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e Gás Natural
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Medição de Petróleo e
Gás Natural
1a edição
Dedicado a todos que foram meus alunos, de quem muito aprendi e para quem
pouco ensinei
Quem pensa claramente e domina a fundo aquilo de que fala, exprime-se claramente e
de modo compreensível. Quem se exprime de modo obscuro e pretensioso mostra logo que
não entende muito bem o assunto em questão ou então, que tem razão para evitar falar
claramente (Rosa Luxemburg)
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Autor
Marco Antônio Ribeiro nasceu em Araxá, MG, no dia 27 de maio de 1943.
Formou-se pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em Engenharia
Eletrônica, em 1969.
Entre 1973 e 1986, trabalhou na Foxboro, onde fez vários cursos nos Estados
Unidos (Foxboro, MA e Houston, TX) e em Buenos Aires, Argentina.
Desde 1987, dirige a Tek (*)Treinamento e Consultoria Ltda., firma pequeníssima
voltada para treinamento na área de Instrumentação, Controle de Processo, Medição
de Vazão, Cálculo de Incerteza na Medição, Metrologia Industrial, Instalações
Elétricas em Áreas Classificadas. É certamente difícil ser um especialista
competente em numerosos assuntos tão ecléticos, porém ele se esforça
continuamente em sê-lo.
Gosta de xadrez, corrida, fotografia, música de Beethoven, leitura, trabalho, curtir
os filhos e a vida.
Já correu três maratonas, a melhor em 3 h 13 m 11 s e a pior em 3 h, 28 m 30 s.
Diariamente corre entre 8 e 12 km, às margens do oceano Atlântico. Semanalmente
participa de torneios de xadrez relâmpago e nas horas de taxa telefônica reduzida,
joga xadrez através da Internet. Possivelmente, é o melhor jogador de xadrez entre
os corredores e o melhor corredor entre os jogadores de xadrez, o que realmente
não é grande coisa e também não contribui nada para a Medição de Petróleo e Gás
Natural..
(*) Tekinfim (Tek) foi seu apelido no ITA, pois só conseguiu entrar lá na terceira tentativa. Mas o que conta é
que entrou e saiu engenheiro. O que foi um grande feito para um bóia fria do interior de Minas Gerais.
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Introdução
Atualmente, no Brasil, toda movimentação e transporte de óleo e gás natural devem
atender as exigências da Agencia Nacional de Petróleo. Assim, todo o pessoal técnico
envolvido devem ser familiarizado com os equipamentos de produção típicos e instrumentos
de medição associados, localizados nas áreas de produção, e com as finalidades e a
interação desses equipamentos.
Este trabalho serve como material didático de um curso a ser ministrado para a
Petrobras, em varias cidades do Brasil, e ele tem o seguinte roteiro:
Petróleo e gás natural, onde são mostrados rapidamente os equipamentos e processos
de tratamento de produtos.
Conceitos de Instrumentação, onde são vistos os principais instrumentos para medir
as principais variáveis do processo, como pressão, temperatura, densidade, análise. As
variáveis vazão e nível são tão importantes, por causa da transferência de custódia, que
serão vistas à parte, em outros capítulos.
Conceitos de Automação, que trata dos componentes do sistema supervisório e
aquisição de dados, usado para monitorar toda a movimentação de produtos, de modo
automático e remoto.
Conceitos de Metrologia, que trata das unidades do SI, algarismos significativos,
estatística da medição e da confirmação metrológica dos instrumentos. Neste capítulo
também são vistas as incertezas sistemáticas e aleatórias da medição.
Medição de Vazão, onde são vistos os principais medidores de vazão dos produtos em
linha.
Medição de Nível, que mostra os principais métodos manuais e automáticos para medir
corretamente o nível de líquidos contidos em tanques.
Regulamento Técnico da ANP, com terminologia, definições e exigências. São listadas
as principais normas brasileiras, internacionais e americanas contidas.
