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APOSTILA – PASSO A PASSO SOBRE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

1. Uma SENTENÇA JUDICIAL fixa a obrigação de pagamentos de alimentos. Somente uma


NOVA SENTENÇA pode desobrigar o Pai (Alimentante) de pagar;

2. Mesmo após a MAIORIDADE do(s) Filho(s) [Alimentando(s)] o Pai (Alimentante) tem a


obrigação de pagar, até que ingresse com uma Ação de Exoneração de Alimentos que
determine uma nova decisão desobrigando os pagamentos/descontos em folha;

3. O Alimentante deve ingressar com a Ação de Exoneração de Alimentos em face dos


credores (filhos) que figuram na qualidade de Réus, ou seja, os Réus são os Beneficiários
da Pensão;

4. Desta forma, fica esclarecido que NÃO HÁ CESSAÇÃO AUTOMÁTICA, sendo necessário o
ajuizamento da ação;

5. A ação tem início na Petição Inicial;

6. O interessado na Exoneração deve fundamentar os motivos do pedido, juntando as provas


de suas alegações, ou seja, se for fundamentado sobre a MAIORIDADE, deverá juntar no
processo as CERTIDÕES DE NASCIMENTO, comprovando a maioridade civil de cada filho;

7. O principal fundamento para a Exoneração de Alimentos é a MAIORIDADE, desde que não


estejam cursando ensino superior (Graduação);

8. Caso o(s) filho(s) maiores de idade, já tenham concluído o ensino superior e estejam
cursando pós-graduação, a PÓS não confere o direito da manutenção da Pensão;

9. Caso a Exoneração se fundamente pelo fato de os filhos terem condições de arcar com as
suas próprias despesas, deverá o Autor (Alimentante) comprovar que os filhos exercem
trabalho fixo e possuem salário;

10. O foro competente para ajuizar a ação é no domicílio do(s) ALIMENTANDO(S) [Artigo 53,
inciso II do NCPC];

11. A ação de Exoneração é AUTÔNOMA, tendo em vista que a ação que determinou a
obrigação de pagar a pensão já transitou em julgado;

12. É recomendável a utilização de fotos de REDES SOCIAIS dos alimentandos para comprovar
que não necessitam da pensão. O ideal são fotos que demonstrem a ficha técnica dos
beneficiários, informando: Onde residem, se cursam ou já concluíram a faculdade, se
trabalham e onde trabalham, e se vivem uma vida de ostentação;

13. Eis o CHECK LIST para ingressar com a EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS:

14. Do Alimentante: RG, CPF, COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA, COMPROVANTE DE RENDA,


DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, DECLARAÇÃO DE IRPF, CÓPIA DA SENTENÇA (QUE
DETERMINOU A PENSÃO;

15. Dos Alimentandos: RG, CPF, ENDEREÇO, CERTIDÕES DE NASCIMENTO,


CERTIFICADO/DIPLOMA DE ENSINO SUPERIOR, FOTOS DAS REDES SOCIAIS;

16. Reunidos todos os documentos, resta necessário determinar a forma adotada para a ação:
Exoneração Consensual ou Exoneração Litigiosa;
17. Na hipótese de EXONERAÇÃO CONSENSUAL os FILHOS concordam com a exoneração,
ASSINANDO A PETIÇÃO INICIAL juntamente com o PAI, afirmando assim que podem viver
SEM A PENSÃO. A ação é distribuída no foro competente, com a ressalva de que as partes
estão de acordo, requerendo assim o deferimento antecipado do mérito;

18. No caso de haver a EXONERAÇÃO LITIGIOSA, a ação deverá ser distribuída normalmente
no foro competente. Ocorrerá o andamento do procedimento comum a qualquer ação
judicial;

19. O requerente (ALIMENTANTE) pode requerer Preliminarmente a Concessão da Gratuidade


de Justiça e/ou a Tutela Antecipada para suspensão dos descontos em folha (é raríssimo a
concessão de tutela para suspensão);

20. E seguida é feita a INTIMAÇÃO dos alimentandos e consequentemente a marcação da


AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO;

21. Na audiência de conciliação, havendo o ACORDO, este é encaminhado para o Juiz para
homologação e cumprimento;

22. Não restando o acordo, será aberto o PRAZO para que os ALIMENTANDOS apresentarem a
sua CONTESTAÇÃO;

23. Apresentada a Contestação, o processo retorna para o Juiz, que ouvirá o Autor sobre as
alegações e documentos acostados pelos Réus, questionando se existem outras provas a
produzir;

24. OBS: Caso o filho declare que seja incapaz por algum tipo de enfermidade, será necessária
a apresentação de LAUDO MÉDICO/PERICIAL;

25. Dito isso, havendo a NECESSIDADE, o juiz marcará a ACIJ. Caso contrário, decidirá o
MÉRITO antecipadamente com as informações que já obteve ao longo do processo;

26. OBS 2: Casos fundamentados sobre a MAIORIDADE, em regra, são julgados


antecipadamente, com base nas provas acostadas nos autos;

27. Havendo a ACIJ, é tentada nova conciliação. Não havendo acordo, ouve-se as
TESTEMUNHAS DO AUTOR e em seguida as TESTEMUNHAS DO(S) RÉU(S);

28. Ouvidas as testemunhas, segue-se para o debate oral entre os advogados ou alegações
finais por meio de petição;

29. Por fim, os autos são conclusos para decisão de mérito;

30. Caso a decisão não agrade a alguma das partes, é possível a realização de RECURSO.

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