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CNMP

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Noções de Orçamento Público


Noções de Orçamento Público

Livro Eletrônico
© 12/2018

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR: Nathielen Fernandes

DIAGRAMADOR: Antonio Jr.

CAPA: Washington Nunes Chaves

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VINICIUS RIBEIRO

Analista Legislativo na Câmara dos Deputados,


onde trabalha com as leis orçamentárias. Apro-
vado no concurso de Consultor de Orçamento
na Câmara dos Deputados. Formado em Admi-
nistração na Universidade Federal de Uberlân-
dia. É autor do livro Administração para Con-
cursos, publicado pela editora GEN. Professor
de cursos online para concursos há 7 anos. Foi,
ainda, Analista de Planejamento e Orçamento
no Ministério do Planejamento; Analista Judi-
ciário – Área Administrativa no CNJ e no STF;
e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação
– MBA em Negócios Internacionais e Comércio
Exterior na FGV.

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NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO
Noções de Orçamento Público
Prof. Vinicius Ribeiro

SUMÁRIO
Conceitos e Princípios...................................................................................5
1. Orçamento Público...................................................................................8
1.1. Conceitos.............................................................................................8
1.2. Princípios........................................................................................... 23
Resumo.................................................................................................... 44
Questões Comentadas em Aula................................................................... 48
Questões de Concurso................................................................................ 55
Gabarito................................................................................................... 65
Bibliografia............................................................................................... 66

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Prof. Vinicius Ribeiro

CONCEITOS E PRINCÍPIOS
Olá, tudo bem com você?

Se você estava procurando um excelente curso de Orçamento Público para o

CNMP...

Um curso com um professor que é analista legislativo na Câmara dos Deputados

e que já foi Analista Judiciário – Área Adm. – no STF e no CNJ...

Um curso que também terá um professor que foi servidor do MPU e que agora

é auditor de controle interno do DF...

Um curso que te faça preparar para trabalhar no seguinte lugar:

Então está aqui o curso!

Não dê bobeira! Aproveite que ainda não saiu o edital e já comece a es-

tudar! Você tem muito tempo ainda!

A prova anterior foi elaborada pela FCC! Como ainda não sabemos qual será

a banca desse certame, praticaremos questões de bancas variadas.

Eu imagino que você esteja reunindo todo o material de estudo para o(s) con-

curso(s) pretendido(s). Sendo assim, é hora de fazer um planejamento realis-

ta dos estudos até o dia da prova.

Calcule o tempo diário médio de estudos, reúna os materiais que vai utilizar

para os estudos e...

Comece!

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Prof. Vinicius Ribeiro

Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho

uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o gelo.

Permita-me.

Agora vamos ao que interessa!

E como será o curso, professor?

O foco deste curso, ministrado em 09 aulas, é capacitá-lo(a) para resolver a

prova de Orçamento do CNMP.

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Prof. Vinicius Ribeiro

Meu objetivo aqui é fazer com que você acerte as questões desta disciplina e

que isso contribua para a aprovação no concurso.

Estudar de forma correta é fundamental. O(a) candidato(a) precisa ser organi-

zado(a), traçar metas realistas e cumpri-las. Depois é só fazer a prova e espe-

rar a sua medalha que, na verdade, é um belo crachá!

Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares.

A minha resposta é: depende do nível e da disponibilidade de cada um(a). O

edital será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula,

está citada a bibliografia básica.

Aprofundando ou não em livros, é fundamental que o(a) aluno(a) diversifique

seus estudos com as outras matérias do certame.

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É essencial que o(a) candidato(a) não deixe de lado aquela matéria que ele pos-

sui um conhecimento prévio, mas é necessária para gabaritar.

Opte por estudar umas três matérias (direito, português, orçamento) ao longo

do dia. No outro dia, você estuda outras três!

Assim, você vê um pouco de todas as matérias do edital em poucos dias, dei-

xando sempre a cabeça fresquinha com os mais variados conhecimentos.

A estrutura da aula será a seguinte: exposição da teoria combinada com a re-

solução de questões.

Ao final da aula, coloco mais questões para você praticar!

Fórum! O fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e de

valorização do(a) aluno(a).

À medida que as perguntas são feitas, respondo conforme ordem de postagem.

As perguntas são respondidas em um prazo médio de 2 dias úteis.

Redes sociais: a única rede social que costumo utilizar é o Twitter. Ali meu foco

principal são as finanças públicas.

@RealViniciusOR

1. Orçamento Público
1.1. Conceitos

O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que

evidenciam as ações governamentais, capaz de ligar os sistemas de planejamento

e finanças. Trata-se de um documento em que são previstas (estimadas) as recei-

tas e fixadas as despesas.

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Atualmente podemos elencar as seguintes funções/dimensões do orçamento

público:

• política: representa o embate entre as diversas forças políticas presentes na

sociedade;

• planejamento: orienta a ação do Estado no longo prazo;

• jurídica: lei formal aprovada pelo Poder Legislativo;

• gerencial: administração, controle e avaliação dos recursos utilizados;

• financeira: estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio

da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos

gastos governamentais;

• econômica: instrumento de cumprimento das funções econômicas do Estado.

Alocativa, distributiva e estabilizadora.

Questão 1   (CESPE/MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao es-

tabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de

tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais.

Errado.

A função de estabelecer o fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arreca-

dação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos gover-

namentais, é a financeira, e não a política.

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O conceito e a utilização do orçamento público vêm evoluindo juntamente com a

própria história da sociedade. Inicialmente o orçamento surgiu na Inglaterra como

um instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Execu-

tivo, fruto das conquistas da classe burguesa em contraposição ao absolutismo,

cabendo ao soberano autorização para realizar as despesas estatais.

Esse orçamento é chamado de orçamento tradicional ou clássico, cuja prin-

cipal preocupação era relacionada a questões tributárias, deixando de lado aspec-

tos sociais e econômicos. O foco do orçamento tradicional era no objeto do

gasto, sendo as despesas classificadas apenas por unidades administrati-

vas ou itens de despesa.

Para a prova, lembre-se de que o orçamento tradicional ou clássico era

uma peça apenas para controle dos gastos públicos.

No pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atuação do

Estado, à medida que a sociedade exigia um Estado provedor de serviços públicos,

a importância e os objetivos do orçamento foram evoluindo. A fase seguinte ao

orçamento tradicional foi o orçamento desempenho, ou orçamento de realiza-

ções, ou orçamento funcional, em que os gastos governamentais eram voltados

para o cumprimento de metas preestabelecidas, no intuito de alcançar resultados

específicos.

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Esse modelo de orçamento representou uma evolução do orçamento tradicional,

pois, além de apresentar o objeto do gasto, como o orçamento tradicional,

dispunha de uma nova dimensão, o programa de trabalho, com a finalidade

de avaliar o desempenho das ações do governo.

Contudo, muita atenção, apesar de nessa fase o orçamento se preocupar em

atingir resultados, nesse orçamento ainda não havia a preocupação com o plane-

jamento governamental.

