Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FEBRAFARMA
Intervenção e
Regulação no Brasil
A Indústria Farmacêutica
estudosFEBRAFARMA
A coleção "Estudos Febrafarma" é composta por uma
série de publicações que abordam temas da indústria
farmacêutica, de interesse do setor, da sociedade e do
governo. A série editada pela Federação Brasileira da
Indústria Farmacêutica – entidade que representa 267
fabricantes farmacêuticos – apresenta pesquisas,
estudos e teses, que tratam as questões mais atuais
do segmento com responsabilidade, desenvolvidas
por economistas, advogados e outros profissionais.
Esse é mais um passo para a Febrafarma estabelecer
um diálogo construtivo e permanente com a sociedade
e autoridades governamentais responsáveis pela área
de saúde, objetivando encontrar soluções para temas
de interesse da indústria farmacêutica.
www.febrafarma.org.br
febrafarma@febrafarma.org.br
SEDE BRASÍLIA
SAS Quadra 1 Bloco N / Ed. Terra Brasilis
Salas 701 a 704
Cep 70070 010 Brasília DF Brasil
Fone/fax 55 61 323 8586/323 4955
Intervenção e
Regulação no Brasil
A Indústria Farmacêutica
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
05-3801 CDD-338.5260981
Introdução 7
1940 a 1962 – CCME, CCP e COFAP 9
1962 a 1997 – SUNAB – Leis Delegadas 11
1965 – CONEP 13
1966 – CONEP 15
Outubro de 1966 a Dezembro de 1967 – CONEP 18
1967 e 1968 – CONEP 21
1968 a 1974 – CIP 23
1974 a 1979 – CIP 27
1979 a 1983 – CIP 31
1983 – CIP 33
1984 – CIP 35
1985 e 1986 – CIP 37
1986 – Do Plano Cruzado I 39
1987 – Do Plano Cruzado II – Flexibilização 41
1987 – CIP Pré-Plano Bresser 44
1987 – Do Plano Bresser 45
1987 – Da Flexibilização do Plano Bresser 47
1989 – Do Plano Maílson – Verão 50
1989 – Da Flexibilização – Maílson 51
1989 a 1990 – Dos Reajustes Automáticos 52
1990 – Do Plano Collor I – Brasil Novo 54
1991 – Do Plano Collor II 57
1991 – Da Nova Sistemática – Collor 59
1992 a 1994 – Da Liberação Prolongada 64
1994 – Do Pré-Plano Real (URV) 65
1994 – Do Plano Real 66
1997 a 1999 – Da Continuidade do Plano Real 67
2000 – Do Protocolo de Intenções 68
2000 a 2002 – Da Regulação dos Preços CAMED 69
2003 – Janeiro a Maio – Do Protocolo de Intenções 70
2003 até os Dias Atuais – Da CMED 71
2003 a 2005 – Dos Reajustes de Preços no Atual Governo 77
Da Análise do Controle de Preços em Outros Países 79
Considerações Finais 85
Conclusão 88
Anexo I – As Moedas no Brasil Durante o Período Abordado 90
Anexo II – Resumo das Fases de Controle de Preços na
Indústria Farmacêutica no Brasil 91
Anexo III – Gráfico IGP 1944 a 2004 101
Anexo IV – Estímulos 102
Anexo V – Infrações 104
Anexo VI – Fiscalização 107
Anexo VII – Sanções 108
Anexo VIII – Referências Bibliográficas 111
Introdução
estudosFEBRAFARMA [ 7 ]
Luiz Affonso Neiva Romano
[ 8 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
DO INÍCIO...
Dos Preços
estudosFEBRAFARMA [ 9 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
a) Tabelados
• pão;
• leite;
• carne; e
• lavanderia (tinturaria).
• cimento comum;
• óleos comestíveis; e
• medicamentos.
