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JESUS, Gabriela Neto1; LYRA, Marisa Barbosa (Orientadora)2; COSTA, Mirian de oliveira
(Orientadora)3;
Resumo: De acordo com o Ministério da Saúde (MS), por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA),
mundialmente cerca de 7,6 milhões de indivíduos vão a óbito devido ao câncer todo o ano e, por ser
um uma enfermidade oriunda de uma proliferação de células anômalas do próprio organismo, os
tratamentos disponíveis são limitados e não específicos, promovendo a destruição extensa de células
não apenas cancerosas, como também a de células saudáveis. Nessa esfera, o aprimoramento de
terapias que utilizam moléculas monoclonais propiciam novas perspectivas no tratamento de doenças
oncológicas, devido a sua alta especificidade e ínfimas complicações e efeitos colaterais quando
comparadas aos ofertados hodiernamente. Por essa razão, o objetivo desse estudo foi esclarecer a
funcionalidade das moléculas monoclonais imunoterápicas, utilizando para isso um levantamento de
dados bibliográficos atrelado a aplicação de questionário e, baseando-se nos resultados encontrados,
é possível inferir que esses tipos de biofármacos são o método terápico mais inovador e que tem
demostrado claramente grandes avanços na cura do câncer. Todavia, apesar do desenvolvimento de
inúmeros artigos abordando o tema em diferentes perspectivas, todos eles correspondem, em suma, a
pesquisas bibliográficas e o número de estudos clínicos são ínfimos, elucidando o, até então,
dispendioso tratamento imunoterápico, pois não há suficientes trabalhos clínicos cujo objetivo visa a
acessibilidade da imunoterapia, apesar desse método ter se mostrado o mais promissor dos últimos
anos, uma vez que apresenta baixa toxicidade ao organismo e maior eficácia devido ao seu alto grau
de especificidade.
1
Estudante do curso de Biomedicina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES) – Campus Vila
Velha.
2
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES) – Campus Vila Velha.
3
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES) – Campus Vila Velha.
Colet. de art. do curso de biomedicina, Vila Velha – ES, vol. 1, out. 2021
Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
Abstract: According to the Ministry of Health (MOH), through the National Cancer Institute (INCA),
around 7.6 million individuals worldwide died from cancer every year, and because it is a disease arising
from a proliferation of the body's own anomalous cells, avaible treatments are limited and non-specific,
promoting the extensive destruction of not only cancer cells but also healthy cells. In this sphere, the
improvement of therapies that use monoclonal molecules provide new perspectives in the treatment of
oncological diseases due to their high specificity and minimal complications and side effects when
compared to those offered nowadays. This way, the aim of this study is to clarify the functionality of
monoclonal immunotherapeutic molecules using, for this, a survey of bibliographic data with an
application of a questionnaire and, based on the results found, it is possible to infer that these types of
biopharmaceuticals are the most innovative therapeutic method and that they have clearly shown great
advances in the cure of cancer. However, despite the development of numerous articles addressing the
topic from different perspectives, all of them correspond, in majority, to a bibliographic research and the
number of clinical researches is negligible, elucidating, so far, an expensive immunotherapeutic
treatment, as there are not enough clinical research whose objective is the accessibility of
immunotherapy, although this method has shown itself to be the most promising in recent years, once
it has low toxicity to the organism and greater efficacy due to its high degree of specificity.
Keywords: Immunotherapy; Cancer; Chimeric Receptors; Monoclonal Antibodies.
1 INTRODUÇÃO
4 IMUNOTERAPIA
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
colaterais, em consequência de sua baixa ação toxicológica sobre as células normais
(VIEIRA, 2018).
Os anticorpos sintetizados devem ser humanizados, devendo conter uma maior proporção de
sequência humana, com intuito de eliminar ou minimizar as respostas reacionais
imunologicamente desencadeadas, já que expressa grande proporção de moléculas de
anticorpo humano com a atividade biológica original. Estudos clínicos têm demostrado
resultados promissores na utilização de anticorpos monoclonais no tratamento de vários tipos
de tumores.
