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Microbiologia de Lodos Ativados

Ane-Mery Pisetta
Apresentações
 Instrutor: Ane-Mery Pisetta

 Formação: Engenheira Química e Engenheira de Segurança


do trabalho, especialista em Gerenciamento de Águas e
Efluentes, Mestre em Meio Ambiente Urbano e Industrial
com estágio na Alemanha, Doutoranda em Ecologia e
Saúde Ambiental pela Universidade Fernando Pessoa de
Portugal.
 Experiência: 26 anos de experiência em tratamento de
resíduos e efluentes industriais. Especialista no tratamento
de lixiviados de aterros e tratamento de resíduos.

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Programação
Primeiro dia

Apresentação do instrutor e participantes do curso

Tratamento secundário – Tratamento biológico de efluentes

Microbiologia de lodos ativados

Microscopia de Lodos Ativados

Parâmetros de controle de processo

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Programação
Primeiro dia
 Parâmetros de controle e sua importância no processo de
tratamento: Principais ferramentas de controle operacional
(Índice Volumétrico do Lodo - IVL, Idade do Lodo, Relação
Alimento - Massa de Micoorganismos - A/M)

Segundo dia

 Aula prática – Laboratório – Microscopia


 Interpretação dos resultados analíticos e resolução de
problemas operacionais
 Visita técnica à ETE da BRK
 Feed Back, Avaliação e Encerramento

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Objetivos do curso
 Fornecer noções fundamentais sobre o tratamento
biológico de efluentes;

 Conhecer os principais microorganismos responsáveis pela


degradação biológica de efluentes, suas funções e
características;

 Identificar de forma prática, os microorganismos existentes


em um lodo biológico por meio de visualização em
microscópio ;

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Objetivos do curso
 Conhecer os principais aspectos do controle operacional
de um sistema biológico de tratamento de efluentes;

 Identificar problemas operacionais e identificar a correta


forma de solucioná-los;

 Promover a troca de experiências entre os participantes;

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Tratamento de efluentes

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Tratamento de efluentes

 Objetivo: remoção dos contaminantes presentes


no efluente.

 Para atingir o objetivo, faz-se uso de vários


processos de tratamento, baseados em
fenômenos ou princípios físicos, químicos ou
biológicos, ou ainda, em suas combinações.

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Níveis de tratamento

Nível Remoção Processo

Gradeamento
Preliminar Sólidos em suspensão grosseiros Peneiramento
Desarenador

Decantador primário
Sólidos em suspensão sedimentáveis
Separador água/óleo
Primário DBO em suspensão
Coagulação/floculação
Óleos e graxas
Coagulação/flotação

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Níveis de tratamento
Nível Remoção Processo

Lodos ativados e variantes


DBO em suspensão
Lagoas de estabilização
Secundário DBO solúvel
Filtros biológicos
Nutrientes
Reatores anaeróbios

Nutrientes
Desinfecção
Patógenos
Oxidação química
Compostos não biodegradáveis
Terciário Coagulação/floculação
Metais pesados
Filtração simples
Sólidos inorgânicos dissolvidos
Osmose reversa
Sólidos em suspensão remanescentes

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Requisitos básicos

 Medidores de vazão

 Equalização

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Medidores de vazão
 A medição da vazão é um “Norte” para o tratamento;

 Dispositivos comumente utilizados para medir vazão em


estações de tratamento de efluentes:

 Vertedor retangular
 Vertedor triangular
 Calha Parshall
 Medidor eletromagnético
 Hidrômetro

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Equalização (mássica e volumétrica)
 Controlar pH

 Regular vazão: minimizar as variações de vazão dos


despejos específicos, de tal modo que haja uma
vazão relativamente constante

 Regular concentração: minimizar variações de


concentração, como DQO, DBO, produtos químicos
nocivos ao tratamento, temperatura, entre outros

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Equalização (mássica e volumétrica)
 Minimizar o uso de reagentes químicos necessários
à neutralização (se houver)

 Prover alimentação contínua para o sistema


biológico nos períodos em que a fábrica estiver
parada

 Evitar que altas taxas de materiais tóxicos atinjam a


ETE. Prevenir cargas de choque no sistema biológico

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Tratamento Biológico de Efluentes

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Tratamento biológico

 Processo baseado em processos de degradação


que ocorrem naturalmente nos corpos de água;

 Enquanto no tratamento preliminar e primário


predominam mecanismos de ordem física e
química, no tratamento secundário predominam
processos biológicos.

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Tratamento biológico
 Destina-se à remoção da matéria orgânica
dissolvida ou em suspensão através de processos
biológicos unitários, no qual a remoção é efetuada
por reações bioquímicas, realizadas por
microrganismos.

 A essência dos processos reside na capacidade dos


organismos envolvidos utilizarem os compostos
orgânicos biodegradáveis, transformando-os em
subprodutos.
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Tipos de tratamento Biológico
 Aeróbios  Anaeróbios

 Filtros biológicos  Lagoas anaeróbias


 Lagoas de estabilização  Reatores anaeróbios
 Lagoas aeradas  Filtros anaeróbios
 Lodos ativados e suas  Digestores de lodo
variações
 Wetlands (zona de
raízes)

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Filtro biológico

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Lagoa de Estabilização

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Lagoas aeradas

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Zona de raízes

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Lodos ativados

 O princípio da depuração em lodos ativados


emprega como elementos ativos os
microorganismos, os quais, em contato com o
substrato biodegradável e na presença de
oxigênio, crescem e “floculam”.

24 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Lodos ativados

Os “flocos biológicos”
são formados por
consórcios de
microrganismos que
configuram
comunidades dinâmicas,
cada uma das quais
possui uma determinada
finalidade no processo
de lodos ativados.

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Configuração do sistema

Reator Biológico Decantador secundário


Afluente
Aeração
Efluente

Retorno de lodo Descarte de lodo

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Configuração do sistema

27 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Configuração do sistema

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Configuração do sistema

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Variações do processo
Remoção
Processo TDH (h) SSTA (mg/L) IDL (dias) A/M Qr/Q (%)
DBO (%)
Convencional 85 – 95 4a8 1500 – 4000 4 a 15 0,2 a 0,4 25 a 50
Aeração
90 – 95 16 a 36 3000 – 6000 20 a 30 0,05 a 0,15 100 a 300
prolongada
Mistura
85 – 95 3a5 3000 – 6000 4 a 15 0,2 a 0,6 25 a 100
completa
Processo com
90 – 95 6 a 12 3000 – 6000 10 a 15 0,05 a 0,02 100 a 300
nitrificação
Valo de oxidação 85 – 95 36 a 72 3000 – 6000 30 a 40 0,05 a 0,015 100

Oxigênio puro 85 – 95 1a3 6000 – 8000 8 a 20 0,25 a 1,0 25 a 50

Fonte: JORDÃO, 2009

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Lodo ativado convencional
• Tempo de detenção hidraúlica : 6 a 8 horas
• Idade do lodo: 4 a 10 dias
• Remoção contínua do lodo biológico excedente
• Lodo não é estabilizado no processo
• Fornecimento de O2 : aeradores mecânicos ou ar difuso
• Decantador secundário:
• Biomassa sedimenta
• Efluente sai clarificado
• Lodo retorna para o tanque de aeração o que aumenta a eficiência do
processo