A primeira experiência de ligação do orçamento com o planejamento Estatal

ocorreu nos Estados Unidos na década de 1960, conhecido como Planning Pro-

gramming and Budgeting System (PPBS). Contudo, sua operacionalização e sua

implementação se mostraram árduas, tendo em vista a carência de pessoal quali-

ficado e a resistência dos envolvidos para a sua aceitação.

Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, foi sendo desenvolvida uma

nova forma de orçamento: o orçamento-programa, que se caracteriza como ins-

trumento de ligação entre o planejamento e a execução/acompanhamento/controle

da ação Governamental.

É o modelo em vigor no Brasil. O ponto característico desse tipo de orçamento

é sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o próprio nome

nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas de governo, nos

projetos e nas atividades necessárias para atingir as metas pretendidas.

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Com base nessa característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira do

orçamento com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo de atua-

ção. O orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização das diretrizes,

dos objetivos e das metas do governo.

Os objetivos do orçamento-programa podem ser classificados em finais e deri-

vados:

Fique atento(a) à diferença entre o orçamento desempenho e o orçamento-pro-

grama. Já foi cobrado em prova qual seria o orçamento com preocupação principal

no resultado dos gastos, sem vinculação com o instrumento central do governo.

Nesse caso, não se confunda, trata-se do orçamento desempenho, pois, conforme

já vimos, o Orçamento-Programa se vincula ao instrumento central de planejamen-

to do Governo.

A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e as Nações Unidas (ONU)

orientam a utilização do orçamento-programa. Apesar de se assemelhar aos crité-

rios estabelecidos pela CEPAL, o orçamento praticado no Brasil não segue à risca

esse modelo.

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Questão 2   (CESPE/SEDF/2017) Criado no Brasil pelo Decreto-lei n. 200/1967, o

orçamento-programa foi concebido como instrumento de planejamento, de geren-

ciamento e de controle dos recursos da administração pública, de forma a aper-

feiçoar o cumprimento dos objetivos previamente estabelecidos. Nesse sentido, as

necessidades financeiras das unidades organizacionais deverão ser priorizadas na

elaboração do orçamento.

Errado.

No orçamento-programa devem ser priorizadas as metas e os objetivos estabele-

cidos no planejamento Estatal, traduzidos nas ações e nos programas estatais. O

foco nos gastos das unidades é uma característica do orçamento tradicional.

Questão 3   (FCC/TRT-11ª/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afir-

mar que

a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas

da organização.

b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades,

objetivos e metas.

c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.

d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamen-

tária Anual que são típicas do Orçamento-Programa.

e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG n. 42/1999.

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Letra b.

Vamos analisar as alternativas:

a) Certa. No orçamento-programa, o orçamento é instrumento de ligação entre o

planejamento e a execução.

b) Errada. Nada disso! O foco nos meios é característica do orçamento tradicional.

c) Certa. No orçamento-programa, o controle tem o objetivo de avaliar os resulta-

dos da ação governamental.

d) Certa. Veja o que fala o art. 2º da lei:

Lei n. 4.320/1964, Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e des-


pesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho
do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

e) Certa. Nessa portaria é estabelecida a classificação funcional programática.

Questão 4   (FCC/TCM-RJ/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da


receita e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-finan-
ceira, sem nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer
objetivo econômico e social de forma clara e sem preocupação com objetivos e me-
tas e voltado preferencialmente às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se
orçamento
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

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Letra c.
Foco apenas no gasto, sem vinculação com metas ou planejamento, é característica
do orçamento clássico ou tradicional.

Outro tipo de orçamento frequentemente cobrado em provas é o Orçamento


Base Zero (OBZ) ou por estratégia. Nessa forma de orçamento, devem-se rever
todos os valores consignados no orçamento antecedente. Nenhum programa tem
continuidade garantida. Todos os programas devem ser revistos, a partir da análi-
se da sua permanência. Assim, como o próprio nome diz, parte-se do zero para a
construção de um novo orçamento.
Esse tipo de orçamento possui alguns entraves para sua implementação, en-
tre eles, a resistência imposta pela burocracia, quando avaliada a eficácia de seus

programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de orçamento com uma visão de

planejamento de longo prazo.

Em oposição ao OBZ, há o orçamento incremental. Esse orçamento funciona

assim: em um determinado ano, são arroladas as despesas e as receitas. No pró-

ximo exercício, o que é feito? Apenas a correção/atualização dos valores, manten-

do-se a base do ano anterior.

Por fim, como um novo modelo que vem tomando força, está o orçamento

participativo, que convoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do

orçamento. Cuidado para o fato de que nem a competência do Executivo para apre-

sentar o Projeto nem a competência do Legislativo para aprová-lo são usurpadas.

O que acontece apenas é o chamamento da população para, junto ao Poder

Executivo, estabelecer as prioridades do Orçamento. Atualmente, essa experiência

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pode ser observada em alguns municípios brasileiros (Porto Alegre e Belo Horizon-
te). No âmbito federal, houve uma tentativa na Lei Orçamentária Anual de 2012
(LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa popular. No entanto, não foi uma ex-
periência bem-sucedida.
O orçamento participativo requer mobilização social. Além disso, o governo deve
ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da sociedade.
O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculações orçamentárias, ele não pode-
rá adequar os gastos para resolver problemas da população.
Vale dizer que o orçamento atual é cheio de vinculações orçamentárias que im-
pedem essa discricionariedade. Cerca de 90% do orçamento da União é vinculado.

Questão 5   (FCC/TCM-RJ/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para


sua confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor ini-
cial mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos
órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compro-
misso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

Letra b.
Alguma dúvida de que se tata do orçamento base zero? Repare que a banca tam-

bém chama orçamento base zero de orçamento por estratégia. Essa terminologia

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é utilizada por alguns autores, como Sergio Jund. Guarde isso! Se vier na prova

somente orçamento por estratégia, você já sabe qual é o orçamento!

Questão 6   (CESPE/ANTAQ/2014) O orçamento base zero é utilizado como um mé-

todo que define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto

a sua adoção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de

longo prazo.

Certo.

Exato, a característica de questionar os gastos públicos anualmente, principalmen-

te em relação ao custo-benefício, acaba prejudicando a vinculação com o plane-

jamento de longo prazo, pois alguns desses gastos só trarão benefícios no futuro.

Orçamento Autorizativo x Orçamento Impositivo

No Brasil, temos um orçamento autorizativo. Significa dizer que há apenas au-

torização para realização das despesas, conferindo margem de discricionariedade

ao gestor para executá-las.

No entanto, com a promulgação recentemente da Emenda à Constituição n.

86/2015, essa tornou-se obrigatória a execução orçamentária/financeira das pro-

gramações oriundas das emendas individuais de deputados e senadores, o que

conferiu caráter impositivo para essas despesas.

Mas o que são essas emendas individuais?

