,50A
-0,40A
0,33A
0,40A
0,75A
0,20A
0,15A
0,60A
0,25A
2,0V
-1,5V
6,0V
-2,5V
.b
Das afirmativas mencionadas, é (são) correta(s):
0,18A 0,33A 0,51A 5,1V a) Apenas I
b) Apenas I e II
8 (UFPE) No circuito da figura, calcule a carga armazenada no c) Apenas I e IV
capacitor de 4,5µF, em unidades de 10-6C. d) Apenas II e III
1,0Ω e) Apenas II e IV

11 (ITA) Duas baterias de f.e.m. de 10 V e 20 V


12V 4,5µF 2,0Ω respectivamente, estão ligadas a duas resistências de 200Ω
300Ω e com um capacitor de 2mF, como mostra a figura.
Sendo Qc a carga do capacitor e Pd a potência total
dissipada depois de estabelecido o regime estacionário,
3,0Ω conclui-se que:
9 (ITA) Considere o circuito abaixo, em regime estacionário.
200Ω 300Ω

10V 2µF 20V

a) Qc = 14µmC, Pd = 0,1 W
Indicando por Q a carga elétrica nas placas do capacitor C; b) Qc = 28µmC, Pd = 0,2 W
por U a energia eletrostática armazenada no capacitor C;
c) Qc = 28µmC, Pd = 10 W
Por P a potência dissipada por efeito Joule, então:
d) Qc = 32µmC, Pd = 0,1 W
Q(C) U(J) P(J/s)
a) -2 x 10-5 64 18 e) Qc = 32µmC, Pd = 0,2 W
b) +2 x 10-5 64 64
c) 0 0 32 12 (MACK-SP) O gerador do circuito tem resistência internade
d) 2 x 10-5 1,0 x 10-4 32 1,0Ω e o condensador de capacidade 15µF está carregado
e) 1,1 x 10-6 6,3 x 10-6 18 com 90µC. A f.e.m. do gerador é:
e
10 (ITA) No circuito mostrado na figura abaixo, a força
eletromotriz da bateria é ε = 10 V e a sua resistência interna 20,0Ω 1,0Ω
é r = 1,0Ω. Sabendo que R = 4,0Ω e C = 2,0µF, e que o
capacitor já se encontra totalmente carregado, considere as
seguintes afirmações:
I. A indicação no amperímetro é de 0 A.
II. A carga armazenada no capacitor é 16µC. C = 15µF
III. A tensão entre os pontos a e b é 2,0 V.
IV. A corrente na resistência R é de 2,5 A. a) 7,5 V b) 6,3 V c) 5,7 V
d) 2,9 V e) 0,6 V

62
13 (MACK-SP) No circuito, a carga armazenada no capacitor de
1mF é:

2Ω

1µF

3µF

12V 2µF 2Ω

Ligado dessa forma aos terminais da bateria, o diodo permite a


a) Zero b) 1µC c) 3µC passagem da corrente elétrica.
d) 6µC e) 9µC Quando o diodo é ligado da forma acima, os elétrons em
excesso de n passam pela região onde há buracos em excesso de
p, atingindo o terminal positivo do gerador. Estabelece-se, então,
uma corrente elétrica através do diodo.
Suponha agora que os terminais do diodo sejam invertidos,
como mostra a figura:
1. 2. 3. C 4. 20Ω
5. B 6. 60V 7. D 8. B
9. D 10. B 11. B 12. B
13. 15. C 16. B

