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Daniel Pereira Faria N.

º 7 12ºB Lançamento Horizontal

RELATÓRIO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL 2


COEFICIENTE DA VISCOSIDADE DE UM LÍQUIDO

OBJETIVO: Estudar o conceito de forças de resistência num fluído, mais


particularmente, aquelas que dependem linearmente da velocidade de um corpo
imerso em movimento, e, por isso, a atividade realizada centrar-se-á na viscosidade de
um líquido (glicerina) - calcular o coeficiente de viscosidade do líquido com base na
velocidade terminal do corpo.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS ESSENCIAIS:
A viscosidade de um líquido (para efeitos de simplicidade desprezam-se outros fatores
dos quais a resistência interna de um fluído depende - turbulência, por exemplo)
expressa a resistência interna oferecida a um corpo durante a passagem deste pelo
líquido. De forma análoga, a viscosidade corresponde ao atrito interno nos fluidos -
interações microscópicas e intermoleculares, sendo, por consequência, dependente da
temperatura. Nesta experiencia também se tornam importantes os conceitos de
densidade do corpo do líquido. Para podermos realizar esta experiencia temos que ter
conhecimentoda lei de Stokes :

Quando um corpo é lançado horizontalmente, sujeito apenas ao seu peso ⃗ P (todas as


deduções e relações matemáticas apresentadas neste trabalho não têm em
consideração as forças dissipativas. Estas surgem discutidas apenas em REFLEXÕES E
CONCLUSÕES FINAIS) a sua queda descreve um movimento parabólico. Tal acontece
porque se podem distinguir 2 movimentos retilíneos perpendiculares entre si:

 Um movimento na horizontal, segundo um eixo Ox, no qual não atua


nenhuma força (Fx = 0). De

F =⃗a m
vem, ax = 0. Assim, trata-se de um movimento uniforme.
 Um movimento na vertical, segundo um eixo Oy, onde atua a força
gravítica (Fy = -mg) - (para propósitos de simplicidade considera-se
constante e ⃗ Fg = ⃗ P); ax = -g . Assim, trata-se de um movimento
uniformemente variado.
Definindo um referencial com os eixos coincidentes com os dos movimentos acima
referidos podemos equacionar o movimento através das expressões paramétricas:
(1.1) x(t) = vx0t
(1.2) y(t) = h – ½ gt2 * *obviamente, v0y = 0

Manipulando (1.1) e (1.2), obtém-se, por exemplo, que: vx0

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 O tempo de queda é:

(2)
√ 2h
g

 O alcance, distância horizontal percorrida é:

(3)
vx0
√ 2h
g

 a equação da trajetória é:
g 2
(4) y=h− 2
x
2v x0

MATERIAL:

 Suporte unviersal
 Rampa
 Mesa
 Mangueira
 Berlinde
 Fita métrica (± 0.05 cm)
 Papel químico
 Fita-cola
 Célula fotoelétrica
 Digitímetro (± 0.001 s)
 Craveira ((± 0.05 mm)

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Coloca-se a mangueira sobre a rampa.
2. Com fita-cola prende-se a mangueira à extremidade da mesa. Se necessário,
utiliza-se fita-cola também estabilizar a mangueira e assegurar que esta não se
desloca no decorrer da experiência.
3. Coloca-se uma célula fotoelétrica na garra do suporte universal de modo a que
o feixe luminoso intercete transversalmente a abertura da mangueira (isto
permite que o berlinde passe na célula com o seu diâmetro). Liga-se a célula
fotoelétrica a um digitímetro.

