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GEF06 CapacidadedeCarga FundProfunda 2018 11
GEF06 CapacidadedeCarga FundProfunda 2018 11
Marangon
Unidade 06
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Por esta razão, por si mesma comprovada, é extremamente prudente e não recomendável
que a capacidade de carga admissível de elementos de fundação não deve ser pré-fixada a partir –
exclusivamente – da capacidade resistente estrutural do elemento. Esta situação pode servir como
referencia inicial para uma estimativa preliminar do número de elementos necessários (número
de estacas para absorver a carga de um pilar, por exemplo), mas a capacidade de carga admissível
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Pu = Psu + Pbu
Se, no entanto, por qualquer motivo (por exemplo: adensamento de uma camada
compressível), o movimento relativo so1o-estaca é ta1 que o solo se desloca mais que a estaca,
ocorre o chamado atrito negativo (solo sobre a estaca), o qual sobrecarrega a estaca. Isto pode
ocorrer quando proveniente da carga do aterro ou ocasionado pelo aumento das pressões efetivas
devidas a um rebaixamento do nível do lençol d'àgua.
Os dois terrnos Psu e Pbu, reconhece-se, são difíceis de serem avaliados corretamente.
Daí o grande número de fórmulas, baseadas em hipóteses mais ou menos questionáveis.
A determinação da capacidade de carga de uma estaca isolada pode ser feita por
fórmulas estáticas (teóricas ou empíricas), fórmulas dinâmicas, ou provas de carga. Existem
várias teorias de capacidade de carga, devidas a diferentes autores.
Prova de Carga
A avaliação da carga de ruptura de uma estaca pode ser feita através da interpretação das
curvas carga-recalque obtidas de provas de carga estáticas executadas por diversos métodos.
Entre eles podem ser citados o prescrito na NBR-6122, o de Davisson e o de Van der Veen...
A utilização deste procedimento, no entanto se justifica para grandes obras ou para
aquelas em que há muita incerteza no seu dimensionamento.
Formulação Estática
Utiliza-se de métodos convencionais da Mecânica dos Solos para a avaliação, a partir de
parâmetros previamente determinados
Formulação Dinâmica
Utiliza-se de dados obtidos no campo, na cravação da estaca
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Formulação Teórica-Conceitual
(Segundo Poulos e Davis em “Pile Foundation Analysis and Design - 1980)
Pu = Psu + Pbu - W
Para o cálculo da resultante de reação do solo (força de reação – referido aqui como
capacidade de carga) utilização do conceito de tensão = força/área, tendo como conseqüência a
expressão para a força de reação = tensão solo/estrutura * área. Observe nas expressões abaixo:
a = Ca + u tg a
A tensão normal entre solo-estaca pode ser determinada a partir da tensão vertical:
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L
Psu = P ( ca + v Ks tg a ) dz
0
sendo vb = h (sobrecarga)
Parcela 0,5 d N : Muito pequeno - d - neste tipo de fundação
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L
Ab. vb W P. c a dz A b c u N c
0
tipo estaca
Os valores de ca é função do tipo solo
métodos de instalação
ca
como exemplos Argila Mole cu < 24 kpa 1 ca = cu então ca = 24 kPa
cu
Argila rija ca < cu
por ex. cu = 75 kPa
ca
0.6 então ca = 45 kPa
cu
6.2.1.2 - Drenado
L
Pu = P( v K s .tg a )dz Ab .( vb Nq ) W
0
Se CNc = 0
0.5 d N = 0 Valor pequeno, então:
L
Pu Fw P( v`Ks. tg a )dz A b ( vb`Nq ) W
0
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Avaliam a capacidade de carga das estacas, valendo-se dos elementos obtidos durante a
cravação. Não servem, pois, para as estacas "in situ".
Todas elas partem da medida da nega, que é a penetração que sofre a estaca ao receber um
golpe do pilão, no final da cravação. Observe-se que a nega é uma condição necessária, mas
não suficiente para se conhecer a capacidade de carga de uma estaca.
Wr h = Ru S + C perdas
Solos permeáveis
Solos não saturadados Ru Pu ( Qu )
Solo argilosos
Solos pouco permeáveis Ru Pu
Ru < Pu
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Conclusões
Reação cravação dinâmica Reação cravação estática.
Fórmulas dinâmicas elemento de controle da cravação, não fornecendo o valor da
capacidade de carga estática
A utilização de fórmulas Dinâmicas deve ser feita em conjunto com análises estáticas e
resultados de prova de carga.
