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MARTA MONTEIRO

ENFERMAGEM – ESSVA

MARISA MACHADO

ABORDAGENS NA TERAPÊUTICA 2) Remoção de causa precipitante –

1) Prevenção da situação patológica – redução dos efeitos das concausas:

importância da prevenção e controlo de Tratamento de insuficiência cardíaca,

fatores de risco: anemia, etc.

Hipertensão arterial: pode ser pela idade 3) Correção de mecanismos de adaptação

(devido à resistência dos vasos), sexo, etc subjacente – tratamento farmacológico

(depende da idade); dirigido à situação clínica;

Tabagismo: provoca rigidez vascular; 4) Controlo do estado clínico – ajustar

Diabetes Mellitus: o açúcar em excesso doses, trocar fármacos, etc.

nos vasos provoca dano no vaso, porque o CARDIOTÓNICOS


torna rígido;
Aumentam a força de contração, sendo
Hipercolesterolemia: excesso de aporte
utilizados na insuficiência cardíaca.
de colesterol exógeno, que se deposita
nos vasos, acumula-se e aumenta a Digitálicos – os mais utilizados;

resistência do sangue a passar nos vasos Outros cardiotónicos.

(pressão arterial) e pode ir fazendo FÁRMACOS ANTIARRÍTMICOS


oclusão dos tecidos dos vasos, ocorrendo
Se não tivermos um coração a bater com uma
uma estenose tão grande que impeça a
frequência regular, vamos ter alterações
circulação;
sistólicas e diastólicas e precisamos destes
Hiperhomocisteinemia: marcador que
antiarrítmicos para contrariar esta situação.
produzimos, que nos permite perceber
qual o risco de ter um evento Qualquer sensação de arritmia deve ser

cardiovascular num individuo com vários avaliada, para perceber qual é a causa.

fatores de risco; Perceber os sintomas precocemente é

Obesidade; fundamental para prevenir complicações e

Stress. doenças, p.ex: angina de peito:


Nos jovens rapazes é muito comum
extrassístoles;
FÁRMACOS VASOPRESSORES b) Antagonistas/Bloqueadores dos

Aumentam a pressão arterial, para recetores da angiotensina II (ARA):

hipotensão, choque volémico. não impedem a formação da


angiotensina II, mas inibem a sua ação.
FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSORES
A renina assinala todo o processo da
1) Diuréticos: usam-se muito em associação
angiotensina II e da aldosterona (retenção de
com outros, é raro serem utilizados
água e sódio – mineralcorticóide).
isolados.
a) Tiazidas e análogos: associados com 3) Fármacos bloqueadores da entrada de
outros; cálcio (BEC): o cálcio faz contração do
b) Diuréticos da ansa: utilizados em músculo liso vascular e, se utilizarmos
edemas pulmonares, edemas BEC temos relaxamento deste músculo e
periféricos. Para controlar excesso de diminuimos a tensão arterial;
volumes; 4) Depressores da atividade adrenérgica:
c) Poupadores de potássio: utilizados a adrenalina e noradrenalina fazem
para resolver os efeitos adversos de aumentar a contração, os
anteriores; mineralcorticóides, aldosterona, tensão
d) Outros diuréticos. arterial. Temos menos atividade
adrenérgica, regulamos funções,
Quando utilizamos uma Tiazida ou
nomeadamente cardíaca (usados como
diurético da ansa, e temos um paciente
coadjuvantes de outros fármacos e não
com insuficiência cardíaca, por exemplo, é
verdadeiros hipertensores).
essencial utilizar um poupador de K+ pois
a) Bloqueadores β: utilizados como
não eliminamos apenas o Na+, mas
coadjuvantes nas arritmias;
também o K+ (essencial).
b) Agonistas α2-centrais: provocam
Não se associa os ARA com os IECA, pois vasodilatação, no entanto, não é uma
atuam no mesmo sistema/eixo!!!! terapêutica generalizada – usado mais
em urgências hospitalares;
2) Modificadores do sistema renina-
c) Agonistas dos recetores
angiotensina:
imidazolínicos: não é um fármaco de
a) Inibidores da enzima da conversão
referência.
da angiotensina (IECA): inibem a
5) Vasodilatadores diretos: são
formação da aldosterona, provocam
importantes quando nós temos um enfarte
tosse e os fármacos acabam em (…-
e precisamos que uma artéria dilate
pril);
rapidamente, então temos a nitroglicerina
(nitratos, são tóxicos e têm atividade
curta) para evitar a morte. Também é Quando a pressão arterial é avaliada são
utilizada na disfunção erétil. registados dois valores:

VASODILATADORES O valor mais alto determina-se quando o

1) Antianginosos; coração contrai (SÍSTOLE) e o mais baixo

2) Outros vasodilatadores. quando o coração relaxa entre os


batimentos (DIÁSTOLE);
VENOTRÓPICOS
A pressão arterial é expressa através do valor
Aumenta a capacidade de contração das
da pressão sistólica seguido por uma barra
veias, sendo usados, por exemplo, na
oblíqua e o valor da pressão diastólica:
insuficiência venosa.
Ex.: 120/80 mmHg (milímetros de
Reduzem o edema e o seu aparecimento,
mercúrio), o qual é lido como “cento e vinte
e são de base natural;
por oitenta”.
Sem retorno venoso podem surgir
trombos, varizes, etc. Atualmente, de acordo com as definições da
OMS e da Sociedade Internacional de
ANTIDISLIPIDÉMICOS
Hipertensão, considera-se haver HTA quando
Para baixar os níveis de gordura circulante.
os valores de tensão são superiores a 140
1) Estatinas; e/ou 90 mmHg, respetivamente para a tensão
2) Fibratos; sistólica e diastólica.
3) Outros.
Sistólica Diastólica
HIPERTENSÃO ARTERIAL (HTA) Hipertensão
140 - 159 90 - 99
ligeira (1)
A pressão arterial elevada (hipertensão, HTA)
Hipertensão
é habitualmente um distúrbio assintomático 160 - 179 100 - 109
moderada (2)
no qual se verifica uma elevação anormal da
Hipertensão
pressão sanguínea a nível arterial ≥ 180 ≥ 110
grave (3)
(normalmente por elevação persistente da
RVP – Resistência Vascular Periférica).
Na hipertensão sistólica isolada, a pressão
Um doente hipertenso possui risco sistólica é igual ou superior a 140 mmHg, mas
aumentado de ocorrência de eventos a pressão diastólica é inferior a 90 mmHg (+
cardiovasculares como acidente vascular comum com o aumento da idade).
cerebral (AVC), rutura de aneurismas,
EPIDEMIOLOGIA
insuficiência cardíaca, enfarte agudo do
A hipertensão arterial é a afeção médica
miocárdio (EAM), bem como lesões renais
crónica mais comum nos países
e retinopatias.
desenvolvidos ➔ problema crítico de SAÚDE
PÚBLICA.

A prevalência global da hipertensão atinge


cerca de 30-45% da população europeia,
com um aumento acentuado com a idade; Suspeita de hipertensão da bata
Cerca de 50% das pessoas com 60 ou branca;
mais anos apresentam pressão arterial Suspeita de hipertensão mascarada:
aumentada e em cerca de 5% da quando entram no consultório a tensão
população adulta ocorre hipertensão baixa;
moderada ou grave. Hipotensão autonómica, postural, pós-

A hipertensão, por vezes, é denominada de prandial, induzida pelo sono e por

“silenciosa” porque frequentemente não fármacos;

produz sintomas durante bastantes anos PA elevada no consultório ou suspeita

(por vezes até à ocorrência de lesões em um de pré-eclâmpsia em mulheres grávidas

ou mais órgãos vitais). (pode indicar pré-eclampsia e morte fetal


→ tensão 150/140 na grávida é grave).
A hipertensão possui uma prevalência mais
elevada nos indivíduos negros: 38% dos CLASSIFICAÇÃO
adultos negros apresentam HTA em HIPERTENSÃO ESSENCIAL
comparação com 29 % dos indivíduos Primária ou Idiopática, para a qual não se
caucasianos ➔ mais sujeitos a enfarte. reconhece uma causa manifesta
Perante um mesmo valor de pressão (representa cerca de 95 % dos casos).
arterial, as consequências da hipertensão
HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
parecem ser mais graves nos indivíduos
Os restantes casos são de hipertensão
negros.
secundária, onde a grande maioria se deve
a doença renal e/ou vascular, ou a afeções
da glândula suprarrenal (quistos,
estenoses).