31 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Aeração prolongada
• Biomassa permanece no sistema por mais tempo do que na
modalidade convencional
• Tempo de detenção hidraúlica : 16 a 36 horas
• Idade do lodo: 20 a 30 dias
• Bactérias utilizam sua própria biomassa para realizar os
processos metabólicos
• Estabilização da biomassa no próprio tanque de aeração : parte
do lodo já sai estabilizado
• Requerimento de maior energia para aeração
• Modalidade mais eficiente na remoção de matéria orgânica

32 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioquímica dos sistemas aeróbios
Substâncias orgânicas

Adsorção nos flocos ou filmes

Atuação de enzimas extracelulares

Metabolização

33 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Digestão aeróbia
CO2, H2O, N2, P
Oxigênio

Respiração (energia)

Matéria orgânica

Síntese

Nutrientes CO2, H2O, NH3, P,


Novas células Produtos não
biodegradáveis

Oxigênio Nutrientes Respiração endógena

34 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Digestão aeróbia
NO2- e NO3-
Oxigênio

Respiração (energia)

NH+4

Síntese

Nutrientes CO2, H2O, NH3, P,


Novas células Produtos não
biodegradáveis

Oxigênio Nutrientes Respiração endógena

35 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Necessidade de oxigênio
 1,5 vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração
quando não se tem nitrificação

 2,5 vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração


quando se tem nitrificação

 4,0 vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração


quando se tem nitrificação, para alimentação do sistema com
efluente anaeróbios tipo UASB

Manter OD = 1,5 a 2,0 mg/L (set point) – Sistema Convencional

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Microbiologia dos Lodos Ativados

37 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


O que é o Lodo Biológico?

38 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Formação do floco
 A formação do floco no sistema de lodos ativados é
essencial para o seu correto funcionamento, permitindo
deste modo o “empacotamento” de uma grande e
diversificada população de bactérias nos flocos que podem
ser separadas no decantador secundário, e podem ser
retornadas ao processo

 Esta formação ocorre naturalmente com o aumento da


Idade do Lodo, sendo iniciada pelas bactérias formadoras
de floco.

39 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Formação do floco
 As principais funções proporcionadas pelas bactérias formadoras de
flocos em reatores biológicos incluem:

 Remoção de matéria orgânica (cDBO)


 Remoção de nitrogênio
 Remoção de fósforo
 Remoção de sólidos finos
 Desenvolvimento de diversos organismos (protozoários, metazoários e
outros), que aumentam a eficiência do tratamento
 Promovem estrutura firme, resistente a ação de cisalhamento ou
turbulência
 Imprime estrutura densa que contribui para a sedimentação adequada

40 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Características dos flocos
Forma Dimensão
 Arredondado  Pequeno
 Irregular  Grande
Causa: bactérias filamentosas  Médio
Causa: carga aplicada, turbulência,
qualidade do afluente
Resistência
 Firme
Composição (diversidade)
 Fraco
 Pouca/muita
Causa: carga aplicada
Causa: qualidade e quantidade de
substrato e nutrientes disponíveis
Estrutura
 Compacto
 Aberto
Causa: bactérias filamentosas

41 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Floco ideal

1. Equilíbrio entre bactérias


filamentosas e formadoras de
floco
2. Flocos grandes e firmes
3. Os poucos filamentos que se
projetam dos flocos não
interferem na sedimentação
4. Sobrenadante límpido
5. Baixos valores de IVL

42 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Floco com excesso de filamentos

1. Predomínio de bactérias
filamentosas
2. Flocos grandes de formato
irregular e cuja estrutura
apresenta-se fraca
3. Os filamentos em excesso
interferem na sedimentação e
compactação
4. Sobrenadante límpido

43 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Pin floc

1. Ausência de bactérias
filamentosas
2. Flocos muito pequenos e
fracos
3. Sobrenadante turbido
4. Baixos valores de IVL

44 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Comunidade dos lodos ativados
 Bactérias
 Unicelulares
 Isoladas ou Filamentosas
 Livres no líquido ou formando flocos
 Principais responsáveis pela degradação da matéria orgânica

 Algas e Fungos
 Não desempenham papel importante neste tipo de tratamento

 Protozoários e Micrometazoários
 Papel secundário no tratamento
 Responsáveis pela clarificação do efluente final (polimento)
 Representados por aproximadamente 300 espécies

45 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Função desta comunidade
 Proteger-se do ambiente (limite com o meio exterior);

 Capturar nutrientes;

 Produzir energia de forma biologicamente utilizável;

 Converter alimento em material celular;

 Excretar produtos utilizados (“restos”);

 Preservar e reproduzir informações genéticas

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Fatores de influência
 Fatores ambientais: pH, temperatura, nutrientes,
concentração de substratos, disponibilidade de sólidos
suspensos

 Parâmetros de projeto: relação A/M


(alimento/microorganismo), índice volumétrico de lodo
(IVL), tempo de retenção celular (θc), tempo de
detenção hidráulico (TDH)

 Configuração do sistema: batelada, contínuo, mistura


completa

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Bactérias
 Correspondem entre 90 a 95% da biomassa

 Nos lodos ativados as bactérias podem ser divididas de acordo


com o tipo de alimentação:
 Bactérias heterotróficas (consumidoras de C e desnitrificantes)
 Bactérias quimioautotróficas (nitrificantes)
 Bactérias poli-P (remoção de fósforo)

 Podem ser encontradas de três formas no ambiente (reator):


 Bactérias livres: não floculadas, isoladas ou em pequenas colônias
 Bactérias filamentosas: colônias de filamentos ou feixes de filamento
 Bactérias formadoras de floco: são a base do floco

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Bactérias
 Reprodução: fissão binária
1. Síntese de material celular (proteínas, dna, etc.)
2. Formação de uma nova célula bacteriana
3. Separação das células

49 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bactérias envolvidas no processo
Carbono / Energia /
Designação Exemplo Forma de crescimento
Aceptor de elétrons
• Formadoras de flocos:
Achromobacter
Aerobacter
Bacillus
Citromonas
Orgânico / Oxidação Formadoras de floco
Organotróficas aeróbias Escherichia
aeróbia / Oxigênio Filamentosas
Pseudomonas
Micrococcos
Flavobacterium
Zooglea
• Várias filamentosas
Aeromonas
Orgânico / Fermentação
Fermentativas Pateurella Formadoras de floco
/ Carbono orgânico
Alcaligenes
Desnitrificantes Alcaligenes
Orgânico / Redução / Formadoras de floco
(organotróficas Flavobacterium
Nitrato Filamentosas
anóxicas) Pseudomonas

50 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bactérias envolvidas no processo
Carbono / Energia /
Designação Exemplo Forma de crescimento
Aceptor de elétrons
Inorgânico / Oxidação
Nitrossomonas da amônia em
Nitrificantes Agregados (colônias)
Nitrobacter condições aeróbias /
Oxigênio
Acinobacter Orgânico / Polifosfatos e
Aerobacter produtos orgânicos Agregados (colônias)
Poli-P
Klebsiella armazenados / Oxigênio Filamentosas
Beggiatoa e nitrato
Thiobacillus Inorgânico / Oxidação
Formadoras de floco
Oxidantes de enxofre Beggiatoa em condições aeróbias /
Filamentosas
Thiothrix Oxigênio
Desulfovibrio Inorgânico / Redução /
Redutoras de enxofre Formadoras de flocos
Desulfobacter Sulfato

