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Como viver em paz

Em Filipenses 4 a escritura diz que a paz de Deus guarda os nossos corações. Há sete
atitudes que um filho de Deus precisa ter para manter a paz de Deus no seu coração. Tudo o
que o Senhor faz é por meio da paz em nosso coração. A paz é o ambiente no qual o Espírito
Santo pode agir.
Quando permitimos que as águas do nosso interior fiquem tumultuadas não
conseguimos perceber a direção do Espírito. Normalmente pensamos que precisamos sentir
paz para perceber a direção do Espírito, mas esse não é o padrão da palavra de Deus. Na
verdade, nós vivemos em paz e podemos perceber a direção do Senhor justamente quando
perdemos a paz.
A vontade de Deus é que vivamos imersos na sua paz, mas o crente pode perder o
desfrute por causa de atitudes erradas. Filipenses 4:1-8 nos mostra sete atitudes para manter
a paz.

1. Permaneça firme no Senhor


Portanto, meus irmãos, amados e mui
saudosos, minha alegria e coroa, sim,
amados, permanecei, deste modo, firmes no
Senhor. (Fp 4.1)
Permanecer aqui significa continuar firme seguindo o caminho do Senhor. Quando
perseveramos podemos desfrutar da paz.
A Palavra de Deus nos fala para permanecermos firmes:
• Firmes na fé - I Cor. 16:13
• Firmes na liberdade - Gl 5:1
• Firmes em um só espírito lutando pela fé - Fp.1:27
• Firmes no ensino e na doutrina - II Ts. 2:15

2. Mantenha a concordância e a unidade


Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem
concordemente, no Senhor. A ti, fiel
companheiro de jugo, também peço que as
auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no
evangelho, também com Clemente e com os
demais cooperadores meus, cujos nomes se
encontram no Livro da Vida. (Fp 4.2-3)
Nós estamos inseridos num mesmo corpo e não podemos desfrutar da paz se estamos
em discordância com os outros membros.
No verso 3 Paulo usa a expressão "companheiro de jugo" em oposição à discordância
entre as duas irmãs. Nas fazendas antigas os fazendeiros usavam dois bois para puxar o
arado. Companheiro de jugo portanto significa ser jungido a outro para suportar uma
incumbência comum.
Somente podemos pensar concordemente, quando estamos debaixo de um mesmo
jugo. Quando pensamos concordemente desfrutamos e mantemos a paz de Deus em nossos
corações.

3. Alegre-se sempre no Senhor


Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo:
alegrai-vos. (Fp 4.4)
Somente podemos nos alegrar no Senhor quando não discordamos dele e da maneira
como ele opera em nossas vidas. Somente quando abandonamos toda justiça própria é que
podemos realmente nos alegrar no Senhor, por que somente ai é que consideramos tudo
que recebemos como expressão da graça de Deus.
Mas há ainda um outro aspecto que devemos considerar. Neemias 8:10 diz que a
alegria do Senhor é a nossa força. Não é a nossa própria alegria, mas a alegria do Senhor.
Precisamos crer que o Senhor está alegre conosco por causa da obra de Cristo. Se cremos
que ele está irado não conseguiremos nos alegrar nele. Mas quando entendemos que ele
está alegre conosco, nós podemos nos alegrar e nisso estará a nossa força.
A alegria também está intimamente relacionada com a gratidão. Só pode ser grato
quem desfruta a graça. E somente desfruta a graça aquele que entende que não merece
nada de Deus. O resultado natural da alegria é a paz. Lembre-se que Paulo estava na cadeia
quando escreveu isso.

4. Seja moderado em tudo


Seja a vossa moderação conhecida de todos os
homens. Perto está o Senhor. (Fp. 4.5)
Moderação significa ser tranqüilo, paciente e tolerante. Alguém moderado não
permite que as emoções controlem suas reações.
A palavra no original tem o sentido de não exigir justiça. Isto é interessante porque a
quilo que mais tira uma pessoa da moderação é o senso de que está sendo injustiçada. Então
vivemos com moderação quando somos livres da justiça própria, do merecimento. Paulo diz
que o Senhor está perto e, estando o Senhor perto não precisamos nos exasperar porque ele
vê todas as coisas.
Podemos comparar o interior de uma pessoa há um lago. As emoções tornam as águas
turbulentas e sujas. Devemos ser cuidadosos com qualquer coisa que tumultue as águas.
Uma pessoa moderada é calma, tranqüila e tolerante. Mantemos a paz quando mantemos
as águas do coração calmas.