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São emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a

peça orçamentária está sendo analisada, são previstas as seguintes modalidades

de emenda:

• Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e sena-

dores de cada unidade da Federação;

• Emendas Coletivas de Comissão, elaboradas pelas diversas comissões exis-

tentes na Câmara e no Senado;

• Emendas Individuais, em que cada parlamentar (deputados e senadores) tem

direito de propor ao projeto.

Então, meu(minha) caro(a), a alteração constitucional atinge somente essa úl-

tima modalidade, ok?

As emendas deverão ser feitas até o limite de 1,2% da Receita Corrente

Líquida (RCL) prevista no PLOA, sendo que metade desse percentual deve ser

destinado às ações e serviços públicos de saúde, vedada a destinação para paga-

mento de pessoal ou encargos sociais, ou seja, o valor deve ser destinado a inves-

timentos na área da saúde. Após a aprovação do PLOA, as emendas parlamentares

deverão ser obrigatoriamente executadas até o limite de 1,2% da RCL do exer-

cício anterior!

Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento desse

percentual, mas nesse caso o limite será de 0,6% da RCL do ano anterior!

Apesar da obrigatoriedade, vale relembrar que as emendas individuais poderão

ter suas execuções limitadas (assim como acontece com as demais despesas dis-

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cricionárias) caso se verifique que a reestimativa da receita e da despesa poderá

resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na LDO.

Além dessa limitação, a emenda individual perderá sua obrigatoriedade de exe-

cução caso se verifique um impedimento de ordem técnica. Nesses casos, remane-

jamentos de programação podem ser feitos, conforme esquema a seguir:

Questão 7   (FCC/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos De-

putados e do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n. 86/2015,

que trata do chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou

vários dispositivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Fe-

deral, nove parágrafos novos. O § 9º desse artigo estabelece que as emendas indi-

viduais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita

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corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que

a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabele-

cida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das

programações referidas no § 9º, acima transcrito, é

a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em Re-

solução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República.

b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada nos três

exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equita-

tiva da programação definidos em lei ordinária federal.

c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo conside-

rada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de

forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da

autoria.

d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida

realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da

programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de ca-

ráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades

federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da repre-

sentação política parlamentar do proponente da emenda.

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e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei

complementar prevista no § 9º do art. 165 da Constituição Federal, sendo consi-

derada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda

de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios

quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente

da emenda.

Letra c.

Questão gigantesca (rs)! Contudo, com um pouco de atenção, dá para respondê-la

tranquilamente. Primeiro, com a Emenda Constitucional n. 86/2015, a execução

das emendas parlamentares passou a ser obrigatória. Eliminamos a alternativa d.

Em segundo lugar, essa execução é independente de qualquer condição? Claro que

não! Havendo impedimento de ordem técnica, a execução não é obrigatória. Elimi-

namos as alternativas “a” e “e”.

Ficamos então entre as alternativas “b” e “c”. Para decidir entre as duas, bastava

lembrar que a execução das emendas parlamentares é de 1,2% da receita corrente

líquida do ano anterior.

Finalizando esse tópico sobre conceito, a doutrina ainda divide o orçamento em

três tipos, dependendo dos Poderes que participam da elaboração, aprovação e

execução deste:

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O Brasil já utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua

história!

Questão 8   (CESPE/TC-DF/2014) Denomina-se orçamento misto o orçamento pú-

blico elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja

executada por empresas do setor privado.

Errado.
Não é esse o conceito. No orçamento misto, a elaboração e execução do orçamento
ficam a cargo do Poder Executivo.

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1.2. Princípios

O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e seu controle.
Esses princípios orçamentários são regras que norteiam o processo de elaboração,
aprovação, execução e controle do orçamento e são encontrados na Constituição, na
doutrina e em legislação infraconstitucional, principalmente na Lei n. 4.320/1964.

A Lei n. 4.320/1964, abaixo da Constituição, é um dos principais instrumentos


legislativos sobre orçamento e contabilidade pública. Essa lei estatui normas ge-
rais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Muita atenção a cada detalhe, pois em muitos casos as questões pedem apenas que
o(a) candidato(a) correlacione o nome de cada princípio com suas características.

Legalidade

O art. 5º da CF/1988 consigna que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na lei. Isso vale

também para a matéria orçamentária. Diante desse fato, justifica-se a existência

das leis orçamentárias: PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentá-

rias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).

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O orçamento é uma de Lei Ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito

especial, com iniciativa exclusiva de apresentação do Projeto pelo Chefe do Poder

Executivo. Apesar de ser uma lei ordinária, o orçamento público não cria nem gera

direitos e deveres, não inovando na ordem jurídica. Dessa forma, materialmente, o

Orçamento Público é considerado uma lei de efeitos concretos, logo com natureza

de ato administrativo.

Podemos então dar as seguintes características para a lei orçamentária:

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Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defen-

de que esta tem apenas forma de lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer),

e outra corrente classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder

Legislativo no exercício de suas funções (Hoennel).

Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o controle abstrato de constitu-

cionalidade sobre as normas orçamentárias, conforme jurisprudência atual do Supremo

Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais facilmente observado na Prova de Constitucio-

nal, mas é bom ficar atento(a), uma vez que tem sido tema em provas!

Questão 9   (CESPE/MPU/2013) A corrente doutrinária que tem como base os estu-

dos de Mayer adota o critério de classificação das leis de acordo com seu conteúdo

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jurídico, e não segundo o órgão de onde emanam. Assim, entende essa corrente

que o orçamento apresenta extrinsecamente a forma de uma lei, mas seu conteúdo

é de mero ato administrativo.

Certo.

Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defende

que esta tem apenas forma de lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer), e

outra corrente classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder

Legislativo no exercício de suas funções (Hoennel).

Unidade/Totalidade

O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim, não poderão coexistir diferen-

tes orçamentos para um mesmo ente da Federação. Esse princípio busca evitar a

proliferação de orçamentos paralelos em um mesmo ente da Federação, determi-

nando que haja um só orçamento.

De acordo com a Constituição, a Lei Orçamentária Anual será composta

pelo orçamento fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orça-

mento de investimento de empresas.

Conforme a CF/1988, art. 165:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.

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A despeito da existência desses orçamentos, esse fato não representa exceção

ou quebra do princípio da unidade, eis que a peça orçamentária está unificada em

um único documento, atendendo ao comando principiológico. Inclusive esse prin-

cípio pode vir definido como Princípio da Totalidade, no sentido da coexistência de

múltiplos orçamentos que devem ser consolidados em uma só Lei Orçamentária

Anual.

Questão 10   (CESPE/INPI/2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos

públicos, o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes fede-

rados (União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamen-

tária, que assume a função de orçamento nacional unificado.

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Errado.

O princípio da unidade determina que cada ente da Federação (União, Estados e

Municípios) possua um orçamento uno, e não que deverá haver um orçamento

consolidado de todos esses entes. Assim, cada ente tem que ter seu próprio orça-

mento.

