Editoração: Manoela

PSIU!
Carpenedo, Mateus Daitx,
Carolina Chassot, Sara
Hartmann, Marcos
Lampert, Adriano Salles,
Gisele
Realização: DAP -
Diretório Acadêmico da
Psicologia

Anote o novo
Jornal da Psicologia da UFRGS - Número 11 - Março 2006
e-mail do
Psiu:
Esse é o último PSIU emaildopsiu@
gmail.com
(assim como nós o conhecemos)
Depois de dois anos da criação do jornal, jogamos a toalha. Já estamos anunciando isso
dramaticamente há três edições e resolvemos agora encerrar a história.
Mas este não é o fim - ou melhor, pode não ser o fim.
Acreditamos que é um momento de renovação (assim como vem acontecendo com o DAP, o RU, o
currículo e a biblioteca). De explodir a forma que existe e criar algo novo no lugar. Algo que tenha
a cara dos estudantes de agora, já que nós estamos meio passadinhos.
O Psiu tem que ser movimento, mas sentimos que o movimento cessou e impera a repetição.

Quem se propõe a fazer esse novo?

Faremos uma oficina de
“passagem de bastão” para dar
as informações básicas e um
empurrãozinho para os novos
editores-psicólogos-estudantes.
Os interessados, comuniquem-
se: mandem e-mail para o PSIU,
para a Tomada do DAP, falem
com os “vôditores”...
A oficina acontecerá no dia 09
de abril, domingo - data que
pode ser alterada de acordo
com as possibilidades dos
interessados.

Fazer o PSIU foi muito legal,

esperamos que vocês gostem
também!

Assinado:

Editores do PSIU (2004-2006):

Manoela Carpenedo, Mateus
Daitx, Carolina Chassot, Sara
Hartmann
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 2

ONDE ESTÁ O JOBIM?

Espaço PET Psico

Sabemos que em outros
mo ment os o PE T já foi
apresentado aqui no Psiu!, mas
como é início de ano e há caras
novas no Instituto resolvemos
tocar no assunto mais uma vez.
O PET (Programa de Educação
Tutorial) é um programa do
ensino superior que busca
qualificar a formação dos seus
participant es por meio do
trabalho co letiv o e do
desenvolvimento de atividades
orientadas pelo princípio da
indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão. Há, na
UFRGS, seis grupos PET, número
que poderá ser ampliado ainda durante
este ano.   no ve para doze. Aument aram
Nós do PET Psicologia retomamos
as atividades na primeira semana de
março, depois de um curto período de
férias. Com algumas mudanças
(bastante!) significativas. A professora
Jaqueline Tittoni, tutora do grupo,
retornou da Espanha, onde realizava
pó s-do ut orado. Durant e esse
período, o professor Sérgio Antônio
Carlos assumiu c omo
tuto r ”int erino ”. F ic a aqui
um agradecimento à disponibilidade e
ao trabalho do professor Sérgio para
com o PET. Além disso, o grupo
amplio u o número de bo lsas
(reivindicação antiga), passando de
também as nossas atividades, tanto
para c umprir exigênc ias
institucionais como para dar conta
da diversidade de idéias existentes
no grupo. Algumas destas atividades
serão divulgadas pelos murais e pelo
Psiu!, mas já adiantamos que incluem
uma oficina no evento UFRGS Portas
Abertas, o III Enc ontro co m a
Psicologia e os já clássico S.O.S.
Estágio.  E claro, estamos sempre
abertos para sugestões!
  
Grupo PET Psicologia

Seja um editor do PSIU!

Veja só o depoimento de O.B., ex-editor do PSIU:
“É, realmente minha vida mudou após fazer parte do corpo editorial do jornal. Fui aprovado
em diversas seleções de estágios (remunerados!), fui convidado a fazer um intercâmbio na
University of Massachussets e me tornei uma celebridade no Psico 8 e 1/2, aumentando o
diâmetro do meu círculo social, inclusive no Orkut!”

