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COMUNICAÇAO E REDES

Atividade

Aluno: Marcelo Miranda – 3º H – Publicidade e Propaganda

FUMEC – BELO HORIZONTE

2020

O que é Cultura do Simulacro, de exemplo.

“Quando o real já não é o que era, a nostalgia assume todo o seu sentido. Sobrevalorização dos
mitos de origem e dos signos de realidade. De verdade, de objetividade e de autenticidade de
segundo plano. Escalado do verdadeiro, do vivido. Ressurreição do figurativo onde o objeto e a
substância desapareceram. Produção desenfreada de real e de referencial paralela e superior
ao desenfreamento da produção material. Assim surge a simulação na fase que nos interessa:
uma estratégia de real, de neo-real e de hiper-real. Que faz por todo o lado a dobragem de
uma estratégia de dissuasão.” (S&S, p. 14).

Simulacro é o produto da simulação. A simulação da realidade, a cópia da ideia, não é a


verdade nem falso, vivemos em um mundo simulado onde as margens da realidade e da
irrealidade se esvaem. O real e o ficcional ocupam o mesmo lugar. O conjunto de signos
produzidos pela simulação, portanto, não se originam da copia das ideias, e sim da cópia da
cópia. Simulacros são signos sem vínculos com o real, autoproduzidos. Se a ação é uma
simulação, o resultado é um simulacro. Segundo Baudrillard, “O que toda uma sociedade
procura ao continuar a produzir e reproduzir, é ressuscitar o real que lhe escapa. É por isso que
está produção material é hoje, ela própria, hiper-real. Ela conserva todas as características do
discurso da produção tradicional, mas não é mais que a sua refracção desmultiplicada. Assim,
em toda parte o hiper-realismo da simulação traduz-se pela alucinante semelhança do real
consigo próprio.” Origina-se da simulação, da aparência. A cópia da cópia. Para Baudrillard, o
mundo em que vivemos foi substituído por um mundo-cópia, no qual vivemos cercados por
simulacros. Simulacros são signos sem vínculos com o real, auto-produzidos. São objetos sem
referência que se apresentam mais reais que a realidade. Se a ação é uma simulação, o
resultado é um simulacro. Assim, quaisquer distinções entre o real e o irreal torna-se
impossível. Da simulação e dos simulacros origina-se a hiper-realidade. A diferença de uma
simulação para o simulacro de fato, é que no estágio de simulação, ainda conseguimos
perceber que estamos, de alguma forma, sendo enganados, ou de que estamos vivendo de
alguma forma, algo que não é supostamente real. Já no simulacro, perdemos por completo
essa noção. Adotamos como suposta verdade um conceito que já não temos mais o
discernimento de ser uma distorção ou simulação. A compreensão do tempo e a manipulação
de imagens visuais (edição), muitas vezes promulgam uma história na qual a narrativa
“transformadora” constitui um elemento crucial para o gênero. Um exemplo claro desse
assunto são as fotos de pessoas estampadas em propagandas, artigos de revista e portais de
Internet. São fotos que muitas às vezes também que teve alguma história de deslizes
cometidos em retoques e tratamentos de imagens dessas mesmas mulheres, que chegaram ao
ponto de distorcer totalmente o que entendemos como o normal na anatomia ou estética
humana. Em alguns momentos, presenciamos até mesmo erros gritantes, que chegam a sumir
com partes do corpo. Tudo isso, baseado em uma distorção. Um conceito de hiper-realidade .
Convencionou-se que a beleza deve atingir um ideal que, se pararmos para pensar, é absurdo.
Um ideal de beleza impossível de ser atingido, simplesmente pelo fato de ser uma beleza
inexistente, a não ser no imaginário de algumas pessoas. “As pessoas já não se olham, mas
existem institutos para isso. Já não se tocam, mas existe a contato terapia. Já não andam, mas
fazem jogging. Por toda a parte se reciclam as faculdades perdidas, o corpo perdido, a
sociabilidade perdida, ou o gosto perdido pela comida. Reinventa-se a penúria, a ascese, a
naturalidade selvagem desaparecida.” (S&S, p. 22). A pós-modernidade nega as verdades
universais, neste momento a busca por um novo mundo se transforma em questionamentos
para um novo olhar deste mundo. Nesta nova concepção, onde os fenômenos
comunicacionais e midiáticos diluem o real, acentua-se uma cultura onde cada vez há mais
informação e menos sentido. A realidade vivida hoje se tornou experimental, que nas palavras
de Baudrillard tornou-se hiper-real. A noção de realidade neste momento pós-moderno
modificou-se a ponto de precisar uma nova terminologia. O real tornou-se hiper-real. A hiper-
realidade é marcada por um real carregado, simulado, de tão real não parece real.

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