Universalidade

Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e

receitas, inclusive as provenientes de operações de crédito, referentes a todos os

Poderes do ente da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), seus

fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

Esse princípio não se aplica às operações de crédito por antecipação da receita,

as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo

financeiro.

 Obs.: Operações de Crédito são compromissos financeiros em razão de emprésti-

mo (mútuo), abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição finan-

ciada de bens, recebimento antecipado de valores oriundos de vendas com

fornecimento parcelado etc.

Esse princípio está previsto na Constituição Federal e no artigo 3º e 4º da Lei n.

4.320/1964:

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Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações


de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias,
no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do
Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam reali-
zar, observado o disposto no artigo 2º.

Diferentemente das operações de crédito, que se originam de obrigações assumi-

das pelo Estado em razão de um recurso disponibilizado por terceiros, as operações

de créditos por antecipação de receita tratam de um mecanismo de execução de

despesas do Estado, que, prevendo a realização de uma receita, já realiza o res-

pectivo gasto. Por isso a necessidade do tratamento diferenciado.

Cuidado, pois a universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalida-

de (unidade). Em algumas questões de prova, o examinador tenta confundir o(a)

candidato(a) quantos aos princípios da unidade e da universalidade. Por isso, fique

atento(a): quando a questão tratar da apresentação de todas as receitas e despe-

sas, o princípio citado é o da universalidade.

Questão 11   (FCC/TRE-SP/2017) Lei Orçamentária Anual, para o exercício de

2017, de determinado ente público previu receitas e fixou despesas no valor de

R$ 2.750.600.000. Não constou na Lei Orçamentária as despesas com pessoal a

serem realizadas pelo respectivo Poder Legislativo, sob a alegação de que muitos

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servidores seriam demitidos a partir de janeiro de 2017, portanto, não seria possí-

vel fixar o montante exato de tais despesas. Nestas condições, a Lei Orçamentária

NÃO atendeu ao princípio orçamentário da

a) universalidade.

b) moralidade.

c) transparência.

d) exclusividade.

e) unidade.

Letra a.

Como acabamos de ver, de acordo com o princípio da universalidade, todas as re-

ceitas e despesas devem constar da lei orçamentária. Nada de deixar as despesas

com pessoal do Legislativo de fora!

Exclusividade

A Lei Orçamentária Anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da

receita e fixação da despesa, com exceção da autorização para a abertura de

créditos suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive as de an-

tecipação de receita.

Esse princípio busca evitar que matérias diversas ao orçamento sejam tratadas

nessa Lei e da mesma forma que normas sobre orçamento constem de dispositivos

com outras finalidades, ou seja, as leis orçamentárias devem ser tratadas especi-

ficamente.

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A ideia, como bem cita o Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados

Eber Zoehler Santa Helena, é evitar a existência de caudas e rabilongos, como a

inclusão em lei orçamentária de procedimentos de ação de desquite! Tem base?

Pois isso já ocorreu. Veja as denominações das caudas em outros países: tackings

(Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e cavaliers budgetaries (França).

Sobre as autorizações que poderão constar do Orçamento, o artigo 7º da Lei n.

4.320/1964 dispõe:

Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições
do artigo 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por anteci-
pação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de deficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder
Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2º O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis so-
mente se incluirá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas
pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo reali-
zá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a opera-
ções de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento.

Questão 12   (CESPE/TRT-2ª/2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a cria-

ção de cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio

orçamentário

a) da exclusividade.

b) da unidade.

c) da universalidade.

d) do orçamento bruto.

e) da publicidade.

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Letra a.

A lei orçamentária deve conter apenas matéria orçamentária, conforme preceitua o

princípio da exclusividade.

Anualidade/Periodicidade

O orçamento deve abranger um período definido no tempo. No Brasil, o orça-

mento coincide com o ano civil, período de um ano. Assim, as autorizações para

gastos terão validade apenas para o exercício financeiro da sua autorização, salvo

algumas exceções, como os créditos especiais e extraordinários.

Lei n. 4.320/1964, Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Questão 13   (FCC/CNMP2015) A Lei Orçamentária Anual (LOA) do exercício de

2015 de um determinado ente federativo contém dotações orçamentárias suficien-

tes para suportar 24 meses de despesas com pessoal e encargos. Este procedimen-

to,

a) contraria o princípio orçamentário da unidade.

b) não atende o princípio orçamentário da universalidade.

c) não atende o princípio orçamentário da competência.

d) contraria o princípio orçamentário da anualidade.

e) está em consonância com o princípio orçamentário da oportunidade.

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Letra d.

Inserir dispositivo sobre autorização ao Poder Executivo para doar um terreno à

iniciativa privada para construção de um clube recreativo fere o princípio da exclu-

sividade, que determina que é vedado constar no orçamento assuntos estranhos à

previsão da receita e fixação da despesa.

Orçamento Bruto

As receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser apresentadas pe-

los seus valores brutos, sendo vedada a apresentação desses créditos deduzidos

por algum valor. Esse princípio está previsto no art. 6º, da Lei n. 4.320/1964:

Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão,
como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no
orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por
base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a
proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.

Esse princípio se aplica, inclusive, para transferências obrigatórias que um ente

faça para outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional (como o Fundo

de Participação dos Estados – FPE). Assim, mesmo que parcela da arrecadação de

um tributo deva ser transferida a outro ente, por determinação constitucional, essa

parcela que será transferida deverá ser apresentada pelo seu valor bruto como re-

ceita.

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Como ocorrerá a transferência e em respeito ao princípio do orçamento bruto,

a parcela transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente

transferidor.

Questão 14   (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) As cotas de receita que

uma entidade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no orça-

mento da entidade obrigada à transferência.

Errado.

Em respeito ao princípio do orçamento bruto, a parcela transferida será registrada

como uma despesa no orçamento do ente transferidor, e não como receita, como

afirma a questão.

Esse princípio está previsto no Manual de Contabilidade aplicado ao Setor Público

(MCASP) da STN:

Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição tributá-


ria), a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como despesa
orçamentária, de acordo com a legislação em vigor.

Atenção para o fato de que essa regra não vale para Imposto de Renda Retido na

Fonte por Estados e Municípios, pois nesse caso a Constituição afirma que esses

recursos pertencem aos entes responsáveis pela retenção.

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Esse conhecimento foi cobrado recentemente em prova:

Questão 15   (CESPE/TRE-GO/2015) O imposto de renda retido na fonte sobre ren-

dimentos pagos pelos estados e municípios, de competência da União, não chega a

constituir-se em transferência àqueles entes, sendo diretamente apropriado como

receita tributária própria.

Certo.

Como já afirmei, a questão está certa! O MCASP trata sobre o tema:

(...) a contabilidade espelha o fato efetivamente ocorrido: mesmo correspondendo à


arrecadação de um tributo de competência da União, tais recursos não transitam por
ela, ficando diretamente com o ente arrecadador. Desse modo, não há de se falar em
registro de uma receita de transferência nos estados, DF e municípios, uma vez que não
ocorre a efetiva transferência do valor pela União.