12. TÓPICOS ESPECIAIS


12.1 SEMICONDUTORES

 Diodos, transistores e circuitos integrados


Suponha que dois cristais semicondutores, um do tipo n e outro
do tipo p, sejam unidos formando uma junção p-n. Cada cristal é
eletricamente neutro, mas como os portadores de carga de cada um
são diferentes, forma-se uma estreita região na junção, chamada de
Quando o diodo é ligado dessa forma aos terminais de bateria, a
faixa de “fronteiras” de cerca de 0,001mm, em que uma parte dos
junção p-n se alarga, e a corrente elétrica não passa.
elétrons em excesso do cristal n passa para o cristal p e parte dos
“buracos” do cristal p passa para o cristal n, até que haja um
A junção p-n, da forma como está inserida no circuito acima,
equilíbrio eletrostático. Veja figura:
não permite a passagem da corrente, pois o cristal n, onde há
excesso de elétrons, está ligado ao pólo positivo da pilha e o cristal
p, onde há falta, está ligado ao pólo negativo. Nesse caso, a faixa
de “fronteira” aumenta até que a diferença de potencial no interior
do diodo seja igual à da bateria.
A principal aplicação de diodos é a retificação de correntes
alternadas. Veja a figura:

Diodo semicondutor p-n e sua representação simbólica. Na faixa de


junção entre os dois cristais, os portadores de carga trocam de
posição.

Esse dispositivo é um diodo e sua principal característica é


permitir a passagem da corrente elétrica num único sentido.
Para entender como um diodo funciona, suponha que seus
terminais sejam ligados aos terminais de uma bateria, como mostra
Quando o diodo é ligado a uma fonte de corrente alternada, ele
a figura:
permite a passagem da corrente apenas num único sentido, como
mostra o gráfico de saída.

63
Ligado a uma fonte de corrente alternada, que é um fluxo E e B permite o aparecimento de outra corrente elétrica entre E e C.
oscilante de elétrons, o diodo só permite o movimento de elétrons Veja a figura:
num único sentido. A corrente, embora em pulsos, passa a ter um
único sentido.

Supondo agora que acrescentemos à junção p-n mais um cristal


semicondutor, formando um “sanduíche”, p-n-p ou n-p-n. O
elemento intermediário desse sanduíche recebe o nome de base
(B); os outros dois chamam-se emissor (E) e coletor (C). Veja a
figura:
A corrente elétrica entre E e B (iB) possibilita o aparecimento de
uma outra corrente entre E e C (iE e ic). Observe que a corrente de
elétrons (azul) tem sentido oposto ao da corrente elétrica
convencional (vermelho).
Mas essa corrente é temporária. Ela aparece porque E tem uma
“dopagem” muito maior do que B e C. Os elétrons mobilizados em E
são tantos que a maior parte atravessa também o coletor. No
entanto, em pouco tempo a junção BC se amplia, como ocorre no
diodo da figura do alto à esquerda, e a corrente é interrompida.
Esquema dos transistores p-n-p e n-p-n e sua representação O transistor pode funcionar como um sofisticado botão de
simbólica. campainha tipo carrilhão (quando se aperta, toca uma badalada). A
O emissor é fortemente “dopado”, ou seja, tem grande número vantagem dessa sofisticação está na intensidade da corrente que
de portadores de carga e baixa resistência. A base é uma camada atravessa EB, que pode ser milhares de vezes menor do que a
mais fina e francamente “dopada”. O coletor, embora seja um cristal intensidade da corrente que atravessa EC. Dessa forma, um
de maiores dimensões, também tem pequena dopagem. Veja figura: pequeno sinal elétrico, como o sinal gerado pela radiação
infravermelha de um controle remoto num sensor, pode acionar o
motor que abre o portão de uma garagem, por exemplo.
Mas a grande aplicação do transistor, derivada dessa
propriedade, é a ampliação de sinais. Se, em vez de apertar o botão
uma só vez, alguém apertá-lo muitas vezes, teremos uma pequena
corrente elétrica pulsante, gerando uma outra corrente pulsante de
intensidade muito maior. É dessa forma que o fraco sinal gerado
Estrutura de um transistor. num microfone é ampliado e pode ser ouvido por grandes
Um dispositivo formado como na figura acima adquire novas multidões. Veja as figuras:
propriedades – é um transistor. São dois diodos colocados em
oposição – um permite a passagem da corrente, o outro não. Em
outras palavras, entre os terminais do emissor e do coletor não há,
normalmente, passagem de corrente. Mas como não são diodos
iguais e, além disso, há três terminais para a movimentação dos
elétrons, esse dispositivo adquire propriedades muito especiais, que
o tornam de uma utilidade extraordinária.
Para entender como um transistor funciona, vamos supor um
transistor do tipo n-p-n com os terminais da base (B) e do emissor Os pulsos gerados pelo apertar intermitente do botão de campainha
(E) ligados à bateria εe (força eletromotriz de entrada) por uma são ampliados da mesma forma que o sinal gerado num microfone.
chave, e os terminais do emissor (E) e do coletor (C) ligados à Não é difícil imaginar que essa ampliação tem limites e que
bateria εs (força eletromotriz de saída). Veja a figura: vários transistores associados são necessários para obter
determinada ampliação. Além disso, como esses dispositivos
mobilizam portadores de carga de dimensões microscópicas, eles
também podem ser igualmente microscópicos. A tecnologia para o
desenvolvimento desses componentes não se limita apenas a
diodos e transistores, mas também a capacitores e resistores,
essenciais para a eficiência de muitas associações. Dessa forma,
circuitos elétricos inteiros com funções específicas podem ser
também miniaturizados em circuitos integrados, onde milhares de
componentes podem ser colocados. Veja a foto:
εe é a força eletromotriz de entrada e εs é a força eletromotriz de
saída.
Quando a chave é fechada, a força eletromotriz εe movimenta
os elétrons portadores de carga do emissor (E) que passam para a
base (B) e voltam à fonte εe (sentido oposto ao da corrente
convencional). No entanto, por causa da fonte εs, a maior parte
deles passa pela base. Em outras palavras, a corrente elétrica entre

