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NA LINGUÍSTICA TEXTUAL
•
Texto e interação - ambientes digitais
Resultados:
1. os leitores leem na diagonal;
•
Observação de um exemplo
• Crônica de Ruy Castro, publicada no jornal Folha de S.
Paulo em 15 de novembro de 2019, e igualmente
publicada em sua versão digital, no site do mesmo
jornal.
Bloco 1 – composto de 1 parágrafo (parágrafo 1) – introduz o
tema: possível prisão iminente de Jane Fonda
Bloco 2 – composto de 1 parágrafo (parágrafo 2) – apresenta Jane
ativista
Bloco 3 – composto de 2 parágrafos (parágrafos 3 e 4 ) – analogia entre o
cronista e a atriz ativista
Bloco 4 – composto de 1 parágrafo (parágrafo 5) – conclusão
Considerações finais
• O plano de texto, ao refletir a organização dos
conteúdos no tecido textual, expõe as intenções de
dizer o produtor e cumpre importante função na
orientação argumentativa.
• O tratamento digital amplia as possibilidades de sentido
• E reforça a orientação argumentativa.
• Inserções reorganizam os conteúdos, propiciando
reforço argumentativo, na medida em que põem em
destaque determinados elementos.
• O texto digital expande o plano do texto, oferecendo
uma ampliação das informações ao usuário
relativamente ao texto offline.
• Se por um lado o plano em si se torna mais complexo no
ambiente digital, por outro, ele cumpre uma função de
simplificação para o leitor.
• A interação também é facilitada no texto adaptado
para o ambiente online e, podemos dizer, estimulada.
• Estabelece-se um diálogo entre texto e usuários, e entre
usuários sobre o texto.
• Cria-se um ambiente propício à interação e à
argumentação.
Muito Obrigada
REFERÊNCIAS
ADAM, Jean-Michel. A linguística textual introdução à análise textual
dos discursos. 2. Ed. revista e aumentada. São Paulo: Cortez, 2011.
BAPTISTA, Dina Maria. A importância do conteúdo na Web: para uma
estratégia de comunicação eficaz. In: A. M. Ferreira, C. Morais, M.
F. Brasete & R. L. Coimbra (Eds.), Pelos mares da língua portuguesa
III. 2017, p.925-944.
BLITVICH, Pilar Carcés-Conejos; BOU-FRANCH, Patricia. Introduction
do Analyzin Digital Discourse: New Insights and Future Directions. IN:
BOU-FRANCH, Patricia ; BLITVICH, Pilar Carcés-Conejos. (Ed.)
Analyzin Digital Discourse New Insights and Future Directions.
Cham, Swtzerland: Palgrave Macmillan, 2019, p.3-22.
CABRAL, A. L. T. Leitura de Textos Multimodais: simultaneidade e
integração na construção dos sentidos IN: Intersecções Revista de
Estudos sobre Práticas Discursivas e Textuais. Centro Universitário
Padre Anchieta Jundiaí/SP Graduação e Pós-Graduação em Letras.
Edição especial temática: texto, interação e multimodalidade. edição
10. ano 6. número 2. novembro 2013. P. 89 – 106.
http://www.anchieta.br/unianchieta/revistas/interseccoes/
interseccoes.asp
REFERÊNCIAS
_______. O conceito de plano de texto: contribuições para o planejamento
da produção escrita. IN: Revista Linha D’ Água. Número 26 , 2013b, p.
241-259. http://www.revistas.usp.br/linhadagua/index
_______. Argumentação na língua e argumentação no texto. Intersecções
Revista de Estudos sobre Práticas Discursivas e Textuais v. 9,
p. 26-40, 2016a.
http://www.portal.anchieta.br/revistas-e-livros/interseccoes/pdf/interseccoes-
ano-9-numero-1.pdf Acesso em 18/12/2019
_______. Texto e Argumentação: escolhas linguísticas, organização textual
e contexto enunciativo. IN: PIRIS, Eduardo Lopes; AZEVEDO, Isabel
Cristina Michelan; LIMA, Geralda de Oliveira Santos. (org.) Anais do III
Seminário Internacional de Estudos sobre Discurso e Argumentação.
Ilhéus: Editus, 2016b. p. 381-391.
CHARTIER, R. A Ordem dos Livros. Leitores, autores e bibliotecas na
Europa entre os séculos XV e XVIII. Brasília: UnB, 1998.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo:
EDUNESP, 1998.