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Malocas, buracos, cafofos...
Afinal, para onde o Dap vai mesmo?
Sim, o ano começa com algumas
at ribulaçõ es, essas bast ante
(digamos) estruturais. As esperadas
reformas chegaram ao instituto,
bem co mo as c onseqüências
dessas. Tivemos
que dar um ciao ao
no sso amigo
Jobim que, apesar
da falta de higiene,
sempre nos salvou
na hora da
descomunal fome
do fim da tarde.
Outro fato
alarmant e é o
paradeiro do s
no ssos fiéis
companheiros
caninos: Folha e
Bolinha. Onde será
que eles est ão
dormindo?
Bom, além de tudo isso, é
necessário sublinhar a destruição
do nosso querido espaço: o antigo
DAP. Nosso refúgio podia ter uma
iluminação tosca e um cheiro não
muit o agradáv el mas era um
importante ponto de encontro dos
estudantes, com uma decoração
para lá de divertida (certamente
sentiremos uma profunda nostalgia
do olho e seu acompanhante no teto
e, ainda, a inusitada “tomada do
DAP”!).
Pêsames e lamentos a parte, a
destruição, além acordar o diretório
da letargia - um tanto sintomática
do nosso movimento-, revelou um
pouco o posicionamento em que o
DAP se coloca dentro dos jogos
políticos do instituto.
Neste primeiro momento, com
o “despejo”, o diretório às pressas
Já anotou o novo e-mail do PSIU? emaildopsiu@gmail.com
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foi encaminhado (com suas coisas:
sofás armários, caixas de som
et c...) prat ic amente para um
universo paralelo do nosso prédio!
Sim, o misterio so e quase
inacessível quarto
andar e meio ,
pode-se dizer. É
um tanto engraçado
tal perc alço .
Estávamo s há
pouco tempo atrás
alojados no sótão
do prédio; um lugar
um tanto isolado
(naturalmente), e
ainda po r cima
mal-cheiroso. No
entant o, não
estamo s em um
do s intrigantes
roteiros de Charlie
Kaufman: o lugar
não tinha nada de surreal : um
entulho quase impenetráv el
caracterizava o nosso espaço de
transição. Acredite! Nem o elevador
chegava lá!
Bo m, apó s lament os,
reclamaç ões e at é alguns
pensamentos mais revolucionários
– de invadir uma das salas do
segundo andar-, o instituto, com a
iminência do início das aulas,
ac abou c edendo uma sala
confortável (arejada, iupi!) para o
Dap- a 311. Realmente, o lugar é
bem melhor que o buraco do teto;
porém, ainda penso que a errância
do diretório, além de ser engraçada,
torna-se preocupante também.
Não quero ser uma chata que
vive reclamando de tudo; porém,
percebo que os deslocamentos
3
proporcionados pela reformas no
prédio revelam um pouco mais do
lugar-importância que o diretório
tem no instituto. Neste ponto é
importante sublinhar que, apesar de
estarmos bem contentes com o
novo espaço, não deixamos de
analisar criticamente a situação, já
que essa expõe a fragilidade do
diretório em relação às decisões
“superiores”. Dessa maneira, é
curioso notar que as resoluções
so bre o pró prio DAP acabam
acontecendo aleatoriamente, pois
tanto o diretório quanto a direção
não conseguem estabelecer uma
co municaç ão plena. Enfim, é
preciso construir uma relação que
dê brechas a resoluções mais
democráticas.
Assim, a partir desses fatos,
questionament os so bre essa
situação surgem: o que afinal esse
aglomerado desconexo de pessoas
representa em relação às decisões
da nossa graduação? Será que, de
fato, existe em alguma instância
qualquer influência dos graduandos
dentro dessa macro estrutura:
graduação, pó s-graduação,
especializações e intensa produção
científica? Que escuta recebe o
pitaco dos estudant es nessa
história toda... (será que é tão
diferenciada como pregam (e
ensinam) nosso s próprios
professo res? Vide reforma
curric ular!!!) Bom, ac abaram
botando a gente para lá e pra cá,
aqui e ali. Penso que tal atitude
responde um pouc o tais
indagações...
Manoela Carpenedo (4° ano)
 4
Crônica de um mundo pós-apocalíptico I:
uma nova Cruzada
Falo do mês de maio de ano de
2006. Os olhos de todos estavam
se voltando exclusivamente para a
Alemanha, agora um país forte e
unificado, na expectativa de uma