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Curva de crescimento bacteriano

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Protozoários
 Correspondem de 5 a 9% da biomassa
 Densidade: de 100 a 100.000 org/mL
 Unicelulares, microscópicos (30-300 m), essencialmente aquáticos
 Formato variável: esférico, oval, alongado ou achatado
 Tipicamente translúcidos, podendo apresentar coloração em algumas espécies
(alimento, material de reserva ou pigmentos)
 Papel secundário na remoção de matéria orgânica
 Alimentam-se de bactérias, outros protozoários e matéria orgânica particulada
ou dissolvida
 A principal forma de reprodução entre os protozoários é a fissão binária

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Protozoários
 São subdivididos quanto à morfologia da célula e a forma
de locomoção em:

 Amebas
 Ciliados livres
 Ciliados reptantes
 Ciliados fixos
 Flagelados

54 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Protozoários
 Ciliados reptantes
 Amebas Ciliados fixos

 Ciliados livres
 Flagelados

55 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Micrometazoários
• São pequenos animais pluricelulares

• Sua ocorrência está associada à idade do lodo mais


elevada

• Nos lodos ativados podem ser encontrados


micrometazoários de diversos grupos sendo eles:
 Rotíferos
 Anelídeos
 Nematoídes
 Tardígrados (urso da água)

56 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Micrometazoários
 Rotíferos  Nematoídes

 Anelídeos  Tardígrados (urso


da água)

57 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Desenvolvimento da comunidade

 Sucessão Ecológica

 Conseqüência da redução da energia do sistema


(representada pela oferta de alimento)

 A composição da comunidade é influenciada pelas


características da água residuária afluente ao sistema

58 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Desenvolvimento da comunidade

59 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Indicadores operacionais
 A relação entre composição da comunidade e as condições
operacionais são baseadas no conceito do organismo
indicador;

 Baseada na abundância relativa dos grupos indicadores.


Ocorrências pontuais não são significativas;

 Boa performance = equilíbrio entre ciliados livre-natantes,


ciliados fixos e rotíferos;

60 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espécie dominante e correlação
Microrganismo Característica do processo

Lodo jovem, característica de início de


Predominância de flagelados e amebas
operação ou baixa idade do lodo
Deficiência de aeração, má depuração e
Predominância de flagelados
sobrecarga orgânica
Predominância de ciliados pedunculados e
Boas condições de depuração
livres

Predominância de Arcella Boa depuração

Predominância de Aspidisca costata Nitrificação

Predominância de Trachelophyllum Alta idade do lodo

Predominância de Vorticella microstoma e


Efluente de má qualidade
baixa concentração de ciliados fixos

Predominância de anelídeos Excesso de oxigênio dissolvido

Predominância de filamentos Intumescimento do lodo

61 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Microscopia na avaliação de Lodos
Ativados

62 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Uso do microscópio
 O microscópio auxilia o operador a enxergar os microrganismos
presente no processo de tratamento;

 Cada estação de tratamento possui características próprias e


organismos específicos adaptados àquele tipo de efluente;

 A observação dos organismos proporciona ao operador a


capacidade de correlacionar os organismos com as condições
operacionais existentes, para verificar se estas condições estão
aceitáveis ou não. Desta forma utiliza os organismos como
indicadores ou bioindicadores.

63 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Uso do microscópio
 Em alguns países, como por exemplo, na Alemanha, a análise
microscópica do lodo ativado é prescrita legalmente para sistemas de
lodos ativados que atendem mais de 10.000 habitantes

 O diagnóstico obtido pela microscopia do lodo ativado é utilizado para


alterar as características operacionais do sistema, tais como a idade do
lodo e a concentração de oxigênio dissolvido no reator

 Embora a caracterização microscópica da comunidade do lodo ativado


possua grande importância para a avaliação das condições da ETE, o
uso de tal ferramenta ainda é incipiente no Brasil, e os resultados são,
em geral, subutilizados

64 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Importância da microscopia
 As observações microscópicas são importantes para determinar:

 Mudanças no tamanho e densidade do floco


 Quantidade e localização de organimos filamentosos
 Tiop e abundância de protozoários e metazoários
 Correlação com o processo de operação e problemas operacionais

65 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Microscopia
Ampliação Uso
40 X Identificação e observação do corpo de micrometazoários grandes

Observação geral do líquido e biomassa


Identificação dos grupos de protozoários
Contagem de protozoários e micrometazoários
100 X
Identificação de pequenos micrometazoários
Determinação do local e relativa abundância de organismos filamentosos
Idetificação de ponteamento entre os flocos ou abertura

Se necessário, identificação de grupos de protozoários


400 X Se necessário, identificação dos protozoários em genêro ou espécie
Observação detalhada das partículas do floco
Identificação da estrutura de organismos filamentosos
1000 X
Resposta dos organismos filamentosos frente as técnicas de coloração

66 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições para análise do lodo

 Amostra e preservação: utilizar amostras recém coletadas. Se


necessário, preservar por refrigeração (4°C), sem congelar. Manter em
local fresco, sem incidência de luz solar direta
 Forma e Local da coleta: reator biológico, próximo a saída para o
decantador secundário. Preencher apenas 2/3 do volume do frasco
 Análise: Homogeneizar delicadamente a amostra antes da análise
(qualitativa/quantitativa)
 Nas análises quantitativas, realizar a observação o mais rápido possível
para evitar o processo de migração para as bordas
 Análises qualitativas = lâmina e lamínulas
 Análises quantitativas = Câmara de Sedgwick-Rafter (volume definido
de 1 mL)

67 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Análise qualitativa do lodo

 Microrganismos e flocos
 Aumento 100 a 200 vezes
 Iluminação de campo claro, lâmina e lamínula

68 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Análise qualitativa do lodo

 Serve para verificar:


 Presença de microrganismos
 Se os mesmos se encontram vivos ou não
 Se apresentam comportamento habitual
 Quais gêneros e respectivos grupos estão representados
 Predominância de determinados grupos/gêneros
 Alteração na população ao longo do tempo
 Características dos flocos biológicos (forma e resistência)
 Organismos filamentosos (localização, abundância e efeitos sobre a
estrutura do floco)
 Com relação a abundância deve ser utilizada a escala de Jenkins
 Líquido (relativa abundância de crescimento disperso e material
particulado)

69 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Análise quantitativa de microrganismos

 Aumento 100 a 200 vezes (depende do microscópio)


 Iluminação de campo claro
 Câmara de Sedgwick-Rafter (50 x 20 x 1 mm) = 1 mL
 Se necessário realizar diluição
 Contagem por campos aleatórios ou faixas, dependente do
número de microrganismos presentes

70 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Análise quantitativa dos flocos

 Diluição da amostra em 500 vezes (2 mL de amostra para 1 L)


 Câmara de Sedgwick-Rafter (50 x 20 x 1mm) = 1 mL
 Aumento 100 vezes
 Iluminação de campo claro
 Necessidade de se possuir uma ocular com régua (ex: cruz)
 Contagem dos 30 primeiros flocos
 Ao final calcular a média e porcentagem dos flocos

71 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Microrganismos indicadores
Microrganismo Indicação
Predominam no início de operação do sistema (lodo jovem). Em lodos
Pequenos flagelados (< 10 m)
já formados, indicam baixa eficiência de depuração.
Observados ocasionalmente, em pequeno número. Presença
Grandes flagelados (> 50 m)
associada a carga baixa e afluente pouco concentrado.
Predominam junto com os pequenos flagelados em lodos jovens ou
Pequenos ciliados (<50 m)
baixa idade do lodo ou baixa oxigenação.
Grandes ciliados (>50 m) Predominam em lodos jovens associados a carga muito alta.

