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O sistema UTM
Joel Gripp Junior
Professor da Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Civil.
- Graduado em Egenharia de Agrimensura - UFV
- Mestrado em Ciências Geodésicas - UFPR
- Doutorado em Ciência Florestal - UFV
Disponível em:
ftp://www.ufv.br/Dea/Disciplinas/Daniel/AP_GPS_ENG_432/Material_GPS_e_Afins/Sistema_Geodesico_Sistema_UTM_v2_Prof_Joel.pdf
A confecção de um mapa normalmente começa(*) a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho,
como é o caso de um globo.
•A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana, recebe a denominação de projeção
cartográfica.
•A localização de qualquer lugar na Terra pode ser mostrado num mapa. Hoje um mapa pode ser feito numa
forma analógica (no papel) ou na forma digital.
(*) hoje com a cartografia digital isto não mais é necessário, pois podemos imaginar uma representação numa escala 1/1, ou seja, com
as dimensões reais.
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
ísica
ie F
erfíc
Altitude G Altitude or
eodésica tometrica
Sup
Ondulaçã
.M.M. o do Geóid
Geoide = N e
e
Elipsóid
Na Cartografia trabalha-se também com uma superfície de projeção (PLANO, CONE ou CILÍNDRO)
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
a
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
Transversal
Equatorial Equatorial Obliqua
secante Oblí
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
S uperfície Física
Diferentes caminhos
Terra
Superfície de Referência
para confeccionar uma
carta: E lipsóide
Superfície de Projeção
C one P lano
rm ic al
Su
pe
N o V e rt
rfíc
al
ie
fís
ic a
PN
h
H
ic h
nw
Og
ee
Gr
Geoid
H =h+O g
e
I
O
PS
r m ic a l
Su
pe
N o V e rt
rfíc
al
ie f
ís ic
a
PN
h
H
ic h
nw
Og
ee
Gr
Geoid
H =h+O g
e
I
O A altitude obtida com
GPS é a geométrica (H).
Para conhecê-la necessita-se
da Ondulação do geoide (Og)
O não conhecimento da Og com
precisão, é um dos fatores que
PS faz com que a precisão altimé-
trica dos resultados fornecidos
com GPS seja menor.
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
PLANO
ich
nw
Y
ee
Gr
I
O y P´
x X
PS
ELIPSÓIDE
ou Sist Geod
ANO a D Observações / País que o
adota
a
ísic
erfíc
ie f PN Datum
Sup
Superfície física (Elipsóide e Geóide coincidentes)
Centro de massa da terra
ic h
nw
ee
Gr
G
eó
id e
Yg
Xg (O SIRGAS2000 é geocêntrico, já no
SAD69 adaptou-se o elipsóide à região.)
PS
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
O SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO:
No Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) usado até o final de 2004, a imagem
geométrica da terra era definida pelo Elipsóide de Referência Internacional de 1967
(SGR-67), e o datum coincide com o Datum Sul Americano - SAD-69, que está
situado na localidade denominada CHUÁ próximo à cidade de Uberaba, Minas Gerais.
Neste datum considerou-se a ondulação do geóide como sendo nula, ou
seja, coincidiu-se o elipsóide a geóide, fazendo com que o elipsóide se adapte ao
nosso território, não importando com isto o fato de o centro do Elipsóide não
coincidir com o centro de massa da terra.
Até 1979 o sistema geodésico brasileiro adotava o elipsóide de Hayford com
datum Córrego Alegre, também próximo a Uberaba.
Entrou em vigor agora neste início de ano (2005) o novo Sistema Geodésico
Brasileiro, denominado SIRGAS2000 (SIstema de Referência Geocêntrico para as
Americas) em sua realização no ano de 2000. Utilizou-se estações de referência de
coordenadas no ano 2000, entre estas estações, temos uma instalada em Viçosa
(Latitude = 20o 45’ 41,4020” s e Longitude = 42o 52’ 11,9622”w)
A idéia da Projeção Transversa de Mercator tem suas raízes no século 18, mas não foi utilizada
praticamente até após a Segunda Guerra Mundial quando foi adotada pelo exército americano em
1947. O nome Universal é devido à utilização do elipsóide de Hayford (1924), que era conhecido
como elipsóide Universal, como modelo matemático de representação do globo terrestre, e também
por ter uso consagrado mundialmente. Transversa é o nome dado a posição ortogonal do eixo do
cilindro em relação ao eixo de rotação do elipsóide. Mercator (1512-1594), holandês, considerado pai
da cartografia, foi o idealizador da projeção que apresenta os paralelos como retas horizontais e os
meridianos como retas verticais.
Adotada por muitas agências de cartografia nacionais e internacionais, inclusive a OTAN, é comumente
usado em cartografia topográfica e temática, para referenciamento de imagens de satélite e como sistema
de coordenadas para bases cartográficas para Sistemas de Informação Geográfica.
No Brasil o sistema UTM vem sendo usado pelos órgãos do governo que tratam de mapeamento desde
1955 para o mapeamento sistemático do país.
Com a nova lei que obriga o georeferenciamento de todos os imóveis rurais para o registro (Lei
número 10.267), cada vez o sistema UTM será mais utilizado.
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
Meridiano Extremo PN
Meridiano Extremo
R
R
PS
Meridiano Central
800 Km
600 Km
500 Km
700 Km
10.000 Km
9.000 Km
R
R 8.000 Km
P
7.000 Km
R
6.000 Km
Polar
Antimeridiano de Greenwich
180°
174°
PN 162°
168°
158°
1
3 2
4
6° 6°
A 0°
4°
B
C 8° 23
12°
48°
42°
PS
0°
Greenwich
Os meridianos extremos dos fusos são múltiplos de 6o
(*) nomenclatura compatível com a articulação sistemática das cartas adotado no Brasil atendendo a convenção
de Londres, datada de 1909. A partir de uma carta na escala 1/1.000.000 (6o de amplitude em longitude e 4o
de amplitude em latitude), confecciona-se cartas em outras escalas.
Os militares dos EUA fazem, no sentido Norte-Sul, uma divisão em segmentos de 8°, e utilizam uma nomenclatura
somente entre os paralelos 84° N e 80° S, começando a 80° S, com a letra C até a letra X. As letras I e O são
omitidas porque podem ser confundidos com números.
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
1 60
60 fusos Fuso
180oW 0o 180oE
60 fusos planificados
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
Fuso 24
Fuso 23
R
R R R
R
R
PS
3 3
Equador
E = 680.000 m K = 1
E = 320.000 m K = 1
Meridiano de secância
Meridiano de secância
Meridiano central
Meridiano extremo
Meridiano extremo
E = 834.000 m K = 1,001
E = 500.000m K = 0,9996
E = 166.000 m K = 1,001
A B
Pontos próximos no terreno mas localizados em fusos diferentes (abscissas com grande diferença)
Representações Cartográficas: o Sistema UTM
Um outro fator que deve ser observado por quem utiliza coordenadas UTM é a diferença
entre o norte definido por coordenadas UTM (Norte de quadricula) e o norte geográfico.
O Norte de quadrícula é definido segundo uma linha vertical e paralela ao meridiano
central.
Estes nortes formam um ângulo que chamamos de convergência meridiana plana, e que pode assumir
valores consideráveis em função da posição ocupada pelo ponto. Por exemplo, aqui em Viçosa assume
um valor em torno de 47’