[ 10 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Criação da SUNAB
estudosFEBRAFARMA [ 11 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
• medicamentos;
• cimento; e
[ 12 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
1965 – CONEP
Da Composição do Plenário
Da Renúncia
estudosFEBRAFARMA [ 13 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Comunicação
2
Se entregues diretamente pelas empresas à CONEP, quer fossem ou não certificados, os prazos seriam
contados em dobro.
[ 14 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
1966 – CONEP
Da Composição do Plenário
estudosFEBRAFARMA [ 15 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 16 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Do Cancelamento de Contratos
estudosFEBRAFARMA [ 17 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Dos Preços-base
Do Demonstrativo
Do Benefício
[ 18 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Composição do Plenário
• Ministro da Fazenda;
• Ministro da Agricultura;
estudosFEBRAFARMA [ 19 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 20 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Preços-base
Da Exclusão de Controle
Da Nova Sistemática
estudosFEBRAFARMA [ 21 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Do Prazo de Análise
[ 22 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Composição do Plenário
Eram os produtos isentos de IPI e/ou ICM, aqueles que, embora sujeitos
aos referidos impostos, estivessem citados nas posições relacionadas na tabela
de IPI e aqueles produzidos por empresas cujo faturamento não ultrapassasse
valores constantes de anexo, atualizado anualmente, e se suplantado conti-
nuariam isentas do controle desde que comprovassem a prática de reajustes
compatíveis com a política econômica do governo.
estudosFEBRAFARMA [ 23 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Dos Preços-base
[ 24 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Análise de Rentabilidade
estudosFEBRAFARMA [ 25 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 26 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Preços-base
estudosFEBRAFARMA [ 27 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Liberdade de Preços
[ 28 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Comunicação
estudosFEBRAFARMA [ 29 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Acresce, ainda, que a empresa que reajustasse seus preços deveria apresen-
tar, 60 dias após o encerramento de cada exercício social, demonstrativo do
faturamento em quantidade e valor por produto vendido e do faturamento
total, neste incluído o ICM e excluído o IPI.
A liberação de preços poderia ser pleiteada em conjunto por todas as
empresas do setor, em separado ou pelas entidades de classe.
Do Prazo de Análise
[ 30 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Preços-base
estudosFEBRAFARMA [ 31 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Liberdade Vigiada
[ 32 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
1983 – CIP
Dos Preços-base
estudosFEBRAFARMA [ 33 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
• soluções parenterais;
• produtos odontálgicos;
[ 34 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
1984 – CIP
Dos Preços-base
O prazo para o envio das listas era de 10 dias, contados a partir da homolo-
gação dos reajustes.
estudosFEBRAFARMA [ 35 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 36 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Preços-base
estudosFEBRAFARMA [ 37 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 38 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Do Padrão Monetário
estudosFEBRAFARMA [ 39 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Dos Executores
Da Vigilância
Da Escassez e da Maquiagem
Os três primeiros meses foram de relativo sucesso, face à adesão das empre-
sas ao plano e ao entusiasmo popular.
Já a partir do quarto mês o panorama foi se modificando. Registraram-se
os primeiros sinais de escassez de produtos diante da crescente demanda. Em
conseqüência, iniciou-se, em alguns setores, a cobrança de ágio e o lançamento
de produtos novos que, em sua maioria, não passavam de mera maquiagem de
outros já existentes no mercado, o que forçou o governo a reconhecer os
aumentos de custos e permitir o repasse aos preços, aprovando-os sem convo-
cação do plenário.
[ 40 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Produtos Cipados
Produtos Tabelados
Os preços dos bens e serviços fixados por atos normativos de outros órgãos
do poder executivo permaneceram na situação em que se encontravam.
estudosFEBRAFARMA [ 41 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 42 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Auditoria Externa
Da Margem de Lucro
estudosFEBRAFARMA [ 43 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Para os pleitos de reajustes que ultrapassassem tal limite, o CIP tinha de ser
consultado e autorizá-los expressamente.
