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Secretaria Municipal de Educação de Piracicaba

Formação continuada – Matemática

ORIENTAÇÕES
GERAIS

SONDAGEM DE MATEMÁTICA
(2022)
Ensino Fundamental – anos inicias

Formadoras:
Ana Lúcia Lorencetti Marra
Flávia de Andrade Brito
O QUE É AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA? PARA QUE SERVE?

A avaliação diagnóstica ou sondagem de Matemática constitui-se como um instrumento de


apoio pedagógico ao professor para o planejamento e desenvolvimento do seu trabalho em
sala de aula e acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Cabe ressaltar que a
sondagem é apenas mais um instrumento, e não o único, a ser utilizado para diagnosticar as
aprendizagens dos alunos.

A sondagem de Matemática, inicialmente, avaliará os saberes dos alunos em relação à


NÚMEROS e RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Trata-se de um recurso de investigação do
professor e têm como objetivo identificar os conhecimentos prévios dos alunos, detectar suas
hipóteses, conceitos e procedimentos matemáticos, oferecendo subsídios para o planejamento
de intervenções que possibilitem avanços dos alunos.

As situações envolvidas deverão abranger níveis gradativos de dificuldades, com o objetivo de


conhecer o que sabem as crianças e de apontar quais atividades poderão ser desenvolvidas
em sala de aula, que favoreçam avanços na aprendizagem, conforme a progressão
apresentada no Currículo da Rede Municipal de Piracicaba (CRMP).

Quando realizar?

Quanto aos períodos, consideramos mais adequados, para a realização da sondagem, os


meses de: fevereiro (inicial), junho/julho (percurso) e novembro (final) do ano letivo. Assim, o
professor terá os intervalos entre uma sondagem e outra, para planejamento de boas
propostas de ensino.

A sondagem de NÚMEROS divide-se em partes: a contagem, a quantificação, a escrita e a


leitura dos números.

A CONTAGEM: Uma das habilidades da criança quando pensamos em números e na


resolução de problemas está relacionada aos procedimentos de contagem. É fato que, desde
muito cedo, as crianças são estimuladas e aprendem a recitar 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10
apoiando as primeiras “imitações de contagem” que as crianças fazem. Elas apontam objetos
com os dedos e vão falando alto 1, 2, 3 ... No entanto, nessas imitações que fazem da
contagem dos adultos, nem sempre elas estabelecem uma correspondência entre cada objeto
da coleção que estão contando com a sequência numérica oral. Para contar, a criança precisa
colocar em ação estratégias de contagem, ou seja, dizer certas palavras-números que conhece

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ou sabe de memória. Porém, a recitação da série numérica é uma condição para a contagem,
já que para contar é preciso ter repertório de “palavras – números” ordenadas
convencionalmente e, assim, poder quantificar uma coleção de elementos.

A QUANTIFICAÇÃO: Para quantificar, a criança precisa ter domínio da contagem.


Quando a criança conta uma coleção de objetos coloca em funcionamento as seguintes ações:

- Ativa na memória a série ordenada de modo convencional;

- Corresponde cada palavra-número enunciada a apenas um objeto da coleção;

- Diferencia os objetos contados dos que ainda não foram contados;

- Diz a última palavra como a que expressa a quantidade da coleção solicitada.

A “sondagem de quantificação, como a de contagem, deve ser realizada de forma concreta


e individualmente ” (somente os 1ºs anos). O professor deve pedir que a criança separe uma
quantidade sem dar maiores instruções. Recomenda-se que o professor solicite sempre
quantidades superiores a 10.

Procedimentos para aplicação da Avaliação diagnóstica de Contagem e Quantificação:

 Oferecer materiais para contagem (tampinhas, palitos, lápis, etc). Uma quantidade superior
a 10 no primeiro ano (15, 16, 18 ...), considerando que até 10 trata-se de um conhecimento
social bem frequente no universo infantil.

 Entregar o material não organizado (em fileiras, por exemplo), pois durante a sondagem o
professor deve observar qual procedimento a criança utiliza para contar.

 Pedir para que a criança realize a contagem. Ex: CONTE AS TAMPINHAS PARA MIM.

 Solicitar que diga a quantidade de tampinhas. Ex: QUANTAS TAMPINHAS TEM?

 Pedir que separe uma quantidade de tampinhas. Ex: PEGUE 15 TAMPINHAS PRA MIM.
(ME DÊ, ME ENTREGUE)

OBSERVAÇÃO: Não é possível realizar a coleta de dados com toda a sala no mesmo dia,
assim o professor deverá realizá-la ao longo da semana. A sugestão é que enquanto as
crianças realizam uma atividade com mais autonomia, a professora desenvolva a proposta de
avalição diagnóstica.

