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Ministério da Defesa

Comando da Aeronáutica
Escola Preparatória de Cadetes do Ar

Dinâmica Climática
Prof. Dr. Patrício A. S. Carneiro
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:

Efeito estufa: processo natural que ocorre quando uma parte da radiação solar
refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na
atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo liberado para o
espaço.

Problema: agravamento do efeito


estufa que desestabilize o
equilíbrio energético no planeta
(aquecimento global).
O IPCC tem ressaltado que a
maior parte do aquecimento do
planeta nos últimos 50 anos se
deve muito provavelmente a um
aumento dos gases do efeito
estufa (dióxido de carbono,
metano, óxido nitroso,
perfluorcarbonetos e vapor de
água).
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:
Camada de Ozônio:A camada de ozônio é encontrada na estratosfera. A camada é
tão rarefeita que, se fosse comprimida à pressão atmosférica ao nível do mar, sua
espessura não ultrapassaria três milímetros. Esta camada tem a propriedade de
absorver a radiação ultravioleta do sol. Por este motivo, sem a proteção do ozônio, as
radiações causariam graves danos aos organismos vivos que habitam a superfície da
terra..

Problema: Os CFCs, conhecidos


pelo efeito prejudicial à camada
de ozônio por meio do cloro
gasoso, têm o papel de paralisar
o ciclo ozônio-oxigênio de
absorção da radiação solar
ultravioleta, transformada em
energia térmica na estratosfera.
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:

Inversão Térmica: fenômeno


natural meteorológico que ocorre
mais facilmente no final da
madrugada e no início da manhã e
principalmente nos meses de
inverno. Manifesta-se quando o ar
quente retido nas altitudes impede
a elevação do ar frio que por ser
mais denso e pesado encontra
dificuldades ainda maiores para
subir.

Causa: inversão do gradiente de


temperatura em função da
altitude.

Problema: os poluentes lançados


na atmosfera permanecem
retidos próximo à superfície,
juntamente com o ar frio.
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:
Ilhas de Calor: designação dada à distribuição espacial e temporal do campo de
temperatura sobre a cidade que apresenta um máximo, definindo uma distribuição de
isotermas que faz lembrar as curvas de nível da topografia de uma ilha, daí a origem
do nome ilha de calor. Há um contraste térmico entre a área mais urbanizada e a
menos urbanizada ou periférica.
Não é possív el exibir esta imagem no momento.

Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:


Poluição atmosférica: alterações da atmosfera susceptíveis de causar impacto a
nível ambiental ou de saúde humana.
Ranking das Emissões de CO2. 2010
Principais poluentes:
106 Toneladas de País
Óxidos de enxofre (SOx) CO2 por ano:
Óxidos de azoto (NOx)
Monóxido de carbono (CO) 3.120
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) China
Partículas finas ou inaláveis
2.820
Poluentes tóxicos Estados Unidos

638 Índia
478 Rússia
429 Alemanha
414 Japão
227 Reino Unido
224 Austrália
23,8 Brasil (posição 49º)

Fonte: http://carma.org/
Ações antrópicas e impactos na dinâmica atmosférica:

Chuva Ácida: Trata-se do acúmulo demasiado


de dióxidos de carbono e enxofre na atmosfera
que ao reagirem formam gotículas de chuva e
partículas de aerossóis. A chuva ácida não
necessariamente ocorre no local poluidor, pois
tais poluentes aos serem lançados na atmosfera
são levados pelos ventos podendo provocar a
reação em regiões distantes.
Alguns Impactos na dinâmica atmosférica:

El nino:
É uma alteração significativa de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura
da superfície da água do Oceano Pacífico.

Durante um ano “normal”, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no
sentido oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico
ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da
Indonésia que no Equador.

Quando acontece um El Niño, que


ocorre com uma média de 3 a 4 anos,
os ventos sopram com menos força
em todo o centro do Oceano
Pacífico, resultando numa
diminuição da ressurgência de águas
profundas e na acumulação de água
mais quente que o normal na costa
oeste da América do Sul.
Principais Impactos do El Niño na Atmosfera

Os efeitos do El Niño no Brasil são variados e dependem de cada região. Na maioria


das regiões, a temperatura aumenta. A variação no volume de chuvas varia da
seguinte forma:

a) Região Norte e Nordeste: diminuição da precipitação e secas; agrava a situação


no Sertão nordestino e aumentam as chances de incêndios florestais na Amazônia
(como o que aconteceu no Estado de Roraima em 1998, quando o fogo devastou
pelo menos 15% de seu território);

b) Região Sudeste: aumento da temperatura média.

c) Região Sul: aumento da temperatura média e da precipitação, com ocorrência de


enchentes.
Alguns Impactos na dinâmica atmosférica
La Niña

É um fenômeno oposto ao El Niño e corresponde ao resfriamento anômalo das águas


superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental, formando uma “piscina de águas
frias” nesse oceano. Trata-se de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica
geral da atmosfera, alterando o comportamento climático. Nele, os ventos alísios mostram-se
mais intensos que o habitual, reforçando o fenômeno da ressurgência (afloramento das águas
profundas do oceano – mais frias).
Temperatura do Oceano Pacífico. 14 de Abril

Fonte: http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=8703
Principais Impactos do La Niña atmosfera

No Brasil, os principais efeitos de episódios do La Niña são:

a) Passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul;

b) Temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média


sobre a Região Sudeste durante o inverno;

c) Chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da


Bahia, Sergipe e Alagoas;

d) Tendência de chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;

e) Possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste


do Brasil;

f) Chuvas muito acima da média no leste dos estados da Região Sul;

g) Forte estiagem no Oeste dos estados da Região Sul e no Paraguai.

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