Surgem quando os flocos estão bem formados, associados aos ciliados


fixos. Quando estes grupos predominam e existem poucos flagelados
Ciliados predadores de flocos
e ciliados livres é indicação de boa depuração (boa separação do lodo,
poucas bactérias dispersas e baixa DBO efluente).

72 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Microrganismos indicadores
Microrganismo Indicação
Indicadores de boa depuração quando associados aos predadores de
flocos. Crescimento intenso, de forma rápida, indica fenômeno de
transição (perda de lodo, carga descontínua, reciclo insuficiente).
Ciliados fixos
Baixa concentração de lodo = colônias c/ muitos organismos. Alta
concentração de lodo = colônias pouco numerosas e organismos
isolados.
Predador de outros ciliados, são observados em estações com alta
Suctórias
idade do lodo e baixas cargas.
Amebas com teca Características de estações com cargas muito baixas
Predominando juntamente com os flagelados, indicam baixa
Pequenas amebas depuração (DBO elevada no efluente e carga orgânica de difícil
degradação)
Indicam alta idade do lodo. Muitos nematóides = baixa depuração.
Micrometazoários Muitos rotíferos = boa depuração. Presença de gastrotrica está
associada a idade do lodo alta e baixa carga.

73 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores x Condições
 Existe uma série de condições operacionais que impactam
diretamente na qualidade da cadeia alimentar do reator biológico,
sendo elas:
 Baixa concentração de oxigênio dissolvido (OD)
 Baixa relação F/M (< 0,05)
 Baixa concentração de nutrientes
 Baixo pH (< 6,8)
 Alto pH (> 7,4)
 Septicidade e/ou sulfetos
 Choque de carga de cDBO solúvel
 Detergentes
 Toxicidade
 Gorduras, óleos e graxas
 Crescimento de bactérias do tipo Zooglea

74 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Baixa concentração de oxigênio dissolvido
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Haliscomenobacter hydrossis
 Microthrix parvicella
 Sphaerotilus natans
 1701
 Regressão do grupo dominante de protozoários (cilidos para
flagelados e amebas)
 Protozoários e micrometazoários sem viabilidade ou dispersos
 Quantidade significativa de ciliados fixos livre natantes

75 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Baixa concentração de OD

76 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Baixa relação F/M
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Haliscomenobacter hydrossis
 Microthrix parvicella
 Nocardia
 021N
 0041
 0092
 0581
 0675
 0803
 0961
77 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Bioindicadores
 Baixa concentração de nutrientes
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Fungos
 Haliscomenobacter hydrossis
 Sphaerotilus natans
 Nocardia
 Thiothrix
 021N
 0041
 0675
 1701
 Resposta positiva das partículas do floco quanto a coloração de
Negro da India

78 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Baixo pH
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Fungos
 Nocardia

 Alto pH
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Microthrix parvicella

79 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Septicidade e/ou sulfetos
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Beggiatoa
 Nostocoida limicola
 Thiothrix
 021N
 0041

80 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Toxicidade
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Flocos com forma oval quando há presença de metais pesados
 Regressão do grupo dominante de protozoários (cilidos para flagelados e
amebas)
 Protozoários e micrometazoários sem viabilidade ou dispersos

 Gorduras, óleos e graxas


 Crescimento abundante de bactérias filamentosas
 Microthrix parvicella
 Nocardia
 0092
 Gotas de óleo quando realizado a coloração de Negro da India
 Presença de óleo nas partículas do floco

81 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Choque de carga
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos com o centro firme e o perímetro fraco frente a coloração de
Safranina

 Detergentes
 Aumento no crescimento disperso
 Flocos fracos
 Quantidade elevada de flocos pequenos e esféricos
 Regressão do grupo dominante de protozoários (cilidos para
flagelados e amebas)
 Protozoários e micrometazoários sem viabilidade ou dispersos

82 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Choque de carga

83 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Choque de carga

84 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bioindicadores
 Zooglea ramigera
 Bactéria formadora de flocos, envolta em camada de
polissacarídeos (aspecto gelatinoso)
 Pode crescer fora dos flocos formando estruturas características,
impedindo a boa sedimentação do lodo (bulking viscoso)
 Este desenvolvimento é verificado quando ocorrem as seguintes
situações:
 Alta relação F/M
 Deficiência de nutrientes (N e/ou P)
 Baixo pH

85 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Zooglea ramigera

86 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Zooglea ramigera

87 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Identificação das bactérias filamentosas
 Porque identificar
 Verificar se o problema de sedimentação ou formação de espuma é devido
ao crescimento de bactérias filamentosas
 Comparar se a bactéria observada está entre aquelas que causam “bulking”
 Relatar a bactéria filamentosa observada para sugerir as condições de
causa
 Avaliar e tomar ações frente ao microrganismo se necessário

 Como identificar
 Reconhecimento de aspectos morfológicos, comportamento e reação à
colorações
 Amostras frescas ou fixadas e coradas
 Chaves e tabelas de identificação

88 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Parâmetros de Controle Operacional

89 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


90 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Parâmetros de projeto

 Volume do reator (m3)

 Volume do decantador secundário (m3)

 Área do decantador secundário (m2)

 Capacidade de aeração (kg O2/d)

91 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Parâmetros do sistema
 Vazão de entrada = Q (m³/h)

 Concentração de substrato de entrada = DBO (mg O2/L)

 Concentração de substrato solúvel de saída = DBO (mg


O2/L)
 Concentração de nutrientes disponível = N e P (mg/L)

 Concentração de biomassa no reator = SSV (mg/L)

 Concentração de biomassa na recirculação = SSV (mg/L)

 Carga de lodo = Relação A/M (kg DBO/kg SSVTA.d)

92 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Parâmetros do sistema

 Volume de lodo no reator = sólidos sedimentáveis 30´


(mL/L)
 Índice volumétrico de lodo = IVL (mL/g)

 Razão de recirculação = R (%)

 Idade do lodo = Θc (d)

 Taxa de utilização de oxigênio = OUR

 Taxa específica de utilização de oxigênio = SOUR

93 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Monitoramento
 Amostra – Afluente ao reator

Parâmetro Uso Freqüência


Vazão Controle de processo horária
DBO Avaliação de desempenho semanal
DQO Controle de processo diária
SST Avaliação de desempenho semanal
SSV Avaliação de desempenho semanal
NTK Controle de processo semanal
Fósforo Controle de processo semanal
pH Controle de processo diária
Alcalinidade Controle de processo diária
Temperatura Controle de processo diária

94 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Monitoramento
 Amostra – Reator (tanque de aeração)

Parâmetro Uso Freqüência


Temperatura Controle de processo diária
OD Controle de processo diária
SST Controle de processo diária
SSV Controle de processo diária
NO-3 Controle de processo semanal
SD30 Controle de processo diária

95 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Monitoramento
 Amostra – Recirculação

Parâmetro Uso Freqüência

Vazão Controle de processo horária

SST Controle de processo diária

SSV Controle de processo diária

96 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Monitoramento
 Amostra – Saída do decantador secundário