CAUSAS SECUNDÁRIAS
DOENÇAS RENAIS
Estenose das artérias renais, doença renal
intrínseca, …
FEOCROMOCITOMA Ciclosporina;

Tumor das células cromafins, que segregam Cocaína;

quantidades excessivas de catecolaminas Antiácidos que contêm sódio (aumenta o

(noradrenalina e adrenalina). sódio e nós queremos eliminar).

PERTURBAÇÕES HORMONAIS
Síndrome de Cushing (↑↑↑ cortisol - efeito
mineralcorticóide + ↑ angiotensinogénio →
↑ angiotensina II → hipertensão).
• Aldosteronismo primário (↑
aldosterona suprarrenal → retenção de
Na+ e água).
Hiperparatiroidismo primário;
Hipertiroidismo;
Acromegalia; PRINCIPAIS FATORES PARA AUMENTO DE
RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE HTA
Tumor das células justaglomerulares
Ingestão elevada de sal (Na+);
(tumores secretores de renina).
Reduzida ingestão de potássio e outros
OUTROS fatores nutricionais (verdes – couves,
Fármacos (ex. contracetivos orais espinafres, etc);
combinados, corticosteroides, AINE’s, Excesso de peso/Obesidade;
etc.); Ingestão excessiva de álcool;
Coartação da aorta; Inatividade física: reduz o tónus muscular
Apneia do Sono; e o tónus cardíaco;
Hipertensão induzida pela gravidez. Stress físico ou psicológico: ansiedade
excessiva;
HIPERTENSÃO IATROGÉNICA
Fatores genéticos.
Contracetivos orais;
AINE’s (influenciam as prostaglandinas, FATORES DE RISCO MAJOR DE AVC OU
que influenciam a retenção de água e Na + DOENÇA CORONÁRIA
(como os inibidores da COX); MODIFICÁVEIS
Descongestionantes nasais; HTA;
Eritropoietina; Tabagismo;
Antidepressivos (Venlafaxina); Hipercolesterolemia;
IMAOs; Diabetes ou intolerância à glucose;
Corticosteroides; Obesidade;
Esteroides anabolizantes; Sedentarismo.
NÃO MODIFICÁVEIS A partir do amarelo já podemos introduzir os
Idade; fármacos!!!
Sexo: as mulheres, até à menopausa,
HIPERTENSÃO: CLASSIFICAÇÃO QUANTO
estão protegidas devido aos estrogénios
Á LESÃO DOS ÓRGÃOS ALVO
(aumentam HDL), no entanto, após a
Estadio I: sem manifestações de lesões
menopausa, o risco aproximam-se ao
orgânicas;
homem;
Grupo étnico; Estadio II: evidências clínicas de lesões de
Enfarte Agudo do Miocárdio ou AVC órgãos-alvo, alterações anatómicas:
prévios.
Hipertrofia cardíaca;

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO Estreitamento das artérias retinianas;


CARDIOVASCULAR GLOBAL Microalbuminúria, proteinúria, aumento da
creatinina plasmática;
Evidência de placas ateroscleróticas.

Estadio III: sintomas e sinais decorrentes da


lesão de órgãos-alvo.

COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À
HIPERTENSÃO ARTERIAL
LESÃO DOS ÓRGÃOS-ALVO
A hipertensão poderá causar principalmente
ALTERAÇÕES DO ESTILO DE VIDA E lesões do coração, cérebro, rins e vasos
TRATAMENTO COM FÁRMACOS ANTI-
sanguíneos ➔ estes danos podem ser
HIPERTENSORES
consequência direta da pressão arterial
elevada e/ou da aterosclerose acelerada
causada pela HTA.

EFEITOS DIRETOS
Hipertrofia ventricular esquerda
causada por HTA persistente;
EAM (HTA persistente ➔ remodelling das
artérias de resistência ➔ … ➔ … ➔
aterosclerose das artérias coronárias ➔
oclusão por um trombo) e AVC
hemorrágico ou isquémico: enfartes
lacunares;
Aneurismas; TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Insuficiência cardíaca;
OBJETIVOS
Lesão renal (aterosclerose dos vasos
Redução da morbilidade (↓ lesões nos
sanguíneos renais ➔ IR);
órgãos-alvo) e mortalidade
Retinopatia.
cardiovasculares do doente hipertenso.
EFEITOS INDIRETOS
CUIDADOS
Placas ateromatosas (formação,
Devemos respeitar um período de 4
ulceração e rutura);
semanas para proceder ao aumento da
Aterosclerose.
dose e/ou associação de fármacos, salvo
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS situações especiais;

Controlar a pressão arterial: Os objetivos terapêuticos devem ser


• <150/90 mmHg (≥ 60 anos); atingidos num espaço temporal de 1 mês.
• <140/90 mmHg (< 60 anos, ou doentes
PRINCÍPIOS GERAIS DA TERAPÊUTICA
que com idade ≥ 60 anos que sejam
ANTI-HIPERTENSORA
diabéticos e/ou apresentem doença renal
Eficácia por via oral;
crónica).
Boa tolerabilidade;
Prevenir/regredir lesões de órgãos-alvo;
Administração num menor número
Identificar e tratar todos os fatores de risco
possível de tomas diárias
reversíveis;
(preferencialmente dose única diária);
Definir o esquema farmacoterapêutico
Usar as menores doses efetivas
mais adequado;
preconizadas para cada situação
Minimização do risco total de morbilidade
clínica, podendo estas ser aumentadas
e mortalidade cardiovascular.
gradualmente e/ou associadas a outro
anti-hipertensor de classe
farmacológica distinta (< dose ➔ <
possibilidade de ocorrência de efeitos
adversos);
Associações de anti-hipertensores
devem ter em linha de conta a eficácia
clínica comprovada e a racionalidade
terapêutica (ex.: diurético + IECA ou ARA
➔ ↓ efeito contrarregulatório do ↑ da
libertação de renina devido à perda de
água e sódio provocada pelo diurético).
CONTROLO HORMONAL E AUTÓNOMO DA
FUNÇÃO CARDIOVASCULAR

Os baroreceptores vão controlar a tensão

VARIÁVEIS QUE REGULAM A PRESSÃO arterial e este identifica se está alta ou baixa e
ARTERIAL o sistema nervoso simpático/parassimpático
atua, consoante a necessidade.

O sistema nervoso simpático pode


aumentar a força de contração cardíaca,
tem um efeito inotrópico positivo, por isso,
podemos precisar desta via quando o doente
está em choque/paragem cardíaca e damos,
então, adrenalina.

Quando o paciente está com bradicardia,


usamos um fármaco que permita o
aumento da força de contração.
Se estiver acelerado, utilizamos um
Pressão arterial (média) = débito bloqueador β.
cardíaco x resistências vasculares
O sistema nervoso parassimpático não
periféricas (RVP)
influencia muito a função cardíaca, o mais

Débito cardíaco = frequência cardíaca x importante é modelar o simpático,

volume sistólico centralmente.