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Conteúdo
INTRODUÇÃO 4
Separadores 2
Processo de separação 3
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INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 17
1. Instrumentação 17
1.1. Conceito e aplicações 17
1.2. Disciplinas relacionadas 17
2. Vantagens e Aplicações 18
2.1. Qualidade do Produto 18
2.2. Quantidade do Produto 19
2.3. Economia do Processo 19
2.4. Ecologia 19
2.5. Segurança da Planta 19
2.6. Proteção do Processo 20
3. Controle do processo 20
3.1. Conceito de controle 20
3.2. Sistema de controle 21
3.3. Operação da malha de controle 22
3.4. Problemas dos sistemas de controle 22
5. Monitoração de bombas 30
5.1. Introdução 30
5.2. Monitoração de vibrações 30
5.3. Relés de proteção de motores 31
7. Pressão 33
7.1. Introdução 33
7.2. Unidade de pressão 33
7.3. Regras de pressão 33
7.4. Tipos de pressão 33
7.5. Medição de pressão 35
7.6. Instrumentos de pressão 36
7.6. Pressão e a Vazão 37
8. Temperatura 38
8.1. O que é temperatura 38
8.2. O que temperatura não é 38
8.3. Unidades de temperatura 38
6
8.4. Medição da temperatura 39
8.5. Instrumentos de temperatura 41
8.6. Temperatura e Vazão 41
9. Densidade 42
9.1. Conceitos e Unidades 42
3.3. Métodos de Medição 43
10. Viscosidade 43
10.1. Conceito 43
10.2. Tipos 44
10.3. Termos e definições 44
10.4. Unidades 44
10.5. Relações e Equações 45
10.6. Medidores de Viscosidade 45
10.7. Dependência da Temperatura e Pressão 46
10.8. Viscosidade dos líquidos 46
10.9. Viscosidade dos gases 47
2. SCADA de um oleoduto 50
2.1. Operador do centro de controle 51
2.2. Nível do centro de controle (HOST) 52
2.3. Comunicações 52
2.4. Estação de operação 52
2.5. Instrumentação e equipamentos 52
4. Alarmes 53
4.1. Alarmes da estação e de campo 53
4.2. Alarmes e desarmes 54
4.3. Seqüências de alarme 54
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METROLOGIA 55
1. Introdução 55
1.1. Técnicas 55
1.2. Legal 55
1.3. Científica 55
Prefixo 58
Símbolo 58
Fator de 10 58
3. Estilo e Escrita do SI 59
3.1. Introdução 59
3.2.Maiúsculas ou Minúsculas 59
3.3. Pontuação 61
3.4. Plural 61
3.5. Agrupamento dos Dígitos 62
3.6. Espaçamentos 63
3.7. Índices 63
3.8. Unidades Compostas 64
3.9. Uso de Prefixo 65
3.10. Ângulo e Temperatura 65
3.11. Modificadores de Símbolos 66
4. Algarismos Significativos 66
4.1. Introdução 66
4.2. Conceito 66
4.3. Algarismo Significativo e o Zero 67
4.4. Notação científica 67
4.5. Algarismo Significativo e a Medição 68
4.6. Algarismo Significativo e o Display 70
4.7. Algarismo Significativo e Calibração 71
4.8. Algarismo Significativo e a Tolerância 72
4.9. Algarismo Significativo e Conversão 72
4.10. Algarismos e resultados 73
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5. Padrões de Medições 75
6. Incerteza na Medição 78
6.1. Conceito 78
6.2. Princípios Gerais 78
6.3. Fontes de Incerteza 80
6.4. Estimativa das Incertezas 80
6.4. Incerteza Padrão 81
6.5. Incerteza Padrão Combinada 81
6.6. Incerteza Expandida 81
VAZÃO 82
1. Fundamentos 82
1.1. Conceito de vazão 82
1.2. Unidades 82
1.3. Funções Associadas 83
1.4. Dificuldades da Vazão 84
2. Medidores de Vazão 85
2.1. Sistema de Medição 85
2.2. Tipos de Medidores 85
2.3. Quantidade ou Vazão Instantânea 85
2.4. Relação Matemática Linear e Não-Linear 86
2.5. Diâmetros Totais e Parciais do Medidor 86
2.6. Medidores Com e Sem Fator K 86
2.7. Medidores Volumétricos ou Mássicos 87
2.8. Energia Extrativa ou Aditiva 87
2.9. Medidor Ideal de Vazão 87
2.10. Medidores Favoritos 88
4. Placa de Orifício 90
4.1. Conceito 90
4.2. Características Físicas 90
4.3. Tomadas da Pressão Diferencial 90
4.4. Dimensionamento 91
4.5. Vantagens 92
4.6. Desvantagens e Limitações 92
4.7. Medidor da Pressão Diferencial 93
6. Deslocamento Positivo 95
6.1. Introdução 95
6.2. Operação do medidor 95
6.3. Vantagens e desvantagens 96
9
7. Medidor Magnético 97
7.1. Princípio de funcionamento 97
7.2. Sistema de Medição 97
7.3. Tubo Medidor 97
7.4. Transmissor de Vazão 98
7.5. Vantagens 98
7.6. Desvantagens e limitações 99
8. Turbina 99
8.1. Princípio de funcionamento 99
8.2. Construção 100
8.3. Vantagens 101
8.4. Desvantagens e limitações 101
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NÍVEL 109
1. Introdução 109
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8. Calibração de tanques 137
8.1. Introdução 137
8.2. Recalibração e recálculos 137
8.3. Critérios para decisão 137
8.4. Recalibração do tanque 138
8.5. Recálculo da tabela de capacidade 138
8.6. Aplicação para aprovação de padrão 139
3. Definições 145
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9. Medições para Controle Operacional da Produção, Movimentação e
Transporte, Importação e Exportação de Petróleo e Gás Natural 159
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Petróleo e Gás Natural
geralmente aos produtores de petróleo que
1. Produção de Petróleo são clientes em potencial dos operadores
de oleodutos. O propósito da planta da
1.1. Introdução área de produção é começar a tratar os
O fluido bombeado dos reservatórios petróleos tão logo cheguem até à
subterrâneos é uma mistura de óleo, gás superfície.