Parâmetro Uso Freqüência


DBO Avaliação de desempenho semanal
DQO filtrada Controle de processo diária
SS Avaliação de desempenho semanal
SSV Avaliação de desempenho semanal
NTK Avaliação de desempenho semanal
NH3-N Avaliação de desempenho Semanal
NO-2 Avaliação de desempenho semanal
NO-3 Avaliação de desempenho semanal
Fósforo Avaliação de desempenho semanal
pH Controle de processo diária

97 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Relação A/M

Qmédia x DBOentrada Alimento A


 
Vtanquex SSVtanque Microorganismos M

 Qmédia (m³/h)
 DBOentrada (mg O2/L), deve ser substituída pela DQO
 Vtanque (m³)
 SSVtanque (mg/L)

98 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Razão de recirculação

SSVreator
R x100
SSVrecirculação - SSVreator

 R (%)
 SSVtanque (mg/L)
 SSVrecirculação (mg/L)

99 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Vazão de recirculação

Qmédia x R
Qrecirculação 
100

 Qrecirculação (m³/h)
 Qmédia (m³/h)
 R (%)

100 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Vazão de recirculação

Qmédia x R
Qrecirculação 
100

 Qrecirculação (m³/h)
 Qmédia (m³/h)
 R (%)

101 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Descarte de lodo

SSVtanque x Vtanque
Qdescarte 
IDL x SSVrecirculação

 Vazão de descarte de lodo, Qdescarte (m³/d)


 SSVtanque (mg/L)
 Vtanque (m³)
 Idade do lodo, IDL (d)
 SSVrecirculação (mg/L)

102 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Peso do lodo biólogico

SSVrecirculação x Qdescarte
Plodobiológico 
1000

 Plodo biológico (kg/d)


 SSVrecirculação (mg/L)
 Vazão de descarte de lodo, Qdescarte (m³/d)

103 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Eficiência do sistema

DBOentrada - DBOsolúvel desaída


Eficiência  x100
DBOentrada

 Eficiência (%)
 DBOentrada (mg/L)
 DBOsolúvel de saída (mg/L)

104 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Nitrogênio necessário
DBOentrada
Nnecessário  convencional
20

DBOentrada
Nnecessário  aeração prolongada
40

 Convencional relação DBO:N = 100:5


 Aeração prolongada relação DBO:N = 200:5
 Nnecessário (mg/L)
 DBOentrada (mg/L)

105 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Fosfóro necessário
DBOentrada
Pnecessário  convencional
100

DBOentrada
Pnecessário  aeração prolongada
200

 Convencional relação DBO:P = 100:1


 Aeração prolongada relação DBO:P = 200:1
 Pnecessário (mg/L)
 DBOentrada (mg/L)

106 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Idade do lodo

SSVtanque x Vtanque
IDL 
Qdescarte x SSVrecirculação

 Idade do lodo, IDL (dias)


 SSVtanque (mg/L)
 Vtanque (m³)
 Qdescarte (m³/d)
 SSVrecirculação (mg/L)

107 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Índice volumétrico do lodo
 O índice volumétrico do lodo é uma medida da qualidade de
sedimentação do lodo e é definido como o volume ocupado por
1g de lodo após uma decantação de trinta minutos
 Se o índice aumenta a sedimentabilidade do lodo diminui, não
compacta adequadamente, o que pode resultar numa perda de
sólidos no decantador secundário
 Se este índice diminuir o lodo se torna mais denso, sua
sedimentação é rápida, característica de lodos de idade alta
 O IVL é calculado da seguinte forma:

SD30 x 1000
IVL 
SSreator
108 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Índice volumétrico do lodo

 Algumas padronizações são efetudas no teste de IVL,


resultando nas seguintes variantes mais comuns:

 Teste sem agitação durante o período de sedimentação


(IVL)
 Teste sem agitação e com diluição da amostra (IVLD)
 Teste com agitação durante o período de sedimentação
(IVLA)
 Teste com agitação e expressão dos resultados na
concentração padronizada de 3,5 g/L (IVLA3,5)

109 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Índice volumétrico do lodo
Ínicio do teste Após 30 min

1000 1000

800 800

600 600
1 litro
SSV = 3000 mg/l
400 400

200 200
Volume: 330 ml/l

330 x 1000
IVL   110
3000
110 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Índice volumétrico do lodo
 Interpretação dos resultados

Sedimentabiliade IVL IVLD IVLA IVLA3,5

Ótima 0 – 50 0 – 45 0 – 50 0 – 40

Boa 50 – 100 45 – 95 50 – 80 40 – 80

Média 100 – 200 95 – 165 80 - 140 80 - 100

Ruim 200 – 300 165 – 215 140 - 200 100 - 120

Péssima > 300 > 215 > 200 > 120

111 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Índice volumétrico do lodo
 Outra maneira de utilizar este indicador é a comparação com
valores anteriores.
Valor de IVL Resultado Ajuste
Lodo está se tornando menos denso Aumentar descarte
Lodo é jovem ou está intumescido Aumentar recirculação
Aumentando
Lodo ira sedimentar mais lentamente
Lodo ira compactar menos
Lodo se tornando denso Diminuir descarte
Lodo se tornando velho
Diminuindo
Lodo ira sedimentar rapidamente Diminuir recirculação
Lodo ira compactar melhor sem ajustes
Não indica mudanças
Constante
Apresenta as mesmas caracteríscticas

112 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Taxa de utilização de oxigênio
 mg O2/L.h

113 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Taxa específica de utilização de oxigênio
 Depende da concentração de SSV
 SOUR = mg/g.h
 Importante parâmetro para prever efluente tóxico

OUR
SOUR 
SSVreator

114 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Taxa específica de utilização de oxigênio

Valores Taxa de consumo Significado

>20 Alto Ausência de SSV para a carga de lodo aplicada

12–20 Normal Boa remoção de DBO e sedimentabilidade do lodo

<12 Baixo Muitos sólidos ou presença de toxicidade

Processo Valores típicos

Convencional 8 a 20
Aeração prolongada 3 a 12

115 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Estudo de caso

 Vazão média de efluente gerado, Qmédia = 200 m3/dia

 Volume do tanque de reação, Vreator = 255 m3

 Idade do lodo, IDL = 8 dias

 Sólidos Sedimentáveis 30 minutos, SD30 = 330 mL/L

 Substrato de entrada , DBOentrada = 1400 mg/L

 Substrato de saída, DBOsolúvel de saida = 40 mg/L

 Sólidos Suspensos Totais no reator, SSreator = 3000 mg/L

 Sólidos Suspensos Voláteis no reator, SSVreator = 2500mg/L

116 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Estudo de caso

 Sólidos Suspensos Voláteis na recirculção, SSVrecirculação = 8500 mg/L

 Concentração de Nitrogênio no efluente, Nentrada = 30 mg/L

 Concentração de Fósforo no efluente, Pentrada = 0,18 mg/L

 Tipo de sistema = convencional

117 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Cálculos
A 1400 x 200
  0,44
M 255 x 2500

2500 x 100
R  41,66%
8500 - 2500

200 x 41,66
Qrecirculação   83,32 m /dia
3

100
118 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Cálculos
2500 x 255
Qdescarte   9,37 m³/d
8 x 8500