grande celebração do ser humano
através do esporte. Muitos pacotes
turísticos, canais de televisão,
repórteres, enfim, o mundo estava
parando para assistir futebol.
Algumas semanas antes do
jogo inicial, uma notícia bombástica
foi divulgada por todos os órgãos
da imprensa mundial: os astros da
seleção brasileira, Ronaldo Nazário
e Ronaldinho Gaúcho haviam
desaparecido sem deixar vestígios.
Inicialmente, os comentaristas
falaram sobre orgias sexuais,
festas de despedidas, modelos e
tudo mais, mas todos sabiam que
aqueles dois dias de sumiço
estavam muito estranhos. Em uma
bela manhã, emissoras de televisão
noticiaram que um grupo terrorista
argentino teria seqüestrado os dois
craques.
Horas depois, começou a
circular pela Internet um vídeo no
qual homens encapuzados e falando
castelhano - com forte sotaque dos
pampas argentinos - ameaçavam
os dois craques c om relho s,
esporas e peixeiras, afirmando que
iriam cortar a cabeça dos craques
sem um motivo aparente. Depois
disso, o mundo estava em pavorosa,
um sentimento análogo ao visto
durante o atentado palestino contra
atletas israelenses nas Olimpíadas
de Munique em 1976.
Pensou-se seriamente em adiar
a Copa, contudo, emissoras de
televisão e empresas de turismo
juntaram as forças e entraram na
justiça, evitando essa medida. No
campo político, os ânimos estavam
mais do que acirrados. As fronteiras
do Brasil e da Argentina estavam
tomadas por soldados das duas
partes, cada lado esperando que o
outro atacasse primeiro. Além
disso, os dois países cortaram as
relações diplomáticas, o que fez
co m que os Estado s Unidos
coordenassem uma operação de
po ssív el t omada das regiõ es
fronteiriças da América do Sul (esta
operação foi chamado de “Brother
Sam II”). As tropas do Reino Unido
foram reforçadas nas Malvinas, o
que esquentou ainda mais os
ânimos na região. Com toda essa
bagunça e problemas jurídicos
envolvendo a realização da Copa,
alguns países t entaram, sem
sucesso, entrar com liminares na
just iç a que garantiriam a
participação no torneiro mundial
mesmo após terem se classificado
em suas respectivas eliminatórias
continentais.
Duas semanas antes do início
dos jogos, a comissão técnica da
seleção brasileira decide abandonar
tudo, mesmo assim, a CBF não
desiste e, de última hora, Felipão
abandona a seleção de Portugal e,
por meros cinco milhões de reais,
em uma v erdadeira lição de
patriotismo, assume novamente o
comando brasileiro. De modo
muit o arguto, o bserva que
jogadores mais jovens, como Kaká
e Robinho, não teriam condições
psicológicas para juntar-se ao
grupo. Assim, de mo do
emergencial, resolve colocar a
seleção em um esquema de jogo
totalmente inédito, mas comum em
times que venceram em situações
complicadas: uma era de volantes
de contenção é instaurada na
seleção canarinho. Nada de dribles,
futebo l espetác ulo ou meias
rápido s e habilidosos. Para
contribuir, Dunga é chamado como
auxiliar técnico e ordena aos
jogadores que usem somente travas
de metal nas chuteiras. Ocorre até
mesmo a co ntrat aç ão de um
preparador especializado em
carrinhos, um russo, zagueiro do
time soviético que venceu o Brasil
na final das Olimpíadas de 1988.
A copa começa com um clima
de explosão contida, mas os jogos
vão ocorrendo. Mesmo com todas
as dific uldades, o Brasil v ai
conseguindo superar os seus
adversários: um time que joga
muito feio, bate de forma violenta,
catimba o jogo, peita o juiz e por
fim, faz um gol por jogo, sempre
de cabeça ou em um contra-ataque
rápido. Já a Argentina, movida por
um orgulho nacional flamejante, vai
superando os adversários com
muita habilidade. Nas semi-finais,
o Brasil vence a Inglaterra nos
pênaltis após uma disputa muito
violenta. Enquanto isso, a seleção
Argent ina enfrent a a grande
surpresa do torneio, pois, como
todos sabem, sempre há uma zebra
na Copa do Mundo: o Irã, time
rápido e bem organizado, com um
meia habilidoso e j ogadores
regulares, que erram muito pouco
e fazem uma linha de impedimento

