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Determinação da declividade do terreno

Para determinar a declividade de uma área, pode-se utilizar um instrumento de


construção doméstica, que é um cavalete de madeira com um nível de carpinteiro
(Fig. 1), realizando os seguintes passos:

1. Medir a distância entre os pés do cavalete (distância horizontal = DH).


2. Colocar o cavalete na parte mais alta da área e colocar no rumo ladeira
abaixo, paralelo ao declive. A bolha do nível de pedreiro mostrará o
desnível.
3. Levantar a parte mais baixa do cavalete até a bolha ficar no nível. Medir a
altura entre o pé do cavalete e a superfície do solo (distância vertical = DV).
Colocar uma estaca em cada ponto.
4. Anotar os dados na ficha de trabalho (Tabela 1).
5. Mover o cavalete para o ponto seguinte, descendo o declive, e repetir as
operações 7.3 e 7.4, colocando uma estaca a cada medida.
6. Repetir a operação anterior percorrendo toda a área que se pretende medir.
7. Calcular a declividade (D%) segundo a fórmula: D% = DV/DHx100, para
cada 10 ou 20 m percorridos, observando as variações no declive ao longo
da encosta.
8. Separar as áreas onde as diferenças de declividade estiver entre 3 a 5%
(terço superior: 3%; terço médio: 8%; terço inferior: 12%).
9. Calculadas as declividade, deve-se consultar a Tabela 2 para determinar as
distâncias entre as curvas de nível em cada declive.
10. Para traçar as curvas de nível da área, deve-se iniciar na parte mais alta do
terreno, realizando os seguintes passos:

 Fixar uma estaca e medir a distância entre as curvas, em função da


declividade da área e da textura do solo, como orienta a Tabela 2, marcando
o início de cada curva com uma estaca;
 A primeira estaca servirá de ponto de partida da primeira curva; coloca-se
neste ponto um dos pés do cavalete e o operador fará com que o outro pé
se desloque até um ponto em que o cavalete fique nivelado, marcando este
ponto com uma segunda estaca;
 O cavalete é deslocado para este segundo ponto e o processo é repetido por
todo o comprimento da área, transversalmente ao declive, sempre
marcando os pontos com estacas;

Terminada a marcação da primeira curva de nível, inicia-se a segunda, repetindo-se


todo o processo descrito nos itens 8.2 e 8.3. Ao final deve ser realizado um repasse
em cada curva eliminando os pontos que ficaram fora da rota, "amaciando" a curva
para guiar o trator.

Figura 1. Nível tipo cavalete para medir a declividade de uma área.


 

Tabela 1. Ficha de trabalho utilizada para cálculo da declividade de um terreno.

Posições Distância horizontal Distância vertical Declividade


(m) (m) %
1      
2      
3      
4      
5      
6      
7      
8      
9      
10      
Total      

Tabela 2. Espaçamento horizontal entre curvas de nível, em função da declividade e da textura do solo.

Declividade Espaçamento horizontal (m)


Arenoso Argiloso Muito argiloso
(%)
1 37,75 43,10 54,75
2 28,20 32,20 40,95
3 23,20 27,20 34,55
4 21,10 24,10 30,60
5 19,20 21,95 27,85
6 17,80 20,30 25,80
7 16,65 19,05 24,20
8 15,75 18,00 22,85
9 15,00 17,15 21,75
10 14,35 16,40 20,80
12 13,30 15,20 19,30
14 12,45 14,20 18,05
16 11,80 13,45 17,10
18 11,20 12,80 16,25
20 10,70 12,25 15,55

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