Em seguida, os dados devem ser transcritos na planilha considerando as hipóteses abaixo.


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As hipóteses de CONTAGEM são:


A – Recita números, mas desconhece a sequência numérica.
B - Aponta mais de uma vez o mesmo elemento e/ou pula elementos, seguindo a sequência
oralmente de forma correta.
C - Conta apontando todos os elementos e seguindo corretamente a sequência numérica.
D - Usa agrupamentos para facilitar a contagem.

OBSERVAÇÃO: Quando a criança não realiza a contagem (hipóteses A ou B), não se justifica fazer
a pergunta sobre quantificação. (Ex: PEGA 12 TAMPINHAS PARA MIM?). Nesse caso, o
professor deve assinalar a hipótese A em relação à QUANTIFICAÇÃO.

As hipóteses de QUANTIFICAÇÃO são:


A - Não consegue separar as quantidades solicitadas (não quantifica).
B - Separa as quantidades solicitadas, retomando a contagem.
C - Separa corretamente as quantidades solicitadas (quantifica).

A ESCRITA NUMÉRICA: Para saber sobre os conhecimentos que as crianças elaboram a


respeito da numeração escrita, propomos um ditado de números. Não devemos nos prender
a números de apenas um algarismo ou que já são de domínio dos alunos. Para que haja
avanço na aprendizagem, devemos variar os números contemplando uma diversidade de
saberes que os alunos podem apresentar, além de variar a quantidade de algarismos.
Consideramos uma diversidade qualitativa mínima que nos permite observar algumas
hipóteses que os alunos elaboram a respeito dessa escrita, para tanto, a tabela abaixo
apresenta critérios que ajudam o professor na seleção desses números:

Legenda dos números para ditado


Números familiares (Números que compõem a data de nascimento, a idade, o
número da roupa, etc.) e frequentes (números que
apresentam o dia, mês e ano, o canal de TV, as cédulas e
moedas que circulam socialmente etc.), esses também são
conhecidos como números “marco” pelo fato de serem
significativos aos estudantes;

Números “opacos” ou seja, que não oferecem indícios na fala quanto a sua
representação (11, 12, 13, 14 e 15);

números “transparentes Números cuja pronúncia é possível identificar quais são os


algarismos que os compõem, por exemplo: 74 (setenta e
quatro = 70 + 4).
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Números que terminam com zero (10, 20, No processo de construção da escrita numérica é comum as
100, 200, 1000, 2000) ou “nós” das dezenas, crianças e adolescentes se apropriarem primeiramente da
centenas, unidades de milhar etc escrita dos “nós” para, posteriormente, avançarem para a
escrita convencional dos números intermediários presentes
no intervalo;

Números compostos por algarismos iguais 11, 22, 33, 111, 222, 333...);

Números compostos por algarismos (12, 21, 123, 213, 321...);


diferentes em posição invertida

Números compostos por algarismos (15, 27, 134, 546...);


diferentes

Números que permitem observar o processo Por exemplo: considerando o número frequente que
de generalização representa o ano vigente 2017, o professor pode ditar 2019
ou 2027 para verificar se os estudantes são capazes de
generalizar a representação numérica;

Números com zero intercalado (101, 1024...)

Procedimentos para realização do ditado:

 Os alunos devem estar organizados individualmente.

 Explicar que devem escrever os números da maneira como acham que é correta, da melhor
forma que conseguirem.

 Esclarecer que os números ditados devem ser escritos um embaixo do outro, ou se a


professora preparou a folha, um em cada quadradinho.

 Ditar/falar cada número de maneira clara, mas sem acentuar um ou outro algarismo que
ajude a criança a se apoiar na fala para escrevê-lo. Se necessário, repita o número ditado.