Seja um editor do PSIU!

Leia o depoimento de N.E.R.D.:
“Minha trajetória de vida mudou significativamente quando comecei a escrever para o
PSIU. Fui convidado pela APPOA a dar uma palestra entitulada: “você fala como eu
falo? você pinta como eu pinto?” que versava sobre a relação entre a arte e a
linguagem. No meu consultório, chovem pacientes, todas elas muito interessantes.
Minha caspa não cai mais nos óculos e Viagra, nunca mais!!!.”

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 que beira a perfeição. O Irã venceu
seleções como Portugal e México
na primeira fase e, posteriormente,
França e Sérvia e Montenegro.
Na final, Brasil e Argentina
preparam-se para uma guerra em
campo e fo ra. Contudo , os
conselhos da OTAN e da ONU se
reúnem e, para ev it ar uma
catástrofe na América Latina,
ameaçam cancelar a partida, o que
faria com que a disputa pelo terceiro
lugar entre Inglaterra e Irã se
tornasse a verdadeira final. Os
presidentes do diversos países do
mundo se reúnem para buscar uma
so lução e a União Euro péia
apresenta uma proposta para o
Brasil: o país iria deixar de fazer
parte legalmente da América e seria
‘transferido’ para a Europa. Lula até
coça a cabeça e cochicha com Celso
Amorim, porém desconfia que isso
poderia ser prejudicial para o seu
ano eleitoral, e a proposta é
cancelada. Como não se chega a
qualquer acordo, os dois times são
A pirâmide de Maslow: casos Bolinha e Folha
Aos bixos, gostaria de apresentar
três grandes nomes da Psicologia.
O primeiro , caríssimo à muito se debate, Bolinha não teve,
comunidade científica interna-
cional, espraia-se por diversas
áreas, sustentando vários saberes.
Os outros dois restringem-se aos
muros simbólicos da Psicologia
aqui da UFRGS. Ao final destas
breves linhas, tentarei estabelecer
uma relação entre eles.
Bolinha
Ninguém, até este exato
momento, sabe ao certo sua idade.
Não late, seu lat tes está
desatualizado , e não há um
indexador sequer que forneça
informações precisas sobre suas
produções desde que veio para a
Psicologia. De tez negra e olhos
proeminentes, volta-se, sempre,
para o observador, com um olhar
de soslaio. Há quase um consenso
de sua vida fora muito difícil até a
fase anal, quando veio conviver
com os conhecedores e, mais do
que isso, seguros entendedores da
psique canino-humana. Segundo
Anote o novo e-mail do PSIU: emaildopsiu@gmail.com
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eliminados da copa e Inglaterra e
Irã disputam a grande final.
Hooligans carecas e homens
usando turbantes tomam as ruas da
Alemanha. Muitas brigas ocorrem,
o que já era esperado. No jogo, a
Inglaterra entra como franca
favorita, entretanto, todos sabem
que camisa não vence jogo, e o Irã
dá um show de organização tática
e vence por dois a um.
Na v olta para casa, os
jogadores são considerados os
novos profetas do islamismo e o
presidente Mahmud Ahmadinejad,
que há pouco t empo hav ia
declarado a sua crença na invenção
do Holoc aust o, c ontrat o
publicitários americanos que,
usando a imagens dos jogares e
comissão técnica, clamam aos
jovens que se alistem no serviço
militar e ajudem na recriação de um
estado islâmico unido e grandioso.
Depois da entrada de 92% dos
jovens no serviço militar, o Irã
organiza um poderoso exército e
informações não comprovada-
mente fidedignas sobre as quais
em função da sua convivência com
pais rígidos, muito tempo para o
lúdico na infância, o que faz com
que uma parcela de estudiosos
entenda algumas de suas atitudes
como manifestações regressivas.
Apesar de seu passado obscuro, um
vizinho de seus familiares
info rmou, numa entrev ista
exclusiva ao Psiu, que Bolinha tirou
de letra suas questões edípicas.
Folha
Um pouco mais alto que
Bolinha, diz-se que Folha, em
função de seu ar enigmático,
pensou em cursar Psicologia. Os
mais audazes, ainda, sugerem que
ele daria um ótimo Psicanalista. A
despeito disso, pensa-se que, em
função de seu pragmatismo, Folha
teria ótimas lições a dar àquele
russo que “não tinha mais nada o
que fazer mesmo” (Folha, 2006).
Pavlov, para o no sso amigo,
“deveria dar um passeio numa
caixinha de Skinner...”
conclui a produção de sua 5
própria bomba atômica. O
estado de Israel é dizimado e
exércitos islâmicos tomam
conta de quase toda a Ásia
co nt inental e da E uropa
oriental. Uma liga das nações
cristãs é formada e, por causa
do ‘cristã’ do nome, a China
resolve unir-se ao Irã (que,
juntamente com outros antigos
países, passa a formar o estado
que simplesmente se chama
Islã Unido – até S addam
Hussein se torna um muito
bem remunerado consultor).
Venezuela, Cuba, Coréia do
No rt e e diversas naç ões
africanas se juntam ao Islã
Unido.
Ninguém sabe o que
acontecerá...
Gabriel Inticher
Binkowski (7º semestre)
gibinkowski@yahoo.com.br
Ninguém sabe ao certo qual a
sua etnia, apesar de haver quase um
consenso de que ele provém de
berço mais nobre do que aquele em
que Bolinha foi concebida.
Informações desencontradas e
até mesmo c ompleta falta de
informações. Pouco se sabe, como
fica evidente, sobre o passado
dessas celebridades. A única coisa
que se pode afirmar, segundo
estudiosos, é que eles est ão
corroborando o que sugere Maslow,
ao propor uma pirâmide hierárquica
para as necessidades canino-
humanas. A prova irrefutável disso,
alegam, foi a mudança, sem prévio
aviso, de Folha e Bolinha para o novo
RU. Ninguém sabe ao certo onde
ficam e como vivem em suas novas
instalações. Tem-se certeza, no
entanto, de que eles, atualmente, só
proc uram os c arinhosos
psicoalunos após o encerramento do
luxuoso no vo R U, quando
novamente retornam em busca da
satisfação daquilo que está na base
da pirâmide. Mundo cão esse!
Adriano Salles (3° ano)
 6
De tanto viajar virou o olho de Chica.
Quando ela voltava era uma coisa
pela outra, confusão nas terras de
ninguém que eram as paisagens de
uma janela de avião, ônibus,
caminhão . Não que ela não
caminhasse, é que seu olho
precisava sempre de uma câmera,
ela dizia, e era desses encaixes nas
andanças que Chica lembrava.
Quando voltava, então, era olho pra
lá e pra cá; mas, preguiçoso, que
depois de tanto ver novo, aquilo que
ela se dizia já ter visto ficava com a
reba do enquadre.
Foi nessa viagem de volta, essa
perto da lembrança, que o estafo da
moça teve que se surpreender, ainda
que demorasse.
Chica
Quando sentada na poltrona
ela sentiu um vento de tempo
passar, coisa estranha. Tinha
acabado de se despedir (porque
assim era que ela se acabava
naquele lugar que deixava) e agora
vinha esse ligeirão sorumbático de
filme fora de seqüência, em que
Chica estava no mesmo lugar, o
olho atrav essado lá, só que
trambicando ali em redor uma
corrida torpe.
Quando seu olhar que era torto
passava numa reta, pensa que virava
curva, assim mais tragável? Nada,
ficava retinha, o que podia era
sumir um ponto. É que acontecia
que Chica forçava demais pra ver, e
aí faltava. Mas tudo isso era antes,
que agora nesse acontecimento o
olho v irado foi enc hendo de
lágrima, e tava tudo ali curvado. Ela
bem que quis tocar, mas pensou
que melhor era ficar longe, pequena,
apreciando. Dali a pouco Chica
sentiu-se ridícula, mesmo previu o
anúncio: “Que tal a vesga se
debulhando?”. Que aquilo que era
dos outros, as palavras, era dela
também! E nem precisavam lhe
contar, ou pensa que ela via como?
Chica chegou, e quando parou
de voltar da viagem não sabia mais
o que tinha trazido nem o que tinha
deixado. Entrou na rua livre sem
nenhum quadrado pra ajudar.
Sara (7º semestre)