natural e produtos secundários tais como O petróleo é trazido para a superfície,
água salgada e areia. A vazão deste fluido quer naturalmente, aproveitando-se a
é difícil de ser medida pois ele é pressão do reservatório, quer
multifásico, ou seja, contém líquido, gás e artificialmente mediante o uso de bombas
sólido. O fluido é submetido a e de injeção de água ou gás. O petróleo
determinados processos na área de necessita quase sempre de tratamento na
produção para remover os produtos área de produção antes de ser
secundário e para separar o óleo do gás transportado. O petróleo sai geralmente do
natural e da água. poço misturado com gás, água e sólidos
Os três processos mais comuns entre a tais como areia, em diversas proporções.
cabeça do poço e o tanque de Os meios de produção e tratamento
armazenamento são: removem aquilo que se denomina água e
1. desidratação sedimento (BSW – bottom sedimented
2. tratamento water) e separam o óleo e o gás.
3. separação do gás A água ocorre geralmente sob duas
A separação consiste na separação do formas:
gás presente no líquido e do líquido Água livre
presente no gás. Uma vez separados entre Emulsão
si o líquido e o gás, o líquido sempre se A água livre, que se separa do óleo
apresenta sob a forma de uma emulsão de com bastante rapidez
óleo. Trata-se, portanto, a emulsão A emulsão é uma mistura em que
mediante o uso de uma dessalgadora que gotículas de uma substância ficam
separa o petróleo da água. Depois de ter suspensas em outra substância.
sido removida a água, o petróleo pode ser Tipicamente, as emulsões na produção de
armazenado. óleo consistem de uma suspensão de
Finalmente, o gás de reservatório é, em gotículas de água no óleo.
muitos casos, gás úmido, contendo, vapor A água, principalmente a água salgada,
d'água. O processo de desidratação é um dos subprodutos mais problemáticos
remove o vapor d' água obtendo-se gás das etapas de extração, tratamento,
seco. armazenamento e transporte. A
corrosividade da água salgada,
1.2. Características dos petróleos principalmente na movimentação em
Os equipamentos numa área de tubulações e vasos de aço, exigem
produção compreendem uma rede de medidas de proteção. As tubulações e os
tubulações e vasos, pertencente vasos, por exemplo, são fabricados de
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Petróleo e Gás Natural
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Processo de separação
O separador de duas fases separa
líquidos de gases, conforme se vê na Fig. Um dispositivo na parte superior do
2. Um separador de névoa ajuda a separador se denominado extrator de
remover os líquidos dos gases. névoa, coleta e remove os líquidos
Os separadores classificam-se por carreados pelo gás, à medida que o fluido
número de fases, havendo separadores entre no separador e o gás se eleva. Um
bifásicos, e separadores trifásicos. O extrator de névoa é um dispositivo dotado
separador bifásico separa tão somente os de tela, projetado para reter as minúsculas
líquidos e o gás. O líquido é uma mistura gotículas de líquido à medida que o gás
de óleo, emulsão e água, que se deposita passa por essa tela. Os gotículas se
no fundo do separador, ao passo que o reúnem no extrator e caem até o fundo do
gás migra para a parte superior. separador.
O separador trifásico separa o fluido Para extrair o gás do líquido, o
numa camada de gás, uma camada de separador emprega placas planas
emulsão oleosa, e uma camada de água e denominadas chicanas. À medida que o
fluido passa sobre a superfície das
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Petróleo e Gás Natural
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Petróleo e Gás Natural
através de tubulações para a área de partículas d' água com carga chocam-se
armazenamento. umas com as outras, formando-se
gotículas d'água maiores, que se separam.
O acréscimo de carga elétrica reduz em
alguns casos a quantidade de
desemulsificador e calor exigidos durante o
processo de tratamento da emulsão.
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Petróleo e Gás Natural
que sobe à superfície, no entanto, resfria- sendo efetuado num vaso denominado
se gradualmente, podendo formar-se desidratador. Entre os tipos mais comuns
hidratos à medida que o vapor d'água se acha o desidratador com glicol. O glicol
condense. O tempo frio desempenha é um líquido que absorve água, sendo
também papel importante na formação dos efetivamente reciclado durante o processo
hidratos. de desidratação pelo fato de ter ponto de
Para se evitar a condensação do vapor ebulição muito mais elevado do que a
d' água, o gás úmido é tratado em muitos água.
casos por um aquecedor indireto. O
aquecedor indireto consiste de dois tubos
no interior de um vaso. Um deles é o tubo Desidratação do gás úmido
de fogo. Acima do tubo de fogo existe um
feixe de tubos através do qual flui o gás O gás úmido entra pelo fundo do vaso
(chamado feixe pelo fato de ser curvado de desidratação, ao passo que o glicol
para um lado e para outro). Tanto o tubo seco entra no vaso pela parte de cima (ver
de fogo como o feixe de tubos está a Figura 6). O glicol seco é glicol sem
circundado por água. O tubo de fogo nenhum teor de água. O gás sobe e o
aquece a água, que por sua vez aquece o glicol desce através de uma série de
gás que passa pelo feixe de tubos, bandejas perfuradas com borbulhadores
aquecendo assim o gás úmido, inibindo a instalados acima das perfurações. À
formação dos hidratos. medida que o gás úmido se eleve através
das perfurações, acumula-se por debaixo
dos borbulhadores, borbulhando através
do glicol que já está depositado sobre cada
bandeja. O vapor d'água passa do gás
para o glicol, o gás sai do vaso pela parte
de cima sob forma de gás seco.
