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Dieta Bulking
Dieta Bulking
Quando fornecemos menos energia que o corpo queima diariamente, geramos um “déficit calórico”, que
resulta em perda de peso (perda de água, glicogênio, gordura, e as vezes massa muscular)
Porém, isto afeta a habilidade do corpo em ganhar massa muscular (1). Ou seja, o corpo não consegue construir
massa muscular quando está em déficit calórico.
Por isso tentar ganhar massa muscular e perder gordura ao mesmo tempo costuma ser perda de tempo (apesar
de algumas pessoas, nas circunstâncias corretas, conseguirem fazer isso)
Agora, se você quer acelerar o ganho de massa muscular, independente de qual tipo de dieta você usar, você
precisa ter certeza de que não está em um déficit calórico. É por isso que precisamos, de certa maneira, comer
como monstros.
Eu enfatizei “independente de qual tipo de dieta você usar”, porque muitas pessoas simplesmente não
entendem que não é possível trapacear esta regra.
Enquanto esta estratégia, com certeza, vai garantir que você não esteja em um déficit calórico, nós realmente
precisamos comer tanto em bulking?
Felizmente, para a nossa conta bancária, estômago, e sanidade, não precisamos comer tudo isso.
Na verdade, a abordagem clássica de bulking não funciona para a maioria das pessoas por algumas razões
básicas:
Muitas pessoas não sabem treinar, e consequentemente não conseguem construir tanta massa muscular
independente de quanto elas comam.
Quanto mais gordura você acumular, mais longo será a fase de cutting.
E cutting não é apenas difícil psicologicamente, mas quanto maior ele for, mais massa muscular você perderá
no processo.
A esmagadora maioria das pessoas não sabem fazer cutting, e perdem quase toda a massa muscular que
ganharam durante o bulking.
Ou seja, aquela história de fazer bulking seguido de cutting, na grande maioria das vezes acaba nisso: você
ganha massa muscular, um monte de gordura, e depois perde gordura e músculo, ficando igual antes de iniciar
o bulking.
Ao manter um pequeno excedente calórico, você tem certeza que a habilidade do corpo em ganhar massa
muscular está em capacidade total, e ainda minimizando o ganho de gordura (Digo minimizar, pois em qualquer
bulking haverá ganho de gordura, mesmo que seja pouco)
Caso você não saiba quantas calorias você precisa ingerir diariamente, clique aqui.
Vale lembrar que todas as fórmulas para descobrir quantas calorias você precisa ingerir, não passam de
estimativas. O metabolismo muda de pessoa para pessoa, e ajustes são necessários no decorrer da dieta.
Por isso precisamos ficar de olho em como nosso corpo está respondendo à alimentação. Seja através do
espelho, da balança, medição de gordura corporal, etc.
Também existem algumas regras básicas para ver se o bulking está no caminho certo:
Se você está ganhando mais de 2kg por semana depois de 2 ou 3 semanas de bulking, você está comendo
demais, e provavelmente está acumulando gordura em vez de ganhar massa muscular.
Se você está ganhando menos de 1kg por semana desde o início do bulking, provavelmente seja necessário
aumentar o consumo de calorias.
E é assim que você faz um bulking da maneira correta – você ingere uma quantia moderada de alimentos e
coloca o corpo em um tímido excedente calórico. Isto permite ganhar massa muscular, sem ficar gordo.
Se você tem mais de 15% de gordura corporal (25% para mulheres), você deve fazer um cutting.
A partir de 15% começamos a parecer gordos – abdômen sem definição, músculos parecendo salsichas, etc.
Mas não é apenas a questão estética…
Estar acima do peso facilita problemas de saúde, aumenta a velocidade que você armazena gordura (quanto
mais gordo você está, mais fácil você acumula gordura), e ainda atrapalha o ganho de massa muscular.
Mas como?
Como a testosterona possui um papel vital no processo de hipertrofia, e altos níveis de estrogênio promovem
um maior armazenamento de gordura (5), os lados negativos são bem claros.
A conclusão é que ganhos excessivos de gordura durante um “bulk sujo” diminuem o ganho de massa muscular
e ainda dificulta a perda de gordura posteriormente.