8500 x 9,37
Plodobiológico   79,65 kg/d
1000

(1400 - 40) x 100


Eficiência   97,1%
1400
119 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Cálculos
1400
Nnecessário   70 mg/L
20

Nfalta  Nnecessário - Ndisponível  70 - 30  40 mg/L

Nfalta x Qmédia 40 x 200


Núreia    17,0 kg/d
0,01x%N úreia 10 x 47

120 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Cálculos
DBOent 1400
Pnecessário    14 mg/L
100 100

Pfalta  Pnecessario - Pdisponível  14 - 0,18  13,8 mg/L

Pfalta x Qmédia 13,8 x 200


Pácido fosórico    8,7 kg/dia
0,01x%Pácido 10 x 31,6

121 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Operação do Sistema

122 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Operação do sistema

 A operação de um sistema do tipo lodos ativados


é regulada por três fatores:

1. Pela quantidade de ar fornecida ao reator


biológico;
2. Pela quantidade de sólidos recirculada ao
sistema;
3. Pela quantidade de lodo em excesso descartada;

123 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Operação do sistema

A quantidade de lodo descartada é uma


importante prática operacional pois ela permite
ao operador estabelecer a concentração desejada
de SSVTA, relação A/M e idade do lodo

124 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle do nível de aeração
 Aeração mecânica
 Liga-desliga de aeradores
 Variação da velocidade de rotação
 Variação dos níveis das pás
 Variação do nível do líquido

 Aeração por ar difuso


 Variação da velocidade dos sopradores
 Variação das aletas de entrada
 Ajuste da válvula de sucção para manter a pressão constante na tubulação
de ar

125 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle de sólidos

 Realizado através de duas variáveis: vazão de recirculação


(Qr) e vazão de descarte do lodo excedente (Qex)

 Qr: controla o balanço de massa entre os SS no reator e


no decantador secundário, mantendo-se uma relação
específica

 Qex: controla quantidade de massa total no sistema,


mantendo-se um valor específicado

126 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle de sólidos

127 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle de sólidos
 Manipulação das variáveis: controle da vazão de
recirculação (Qr)

1. Não controle, mas manter em alto valor para


contrabalançar as variações de carga de sólidos nos
decantadores
2. Manter Qr/Q fixa
3. Medida de IVL (quanto maior, pior a sedimentabilidade)

128 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle de sólidos
 Manipulação das variáveis: controle da vazão de
descarte(Qex)
 Controle da idade do lodo: manter constante
1. Por meio de descarte de sólidos na linha de recirculação
do lodo (lembrando que a concentração de sólidos é
igual a concentração de sólidos da recirculação)
2. Por meio do descarte de sólidos do tanque de aeração
(controle hidráulico)
Massade sólidosno sistema Massade sólidosno sistema
IDL  
Massade sólidosretiradado sistema por dia Massade sólidos produzidapor dia

129 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Controle de Sólidos

130 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Fatores que afetam a operação
 Temperatura
 pH
 Quantidade de oxigênio disponível
 Quantidade de matéria orgânica disponível
 Quantidade de nutrientes disponível
 Vazão de descarte
 Vazão de retorno
 Tempo de aeração
 Toxicidade do efluente

131 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Temperatura
 Aumento da temperatura:
 Atividade dos microrganismos aumenta
 A eficiência de aeração diminui
 A solubilidade do oxigênio na água diminui

 Diminuição da temperatura:
 Atividade dos microrganismos diminui
 A eficiência de aeração aumenta
 A solubilidade do oxigênio na água aumenta

132 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


pH
Condições ótimas
6,5 9,0

Cruva de
crescimento

3 11
Morte Morte

133 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Oxigênio dissolvido
 No geral, a concentração de oxigênio dissolvido no tanque
de aeração deve ser mantido entre 1 a 2 mg/L em todas as
áreas do tanque

 Diminuição nos níveis de oxigênio dissolvido pode indicar


aumento da atividade metabólica, aumento da
temperatura, aumento na carga orgânica aplicada, ou
decréscimo na quantidade SSVTA

134 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Oxigênio dissolvido
 Um aumento na concentração de oxigênio dissolvido pode
indicar diminuição da atividade metabólica, diminuição na
temperatura, decréscimo na carga orgânica aplicada, aumento
na concentração de SSVTA, ou ainda afluente tóxico
 Quando o oxigênio limita o crescimento dos microrganismos,
bactérias filamentosas podem predominar causando problemas
de sedimentabilidade e pobre qualidade do lodo

135 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Problemas operacionais

136 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Problemas operacionais
 Para se obter o nível de performance desejado em um
sistema de lodos ativados deve-se ser mantido um
apropriado balanço entre a quantidade de alimento
(matéria orgânica), microrganismos (lodo) e oxigênio
dissolvido (OD)

 A maioria dos problemas encontrados nos sistemas de


lodos ativados é resultante de um desbaleaceamento de
um destes três itens

137 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Problemas operacionais

 Interrupção da formação dos flocos


 Intumescimento do lodo (bulking)
 Espuma
 Clumping
 Ashing

138 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Interrupção da formação do floco

Condição operacional Descrição ou exemplo

Agente de queima celular Lauril sulfato de sódio


Temperatura elevada > 37º C
Produção e acumulação de espuma Produção de espuma por organismos filamentosos
pH elevado > 8,5
pH baixo < 6,5
Deficiência de nutrientes Usualmente nitrogênio e fosforo
Salinidade Excesso de magnésio, potássio ou sódio
Produção e acumulação de escuma Toxicidade ou morte de bactérias
Septicidade ORP < - 100 mV

139 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Interrupção da formação do floco

Condição operacional Descrição ou exemplo

Sulfatos > 500 mg/L

Detergentes Excesso de surfactantes aniônicos

Sólidos dissolvidos totais > 5000 mg/L

Toxicidade Cloração da recirculação, metais, compostos orgânicos

Crescimento indesejado de filamentosos > 5 filamentos por floco

Floco viscoso ou crescimento de Zoogleias Crescimento rápido de bactérias formadoras de floco

Baixa idade do lodo < 3 dias

Baixa concentração de oxigênio dissolvido < 1 mg/L durante 10 ou mais horas consecutivas

140 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bulking (intumescimento)
 Causado pelo crescimento excessivo de organismos filamentosos
(fungos ou bactérias)
 Pode levar a uma pobre sedimentabilidade do lodo, reduzindo a sua
compactação
 Aproximadamente 30 tipos de bactérias filamentosas são encontradas
no sistema de lodos ativados
 Normalmente três ou mais tipos
 Um ou dois filamentos dominantes, outros secundários
 Tipos diferentes significa condição instável

141 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Bulking (intumescimento)

142 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições operacionais associadas
Condição operacional Tipos de filamentos indicadores
0041, 0092, 0581, 0675, 0803, 0961, M. parvicella,
Alta idade do lodo (> 10 dias)
Nocardia
Gorduras, óleos e graxas 0092, M. parvicella, Nocardia
Alto pH (> 7,4) M. parvicella
Baixo OD e alta idade do lodo M. parvicella
Baixo OD e idade do lodo baixa a moderada 1701, S.natans, H. hidrossis
M. parvicella, H. hidrossis, Nocardia, 021N, 0041, 0092,
Baixa relação F/M (< 0,05)
0581, 0675, 0803 e 0961
Septicidade Thiothrix, Beggiatoa, 021N, 0041, N. limicola
Thiothrix , S.natans, 021N, H. hidrossis , fungos, 0041,
Falta de nutrientes
0675 e 1701
Baixo pH (< 6,8) Fungos e Nocardia