Perifericamente, a função renal é


controlada pela renina, que vai sinalizar e
influenciar o fluxo sanguíneo
renal/pressão, que vai aumentar a renina,
pelo eixo renina-angiotensina (interfere com a
RVP) – aldosterona.
ÓRGÃOS/TECIDOS-ALVO DOS FÁRMACOS
ANTI-HIPERTENSORES
Neurónios do SN Simpático:
interferência na libertação de
noradrenalina;
Rins: regulação do volume de líquido
intravascular;
Se houvesse um aumento da PA, então a Coração: alteração do débito cardíaco;
atividade do S.N.S. devia diminuir. Se isto Arteríolas pré-capilares: determinação
não acontecer, devemos administrar da RVP;
bloqueadores β para que os batimentos Células endoteliais: regulação do tónus
cardíacos diminuam e a produção de do músculo liso vascular através da
renina também diminua. Desta forma, o síntese e libertação de NO, prostaciclina,
volume de sangue no rim aumenta e, a endotelina-1 e angiotensina II;
retenção de Na+ e H2O diminui, fazendo SNC: regulação de circuitos centrais
com que a volémia e a resistência envolvidos no controlo da PA.
diminuam.
ESTRATÉGIAS FARMACOLÓGICAS
Se estivermos com uma quebra de tensão, o
↓ sobrecarga volémica: diuréticos ➔ ↓
organismo reage e há logo uma atividade
volume sanguíneo por ↑ da excreção
simpática, que liberta adrenalina e
urinária de H2O e Na+ (efeito
noradrenalina, para ativar os recetores β e
natriurético/excreção de sódio);
aumentar a força de contração cardíaca,
↓ efluxo simpático a partir do SNC:
ativar os adeno-recetores, os β1 cardíacos,
agonistas α2 centrais ➔ ↓ libertação de Na;
α1 cardíacos e β1 renais
↓ ativação dos recetores β-
A ativação destes recetores leva ao adrenérgicos: antagonistas β-
aumento da renina → aumento da adrenérgicos ➔ ↓ frequência cardíaca + ↓
angiotensina II → aumento, trabalho do miocárdio + …;
consequentemente, da aldosterona → há Vasodilatação: antagonistas α1-
maior retenção de água e sódio, e maior adrenérgicos vasculares, bloqueadores
volume sanguíneo. dos canais de cálcio no músculo liso
arterial, inibidores da enzima de conversão
Para além de ativar a renina, também vai levar
da angiotensina e antagonistas dos
informação aos canais de sódio, para reter
recetores da angiotensina II,
mais sódio.
vasodilatadores diretos.
Algumas classes de fármacos possuem vários Ausência de controlo da HTA
efeitos farmacológicos que concorrem para ↓
PA.
Otimização de doses e/ou associações;
PRINCIPAIS CLASSES FARMACOLÓGICAS Otimizar a adesão à terapêutica;
USADAS NO TRATAMENTO DE HTA
Encaminhar para consulta especializada
Diuréticos: Tiazídicos, da ansa ou
em Hipertensão.
poupadores de potássio – estes 3 vão ter
posicionamentos distintos na ansa de FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSORES –
DIURÉTICOS
Henle e no nefrónio;
Anti-hipertensores de ação central: São substâncias que através de atuação a

agonistas α2 centrais – contrariam a função nível renal provocam balanço negativo de

simpática; Na+ e H2O, por aumento da excreção renal

Antagonistas adrenérgicos α1: quando de Na+ e H2O.

bloqueamos acontece vasodilatação; Apresentam vasta utilização clínica, são


Antagonistas adrenérgicos β fármacos de origem sulfonamídica e
(bloqueadores β); aumentam a perda renal de Na+ e H2O,
Bloqueadores dos canais de cálcio mediante ações a nível renal ➔ aumento do
(BEC); volume de urina produzida.
Inibidores da ECA (IECAs);
CLASSIFICAÇÃO
Antagonistas dos recetores da
angiotensina II (ARAs); A classificação é baseada no tipo e principal

Inibidores diretos da renina; local de ação no nefrónio.

Vasodilatadores diretos. LOCAL I: tubo proximal.

Fármacos de 1ª linha LOCAL II: porção espessa do ramo


ascendente da Ansa de Henle.
ALGORITMO PARA O TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL (HTA) LOCAL III: 1ª porção do tubo contornado
distal.

LOCAL IV: porção terminal do tubo distal +


tubo coletor (metade proximal).
Este efeito é contrarregulado por ↑
compensatório de libertação de renina e
ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona (SRAA).

+ eficazes em idosos e negros pois possuem


níveis inferiores de renina e, por isso, SRAA
menos reativo.

RESPOSTAS DE CONTRARREGULAÇÃO
Estas são decorrentes da depleção de sódio e
água.

Ativação do SRAA (sistema renina-


MECANISMO DE AÇÃO
angiotensina-aldosterona): ↓ volume
PRIMEIRA FASE: sanguíneo ➔ alteração do fluxo sanguíneo

Depleção de volume extracelular e renal ➔ libertação de renina ➔… ➔ ↑

plasmático por inibição da reabsorção libertação de aldosterona ➔ ↑ reabsorção

tubular de sódio e cloreto, com ↑ da sua renal de Na+ e H2O ➔ neutralização do

excreção ➔ ↓ do débito cardíaco efeito diurético.

(inicialmente pode ocorrer ↑ RVP). Administração de IECAs ➔ ↑ eficácia


dos fármacos diuréticos (prevenção do
POSTERIORMENTE (6 a 8 semanas –
efeito de contrarregulação).
resposta fisiológica para contrariar):
Muitas vezes associam-se os diuréticos com
↓ RVP (Resistência Vascular Periférica)
bloqueadores do sistema renina-
decorrente de vários mecanismos (↓ Na+
angiotensina-aldosterona (IECA e ARA).
nas células do músculo liso arteriolar ➔
resposta a agentes vasopressores como
NA ou AT II, para reter mais Na+ e H2O ➔
vasodilatação moderada?), após
estabilização do débito cardíaco.
RIM TIPOS DE DIURÉTICOS
Regulação da composição iónica e do volume Diuréticos Tiazídicos e seus análogos:
de urina por alterações na reabsorção ou
Clorotalidona (Hygroton®);
secreção ativas de iões e/ou reabsorção
Hidroclorotiazida;
passiva de H2O.
Altiazida;
Indapamida (Fludex®, Norpress®,
Tandix®).
Metolazona (Diulo®).

Diuréticos da Ansa:

Furosemida (Lasix®);
Torasemida (Tation®);
Bumetanida;
Piretanida.

Diuréticos poupadores de K+:

Espironolactona (Aldactone®);
Eplerenona (Inspra®);
Amilorida;
Triamtereno (em associações).