Para a realização do ditado, o professor precisa selecionar no mínimo dez números. É


importante lembrar que, no momento da sondagem, nenhuma ajuda deve ser oferecida (seja
do professor ou dos colegas), pois, se houver alguma intervenção, o diagnóstico não será
fidedigno aos saberes dos alunos no momento da sondagem.
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As hipóteses de ESCRITA NUMÉRICA são:


A - Não usa algarismos para representar os números, apenas rabiscos e / ou desenhos.
B - Mistura letras com os algarismos.
C - Escreve apenas algarismos aleatórios.
D - Utiliza um dos algarismos corretamente por exemplo: para o número 43 o aluno escreve 3
ou 13.
E - Usa dos “nós”: quando a escrita numérica é resultado de uma correspondência com a
numeração falada. Ex. 100502 (para 152). A escrita utilizada nesta hipótese é uma produção
aditiva, como se fosse 100 + 50 + 2 (100502).
F - Escrita convencional: o aluno já representa o número da maneira correta, pois identifica
algumas regularidades como o valor posicional de cada algarismo.
NR – Não realizou

Nos 4ºs e 5ºs anos, espera-se que as crianças já escrevam os números convencionalmente,
assim para além da escrita numérica, a proposta é de que os alunos realizem a leitura de
números em diferentes contextos sociais como: 37km, 17h31min, 500ml, etc.

Para a sondagem de leitura dos números, nos 4ºs e 5ºs anos, o professor deve elaborar uma
lista com 8 situações de leitura, nas quais os alunos deverão escrever como se lê o número
em cada uma das situações apresentadas.

As hipóteses de LEITURA DE NÚMEROS são:

A- Escreve indicando o conhecimento dos números, mas não dos símbolos que os
acompanham.
B - Escreve indicando o conhecimento dos números e dos símbolos em algumas situações
apresentadas.
C - Escreve corretamente todos os números nas situações apresentadas.
NR – Não realizou

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Aprender sobre adição, subtração, multiplicação e divisão


requer aprender muito mais do que procedimentos de cálculo. Espera-se que as crianças
compreendam os conceitos/ideias envolvidos nessas operações como as descritas na tabela
a seguir:
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ADIÇÃO/SUBTRAÇÃO
IDEIAS EXEMPLOS
ACRESCENTAR A DONA ANTÔNIA TEM MUITOS ANIMAIS NO SEU SÍTIO. ELA
(requer a ação mental de POSSUI 17 BOIS E RESOLVEU AUMENTAR SUA BOIADA
aumentar uma quantidade COMPRANDO 15 ANIMAIS DO VIZINHO. COM QUANTOS BOIS
inicialmente estabelecida pelo FICOU A BOIADA DE DONA ANTÔNIA?
acréscimo de outra)

RETIRAR (separar) NA FAZENDA DE DONA ANTÔNIA TEM 14 CABRAS. CERTO


(observa-se que existe um todo DIA APÓS A PASTAGEM ELA FOI CONFERIR AS CABRAS
do qual é retirada uma parte e, PARA COLOCA-LAS NO CURRAL E PERCEBEU QUE
a outra parte que permanece, ESTAVAM FALTANDO 7. QUANTAS CABRAS DONA ANTÔNIA
fica menor). Desta forma, CONSEGUIU RECOLHER NO CURRAL?
percebemos três tempos: um
estado inicial, a ação que
transformou a quantidade inicial
e um estado final.
JUNTAR DONA ANTÔNIA PRECISA CONTABILIZAR OS ANIMAIS DO
(requer a ação mental de juntar SEU SÍTIO. SABENDO-SE QUE SÃO 7 BOIS, 5 PORCOS E 3
mais de uma quantidade. Não GALINHAS, QUAL É O TOTAL DE ANIMAIS QUE DONA
existe algo que será acrescido, ANTÔNIA TEM NO SÍTIO?
o todo já está definido)

COMPLETAR DONA ANTÔNIA VAI VENDER PARA O SÍTIO VIZINHO 10


(há um todo que pode ser PINTINHOS. ELA JÁ TEM DISPONÍVEL 3 PINTINHOS PARA A
completado, ou seja, uma VENDA. QUANTOS OVOS AINDA PRECISAM SER
quantidade que quando COLOCADOS NA CHOCADEIRA PARA QUE DONA MARIA
completada por outra POSSA REALIZAR A VENDA?
quantidade resulta em uma
terceira quantidade, maior que
as outras duas)
COMPARAR DONA ANTÔNIA FEZ A COLHEITA DE LEGUMES PARA
(quando é preciso encontrar a MONTAR AS CESTAS DE HORTIFRÚTI QUE VENDERÁ NA
diferença entre duas FEIRA. COLHEU HOJE 17 CENOURAS E 10 ABOBRINHAS.
quantidades) QUANTAS CENOURAS DONA ANTÔNIA COLHEU A MAIS QUE
ABOBRINHAS?