Dos Preços-base
[ 44 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Vigilância
estudosFEBRAFARMA [ 45 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 46 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
IV – liberados.
Do Plenário
estudosFEBRAFARMA [ 47 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
I – tabelados;
IV – liberados.
[ 48 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 49 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Do Padrão Monetário
Dos Contratos
[ 50 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Liberados
estudosFEBRAFARMA [ 51 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 52 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 53 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Legislação de Intervenção
Do Padrão Monetário
Do Executor
[ 54 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Criação do DAP
estudosFEBRAFARMA [ 55 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 56 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Do Executor e da Flexibilização
estudosFEBRAFARMA [ 57 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Do Comércio
[ 58 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
• controlados;
• monitorados; e
• liberados.
• tabelados;
• liberados.
estudosFEBRAFARMA [ 59 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Do Reenquadramento
[ 60 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
• de venda livre;
• de receituário médico; e
• de doenças crônicas.
estudosFEBRAFARMA [ 61 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Divulgação
[ 62 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Comercialização
estudosFEBRAFARMA [ 63 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 64 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 65 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Do Padrão Monetário
Foi alterado o padrão monetário nacional, que passou a ser o Real – R$.
Da Indústria Farmacêutica
[ 66 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Nos meses de junho, julho e agosto de 1999 vigorou novo acordo, que teve
por objetivo repassar o impacto do câmbio sobre os demais insumos (basica-
mente embalagens), resultando em aumento médio acumulado de 8%.
estudosFEBRAFARMA [ 67 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 68 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Reajuste
máximo por
apresentação 5,94% 5,00% 5,83% 9,92% 29,40%
* Reajuste extraordinário.
estudosFEBRAFARMA [ 69 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 70 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 71 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
• farmácias e drogarias;
• representantes;
• distribuidoras de medicamentos; e
• definir, com clareza, os critérios para a fixação dos preços dos produtos
novos e de novas apresentações de medicamentos;
[ 72 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Da Composição do Conselho
IV ministro da Fazenda; e
estudosFEBRAFARMA [ 73 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Da Secretaria-executiva
Produto Novo: aquele objeto de patente no país e que traga ganho para o
tratamento em relação aos medicamentos já utilizados para a mesma indicação
terapêutica; o preço-fabricante proposto pela empresa não poderá ser superior
ao menor praticado para o mesmo produto na Austrália, Canadá, Espanha,
EUA, França, Grécia, Itália, Nova Zelândia e Portugal.
Caso não agregue ganho para o tratamento em relação aos medicamentos
já utilizados para a mesma indicação terapêutica, será considerado categoria II.
• Categoria I: o preço não pode ser superior ao menor preço entre os nove
países indicados na Resolução 2.
[ 74 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 75 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Os produtos liberados são os das seis classes sem tarja, de venda livre, que
tenham HHI menor que 1800: expectorantes, analgésicos não-narcóticos,
antigripais, excluindo antiinfecciosos, anti-sépticos e desinfetantes, estomato-
lógicos, outros polivitamínicos com minerais.
Os fitoterápicos e os homeopáticos também estão liberados.
[ 76 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
• X é o fator de produtividade;
estudosFEBRAFARMA [ 77 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Reajuste
máximo por
apresentação 9,92% 2,00% 6,20% 7,39% 27,87%
* Vigência em 31/3/2003.
[ 78 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 79 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 80 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Dos Genéricos
estudosFEBRAFARMA [ 81 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Alemanha
Inglaterra
Não se aplica
Holanda
Espanha
Canadá
França
Rússia
China
Brasil
Japão
Índia
EUA
Aplica-se
Referência interna
Controle Direto de Preço
Referência
internacional
Adicional ao custo
Corte de preço
Moratória/
congelamento
Controle de
margens
Lista negativa
Reembolso
Lista positiva
Controle Indireto de Preço
Preço de referência
Co-pagamento
pacientes
Volume
Orçamento fixo
Controle de lucro
Substituição
por genéricos
% genéricos 9 18 27 23 5 5 6 11 30 70 nd 8
(em valor)
[ 82 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 83 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Compras Governamentais
[ 84 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Considerações Finais
CONSTATAMOS, a partir da evolução histórica, que os governos, ao optarem por
decretar planos gerais de controle de preços, fizeram-no em momento de crise
com o intuito declarado de neutralizar os efeitos nocivos da escalada da inflação.