O glicol úmido sai pelo fundo do vaso e
vai até um regenerador. O regenerador
aquece o glicol úmido, fazendo com que a
água se evapore, deixando apenas glicol
seco que retoma para o vaso de
desidratação.
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Petróleo e Gás Natural
de óleo suficiente para três a sete dias de conexões com o oleoduto, ele pode
produção. É prática comum adotar uma elaborar uma tabela de arqueação. Essa
bateria de dois tanques, pois um dos tabela é uma tabela oficial da capacidade
tanques pode ser enchido enquanto o de armazenamento do tanque geralmente
outro está sendo esvaziado. por incrementos de um milímetro, e que irá
Os fabricantes de tanques de servir de base para todos os futuros
armazenamento seguem diretrizes cálculos das quantidades de petróleo no
industriais específicas no projeto e na tanque .
fabricação dos tanques. Entre as
especificações que adotam estão as 2.5. Medição manual da quantidade e
estabeleci das pelo Instituto Americano do qualidade de petróleo
Petróleo (API). Antes que as regiões de produção
De acordo com as especificações do comecem as análises e as medições
API, por exemplo, um tanque que acomode regulares dos produtos, devem chegar a
750 barris de petróleo deve ter um um consenso com o comprador quanto as
diâmetro interno de 4,7 m uma altura de análises que o comprador vai exigir, e
costado de 7.3 m. O ÁPI especifica como as análises devem ser realizadas.
também a espessura do aço e outros Podem variar de campo para campo tanto
níveis de pressão para garantir a os tipos quanto os métodos de análises.
integridade dos tanques.
2.6. Questões de segurança
Os operadores devem aplicar
procedimentos de segurança durante as
análises e medições. Uma vez que gases
perigosos podem escapar ao se abrir a
escotilha de medição, os operadores
devem portar consigo um detector de gás
sulfídrico em devido estado de
funcionamento. Os tanques jamais devem
ser medidos durante o tempo ruim, sendo
que, ao abrirem a escotilha, os operadores
devem posicionar-se um lado para que o
vento possa soprar as vapores do tanque
Fig. 1.8. Tanques esféricos para longe deles.
Sempre existe a possibilidade de haver
um incêndio num parque de tanques.
Devem existir ao mesmo tempo três
2.4. Arqueamento de tanques condições para que um incêndio possa
Embora os tanques sejam construídos ocorrer: combustível sob forma de vapor,
de acordo com determinadas ar nas proporções certas para com o
especificações, a indústria é meticulosa no vapor, de modo a se formar uma mistura
que tanque à medição acurada do explosiva e uma fonte de ignição. Os
petróleo. Assim sendo, antes que um operadores devem utilizar lâmpadas de
tanque seja usado em qualquer aplicação mão à prova de explosão, e ter certeza de
no campo, é submetido a um processo que a trena está em contato com a
denominado arqueação de tanque. Trata- escotilha ao levantar ou abaixar, de modo
se de um processo de medição executado a manter o aterramento.
geralmente por um arqueador de tanques
contratado para esse fim. Depois que o
arqueador de tanque tiver medido a
circunferência, a profundidade, a
espessura das paredes do tanque e as
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2.4. Ecologia
2.2. Quantidade do Produto
Na maioria dos processos, os produtos
As quantidades das matérias primas, que não são aproveitáveis e devem ser
dos produtos finais e das utilidades devem jogados fora, são prejudiciais às vidas
ser medidas e controladas para fins de animal e vegetal. A fim de evitar este
balanço do custo e do rendimento do resultado nocivo, devem ser adicionados
processo. Também é freqüente a medição agentes corretivos para neutralizar estes
de produtos para venda e compra entre efeitos. Pela medição do pH dos efluentes,
plantas diferentes. pode se economizar a quantidade do
Os instrumentos de indicação, registro agente corretivo a ser usado e pode se
e totalização da vazão e do nível fazem a assegurar que o efluente esteja não
aquisição confiável dos dados através das agressivo. Os instrumentos garantem
medições de modo continuo e preciso. efluentes limpos e inofensivos.
Os instrumentos asseguram a
quantidade desejada das substâncias. 2.5. Segurança da Planta
Muitas plantas possuem uma ou várias
áreas onde podem estar vários perigos,
tais como o fogo, a explosão, a liberação
de produtos tóxicos. Haverá problema, a
não ser que sejam tomados cuidados
especiais na observação e no controle
destes fenômenos. Hoje são disponíveis
instrumentos que podem detectar a
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Strain gauge
Strain gauge é um sensor de pressão
de natureza elétrica, pois sente a pressão
na entrada e produz na saída uma
variação da resistência elétrica, em função
da compressão ou tração aplicada.