Diuréticos mais vulgarmente utilizados no Preferência: baratos, pouco tóxicos e


ambulatório: Tiazidas e seus análogos, bastante eficazes.
diuréticos da ansa e os poupadores de
Como anti-hipertensores: preferência
potássio.
dada aos tiazídicos (Hidrocloroxazida,
São usados isoladamente ou em Indapamida) que tipicamente reduzem a
associação (principalmente de Tiazidas pressão arterial em 10 a 15 mmHg;
com poupadores de potássio). Diuréticos de ansa (Furosemida):
Os diuréticos mantêm grande interesse no normalmente reservados para hipertensão
tratamento da HTA, sendo geralmente associada a insuficiências renal (tiazidas
eficazes, capazes de reduzir efetivamente a não são eficazes) e/ou cardíaca;
morbilidade e a mortalidade Podem ser usados em associações para
cardiovasculares, de baixo custo relativo minimizar efeitos adversos;
(aspeto importante no tratamento de uma A ingestão de Na+ diminui a sua eficácia
doença crónica), de fácil manejo e bastante natriurética e diurética.
bem tolerados, mesmo no doente idoso.
EFEITOS SECUNDÁRIOS Hipersensibilidade (devido ao grupo

Os efeitos laterais mais frequentemente sulfonamida): associada aos

observados são dependentes da dose, sendo, antidiuréticos da Ansa;

sobretudo, alterações hidroeletroliticas e Disfunções sexuais (disfunção erétil,

metabólicas: reversível);
Desidratação (??; diuréticos da ansa).
Hipocaliemia (diminuição de K+): pode
induzir arritmias em indivíduos Atravessam a placenta e são excretados no
predispostos, sendo mais comum em leite materno.
contexto de interações farmacológicas:
REAÇÕES ADVERSAS MAIS COMUNS
• ↑ Na+ disponível para ser trocado por
K+ no tubo coletor e no ducto coletor ➔ Doses ↑↑↑↑: alterações eletrolíticas da

↑ secreção de K+; endolinfa ➔ perdas auditivas reversíveis ou


permanentes, disfunção vestibular.
• 5 a 20% dos doentes (dose-
dependente); Diuréticos Tiazídicos:
• Exceto diuréticos poupadores de
Hipocalemia;
potássio (assoc.)
Hiperuricemia;
Hipomagnesemia: importa na função
Hipotensão;
muscular e neuronal;
Hiponatremia;
Hiperuricemia ➔ Gota em doentes
Hipercalcemia:
predispostos;
o Reabsorção de Ca2+;
Os diuréticos com o grupo sulfonamida o Tratamento da osteoporose (?).
competem com o urato para o sistema de Diuréticos da Ansa:
secreção tubular de aniões orgânicos.
Ototoxicidade;
Intolerância à glicose: especiais Hiperuricemia;
cuidados em doente com risco elevado de Hipotensão;
desenvolver diabetes (não devem ser Hipocalemia;
fármacos de 1ª escolha) Hipomagnesemia.
▪ ↓ libertação de insulina (ativação
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
dos canais KATP nas células β???) + ↓
DOS DIURÉTICOS
captação de glucose pelos tecidos.
Aumento do colesterol e dos Diuréticos ➔ ↑ excreção da urina por inibição

triglicerídeos séricos; da reabsorção de NaCl e H2O = ↑ Diurese.

Hiponatremia;
Resistência à insulina;
Hipotensão;
Mobilização de edemas (Tiazida, Diuréticos DIURÉTICOS DA ANSA
da Ansa, Antagonistas da Aldosterona, Os Diuréticos mais potentes
Diuréticos osmóticos):
Fármacos quimicamente heterogéneos:
Entumecimento dos tecidos por Furosemida, Bumetanida, Ácido
acumulação de fluídos no espaço Etacrínico, Torasemida, Piretanida,
extracelular (intersticial) ➔ diuréticos: ↑ Indacrinona:
excreção renal de Na+ e H2O ➔ ↓ volume
Efeito rápido (~ 30 min. a 1h), intenso,
plasmático com hemoconcentração das
breve (~4h);
proteínas plasmáticas ➔ ↑ pressão
Forte ligação às proteínas plasmáticas ➔
oncótica ➔ fluídos passam para os leitos
atingem membranas luminais após
capilares ➔ redução dos edemas por ↓
secreção tubular pelos transportadores de
volume do fluído extracelular.
ácidos.
Terapêutica anti-hipertensora: Ação principal na porção espessa do ramo
1ª linha; os diuréticos Tiazídicos e da Ansa ascendente da Ansa de Henle (membrana

são eficazes em monoterapia e em doses luminal) ➔ inibição do co-transporte

baixas – ↓ RVP sem alterar Na+/K+/2Cl−.

significativamente o volume do fluído


extracelular.

Terapêutica da Insuficiência Cardíaca


Congestiva:

↓ RVP → ↓ pós carga, ↑ tolerância ao


exercício; ↑ excreção de fluídos → ↓
volume do fluído extracelular e retorno
venoso → ↓ pré carga.
Tiazidas + Fármacos poupadores de
K+;
Diuréticos da Ansa.

Profilaxia da insuficiência renal:


A reabsorção paracelular de Ca2+ e Mg2+
Manutenção do fluxo urinário: diuréticos ocorre devido à diferença de potencial
osmóticos ou da Ansa. causada pela transporte de K+ para o lúmen
tubular
Os diuréticos da ansa podem causar pulmonares e em caso de necessidade de
hipomagnesemia e hipocalcemia (ao contrário mobilizar volumes elevados de líquidos.
das Tiazidas).
Muito raramente usados em monoterapia
na hipertensão.

TIAZIDAS E ANÁLOGOS
Existem numerosos fármacos:
Hidroclorotiazida, Clorotalidona,
Metolazona, Indapamida.

Têm eficácia, indicações terapêuticas e


efeitos laterais idênticos.
MECANISMO DE AÇÃO

“Decrease in blood pressure” ➔ + comuns


no tratamento da hipertensão arterial
(monoterapia ou associações).
Furosemida:
São utilizados como anti-hipertensores:

A Furosemida não é metabolizada


hepaticamente e há excreção exclusivamente
urinária, na forma inalterada.

O diurético preferido em doentes que


apresentam taxas de filtração glomerular
reduzidas (Furosemida: ↓ resistência
vascular renal + ↑ débito sanguíneo renal),
emergências hipertensivas, edemas
➔ Potência moderada

Fármacos de estrutura Tiazídica, ex.:


Hidroclorotiazida.

REAÇÕES ADVERSAS
Alterações eletrolíticas: hipocaliemia
(risco interação c/digitálicos),
hiponatremia, alcalose hipoclorémica;
Alterações metabólicas: hiperglicemia,
hiperuricemia, ↑ TG e LDLc; MECANISMO DE AÇÃO
Fotossensibilidade;
Inibem a reabsorção de Na+ a nível do
Hipotensão postural;
segmento proximal do túbulo contornado
Impotência.
distal.
PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES ▪ Ação vasodilatadora (ex.: Indapamida):
Insuficiência renal (risco de agravamento ↓ Ca2+ intracelular → relaxamento vascular.
da função renal); Resposta anti-hipertensora às 2-4
Doentes com hipercalcemia; semanas de tratamento.
Doentes com história de ataques de Não devem ser usados em mulheres
gota; grávidas;
Diabetes; Eliminados na urina primordialmente na
Gravidez e lactação; forma original, após sofrerem secreção
Hiperaldosteronismo. tubular;
As Tiazidas são pouco eficazes em
PRINCIPAL LOCAL DE AÇÃO
doentes com função renal muito reduzida
Túbulo conector (pequena porção do
(TFG < 30 mL/min/m2) porque, ao atuarem
nefrónio que se estende entre o túbulo
na membrana luminal, necessitam
contornado distal e a porção inicial do túbulo
obrigatoriamente de serem “excretadas”
coletor) ➔ ↓ reabsorção de Na+ e Cl- por
para exercerem o seu efeito.
inibição do co-transporte Na+/Cl- nas
membranas luminais ➔ ↑ excreção de Os efeitos diuréticos destes fármacos
água e NaCl; ↓ excreção de Ca2+. iniciam-se 1 a 2 horas após a
administração oral, mantendo-se por 12 a 24
horas. São administrados de preferência de
manhã, para a diurese não interferir com o São usados em associação com Tiazidas (↓
sono. efeitos adversos como Hipocaliemia) e, os
mecanismos de ação a nível celular são
Alguns possuem t½ prolongado,
diversos, provocando perda de potássio.
permitindo a sua administração em dias
alternados (ex. Clorotalidona).