FORMULAÇÃO MATEMÁTICA
A igualdade entre a energia de queda do martelo e o trabalho gasto durante a cravação da
estaca pode ser escrito também da seguinte forma:
P h = R e + Z
onde:
P = peso do martelo;
h = altura de queda; .
R = resistência oferecida pelo terreno
à penetração da estaca;
e = nega;
Z = soma das perdas de energia durante
a cravação (compressão do terreno,
da estaca, do capacete etc.).
Por outro lado, das observações práticas sobre o emprego destas fórmulas, conclui-se que
as mais complicadas não conduzem a nenhuma vantagem sobre o emprego das mais simples.
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R
P= ,
FS
Uma fórmula de uso também muito generalizado é a chamada fórmula dos holandeses
(Woltmann):
P2h
R
( P Q) e
NEGA
O uso destas expressões matemáticas permite a determinação de valores numéricos
limites para a chamada “nega” das estacas, ou seja, o valor que deve ser obtido na cravação para
“garantir” dinamicamente (vejam que são utilizados fatores de segurança extremamente
elevados) a capacidade de carga esperada para a estaca.
A foto ilustra o operário com uma régua para “riscar” a estaca e medir a penetração,
após 10 golpes para verificação da “nega”
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6.4 - Métodos Diretos para Cálculo da Capacidade de Carga por meio do SPT
É utilizado aqui, como referência principal o trabalho “Capacidade de carga por meio
do SPT”, publicado por Dirceu de Alencar Velloso no 20 Seminário de Engenharia de
Fundações Especiais, realizado em São Paulo entre 19 e 21 de Novembro de 1991.
Em 1956 (Meyerhof, 1956) publicou seu primeiro trabalho no Journal of the Soil
Mechanics and Foundations Division of the American Socity of Civil Engineers. O tema foi
retomado na “11th Terzaghi Lecture” (Meyerhof, 1976).
1o ) Para estacas cravadas até uma profundidade Db em solo arenoso, a resistência unitária de
ponta (em Kgf/cm2) é dada por:
0,4NDb
qp 4N (1.1)
B
Onde B é o diâmetro da estaca, e a resistência unitária por atrito lateral (em Kgf/cm2) é dada por:
N
fs (1.2)
50
2o) Para siltes não-plásticos pode-se adotar como limite superior da resistência de ponta (em
Kgf/cm2):
qp = 3N (1.3)
3o) Para estacas escavadas em solos não coesivos a resistência de ponta é da ordem de um terço
dos valores dados por (1.1) e (1.3) e a resistência lateral é da ordem da metade do valor dado por
(1.2).
4o) Para estacas com base alargada tipo franki a resistência de ponta é da ordem do dobro da
fornecida pelas equações (1.1) e (1.3).
5o) Se as propriedades da camada suporte arenosa variam nas proximidades da ponta da estaca,
deve-se adotar para N um valor médio calculado ao longo de 4 diâmetros para cima e um
diâmetro abaixo da ponta da estaca.
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6o) Quando a camada suporte arenosa for sobrejacente a uma camada fraca e a espessura H entre
a ponta da estaca e topo desta camada fraca for menor que a espessura crítica da ordem de 10B, a
resistência da ponta da estaca será dada por:
(q1 q 0 ). H
q p q0 q1 (1.4)
10B
7o) Para estacas em argilas, nenhuma relação direta entre capacidade de carga e N é apresentada.
8o) O recalque S (em polegadas) de um grupo de estacas em areia é dado aproximadamente pela
expressão:
2p B
S (1.5)
N
Onde B é a largura do grupo de estacas, em pés; p a pressão aplicada ao solo pelo grupo de
estacas em tsf (ou em Kgf/cm2) e N o S.P.T. médio ao longo de uma profundidade igual à largura
do grupo. Para areias siltosas, recomenda-se adotar o dobro do valor dado por (1.5). Se as estacas
penetram D‟ na camada suporte, o valor obtido por (1.5) será multiplicado por um fator de
influência I dado por:
D'
I 1 05
. (1.6)
8B
RP = K . N (2.7)
Para a resistência UNITÁRIA por atrito lateral local no ensaio do cone, preferiu-se adotar
correlações estabelecidas por Begemann (1965) entre este parâmetro e a resistência de ponta:
R1= . RP (2.8)
Tabela 2.2
TIPO DE SOLO (%)
Areias finas e médias 1,2 - 1,6
Areias siltosas 1,6 - 2,2
Siltes areno-argilosos 2,2 - 4,0
Argilas > 4,0
R1 . K. N
R '1
F2 F2 (2.10)
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Tabela 2.3
TIPO DE SOLO F1 - reavaliados (1988) F2 - reavaliados (1988)
Franki 2,5 5,0 - 2,0
Metálica 1,75 - 1,7 3,5 - 3,0
Pré-moldada de concreto D < 60 cm 1,75 - 1,9 3,5 - 1,4
Pré-moldada de concreto D > 60 cm 2,5 1,4
Escavada D < 60 cm 3,0 - 6,1 6,0 - 5,2
Strauss 4,2 3,8
Observa-se que na versão original a relação entre coeficientes foi de F2/F1=2, exceto para
as estacas strauss. Em uma segunda versão foram publicados os seguintes valores para F1 e F2:
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Partindo das tabelas 2.1 e 2.2 foram estabelecidos para K e os valores constantes da tabela 2.4.
