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MPAM3 - 2022

Mapa Conceitual - Boullosa, R.F.; Peres, J.P.L; Bessa L.F. (2021) Por Dentro do Campo: uma
narração reflexiva dos estudos críticos em Políticas Públicas. Revista O&S. V 29, N. 97, p. 306-
332. DOI 10.1590/1984-92302021v28n9704PT

Pedro M. G. Coutinho

Conceitos: Valores (posicionalidade dos


autores):
Tribe (1972) - “a ciência das políticas públicas não deveria
estar direcionada aos problemas (ou resultados), mas aos “A descoberta desta dimensão
processos”. reflexiva vem sendo, provavelmente,
o grande fio condutor da construção
Rein & Schön (1977) - “a finalidade da policy não reside na identitária dos estudos críticos em
decisão, pois importam mais os processos criativos e a políticas públicas, funcionando
capacidade de refletir no decorrer da ação, imputando-lhes também como dimensão
as dimensões de aprendizagem e emancipação sociais” modeladora da e modelada pela
democracia”. (p. 323)
Stone 1988 – “a política é a principal dimensão criativa dos
processos de políticas públicas” e “os processos de policy
são mais bem modelizados como lutas políticas por valores e
ideias”. Atravessamentos profissionais:

Majone (1989) - a “natureza política e avaliativa do A construção de políticas públicas é


argumento defendendo-o como o elemento constitutivo da sempre direcionada por interesses –
democracia ou, como ele mesmo ressalta, de um “sistema individuais ou coletivos (em maior ou
de governo por discussão””; “nenhum problema de políticas menor grau) e, portanto, nunca é
públicas é puramente técnico ou puramente político”; “os neutra. Sempre há pelo menos um
avanços nos processos de políticas públicas dependem, ponto de vista que direciona a PP.
muitas vezes, da mudança de atitudes e de valores”. Mesmo decisões em PPs ditas
“positivistas” estão vinculadas às
Fischer (2016a) – em defesa de uma interpretação crítica - os
posições dos atores/stakeholders.
estudos críticos como uma nova escola de estudos em
políticas públicas – em que “os fatos transformam-se em
escolhas de pesquisa e as verdades científicas transformam-
se em interpretações científicas diretamente vinculadas a
quem observa, como observa e de onde observa o objeto Afetações:
em análise”; (2007) “participação e deliberação só teriam
sentido crítico quando relacionados à construção da A escola de estudos críticos em
democracia, unindo, portanto, aprendizagem e políticas públicas, como as próprias
emancipação social”; (2012b) para ser crítico, em termos de políticas públicas, não é um campo
classificação, é “preciso ser nesta ordem: interpretativo no científico neutro; seus expoentes têm
método, argumentativo nos materiais e pós-positivista nos valores e interesses claramente
propósitos”; (2016b) “quem é crítico se coloca atento às manifestos, o que precisa ser levado
mudanças da sociedade, buscando “explorar e interpretar em consideração no seu processo
discursivamente seus significados através de processos de de adoção mais ampla pela
deliberação crítica e argumentação” academia (p. 325).

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