143 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições operacionais associadas

Condição operacional Tipos de filamentos indicadores


Ácidos orgânicos 021N, Beggiatoa e Thiothrix
Substâncias rapidamente biodegradáveis
021N, 1851, H. hidrossis, Nocardia, N. limicola, S. natans
(álcool, amino ácidos com enxofre, glicose,
e Thiothrix
ácidos graxos voláteis)
Substâncias de lenta biodegradação 0041, 0092, 0675, M. parvicella, Nocardia
Proliferação de inverno M. parvicella

144 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Nocardia

145 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Beggiatoa

146 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ações corretivas
 Oxigênio dissolvido: em uma condição de bulking, a maior
parte do oxigênio fornecido é aproveitado pelas bactérias
filamentosas. Nestas condições deve-se procurar fornecer
uma maior quantidade de oxigênio, de forma que as
bactérias formadoras de floco possam utilizar o oxigênio

 Nutrientes: é comum a ocorrência de depleção de


nutrientes em sistemas industriais de tratamento de
efluentes. Nestes casos é necessária a adição de nutrientes
minerais. Relação favorável entre DBO:N:P é 100:5:1

147 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ações corretivas
 Septicidade: efluentes sépticos favorecem o desenvolvimento
de bactérias que metabolizam íons sulfeto. A septicidade é
diminuida com a injeção de ar no esgoto afluente (tanques de
pré-aeração)
 Controle de pH: o pH deve estar entre 6,5 e 8,5, condição que
naturalmente ocorre, pH baixo favorece o desenvolvimento de
fungos
 Cloração: recomendado de 1 a 15 g Cl2/kg SSV.d durante 2 a 4
dias, devem ser considerados:
 O composto
 A dosagem e métodos para avaliação do resultado
 O início da dosagem
 Localização do ponto de dosagem

148 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ações corretivas
 Relação A/M: Em uma
condição de bulking, as
bactérias filamentosas têm
maior acesso ao alimento.
Nesses casos deve-se
aumentar a carga orgânica
ou reduzir a concentração de
sólidos no tanque de
aeração (portanto aumentar
a relação A/M).

149 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma
 A presença de espuma no tanque de aeração é normal no
processo de lodos ativados
 Em certas condições operacionais a espuma pode ser
excessiva, prejudicando a operação
 Existem três tipos de espuma:

1. Epuma branca
2. Espuma marrom
3. Espuma preta

150 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma branca

 A espuma branca é um indicativo de lodo jovem,


encontrado em plantas em início de operação ou em
regime de sobrecarga;

 Isto significa que o SS no tanque de aeração é muito baixo,


e conseqüentemente a relação A/M é alta;

 Neste caso, a espuma é constituída de detergentes ou


proteínas que não podem ser convertidas em alimentos
para bactérias numa faixa de A/M elevada.

151 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma branca

152 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma branca

153 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma branca
 As causas prováveis da espuma branca são as seguintes:
 O lodo ativo não está sendo recirculado para o reator
 Baixo valor de SS resultante do “start-up”
 Baixa concentração de SS em decorrência de um excessivo descarte
de lodo
 Carga orgânica elevada, o que ocorre com freqüência após o
período de carga reduzida
 Presença de condições desfavoráveis (inibidores, pH fora da faixa,
reduzida concentração de OD e deficiência de nutrientes)
 Perda de sólidos no decantador secundário
 Carga hidraúlica elevada, provocando uma lavagem no sistema
(washout)

154 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma branca
 Medidas de controle:
 Verificar se o lodo está sendo recirculado apropriadamente. Se
utilizar o controle de manta de lodo, manter uma espessura entre
30 a 90 cm a partir do fundo
 Reduzir descarte de lodo
 Verificar todos os registros de descarte de lodo, no que diz respeito
a vazamentos
 Aumentar a concentração de SS importando lodo biológico de uma
outra estação de tratamento perfeitamente equilibrada
 Utilizar spray da água para quebrar a espuma
 Utilizar anti-espumante

155 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma marrom
 As espumas de coloração marrom se encontram associadas às plantas
operando com cargas reduzidas;

 Quando ocorre nitrificação, haverá sempre a presença moderada de


uma espuma marrom, cor de chocolate;

 Quando há a presença de organismos filamentosos, surgirá uma


espuma marrom escuro com aspecto graxo;

 As causas prováveis da espuma marrom são as seguintes:


 Tanque de aeração operando com um A/M reduzido
 Elevado SS no reator resultante de descarte insuficiente de lodo
 Inventário de lodo inadequado

156 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma marrom

157 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma marrom

158 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma marrom

159 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma marrom

 Medidas de controle:

 Aumentar gradualmente o descarte de lodo a título de


se aumentar a relação A/M
 Organismos filamentosos proceder conforme discutido
no item intumescimento do lodo
 Faça um melhor programa para inventariar o lodo

160 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma preta

 A presença de espuma preta indica excesso de lodo no


sistema no qual o mesmo se encontra em estado de
anaerobiose

 Medidas de controle:
 Aumentar a aeração se possível
 Reduzir a concentração de SS no sistema

161 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Espuma preta

162 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Clumping
 Esta diretamente relacionado com a
nitrificação/desnitrificação;

 Nitritos e nitratos são convertidos em nitrogênio gasoso


(N2) este por sua vez fica enclausurado na massa de lodo,
diminuindo sua densidade e fazendo que o mesmo venha
para a superfície;

 As medidas corretivas são:


 Aumentar a vazão de recirculação
 Diminuir a idade do lodo para reduzir a nitrificação

163 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Clumping

164 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ashing
 O surgimento de pequenas partículas semelhantes a cinzas
na superfície do decantador secundário é normalmente
designado como Ashing;

 As “cinzas” podem ser partículas de células mortas, assim


como partículas de lodos misturadas com material graxo;

 As principais causas:
 Desnitrificação no decantador
 A/M muito baixo (inferior a 0,05 d-1)
 Concentração de óleos e graxas muito elevada no SST

165 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ashing
 Realize um ensaio de decantação, e após trinta minutos
promova uma agitação;

 Após o ensaio podem ser tomadas as seguintes medidas


corretivas são:
 Os sólidos flutuantes desprendem bolhas e decantam, estamos diante de
um clumping (desnitrificação)
 Se os sólidos flutuantes agitados não decantam, provavelmente se trata de
um lodo superoxidado (lodo velho), neste caso, aumentando-se o descarte
de lodo a razão de 10% ao dia a título de se elevar a relação A/M e reduzir
a idade do lodo a valores ótimos
 Se os sólidos flutuantes não decantam pode ocorrer a presença de elevada
quantidade de graxas no lodo, que não pode superar 15% em peso nos
sólidos totais, neste caso deve-se melhorar a remoção de O&G antes do
tratamento secundário

166 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ashing

167 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Ashing

168 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Excesso de nutrientes
 Teores de Nitrogênio e Fósforo
residuais em quantidade
significativa no efluente
tratado;

 Promover a Nitrificação e
Desnitrificação para a remoção
do Nitrogênio;

 Promover a remoção do
Fósforo;

