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PERIODIZAÇÃO
(gênese) (auge/declínio)
V --------------------------X---------------------------XV (Obs: Esta periodização varia)
(Alta) (Baixa)
O Feudalismo é o resultado da amalgamação de elementos romanos e elementos germânicos favorecidos pela Igreja: nova
síntese.
· Elementos Estruturais: romanos e germânicos (patrocinium, colonato, comitatus, villae, benefício, etc)
· Elementos Conjunturais: Expansão Islâmica e Império Carolíngio.
EXPANSÃO ISLÂMICA
ORIGENS
Foi na Península arábica, onde 5/6 do território equivale a áreas desérticas, que a civilização islâmica teve suas
origens. O clima é extremamente quente e seco.
Seus habitantes são de origem semita, viviam em tribos, mas estas não eram unidas politicamente. Eram
aproximadamente 300 tribos divididas entre beduíno e tribos urbanas.
Tribo beduínos: eram seminômades que vagavam pelo deserto em busca de um oásis para seus animais. Viviam
em constantes guerras, fazendo dos saques um dos recursos de sua sobrevivência.
Tribo urbana: estabeleceram-se na faixa costeira do Mar Vermelho e sul da Península, onde o clima era mais
favorável para sobreviverem. Dedicavam-se ao comércio e tinham as caravanas de camelos, que transportavam produtos do
Oriente para regiões do Mar Mediterrâneo.
A união árabe , começou a partir do século VII, a base desta união foi a religião. Onde Maomé fundou o Islamismo,
no qual usava as guerras santas para expandir as fronteiras do império.
PERÍODO PRÉ-ISLÂMICO
Foi nessa época que habitavam na península arábica, tanto os árabes beduínos como os árabes urbanos.
Na região dos árabes urbanos, surgiram cidades como MECA e IATREB (MEDINA), que se tornaram grandes
centros comerciais. Até o século VII, os árabes não eram unidos politicamente, mas tinham pontos em comum, Por exemplo:
o idioma árabe e as crenças religiosas. Nesse período eles eram politeístas, tendo umas 360 divindades.
Mas para unir as várias tribos , em Meca foi construído um templo religioso, a Caaba ( casa de Deus), com as
principais divindades.
Na Caaba, encontrava-se a Pedra Negra, que de acordo com a crença, veio do céu pelas mãos do anjo Gabriel.
Com todas essas atrações , estas cidades prosperam rápido.
PERÍODO ISLÂMICO
Maomé era membro da tribo coraixita ,de família pobre, nasceu em Meca e desde jovem participava nas caravanas
comerciais pelo deserto, com tudo isso, ele teve contato com as várias crenças religiosas da região além do judaísmo e do
cristianismo, ambas monoteístas.
Em suas pregações, Maomé condenou os ídolos da Caaba, pois havia somente um único deus . claro que isso não
agradou nenhum pouco os sacerdotes da Caaba, que logo trataram de persegui-lo, obrigando Maomé fugir para Iatreb (futura
Medina), em 622.
Essa fuga ficou conhecida como hégira, e marca o início do calendário mulçumano.
Em Iatreb (Medina) Maomé se popularizou e organizou um exército que conquistou Meca e destruiu os ídolos da
Caaba, em 630.
Depois disso , Maomé, espalhou o Islamismo por toda a Arábia, unificando as tribos pela religião (Islamismo)
Esse termo , islamismo, quer dizer ‘’submissão a Alá’’. Tem por base o Alcorão, livro sagrado dos mulçumanos.
1. Aceitar Deus (Alá) como único e Muhammad (Maomé) como seu único profeta;
2. Dar esmola de no mínimo 2,5% (Zakat) de seus rendimentos para os necessitados;
3. Tendo recursos, peregrinar a Meca ao menos uma vez na vida.
4. Realização diária das orações (5 vezes);
5. Desenvolver a paciência e reflexão efetuando jejuns durantes os meses do Ramadã.
Após a morte de Maomé, a religião sofreu algumas divisões. As mais destacadas são:
SUNITAS: para eles o Califa deve ter virtudes morais com honra, respeito, trabalho, mas também deve reconhecer
suas falhas em ações. Aceitam o Alcorão como livro sagrado e também as Sunas, livros de tradições recolhidas com os
companheiros de Maomé.
XIITAS: para eles a chefia do estado só pode ser ocupada por um descendente legítimo de Maomé. Para eles o
chefe da comunidade islâmica, Imã, é inspirado diretamente por Alá, logo ele é infalível.
Os fieis devem obediência ao Imã. Aceitam somente a Alcorão como base de seus ensinos.
Hoje, os seguidores xiitas habitam principalmente no Irã e no Iêmen. Os sunitas predominam nas demais regiões.
O quadro abaixo esclarece mais:
· Grupo islâmico que segue os ideais do · Os califas são escolhidos pelo povo.
tio de Maomé, Ali; · Dependem das decisões do califado;
· Os fieis dessa dissidência são mais · Radicalismo varia de acordo com o califa;
independentes em relação aos Sunitas; · Grande importância à peregrinação a
· Radicalismo; Meca
· Valorização a peregrinação a Meca e a · Afirmam ser a continuação da obra de
outros centros religiosos. Maomé.