A resistência variável do strain gauge é
detectada no instrumento receptor por um
circuito elétrico chamado de ponte de
Wheatstone. Quando a ponte de
Wheatstone estiver balanceada, pode-se
determinar a quarta resistência através de
outras três conhecidas. Fig. 2.18. Transmissor de pressão
O strain gauge é o sensor padrão de diferencial e de pressão manométrica
balanças eletrônicas, balanças rodoviárias
e para a medição de nível por peso.
Cristal piezelétrico Chave de pressão
O cristal piezelétrico é o outro sensor Quando e onde uma pressão negativa
elétrico de pressão. Ele sente a pressão e (vácuo), positiva ou diferencial deve ser
gera na saída uma pequena tensão elétrica monitorada pela ultrapassagem de limites
contínua. Ele é mais caro que o strain pré-definidos usa-se uma chave elétrica de
gauge, porém é mais preciso, robusto e pressão ou pressostao.
estável. Atualmente, a medição precisa de A chave de pressão ou pressostato (tag
pressão em transmissores do estado da PSL ou PSH) sente a pressão, compara-a
arte é feita por cristal piezelétrico. com um valor predeterminado estabelecido
pelo operador e altera o status dos
7.6. Instrumentos de pressão contatos de saída quando a pressão
Na medição de petróleo e gás natural medida se igual ou fica maior que o valor
os principais instrumentos de medição e ajustado.
condicionamento da pressão são: A saída da chave elétrica é discreto ou
Transmissor binário. O contato de saída do pressostato
Indicador local ou está aberto ou fechado, em função do
Indicador de painel valor da pressão medida.
Chave As chaves de pressão quando
acionadas fecham ou abrem contatos
Transmissor de pressão elétricos e podem, portanto, propiciar a
Transmissor de pressão é o transmissão elétrica de sinais on e off’
instrumento que detecta a pressão e gera quando a pressão atinge o ponto de ajuste
na saída um sinal padrão de 4 a 20 mA cc da chave. As chaves são utilizadas para
proporcional ao valor medido. alarmes de valores altos e baixos, bem
Há transmissores de pressão absoluta, como para intertravamento de proteção
pressão manométrica, pressão diferencial dos equipamentos, em valores muito altos
pequena sobre pressão estática elevada e muito baixos. Existe, por exemplo, uma
(dp cell) e pressão diferencial elevada. chave para baixa sucção para proteger a
As vantagens do transmissor são: bomba. Existem também diversas chaves
1. Ter o sinal disponível à grande de alta pressão de descarga utilizadas
distância do local de medição. para proteger a linha e a estação de sobre
2. Ter um sinal padrão, padronizando pressões.
o instrumento receptor de painel.
3. Isolar a pressão do processo da
sala de controle, protegendo o
operador.
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Na industria de petróleo, por causa da dilata-se mais que o outro. Isto faz com
influência do Instrumento Americano de que a tira se curve. O deslocamento
Petróleo (API), é comum se ter o grau mecânico da extremidade da tira é então
Fahrenheit (oF) e o seu associado usado para acionar um ponteiro que se
absoluto, grau Rankine (oR), que devem desloca tendo ao fundo uma escala
ser evitados. graduada possibilitando assim a indicação
da temperatura.
8.4. Medição da temperatura
Há basicamente dois tipos de sensores
de temperatura::
Mecânico, que sente a temperatura e
gera na saída uma variável mecânica,
como movimento ou força. Exemplos de
sensores mecânicos: bimetal e elemento
de enchimento termal.
Elétrico, que sente a temperatura e
gera na saída uma variável elétrica, como
tensão ou variação da resistência elétrica.
Exemplos de sensores elétricos: termopar Fig. 2.22. Termômetro com sensor
e detector de temperatura a resistência bimetálico
(RTD).
Os sensores mecânicos são mais
simples e o medidor pode funcionar sem
alimentação externa, utilizando a própria Termômetro com haste de vidro
energia do processo para sua operação. No termômetro de haste de vidro, as
Os sensores elétricos são mais fáceis mudanças de temperatura fazem com que
de serem condicionados e associados a o líquido na haste se dilate ou se contraia.
sistemas de transmissão eletrônica e de O líquido na haste se eleva ao se elevar a
telemetria. temperatura e desce ao diminuir a
temperatura. Na industria de petróleo,
Termômetro bimetal termômetros com bulbo de vidro são
O sensor bimetal é um conjunto de dois utilizados para medir a temperatura
metais colados e com coeficientes de ambiente e do processo, manualmente.
dilatação muito diferentes entre si. Quando
há uma variação da temperatura, o formato
do sensor bimetal se curva para o lado do
metal com menor coeficiente termal.
O sensor bimetal pode ser associado a
um indicador local (termômetro) ou a uma
chave de temperatura (termostato).