Psiu Poesia
Não te darei portas, Foi estranho Belas faces se chocam num amor
Chaves, a serenidade dos olhos composto
Fechaduras. Pararam em estado apático toque de pele somente
Nem quero mostrar-te janelas, Partiam e vinham em mim Inexistem noções, entendimentos
Paisagens, A realidade é colorida, esbelta no momento de fluxo intenso
Viagens imponente e inconstante Misturas pelo tempo exposto
Passadas ou futuras. embora naquele instante
Posso apenas ouvir o teu olhar; De surpresa, o branco dos teus Sozinhos em cada um e tão juntos
Acolher a tua voz no coração; olhos Amam a si mesmos o outro
Sentir o toque da tua dança raiavam uma manhã fria de sol. Pouco a pouco.
No espaço compartilhado
Do tempo (em) que acordamos. Guto (3° ano) Guto (3° ano)
Se não quiseres olhar,
Ouvirei tua escuridão como puder.
Quando não falas
Tento acolher o teu silêncio.
Agora, sem dança... ai!
Sem dança não há vida!
A nova
Mas se porventura, c o m p a n h e i r a
Sem cordas, sem amarras,
E dentro do que estamos d a C a f e t i n a
acordados,
Não satisfeitos com os serviços da
Concordasses,
Cafetina, os estudantes de
Poderias me dar o troco.
Psicologia resolveram buscar carne
Tipo assim, tudo trocado!
nova para saciar seus mais íntimos
Tá ligado?
desejos. Agora contam com a
Veja bem, nós somos nós de
presença cool e sensual da
redes:
GELATINA, a geladeira do DAP.
Mais e menos parecidos
Apesar de antiga e um pouco
E (in)diferentes
flácida, ela está dando conta do
Do que parece.
recado. As mulheres podem se
aproveitar também, já que a
Maynar Vorga (MST)
geladeira é assumidamente biplex.