Maomé com a criação do Estado mulçumano, fez um estado de governo teocrático, ou seja , com se fosse
governado por inspiração divina. Este governo foi ampliado pelas conquistas militares.
Os califas, começaram a governar após a morte de Maomé, em 632. estes passaram a terem poderes religioso,
político e militar.
1ª FASE( 632-661)
Os califas eleitos, que sucederam Maomé, conquistaram a Pérsia, Síria, Palestina e Egito.
2ª FASE( 661-750)
Nessa etapa os califas Omídas, tomaram conta da política. A chefia tornou-se uma monarquia hereditária, com
sede em Damasco.
As conquistas foram desde o noroeste da China, passando pelo norte da África indo até quase toda península
Ibérica.
Mas devido alguns atritos sociais e econômicos, gerou-se uma crise na dinastia Omíada.
nessa etapa, aparece a dinastia Abássidas, marcada pela invasão Persa ao mundo islâmico. A cidade de Bagdá
tornou-se a sede.
Com eles as conquistas avançaram pela Europa e sul da península itálica. Mas devido as crises internas e externas
acabou havendo a formação de estados independentes, como Córdoba ( Espanha) e Cairo ( Egito).
Uma coisa que talvez deve ter sido o motivo do fim de tantos impérios, e que no islâmico não deve ter sido diferente
foi as disputas de poder entre seus governantes, desde o século VIII, as rivalidades dos califas levaram à divisão do império,
com formação de estados independentes.
Também houve os fatores externos. Os povos conquistados começaram a reagir contra a dominação árabe.
ECONOMIA
O comércio teve maior destaque nas cidades . os mulçumanos criaram meios jurídicos para o comércio, como
cheques, letras de câmbio e recibos. Realizaram negócios em várias regiões do mundo. Tanto pelo Mar como por terra.
Na agricultura, os mulçumanos desenvolveram uma variada produção agrícola em diversas regiões do país. As
terras foram melhoradas devido as grandes obras de irrigação. As lavouras mais destacadas foram: açúcar, trigo, algodão,
arroz, cana-de-açúcar, entre outros.
Nos principais centro do império, havia cientistas e filósofos, alquimistas que em busca da pedra filosofal,
desenvolveram estudos de grande importância nos campos da matemática, física, química, com o descobrimento de
substâncias como o álcool, na medicina , com novas técnicas cirúrgicas e causas de moléstias como o sarampo, e na
filosofia, com os estudos das obras de Aristóteles
IMPÉRIO CAROLÍNGIO
INVASÕES BÁBARAS
Os povos germânicos contribuíram muito para o fim do império Romano do Ocidente. entre estes povos estavam:
Francos,Lombardos,Visigodos,Ostrogodos, Anglos, Saxões,Vândalos,Suevos e Burgúndios.
Estes povos eram chamados b árbaros, porque tinham costumes sociais, políticos e econômicos diferentes dos de
Roma. Além de usarem idiomas diferentes do grego e do romano.
» migrações: eram incentivados pelos romanos que visavam os jovens germânicos para reforço no exército no
controle das fronteiras.
» Invasões: feitas de maneira violenta, com intenção de expulsar os romanos e tomar suas terras.
As migrações foram durante os séculos III – IV. As invasões já foram mais adiante , a partir do século V.
Um dos fatores que impulsionaram as invasões germânicas foi a chegada dos hunos ( mongóis) à Europa. Estes
vindo da Ásia , começaram a invadir vários territórios germânicos, obrigando-os a entrar no domínio Romano.
Os hunos aniquilaram os Ostrogodos em 375. e logo em seguida os Visigodos. Para fugir deles o chefe dos
visigodos pediu permissão ao imperador romano para entrar no seu território. Esta permissão foi concedida e para
arrependimento do imperador romano, os germânicos entraram e saquearam e destruíram muitas das cidades e aldeias
romanas.
A maioria dos reinos bárbaros tiveram vida curta. Somente os Francos conseguiram se organizar, estruturar e
expandir seus domínios.
REINO FRANCO
Os francos já faziam incursões desde o século II, no território da Gália, que era do império romano. A diferença
deles para os outros povos bárbaros foi justamente a sólida estrutura política que ajudou na expansão.
Algumas dinastias se destacaram. A primeira foi a Merovíngia. Foi nesta que começou a expansão do império
Franco. Anexando vários territórios vizinhos. Seu rei Clóvis(482-511), converteu-se para o cristianismo e promoveu uma
aliança com a igreja.
Isso favoreceu ambas as partes. Pois de um lado o Papa fortaleceu o poder do rei e por outro o Papa teve o
apoio político e militar contra os imperadores bizantinos.
Clóvis, era neto de Meroveu ( primeiro líder dos francos). Depois da morte de Clóvis, seus quatro filhos dividiram o
reino , enfraquecendo-o politicamente. A reunificação só ocorreu no reinado de Dagoberto( 629-639).