O sensor bimetálico quando vinculado
a uma chave é utilizados para
desencadear um alarme ou desarme de
baixa ou alta temperatura. Por exemplo, no
abrigo das bombas, caso a temperatura
ambiente se eleve acima de determinado
limite, ligam-se as ventoinhas .
Num termômetro bimetálico, são unidos
dois metais diferentes numa tira. Os metais
são escolhidos porque se dilatam e se
contraem com coeficientes de dilatação Figura 2.23. Termômetro com Haste de
Vidro
diferentes. Como resultado da elevação ou
abaixamento da temperatura, um metal
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Instrumentação e Controle
Termopares
Detector de Temperatura à Resistência
O termo par utiliza dois metais
O detector de temperatura a resistência
diferentes, escolhidos pelo fato de que as
(RTD) é um sensor elétrico de temperatura
mudanças de temperatura mudam o nível
que varia sua resistência elétrica quando a
de atividades dos elétrons, não as taxas de
temperatura sentida também varia. O RTD
expansão e contração dos metais.
metálico aumenta a resistência quando a
Elevando-se a temperatura, aumentam as
temperatura aumenta. O RTD a
atividades dos elétrons. Os elétrons fluem
semicondutor diminuir a resistência quando
do metal com maior atividade para um
a temperatura aumenta; diz-se que seu
metal de melhor atividade, gerando uma
coeficiente termal é negativo.
pequena tensão elétrica. À medida que a
O RTD é medido no instrumento
temperatura se eleva, a corrente aumenta.
receptor de painel através de uma ponte
As leituras de tensão são produzidas em
de Wheatstone.
temperaturas.
Os RTDs são tipicamente ligados com
o sistema de supervisão e proteção de
motores de bombas. As bombas da linha
principal, bombas auxiliares (boosters),
seus motores e os motores com 500 ou
mais HPs de potência nominal, são
providos de RTDs para a monitoração de
temperatura dos enrolamentos, dos
mancais e da carcaça das bombas.
Fig. 2.24. Principio de operação do termopar
Fig. 2.25.Termopar
40
Instrumentação e Controle
41
Instrumentação e Controle
9. Densidade
9.1. Conceitos e Unidades
A densidade absoluta é definida como
a massa dividida pelo volume. Sua unidade
é expressa em kg/m3 ou kg/L. A densidade
relativa é também chamada de gravidade
especifica.
A densidade relativa de líquido é a
divisão da massa da substância pela
massa de um igual volume de água,
tomadas ambas à mesma temperatura,
pressão e gravidade. A densidade relativa Fig. 2.29. Densidade da água em função da
de um gás é a divisão da massa do gás temperatura e pressão
pela massa de um igual volume de ar,
isento de CO2 ou hidrogênio, tomadas
ambas nas mesmas condições de Também se define o peso especifico,
temperatura, pressão e gravidade. A como a relação peso/volume. O peso
densidade relativa é um numero depende do campo gravitacional e
adimensional e é a mesma em qualquer conseqüentemente, o peso especifico
sistema de unidades. As densidades depende da aceleração da gravidade.
relativas da água e do ar são iguais a 1. Se O mol é a quantidade de matéria do
a densidade relativa de um dado óleo é gás igual ao seu peso molecular. O mol é a
0,650, sua densidade absoluta vale 650 unidade de quantidade de substância que
kg/m3. define o mesmo numero de moléculas de
A gravidade específica ideal é a divisão gases diferentes. Por exemplo, 1 mol de
do peso molecular do gás pelo peso metano contem o mesmo numero de
molecular do ar. A razão de não usar a moléculas que 1 mol de nitrogênio.
relação das densidades é que os efeitos de
pressão e temperatura nas densidades dos
gases varia com o tipo do gás ou da
mistura de gases. As diferenças entre as
densidades relativas dos gases pela
relação dos pesos moleculares e pela
relação das densidades dependem de
quanto a temperatura do processo se
afasta da temperatura crítica do gás.
Assumindo uma temperatura ambiente de
20 oC, à pressão atmosférica, o erro para
o metano é de cerca de 0,1% e para o
etileno, 0,5%.
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Instrumentação e Controle
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Instrumentação e Controle
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Instrumentação e Controle
dV
τ=µ
U dy
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Instrumentação e Controle
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3
Controle Supervisório e
Aquisição de Dados
(SCADA)
microcomputador onde será rodado o
programa aplicativo para realizar o controle
supervisório do processo.