Hidroclorotiazida:

Dose 12,5 mg/dia, geralmente em


associação com IECA, ARA ou diurético
poupador de potássio.

Indapamida (Fludex®) – Vantagens:

< Interferência [Lípidos]plasmática;


< Interferência [Ácido úrico]plasmático; ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
Efeito regressor da hipertrofia ventricular e Núcleo de ciclopentanoperidrofenantreno.
albuminúria (~IECA).
Espironolactona: fármaco de referência;
DIURÉTICOS POUPADORES DE K+ Eplerenona.
Existem 2 subgrupos: Estes fármacos têm efeito antiandrogénico
Antagonistas da Aldosterona: retêm o (ginecomastia – reação adversa, aumento das
K+. mamas) e efeito benéfico adicional (↓↓
Não Antagonistas da Aldosterona: não remodeling cardíaco típico da IC).
contrariam a aldosterona e retêm K+.
Inibe, de forma específica e competitiva, a modulam reflexos baroreceptores,
ação da aldosterona, impedindo a síntese da tornando-os mais sensíveis.
proteína responsável pela troca Na+/K+. Antagonista β1 (impedem uma aceleração
do ritmo cardíaco, Propranolol, Atenolol
NÃO ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
são adjuvantes!) e Antagonista α1
Núcleo pirazínico.
(usados apenas em situações pontuais e
Amilorida; apenas em ambiente hospitalar porque
Triantereno (muitas vezes associado). temos recetores α1 em todo o corpo, logo o
antagonista α1 vai antagonizar todos e isso
Inibem a excreção de potássio a nível terminal
provoca hipotensão): inibição do efeito
do túbulo contornado distal e no tubo coletor
cardíaco e/ou vasoconstritor dos agonistas
por bloqueio dos canais de Na+.
endógenos dos recetores adrenérgicos e,
Comercializados apenas em associação a dependendo do fármaco:
Hidroclorotiazida. ▪ ↓ RVP;

ASSOCIAÇÃO DE DIURÉTICOS ▪ Inibição da função cardíaca → ↓


débito cardíaco → ↓ PA;
▪ ↓ Retorno venoso.

ANTI-HIPERTENSORES DE AÇÃO CENTRAL


Existe a necessidade de refração ao
Metildopa (Aldomet®): agonista α2,
tratamento com um único fármaco →
tratamento da hipertensão em grávidas
associação de outro fármaco com um local
hipertensas (alternativas: Nifedipina ( e
de ação distinto do primeiro (ex. diurético da
Labetalol);
ansa + tiazida).
Guanabenzeno;
- dose = + benefícios = baixo risco de Clonidina (Catapresan®): agonista
hipocaliemia. parcial dos recetores α2 e imidazolínicos I1.
Utilizado mais em ambiente hospitalar.
FÁRMACOS QUE AFETAM A
Contraria a atividade simpática central.
TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA
Complementa a ação dos hipertensores;
Os fármacos que atenuam a resposta
Moxonodina (Moxon®) e Rilmenidina
hipertensiva do SNA possuem efeito:
(Hyperium®): agonista dos recetores
Agonista α2 central: atuam na regulação imidazolínicos bulbares I1) – ambiente
da ação central simpática (não ambulatório.
periférica). ↓ ativação simpática →
predominância do efeito
parassimpático. Fármacos que atuam em
neurónios adrenérgicos centrais que
MECANISMO DE AÇÃO baroreceptores → ação hipotensiva

Atuam estimulando os recetores depende em < grau da postura do doente;

adrenérgicos α2 pré-sinápticos (e pós- Impotência e outras disfunções sexuais

sinápticos!) no SNC (↓ atividade dos (inibição da ejaculação).

neurónios do centro vasomotor no bolbo NOTAS


raquidiano) mas também periféricos,
A Metildopa está contraindicada em
reduzindo a descarga e a atividade
caso de insuficiência hepática;
simpática e, consequentemente, a
A suspensão abrupta da Clonidina pode
frequência, o débito cardíaco e o tónus
ocasionar crise hipertensiva reflexa
vascular (↓ RVP).
mediada pelo ↑ da atividade simpática +
↑ intensidade = ↑ resistência = ↑ tensão. taquicardia, ansiedade e insónia →
↑ Atividade vagal (?). redução gradual da dose.

ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS α1
MECANISMO DE AÇÃO
São vasodilatadores, atuam no músculo
liso vascular (pequenas artérias e veias,
grandes artérias) e impedem a entrada de
A Metildopa é um pró-fármaco que se
cálcio, logo provocam vasodilatação.
transforma em α-metilnoradrenalina e
substitui a noradrenalina nas vesículas dos Bloqueio competitivo e seletivo dos

neurónios do SNC (“falso transmissor” no recetores α1 periféricos do músculo liso

SNC que estimula os recetores α2), ou seja, vascular das arteríolas e das vénulas e

funciona como um substrato que se liga mas veias de capacitância (GPCR; ↓

não estimula os recetores, ou seja, é um [Ca2+]intracelular por inativação da via do IP3 –

bloqueador. importante para a contração, porque se há


diminuição o músculo descontrai):
EFEITOS SECUNDÁRIOS vasodilatação → [↓ RVP]. Atuam
Sonolência; perifericamente.
Sedação;
Reduzida eficácia em monoterapia
Xerostomia (pouco comum!);
(associação a outros anti-hipertensores
Fadiga persistente, depressão: devido
como diuréticos – devido à ativação do
ao facto dos anti-hipertensores de ação
eixo RAA e retenção de fluidos – ou
central atravessarem a BHE;
bloqueadores β);
Hipotensão postural: rara, mantêm
Induzem tolerância: uso de doses
sensibilidade ao controlo dos
progressivamente crescentes.
EFEITOS SECUNDÁRIOS MECANISMO DE AÇÃO
Hipotensão postural: principalmente nas ↓ Frequência das despolarizações
primeiras tomas; a pressão arterial é espontâneas nas células pacemaker + ↓
reduzida em > grau na posição ortostática contractilidade → ↓ do débito cardíaco
do que em decúbito dorsal); (efeito inicial);
Palpitações/taquicardia reflexa: são ↓ da secreção de renina (complexo
resultado da ativação reflexa do SN renina-angiotensina) pelas células
simpático → ↑ frequência cardíaca, força justaglomerulares (bloqueio β1);
contrátil e níveis circulantes de Readaptação dos baroreceptores, ↓ das
noradrenalina; efeitos estão diminuídos catecolaminas nas sinapses nervosas e
quando se usam fármacos bloqueadores ↓ da descarga simpática do SNC;
seletivos α1 (com reduzida afinidade α2) ou ↓ sustentada da RVP.
antagonistas simultâneos α e β ➔ A
Tem como efeito terapêutico a redução da
Prazosina + Bloqueador β evita a ação
pressão arterial, sendo que os recetores β1
reflexa, logo, usamos um bloqueador β
cardíacos:
para evitar os efeitos do organismo;
Nó sinoauricular: regulação do efeito
cronotrópico;
Miocárdio: regulação do efeito inotrópico.

Astenia (cansaço extremo).