Mas seus sucessores, não foram muito exemplares como governantes. Não estavam tão preocupados com a
administração do reino, levavam uma vida desregrada, em prazeres e divertimento, por isso passaram a ser conhecido
por reis indolentes.
Na prática quem governava o reino era um alto funcionário da corte, o prefeito do palácio ou mordomo do paço .
este sim desempenhava o papel de verdadeiro rei.
O mais famoso deles foi Carlos Martel (714-741), que conseguiu deter a invasão mulçumana na Europa, vencendo-
os em Poiters, em 732.
Após sua morte, seus poderes políticos foram passados a seu filho, Pepino, o Breve. Em 751, ele destronou o rei
Childerico III, o último rei merovínio e fundou a dinastia Carolíngia.
Foi reconhecido rei pelo Papa. por isso lutou contra os lombardos, povo que ameaçava o poder da igreja. Na vitória
cedeu o território de Ravena e reforçou o poder temporal da igreja. Isso tudo deu origem ao Patrimônio de São Pedro, que se
tornou o estado da igreja católica.
O império carolíngio não tinha sede fixa. Ela era onde o rei e sua corte se encontravam. Embora a cidade onde o rei
passava mais tempo era Aquisgrã,no palácio das fontes de águas quentes.
Em 768, Carlos Magno, assumiu o trono e governou até 814. realizou muitas conquistas, expandindo as fronteiras
do império. Com isso Carlos garantiu a dependência entre poder central e nobreza. Porque parte das terras conquistadas
eram doadas à aristocracia (beneficio) que por sua vez tinha um compromisso de lealdade para o rei-suserano.
As vitórias de Carlos Magno expandiram não só seu território mas também a fé católica sobre as outras religiões.
O êxito de suas conquistas teve o apoio da igreja. Em 800, Carlos Magno recebeu do Papa Leão III a bandeira de
Santo Sepulcro, sendo aclamado ‘’ imperador dos romanos’’. Seu reino foi o mais extenso da Europa Ocidental.
Para administrar um império tão grande , Carlos Magno estabeleceu muitas normas escritas, as chamadas
capitulares, que funcionavam como leis.
» Condes: responsáveis pelo cumprimento das capitulares e pela cobrança de impostos dos condados,ou seja,
territórios do interior;
» Marqueses: cuidavam dos territórios situados na fronteira do império, ou seja, das marcas.
» Missi-dominici: inspetores do rei, que viajavam por todo o reino para fiscalizar a atividade dos administradores
locais.
Carlos Magno preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural de seu reino. Então ele , apoiado por
intelectuais, abriu escolas e mosteiros, apoiou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Seu governo foi marcado por atividade intelectual nas áreas das letras, artes e educação. Isso foi chamado de
Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e transmissão da cultura da antiguidade clássica.
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o governo passou para seu filho Luis,O Piedoso, que permaneceu no
poder até 841. Isso mostra que o grande reino de Carlos Magno não durou muito. Porque já com os seus netos começaram
as disputas.
Seus netos eram: Lotário, Carlos o Calvo e Luis o Germânico. Depois que esgotaram o império os irmãos assinaram
o Tratado de Verdum (843).
A Luis coube a França Oriental( atual Alemanha); Carlos herdou a França Ocidental
(atual França); Lotário ficou com o território do centro da atual Itália até o Mar do Norte, que se chamou Lotaríngia.
Essa divisão do poder real e do território foi acompanhada de uma crescente autonomia e independência dos
Condes.
A parte que ficou com Luis deu origem a um novo império, o Germânico. Até o século X, os grandes senhores
feudais daquela região eram fiéis aos descendentes de Carlos Magno. Após o fim da dinastia Carolíngia, a Germânia passou
a ser controlada por cinco famílias , onde o poder das terras ficaram divididas em cinco ducados: Saxônia, Lorena, Francônia,
Baviera e Suábia. Entre estes reis não havia sucessão dinástica.
Os reis germânicos continuaram na tradição Carolíngia e aliaram-se ao Papa, levando o nome do império para
Sacro Império Romano- Germânico. Este império durou até o início do século XIX, quando foi destruído pelas guerras
napoleônicas.
E assim mais um império desaparece, deixando para as gerações seguintes sua cultura e personagens importantes
para serem estudados e assim lembrados mais uma vez.
A principal unidade de produção era o feudo, originalmente = sustento. O feudo era assim dividido:
Características medievais:
ECONOMIA AUTÁRQUICA
AS OBRIGAÇÕES SERVIS
§ Corveia – dias de trabalho compulsório nas terras do senhor, ou seja, a corveia era o trabalho gratuito nas terras do
senhor (manso senhorial) em alguns dias das semana..
§ Talha – entrega de parte da produção do servo, ou seja, a talha correspondia a uma porcentagem da produção das
tenências.
§ Banalidades – pagamento pela utilização dos instrumentos do senhoril. (forno, moinho, lagar, etc)
§ Capitação: imposto pago por cada membro da família servil (por cabeça)
§ Tostão de Pedro: imposto pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local.
§ Mão-morta: tributo cobrado na transferência do lote de um servo falecido a seus herdeiros.
§ Formariage: taxa cobrada quando o camponês se casava.