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 7
Prestação de contas do DAP
Da ta Histórico Dé bito Cré dito Sa ldo

I Campeonato de Taco-bola da Psico

18/5/2005 Saldo anterior R$ 1.394,22
9/5/2005 142 cópias referentes às ins criç ões para as R$ 10,00 R$ 1.384,22

Basta enviar o nome para o email para participar. Serão fornecidos tacos para quem não tem, assim como a bola. Será
com is sões
2/6/2005 Gastos do “Ps ico 8 ½ ” R$ 702,78 R$ 681,44

permitido o uso de tacos personalizados, desde que dentro dos padrões estabelecidos pela comissão organizativa.
2/6/2005 Renda do “Ps ico 8 ½ ” R$ 928,56 R$ 1.610,00
7/6/2005 Com pra de isopor e alfinetes para o m ural do DAP R$ 8,00 R$ 1.602,00

8/6/2005 12 cópias R$ 0,95 R$ 1.601,05

20/6/2005 Com pra de produtos de higiene R$ 43,74 R$ 1.557,31

As duplas serão escolhidas aleatoriamente para melhor entrosamento dos estudantes.

21/6/2005 Com pra de m ateriais para o DAP R$ 8,90 R$ 1.548,41
23/6/2005 Xerox do “Ps iu!” R$ 31,55 R$ 1.516,86
13/7/2005 Divulgaç ão do “Psic o 8 ½” R$ 2,80 R$ 1.514,06
13/7/2005 Com pra de c opos para o “Ps ic o 8 ½” R$ 27,00 R$ 1.487,06
14/7/2005 Gastos do “Ps ico 8 ½ ” R$ 1.151,55 R$ 335,51
14/7/2005 Renda do “Ps ico 8 ½ ” R$ 964,14 R$ 1.299,65
(?) Com pra de m ateriais para a abertura da porta R$ 196,86 R$ 1.102,79

Já iniciaram as inscrições pelo emaildotaco@yahoo.com.br

18/8/2005 Com pra de produtos de higiene R$ 8,20 R$ 1.094,59
18/8/2005 Gastos c om “Psic o 8 ½” R$ 463,34 R$ 631,25
19/8/2005 Renda do “Ps ico 8 ½ ” R$ 616,39 R$ 1.247,64
22/8/2005 Gasto com x erox R$ 4,80 R$ 1.242,84
22/8/2005 Gasto com x erox R$ 4,80 R$ 1.238,04
2/9/2005 Contribuição c om a Calourada do DCE R$ 400,00 R$ 838,04
2/9/2005 Noss a parte na arrecadaç ão da CAlourada do DCE R$ 700,00 R$ 1.538,04