MULTIPLICAÇÃO/DIVISÃO
IDEIAS EXEMPLOS
MULTIPLICAÇÃO NA MESA DA PROFESSORA TERESA TEM 4 CAIXAS DE
Adição de parcelas iguais LÁPIS COM 12 CADA. QUAL O TOTAL DE LÁPIS NA MESA DA
(os primeiros problemas de PROFESSORA TERESA?
MULTIPLICAÇÃO
apresentados aos alunos
serão resolvidos por meio de
ADIÇÃO DE PARCELAS
IDEIAS INICIAIS

IGUAIS (usando números ou


não)).

DIVISÃO A PROFESSORA PRECISA ORGANIZAR 16 CRIANÇAS EM 4


Repartição equitativa GRUPOS. COM QUANTAS CRIANÇAS FICARÁ CADA
(a ação de repartir se encontra GRUPO?
em situações nas quais é
conhecido o número de grupos
que deve ser formado com um
certo total de objetos, e é
preciso determinar a
quantidade de objetos de cada
grupo.)
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IDEIA DE MEDIDA PRECISO ORGANIZAR 18 CRIANÇAS EM GRUPOS COM 3


(ações que envolvem este tipo de CRIANÇAS CADA UM. QUANTOS GRUPOS TEREI?
divisão são encontradas em
situações nas quais é preciso saber
quantos grupos podemos formar
com um certo total de objetos,
sendo conhecida a quantidade que
cada grupo deve ter)
SE 1 PACOTE TEM 5 FIGURINHAS, QUANTAS FIGURINHAS
PROPORCIONALIDADE
TEM 3 PACOTES?
( problemas que envolvem duas
séries proporcionais, isto é, existe
A criança percebe a regularidade (relação) entre elementos de uma
uma relação constante entre duas
tabela, entendendo assim essa regularidade:
variáveis. São problemas de
1 pacotes têm 5 figurinhas
proporcionalidade também, os que
2 pacotes têm 10 figurinhas
apresentam os conceitos de dobro,
3 pacotes têm 15 figurinhas
triplo)
CONFIGURAÇÃO UM CINEMA POSSUI 25 FILAS COM 20 POLTRONAS CADA.
RETANGULAR QUANTAS PESSOAS CABEM SENTADAS DENTRO DESSE
Problemas que se referem à CINEMA?
organização de elementos em linha
e coluna ou envolvem uma análise
dimensional (como a de área)
PROBLEMAS DE COMBINATÓRIA: Segundo Pessoa e Borba (2009), o raciocínio combinatório é
um tipo de pensamento que envolve contagem, mas que ultrapassa a ideia de enumeração de
elementos de um conjunto.
Os problemas de combinatória do tipo produto cartesiano serão abordados na avalição diagnóstica
desde o 4º ano, já os de arranjo, permutação e combinação, somente no 5º ano.
ARRANJO: um grupo maior gerará novas possibilidades ao subgrupo e não são utilizados todos os
elementos do grupo maior.
Então são 4 possibilidades para as
dezenas, são quatro dígitos diferentes,
Quantos números de dois algarismos distintos podemos e para as unidades serão 3, pois não
formar com os dígitos: 1, 4, 5 e 9? queremos repetidos, portanto: 4 X 3 =
14 41 51 91 12 números de dois algarismos
15 45 54 94 distintos.
19 49 59 95 A ordem em que os elementos são
colocados gera novas
possibilidades.

PERMUTAÇÃO: Todos os elementos do grupo são utilizados, cada um, apenas uma vez.

3 amigas querem fazer uma self, Ana, Flavia e Alessandra. Considerando uma fileira (UMA ATRAS
DA OUTRA), para que todas apareçam na imagem, de quantas formas diferentes elas podem posar
para a foto?

Neste caso, todos os elementos do grupo serão utilizados


e a ordem, como nos problemas de arranjo, gera novas
possibilidades, pois uma foto da Ana (frente), a
Alessandra (meio) e a Flavia (ultimo) é diferente de uma
foto com a Ana (frente), Flavia (meio) e Alessandra
(ultimo).

Assim: FRENTE MEIO ÚLTIMO


3 X 2 X 1
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COMBINAÇÃO: De um grupo maior serão selecionados objetos ou situações que constituirão os


subgrupos.
Em uma lanchonete há 4 frutas (mamão, abacaxi, laranja
e goiaba). João quer um suco e pode escolher duas
frutas para fazer seu suco. De quantas formas João pode
pedir seu suco?