§ Albergagem: obrigação de alojamento e fornecimento de produtos ao senhor e sua comitiva quando
viajavam.
§ Censo ou foro: pagamento anual, em dinheiro, que correspondia a uma espécie de aluguel da terra.
§ Champart: pagamento de uma porcentagem da produção da terra arroteada, ou seja, uma terra que se
tornara arável devido ao esforço do servo.
§ Dízimo: 10% da produção agrícola, pago à Igreja, mas que muitas vezes era recolhido e embolsado pelo
senhor feudal.
A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA
1) (nobre suserano) - Vassalo (nobre)
2) Ato de Fé e Homenagem
3) Vínculos Militares
4) Rei: senhor entre os senhores.
1) Crise demográfica
2) Inovações técnicas
3) Expansão europeia – CRUZADAS (1096-1270)
As Cruzadas
1) Renascimento Comercial
a) mercadores =- feiras
b) guildas e hansas
c) corporações de oficio
2) Renascimento Urbano
3) Centralização Política
PESTE
FOME GUERRA
Jacqueries: revolta de camponeses. (possuem caráter antifeudal)
Lembretes:
Ø A expressão Idade das Trevas quando referida à Idade Média é imprópria uma vez que foi criada na Renascença.
Os renascentistas forjaram tendenciosamente esta visão por defenderem outros valores culturais que não os
defendidos na época medieval.
Ø Bárbaro: era todo aquele que vivia além do limes do Império romano. Aquele que não tinha a cultura romana.
Assumiram particular importância os germanos, habitantes da Germânia
Os principais grupos bárbaros:
§ Tártaros-mongóis: de origem asiática compreendiam as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, húngaros etc.
§ Eslavos: oriundos da Europa oriental e da Ásia, compreendiam os russos, poloneses, tchecos,, sérvios etc.
§ Germanos: de origem indo-europeia, compreendem os visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões,
francos, borgúndios, lombardos, vândalos, suevos, alamanos, jutos, frisões etc.
Como viviam? Sua economia era agrícola, pecuária, pilhavam, terras coletivas, não conheciam a noção abstrata de Estado
organizado, a base social era a sippe, casamento monogâmico, baseava-se no comitatus, religião politeísta, direito
consuetudinário, wergeld
Ø Não esqueça! as características do feudalismo são: Fragmentação política, sociedade estamental, economia
predominantemente agrária e autárquica quase totalmente amonetária, comércio reduzido, sociedade teocêntrica,
mentalidade fortemente cristã, sociedade baseada em laços de dependência pessoal entre homens.
A principal técnica adotada na Baixa Idade Média foi a agricultura dos três campos (rotação de culturas) que evitava o
esgotamento do solo, mantendo a fertilidade da terra.
Ø A relação de suserania e vassalagem é uma relação horizontalizada (relação feudo-vassálica) e a entre senhor e
servo é verticalizada (relação servil)
Ø Servos são diferentes de escravos. o escravo é uma mercadoria o servo é preso à terra, não pode ser retirado e
vendido.
Ø Vilões – Viviam nas vilas e aldeias e não estavam presos a terra. Trabalhavam para os Senhores Feudais
Ø com liberdade, em troca de proteção e recebiam um tratamento menos duro que os servos.
Ø Ministeriais – Funcionários dos Senhores Feudais encarregados de cobrar impostos.
Ø Com a queda do Império Romano do Ocidente (476), a Europa ocidental se enfeudou diferindo do Império Romano
do Oriente (Império Bizantino)
Ø O livro sagrado da religião islâmica é chamado Alcorão que é composto por 114 capítulos que traduzem a
mensagem de Deus enviada a Maomé, porém, nem sempre foi assim, antes da revelação maometana, os povos
árabes professavam a fé no politeísmo onde tinham um centro de peregrinação e veneração aos 360 deuses
chamada Caaba.
Aula nº 4 – O Estado Nacional e o Absolutismo.
Agora vamos estudar a Idade Moderna iniciada a partir do século XV, com a desagregação do Feudalismo, mas ainda
precisamos dar uma olhadinha na Idade Média para melhor compreendermos o novo período.
· poder particularizado.
· laços de dependência pessoal.
· caráter simbólico do poder real.
· fragmentação político-territorial.
A partir dos séculos XV e XVI surgem as Monarquias Nacionais assumindo novas características:
· centralização e unificação administrativa, com a eliminação da autonomia dos poderes locais e das cidades.
· formação de uma burocracia, isto é, um grupo de pessoas especializadas nos negócios administrativos;
· formação de um exército, normalmente composto por mercenários;
· arrecadação de impostos “reais”, necessários para custear as despesas com o exercito e a burocracia;
· unificação do sistema de pesos e medidas, destacando-se a unificação monetária;
· imposição de uma justiça real, que se sobrepõe à justiça senhorial.
‘Marketeiros” Políticos
A teoria do direito divino dos reis foi formulada principalmente por Jean Bodin e Jacques Bossuet. O poder real, por ser de
origem divina, era sagrado. Revoltar-se contra o rei equivalia a revoltar-se contra Deus, cabendo, pois, ao súdito, apenas o
papel de obedecer passivamente à autoridade real.
