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Daniel Pereira Faria N.

º 7 12ºB Lançamento Horizontal

RELATÓRIO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL 1


LANÇAMENTO HORIZONTAL

OBJETIVO: Obter, para um lançamento horizontal de uma certa altura, a relação entre
o alcance e a velocidade inicial do projétil.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS ESSENCIAIS:


Quando um corpo é lançado horizontalmente, sujeito apenas ao seu peso ⃗ P (todas as
deduções e relações matemáticas apresentadas neste trabalho não têm em
consideração as forças dissipativas. Estas surgem discutidas apenas em REFLEXÕES E
CONCLUSÕES FINAIS) a sua queda descreve um movimento parabólico. Tal acontece
porque se podem distinguir 2 movimentos retilíneos perpendiculares entre si:

 Um movimento na horizontal, segundo um eixo Ox, no qual não atua


nenhuma força (Fx = 0). De

F =⃗a m
vem, ax = 0. Assim, trata-se de um movimento uniforme.
 Um movimento na vertical, segundo um eixo Oy, onde atua a força
gravítica (Fy = -mg) - (para propósitos de simplicidade considera-se
constante e ⃗ Fg = ⃗ P); ax = -g . Assim, trata-se de um movimento
uniformemente variado.
Definindo um referencial com os eixos coincidentes com os dos movimentos acima
referidos podemos equacionar o movimento através das expressões paramétricas:
(1.1) x(t) = vx0t
(1.2) y(t) = h – ½ gt2 * *obviamente, v0y = 0

Manipulando (1.1) e (1.2), obtém-se, por exemplo, que: vx0

 O tempo de queda é:

(2)
√ 2h
g

 O alcance, distância horizontal percorrida é:

(3)
vx0
√ 2h
g

 a equação da trajetória é:
(4)

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g 2
y=h− 2
x
2v x0

MATERIAL:

 Suporte unviersal
 Rampa
 Mesa
 Mangueira
 Berlinde
 Fita métrica (± 0.05 cm)
 Papel químico
 Fita-cola
 Célula fotoelétrica
 Digitímetro (± 0.001 s)
 Craveira ((± 0.05 mm)

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Coloca-se a mangueira sobre a rampa.
2. Com fita-cola prende-se a mangueira à extremidade da mesa. Se necessário,
utiliza-se fita-cola também estabilizar a mangueira e assegurar que esta não se
desloca no decorrer da experiência.
3. Coloca-se uma célula fotoelétrica na garra do suporte universal de modo a que
o feixe luminoso intercete transversalmente a abertura da mangueira (isto
permite que o berlinde passe na célula com o seu diâmetro). Liga-se a célula
fotoelétrica a um digitímetro.
4. No chão, coloca-se uma fita métrica paralela à mangueira. E, na zona mais
provável para a queda do projétil, fixam-se, com fita-cola, uma folha de papel
branco e outra de papel químico.
5. Realizam-se e registam-se, com as respetivas incertezas associadas, as
medições necessárias:
 Diâmetro do berlinde, com a craveira;
 Altura do local de onde o berlinde abandona a mangueira.
6. Abandona-se a esfera de uma certa altura e registam-se, com as respetivas
incertezas associadas, o valor lido no digitímetro (∆t) e a distância horizontal
máxima percorrida, ou alcance (xmax) – para esta última, caso o berlinde não
atinja o solo junto da fita métrica, com o auxílio de uma régua, faz-se a
projeção ortogonal do local de queda sobre a fita.
7. Executar este procedimento para 4 alturas distintas, e 3 vezes para cada altura.

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8. Construir uma tabela de dados.

ESQUEMA DE MONTAGEM:

REGISTO E TRATAMENTO DE RESULTADOS:


Diâmetro do berlinde: (1.540 ± 0.005) * 10-2 m
Altura do local de onde o berlinde abandona a mangueira: (75.00 ± 0.05) * 10 -2 m

∆t (±0.001 * Δt (10-3s) xmax(± 0.05)cm xmax Vmédia *


10-3s) (10-2 m) (m/s)
7.755 76.60
1 6.6534 7.081 79.90 79.20 2.175
6.954 81.10
8.643 69.20
2 8.522 8.365 73.20 69.93 1.841
7.929 67.40
9.338 55.60
3 9.349 9.207 56.30 56.10 1.673
8.934 56.40
13.644 45.60
4 13.360 13.719 38.70 41.57 1.123
14.154 40.40

* Esta Vmédia considera-se a velocidade instantânea com que o berlinde abandona a mangueira, e calcula-
se por (diâmetro do berlinde) / ( Δt ).

Da equação (3) vem que o alcance, xmax, varia linearmente com a velocidade horizontal
com que é abandonado, ou seja, com o parâmetro Vmédia. Em que a constante de
linearidade é o tempo de queda, ou expressão (2).

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Arranjemos os valores num gráfico:


0.9
0.8
f(x) = 0.366743448771256 x − 0.00756409325744911
0.7 R² = 0.960979739253728
0.6
0.5
Vmedia

0.4
0.3
0.2
0.1
0
1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1
Xmax

Verifica-se, como esperado, uma relação linear entre as duas grandezas. E, através de
uma regressão, determina-se que xmax = 0.3667 vmédia.
Fazendo tempo de queda, (2), igual a 0.3667, temos que h (o valor empírico para a
altura a que a bola foi lançada) é 67.23 cm.
Este valor, quando confrontado com o valor teórico da altura da mesa, permite obter o
erro experimental:
|75.00−67.23|
× 100 %=10.36 %
75.00

CONCLUSÃO:
Tendo em conta os resultados empíricos alcançados, podemos concluir que existe uma
relação de proporcionalidade direta entre a velocidade inicial do projétil lançado
horizontalmente e o seu alcance.
A existência de um erro experimental considerável (10.36%) pode dever-se a:

 Erros sistemáticos: Lembre-se que no âmbito desta atividade o papel das forças
dissipativas foi desprezado. Naturalmente, a resistência do ar e o atrito do
percurso no interior da mangueira são inevitáveis, pelo que a sua
desconsideração implica um afastamento da exatidão do resultado. Também se
devem ter em conta possíveis imperfeições na montagem do aparelho, por
exemplo: o berlinde pode não intercetar o feixe luminoso da célula fotoelétrica
pelo seu diâmetro, contribuindo para uma medida em excesso da sua
velocidade inicial; o berlinde pode abandonar a mangueira com velocidade
vertical não nula caso a extremidade da mangueira não esteja completamente
horizontal; o alcance medido pode não corresponder ao real se a fita métrica
não estiver paralela à trajetória da bola,

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 Erros aleatórios: Medições diretas incorretas, ou até transcrições erradas de


valores. Para além disso, e para uma mesma altura, o berlinde pode ser
abandonado com velocidade inicial não nula – ou seja, não é largado, mas, sim,
lançado.

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