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Salami
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Promove alívio para os sofrimentos e, como foi atribuído de poder para manipular o ebó, pode influenciar
o destino. Nos rituais de ebó é Exu quem propicia a energia necessária à sua manipulação e transporte e
é a ele que compete estabelecer canais de comunicação entre o sofrimento humano, o ebó e as
divindades que o receberão para promover alívio do sofrimento humano.
A influência desse orixá sobre um destino, inclusive corrigindo caminhos cuja escolha foi determinada por
um mau ori, é possível, desde que seus princípios sejam adotados e respeitados: ordem, organização e
disciplina. Esses princípios se manifestam através da prática de virtudes como lealdade, respeito,
coragem, perseverança e, principalmente, paciência. A ordem surge do caos e a justiça, muitas vezes,
decorre da injustiça. Sendo Exu detentor dos princípios básicos da paz e da harmonia, a ele compete
regular a ordem, impondo disciplina e organização, opostos da confusão e da desordem. Disciplina e
organização conquistam-se através do exercício da paciência.
Exu é uma personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá.
Alguns o consideram exclusivamente mau, outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos ao
mesmo tempo e outros, ainda, enfatizam seus traços de benevolência. Em grande parte da literatura Exu
é apresentado como um ser ambíguo, uma entidade neutra entre o bem e o mal ou, simultaneamente,
bom e mau; por vezes é apresentado como o inimigo do homem. Um provérbio iorubá elucida a respeito
dessa atribuição feita ao Orixá Exu: Olotó ni òtá aiyé (Aquele que diz a verdade é inimigo dos seres):
aponta para o fato de que Exu julga e, ao manifestar a verdade, nem sempre agradável de ouvir, é
considerado um inimigo.