Na maior parte das vezes, foram planejados para vigorar por período
curto de tempo, e acabavam sendo postergados, pois o que era tão fácil de
começar se tornava difícil de terminar, tanto do ponto de vista econômico
como político, uma vez que, depois de implantados, crescia o entusiasmo do
povo e a crença de que os resultados advindos melhorariam seu bem-estar.
Não tardavam a surgir os efeitos negativos, trazendo verdadeiras aberrações,
com reflexos na ordem econômica e na ordem pública.
Durante os governos militares, ocorreu o absurdo de se prejulgar o
comportamento da empresa, que, sem o direito de defesa, princípio elemen-
tar de justiça, tinha cortados não apenas seus créditos como também o direi-
to de recorrer à carteira de redescontos. E, como se não bastasse, seu nome era
amplamente divulgado pela mídia, tornando-a alvo da execração popular.
No Plano Cruzado I, por exemplo, durante os primeiros dias, face ao
constante apelo à população, a situação se repetiu, com os famosos "fiscais
voluntários" não raro assumindo comportamentos inconseqüentes ou até ile-
gais, de resultados danosos para a comunidade e para a economia em geral.
No Plano Collor I, Brasil Novo, ocorreu o absurdo de o Executivo, por
meio da Lei de nº 8.076/90, usurpar funções exclusivas do Judiciário,
impedindo a concessão de medida liminar em mandado de segurança e ação
cautelar que questionasse a aplicação da Lei de nº 8.030/90.
Portanto, certo é que o controle e o congelamento geral de preços não têm se
mostrado medida eficaz quanto a seus resultados. Não raro, o controle e o conge-
lamento constituem perigoso instrumento de perturbação do mercado, e, quan-
to mais duradouros, tanto mais se acentuam seus efeitos negativos. Basta citar a
escassez de produtos, face à retração da oferta e ao aumento da demanda – conse-
qüência dos preços aviltados –, seguida do surgimento do ágio e do mercado
negro e, principalmente, do lançamento de produtos novos que, na sua quase
totalidade, não passavam de maquiagem de produtos já existentes no mercado.
É bem verdade que, sob o regime de intensa concorrência, os preços tendem
a níveis mais baixos, à medida que esse regime enseje ganhos de eficiência
econômica. Não menos verdadeiro é que tal resultado só pode ser alcançado se
for implantado regime concorrencial de fato a priori, e não a posteriori, como
estudosFEBRAFARMA [ 85 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 86 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 87 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Conclusão
[ 88 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 89 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Anexo I
1940-1942 – real
1942-1967 – cruzeiro
1967-1970 – cruzeiro novo
1970-1986 – cruzeiro
1986-1989 – cruzado
1989-1990 – cruzado novo
1990-1993 – cruzeiro
1993-1994 – cruzeiro real
1994-hoje – real
[ 90 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Anexo II
estudosFEBRAFARMA [ 91 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 92 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 93 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Controle sobre Análise prévia e alte- Análise prévia e alte- Análise prévia
medicamentos ração da margem de ração da margem de
comercialização comercialização
[ 94 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 95 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 96 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 97 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 98 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 99 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Controle sobre Fórmula paramétrica de reajustes Modelos teto de preços, com rea-
medicamentos anuais, com possibilidade de justes anuais IPCA e fatores de pro-
reajustes extraordinários dutividade intra-setor e entre setores
Preponderando o IGP entre os índices oficiais de inflação, foram celebrados contratos de reajustes anuais para
preços e tarifas públicos (energia elétrica, transporte, telecomunicações...) das empresas privatizadas.