Discriminação/Especialização

As dotações previstas no orçamento devem ser especificadas, sendo vedado

prever no orçamento dotações globais destinadas a atender indiferentemen-

te a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros ou quaisquer ou-

tras. Tem como finalidade dar transparência aos gastos do governo, facilitando a

função de acompanhamento e controle do gasto público pelos órgãos de controle e

pela sociedade.

Excepciona-se nesses casos a possibilidade de consignação de dotações glo-

bais para programas especiais de trabalho e a reserva de contingência.

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Lei n. 4.320/1964, Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destina-
das a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros,
transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo
único.
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os proje-
tos de obras e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

Questão 16   (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) O princípio da especializa-

ção contribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças exe-

cutivas.

Certo.

À medida que veda dotações globais destinadas a atender indiferentemente a des-

pesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer ou-

tras, o princípio da especialização contribui para a transparência e fiscalização do

orçamento pelo Poder Legislativo.

Não Afetação/Não Vinculação

A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e despesas, res-

salvando-se as seguintes exceções previstas na Constituição Federal de 1988:

• transferências constitucionais/repartição das receitas tributárias (Fundos de

Participação dos Estados e dos Municípios, Fundos de Desenvolvimento do

Norte, Nordeste e Centro-Oeste);

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• garantia e contragarantia de operações de crédito por antecipação de receita

junto à União;

• ações e serviços públicos de saúde;

• desenvolvimento e manutenção do ensino;

• realização de atividades de administração fazendária.

CF 1988, Art. 167. São vedados:


IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-
partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (grifo nosso)

O Princípio da Não Afetação veda a vinculação da receita de IMPOSTOS, logo não se

aplica à receita de taxas, contribuições, empréstimos compulsórios e contribuições

de melhoria, que são as demais espécies de tributo.

Questão 17   (FCC/PREFEITURA DE TERESINA–PI/2016) Considerando a difícil si-

tuação econômica do país e com vistas a garantir os recursos destinados às obras

de infraestrutura de saneamento para o exercício de 2017, o Secretário de Plane-

jamento do Município de Fidalgo recomendou ao Prefeito a inserção de dispositivo

na Lei Orçamentária Anual − LOA para garantir a destinação de 5% das receitas de

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano – para despesas de capital na função

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Saneamento. A recomendação do Secretário de Planejamento é inviável porque

fere os princípios orçamentários da

a) exclusividade e da não vinculação das receitas de impostos

b) exclusividade e do orçamento bruto.

c) não vinculação das receitas de impostos e da universalidade.

d) universalidade e da periodicidade.

e) economicidade e da publicidade.

Letra a.

Um dos princípios violados foi o da exclusividade, pois trouxe dispositivo para lei or-

çamentária estranho à fixação da despesa e à previsão da receita. O outro princípio

violado foi o da não vinculação, pois, ao contrário do que determina esse princípio,

o gestor recomendou a afetação da receita de um imposto, fora das exceções pre-

vistas na Constituição.

Equilíbrio

Possui duas vertentes, a formal e a material. A formal indica que o total de des-

pesas deve ser igual ao total das receitas na Lei Orçamentária, ou seja, a despe-

sa autorizada deve ser equivalente à receita estimada. Já a material é mais

específica e significa a busca do equilíbrio na execução do orçamento, como, por

exemplo, a utilização de receitas de capital para o financiamento de despesas desse

mesmo gênero, e não para pagamento de despesas de custeio.

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Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e


despesas, é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de
deficits nas contas públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.
Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O
controle dos gastos não vem sendo bem-feito e o deficit é a consequência.

Questão 18   (CESPE/FUB/2013) O princípio do equilíbrio é uma importante ferra-


menta de controle dos gastos e da dívida pública por estabelecer que o total da
despesa orçamentária tenha como limite a receita orçamentária prevista para o
exercício financeiro.

Certo.

Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e des-

pesas, é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de

deficits nas contas públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.

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Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O
controle dos gastos não vem sendo bem-feito e o deficit é a consequência.

Pode haver previsão de deficit no projeto de lei orçamentária?

Sim, a previsão de deficit orçamentário não implica desrespeito ao princípio do


equilíbrio ou à Lei de Responsabilidade Fiscal. Naturalmente, na lei orçamentária
deverá ser apresentada a fonte de recurso (provavelmente receita de capital) para
suportar esse deficit.
Infelizmente, em razão da crise econômica brasileira, essa vem se tornando uma
prática comum, adotada nas leis orçamentárias de 2017 e 2016.
Para quem quiser explorar mais o tema, a Nota Técnica Conjunta n. 7 de 2015, das
Consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado, trata detalha-
damente sobre o tema.

Questão 19   (CESPE/SEDF/2017) A Constituição Federal de 1988 prevê a possibili-

dade de aprovação, pelo Poder Legislativo, de desequilíbrio entre despesa e receita

no projeto de lei orçamentária.

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Certo.

O examinador trata nesse item sobre a possibilidade de a lei orçamentária prever

deficit orçamentário. Como vimos, essa possibilidade não afronta as regras vigen-

tes.

Uniformidade

Tem como objetivo permitir a comparação de orçamentos de diversos anos. Os

aspectos formais de apresentação da lei orçamentária anual devem ser uniformes

ao longo do tempo, possibilitando comparações entre orçamentos de vários perío-

dos.

Clareza

Determina que o orçamento deve ser de fácil compreensão. Trata-se de um

princípio voltado para quem tiver contato com o orçamento, sendo necessário que

o documento seja compreensível, objetivo e claro para todos, evitando-se que ter-

mos técnicos inviabilizem a leitura.

Publicidade: como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orça-

mento deve ser garantida a sua publicidade.

Programação: esse princípio não é muito visto na doutrina, mas vem sendo

cobrado ultimamente em provas de concurso. Ele se relaciona com o orçamento-

-programa, adotado no Brasil, que determina que o orçamento deva viabilizar o

planejamento governamental, por meio de ações voltadas para alcance desse fim.

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Questão 20   (FCC/SEFAZ-PI/2015) Ao estudar o orçamento anual do Estado do

Piauí, um Analista do Tesouro Estadual verificou que foram selecionados os objeti-

vos a serem alcançados, bem como determinadas as ações para o alcance de tais

fins. Tais aspectos evidenciam o atendimento ao princípio orçamentário da

a) clareza

b) exclusividade

c) universalidade

d) legalidade

e) programação

Letra e.

O princípio orçamentário que determina que sejam estabelecidos objetivos e apre-

sentadas ações para alcance destes é o da programação.

Além dos princípios relacionados anteriormente, a Constituição ainda prevê, nos

incisos do artigo 167, situações vedadas pela Carta Magna. Esses casos não são

considerados pela Doutrina em geral como princípios, mas, pela força e generalida-

de de suas disposições, achamos importante enumerá-los.