3. Controle Supervisório do Quando os dados são coletados a
Sistema de Aquisição de Dados grandes distâncias, eles são transferidos
através de fios físicos, por uma onda de
3.1. Introdução rádio freqüência portadora ou através de
Um sistema de aquisição de dados linha telefônica ou por uma combinação
coleta e armazena para uso futuro. Os qualquer destas três técnicas.
dados analógicos (corrente de 4 a 20 mA Estes dados estão agora disponíveis
cc, tensão de mV de células de carga, em um único local centralizado, e podem
tensão de termopares dos tipos J, K, R, S, ser indicados, registrados, totalizados,
T e B, resistências detectoras de analisados e alarmados.
temperatura, pulsos de turbinas medidoras É também desejável que o operador,
de vazão, freqüência de sinais de além de coletar os dados e saber os status
transmissores de vazão magnéticos, dos dispositivos remotos, possa atuar no
freqüências de medidores tipo vortex ou processo, abrindo e fechando válvulas
coriolis) são convertidos para a forma motorizadas, ligando e desligando motores
digital conveniente para ser usada dentro de bombas e compressores, enviando
do sistema digital de aquisição de dados. sinais analógicos para atuar em válvulas
São transferidos também os chamados de controle. Nestas aplicações, os sinais
sinais digitais, como protocolo HART, digitais do sistema de aquisição de dados
contatos secos de chaves e relés, pulsos devem ser convertidos de volta para a
binários. Atualmente, na maioria das forma analógica e aplicados a algum tipo
aplicações industriais, a aquisição de de atuador no processo.
dados é feita por controladores lógico Neste ponto, deve-se projetar e
programáveis (CLP), que possuem as construir equipamentos digitais que
interfaces de entrada e saída já executem todas estas tarefas. Este
padronizadas e com preço mais equipamento já existe, associado a
conveniente que as interfaces E/S do programas de computador aplicativos: é o
sistema digital de controle distribuído. Controle Supervisório e Aquisição de
Outro vantagem de se usar um CLP como Dados (SCADA).
sistema de coleta de dados é a facilidade
de driver de comunicação entre ele e o
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Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA)
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Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA)
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Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA)
controlar válvulas
2.2. Nível do centro de controle fornecer dados operacionais brutos
(HOST) e em escala
O hardware e o software que ficam no assegurar um ambiente operacional
topo da hierarquia do SCADA são seguro, executando
denominados de forma global de Nível do independentemente os
Centro de Controle. Todas as estações de procedimentos de parada de
trabalho e seus softwares trabalham emergência se necessário
juntamente com o nível do Centro de Localizado no CLP estão os
Controle do sistema de controle do módulos de entrada/saída (1/0). O
oleoduto. O elemento chave no Nível do módulo I/O realiza o trabalho físico de
Centro de Controle de Operação do executar os comandos. Uma interface
sistema é o software, um conjunto de homem - máquina (IHM) permite o
programas que funcionam juntos para controle local da estação quando
reunir e mostrar os dados do campo e para necessário.
controlar as bombas e as válvulas.
2.5. Instrumentação e equipamentos
2.3. Comunicações Os instrumentos do oleoduto medem as
O sistema de comunicação liga o nível condições nas quais se encontra o
do centro de controle com as localizações oleoduto e transmitem estes dados de
remotas. O terminal de comunicação (CFE) volta para o operador no centro de
é um microprocessador instalado no centro controle. Os instrumentos incluem
de controle. Seu objetivo é coordenar e transdutores de pressão, medidores,
organizar a comunicação do Centro de dispositivos de detecção de fogo e gás
Controle para as estações. A rede de combustível, densímetros e termômetros.
comunicação de dados usa uma Os equipamentos de campo são as
combinação de conexões de comunicação, máquinas que efetivamente exercem um
linhas telefônicas, e hardware impacto físico sobre o escoamento dos
especializado para realizar os comandos líquidos através do oleoduto. Os
do operador a partir da CFE para a equipamentos chave de campo são as
estação e o equipamento que estão sendo bombas e as válvulas.
controlados.
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Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA)
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Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA)
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4
Metrologia
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Metrologia
Fig. 4.1. Relações das unidades SI com nomes (NIST, Pub. LC-1132)
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Metrologia
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Metrologia
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Metrologia
3.2.Maiúsculas ou Minúsculas
3. Estilo e Escrita do SI Os nomes das unidades SI, incluindo
os prefixos, devem ser em letras
3.1. Introdução minúsculas quando escritos por extenso,
exceto quando no início da frase. Os
O SI é uma linguagem internacional da nomes das unidades com nomes de gente
medição. O SI é uma versão moderna do devem ser tratados como nomes comuns e
sistema métrico estabelecido por acordo também escritos em letra minúscula.
internacional. Ele fornece um sistema de Quando o nome da unidade fizer parte de
referência lógica e interligado para todas um título, escrever o nome das unidades SI
as medições na ciência, indústria e do mesmo formato que o resto do título.
comércio. Para ser usado sem Exemplos:
ambigüidade por todos os envolvidos, ele A corrente é de um ampère.
deve ter regras simples e claras de escrita. A freqüência é de 60 hertz.