A ordem dos objetos escolhidos não gera novas


possibilidades, pois o suco com abacaxi+mamão é o mesmo
que mamão +abacaxi.
Assim temos: 3 + 2 + 1

PRODUTO CARTESIANO: Dois (ou mais grupos) diferentes serão combinados para construir
um novo grupo. A ordem dos elementos escolhidos não gera novas possibilidades.

Na lanchonete do Leo, você pode montar COMBOS com 1 lanche e 1 bebida. São 3 tipos de lanche
(hambúrguer, cachorro quente e lanche natural) e 2 tipos de bebida (refrigerante ou suco). De quantas
maneiras diferentes pode-se pedir o combo?

3 tipos de pães X 2 tipos de bebida = 6


possiblidades.

Para a resolução de problemas de combinatória, dentre as estratégias de resolução que os


alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, podem utilizar são: listagem (a mais
utilizada), desenho, árvore de possibilidades, diagrama/quadro, ou seja, o princípio
fundamental da contagem.

Quanto à sondagem de resolução de problemas, consideramos a progressão das


ideias/significados das operações apresentadas no Currículo, ao longo dos cinco anos,
resumidamente descritas no quadro abaixo:
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IDEIAS ANOS
SIGNIFICADOS 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
X X X
ACRESCENTAR
X X X
SUBTRAÇÃO

RETIRAR (separar)
ADIÇÃO

X X X X X
JUNTAR
X X X X X
COMPLETAR
X X X
COMPARAR
Ideias
ADIÇÃO DE PARCELAS IGUAIS X X
iniciais da
REPARTIÇÃO EQUITATIVA
multiplicação (subtração sucessiva)
e divisão
X X X X
IDEIA DE MEDIDA
MULTIPLICAÇÃO

X X X X
DIVISÃO

PROPORCIONALIDADE

CONFIGURAÇÃO X X X
RETANGULAR
X X
COMBINATÓRIA*
*os problemas de combinatória são apresentados nas habilidades referente à Unidade Temática Probabilidade e
Estatística.

Na resolução de problemas, as hipóteses em relação aos resultados são:


A – Acertou.
NA - Não acertou.
AI – Acertou a ideia.
NR – Não realizou

AS ESTRATÉGIAS DE CÁLCULO: Outro aspecto a ser considerado na sondagem são as


estratégias de cálculo, utilizadas pelas crianças, para resolver as situações problemas.
Segundo Smole (2013), a matemática escolar vai além de números e das operações. São
inúmeras as formas de se buscar e expressar estratégias na resolução de problemas, sendo
possível fazê-lo com calculadoras, estimativas ou usando materiais diversos. Pode-se
também, expressar a resolução, oralmente ou por escrito, utilizando para isso a língua
materna.
Na investigação dos conhecimentos matemáticos, é essencial saber as estratégias de solução
para problemas propostos, ou seja, a representação gráfica utilizada pelo aluno, que pode ser
um desenho, um procedimento pessoal de cálculo ou mesmo uma técnica operatória
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convencional que revela o percurso do pensamento matemático da criança para chegar a


resposta.

As hipóteses de estratégias para a RESOLUÇÃO PROBLEMAS são:


A - Utilizou material manipulável de apoio.
B - Utilizou desenhos ou esquemas.
C - Realizou o cálculo mental apoiado nas características do SND.
D – Utilizou algoritmo convencional.
NR – Não realizou.
* A hipótese D não será considerada para os 1º anos.

Orientações ao professor:

 Para não precisar fazer a sondagem em vários dias, evite datas próximas a feriados ou as
que você já sabe que haverá muitos alunos ausentes;

 Os problemas não precisam ser aplicados todos de uma vez, podem ser distribuídos ao
longo da semana, dependendo da rotina estabelecida pelo professor;

 Há necessidade do planejamento cuidadoso das situações problema de acordo com as


ideias apresentados no quadro acima. Não é preciso colocar as ideias envolvidas na folha
do aluno, elas são referências apenas para o professor;

 Cada aluno deve resolver sozinho o problema, registrando a solução na folha entregue por
você;

 Para os alunos não alfabéticos, os enunciados deverão ser lidos pois, nesse momento,
não iremos avaliar a leitura, mas o conhecimento matemático utilizado para a solução de
um problema;

 Os professores dos 1º e 2º anos farão a leitura das consignas para os alunos. No caso do
3º ano, o professor fará a leitura, somente na sondagem inicial, em fevereiro. A partir da
processual, em julho, espera-se que o aluno tenha autonomia para realizar a leitura das
consignas;

 Disponibilize materiais diversos para as crianças que necessitem de material de apoio para
contagem;