A teoria do contrato social afirma que no momento da criação do Estado, operou-se um contrato entre governantes e
governados. Hugo Grotius afirmava que os homens aceitavam submeter-se a uma autoridade soberana porque
compreendiam as vantagens naturais que uma sociedade ordenada e pacífica representa. Thomas Hobbes advogava a
necessidade de um governo forte com vistas à manutenção da paz e da ordem e para evitar que o homem se tornasse lobo
do próprio homem.
O florentino Nicolau Maquiavel é um nome que se destaca nesse período, em função das concepções políticas que
desenvolveu na obra “O Príncipe”. Parte ele do princípio de que não deve haver limites de ordem ética ou moral às ações do
Príncipe. Todos os meios que o soberano empregar, visando manter a vida e o Estado, são válidos por definição.
As reflexões acerca da natureza do Estado Absolutista tem gerado inúmeras divergências entre estudiosos do tema.
Perry Anderson afirma que: “Durante toda a primeira fase da época moderna, a classe dominante- econômica e
politicamente - era, portanto, a mesma da própria época medieval: a aristocracia feudal”. O absolutismo foi um mecanismo de
dominação feudal, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social tradicional, a despeito e contra os
benefícios que elas tinham conquistado com a mudança alargada das suas obrigações. O autor vai dizer que o Estado
absoluto foi uma nova carapaça política de uma nobreza atemorizada. A monarquia absoluta foi uma forma de monarquia
feudal diferente da monarquia de suserania feudal que precedera; mas a classe dominante permaneceu a mesma, tal como
uma república, uma monarquia constitucional, e uma ditadura fascista podem ser todas formas de dominação burguesa” o
autor só alerta para o perigo do anacronismo destas comparações ressaltando a importância de analisar cuidadosamente tais
afirmações.
Os mecanismos de apropriação dos excedentes uniam a exploração econômica e a coerção político-legal nos universos das
aldeias. Com o desaparecimento do poder dos senhores feudais era inevitável com o fim da servidão, portanto, daí este
deslocamento da coerção político-legal, de sentido ascendente, para uma cúpula centralizada e militarizada: o Estado
absolutista. A realidade absolutista foi marcada por rupturas e conflitos intensos dentro da aristocracia feudal.
Estes modelos de monarquias representaram instrumentos modernizadores para a manutenção do domínio da nobreza sobre
a massa camponesa. Porém, a burguesia mercantil já vinha se desenvolvendo nas cidades medievais. Foi a presença deste
terceiro segmento da sociedade europeia, segundo Perry Anderson, que inviabilizou um processo semelhante ao que
aconteceu com os campesinos do lado oriental, esmagando a sua resistência e amarrando-o ao domínio.
Diz Perry Anderson: “Assim, quando os Estados ab solutistas se constituíram no Ocidente, a sua estrutura foi
fundamentalmente determinada pelo reagrupamento feudal contra o campesinato, após a dissolução da servidão; mas foi
secundariamente sob re determinada pela ascensão de uma b urguesia urbana que, no termo de uma série de progressos
técnicos e comerciais, desenvolvia agora manufaturas pré-industriais numa escala considerável”.
Lembretes:
§ Absolutismo
§ Mercantilismo
§ Sociedade estamental
§ Colonialismo
Ø O poder dos reis era exposto como emanado diretamente de Deus, justificado através da Teoria do Direito Divino
dos Reis.
Ø A centralização política, a autoridade monárquica e a formação dos Estados nacionais, no início da Idade Moderna
foram favorecidas pela militarização do rei e por sua aliança com mercadores e comerciantes.
Ø Para Nicolau Maquiavel as ações do Príncipe não devem ter limites de ordem ética ou moral. Todos os meios que o
soberano empregar, visando manter a vida e o Estado são válidos por definição.
Ø A formação das Monarquias Nacionais não foi um processo que se limitou apenas ao período de transição do
feudalismo ao capitalismo. Exemplo disso foi a consolidação dos Estados Nacionais italiano e alemão que somente
se completou na segunda metade do século XIX.
Ø Essa é importantíssima: é imprescindível não perder de vista que o emergente Estado Moderno, que toma a forma
de Monarquia Nacional, representa a exigência de uma regulamentação jurídica para os conflitos sociais que se
desenvolviam. Esse Estado, cuja evolução culmina no Estado Absolutista, continua sendo a expressão da
hegemonia da nobreza que, através da reorganização estatal, reforçou sua dominação sob re a massa camponesa.
Ø A crise do século XIV foi superada pelos europeus a partir de dois fatores. O primeiro você acabou de aprender – a
formação dos Estados Nacionais – e o segundo você estudará nas próximas aulas, foi o Expansionismo Marítimo-
Comercial (Grandes Navegações dos séculos XV/XVI).
Bom Estudo!