Dessa forma, são vedados:

• o início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;

• despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicio-

nais;

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• operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, res-

salvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com

finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (Re-

gra de Ouro);

• vinculação da receita de impostos (princípio da não afetação);

• abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislati-

va e sem indicação dos recursos correspondentes;

• transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização

legislativa;

• créditos ilimitados;

• destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir

o deficit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;

• instituição de fundos sem autorização legislativa prévia; e

• pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por meio de

transferências voluntárias ou empréstimos, pela União e pelos Estados e suas

instituições financeiras.

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RESUMO
Orçamento Público – Conceitos

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Orçamento Público – Princípios

 Obs.: Exceção ao princípio!

 Não se aplica o princípio!

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1   (CESPE/MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao es-

tabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de

tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais.

Questão 2   (CESPE/SEDF/2017) Criado no Brasil pelo Decreto-lei n.º 200/1967, o

orçamento-programa foi concebido como instrumento de planejamento, de geren-

ciamento e de controle dos recursos da administração pública, de forma a aper-

feiçoar o cumprimento dos objetivos previamente estabelecidos. Nesse sentido, as

necessidades financeiras das unidades organizacionais deverão ser priorizadas na

elaboração do orçamento.

Questão 3   (FCC/TRT-11ª/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afir-

mar que

a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas

da organização.

b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades,

objetivos e metas.

c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamen-

tais.

d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamen-

tária Anual que são típicas do Orçamento-Programa.

e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG n. 42/1999.

Questão 4   (FCC/TCM-RJ/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da

receita e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-finan-

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ceira, sem nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer

objetivo econômico e social de forma clara e sem preocupação com objetivos e me-

tas e voltado preferencialmente às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se

orçamento

a) de desempenho ou por realizações.

b) estatal.

c) clássico ou tradicional.

d) pragmático.

e) de base zero ou por estratégia.

Questão 5   (FCC/TCM-RJ/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para

sua confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor ini-

cial mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos

órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compro-

misso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento

a) real ou efetivo.

b) de base zero ou por estratégia.

c) participativo.

d) democrático.

e) de desempenho ou por realizações.

Questão 6   (CESPE/ANTAQ/2014) O orçamento base zero é utilizado como um mé-

todo que define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto

a sua adoção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de

longo prazo.

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Questão 7   (FCC/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos De-

putados e do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n. 86/2015,

que trata do chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou

vários dispositivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Fe-

deral, nove parágrafos novos. O § 9º desse artigo estabelece que as emendas indi-

viduais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita

corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que

a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabele-

cida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das

programações referidas no § 9º, acima transcrito, é

a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em Re-

solução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República.

b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada nos três

exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equita-

tiva da programação definidos em lei ordinária federal.

c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo conside-

rada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de

forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da

autoria.

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d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida

realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da

programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de ca-

ráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades

federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da repre-

sentação política parlamentar do proponente da emenda.

e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei

complementar prevista no § 9º do art. 165 da Constituição Federal, sendo consi-

derada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda

de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios

quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente

da emenda.

Questão 8   (CESPE/TC-DF/2014) Denomina-se orçamento misto o orçamento pú-

blico elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja

executada por empresas do setor privado.

Questão 9   (CESPE/MPU/2013) A corrente doutrinária que tem como base os estu-

dos de Mayer adota o critério de classificação das leis de acordo com seu conteúdo

jurídico, e não segundo o órgão de onde emanam. Assim, entende essa corrente

que o orçamento apresenta extrinsecamente a forma de uma lei, mas seu conteúdo

é de mero ato administrativo.

Questão 10   (CESPE/INPI/2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos

públicos, o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes fede-

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rados (União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamen-

tária, que assume a função de orçamento nacional unificado.

Questão 11   (FCC/TRE-SP/2017) Lei Orçamentária Anual, para o exercício de

2017, de determinado ente público previu receitas e fixou despesas no valor de

R$ 2.750.600.000. Não constou na Lei Orçamentária as despesas com pessoal a

serem realizadas pelo respectivo Poder Legislativo, sob a alegação de que muitos

servidores seriam demitidos a partir de janeiro de 2017, portanto, não seria possí-

vel fixar o montante exato de tais despesas. Nestas condições, a Lei Orçamentária

NÃO atendeu ao princípio orçamentário da

a) universalidade.

b) moralidade.

c) transparência.

d) exclusividade.

e) unidade.

Questão 12   (CESPE/TRT-2ª/2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a cria-

ção de cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio

orçamentário

a) da exclusividade.

b) da unidade.

c) da universalidade.

d) do orçamento bruto.

e) da publicidade.

Questão 13   (FCC/CNMP2015) A Lei Orçamentária Anual − LOA do exercício de

2015 de um determinado ente federativo contém dotações orçamentárias suficien-

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tes para suportar 24 meses de despesas com pessoal e encargos. Este procedimen-

to,

a) contraria o princípio orçamentário da unidade.

b) não atende o princípio orçamentário da universalidade.

c) não atende o princípio orçamentário da competência.

d) contraria o princípio orçamentário da anualidade.

e) está em consonância com o princípio orçamentário da oportunidade.

Questão 14   (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) As cotas de receita que

uma entidade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no orça-

mento da entidade obrigada à transferência.

Questão 15   (CESPE/TRE-GO/2015) O imposto de renda retido na fonte sobre ren-

dimentos pagos pelos estados e municípios, de competência da União, não chega a

constituir-se em transferência àqueles entes, sendo diretamente apropriado como

receita tributária própria.

Questão 16   (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) O princípio da especializa-

ção contribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças exe-

cutivas.

Questão 17   (FCC/PREFEITURA DE TERESINA–PI/2016) Considerando a difícil si-

tuação econômica do país e com vistas a garantir os recursos destinados às obras

de infraestrutura de saneamento para o exercício de 2017, o Secretário de Plane-

jamento do Município de Fidalgo recomendou ao Prefeito a inserção de dispositivo

na Lei Orçamentária Anual − LOA para garantir a destinação de 5% das receitas de

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano – para despesas de capital na função

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Saneamento. A recomendação do Secretário de Planejamento é inviável porque

fere os princípios orçamentários da

a) exclusividade e da não vinculação das receitas de impostos

b) exclusividade e do orçamento bruto.

c) não vinculação das receitas de impostos e da universalidade.

d) universalidade e da periodicidade.

e) economicidade e da publicidade.

Questão 18   (CESPE/FUB/2013) O princípio do equilíbrio é uma importante ferra-

menta de controle dos gastos e da dívida pública por estabelecer que o total da

despesa orçamentária tenha como limite a receita orçamentária prevista para o

exercício financeiro.

Questão 19   (CESPE/SEDF/2017) A Constituição Federal de 1988 prevê a possibili-

dade de aprovação, pelo Poder Legislativo, de desequilíbrio entre despesa e receita

no projeto de lei orçamentária.