FÁRMACOS
Doxazosina; FÁRMACOS
Prazosina: tem como vantagem o uso em Seletivos cardíacos (β1; seletividade β1:β2
doentes com hiperplasia benigna da ~ 20 a 50, mais seletivo para β1 do que para
próstata (principal indicação terapêutica!); β2):
Terazosina;
Atenolol (Tenormin®, Tenoretic®, em
Trimazosina.
associação);
BLOQUEADORES β Bisoprolol (Concor®, Protens®, Ziac®);

Controlo da HTA em monoterapia, mas vêm Metoprolol (Lopresor ®);

sendo mais usados quando existem outras Esmolol (Brevibloc®, solução injetável,

comorbilidades. tratamento da hipertensão intra e pós-


operatória);
Nebivolol (vasodilatador por ↑ produção Depressão psíquica;
de NO (O NO perifericamente é Disfunção sexual (↓ libido e disfunção
vasodilatador, centralmente é erétil);
neurotransmissor), Blokat®, Hypoloc®, Fadiga (bloqueio dos recetores β2
Nebilet®); musculares??);
Acebutolol; Dislipidemias (↓ HDL e ↑ TG).
Betaxolol.
Síndrome de abstinência → podem ocasionar
Não seletivos cardíacos: hipertensão e/ou manifestações de isquemia
miocárdica quando suspensos abruptamente
Propranolol (Inderal®, contraindicado
(hiperatividade simpática) → desmame!
para quem tem asma);
Pindolol;
Timolol;
Nadolol;
Carteolol;
Sotalol.

Bloqueadores α e β: são vasodilatadores


periféricos e frenam a atividade cardíaca.

Carvedilol (IC, Dilbloc®) e Labetalol


(grávida hipertensa) → ação CONTRAINDICAÇÕES
vasodilatadora β1, β2 e α1. Antagonistas β de primeira e segunda
gerações não devem ser usados em doentes
UTILIDADE
com asma, DPOC, bloqueio
Doentes hipertensos com cardiopatia auriculoventricular, IC não compensada e
isquémica, taquiarritmias supraventriculares e doença vascular periférica severa, se fizer
antecedentes de EAM e IC. uma grande retenção de líquidos

EFEITOS SECUNDÁRIOS perifericamente.

Agravamento das hipoglicemias;


Broncospasmo (β2);
Embora sendo mais seletivos, ainda possuem
Bradicardia (< 50 bpm), hipotensão;
capacidade de bloquear recetores β2.
Distúrbios na condução
auriculoventricular; FÁRMACOS COM ATIVIDADE
Depressão miocárdica; VASODILATADORA
Vasoconstrição periférica (extremidades Bloqueio/↓ da ação de substâncias
frias); vasoconstritoras endógenas como a
Insónias e pesadelos; angiotensina II, a noradrenalina, a
adrenalina ou a endotelina (porque Vasoconstritores ou vasodilatadores
bloqueiam a conversão da angiotensina I atuam por:
em angiotensina II) OU • Alteração de [Ca2+]intracelular;
Potenciação dos efeitos de mediadores • Alteração da sensibilidade da
endógenos com atividade maquinaria contrátil à [Ca2+]intracelular.
vasodilatadora (NO → nitratos orgânicos
ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO
e outras fármacos que libertam NO;
Diferentes classes químicas de BECs
análogos das prostaglandinas PGI2 e
aparentemente ligam-se a sítios diferentes
PGE1; dopamina) OU
nos canais de cálcio do tipo L.
Ação direta sobre o músculo liso vascular:
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE FÁRMACOS
CÁLCIO (ex. Nifedipina – diminuem a
MAIOR AÇÃO CARDÍACA
contração do músculo); vasodilatadores
Fenilalquilaminas
que permitem abertura dos canais de
K+ (ex. Minoxidil); inibidores da Verapamilo (Isoptin®).
fosfodiestérase → provocam
Benzotiazepinas
relaxamento da musculatura lisa das
arteríolas → ↓ RVP → ↓ Pressão arterial. Diltiazem (Dilfar®, Diltiem®, Etizem®,
Herbesser®).
VASODILATADORES
Caraterísticas
(BECs)

Efeito inotrópico, dromotrópico e


cronotrópico negativo, visto que as
correntes de Ca2+ para o interior são
importantes para a despolarização das

Para angina e enfartes usa-se os nitratos, células do nó sinusal (geração do impulso),

mas para a hipertensão não!! para a condução auriculoventricular


(propagação do impulso) e para o
acoplamento eletromecânico dos
cardiomiócitos ventriculares;
Fármacos antiarrítmicos (perturbações
taquicárdicas do ritmo devido a fibrilação
auricular, extrassístoles, …);
Fármacos antianginosos;
[Ca2+] intracelular é relevante para a contração
Fármacos anti-hipertensores por ↓ da RVP
do músculo liso vascular;
e ↓ do débito cardíaco.
MAIOR AÇÃO VASCULAR (Leitos INTERAÇÕES
arteriolares e arteriais; vasosseletivos nas O Verapamilo e Diltiazem com
doses terapêuticas) bloqueadores β podem agravar IC, por

Diidropiridinas alterações da condução SA e AV.

Amlodipina (Norvasc®); O Verapamilo tem menor seletividade.

Felodipina (Preslow®); O Verapamilo e Diltiazem reduzem o

Lacidipina (Lacipil®, Tens®); batimento cardíaco, assim como os

Nifedipina (Adalat®): fármaco de bloqueadores β ➔ logo, acalma demais e

ambulatório; isso pode agravar a IC.

Lercanidipina (Calcan®, Zanicor®,


Zanidip®): fármaco de ambulatório;
Isradipina (Lomir®, Dilatol®);
Nilvadipina (Nivadil®);
Nitrendipina (Hiperdipina®);
Nicardipina;
Nisoldipina;

Caraterísticas

Ativos por via oral; Fig.) O Verapamilo pode ser usado na prevenção das
Elevado efeito de 1ª passagem; enxaquecas. Os BECs de semividas mais longas ou
incluídos em formulações de libertação prolongada
Elevada ligação às proteínas plasmáticas; permitem um controlo mais uniforme da pressão
Extenso metabolismo. arterial.

Devemos aumentar a dose da Nifedipina


EFEITOS SECUNDÁRIOS + COMUNS para fazer libertação prolongada, uma vez
Cefaleias e tonturas, hipotensão, fadiga; que tem uma semi-vida curta.

Rubor facial (flushing);


Palpitações e estimulação cardíaca reflexa
(principalmente nos jovens): taquicardia
(diidropiridinas; deve evitar-se doses
elevadas de BECs de ação rápida);
Edemas periféricos (maleolar);
Hiperplasia gengival;

O Verapamilo provoca obstipação (inibição


da musculatura GI) e bloqueio AV
(dependente da dose).
PROCESSOS DE CONTRARREGULAÇÃO
Processos de contrarregulação da
hipotensão aguda provocada por
vasodilatadores → ativação do SNS e do
SRAA → ↑ ritmo cardíaco (taquicardia reflexa
com palpitações) + ↑ volémia (retenção de
fluidos e edemas) → ↑ débito cardíaco → ↑ PA
( passível de intervenção farmacológica:
associação a IECAs, ARAs, Diuréticos ou
Bloqueadores β).

Os antagonistas dos canais de cálcio (ACC/


AEC/BCC/BEC) são considerados a
terapêutica de 1ª linha na HTA com eficácia
semelhante aos outros agentes terapêuticos.

Preferem-se diidropiridinas com t1/2 mais


longo → menor probabilidade de taquicardia
reflexa que é mais comum com fármacos que
↓ PA rapidamente.

Indicação preferencial no tratamento da


HTA associada a outras patologias:
doença coronária, insuficiência renal,
Diabetes Mellitus, Dislipidemias,
Hiperuricemia e na HTA sistólica isolada.

Triptanos → Zoming

Crise aguda, enxaqueca


SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALVO DOS FÁRMACOS QUE ATUAM NO
ALDOSTERONA (SRAA) SRAA
Os IECA são mais antigos que os ARA, e são
inibidores da enzima de conversão da
angiotensina, além de impedirem a
degradação da bradicinina. Ou seja, ao
impedirem esta degradação, vão favorecer a
sua atividade – aumenta a síntese de
prostaglandinas responsáveis pela
vasodilatação, e a própria bradicinina provoca
vasodilatação. Mais à frente surgem os ARA
que vão impedir que a angiotensina II formada
não se ligue aos recetores da angiotensina II.

