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P,1062 -£ -Hec.Jomal A Tribuna de 3,8.7.73
P,1062 -£ -Dossier atualizado -Amélia
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÜBUCA

DEPENDÊNCIA .?P.^/?5Í^ - „

GERALDO VATORJ!
Cantor de musica popular e compositor.

-HISTC5RICO POLÍTICO-

12.09»1967 - Conforme req^uerimento apresentado pelo vereador Ben ■


jamin Goldenberg no Legislativo Municipal de Santos
o nominado deverá ser convidade para uma conferência
em plenário, sobre a música popular "brasileira e suii
• infiltração na formação da mentalidade político na-
cional. Suas músicas, entretanto, pendem para uma
ideologia de esquerda»
O5.O3-I969 - Está sendo divulgada uma "Carta a Geraldo Vandre",
compasta pelo Cap.Eng.João Batista da Silva Fagun-
des de Itajubá -MG., poema resposta à sua canção do
Festival realizado no RJ=GB. e que tra^i o seguinte
verso: "Soldados perdidos de armas na mao.
No quartel lhes ensinam antigas lições.
De morrer pela Pátria e viver sem razão"...
18.07.1973 - Ao desembarcar de um avião procedente da Europa, fo .
preso no Aeroporto do Galeão, na tarde de ontem,visj-
to que estaT«a sendo procurado pelos órgãos de segu-
rança do País. A prisão deu-se também por ter ele,
no exterior, feito declarações^onsideradaa ofensi-
vas ao BraSil#-Oo Galeão, foi levado para uma unidaf
de militar, onde está incomunicável*

1. C.-S.S.F. -Uod. 27

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SECRETARIA DA SEGURANÇA POBUCA

DEPENDÊNCIA .PPÍ^/P^EX „

OERALDO VANDIlg
Cantor de musica popular e oomposltor»

-HISTÉRICO KJLfTICO-

12«09«1967 - Conforme requerimento apreeentado pelo vereador Ben •


jamin Goldemberg no Legislativo Municipal do Santos
o nomlnado deverá ser convidado para una conferêncii i
em plenário t sobre a música popular "brasileira e sun
Infilti^ção na formação da mentalidade político na-
oionEÚ.. Suas músloasi entretanto, pendem para uma
ideologia de esquerda*
05*03.1969 - Está sendo divulgada uma^^Carta a (Jeraldo Vandre",
composta pelo CaptBng.Joao Batista da Silva ?a^un-
dee de Ita^ubá ^0., poema reapoata â sua canção do
Testival realizado no HJ«GB, e que traa^o seguinte
verso: "Solãadcs perdidos de armas na mao* ^
No quartel lhes ensinam antigas lições,
iJe morrer pela Fatrla e viver sem razão"***
18*07*1973 - Ao desembarcar de um avião procedente da Europai fo
preso no Aeroporto do Galeão 1 na tarde de ontem,vis-
to que estave sendo procurado pelos órgaoa de segu-
rança do Fafs* A prisão deu-se tambán por ter ele,
no exterior, feito declarações«conslderadafl ofensi-
vas ao BrafilLp»Do Galeão, foi levado para uma unida-
de militar, onde está incomunioável*

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o •■ Ao desembarcar do um avião procqfleiito da Enropa, foi
preão 00 Aeroporto do Gole&o, na tarde de ontem, o cantor
e compositor Oersldo Vandré, que estava sendo procurado
pelos drgfios de segurança do Pats.
GO A prisão do cantor, segundo Wntes da Polida Federal,
ded-se também por ter ele. no extwlo^^lto declarações
consideradas ofensivas ao Brasil. O artilIB7dQ Galeão, foi
levado para nnu unidade militar, onde est& lucomtmlcável.i
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
n - EXÉRCITO - 2.' R M QUARTEL GENERAL EM SANTOS. SP.
CMDO ART COS AAé/2.' RM
QUARTEL GENKRAL EMM.. DE M.^P- DE 19.69:,
EMG — 2.' SEÇÃO

2. ORIGEM :-
3. DIFUSÃO:- J)OP3-DP]?-6a(MOQB!ll-2«B0-3"BlA O 009-BIA OMDO/IW-^I B P «
4 REFERÊNCIA*?^ BOBSOS-B AaHBâ-U«A<!Paa-P01i Mâ» «-00SIPA-HÍ»-0IÍ9,

