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UNIGOIÁS – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS

THAU: PRÉ HISTÓRIA A IDADE MÉDIA


PROFESSORA: MARIANGELA
FICHAMENTO “POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA NA ARQUITETURA?
DE CARLOS ANTÔNIO LEITE BRANDÃO”

O texto “Por que estudar a história da arquitetura?” escrito pelo professor de História
da Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, Carlos Antônio Leite Brandão,
chama a atenção por esquematizar dez razões esclarecendo a importância da história
da arquitetura nas universidades.
Estudar a história da arquitetura é um passo extremamente importante
para compreender o incentivo de diferentes arquitetos para assim entender os
processos de várias épocas e, assim como os renascentistas fizeram, assimilar técnicas
antigas que podem nos ajudar na contemporaneidade. Dito isso, Carlos Antônio vê o
ensino da história da Arquitetura o melhor meio para introduzir uma linguagem da
Arquitetura capaz de ser associada e estruturada de várias formas, mediante a crítica e
a contextualização do tempo, no espaço e na cultura. Com isso formar não a penas o
profissional tecnicista, mas também cultivar o cidadão humanista.
À vista disso, o autor elucida suas razões, sendo a primeira delas relacionada a forma
como a história da arquitetura aprofunda nosso conhecimento dos próprios conceitos
antigos, potencializando a compreensão do contemporâneo. E com isso nos despertar
a sensações de sentir e entender os conceitos históricos transmitidos de várias épocas.
Na segunda e na terceira razão se trata da comparação que pode ocorrer do trabalho
entre o velho (clássico) e o novo (contemporâneo), mas também podemos identificar a
intersecção entre eles, obtendo o que há de comum entre os dois.
A quarta razão identificada por Brandão é voltada aos clássicos, nos quais são
capazes de compreender os casos específicos de cada projeto, podendo assim
solucionar problemas. Antagonicamente, os casos particulares, para o autor, não são
capazes de entender os clássicos como de fato aconteceria.
A quinta razão apresenta o método de criação albertiano, com isso a frase “Nada a
ser dito que já não tenha sido dito antes”, que é considerada para a discussão sobre a
reescrita da Arquitetura. Essa reescrita é um tipo de remontagem e miscigenação,
salvando das ruínas a arquitetura, contudo dando vida a própria história.
Na sexta razão obtida, nos mostra a como explorar o que a arquitetura nos fornece
ao longo do tempo, pois o projeto da arquitetura não serve apenas para antecipar a
edificação futura. Assim já podemos construir uma união entre outros profissionais
envolvidos nestas edificações, assim considerando o passado e o futuro.
Já na sétima razão, se trata na história de uma transtemporalidade, que muitas vezes
é vista como ameaçadora da própria historiografia, devido ao risco da anacronia que ela
pode facultar. Dado que se não tivermos esse olhar de certo estranhamento esse
conceito passa a ter prazo de validade. Assim podendo favorecer o processo de
substituição, fazendo com que nos comportemos como na história das ciências da
natureza e das técnicas.
O oitavo e nono motivo se referem ao exercício transtemporal e anacrônico como
crítica dos conceitos e práticas originários da história, com ênfase nos clássicos tendo
sempre clareza o contexto a que foram criados, com isso permitindo renovar e conferir
frescor as análises. A renovação mais uma vez é citada, para assim, trazer outros
sentidos e valores ao presente, através de conceitos do passado. A relação entre ambas
as eras, é essencial, pois tais diferentes culturas e práticas tem o poder de criar novas
noções. Excluir a história faz com que os indivíduos não exercitem seu espírito e que
conceitos sejam reduzidos a apenas uma interpretação.
Por fim, décima razão, segundo o autor ele coloca em ênfase o fato de nós brasileiros
não termos acessos a bibliotecas e fontes como tem os estudiosos da Europa e dos
Estados Unidos. Ocasionalmente podemos ter acesso a tais fontes e trabalhar de nelas,
assim temos como desafio reformular esses conceitos e adequá-los a nossas tradições
e a nossa história. Vendo que a Arquitetura e o Urbanismo não se limitam a projetos,
mas também a história, a ciência, a tecnologia e até mesmo a arte.
Após a análise desse texto, podemos perceber a importância de se estudar história
na Arquitetura, pois a arquitetura percorre várias épocas e o clássico perdura até hoje
em edifícios, construções e obras arquitetônicas. Nos mostrando a importância do
clássico no moderno.

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