RENINA: enzima proteolítica produzida por


células musculares especializadas nas
paredes das arteríolas aferentes do glomérulo
renal pertencentes ao aparelho
justaglomerular; libertada em resposta a
estímulos variados como ↓ da pressão da
perfusão renal, ↓ da concentração de Na+ no
fluido tubular distal, atividade simpática a nível
renal (recetores β1), PGI2, etc.

IECAs: ↑ substâncias vasodilatadoras


endógenas.

A sua função imediata é a clivagem do


angiotensinogénio (origem hepática) em
angiotensina I e a sua ação leva a uma
estimulação da secreção de aldosterona, ao
controlo da excreção de sódio e do tónus
vascular, …
Captopril: usado também em SOS, em
situações de picos hipertensivos, sublingual.
O Captopril tem como efeitos adversos
tosse seca (caraterística desta classe),
hipotensão de habituação, proteinúria,
alterações do paladar.

O Enalapril é um pró-fármaco, utilizado a


longo prazo de forma contínua. Também
provoca tosse, hipotensão, etc.

Os ARA tem semi-vida que permite uma toma


por dia, sendo interessante na terapêutica Ou seja, são os fármacos preferíveis em
cronica. insuficientes hepáticos:

O Alisquireno provoca diarreias intensas, Hidrólise hepática e conversão em


não pode ser utilizado na insuficiência renal metabolitos ativos;
nem diabéticos. Eliminação renal → ↓ dose em IR (exceto
Fosinopril).
INIBIDORES DA ENZIMA DE CONVERSÃO
DA ANGIOTENSINA (IECAs) 1981 ➔ Captopril → ação rápida, usado em
crises hipertensivas
MECANISMO DE AÇÃO
Lisinopril
São falsos substratos que provocam a Imidapril
inibição da enzima conversora de Fosinopril Enalapril
angiotensina (ECA), bloqueando a Ramipril Perindopril
Pró-fármacos
transformação de angiotensina I Cilazapril Zofenopril
Quinapril Trandolapril
(biologicamente inativa) em angiotensina II
Moexipril Benazepril
(potente vasoconstritor arteriolar
principalmente nos rins, coração e cérebro; ↑
Angiotensina II
retenção de Na+ e H2O) no sangue e nos
tecidos + ↓ degradação e inativação de cininas
GPCR (Gq): ↑ IP3, ↓ AMPC, ... ➔ ↓ [Ca2+] intracelular
vasodilatadoras → ↓ RVP (sem ativação do
SNS, não causando ↑ reflexo do débito,
frequência e contractilidade cardíacas, nem • Vasoconstrição (arteriolar e venosa) e
retenção de H2O e Na+ por ↑ reabsorção
retenção de água/sódio e nem hipotensão nos tubos proximais;
ortostática). • Outros efeitos: ↑ atividade simpática
central e periférica (↑ libertação periférica
ECA → peptidase não específica; enzima de de NA), ↑ aldosterona e ↑ efeitos tróficos
superfície luminal das células endoteliais (em (↑ síntese proteica nas células
musculares miocárdicas e vasculares;
> quantidade); particularmente abundante nos crescimento e diferenciação celular;
pulmões). remodeling); atenuação parassimpática;
• Inativação da bradicinina (efeito
vasodilatador).
IECA’s / ARA’s UTILIDADE TERAPÊUTICA

↓ RVP e ↓ PA (↓ pré e pós-carga);


Hipertensão arterial.
Efeitos adicionais: ↓ hipertrofia ventricular. A redução da PA é superior em doentes
com o SRAA estimulado;
São úteis em doentes hipertensos com
insuficiência renal crónica e nefropatia
diabética ou de outras origens (alterações
do perfil metabólico), retardando o declínio
da função renal (nefroprotetores; efeito
vasodilatador das arteríolas eferentes);
Úteis também no tratamento da IC, pós-
EAM e doentes com disfunção sistólica;
Eficazes em monoterapia.

Aumentam a sensibilidade dos tecidos


periféricos à ação da insulina e possuem
efeito antiproteinúrico direto (↓ albuminúria).

EFEITOS SECUNDÁRIOS
Hipotensão de 1ª dose: mais intensa com
o Captopril → mais comum e grave em
doentes com SRAA ativado devido a
hipovolémia por perda de água e eletrólitos
(toma de diuréticos, etc), insuficiência
cardíaca e estenose arterial a nível renal;
Tosse irritativa (seca): em 5 a 20% dos
doentes;
Alterações no paladar;
Reações de hipersensibilidade (erupção
Os IECA’s provocam redução da inativação
cutânea e angioedema doloroso dos
das cininas na mucosa brônquica por inibição
lábios, face e garganta; pode ser grave);
da ECA presente na circulação pulmonar →
Portadores de IRC: hipercaliemia (10%) e
bradicinina → potente vasodilatador que
deterioração da função renal);
aumenta a produção de óxido nítrico e
↓ aldosterona → ↓ excreção de K+.
prostaciclina → angioedema.
CONTRAINDICAÇÕES EFEITOS SECUNDÁRIOS
Em gestantes por malformações fetais Bom perfil de tolerabilidade: os doentes
→ causam hipoplasia pulmonar e renal: apresentam raramente tonturas e reações
teratogénicos; especialmente entre o 2º e de hipersensibilidade cutânea; muitas
3º trimestre; vezes usados quando os IECA’s não são
Cuidados adicionais na monitorização de tolerados pelo doente pois apresentam
mulheres em idade fértil; menor risco de tosse e angioedema;
Doentes com estenose bilateral severa NOTA: não interferem na metabolização
das artérias renais → insuficiência da bradicinina;
renal; Não usar durante a gravidez.

FÁRMACOS
Losartan;
Candesartan;
Irbesatran;
Valsartan;
Eprosartan;
Azilsartan;
Olmesartan;
Doentes com história de edema Telmisartan.
angioneurótico.
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA
ANTAGONISTAS DOS RECETORES DA
ALISCIRENO
ANGIOTENSINA II (ARA’s)
MECANISMO DE AÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
Inibidores competitivos da renina, reduzindo a
Antagonismo da ação da angiotensina II por
conversão de angiotensinogénio em
bloqueio específico e competitivo dos seus
angiotensina II → ↓ angiotensina II → … → ↓
recetores AT1.
PA.
Inibição mais seletiva e completa dos
Possui efeitos nefroprotetores em doentes
efeitos da angiotensina II do que os
com HTA, DM Tipo II e Nefropatias; não
IECA’s, visto que existem outras enzimas
devem ser usados durante a gravidez e
com capacidade de a sintetizar
lactação;
(quimases);
Efeitos adversos: diarreia (comum),
Efeitos e usos terapêuticos semelhantes
insuficiência renal aguda, angioedema,
aos IECA’s;
reações de hipersensibilidade (muito
1 toma diária: benefícios mais relevantes
raras).
em doentes + jovens.
VASODILATADORES DIRETOS Atua por ativação direta da guanilciclase e/ou
via libertação de NO → ↑ GMPc intracelular
MINOXIDIL E HIDRALAZINA
→ desfosforilação da miosina →
Mecanismo ainda não elucidado;
vasodilatação.
Estimulação da guanilciclase;
↑ HIF-1 → … → ↓ influxo de Ca2+; Início de ação rápida e efeitos
Uso na hipertensão da gravidez (crises); desaparecem 1 a 10 minutos após a
administração;
Atuação direta sobre a musculatura da parede
Usado em emergências hipertensivas em
vascular arterial e arteriolar, promovendo o
que se deseja ↓↓ rápida da PA;
seu relaxamento – ↑ vasodilatação e ↓ RVP –
Usado apenas por via parentérica
por mecanismos de compensação, podendo
(perfusão IV, uso hospitalar);
levar a:
Pode causar hipotensão grave e
Retenção de Na e H2O;
toxicidade por acumulação de Tiocianato
Taquicardia reflexa → precipitar angina,
(uso limitado a 72h, no máximo).
EAM, IC.
VASODILATADORES ESPECÍFICOS
Monoterapia → associar BB e Diuréticos em
Fármacos para o tratamento da disfunção
hipertensão grave e resistente → uso tópico.
erétil: Sildenafil, Vardenafil e Tadalafil.
MINOXIDIL
Inibidores específicos da
Ativador dos canais de potássio, por
Fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5), classe
antagonismo do ATP intracelular → aumento
de enzimas responsáveis pela degradação
da permeabilidade ao potássio, causando
do GMPc;
hiperpolarização das membranas celulares do
Ereção peniana: estimulação sexual →
músculo liso vascular e redução da atividade
estimulação de neurónios que libertam NO
dos canais de cálcio.
que difunde e ativa a guanilciclase no
Pode causar cefaleias, hipertricose e músculo liso dos corpos cavernosos → ↑
hirsutismo. GMPc → ↓ tónus muscular (relaxamento)
→ vasodilatação mediada pela proteína
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
cinase G (PKG).
MECANISMO DE AÇÃO
A isoforma “tipo 5” da PDE é
Atuação direta sobre a musculatura da parede maioritariamente expressa nos tecidos
vascular das arteríolas e das vénulas, reprodutores e nos pulmões; inibição da
promovendo o seu relaxamento: PDE-5 → potenciação dos efeitos do NO