(obs.: l Kg /cm2 = 100 KPa = 0,1 MPa)
DIMENSIONAMENTO
Obtidos os valores de atrito e base unitários, tem-se o valor final de capacidade de carga
na ruptura (último) multiplicando-se estes valores pelas suas áreas correspondentes:
Pbu = Abase qu resistência de ponta.
Interessante registro pode ser visto na foto apresentada a seguir, da presença dos
Professores Nelson Aoki e Dirceu Velloso na UFJF, em participação no 10 Congresso de
Engenharia Civil realizado em 1994. Estão também neste registro o ilustre Prof. Vitor F. B. de
Melo, este Prefessor e alunos da nossa Faculdade.
Não se visou a obtenção de valores exatos, mas sim de estimativas que fossem além de
bastante aproximadas, seguras e de fácil determinação.
1. Generalidades
Há vários anos, vem o primeiro autor utilizando os valores de SPT para avaliar, tanto a
resistência por atrito lateral de estacas, quanto sua resistência de ponta. Os coeficientes então
utilizados eram fruto apenas de experiência profissional, sem nunca terem sido confrontados, de
forma sistemática, com dados fornecidos por provas de carga.
2. Processo de Cálculo
O processo ora apresentado leva em conta os valores de SPT além de, no caso da
resistência de ponta, o tipo de solo.
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TABELA I
SPT ADESÃO
(médio ao longo do fuste) (t/m2)
3 2
6 3
9 4
12 5
15 6
TABELA II
SOLO C (t/m2)
Argilas 10
Siltes (alt. de rocha) 30
Areias 50
3. Análises Efetuadas
Foram consideradas 41 provas de carga executadas pelo segundo autor para serem
confrontadas com os valores obtidos pelo processo acima indicado.
Os valores obtidos confirmaram, em linha gerais, os dados da Tabela I e nos levaram a
rever a Tabela II.
TABELA III
SOLO C (t/m2)
Argilas 12
Siltes argilosos (alt. de rocha) 20
Siltes arenosos (alt. de rocha) 25
Areias 40
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Embora o estudo tenha sido efetuado basicamente para estacas pré-moldadas de concreto,
admitimos em primeira aproximação que seja também válida para estacas tipo Franki, para
estacas Strauss (apenas com ponta em argila, como aliás, deve sempre ocorrer) e estacas
escavadas.
Os autores não apresentam qualquer indicação (nesta versão apresentada, a esta data)
quanto ao coeficiente de segurança a adotar.
O Eng. Décourt tem procurado aperfeiçoar o método exposto no item 6.4.3. Em 1982,
levou ao 2o Simpósio Europeu sobre Ensaios de Penetração (Amsterdam) uma contribuição em
que propõe:
1o) A resistência lateral, em tf/m2, é dada por:
N
qs 1 (4.13)
3
onde N é o valor médio do N ao longo do fuste. A expressão independe do tipo de solo.
2o) Na determinação de N os valores de N maiores que 50 devem ser considerados iguais a 50.
5o) Para estacas escavadas com lama bentonítica cujo recalque não deve exceder 1cm, só se
consideraria a resistência lateral calculada pela expressão (4.13).
6o) Quando se admite maiores recalques pode-se considerar uma resistência de ponta admissível
que, em Kgf/cm2, seria igual a N/3 em que N é a média dos S.P.T.s no nível da ponta de estaca,
1m acima e 1m abaixo. Essa resistência de ponta admissível é somada à resistência lateral.