Profª Shirley
Aula nº 5 – O Expansionismo Marítimo-Comercial
Estão lembrados da Crise do Século XIV? Aquela que precipitou a desagregação do Feudalismo? Pois bem, esta crise foi
superada pelos europeus a partir de dois fatores. O primeiro você já estudou – a formação dos Estados Nacionais – e o
segundo você estudará nesta aula, foi o Expansionismo Marítimo-Comercial (Grandes Navegações dos séculos XV/XVI)
O expansionismo marítimo-comercial europeu, dos séculos XV/XVI, deve ser entendido como um elemento fundamental no
processo de transição do Feudalismo ao Capitalismo. O expansionismo foi um dos fatores que possibilitaram aos europeus
superar a crise econômica do século XIV. As razões do expansionismo encontram-se, portanto, nas condições determinadas
por aquela crise: falta de metais preciosos para a cunhagem de moedas, diminuição da população devido à fome e Peste
Negra, falta de terras para o cultivo na Europa. Tornava-se necessária, assim, a incorporação ao domínio europeu de novas
áreas produtoras de metais, além da ampliação das rotas comerciais.
A formação dos Estados Nacionais é outro fator básico para se compreender o processo expansionista. Apenas um Estado
centralizado teria condições de gerar recursos financeiros e humanos necessários a uma empresa de tal porte. A expansão
europeia dependeu, também, de grandes modificações técnico-navais exemplificadas pela invenção da caravela,
aperfeiçoamento da bússola, do astrolábio, do quadrante e dos portulanos (cartas geográficas marítimas).
Portugal foi a nação pioneira no expansionismo. Os fatores mais significativos para explicar esse pioneirismo são:
1) Centralização política precoce: a formação do Estado Nacional Português, no século XII, consolidando-se em 1383/85
com a Revolução de Avis, quando a burguesia lusa conseguiu elevar ao trono D. João de Avis (rica família de
armadores). Identificados com os interesses da burguesia, os reis da dinastia de Avis impulsionaram a expansão;
2) a existência de uma poderosa e ambiciosa classe burguesa, que se desenvolveu em Portugal em razão da participação
ativa nas transações comerciais que envolviam o comércio de especiarias. Portugal estava a meio caminho entre o
comércio mediterrânico e o que se desenvolvia nos mares Báltico e do Norte;
3) o progresso náutico mais intenso, devido à presença, na “Escola de Sagres”, de um grande número de pessoas
diretamente envolvidas com as atividades marítimo—comerciais.
4) Aperfeiçoamento da bússola, caravela e astrolábio.
5) Crise econômica.
6) Posição geográfica privilegiada.
A Expansão Espanhola
A notícia da viagem de Colombo e de sua chegada a um território (pouco depois denominado América) trouxe preocupações
à Coroa Portuguesa: poderiam as viagens espanholas atrapalhar o projeto luso de atingir as Índias contornando a África? As
dúvidas ficaram maiores quando o Papa Alexandre VI resolveu estabelecer um meridiano a 100 léguas de Cabo Verde para
delimitar as terras que pertenceriam à Espanha (Bula Inter Coetera, de 1493).
A Coroa Portuguesa pressionou a Espanha e se chegou a um Tratado, assinado na cidade de Tordesilhas (1494),
transferindo o meridiano de 100 para 370 léguas a oeste de Cabo Verde.
3
Consequências da Expansão Marítima:
§ Revolução Comercial: deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; incorporação das áreas
do continente americano e do litoral africano às rotas já tradicionais do comércio entre Europa-Ásia; declínio do
comércio das repúblicas italianas (perda do monopólio do comercio das especiarias) e ascensão de potências
mercantis atlânticas; grande afluxo de metais preciosos da América para a Europa; fortalecimento da burguesia.
§ Fortalecimento dos Estados Nacionais Europeus.
§ Desenvolvimento do tráfico de escravos da África para a América.
§ Extermínio de grupos e nações indígenas da América.
§ Europeização das áreas conquistadas.
Lembretes
Ø A formação dos Estados Nacionais foi pré-requisito para a Expansão: só um Estado centralizado teria condições de
gerar recursos financeiros e humanos para tal empreendimento.
Ø Portugal foi o pioneiro nas navegações porque se constituiu Estado Nacional ainda no século XII, consolidando-se
em 1383/85 com a Revolução de Avis.
Ø A Espanha foi a segunda nação ibérica a navegar, somente após ter se livrado dos mouros que ainda estavam em
Granada.
Ø “Navegar e preciso, viver não” era a máxima deste período.
Ø A expansão portuguesa pode ser visualizada através do mapa. É o chamado “Périplo Africano”, ou “rota oriental”.
Vamos estudar nesta aula a colonização hispânica. Ao contrário da francesa e inglesa, foi a própria Coroa Espanhola a
grande articuladora nas áreas coloniais. Os espanhóis encontraram muito ouro, resultando numa colonização bastante
centralizada e violenta.
Organização político-administrativa:
Na colônia:
§ Adelantado: pessoas que ficavam encarregadas de conquistar vários territórios, apropriando-se de suas riquezas e
de sua população, podendo utilizá-las como bem o aprouvessem, desde que, estavam obrigados a pagar
determinados impostos à Coroa.
§ Vice-reinados e Capitanias Gerais: Foram instituídos na metade do século XVI pela Coroa para fazer frente aos
desmandos e à cobiça dos adelantados.