[ 100 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Anexo III
10000
1990: 1994:
1987: Plano Plano
Plano Collor Real
Bresser
1000 1983:
1963: crise Maxides- 1999:
1979: 2º 1989:
monetária
choque do valorização Plano Desval.
e cambial cambial
pretróleo Verão
100
1986:
Plano
10 Cruzado
1973: 1º
choque do
pretróleo
1
1944 1948 1952 1956 1960 1964 1968 1973 1976 1979 1984 1988 1992 1996 2000 2004
estudosFEBRAFARMA [ 101 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Anexo IV
Estímulos
1965 – PIGB de nº 71/65
[ 102 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 103 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Anexo V
Infrações
[ 104 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
estudosFEBRAFARMA [ 105 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 106 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Anexo VI
Fiscalização
estudosFEBRAFARMA [ 107 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
Anexo VII
Sanções
• Lei de nº 1.522, de 1952, com a multa variando de 1/3 até 100 vezes o
salário mínimo vigente no Distrito Federal (de competência da COFAP,
COAPs e COMAPs).
• Lei Delegada de nº 4, de 1962, com a multa de início variando de 1/3 até
100 vezes o valor do salário mínimo vigente no Distrito Federal; posterior-
mente a base foi alterada em função do BTN.
• Interdição do estabelecimento, pelo prazo de 5 a 90 dias, em caso de rein-
cidência de infração da mesma natureza ocorrida no interregno de três meses.
• Desapropriação de bens e serviços desde que houvesse interesse social.
• Requisição de bem e serviço quando do interesse social.
1967 – CONEP
1968 – CONEP
[ 108 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
1983 – CIP
estudosFEBRAFARMA [ 109 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
2000/02 – CAMED
2003 – CMED
[ 110 ] estudosFEBRAFARMA
INTERVENÇÃO E REGULAÇÃO NO BRASIL
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Anexo VIII
Referências bibliográficas
1.
BERNARDO P. E ROMANO R. BRASIL. Radiografia da Saúde. Capítulo
“Padrões de regulação de preço do mercado de medicamentos: expe-
riência brasileira nos anos 90 e novos arranjos institucionais”. Unicamp –
Instituto de Economia. 2001.
2.
CAMBRIDGE PHARMA CONSULTANCY. Market Segmentation and
International Price Referencing.
3.
CAPANEMA, LUCIANA X. L. E PALMEIRA FO., PEDRO L. A Cadeia
Farmacêutica e a Política Industrial: Uma Proposta de Inserção do
BNDES. BNDES. Março de 2004.
4.
Carta Constitucional de 1937. Constituição Federal de 1946 e
Constituição Federal de 1988.
5.
Coletânea das Normas de Controle de Preços. COP Editora – 1971,
1980, 1992, por Romano L. A. N. e Werneck F. e Meirelles M. F., este a
partir de 1992.
6.
ESPICOM BUSINESS INTELLIGENCE. BRIC Market for Pharmaceuticals.
Janeiro de 2005.
7.
ESPICOM BUSINESS INTELLIGENCE. World Generic Market Report.
2005.
8.
FRAGKAKIS ET AL. Pfizer, Wyeth and the Pharmaceutical Industry.
University of San Francisco. Maio de 2002.
9.
MEIRELLES, HELY LOPES. Direito Administrativo Brasileiro. Revista
dos Tribunais. 1990.
10.
Informativo COP e diversos pareceres prolatados. Matérias e artigos de C. A.
Nogueira de Paula, Fausto Werneck, Fernando Meirelles Mendes e Luiz
Affonso Neiva Romano (nas décadas de 70, 80 e 90).
estudosFEBRAFARMA [ 111 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO
[ 112 ] estudosFEBRAFARMA
estudos FEBRAFARMA