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
De acordo com Silva e Fernandes (2020):
Sua metodologia consiste em uma variante da terapia celular adotiva baseada na transferência
de células geneticamente modificadas em laboratório para o indivíduo portador do tumor. Para
tal, inicialmente o sangue periférico do paciente é coletado via leucaférese, procedimento em
que o material biológico será separado especificamente para retenção de linfócitos com
posterior reinfusão dos componentes remanescentes ao indivíduo. A escolha de tais leucócitos
a serem separados se dá em virtude de constituírem parte essencial da resposta imunológica
adaptativa tumoral.
Os linfócitos são modificados in vitro, mais comumente por mecanismos virais que induzem a
formação de receptores tumorais específicos em sua superfície. As células então são
expandidas e administradas ao paciente.
5 RESULTADOS
O formulário foi respondido por cento e três pessoas das mais variadas faixa etárias.
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
Conhecimentos gerais acerca dos efeitos colaterais dos tratamentos
disponíveis
72%
Entrevistados que desconhecem a
doença e suas complicações
Entrevistados que
28% conhecem a Entrevistados que
imunoterapia 36% conhecem
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
6 DISCUSSÃO
Concomitante a essa realidade, novas terapias têm surgido nos últimos anos e vêm sendo
aprimoradas, obtendo-se excelentes resultados clínicos no retrocesso da doença e, em alguns
casos, na sua erradicação. O método imunoterápico que vem demonstrando maiores avanços
na área utiliza moléculas monoclonais como biofármacos. Esses medicamentos biológicos
estimulam o próprio organismo humano a reconhecer e combater as células cancerígenas,
promovendo também a proteção prolongada contra o retorno da doença, inviabilizando sua
reincidência. Porém, os custos dessa imunoterapia são muito superiores a dos tratamentos
convencionais, ainda que variem enormemente, de acordo com o estágio em que a doença é
detectada (CARVALHO, 2019). Como consequência, o dispendioso valor dessa forma
terápica inviabiliza sua implementação na grande maioria das redes de saúde, principalmente
a rede pública, por necessitar do redirecionamento dos escassos recursos governamentais.
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testes clínicos da terapia dos receptores de antígenos quiméricos de células T, realizados no
Brasil. Os investimentos nessa pesquisa proporcionaram a formulação de um dos primeiros
protocolos que transfere o DNA através de mecanismos não virais, promovendo a redução do
custo do tratamento.
É possível observar, nos gráficos que retratam os conhecimentos gerais sobre a existência
da imunoterapia e a utilização de biofármacos, como ferramentas para combater o câncer, o
desconhecimento sobre o assunto, já que 72% e 64% dos entrevistados, respectivamente,
relataram nunca ter tido contado com os termos. A pouca disseminação desse assunto, no
meio social, reflete esse mesmo descaso e ignorância, refreando o avanço científico nessas
áreas.
7 CONCLUSÃO
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.
menos, equivalente aos tratamentos convencionais, tornando as pesquisas clínicas, bem
como os investimentos, imprescindíveis para atingir esse objetivo.
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P. Biologia
molecular da célula. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GONÇALVES, Giuliana Augusta Rangel; PAIVA, Raquel de Melo Alves. Terapia gênica:
avanços, desafios e perspectivas. Revendo Ciências Básicas; Hospital Israelita Albert
Einstein, São Paulo, SP, Brasil 28 de junho de 2017.
PEREIRA, Viviane da Costa; OLIVEIRA; Patrícia Aparecida Ferreira. Definição das terapias
celulares com receptores de antígenos quiméricos (CAR), receptores de células t (TCR) e
linfócitos infiltrantes de tumor (TIL). Perspectivas futuras para a cura do câncer. Braz. J. Hea.
Rev., Curitiba, v. 2, n. 2, p. 6, 1105-1124, mar./apr. 2019
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Aspectos da utilização de moléculas monoclonais para o tratamento de doenças oncológicas.