3/9/2005 Gastos c om fes ta em parc eria com psic ologia/Puc R$ 495,00 R$ 1.043,04
“Psic o 8 ½”
3/9/2005 Renda do “psic o 8 ½” (luc ro dividido com a R$ 523,35 R$ 1.566,39
psicologia/puc )
6/9/2005 Com pra de extens ão elétrica R$ 10,80 R$ 1.555,59
12/9/2005 Com pra de produtos de higiene R$ 6,36 R$ 1.549,23
15/9/2005 Gastos c om a festa em conjunto com a Fabico R$ 813,56 R$ 735,67
“Chinelagem 8 ½”
15/9/2005 Renda da “Chinelagem 8 ½ ” (lucro dividido c om a R$ 837,56 R$ 1.573,23
Fabico)
4/10/2005 Com pra de 45 envelopes de ofíc io (unidade: R$ R$ 13,50 R$ 1.559,73
0,30)
4/10/2005 23 cópias R$ 1,84 R$ 1.557,89
5/10/2005 Gastos Ps ico 8 ½ R$ 499,60 R$ 1.058,29
5/10/2005 Com pra de papel c ontac t R$ 24,00 R$ 1.034,29
6/10/2005 Gastos Ps ico 8 ½ R$ 6,57 R$ 1.027,72
6/10/2005 Luc ro Ps ic o 8 ½ R$ 626,47 R$ 1.654,19
13/10/2005 Devolução de dinheiro referente a empréstimo para R$ 272,00 R$ 1.926,19
o Enep
17/10/2005 20 cópias R$ 1,60 R$ 1.924,59
18/10/2005 30 cópias R$ 2,40 R$ 1.922,19
19/10/2005 50 cópias R$ 5,00 R$ 1917, 19
19/10/2005 Com pra de Cerveja Psico 8 ½ R$ 391,56 R$ 1.525,63
19/10/2005 Gasolina para bus car som na Res tinga R$ 20,00 R$ 1.505,63
20/10/2005 Gastos c om gelo R$ 24,00 R$ 1.481,63
20/10/2005 Arrec adação do Psico 8 1/2 R$ 965,90 R$ 2.447,53
20/10/2005 Doaç ão para a Rádio Comunitária da Restinga R$ 508,34 R$ 1.939,19
(luc ro do Ps ico 8 ½
27/10/2005 Com pra de Gelo R$ 7,40 R$ 1.931,79
27/10/2005 Arrec adação da venda de c ervejas R$ 77,70 R$ 2.009,49
7/ 11/ 20 05 C o m p ra de pro du t os de lim pe z a R $ 16 , 86 R $ 1. 99 2, 6 3
8/ 11/ 20 05 C o m p ra de c a fé R $ 3 , 99 R $ 1. 98 8, 6 4
1/ 12/ 20 05 C o m p ra de A m p lific a do r c om m a is du as c a ix a s d e R $ 4 50 , 00 R $ 1. 53 8, 6 4
s om
1/ 12/ 20 05 C o m p ra de c e rveja e á gu a p ara o ps ic o 8 ½ R $ 8 41 , 90 R $ 696 , 7 4
1/ 12/ 20 05 C o m p ra de ge lo p ara o ps ic o 8 ½ R $ 31 , 50 R $ 665 , 2 4
1/ 12/ 20 05 A rrec ada ç ã o P s ic o 8 ½ R $ 1. 0 51 , 14 R $ 1. 71 6, 3 8
22/ 12/ 20 05 C o m p ra de C erve ja e G elo R $ 1 42 , 62 R $ 1. 57 3, 7 6
22/ 12/ 20 05 A rrec ada ç ã o d e H a pp y H o ur de fim de a no R $ 34 , 20 R $ 1. 60 7, 9 6
TOTAL R $ 1. 60 7, 9 6

