Bloco 2 – Fronteiras, relações internacionais e metodologia de trabalho de campo
1. Para Yves Lacoste, o pesquisador deve ter responsabilidade com o território e
com a população estudada. Segundo ele, por que e como se dá essa responsabilidade? Suas críticas vão na direção de todo o sistema de produção de pesquisa, quando o pesquisador faz uma coleta ou descobre novos dados, ele deveria buscar formas de se comunicar com a comunidade estudada. Uma busca além das fronteiras acadêmicas, abrangendo com uma linguagem acessível a toda população. Se torna dever do pesquisador, que vai a campo, se importa com a comunidade é ajuda estes indivíduos a obter uma resposta, sobre o que está sendo coletado. As novas gerações de pesquisadores têm sofrido com a falta de incentivo de ir a campo estudar e coletar dados, sendo a questão orçamentaria a principal culpada da falta de estimulo. Resultando em pessoas com nível de graduação que apenas sabem analisar os dados, mas que não tiveram a experiencia de criar novas pesquisas. Que não possuem ferramentas e práticas sobre como se faz uma pesquisa. Outra crítica feita é sobre o monopólio do Estado em relação as pesquisas produzidas, mesmo financiando a produção delas, ele deveria deixar ela acessível população, estas pesquisas poderiam ser usadas pela população. Pessoas de fora das universidades tendo acesso poderiam ajudar a deixar menos técnica a linguagem usada pelos cientistas.
2. Para José de Souza Martins, a principal característica da fronteira no Brasil é o
conflito social. Segundo ele, por que isso se dá? Adicionalmente, qual é (ou quais são) as fronteiras para o autor? As disputas por territórios no Brasil e marcada por conflitos violentos e discursões políticas, isto agravado pela desigualdade social cria indivíduos dependentes da terra. Os conflitos abrangem diversos grupos étnicos, como os indígenas, quilombolas e campesino, que são vítimas de violência e ataques de grandes fazendeiros. Na amazonas, uma região cheia de divergência entre indígenas com fazendeiros terminando muitas vezes em fatalidade, cria vertesses para estudos de conflitos étnicos e sociais, sofre os limites das fronteiras que vão muito além do espaço geográfico. Vemos que a disputa de fronteira está nos conflitos das relações entre as pessoas, da forma de como aquela terra e vista por cada um deles e seus interesses nela. Para o autor as fronteiras de expansão estão ligada ao crescimento econômico e de relações comerciais, já as fronteiras pioneiras são fronteiras ligada a questão geográfica um local que vai crescendo sobre a mata. 3. Por que, para Márcio Scherma, as fronteiras são o lugar em essência das relações internacionais? Se baseando que as fronteiras pertencem a organismos poderosos o suficiente para atender as necessidades dos indivíduos que habitam nela e se proteger de ameaças externas. Sua ausência cria grupos de indivíduos impondo suas vontades sobre os outros, o surgimento do Estado e a principal razão da necessidade de delimitar uma região geográfica, sendo um sistema que se impõem sobre estes indivíduos eles terão a obrigação de aceitar as regras e contribuir para que estas regras sejam cumpridas. A relação entre pessoas de grupos diferentes e o principal foco dos estudos de RI sendo, de países diferentes pessoas terão diferenças sociais que acarretaram em conflitos étnicos. E para países mais desenvolvidos a ideia de fronteira se torna uma barreira, usam para filtrar os indivíduos que desejam entrar em seu território e ele estará sujeito as leis deste local. Em um mundo globalizado, onde a interação das pessoas pela internet, rádio, jornal e outros. O acesso a estes meios tem se barateando cada vez mais fazendo com que as pessoas se conectem com informações de qualquer lugar do mundo. A ideia de uma fronteira se torna apenas geográfica. Já que pessoas que pertencem a uma nação consegue se informa e opinar com pessoas que estão dentro dela. Diminuindo a bolha social de uma visão limitada a apenas os interesses de sua nação, que agora elas poderão ter acesso ao ponto de vista de pessoas de outros grupos.