COUTINHO, Maria Antónia. Texto(s) e competência textual. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
REFERÊNCIAS
O IMPACTO DO DIGITAL
SOBRE A TEXTUALIDADE
https://klickpages.com.br/blog/como-criar-uma-pagina-na-internet/
Plano da apresentação
- Postulados da Análise
Textual dos Discursos para a
textualidade: faire texte
- O impacto do digital sobre a
noção de textualidade:
postulados da Análise do
Discurso Digital
- A possível noção de faire
texte para os discursos
digitais nativos
Para Adam e Philippe , há uma questão mais abrangente que implica não se perguntar
sobre O Trata se de se questionar quanto aos fatores que levam um sujeito
escritor ou leitor a ter, acerca de uma sequência de enunciados, um julgamento de
textualidade. A questão “O que é um texto?” arrisca fortemente apenas se deparar com
imaginários do texto datados e limitados a corpora restritos.
Refletir quanto aos fatores que levam um sujeito escritor ou leitor a ter, acerca de uma
sequência de enunciados, um julgamento de textualidade, assim como quanto às
consequências desse julgamento sobre a interpretação de tais enunciados. FAIRE TE TE
(PAVEAU, 2013)
TECNODISCURSO:
Trata-se da dimensão digital dos discursos nativos da internet, ou seja,
produzidos online. São os discursos produzidos pela e na chamada web 2.0, a
web social, a web das redes sociais digitais, mas igualmente os discursos
produzidos anteriormente em fóruns ou outros lugares discursivos, e também
os discursos/dados que constituem o que começamos a chamar de web 3.0.
http://pedagogizando13.blogspot.com/2015/09/como-inserir-
links-em-apresentacoes-do.html
O leitor ou o escrileitor:
Há uma operação simétrica, a da navegação por clique, e a da leitura: a
escrileitura.
O texto é exatamente o que o escrileitor faz com tudo isso no plano, ao mesmo
tempo, semântico e técnico.
Roger Chartier materializa esse read-write, esse ler-escrever com a metáfora da dobra :
Não é preciso considerar a tela como uma página, mas como um espaço em três dimensões,
dotado de largura, altura e profundidade, como se os textos estivessem atingindo a superfície
da tela a partir da parte inferior do aparelho. Consequentemente, no espaço digital, não é o
objeto que é dobrado, como no caso da folha impressa, mas o próprio texto. A leitura consiste,
portanto, em «desdobrar» esta textualidade móvel e infinita. Essa leitura constitui, na tela
unidades textuais efêmeras, múltiplas e singulares, compostas por vontade do leitor, as quais
não são, de forma alguma, páginas definidas de uma vez por todas (CHARTIER, 2005, online).
PADRONI AÇÃO
As restrições tecnológicas da escrita digital atuam
no nível macro: determinismo de formatos dos dispositivos digitais de escrita do texto. Os
diferentes formatos de plataformas distintas como Facebook, Instagram ou Twitter, por
exemplo.
no nível micro: acionamento de elementos de linguagem em contexto digital, os quais
incorporam intrinsecamente uma dimensão técnica a dimensão tecnolinguageira . PAVEAU,
A enunciação editorial (PAVEAU, 2016)
- modo de elaboração plural do texto, marcado por uma forma polifônica enunciativa (várias instâncias, humanas e
não humanas, intervêm), uma hibridização (texto, imagem fixa ou animada, som), a natureza instável e
transformável do texto e suas possibilidades de circulação inéditas (SOUCHIER, 1998).
Os textos digitais apresentam traços específicos quanto a seus modos de produção, que não se deixam
observar do exterior, mas requerem um conhecimento dos dispositivos de escrita e de culturas
digitais, além de competência quanto aos usos e práticas escriturais: os corpora digitais não são, na
verdade, corpora entre outros, mas mais (terrains) terrenos que necessitam a presença do
pesquisador como usuário (PAVEAU, 2015b).
A unidade textual discursiva pode ser construída por meio de percursos de leitura que “a torna texto”.
Koch (2007, p. 33), quando trata da coerência do hipertexto, afirma ser mais
adequado falar de
“um diálogo entre o usuário e o sistema hipertextual, cujo percurso não
pode ser gerenciado pelo produtor no decorrer do processo, mas pode ser
influenciado pela estruturação do hipertexto e pelo uso de suportes de
navegação e de orientação específicos”.