Questão 20   (FCC/SEFAZ-PI2015) Ao estudar o orçamento anual do Estado do

Piauí, um Analista do Tesouro Estadual verificou que foram selecionados os objeti-

vos a serem alcançados, bem como determinadas as ações para o alcance de tais

fins. Tais aspectos evidenciam o atendimento ao princípio orçamentário da

a) clareza

b) exclusividade

c) universalidade

d) legalidade

e) programação

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 21   (CESPE/DEPEN/2015) Conforme a regra geral do princípio da não afe-

tação, estabelecido na Carta Magna brasileira, é vedada a vinculação da receita de

impostos a órgão, fundo ou despesa.

Questão 22   (CESPE/DEPEN/2015) O orçamento tradicional, cuja principal função

é servir de instrumento de administração, é fundamental para disciplinar as finan-

ças públicas, manter o equilíbrio financeiro e evitar a expansão dos gastos.

Questão 23   (CESPE/DEPEN/2015) O princípio orçamentário da unidade, que pres-

creve a formulação de um orçamento único, não é observado pela Constituição

Federal brasileira, que determina a existência dos orçamentos fiscal, da seguridade

social e de investimentos das estatais.

Questão 24   (CESPE/DEPEN/2015) De acordo com o princípio da universalidade,

o orçamento deve englobar todas as receitas e despesas do Estado para que seja

realizada a programação financeira de arrecadação de tributos necessários para

custear as despesas projetadas pelo governo.

Questão 25   (CESPE/TJ-CE/2014) Com relação ao orçamento público e aos princí-

pios orçamentários, assinale a opção correta.

a) Em que pese a previsão constitucional do princípio da exclusividade orçamentá-

ria, é permitido que a LOA autorize previamente a abertura de operações de crédito.

b) O princípio orçamentário da não vinculação da receita é integralmente previsto

pela literalidade da Constituição Federal.

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c) De acordo com o princípio orçamentário da totalidade, deve-se evitar que dota-

ções globais sejam inseridas na LOA.

d) O princípio da equidade ressalta a função social do orçamento público, em que

todos são igualmente responsáveis pelo financiamento dos gastos orçamentários.

e) A lei orçamentária anual (LOA) não contém dispositivo estranho à previsão da

receita e à fixação da despesa, em face do princípio da especificação.

Questão 26   (CESPE/TJ-CE/2014) Com relação aos princípios orçamentários, assi-

nale a opção correta.

a) O princípio da não afetação das receitas determina que o produto da arrecada-

ção dos tributos não pode estar vinculado a órgão, fundo ou despesa.

b) A aplicação do princípio da universalidade abrange a inclusão no orçamento

tanto das receitas e despesas próprias dos órgãos de governo quanto das realiza-

das por entidades do setor privado em nome do governo e custeadas por recursos

públicos.

c) De acordo com o princípio da programação, a lei orçamentária anual deve conter

tão somente matéria relativa à previsão da receita e à fixação da despesa.

d) As normas instituidoras do princípio da legalidade ressalvam expressamente a

instituição de fundos e a realização de operações de crédito.

e) O princípio do equilíbrio não costuma ser observado no Brasil, visto que o orça-

mento fiscal geralmente é deficitário.

Questão 27   (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014) Acerca dos princípios orçamentários

e da receita pública, julgue o próximo item.

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Segundo o princípio orçamentário da universalidade, ao Poder Executivo é permi-

tido realizar quaisquer operações de receita ou de despesa sem prévia autorização

parlamentar.

Questão 28   (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014) O orçamento público constitui nor-

ma legal a ser aplicada integralmente e contém a previsão de receitas e a estimativa

de despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exercício financeiro,

sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito tributário.

Questão 29   (CESPE/CPRM/2013) O orçamento não se restringe a um documento

de caráter contábil e administrativo, se for elaborado e executado de acordo com

técnicas orçamentárias modernas amplamente referendadas.

Questão 30   (CESPE/TRT-10ª/2013) O orçamento-programa é uma técnica ambi-

ciosa de conciliação entre planejamento e controle político na peça orçamentária. É

sua eficácia como instrumento de controle político que torna difícil sua implantação,

já que não há grandes dificuldades técnicas para a sua operacionalização.

Questão 31   (CESPE/TCE-RO/2013) O orçamento-programa fornece subsídios ao

planejamento, visto que possibilita a ligação entre o controle da execução orça-

mentária e a elaboração orçamentária.

Questão 32   (CESPE/INPI/2013) O Planning Programming and Budgeting System

(PPBS), adotado na década de 60 do século passado, foi uma tentativa de incorpo-

ração do planejamento ao orçamento, tendo sido considerado um sistema de fácil

operacionalização e implementação.

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Questão 33   (CESPE/ICMBIO/2014) As dificuldades de se implementar a técnica

de orçamento de base zero incluem a resistência imposta pela burocracia quando a

eficácia de seus programas é avaliada.

Questão 34   (CESPE/CNJ/2013) A organização e a apresentação do orçamento pú-

blico são as principais preocupações do orçamento base zero, enquanto a avaliação

e a tomada de decisão acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um papel se-

cundário.

Questão 35   (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014) No Brasil, elabora-se o orçamento

do tipo legislativo, dada a competência para votar e aprovar o orçamento ser do

Poder Legislativo.

Questão 36   (FCC/TRT-18ª/2013) A Lei Orçamentária Anual NÃO poderá conter

dispositivo sobre reformas administrativas porque fere o princípio orçamentário

a) da exclusividade.

b) do orçamento bruto.

c) da universalidade.

d) da especialização.

e) da não vinculação da receita.

Questão 37   (FCC/TRT-4ª/2015) No que tange aos orçamentos públicos, segundo

a Constituição Federal, é vedado

a) a abertura de procedimento licitatório sem indicação dos recursos financeiros

que assegurem o pagamento das despesas realizadas no exercício financeiro em

curso.

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b) o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual, exce-

to os destinados à seguridade social.

c) a arrecadação de receitas correntes não previstas na lei orçamentária anual do

ente público.

d) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa

e sem indicação dos recursos correspondentes.

e) a realização de despesas ou contratação de pessoal que excedam os limites es-

tabelecidos no Plano Plurianual.

Questão 38   (FCC/TRE-SE/2015) Na elaboração do orçamento público da União,

que inclui o TRE/SE, foram adotadas as seguintes medidas:

I – Não houve consignação de dotação global destinada a atender indiferente-

mente a despesa de pessoal.

II – Somente constou matéria relacionada à previsão de receita e fixação de des-

pesa.

III – Do orçamento constaram todas as receitas e despesas.

Essas medidas correspondem, respectivamente, ao atendimento aos princípios or-

çamentários da

a) exclusividade, orçamento bruto e universalidade.

b) especificação, exclusividade e universalidade.

c) exclusividade, especificação e anualidade.

d) especificação, exclusividade e anualidade.

e) especificação, anualidade e universalidade.