Uma estaca assim projetada tem um recalque em cm da ordem de 2/3 do diâmetro em metros:
2
S1 (cm) = D (m) (4.15)
3
Se S3 é o recalque necessário para a mobilização do atrito lateral, o recalque total da estaca será:
S = S1 + S2 + S3 (4.17)
F
Fp . Ff . Fd . Fw (4.18)
onde: Fp Coeficiente de segurança relativo aos parâmetros do solo ( = 1,1 para o atrito
lateral; 1,35 para a resistência de ponta ).
Ff Coeficiente de segurança relativo à formulação adotada ( = 1,0 ).
Fd = Coeficiente de segurança para evitar recalques excessivos ( = 1 para o atrito lateral;
= 2,5 para a resistência de ponta ).
Fw Coeficiente de segurança relativo à carga de trabalho da estaca ( = 1,2 ).
Qs Qp
Q (4,19)
1,3 4
Tabela 2.7
TIPO DE SOLO (tf/m2)
Argilas 10
Siltes argilosos (alt, de rocha) 12
Siltes arenosos (alt, de rocha) 14
Areias 20
Este método foi, posteriormente (Quaresma e outros, 1996), estendido para outros tipos
de estacas também muito utilizadas e mais recentemente difundidas, não indicadas inicialmente.
Para tanto, são considerados os parâmetros “α” e “ ” a seguir relacionados (Tabela
abaixo). Estes valores são de majoração ou de minoração, respectivamente para a resistência de
ponta e para a resistência lateral.
Neste caso, a expressão geral para a determinação da carga de ruptura da estaca é dada por:
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Qu = α . qp . Ap + . qs . As
(veja que as parcelas de ponta e atrito ficaram multiplicadas por alfa e beta, respectivamente)
ou ainda,
Qu = α . K. Nspt p . Ap + 10 . . [( Nspt s/3 + 1) . As] em kN/m2
onde:
Nsptp : Nspt na ponta da estaca (valor médio entre correspondente à ponta da estaca, o
imediatamente anterior e o imediatamente posterior)
Nspt s : Nspt ao longo do fuste da estaca
DIMENSIONAMENTO
Obtidos os valores de atrito e base unitários, tem-se o valor final de capacidade de carga
na ruptura (último) multiplicando-se estes valores pelas suas áreas correspondentes, como no
método de Aoki-Velloso.
Para o cálculo da carga admissível (útil) da estaca deve-se adotar os Fatores de Segurança
sugeridos pelos autores.
Fig.
Estaca: dimensões e solicitações
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A capacidade de suporte Pu de uma estaca, com comprimento L pode ser estimada com
base na expressão
Psu U (l i f ui ) Pbu Ab qu
onde:
U = perimetro da seção transversal do fuste (diâmetro d)
Ab= área da base (diâmetro db)
= fator da execução da estaca
= fator de carregamento
1 para estacas comprimidas
=
0,7para estacas tracionadas
fui= atrito, ou aderência, lateral médio em cada camada de solo, com espessura, atravessada
pela estaca (UNITÁRIO).
qu= pressão de ruptura do solo sob a ponta da estaca (UNITÁRIO).
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Este método basea-se na formulação de Poulos e Davis (1980) e estabelece ainda para sua
aplicação que a investigação geotécnica deve atingir 2 a 3 diâmetros da estaca abaixo da cota
estimada de assentamento e que a limpeza do contacto concreto-rocha seja garantida.
onde:
τ ℓr = resistência por atrito lateral;
fcK = tensão característica do concreto
Logo temos:
Qult = A x σ pr + Aℓ x τ ℓr
onde:
Ap = área da ponta da estaca em rocha
Aℓ = área lateral da estaca embutida em rocha
Valores de βpo
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Uma vez dimensionado geotecnicamente uma fundação em estacas deve-se observar a sua
capacidade estrutural, assim como será analisada tal capacidade no caso das estacas trabalharem
de “ponta”. Neste segundo caso, trabalhando exclusivamente por ponta, o dimensionamento se
faz fundamentalmente avaliando a condição de capacidade de carga estrutural.
Escolhido o tipo de estaca, podem-se verificar a capacidade estrutural com o fornecedor
das estacas ou adotar valores com base em tabelas como a seguir apresentada, segundo Alonso
- 1992 (que tem o caráter de ser apenas orientadora), assim como são apresentados também,
nesta “tabela” os espaçamentos mínimos a serem adotados entre eixos entre estacas (“d”) ou em
relação à divisas (“a”).