5. ANEXO:- Z'^. EgenalaroB

INFORMAÇÃO n: 93 -E2

~ Semett-aa oom a presante ITIFCir^QSo» o6pia Intef^ral do poona


de autoria do Oop JOKo BAXZSTÂ CA SILVA FAOainXESi de ZIAJUBA *

- A fi3 de popularizar o poona êle foi taiabfe de3dol)zado on «


BOis partea^ oujaa oóplEia aQ£?aem tamb^n am ansxo*
•> Süli.clta<*«e dlatrlbuir as oóplaa entre o pdblioo eictemo (oj^
Tis asdsos) e solloltar^S^es a oolaboxagão no sentlão do dlvi^
gar o pooiaa e da^uelec ^ue pof^asam ô o desejam, reprodução par»
xa distribuição* •
CÁRTÁ A GERALDO VANDRÉ «Soldados perdidos de armas na mão.
No quartel lhes ensinam antigas lições.
De morrer pela Pátria e viver sem razão»...
1. Eu sempre gostei da arte No meio daquela gente GERALDO VANDRÉ]
Da música e do violão! Que sofre mais do que chora. Com ares lá do Calvário Levando vidinha ingrata
Por isso peco atenção 6. Levei à Amazônia as cores Fazer da asneira um hinário Sem água. sem luz, sem pão
Ao pobre e singelo apairte. Do nosso Verde e Amarelo. Em nome de^ta Nação... Pregando a «velha lição»
Que mando cá desta parte Fiz nosso Brasil mais belo 11. Não temos veihas lições Que aquilo é terra da gente
Do fundo do coração No passo dos meus tratores. No culto da tradição. E alguém prerisa ir à frente
Ouvindo a tua canção Semeei milhares de flores Pois ela forja a Nação Porque milhares não vão.
Que fala sobre os soldados Em terra virgem nativa O povo das multidões. 16 Alguém precisa ter raça
E julgas — pelo teu lado Que a gente verde oliva Mas tuas fracas canções Porque milhares não têm!
«Perdidos de armas na mão.. .* Pisava por vez primeira Não sentem que esse argumento. Alguém precisa também
2. E vendo a toada bonita Levando junto à Bandeira É chama, é calor, é alento Zelar por toda es1j massa.
Que deste ao Maracanã Mensagem mais do que altiva. É tudo nos bons ideais Antes que a voz oa desgraça
Não pude ficai' teu fã 7. Semeei milhões de dormentes Dos bons soldados leais Espalhe cantos liestiais
No meio de tanta grita, Sulcando brasiüdade. Que ofendes neste momento. E à sombra dos festivais!
Pois eu conheço a desdita Fiz coisa que na verdade 12. Nação é povo idealista Cultivem gritos de guerra
Ao longo desta Nação Nem eram fiara um tenente! Nação_ — é feita de idéias. Fazendo de nossa terra
E sei que as armas na mão Fiz partos e arranquei dentes... Não sa» cantigas banais Sepulcro dos bons ideais.
Não andam sem resultado. Dei auias, semente e pão. Das folhas de luna revista. 17. Por isso faz heresia
Bendigo todo o soldado Do povo — fiz a Nação Ninãüém de pequena vista Quem julga velha lição
Que cruza o nosso toiTão. E agora vem um VANDRÉ Verá fundamento ou graça Que foi-me posta na mão
8. Não vi soldados perdidos Dizendo que é tudo em vão! Nas coisas que dão à raça Nos bancos da Academia.
Q Na vastidão deste chão, 8. Por isso sem ter violão Sabor de grande nação E hei de senlir um dia yj
Se existem armas na mão Também fabrico protesto Sao coisas que o teu violão De ver meu Brasil de pé f-^N
Si Também existem bandidos...
Gente que perde o sentido
Pois vejo nessfí teu gesto
Pobreza de coração... 13.
Não troca pela cachaça...
^ nunca viste outra frente
Embora vários VANDRÉS
Se ponham no seu caminho
Banhada em tola vaidade Que lança só confusão »m ser a do Castelinho... Tentado lançar espinhos
E muito cedo se invade No meio do povo inculto Por entre copos de vinho Nas flores da nossa fé.
Por cantilenas descrentes Mas nada constrói de vulto For entre uísque fluente. 18. As flores que não mataste
Falando em nome de gentes Olhando a tua Nação Mal sabes que toda a gente Quando pisaste sobre elas
Que nunca viu de verdade! Que te dá paz, luz e pão «Perdidas de annas na mão». Pois são mais fortes e belas
4. Andei por vales e serras Enquanto bradas estulto. É que te assegura o pão Que aquelas que lá semeaste.
Sertões, caatingas e matas... 9. Que trazes junto contigo Do filho de papai rico As tuas nascem sem haste
Não trago o ouro nem prata... Além do violão e o ouro? E evitam calar teu bico Sem brilho, sem luz, sem nada
Do fundo de tantas terras. Cantando com tal desdouro De arauto da ingratidão. As minhas nascem doui-adas
Fui muito feliz na guerra Quem nunca negou-te abrigo 14. Coitado de ti. meu filho Com muito mais fundamento
E fiz gigantesca obra Quisera ver-te comigo Que enterra nobre alento Deixando as tuas ao vento
A qual me deixa de sobra No fundo lá das fronteiras! Com gi-itos, stm fundamentos Na poeir» da minha estrada.
Bom saldo na vida eterna LevEmdo a nossa Bandeira Que tanto te ofusca o brilho. 19. Desculpa se de meu pôsts
Pois trago a marca na perna A terra de gente nossa. Tu nunca viste- em teu brilho Respondo como soldado,
De três picadas de cobra... E ver se ainda essa bossa O pranto, a tristeza, a dor Não pude ficar calado
5. Vibrei de emoção um dia ladrava dessa maneira. Rodcmdo em rico motor Com tal ofensa no rosto.
Ouvindo um primeiro trem 10. Que sabes tu de pobreza? Com Sol e praia por lema: Senti profundo desgosto
E gente que o viu também Que sabes tu de Nação? O Sol de lá de Ipanema Nos gritos da multidão
Chorava ali de alegria. Se os passos que dàs no chão A praia lá do Arpoador... E vi que as armas na mão
E em cada apitar sentia Nem sempre vêm com firmeza. 15 Enquanto aumentas a prata Não podem ficar de lado
O raio da nova aurora Jamais sentisie na mesa Na pompa dos festivais Bendigo a voz do soldado
Dos novos Brapis que agora, A falta do vinho e o pão Hã gente boa demais Que faz de um povo — a Nação!
Surgiam naquelas frentes E agora vens ao violão Lutando por entre as matas
(Itajnbá, M.G. — 10-11-68
João Batista dn Sih'a Fagundes
Capitão Engenheiro).
Registro Geral N. i Prontuário N.°.

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

DELEGACIA
^

Nome:.

Data

Vulgo

Local:
S.Q.' l-fiB - S.A.O. - S.3.P. - EU.000

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