O òsù é uma mistura sagrada de substâncias usada para transmitir o àse (força vital) do Òrìsà (divindade) ao iniciado durante o ritual de iniciação. Ele é preparado e consagrado apenas por babalorixás e passa a fortalecer o àse do Òrìsà no iniciado, que passa a ser chamado de Adòsù, ou "Portador do òsù".
O òsù é uma mistura sagrada de substâncias usada para transmitir o àse (força vital) do Òrìsà (divindade) ao iniciado durante o ritual de iniciação. Ele é preparado e consagrado apenas por babalorixás e passa a fortalecer o àse do Òrìsà no iniciado, que passa a ser chamado de Adòsù, ou "Portador do òsù".
O òsù é uma mistura sagrada de substâncias usada para transmitir o àse (força vital) do Òrìsà (divindade) ao iniciado durante o ritual de iniciação. Ele é preparado e consagrado apenas por babalorixás e passa a fortalecer o àse do Òrìsà no iniciado, que passa a ser chamado de Adòsù, ou "Portador do òsù".
O òsù é um amalgamado de substâncias secretas, algumas in-natura,
outras secas, algumas torradas mas tudo isto reduzidos a pó, este conhecido como iye. Ele serve de veículo para transmitir o àse do Òrìsà a ser consagrado no futuro iniciado.
O òsù será formado pelos elementos constituitivos e carrega não
somente o àse mas a individualização de cada Òrìsà, sendo assim há uma expressiva diferença entre os òsù, cada qual leva suas substâncias distintas e específicas, ou seja, um diferente do outro. É a preparação mística de uma base apta a receber o Òrìsà Tutelar quando ele manifestar-se no iniciado.
Para que possa veicular o àse pretendido, deve ser consagrado
ritualísticamente em um odo (almofariz/pilão) devidamente preparado para este tipo de cerimônia. O almofariz, onde os remédios e elementos sagrados são triturados é considerado um objeto sagrado feito apenas com determinados tipos de madeira. Simboliza as duas forças fundamentais: o almofariz representa o pólo feminino , enquanto o pilão representa o pólo masculino.
O que se obtem destes dois é o terceiro elemento “O elemento criado, o
elemento procriado”. O ritual para o preparo do òsù, onde são recitados a cerimônia do Mo Jùbà (invocação sagrada) e certos adúrà (rezas) são de competência única e exclusiva dos Babalòrìsà, Ìyálòrìsà, Ìyálàse e Òsùpin.
Em determinado estágio da iniciação, a Ìyálàse trasfere esta massa do
almofariz e a fixa em formato cônico, sobre o crânio raspado do noviço, mais especificamente em um pequeno corte ritualístico denominado de gbéré, por intermédio de um ciclo ritual que culmina quando esta profere algumas palavras, afim de consagrar o òsù. Estas palavras são conhecidas como ofò. Uma vez sacralizado corretamente e por quem de direito, o òsù fortalece o àse do Òrìsà consagrado no iniciado e este passa ser chamado de Adòsù.
O denominação A'd'òsù, resulta na forma contraída das palavras:
A – dá – òsù, o que poderiamos interpretar como: “Aquele que carrega o
òsù” ou “O Portador do òsù”.
De suma importante lembrar, que a gramática Yoruba na prática de sua
linguagem é comum usar o sinal diacrítico o “apóstrofo”. Consiste em que, se numa mesma frase a palavra termina com uma vogal e a palavra seguinte começa com uma vogal, uma destas duas vogais sofre supressão, então duas ou mais palavras tornam-se apenas uma.
O período da iniciação, consiste em um conjunto de vários ritos e, mais
tarde, durante as cerimônias de evocação do Òrìsà, a Ìyáre (a mãe que cria) ou a Ojúbona (aquela que conduz – auxiliar da Ìyáre), lavará o corpo do noviço com a infusão de uma variedade de folhas consagrada a divindade tutelar do noviço.
São banhos destinados à estabelecer a ligação mística entre o Òrìsà,
unicamente esse Òrìsà Tutelar, e o corpo do noviço impregnado do mesmo àse, completando a ação do òsù, que estabeleceu em sua cabeça os elementos sagrados e vitais da divindade.
O corpo do Àdòsù tornou-se o receptáculo misticamente preparado de
uma força imaterial e de uma única força. Figurativamente falando, como em um recipiente que contenha água doce será apto a receber os peixes dos rios e um outro repleto de água salgada, poderá receber os peixes do mar.
Permanecendo no plano das comparações, o òsù pode ser assimilado a
uma fotográfia. Ele contém em si a imagem latente da divindade, impressa no momento da iniciação sobre um “espírito virgem” de toda impressão, e essa imagem revela-se e manifesta-se quando as condições favoráveis estão reunidas.
O òsù que não tenha sido submetido ao ritual de sacralização, por
quaisquer que seja o motivo, à esse não lhe foi transmitido o devido àse, não tem a mínima utilidade litúrgica, é apenas um aglomerado de substâncias e nada mais. O que poderá colocar em risco toda uma iniciação.