64
Circuito integrado 2 Considere o circuito abaixo:
A compreensão do funcionamento desses dispositivos permite
uma visão introdutória da eletrônica, tecnologia que permeia todos
os setores de nossa vida. É importante que você perceba que a
eletrônica se origina da compreensão da estrutura elementar da
matéria, que a física moderna possibilitou. A eletrônica não é uma
ciência, mas a aplicação tecnológica de uma ciência – a física.

Fonte: Vol3/Física – Alberto Gaspar

Ex e r c íc i o s
a) Obtenha as resistências do diodo para U = +5V e U = -
5V.
1 Os semicondutores são materiais que possuem resistividade b) Determine os valores lidos no voltímetro e no
de valor intermediário entre a do condutor e a do isolante. O amperímetro para U = +5V e U = -5V.
germânio é um material semicondutor que tem quatro
elétrons de valência. Se um cristal de germânio contiver 3 (IME-RJ) O elemento passivo k, cuja potência máxima de
pequena quantidade de arsênico, que apresenta cinco utilização é de 30 watts, tem a característica tensão-corrente
elétrons de valência, sobrará um elétron na estrutura. Esse dada pelo gráfico a seguir:
material é chamado de semicondutor tipo n e diz-se que o
germânio está dopado com o arsênico. Se, ao invés do
arsênico, o gálio for usado na dopagem (três elétrons de
valência) faltará um elétron na estrutura (um buraco). Agora,
tem-se um semicondutor tipo p. A junção desses dois tipos
(diodo) vai produzir um efeito de difusão de elétrons e
buracos, e o resultado será uma alteração de estado, de tal
modo que o material oferecerá grande resistência se
tentarmos fazer uma corrente elétrica atravessá-lo no
sentido n p (polarização inversa). Já no sentido p n a
corrente elétrica passará com facilidade (polarização direta).
Considere essas informações para analisar as figuras.

Determine o maior valor positivo que se pode permitir para a


tensão V da bateria.

a) 1A b) 2 A c) 4A
d) 5A e) 10 A

1. FFVFV 2. a) 4A 3. V = 135V
b) 8A
1
c) r Ω
3

I II
0 0 O circuito A está correto.
1 1 O circuito B está correto.
2 2 O circuito C está correto.
3 3 O circuito D está correto.
4 4 O circuito E está correto.

65

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