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DOSSIÊ DO PROFESSOR págin@as 10

TESTES DE AVALIAÇÃO

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO Concluindo, Gil Vicente apresenta, de forma crítica,


aspetos negativos da sociedade do seu tempo, como a
ausência de honradez, as decisões interesseiras, o desejo
TESTES DE AVALIAÇÃO de ascensão social, entre outros. (165 palavras)

Grupo I Grupo II
A. 1. (B); 2. (B); 3. (A); 4. (D); 5. (C);
1. O diálogo entre Inês e a Mãe permite revelar 6. a) Modificador do nome apositivo; b) Sujeito;
características da jovem e da Mãe. Enquanto Inês se
7. Oração subordinante: “Os mais astutos acabariam por
mostra imatura, irrefletida, uma vez que valoriza apenas a
descobrir uma maneira de burlar a bisbilhotice da
aparência no marido ideal (“homem discreto”), a Mãe
vizinhança mediante bilhetinhos amorosos”; oração
mostra-se experiente, sabedora, ao avisar a filha que
subordinada adjetiva relativa restritiva: “que se baixavam”;
“tanger viola” não será suficiente para a poder alimentar
“(Se não tiveres que comer/o tanger te há de fartar? ”). 2. Oração coordenada copulativa: “e erguiam por um
Concluindo, mãe e filha evidenciam um conflito de cordel”; oração subordinada adjetiva relativa restritiva:
perspetivas. “que se desprendia da janela”.
2. O cómico está presente quer nas falas de Inês quer nas
da Mãe. Assim, a rapariga, ao referir que não se importa
de comer “pão e cebola” depois de casar com o marido
que ela idealiza, acentua a sua leviandade e contribui
para uma representação caricatural do casamento, na sua
perspetiva. Já o comentário irónico da Mãe “Se não
tiveres que comer/o tanger te há de fartar?“ enfatiza a
falta de siso da jovem. Em conclusão, o efeito cómico
surge de forma subtil e ao serviço da crítica de Inês.
3. Nesta expressão, está presente uma ironia. De facto, a
Mãe pretende avisar a filha de que a falta de comida não
será resolvida com um marido que saiba tanger viola. Em
suma, este recurso demonstra a crítica trocista da Mãe.
B.
4. Os dois excertos apresentam uma visão crítica por parte
da mulher em relação ao marido. Por um lado, tanto Inês
como Branca lamentam o facto de terem um marido que
não corresponde às suas expectativas (Que pecado foi o
meu? / Porque me dais tal prisão? e “Pois casei má hora,
e nela, / e com tal marido, prima”). Por outro lado, o
Escudeiro e o marido de Branca apresentam
características muito diversas. Assim, enquanto o primeiro
é um marido ameaçador, opressor (“Vós não haveis de
mandar / em casa somente hum pelo” e “E mais, quando
eu vier / de fora, haveis de tremer”), o segundo é
preguiçoso (“ele não faz nunca nada”), só causa prejuízo
porque come tudo (“e come verde e maduro”), enfim é um
marido manso. Concluindo, nas duas obras, os dois
maridos apresentam características antagónicas: a tirania
e a mansidão.
5. a) 3: b) 1; c) 2.
C.
6. As obras vicentinas apresentam aspetos do quotidiano
que mostram formas de viver próprias do século XVI.
Assim, um dos aspetos destacados é o da jovem Inês
Pereira em ambiente doméstico, que permite perceber o
estatuto da mulher, particularmente da solteira. Na
verdade, esta aspira a um bom casamento como forma de
melhorar a sua vida, por isso, escolhe o Escudeiro,
pensando que será o marido ideal. Arrependida, depois de
viúva, casará com Pêro Marques, que lhe dará conforto
material. A atenção dada à vida quotidiana é reforçada por
personagens como Lianor Vaz, a alcoviteira que
intermediava relações amorosas, mesmo com elementos
do clero. Já Pêro Marques corresponde ao camponês
simples, ignorante quanto a hábitos sociais, mas rico. Por
outro lado, o Escudeiro representa uma classe decadente,
que vive de aparências, e se revela um marido opressor.
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