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2. A eletricidade, cuja existência foi notada pelo vendedor, permitiu que a vida isolada e dorida dos habitantes de
Alcaria sofresse uma mudança radical, já que possibilitou que Batola tivesse acedido à compra de um aparelho de
rádio que levou todos à venda, lhes trouxe ânimo e desenvolveu o convívio. O isolamento transformou-se em
comunhão e, pela primeira vez, os habitantes de Alcaria sentiram que estavam ligados ao mundo através da rádio.
3. a. 2; b. 3; c. 2.
PARTE A
2. Refira o motivo pelo qual Gi permanece na terra natal, relacionando este aspeto com as convenções sociais
vigentes, percetíveis ao longo do diálogo.
Na folha de respostas, registe apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que
corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
No primeiro parágrafo do excerto, aborda-se a questão a) , uma das temáticas que perpassa o conto
“George”. Neste parágrafo, é, ainda, possível identificar a presença de uma linguagem b) , associada a
vocábulos como “nitidez” (linha 1), “esfumado” (linha 2) e c) .
a) b) c)
1. Gi e George representam, respetivamente, o tempo de juventude e a fase adulta da mesma personagem. Este
aspeto pode ser comprovado com o facto de ambas fingirem, em simultâneo, espanto no encontro mencionado no
início do excerto, o que revela um saber partilhado em relação a esse momento: “Param ao mesmo tempo,
espantam-se em uníssono, embora o espanto seja relativo, um pequeno espanto inverdadeiro, preparado com
tempo.”, ll. 4-5). Para além disso, George não estranha a juventude de Gi, por fazer parte de si (“É esquisito não lhe
causar estranheza que Gi continue tão jovem”, l. 14), e revela saber que a mãe está a terminar o enxoval de Gi, isto
é, o seu próprio enxoval, preparado durante a juventude (ll. 30-35). Por fim, na parte final do excerto, refere--se a
impossibilidade de contacto entre as personagens no beijo da despedida e o afastamento simultâneo de Gi e
George, sugerindo uma sincronia apenas possível por se referir a uma mesma pessoa: “Depois ambas dão um beijo
rápido, breve, no ar, não se tocam, nem tal seria possível, começam a mover-se ao mesmo tempo, devagar”, ll. 33-
34.
2. Gi permanece na terra onde nasceu devido à sua relação com Carlos, um homem que espelha as convenções
sociais que vigoravam na época em que a ação toma lugar, ao desejar usar a sua herança para construir uma casa,
formar uma família com Gi e rindo-se da pretensão de abandonar a terra natal (ll. 21-22). Assim sendo, apesar de
desejar partir, Gi não o faz, pois, naquela altura, esperava-se que a mulher desempenhasse um papel estereotipado,
que pressupunha casar, ter filhos e cuidar do lar, relegando para segundo plano os seus sonhos: “E eles acham
que eu tenho muito jeitinho, que hei de um dia ser uma boa senhora da vila, uma esposa exemplar, uma mãe
perfeita, tudo isso com muito jeito para o desenho.”, ll. 26-27.
3. a) 2. b) 1. c) 3.