↓ RVP + ↓ retorno venoso; na ereção;


Via oral → 1h antes da estimulação
sexual;
Tratamento da disfunção erétil; Se o doente apresenta concomitantemente
Sildenafil possui aplicação no tratamento angina de peito deve preferir-se um
da hipertensão pulmonar por potenciação bloqueador β ou um bloqueador dos canais de
do efeito do NO. cálcio (BECs).

INIBIDORES ESPECÍFICOS DA Devem ser tomados especiais cuidados


FOSFODIESTERASE TIPO 5 nos doentes diabéticos (IECAs, BECs,
evitando bloqueadores β e diuréticos), com
disfunção renal (IECAs/ARAs) e com
osteoporose (Tiazidas) ou gota (não usar
diuréticos!!);
Em grávidas, os BEC, os agonistas α2
centrais e os bloqueadores β são os anti-
hipertensivos mais aconselháveis;
Idosos e indivíduos negros respondem
melhor a diuréticos e BECs;

O fator do custo deve igualmente ser tido em


conta, como em todas as terapêuticas,
EFEITOS ADVERSOS MAIS COMUNS particularmente quando de natureza crônica.
Cefaleias;
Flushing;
Distúrbios oculares;
Dores abdominais.

EFEITOS ADVERSOS MAIS GRAVES


Cardiovasculares: arritmias, bloqueio
cardíaco, enfarte, hipotensão.
Fig. 1) Efeitos cardiovasculares das anti-hipertensivos
INTERAÇÕES
EFEITOS ADVERSOS DAS PRINCIPAIS
Contraindicado o uso simultâneo com nitratos CLASSES DE FÁRMACOS
ou antagonistas α1 (hipotensão grave).

PRINCÍPIOS GERAIS DA TERAPÊUTICA


ANTI-HIPERTENSORA
A opção pelo fármaco anti-hipertensor está
dependente da situação concreta de cada
doente e dos possíveis efeitos adversos dos
fármacos.
FLUXOGRAMA PARA O TRATAMENTO DA COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DE CLASSES
HIPERTENSÃO ARTERIAL DE FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSORES
1ª linha

2ª linha

3ª linha
Linhas verdes contínuas: combinações

Monoterapia: preferíveis;
Linhas verdes tracejadas: combinações
1) IECAs / ARAs;
útil (com algumas limitações);
2) BECs;
Linhas pretas tracejadas: combinações
3) Diuréticos Tiazídicos.
possíveis, mas menos bem-testadas;
Antes da introdução na terapêutica de outras Linha encarnada contínua: combinação
classes de anti-hipertensores devem ser não recomendável.
tentados os ajustes das doses e a terapia
Embora o Verapamil e o Diltiazem sejam por
combinada (tripla) com os fármacos de 1ª
vezes utilizados com um beta-bloqueador
linha.
para melhorar o controlo da frequência
MONOTERAPIA X TERAPIA DE ventricular na fibrilação auricular permanente,
COMBINAÇÃO apenas os antagonistas do cálcio
Passagem de uma estratégia terapêutica dihidropiridínicos devem ser habitualmente
menos intensiva para outra mais intensiva, combinados com os beta-bloqueadores.
caso a PA-alvo não tenha sido atingida:
ASSOCIADAS RECONHECIDAS COMO
EFICAZES

Combinações de 2 ou mais fármacos anti-


hipertensores em doses fixas num único
comprimido podem ser recomendadas e
favoráveis → redução do número de
comprimidos diários → melhoria da adesão
terapêutica.
SELEÇÃO DO FÁRMACO DE ACORDO COM TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSORA –
AS CARATERÍSTICAS INDIVIDUAIS DOS GRAVIDEZ
DOENTES Fármacos anti-hipertensores preferenciais na
gravidez:

Metildopa;
Nifedipina;
Labetalol.

Indicações específicas:

Doentes com ≤ 75 anos de todas as etnias


devem usar IECA’s e ARA’s para proteção
da função renal;
ALGORITMO TERAPÊUTICO
Doentes principalmente > 75 anos com
função renal comprometida, deve ser
utilizado diuréticos ou antagonistas do
cálcio em detrimento de IECA’s e ARA’s
devido ao risco de hipercaliemia e
deterioração renal.

Contraindicações absolutas e relativas:

TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO


Tem como objetivo o controlo da pressão
arterial + ↓ nº de tomas/dose dos fármacos
anti-hipertensores.

As modificações do estilo de vida deverão


ser adotadas por todos os doente
(simultaneamente com terapêutica
medicamentosa ou não e pode ser suficiente Disfunção dos barorrecetores;
em doentes com valores normais ou normal- Espessamento ↑↑ da túnica média
elevado e no estadio 1 se não houver lesões vascular.
orgânicas ou outras doenças associadas).
DIETA DASH
Acompanhamento especializado;
Reforço periódico.

Adoção de alterações do estilo de vida

Redução de peso para IMC de 25 kg/m2 e


do perímetro abdominal para < 102 cm
nos homens e < 88 cm nas mulheres, caso
não haja contraindicações
↓ sal, assegurando aporte adequado de

Adotar uma dieta DASH potássio;


↓ consumo excessivo de álcool;
Restrição alimentar de sódio para 5-
Dieta rica em fibras solúveis: leguminosas,
6g/dia
frutas ricas em pectina como a maçã e
Exercício físico regular, i.e. pelo menos 30 pera;
min de atividade física dinâmica moderada Azeite;
em 5 a 7 dias por semana Lacticínios magros;
↑ consumo de peixe;
Moderação do consumo de álcool não
↓ consumo de carne;
mais de 20-30g de etanol por dia nos
Frutas e vegetais.
homens e 10-20g de etanol por dia nas
mulheres

Encorajar fumadores a deixar de fumar,


oferecer assistência no apoio a deixar de
fumar

TABACO
CESSAÇÃO TABÁGICA

↑ pressão arterial e da frequência


cardíaca (estimulação central e periférica
do sistema nervoso simpático);
↑ Catecolaminas plasmáticas;

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