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LITERATURA

IRLENY
HUMANISMO
- Século XV
- O Humanismo foi uma fase intermediária entre o mundo medieval e o
mundo clássico e inaugurou um período que a História denomina
Renascimento.
- Antropocentrismo- Homem no centro do universo.
- Declínio do Feudalismo e início da Revolução Comercial, que
proporcionou a troca de mercadorias, permitindo o acúmulo de riquezas
por meio do lucro, e gerando também a ascensão da burguesia e o
desenvolvimento das cidades.
- A imprensa: Um dos grandes avanços do século XV foi a criação da
imprensa. Portugal está entre os primeiros países a adotá-la.
- Invenção da bússola.
- Início da expansão marítima que se estenderia até o século XVI.
•O Humanismo foi, portanto, o movimento
cultural que, a par do estudo e da imitação dos
autores greco-latinos, praticou um ato de fé pela
natureza humana. Fez do homem objeto do
conhecimento, reivindicando para ele uma
posição de importância no contexto universal,
sem, contudo, negar a existência de Deus.
•O homem valoriza o saber: consome mais
livros, difunde novas ideias e volta sua
atenção para a cultura de gregos e latinos,
porque nela identifica o novo espírito da
época.
Autores da prosa humanista

Fernão Lopes- Cronista-mor. Suas crônicas são apresentados


aspectos referentes à natureza humana como tal, e não à imagem e
semelhança de Deus. Há veracidade histórica pelos fatos narrados.

-Crônica D’el- Rei D. Rei D. Pedro I.


-Crônica D’el- Rei D. Rei D. Fernando.
-Crônica D’el- Rei D. Rei D. João I.

Gil Vicente- “Pai do Teatro Português”


Autos e Farsas.
Assume uma atitude crítica constante em relação aos homens e às instituições
da sua época, Gil Vicente vale-se da proteção real para censurar fidalgos,
comerciantes e até mesmo o clero, denunciando vícios e fraquezas humanas.
• Poesia Palaciana: Ao contrário da poesia trovadoresca, a poesia palaciana não
possui música para seu acompanhamento, restando para dar ritmo ao seu texto, o
recurso poético das redondilhas.
Gil Vicente
• Há, basicamente, três tipos de personagens vicentinos, embora alguns deles possam
ser enquadrados em mais de uma categoria:
• Personagens típicos- tipos extraídos do cotidiano, representativos, estereótipos dos
vários segmentos sociais, como o sapateiro, o fidalgo, o clérigo pecador, o escudeiro,
o juiz, a adúltera, a freira, o ladrão, etc.
• Tipos fantásticos-seres que se originam da imaginação, da religiosidade mítica,
como santos, anjos e demônios.
• Tipos alegóricos- personagens que representam instituições (como Igreja de Roma),
vícios ou virtudes da sociedade. Por vezes, tais personagens confundem-se com os
fantásticos. O Anjo e o Demônio, da peça Auto da Barca do Inferno, são, ao mesmo
tempo fantásticos e alegóricos, já que pertencem ao imaginário popular e
simbolizam, respectivamente , o BEM e o MAL.
• Pelaordem, no Auto da Barca do Inferno, chegam ao cais da
morte os seguintes personagens:
•O Fidalgo, D. Anrique, que representa a elite, especialmente a
nobreza que explora e desdenha dos pobres.
• O Onzeneiro, ou seja, o agiota, que vive de emprestar dinheiro a
juros exorbitantes e confisca os bens de seus devedores. Os
“onzeneiros” têm esse nome porque, segundo a Igreja, na época, os
juros tolerados de empréstimos eram, no máximo, de 10%. Quem
cobrasse de 11% em diante cometia falta grave, caso do nosso
personagem.
• O Sapateiro, Joanantão, que representa a burguesia comerciante
que rouba no preço.
• O Parvo Joane, personagem que se filiará ao Anjo. Dada a sua condição, vivia de
modo natural, sincero e inconsciente. Na obra de Shakespeare, existem os
clowns, ou seja os bobos da corte e eram os únicos que podiam fazer piadas com o
rei—desde que, é claro, a anedota fosse muito, muito boa.O dramaturgo inglês
coloca nas falas dos clowns as grandes verdades. Gil Vicente adotou tal
expediente com os parvos antes de Shakespeare. Parvos e crowns apresentam
uma espécie de imunidade contra a ordem social. A eles é concedido falar a
verdade.
• O frade cortesão, Frei Babriel, que chega acompanhado de sua amante, D.
Florença. Ele não tem vocação para o celibato, mas sim para guerrear e namorar.
• A alcoviteira Brísida Vaz. A Alcoviteira é uma mulher que trata de assuntos de
alcova, ou seja, de quarto: namoros, casamentos e , no caso dela, agenciamento
de prostituição.
• O Judeu chamado Semifará, que não é aceito pelo Anjo e nem pelo Diabo. Mas
escolhe ir para a barca infernal.
• Dois representantes do judiciário: um Corregedor (juiz) e um
Procurador. Ambos corruptos, em vida aceitavam propina
para distorcer as leis.
• O Enforcado, que é um Laranja, isto é, alguém cujo nome
consta à frente dos negócios escusos de gente poderosa. Ele
não sabe exatamente o que faz, visto que é estúpido. Morreu
enforcado achando que no pós-vida seria recompensado.
• Os quatro Cavaleiros Cruzados que morreram a combater
pela fé. São os únicos, além do Parvo, que têm a honra de
entrar na barca do Anjo.

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