169 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Lembrando
 Para a solução de problemas operacionais, sugere-se
seguir as seguintes etapas:

1. Identificação do problema
2. Caracterização dos sintomas
3. Associação dos sintomas às causas prováveis do
problema
4. Se houver múltiplas causas, eliminar primeiro
aquelas menos importantes
5. Implementar medidas que visem eliminar as causas

170 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Reatores Anaeróbios

171 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


172 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
173 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
174 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
175 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.
Digestão anaeróbia
 A digestão anaeróbia ocorre em diversos ecossistemas naturais,
como no rumem de bovinos e em sedimentos aquáticos de
lagos de águas doces ou salgadas. Com o intuito de reproduzir
esses fenômenos naturais de forma compacta foram criados os
ecossistemas artificiais. Estes consistem das lagoas e dos
reatores anaeróbios

 Inicialmente os reatores anaeróbios foram concebidos para


tratar resíduos semi-sólidos como estrume de animais, lixo
doméstico e para a estabilização de lodos provenientes dos
tratamentos primários e secundário de efluentes. Esses reatores
se constituem de tanques simples, sem recirculação de lodo
com ou sem agitação. Seus tempos de retenção variam de 15 a
60 dias. São chamados de reatores convencionais, de baixa taxa.

176 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Disgestão anaeróbia
 A partir da década de setenta surgiu uma nova concepção de
reatores anaeróbios para tratamento de efluentes líquidos. Eles
se baseiam no princípio de acúmulo de biomassa dentro do
reator, pela sua retenção ou recirculação. Assim o tempo de
retenção do líquido é diferente e independente do tempo de
retenção do lodo, possibilitando o tratamento de efluentes a
tempos de retenção hidráulica reduzidos (3 horas a 5 dias). São
os reatores de alta taxa.

177 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Reatores anaeróbios
 VANTAGENS:
 Produção de metano, gás combustível
 Pequena produção de sólidos biológicos excedentes
 Possibilidade do uso de altas taxas de aplicação
 Pequena exigência de nutrientes
 Não uso de energia para aeração
 Lodo produzido estabilizado

 DESVANTAGENS:
 Processo muito sensível à temperatura e pH
 Necessário longo período de aclimatação
 Baixa eficiência de remoção da carga orgânica

178 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições ideais
TEMPERATURA
 O processo pode ocorrer, na faixa mesofílica entre 15ºC e 40ºC.
Taxas de velocidade maiores são atingidas entre 30ºC e 40ºC.
Também nas faixas psicrofílica e termofílica podese efetuar a
digestão anaeróbia, mas ainda são requeridos estudos para sua
aplicação em escala real.

ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES IDEAIS


 De acordo com a faixa de temperatura a ser efetuada a digestão
e com a temperatura ambiente, pode ser necessária a adoção
de sistemas de controle de temperatura.

179 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições ideais
pH
 O pH deve ser mantido próximo da faixa ótima para as bactérias
metanogênicas (6,8 a 7,2).
 O efeito tampão do meio em digestão favorece a manutenção
do pH nesta faixa.

ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES IDEAIS


 Em alguns casos pode ser necessária a adição de soda, cal ou
bicarbonato para ajuste do
 pH.

180 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições ideais
CONCENTRAÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA
 Os reatores anaeróbios de alta taxa podem tratar efluentes com Demanda Química de
Oxigênio (DOO) tão baixa quanto 0,1 Kg DQO/m3 (por exemplo, esgoto doméstico) ou
tão alta quanto 20 Kg DQO/m3 (por exemplo, vinhaça).
 No entanto, variações bruscas na DQO da água residuária podem ser prejudiciais ao
processo.

ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES IDEAIS


 Para minimizar os problemas de variações bruscas na DQO, tanques de equalização têm
sido utilizados. Estes atuam também como tanques de acidificação de acordo com o
tempo de detenção empregado. Esta é uma boa solução para águas residuárias
complexas de difícil degradação.

 Em algumas situações pode ser conveniente efetuar-se a diluição da água residuária a


ser tratada.
 Ela pode ser efetuada através da reciclagem do efluente ou também através da junção
com outros efluentes por exemplo, águas de lavagem ou esgotos domésticos.

181 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições ideais
NUTRIENTES
 Para que ocorra a biodegradação, além da presença de traços de
elementos, a água residuária deve conter nitrogênio e fósforo
nas seguintes proporções: DQO:N:P deve ser de 350:5:1.

ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES IDEAIS


 Para atingir as proporções ideais de nutrientes, pode ser
necessária a adição de nitrogênio e/ou fósforo. Costuma-se
adicionar uréia ou fosfato de amônio. Também a junção com
esgotos domésticos, que são ricos em nutrientes, pode suprir
esta necessidade ao mesmo tempo em que se efetua sua
diluição.

182 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Condições ideais
COMPOSTOS TÓXICOS E/OU INIBIDORES
 Deve-se, também, atentar para a presença de compostos tóxicos à digestão
anaeróbia, que podem prejudicar sensivelmente e até impedir a aplicação do
processo, caso ocorram concentrações que excedam os limites de tolerância de
compostos tais como: metais pesados, metais alcalinos e alcalino terrosos,
cianetos, fenóis, cloretos, nitratos, oxigênio e especialmente sulfatos e sulfetos,
cuja presença é freqüente em águas residuárias industriais.

ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES IDEAIS


 Diversas possibilidades podem ser empregadas para se evitar o efeito tóxico ou
inibidor de substâncias. As principais são:
 precipitação através da adição de compostos químicos, eliminando a forma solúvel
do composto tóxico;
 diluição, diminuindo a concentração do composto tóxico.

183 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Resumo dos Controles Básicos em
Processos Biológicos de Tratamento

184 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Formulário
SSVrecirculação x Qdescarte
Qmédia x DBOentrada

Alimento

A Plodobiológico 
Vtanquex SSVtanque Microorganismos M 1000
DBOentrada - DBOsolúvel desaída
R
SSVreator
x100 Eficiência  x100
SSVrecirculação - SSVreator DBOentrada

Qmédia x R DBOentrada
Qrecirculação  Nnecessário  convencional
100 20
SSVtanque x Vtanque DBOentrada
Qdescarte  Pnecessário  convencional
IDL x SSVrecirculação 100
SD30 x 1000 SSVtanque x Vtanque
IVL  IDL 
SSreator Qdescarte x SSVrecirculação

185 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


Índice volumétrico do lodo
 Interpretação dos resultados

Sedimentabiliade IVL IVLD IVLA IVLA3,5


Ótima 0 – 50 0 – 45 0 – 50 0 – 40
Boa 50 – 100 45 – 95 50 – 80 40 – 80
Média 100 – 200 95 – 165 80 - 140 80 - 100
Ruim 200 – 300 165 – 215 140 - 200 100 - 120
Péssima > 300 > 215 > 200 > 120

 Faixa A/M Ideal: 0,3 a 0,8


 Eficiência do Sistema: Mínimo de 80 %
 Concentração de SSV: 1500 a 3500mg/L
 Idade do lodo ideal: 4 a 10 dias

186 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.


MUITO OBRIGADA!
SUCESSO A TODOS!!!

Contato: anemery.ribeiro@senai.sc.br
aneunica@gmail.com
187 Microbiologia de Lodos Ativados. Autor/Instrutor: Ane-Mery Pisetta.

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