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Torção nada mais é do que um momento aplicado no plano

transversal ao eixo do elemento, causando um “giro”.


Nos elementos de concreto, a NBR 6118/2014 determina os
procedimentos em relação às análises e dimensionamentos de
elementos submetidos à torção.
Abaixo estão listadas as 05 principais observações da NBR 6118
sobre torção de peças de concreto armado. Se liga!

01) Redistribuição da torção


Na análise linear, a norma estabelece condições que tornam
possível realizar a redistribuição da torção.
Em grelhas e pórticos espaciais, é possível reduzir a rigidez à
torção das vigas por fissuração, aplicando 15% da rigidez elástica.
Tal situação não é válida para elementos protendidos, e pode ser
nula no caso da torção de compatibilidade.
Torção de compatibilidade é a torção gerada na
estrutura a partir de uma situação em que os
apoios não são fundamentais ao equilíbrio do
elemento.
Por exemplo, uma viga apoiada em outras duas vigas, se forem
engastados, os apoios irão desenvolver torção, porém, pode ser
feita a rotulação e manter o equilíbrio da viga apoiada, essa torção é
denominada de compatibilidade.
A rigidez à torção também pode ser desprezada na análise de lajes
nervuradas unidirecionais.

02) Instabilidade e efeitos de segunda


ordem
Barras submetidas à flexão composta podem ter a
torção desprezada nos efeitos de segunda ordem.

03) Estado limite último


Torção uniforme em elementos lineares:
 Sempre que a torção for necessária ao equilíbrio, deve
haver armadura capaz de resistir à tração gerada pela
torção, essa armadura é composta por barras
longitudinais e estribos verticais.
A taxa geométrica mínima da armadura é definida da
seguinte forma:

 Quando ocorrer a torção de compatibilidade, elementos


com capacidade de adaptação plástica podem
desprezá-la.
 Se o elemento tiver comprimento inferior ou igual a 2h,
deve-se respeitar a taxa de armadura mínima e limitar
a força cortante à Vsd ≤ 0,7 VRd2.
 Nas seções compostas por retângulos, a torção deve
ser distribuída entre eles. Cada retângulo
será verificado isoladamente, a partir de sua seção
vazada equivalente.
 Nas seções vazadas, será utilizada a menor espessura
entre a espessura real e a espessura da seção
equivalente da seção cheia.
Perfis abertos de parede fina:
 Quando o elemento puder ser equiparado a um perfil
aberto de parede fina, além da torção uniforme, será
considerada a flexo-torção.
 Geralmente, os dois tipos de torção ocorrem de maneira
compatibilizada, o que possibilita desprezar o
mecanismo que apresentar menor rigidez.
 A rigidez será calculada considerando efeitos de
fissuração. Pode-se adotar 15% da rigidez elástica na
torção uniforme ou 50% na flexo-torção.
 Quando não há cálculos mais precisos, perfis com
paredes opostas aproximadamente paralelas, terão a
rigidez obtida a partir do quociente entre o momento
torsor e a rotação da seção.
A resistência à flexo-torção do elemento será obtida
através da resistência das paredes opostas.

04) Estado limite de fissuração


Geralmente, essa verificação não será necessária. Casos especiais
que a consideram, devem limitar o espaçamento da armadura
transversal a 15 centímetros.

05) Solicitações combinadas


Na situação em que os elementos estruturais são submetidos à
torção e flexão simples/composta, as verificações são realizadas
separadamente para cada esforço.
Em zonas de tração na flexão, a armadura de torção deve ser
acrescentada à armadura para esforços normais. Na zona
comprimida, a armadura de torção pode ser reduzida.
Na combinação de torção e cortante, os ângulos de inclinação das
bielas devem ser coincidentes.

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