Questão 39   (FCC/TRE-AP/2015) Com o intuito de reduzir a população em situação

de extrema pobreza, o chefe do Poder Executivo de um governo estadual decidiu

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incluir, na Lei Orçamentária Anual, um dispositivo que determina a destinação de

5% (cinco por cento) das receitas de impostos para as despesas na função Traba-

lho. Entretanto, a inclusão deste dispositivo na Lei Orçamentária Anual não é per-

mitida porque fere os princípios orçamentários

a) da universalidade e da não vinculação da receita de impostos.

b) do orçamento bruto e da exclusividade.

c) da exclusividade e da não afetação da receita de impostos.

d) da anualidade e da universalidade.

e) da unidade e do orçamento bruto.

Questão 40   (FCC/TRT-3ª/2015) A ausência na lei orçamentária de determinado

ente da federação de todas as receitas e despesas de uma fundação instituída e

mantida pelo referido ente, NÃO atende ao princípio orçamentário

a) da exclusividade.

b) da competência administrativa.

c) do orçamento bruto.

d) da discriminação.

e) da universalidade.

Questão 41   (FCC/MPE-PB/2015) O orçamentista de uma Prefeitura do Estado da

Paraíba recebeu orientação para consignar no orçamento dotação para programa

especial de trabalho que, por sua natureza, não poderia cumprir-se subordinada-

mente às normas gerais de execução da despesa. Assim, esse programa foi consig-

nado em dotação global, classificado como despesa de capital. Esse fato represen-

tou uma exceção legal ao princípio orçamentário da

a) clareza.

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b) especificação.

c) exclusividade.

d) não vinculação.

e) universalidade.

Questão 42   (FCC/TRT-9ª/2015) A reabertura de créditos especiais no exercício

subsequente, cujo ato de autorização foi promulgado nos 4 últimos meses do exer-

cício, é uma exceção ao Princípio orçamentário da

a) anualidade.

b) universalidade.

c) competência.

d) unidade.

e) tempestividade.

Questão 43   (FCC/TCE-SP/2015) Todas as receitas previstas e despesas fixadas,

em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de

cada esfera federativa. A afirmativa refere-se ao princípio orçamentário da

a) especificação ou especialização.

b) exclusividade.

c) anualidade ou periodicidade.

d) unidade ou totalidade.

e) independência e harmonia entre os Poderes.

Questão 44   (FCC/TRE-PB/2015) Ao assumir o seu mandato, o prefeito do Mu-

nicípio de Ilusões propôs que, ao invés de elaborar uma única Lei Orçamentária

Anual para o município, fossem elaboradas duas Leis Orçamentárias Anuais: uma

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referente ao Poder Executivo e outra ao Poder Legislativo. A proposta do prefeito é

inviável porque fere o princípio orçamentário,

a) da exclusividade.

b) da unidade.

c) da universalidade.

d) da anualidade.

e) do orçamento bruto.

Questão 45   (FCC/TRT-9ª/2015) Autorização para abertura de créditos Suplemen-

tares é uma exceção à aplicação do princípio orçamentário da:

a) legalidade.

b) universalidade.

c) anualidade.

d) clareza.

e) exclusividade.

Questão 46   (FCC/SEFAZ-PI/2015) A Constituição Federal veda a realização de

operação de crédito que exceda o montante das despesas de capital, disposição

conhecida como “Regra de Ouro”. A própria Constituição prevê uma exceção e as

suas condições, desde que seja autorizada

a) por Decreto do Legislativo.

b) mediante crédito extraordinário.

c) mediante crédito suplementar ou especial.

d) por Decreto do Executivo.

e) por Lei Delegada.

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Questão 47   (FCC/MANAUSPREV/2015) A Constituição da República, em matéria

orçamentária,

a) permite, mediante autorização legislativa prévia, o início de programas ou pro-

jetos não incluídos na lei orçamentária anual.

b) autoriza, para a prestação de garantia ou contragarantia à União, a vinculação

dos recursos entregues por esta aos Estados, do produto da arrecadação do im-

posto sobre produtos industrializados, proporcionalmente ao valor das respectivas

exportações de produtos industrializados.

c) veda a realização de quaisquer operações de créditos que excedam o montante

das despesas de capital.

d) proíbe a edição de lei que autorize a utilização de recursos dos orçamentos fis-

cal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas,

fundações e fundos.

e) impede a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,

pelo governo federal e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas

com pessoal dos Estados, salvo por antecipação de receita.

Questão 48   (FCC/TCE-AM/2015) A atividade orçamentária deve ser desenvolvida

com observância de vários princípios, alguns insculpidos na própria Constituição

Federal, e outros na legislação infraconstitucional.

Nesse sentido, o princípio que é mencionado expressamente no texto da Lei Fe-

deral n. 4.320/1964 e que visa impedir a coexistência de orçamentos paralelos,

que determina que só haja uma peça orçamentária, materializada em um único

documento, por meio do qual se apresente uma visão de conjunto das receitas e

das despesas de cada um dos entes federados (União, Estados e Municípios) é de-

nominado princípio

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a) do caixa único.

b) da legalidade.

c) da unidade.

d) da completude orçamentária.

e) do orçamento bruto.

Questão 49   (FCC/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2007) É característica do orçamen-

to-programa:

a) classificação institucional das despesas.

b) ênfase nos aspectos contábeis da gestão.

c) decisão considerando as necessidades financeiras das unidades organizacionais.

d) elaboração empírica.

e) controle da execução com ênfase em avaliar a eficiência e a eficácia do gasto.

Questão 50   (FCC/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2007) Em relação aos princípios or-

çamentários, é correto afirmar:

a) De acordo com o princípio da universalidade, é vedada a vinculação de receita

de impostos a órgãos, fundos ou despesas.

b) O princípio da anualidade enfatiza que o orçamento deve conter as receitas e as

despesas referentes aos três poderes da União.

c) O princípio da especificação estabelece que a lei do orçamento não deve consig-

nar dotações globais destinadas a atender despesas de naturezas diversas.

d) O princípio da exclusividade estabelece que o conteúdo orçamentário deve ser

divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público

e para a eficácia de sua validade.

e) O princípio da não afetação afirma que o orçamento não conterá dispositivo es-

tranho à previsão da receita e fixação da despesa.

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GABARITO
1. E 26. b
2. E 27. E
3. b 28. E
4. c 29. C
5. b 30. E
6. C 31. C
7. c 32. E
8. E 33. C
9. C 34. E
10. E 35. E
11. a 36. a
12. a 37. d
13. d 38. b
14. E 39. c
15. C 40. e
16. C 41. b
17. a 42. a
18. C 43. d
19. C 44. b
20. e 45. e
21. C 46. c
22. E 47. b
23. E 48. c
24. C 49. e
25. a 50. c

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BIBLIOGRAFIA
GIACOMONI. Orçamento público.

SOF. Manual técnico de orçamento.

STN. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

ALBUQUERQUE, MEDEIROS & FEIJÓ. Gestão de finanças públicas.

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