§ Audiências: primitivamente era um tribunal, passou a acumular funções administrativa ao lado das judiciárias.. Era
formada pelo Vice-Rei e vários ouvidores.
§ Ouvidores: eram juízes. Suas funções podem ser assim resumidas: fiscalização e vigilância sobre todos os
funcionários.
Na metrópole ficavam os departamentos encarregados das decisões finais: a Casa de Contratação e o Real e Supremo
Conselho das Índias.
§ Casa de Contratação: criada em 1503 para ter todo o controle da exploração colonial. Sua primeira sede foi Sevilha
e posteriormente Cádiz.
§ Real e Supremo Conselho das Índias: tinha sede em Sevilha e sua função era a administração das colônias,
cabendo nomear funcionários coloniais, exercer tutela sobre os índios e fazer leis para a América.
§ Igreja Católica: presente na Colônia também atuava de forma a equilibrar e garantir o domínio metropolitano.
Mas não se deve pensar que todo império espanhol se limitava a fornecer ouro e prata para a Espanha. De fato, pode-se
verificar três grandes momentos ao longo da evolução econômica colonial:
Organização da mão-de-obra
§ Encomienda: os encomederos recebiam da Coroa direitos sobre vastas áreas. Podiam cobrar tributos em dinheiro
ou em trabalho dos índios, massa eram obrigados a ampará-los e protegê-los, instruindo-os na fé católica.
§ Mita: forma de escravidão dissimulada, empregada principalmente nas áreas de mineração. As tribos indígenas
eram obrigadas a fornecer um determinado numero de pessoas para trabalhar nas minas. Os mytaios eram
obrigados constantemente a fazer deslocamentos de centena de quilômetros, desgastando-se fisicamente e
trabalhando arduamente na extração mineral.
§ Chapetones: espanhóis que vinham para as colônias, normalmente como altos funcionários ou comerciantes
privilegiados.
§ Criollos: eram filhos de espanhóis nascidos na América. Eram grandes proprietários de terras e de minas,
profissionais liberais, intelectuais. Sofriam restrições.
§ Mestiços: na sua maioria artesãos e vagabundos.
§ Índios: enorme massa, sobreviventes do massacre. Trabalhavam principalmente na extração de minérios.
§ Escravos africanos: trabalhavam principalmente na grande lavoura de exportação.
Lembretes:
Ø A acumulação de capitais se baseou no Sistema de Porto Único: Sevilha. Este porto recebia com exclusividade os
navios que chegassem da América. Mais tarde, dada a enorme quantidade de minérios que chegava, o porto de
Cádiz também passou a recebê-los.
Ø A economia colonial espanhola girava em torno dos princípios mercantilistas, expressos no pacto colonial, que
priorizava o fortalecimento do Estado Espanhol em detrimento da colônia.
Bom Estudo!
Profª Shirley
Aula nº 7 – Mercantilismo e Sistema Colonial
Conceito:
Entende-se por Mercantilismo o conjunto de medidas econômicas que foram colocadas em prática, ao longo do período da
transição feudalismo/capitalismo (século XV ao século XVIII), caracterizadas pela rigorosa intervenção do Estado no plano
econômico.
Princípios gerais:
· Política demográfica favorável: uma população numerosa significava maior segurança do Estado e, principalmente,
mais produção. Logicamente que essa política vem acompanhado de um violento combate ao ócio.
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A aplicação dos princípios mercantilistas variou em função das especificidades de cada um dos países europeus. Ele possuiu
formas diferenciadas. Analise o quadro abaixo:
Lembretes
Ø Além dos princípios acima citados, ainda encontramos o incentivo à produção manufatureira, incentivo à construção
naval, formação de Companhias e Comércio.
Ø O Mercantilismo não se constituiu em um conjunto coerente e homogêneo de praticas econômicas pois apresentou
características próprias nos diversos Estados.
Ø O Mercantilismo é um dos componentes do Antigo Regime.
Bom Estudo!
Profª Shirley
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Aula nº 8 - O Renascimento
Vamos falar um pouco de cultura? Nos séculos XV e XVI a Itália foi berço de um extraordinário desenvolvimento cultural, que
se propagou para outras regiões da Europa Ocidental. A este movimento damos o nome de RENASCIMENTO e só poderá
ser compreendido se levadas em considerações as novas condições socioeconômicas vividas na Europa Ocidental na
transição do Feudalismo para o Capitalismo.
O termo “Renascimento” é ambíguo, pois dá a entender que no período anterior (a Idade Média) não existiu vida cultural, o
que absolutamente não corresponde com a realidade.
Temos algumas comprovações de que a Idade Média deixou muita herança cultural aos homens modernos, são elas:
v Império Bizantino.
v Império Carolíngio.
v Islã.
v Cristandade
v Renascimento Folclórico.