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 8
Notícias da Reforma Curricular
Boatos, rumores e movimentos a
respeito da reforma curricular têm
circulado por todos os cantos. Nos
vimos então instigados a criar mais
um espaço para deixar claro em que
pé anda a situação. A Reforma
Curricular do curso de Psicologia
vem sendo organizada a partir de
discussões intensas e trabalhosas
em uma Co miss ão d e R efor ma
Curric ular co mpos ta p or
re pres enta nte s do s tr ês
departamentos, dos alunos, da
direçã o, da C OMGRAD e d os
funcionários. O processo estava em
and ament o e ha via um esb oço
parcial de uma proposta, que tem
circulado pela Psico, tamb ém
apresentada e discutida na semana
acadêmica. No mês de janeiro,
quando esperávamos terminar o
esboço da primeira proposta (que
ainda seria amplamente discutida
e modificada), tivemos conflitos
bastante significativos dentro da
comissão. Parecia haver um grande
descompasso entre as discussões
do s de par tame nto s e as da
comissão, o que gero u brigas,
desentendimentos e dificuldades de
seguir o trabalho com as diferentes
opiniões.
Pa ra lidar com est as
diferenças, decidiu-se por uma
nova metodologia de trabalho para
a comissão: dividiu-se a carga
horária do curso em três partes
iguais, para que cada departamento
fizesse a organização da parte que
lhe cabia. Ficou decidido que a
Comissão trabalharia sobre estas
partes quando elas lhe fossem
apresentadas, no dia 03 de abril.
Entendemos que, com esta
divisão, o trabalho desenvolvido até
o momento seria utilizado para que
os departamentos tivessem idéias
caso houvesse interesse por suas
pa rtes . Ou se ja, o no vo
encaminhament o nã o da va
co ntinuida de a o t raba lho já
desenvolvido, que ia muito bem,
mesmo que com a necessidade de
diversos ajustes.
Ta mbém fic amo s ba stante
preocupados com a articulação
entre as t rês prop osta s, p or
entendermos que, se as três partes
não fossem ajustadas e articuladas,
teríamos um curso tão ou mais
fragmentado quanto o de hoje.
Passamos a nos questionar sobre a
viabilidad e de se fazer uma
ar ticulaçã o entre as part es
pr opos tas , uma ve z q ue não
ha víamos c onse guid o co oper ar
so bre algo que vínhamos
construindo em conjunto.
Em meio a est es
questionamentos, tínhamos receio
que a falt a de tempo p udes se
dificultar a p rodução dess as
articulações e favorecer a criação
ágil de uma proposta fragmentada.
Talvez para os demais participantes
do processo as coisas tenham sido
percebidas de outra forma, mas,
para os estudantes, houve uma
grande ruptura quando se deu a
divisão de tarefas realizada em
janeiro. Isso indicava que as coisas
precisavam ser revistas!
A dive rsid ade de
compreensões é bastante rica em
nosso curso, contudo, não basta ter
as diferenças no curso, é preciso
que elas realmente possam coexistir
e dialogar.
Ap ós e ste tumulto, com a
tomada de consciência destes fatos,
os est udantes fic aram muito
preocupados, o curso já iniciou
diversos processos de Reforma
Curricular e não os levou a cabo!
Este processo também encerraria
assim? E se fosse possível seguir
ne sta divisão , co mo gara ntir a
proposta pedagógica articulada em
algo c omp osto de for ma t ão
fragmentada?
Um sentimento de indignação
aumentava por saber que isso não
estava acontecendo por limitações
na s co ndiç ões do c urso ou da
capacidade intelectual de nossos
professores, mas por brigas e jogos
institucionais que prejudicam a
tod os e que são muito
solidificados.
A part ir d as d iscussõe s,
considerando as inúmeras dúvidas
e tempo escasso, os estudantes
resolvem recorrer com urgência a
PR OGRA D (P ró-R eito ria de
Gr adua ção ). Em r eunião de
estudantes sobre o tema, realizada
no dia 15/03 s e d ecid iu p or
unanimidade solicitar que o órgão
pudesse coordenar a continuidade
da dis cuss ão d o p roce sso de
reforma curricular. O objetivo deste
encaminhamento foi de retomar o
tr abalho feit o p ela comissã o,
possibilitando a esta a continuação
de um pensamento conjunto acerca
da pro pos ta e m a nda ment o.
Frisamos que, de forma alguma,
estamos com isso desvalorizando
o trab alho feito, muit o pe lo
contrário. Nossa compreensão é de
que, com alguma mediação externa,
seria possível dar continuidade ao
trabalho coletivo fazendo-o dentro
dos prazos. Ta mbém tínha mos
co mo o bje tivo esc lar ecer o
processo institucional, os prazos e
os impactos da reforma sobre a
trajetória dos estudantes em curso.
A reunião com a assessora
re sponsável d a PR OGR AD foi
realizada no dia 20/03, na qual
fo ram esclarec ido s divers os
aspectos de prazos e processos do
andame nto da p ropo sta. A
re pres enta nte da PROGRAD se
colocou a disposição para auxiliar
o encaminhamento do processo,
mas esclareceu que só poderá o
fazer por convite do grupo dos
envolvidos. Em um sentido prático,
es ta a sses soria co ntemplar ia
plenament e no ssos anseio s.
Contudo, neste momento, essa
decisão caberá aos membros da
Comissão de Reforma Curricular.
Na s pr óximas semanas a
ampla participação dos estudantes
se rá d ecis iva par a garantia de
mudanças tão esperadas…
Me mbro s Discentes da
Comissão de Reforma Curricular

Seja Veja
um editor do PSIU!
só o depoimento de L.S.D., ex-editora do PSIU:
“Nossa, minha vida deu um giro de 360 graus depois de participar do PSIU! Sou reconhecida
por onde passo. Nunca mais fui ao cinema sozinha e só pego os bonitões das festas. Fui até
pré-selecionada para o Big Brother! Meus cabelos estão mais firmes e sedosos e meus peitos
mais cheios e firmes. Ah, e além disso tudo, incrementei meu currículo Lattes!”

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