5. Não ande ansioso de coisa alguma


Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graças. (Fp. 4.6)
A palavra ansiedade no grego significa “mente dividida”. O ansioso não tem
estabilidade. Uma mente dividida tem a faculdade de compreensão anulada. A percepção da
realidade é afetada. A produtividade é afetada. A mente dividida é uma mente passiva.
A ansiedade produz uma série de doenças psicossomáticas como: úlceras no estômago
e no duodeno, gastrite, doenças mentais, doenças do coração, hipertensão, asma,
reumatismo, mau funcionamento da tireóide, artrite, glaucoma, insônia, anourexia,
obesidade, stress e esgotamento nervoso.
Não há como mantermos a paz e andarmos ansiosos. Para mantermos a paz
precisamos vencer a ansiedade. E a forma como vencemos a ansiedade é pela oração.
Precisamos pedir ao Pai. Deus nos criou com a liberdade de escolha, portanto não
podemos ser abençoados de maneira forçada. É como se o Senhor nos dissesse: “tenho todas
essas bênçãos para lhe dar: saúde, salvação, sucesso, sabedoria, mas eu preciso de uma
resposta da sua parte, você precisa consentir, concordar em receber todas essas bênçãos.
Eu não posso abençoá-lo contrariando a sua liberdade de escolha.”
Oração nada mais é que o coração aberto, a mente aberta e as mãos abertas para
receber. Não trazemos nada para Deus, mas recebemos tudo da sua mão. Deus não pode
abençoar alguém que está com a mente fechada, o coração fechado e as mãos fechadas.
Não adianta dizer coisas como: “se Deus quer me abençoar, ele vai me abençoar de qualquer
jeito!” Deus não pode fazer isso. Você precisa dar a ele a liberdade para fazê-lo. Fazemos isso
quando pedimos em oração.

6. Apresente as suas petições pela oração e pela súplica, com ações de graças
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. (Fp 4.7)
A maneira como o diabo escraviza as pessoas é sempre por meio do medo (Hb. 2:14-
15). Nós, porém, podemos viver sem medo porque conhecemos o Senhor como o Deus da
paz (Rm. 15:33).
Paulo diz que o Deus da paz será conosco. E você sabe o que acontece quando Deus
se manifesta em nós como o Deus da paz?
E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a
Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco. (Rm
16.20)
O Deus da paz vai esmagar cada medo, cada preocupação e toda ansiedade em sua
vida. A graça está nesse verso também. A graça é a única coisa contra a qual o diabo não tem
defesa. Se você vive pela sua obediência e merecimento o diabo tem poder sobre você
porque ele sempre pode te acusar de alguma coisa que você não tem feito. Isso dá a ele
domínio sobre você. Mas se a graça, o favor imerecido de Deus, for a base da sua fé, então
o diabo não tem como te atacar.

7. Controle a sua mente


Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O
que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em
mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco. (Fp 4.8-9)
Mantemos a paz controlando tudo aquilo que vêm à nossa mente. Muitas pessoas
presumem que não podem controlar os próprio pensamentos. Isto não é verdade. Não
podemos impedir que uma pássaro pouse em nossa cabeça, mas podemos impedi-lo de fazer
um ninho.
Tudo o que Deus faz ele faz usando imagens. Também o diabo usa imagens e para
produzir tais imagens ele recorre a sofismas e falácias.
Sofismas são conclusões falsas baseadas em premissas aparentemente verdadeiras. O
diabo usou de sofisma para tentar a Jesus em Mateus 4. Observe que ambos basearam-se
naquilo que está escrito.
Falácia é uma mentira muito parecida com a verdade. Normalmente o diabo usa de
algum padrão de pensamento pecaminoso para nos convencer da falácia.
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim
poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de
Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
(II Cor 10.4-5)
Nós nos tornamos naquilo que pensamos.
Nós estamos onde nós colocamos a nossa mente.
Nossos pensamentos moldam o nosso comportamento. Nosso comportamento é o
resultado de nossas crenças e pensamentos.
No final nós sempre fazemos aquilo que pensamos.
Porque, como imagina em sua alma, assim ele é; ele te diz: Come
e bebe; mas o seu coração não está contigo. (Pv 23.7)
Sendo assim é absolutamente fundamental controlarmos aquilo que pensamos. Paulo
nos dá um crivo espiritual por onde temos de avaliar os nossos pensamentos.

a. Tudo o que é verdadeiro


A palavra verdadeiro na Palavra de Deus sempre significa duas coisas: o oposto da
mentira e aquilo que é real em oposição ao falso. Quando Jesus disse que ele é a verdade ele
estava dizendo que ele era a realidade última de todas as coisas. Sem ele tudo era falso.
Não devemos nos permitir pensamentos mentirosos.

b. Tudo o que é respeitável


A palavra grega para respeitável significa digno de reverência, nobre, sério, indicando
a idéia de dignidade e reverência (I Tm. 3:8, 11; Tt 2:2). Assim todo pensamento indigno e
ignóbil deve ser rejeitado.

c. Tudo o que é justo


Isto se refere a tudo o que é correto diante de Deus e dos homens.
d. Tudo o que é puro
A palavra puro significa singelo na intenção e nos agir, sem mistura. Ser puro desta
forma significa não ter fingimento.

e. Tudo o que é amável


A palavra amável significa agradável, encantador, afetuoso.

f. Tudo o que é de boa fama


A palavra grega significa soar bem, ou seja, tudo o que é de boa reputação, renomado,
atraente, cativante e bondoso.

g. Se alguma virtude há e se algum louvor existe


A palavra virtude também pode ser traduzida como excelência. Ter louvor significa ser
digno de louvor e elogio. Essas duas coisas são o somatório das outras anteriores.
Por fim Paulo diz para que praticassem aquilo que eles aprenderam, receberam,
ouviram e viram nele. Paulo se colocava como um modelo a ser imitado pelos irmãos.

Pr. Aluízio Silva

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