O Renascimento é:
A Expansão do Renascimento:
2) Inglaterra
§ Thomas Morus – Utopia
§ William Sheakspeare – Romeu e Julieta; Otelo; Macbeth; Hamlet; Rei Lear
3) França
§ Rabelais – Gargântua e Pantagruel
4) Espanha
§ Miguel de Cervantes – Dom Quixote
5) Portugal
§ Gil Vicente
§ Luis Vaz de Camões – Os Lusíadas
Lembretes:
Ø Com o renascimento surge o Mecenato. Os mecenas eram ricos burgueses que patrocinavam as obras dos artistas.
Ø O Renascimento surgiu na Itália devido ao grande desenvolvimento das repúblicas italianas (Florença, Gênova,
Veneza entre outras) enriquecidas devido ao monopólio do comércio das especiarias orientais.
Você sabe que a Igreja (Católica) era a instituição mais forte durante a Idade Média: era ela que monopolizava a
educação/mentalidade. Muito bem, no início da Idade Moderna (século XVI) ela sofrerá um “arranhão”. As transformações
vividas na Europa Ocidental, aliada ao Renascimento acabaram resultando em uma ruptura: a unidade da Igreja Católica foi
rompida, devido ao surgimento de novas religiões, num processo que ficou conhecido como Reforma.
Precursores:
§ Wicliff ( Inglaterra 1320 -1384) e
§ Huss ( Boêmia – 1369-1415)
A Reforma tem raízes no século XIV, com os movimentos heréticos de Wicliff, na Inglaterra (1320- 1384) e lan Huss, o
hussismo, na Boêmia (1369-1415). Os dois movimentos foram duramente reprimidos.
Causas imediatas:
§ Venda de indulgências
§ Falsificação de relíquias.
a) religiosas: o despreparo da maioria dos membros do clero; a necessidade de uma teologia mais de acordo com as
mudanças socioeconômicas da época; determinados “abusos” do clero, como a venda de indulgências, relíquias e cargos
(são as causas imediatas citadas acima)
b) políticas: contradições decorrentes do universalismo da Igreja e dos interesses dos nascentes Estados Nacionais; conflito
entre o poder temporal e o espiritual; excessiva interferência da Igreja nos assuntos internos dos Estados europeus.
c) socioeconômicas: interesse da nobreza e da burguesia nas terras da Igreja; necessidade de uma nova ética econômica
mais adequada à época da transição (a ética cristã escolástica condenava a usura, o comércio, o lucro).
d) ideológicas: busca por parte dos humanistas, de um cristianismo mais revigorado e rejuvenescido; o individualismo, que
se afirmava, dizendo que cada um seria “sacerdote de si mesmo”.
O início do conflito se dá quando, em 1517, Martinho Lutero, monge agostiniano alemão, rompe com o Papa Leão X por
causa da venda de indulgências que estava ocorrendo na Alemanha. Em suas “95 Teses”, Lutero condenou a venda de
indulgências e alguns dogmas da Igreja, sendo excomungado. Perseguido pelo imperador Carlos V, teve a proteção de
alguns príncipes alemães.
Na Dieta de Worms, perante o Imperador, Lutero foi condenado. Na Dieta de Spira (1529), tentou-se conter o luteranismo,
havendo protestos (daí o nome de protestantes); finalmente, na Dieta de Augsburgo o desacordo originou sérias lutas entre o
imperador e os nobres, que só foram resolvidas pela Paz de Augsburgo (1555), ficando estabelecido que a religião dos
súditos seria aquela professada pelo príncipe.
O Luteranismo preconiza a livre interpretação da Bíblia. E dele nasceram novos grupos religiosos tais como:
A Contra-Reforma ou Reforma Católica foi a resposta à Reforma Protestante. O movimento teve um caráter conservador, na
medida em que foi realizada após a Reforma Protestante, mas já era ansiada há muito tempo.
§ O Concílio do Trento – Negou qualquer valor às doutrinas protestantes, mantendo toda a doutrina. Criou
seminários, proibiu a venda de indulgências, criou a INDEX - Index Librorum Proibitorum. (Índice dos Livros
Proibidos).
§ A Companhia de Jesus – Criada pelo espanhol Inácio de Loiola, em moldes militares. Conseguiu recuperar algumas
áreas europeias para a Igreja, e contribuiu para a expansão do catolicismo nas áreas encontradas pelos
navegantes, principalmente América, África e Ásia.
§ O tribunal de Inquisição – Fundado na Idade Média, perdera muito de sua influência, sendo reorganizado agora.
Condenava os Hereges, “feiticeiros”, apóstatas.
Consequências da Reforma
Lembretes:
Ø É pra pensar: Por que o calvinismo se espalhou mais rapidamente nos países onde a burguesia era mais forte?
Ø Não esqueça de analisar a tabela da página 174 que traz uma quadro demonstrativo de cada religião, localização e
ideias fundamentais.
Ø Não esqueça:
A formação dos Estados Nacionais, Expansão Marítima Comercial Europeia, Renascimento e Reforma são assuntos
que necessariamente devem ser relacionados, pois o processo histórico que envolve a Europa Ocidental nesta época
é globalizante e os fatos se interpenetram. Se você os estudar sem os relacionar, não terá o entendimento completo do
processo histórico no ocidente.
Bom Estudo!
Profª Shirley