 Apresente aos alunos a atividade de resolução de problemas, explicando que é importante


registrar as soluções (“o como pensaram”) para cada uma das situações apresentadas;

 Após a resolução dos problemas, deve-se realizar a análise dos registros, tendo por base
as hipóteses contidas na planilha de acompanhamento;
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A avaliação diagnóstica de resolução de problemas, como a de números, será desenvolvida


em três momentos durante o ano letivo, nos meses de: fevereiro (inicial), junho/julho (percurso)
e novembro (final) do ano letivo. A descrição dos períodos e das turmas que farão a
sondagem são observados nas tabelas a seguir:

NÚMEROS
PERÍODOS
Contagem Quantificação Escrita Numérica Leitura de
números

FEVEREIRO 1º, 2º, 3º, 4º e 5º 4º e 5º anos


1º ano 1º ano
anos
JUNHO 1º ano 1º ano 4º e 5º anos
1º, 2º, 3º anos
NOVEMBRO 1º ano 1º ano 4º e 5º anos
1º, 2º, 3º anos

*A sondagem de escrita numérica (4º e 5ºanos) deve ser realizada somente com os alunos
que não escrevem convencionalmente números de diferentes grandezas.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Ideias iniciais
ADIÇÃO da MULTIPLICAÇÃO
SUBTRAÇÃO multiplicação DIVISÃO
e divisão
MESES

Adição de parcelas

Proporcionalidade
Retirar (separar)

Ideia de medida

Configuração

Combinatória
Acrescentar

Repartição
Completar

retangular
Comparar

equitativa
Juntar

iguais
FEVEREIRO

2º, 3º, 2º, 3º, 3º, 4º 3º, 4º 3º, 4º


2º e 3º
4º e 5º 4º e 5º e 5º e 5º 2º e 3º anos e 5º 4º e 5º 4º e 5º 4º e 5º
anos
anos anos anos anos anos anos anos anos
JUNHO

1º, 2º, Todos 3º, 4º 3º, 4º 2º, 3º, 3º, 4º


1º, 2º, 4º e 5º 4º e 5º
3º, os e 5º e 5º 2º e 3º anos 4º e 5º e 5º
3º anos anos anos
anos anos anos anos anos anos
NOVEMBRO

Todos 3º, 4º 3º, 4º 2º, 3º, 3º, 4º


1º, 2º e 1º, 2º e 4ºe 5º 4º e 5º
os e 5º e 5º 2º e 3º anos 4º e 5º e 5º
3º anos 3º anos anos anos
anos anos anos anos anos

*Combinatória nos 4º e 5º anos em 2022 – somente problemas do tipo Produto Cartesiano


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Lembramos que cada professor deve ter uma pasta organizada, com os materiais de
sondagem de matemática, para consulta e acompanhamento das aprendizagens individuais
da turma.

Referências:

Currículo da Rede Municipal de Piracicaba, 2019, disponível em


http://educacao.piracicaba.sp.gov.br/piracicaba-e-1o-lugar-em-educacao/,p.354.
Somar e subtrair, operações irmãs, https://novaescola.org.br/conteudo/2671/somar-e-subtrair-
operacoes-irmas, acesso em 07/03/2016.
Multiplicação e divisão já nas séries iniciais: www,novaescola.org.br 01/09/2009, acesso em
05/03/2018.
SMOLE, K.S.; MUNIZ, C.A. A matemática na sala de aula: reflexões e propostas para os anos iniciais
do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2013.
SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Orientações
Didáticas do Currículo da Cidade: Matemática. Vol 1. São Paulo: SME/COPED, 2018c.
PIRES, Célia Maria Carolino. Educação Matemática: conversas com professores dos anos iniciais. São
Paulo: Zé-Zapt Editora, 2012. Cap. 4, p. 181 – 213.
Magri, H., Monteiro, P. A criança pequena e sua investigação sobre números
https://novaescola.org.br/cursos/wp-content/uploads/2018/11/NE-cursos_letramento-etapa3.pdf ,
acesso em 22/02/2019.
BIGODE, A. J. L. FRANT, Janete B. Matemática: soluções para dez desafios do professor: 1º ao 3º ano
do ensino fundamental, 1ª ed. São Paulo: Ática Educadores, 2011 (Nós da educação).
MORETTI, Vanessa Dias; SOUZA, Neusa Maria Marques de. Educação Matemática nos anos iniciais
do Ensino Fundamental: princípios e práticas pedagógicas. São Paulo: Cortez, 2015.

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