O cálculo do número de estacas a partir apenas da carga estrutural (Carga-KN - máxima
carga admissível) é frequentemente determinado dividindo a carga do pilar pela Carga
Admissível admitida para a estaca.
Exemplo de Projeto de Fundações com diferentes pontos de carga, com blocos de 1, 2, 3 e 4 estacas
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6.7 – Exercícios
1- Utilizando o método de Aoki e Velloso, calcular a carga admissível de uma estaca do tipo
Franki, com diâmetro do fuste = 40 cm e volume da base V= 180 l. O comprimento da estaca e
as características geotécnicas do solo são dados a seguir.
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2- Utilizando o exemplo anterior (método de Aoki e Velloso, estaca do tipo Franki, com
diâmetro do fuste = 40 cm) calcular a carga admissível para a estaca assente no perfil
apresentado abaixo:
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Dimensionamento
Este mesmo cálculo poderá ser feito por intervalos de 1 metro. Desta forma, nos permite
definir um comprimento de estaca compatível com uma capacidade de carga que se tenha
interesse em atender. O cálculo é feito para um comprimento maior que o requerido o que
permite avaliar o comprimento necessário para a estaca.
SPT 7
9
14
5
2
3
4
14
9,0 23 SPTs de ponta: 14 / 23 / 20
20
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b) Resistência de ponta:
qp cN
14 23 20
N 19
3
c 40 (tabela III)
qp 40 19 760 (t / m 2 )
Pbu q p Ab 760 0,0314 m 2 23,86t
c) Resistência total:
6.0 23
R' p 78,86 Kgf / cm 2
1,75
0,07886 t
Pbu Rp Ap 788,6t / m2 0,0314 m2 24,77t
0,0001m2
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b) Atrito lateral:
KN U l
Rl = Psu = Rl x Al Psu = KNx (fazer o somatório, se maior que 1m)
F2 F2
Quadro para calcular o atrito lateral acumulado em cada profundidade inteira (1m)
U l
Profundidade (m) Valor do SPT Coef. K (t/m2) Coef. (/100 ) Psu (t)
F2
1 7 33 0,03 1,247
2 9 33 0,03 2,851
3 14 33 0,03 5,346
4 5 33 0,03 6,237
5 2 33 0,03 0,18 6,593
6 3 33 0,03 7,128
7 4 60 0,03 8,424
8 14 22 0,04 10,642
9 23 60 0,03 18,094
Psu 18,09t Não considerado no cálculo l 100 como pode ser levado em conta, por
exemplo, no trecho de 6,0 a 7,0 m. No caso de 6,0 a 6,8 - SPT = 4, K = 3,3 e = 0,03 e 6,8 a 7,0
– SPT = 4, mas K = 6,0 e = 0,03.
c) Resistência total:
Qu Ps u Pb u 18,09 24,77 42,86t
Utilizando FS = 2, temos:
42,86
Q 21,43t
2
Utilizando FS = 2, temos:
41,38
Q 20,69t
2
6. 8 - Efeito de Grupo
(segundo Moraes, 1976)
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1 - Critério de Feld
Segundo a regra prática de Feld a carga de cada estaca é reduzida de tantos 1/16 quantas
forem as estacas vizinhas, na mesma fila ou em diagonal. É preciso, também, como para as
estacas pré-moldadas, guardar um espaçamento entre os centros geométricos das estacas, um
valor não inferior a 3 vezes o seu diâmetro.
2 - Critério de Labarre
Outra expressão muito usada para determinar a eficiência de um grupo de estacas é a de
Labarre
n 1m m 1n
E 1
90 mn
Onde:
m - número de filas
n – número de estacas em uma fila
d
- ângulo cuja tangente é igual a em graus.
s
s – distância entre os eixos de duas estacas.
d – diâmetro da estaca.
Exemplo de cálculo:
Como se pode notar, tanto Labarre como Feld não fazem qualquer referência ao tipo de
solo, o que tem dado motivo a críticas.
3 - Critério de Terzaghi-Peck
Outro procedimento é indicado por Terzaghi-Peck adotando, para capacidade de carga do
conjunto de estacas, a expressão:
Qc Qdr UD f
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Onde:
Qdr – capacidade de carga de uma fundação direta de área igual à delimitada pelo grupo
de estacas assentadas na profundidade Df
Df – comprimento da estaca
U – perímetro do bloco que envolve as estacas
- resistência ao cisalhamento médio do solo entre a superfície do terreno e a
profundidade Df.
FIM – 23/04/2018
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