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4. No chão, coloca-se uma fita métrica paralela à mangueira. E, na zona mais


provável para a queda do projétil, fixam-se, com fita-cola, uma folha de papel
branco e outra de papel químico.
5. Realizam-se e registam-se, com as respetivas incertezas associadas, as
medições necessárias:
 Diâmetro do berlinde, com a craveira;
 Altura do local de onde o berlinde abandona a mangueira.
6. Abandona-se a esfera de uma certa altura e registam-se, com as respetivas
incertezas associadas, o valor lido no digitímetro (∆t) e a distância horizontal
máxima percorrida, ou alcance (xmax) – para esta última, caso o berlinde não
atinja o solo junto da fita métrica, com o auxílio de uma régua, faz-se a
projeção ortogonal do local de queda sobre a fita.
7. Executar este procedimento para 4 alturas distintas, e 3 vezes para cada altura.
8. Construir uma tabela de dados.

ESQUEMA DE MONTAGEM:

REGISTO E TRATAMENTO DE RESULTADOS:


Diâmetro do berlinde: (1.540 ± 0.005) * 10-2 m
Altura do local de onde o berlinde abandona a mangueira: (75.00 ± 0.05) * 10 -2 m

∆t (±0.001 * Δt (10-3s) xmax(± 0.05)cm xmax Vmédia *


10-3s) (10-2 m) (m/s)
7.755 76.60
1 6.6534 7.081 79.90 79.20 2.175
6.954 81.10
8.643 69.20
2 8.522 8.365 73.20 69.93 1.841
7.929 67.40
9.338 55.60

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3 9.349 9.207 56.30 56.10 1.673


8.934 56.40
13.644 45.60
4 13.360 13.719 38.70 41.57 1.123
14.154 40.40

* Esta Vmédia considera-se a velocidade instantânea com que o berlinde abandona a mangueira, e calcula-
se por (diâmetro do berlinde) / ( Δt ).

Da equação (3) vem que o alcance, xmax, varia linearmente com a velocidade horizontal
com que é abandonado, ou seja, com o parâmetro Vmédia. Em que a constante de
linearidade é o tempo de queda, ou expressão (2).
Arranjemos os valores num gráfico:
0.9
0.8
f(x) = 0.366743448771256 x − 0.00756409325744911
0.7 R² = 0.960979739253728
0.6
0.5
Vmedia

0.4
0.3
0.2
0.1
0
1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1
Xmax

Verifica-se, como esperado, uma relação linear entre as duas grandezas. E, através de
uma regressão, determina-se que xmax = 0.3667 vmédia.
Fazendo tempo de queda, (2), igual a 0.3667, temos que h (o valor empírico para a
altura a que a bola foi lançada) é 67.23 cm.
Este valor, quando confrontado com o valor teórico da altura da mesa, permite obter o
erro experimental:
|75.00−67.23|
× 100 %=10.36 %
75.00

CONCLUSÃO:
Tendo em conta os resultados empíricos alcançados, podemos concluir que existe uma
relação de proporcionalidade direta entre a velocidade inicial do projétil lançado
horizontalmente e o seu alcance.

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A existência de um erro experimental considerável (10.36%) pode dever-se a:

 Erros sistemáticos: Lembre-se que no âmbito desta atividade o papel das forças
dissipativas foi desprezado. Naturalmente, a resistência do ar e o atrito do
percurso no interior da mangueira são inevitáveis, pelo que a sua
desconsideração implica um afastamento da exatidão do resultado. Também se
devem ter em conta possíveis imperfeições na montagem do aparelho, por
exemplo: o berlinde pode não intercetar o feixe luminoso da célula fotoelétrica
pelo seu diâmetro, contribuindo para uma medida em excesso da sua
velocidade inicial; o berlinde pode abandonar a mangueira com velocidade
vertical não nula caso a extremidade da mangueira não esteja completamente
horizontal; o alcance medido pode não corresponder ao real se a fita métrica
não estiver paralela à trajetória da bola,

 Erros aleatórios: Medições diretas incorretas, ou até transcrições erradas de


valores. Para além disso, e para uma mesma altura, o berlinde pode ser
abandonado com velocidade inicial não nula – ou seja, não é largado, mas, sim,
lançado.

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