Parece que o SI é exageradamente A pressão é de 15,2 kilopascals.
rigoroso e possui muitas regras
relacionadas com a sintaxe e a escrita dos Temperatura
símbolos, quantidades e números. Esta No termo grau Celsius, grau é
impressão é falsa, após uma análise. Para considerado o nome da unidade e Celsius
realizar o potencial e benefícios do SI, é é o modificador da unidade. O grau é
essencial evitar a falta de atenção na sempre escrito em letra minúscula, mas
escrita e no uso dos símbolos Celsius em maiúscula. O nome de unidade
recomendados. de temperatura no SI é o kelvin, escrito em
Os principais pontos que devem ser letra minúscula. Mas quando se refere à
lembrados são: escala, escreve-se escala Kelvin. Antes de
1. O SI usa somente um símbolo para 1967, se falava grau Kelvin, hoje, o correto
qualquer unidade e somente uma é kelvin. Exemplos:
unidade é tolerada para qualquer A temperatura da sala é de 25 graus
quantidade, usando-se poucos nomes. Celsius.
2. O SI é um sistema universal e os A temperatura do objeto é de 303
símbolos são usados exatamente da kelvin.
mesma forma em todas as línguas, de A escala Kelvin é defasada da Celsius
modo análogo aos símbolos para os de 273,15 graus
elementos e compostos químicos. Símbolos
3. Para o sucesso do SI deve-se evitar a Símbolo é a forma curta dos nomes das
tentação de introduzir novas mudanças unidades SI e dos prefixos. É incorreto
ou inventar símbolos. Os símbolos chamá-lo de abreviação ou acróstico. O
escolhidos foram aceitos símbolo é invariável, não tendo plural,
internacionalmente, depois de muita modificador, índice ou ponto.
discussão e pesquisa. Deve-se manter a diferença clara entre
Serão apresentadas aqui as regras os símbolos das grandezas, das unidades
básicas para se escrever as unidades SI, e dos prefixos. Os símbolos das grandezas
definindo-se o tipo de letras, pontuação, fundamentais são em letra maiúscula. Os
separação silábica, agrupamento e seleção símbolos das unidades e dos prefixos
dos prefixos, uso de espaços, vírgulas, podem ser de letras maiúsculas e
pontos ou hífen em símbolos compostos. minúsculas. A importância do uso preciso
Somente respeitando-se estes princípios de letras minúsculas e maiúsculas é
se garante o sucesso do SI e se obtém um mostrada nos seguintes exemplos:
conjunto eficiente e simples de unidades. G para giga; g para grama
No Brasil, estas recomendações estão K para kelvin, k para kilo
contidas na Resolução 12 (1988) do N para newton; n para nano
Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial.
59
Metrologia
T para tera; t para tonelada e T para a complexo. Nos outros casos, usar o nome
grandeza tempo. da unidade. Não misturar símbolos e
S para siemens, s para segundo nomes de unidades por extenso.
M para mega e M para a grandeza Exemplo correto: O comprimento foi
massa medido em metros; a medida foi de 6,1 m.
P para peta e Pa para pascal e p para Exemplo incorreto: O comprimento foi
pico medido em m; a medida foi de 6,1 metros.
L para a grandeza comprimento e L
Símbolos em títulos
para a unidade litro.
Os símbolos de unidades não devem
m para mili e m para metro
ser usados em letra maiúscula, como em
H para henry e Hz para hertz
título. Quando for necessário, deve-se usar
W para watt e Wb para weber
o nome da unidade por extenso, em vez de
Os símbolos são preferidos quando as
seu símbolo.
unidades são usadas com números, como
Correto: ENCONTRADO PEIXE DE
nos valores de medições. Não se deve
200 KILOGRAMAS
misturar ou combinar partes escritas por
Incorreto: ENCONTRADO PEIXE DE
extenso com partes expressas por
200 KG
símbolo.
Símbolo e início de frase
Letra romana para símbolos
Não se deve começar uma frase com
Quase todos os símbolos SI são
um símbolo, pois é impossível conciliar a
escritos em letras romanas. As duas
regra de se começar uma frase com
únicas exceções são as letras gregas µ (mi maiúscula e de escrever o símbolo em
) para micro (10-6) e Ω (ômega) para ohm, minúscula.
unidade de resistência. Exemplo correto: Grama é a unidade
Nomes dos símbolos em letra comum de pequenas massas.
minúscula Exemplo incorreto: g é a unidade de
Símbolos de unidades com nomes de pequenas massas.
pessoas tem a primeira letra maiúscula. Os Prefixos
outros símbolos são escritos com letras Todos os nomes de prefixos de
minúsculas, exceto o símbolo do litro que unidades SI são em letras minúsculas
pode ser escrito também com letra quando escritos por extenso em uma
maiúscula (L), para não ser confundido sentença. A primeira letra do prefixo é
com o número 1. Exemplos: escrita em maiúscula apenas quando no
A corrente é de 5 A. início de uma frase ou parte de um título.
O comprimento da corda é de 6,0 m. No caso das unidades de massa,
O volume é de 2 L. excepcionalmente o prefixo é aplicado à
Símbolos com duas letras grama e não ao kilograma, que já possui o
Há símbolos com duas letras, onde prefixo kilo. Assim, se tem miligrama (mg)
somente a primeira letra deve ser escrita e não microkilograma (µkg); a tonelada
como maiúscula e a segunda deve ser corresponde a megagrama (Mg) e não a
minúscula. Exemplos: kilokilograma (kkg).
Hz é símbolo de hertz, H é símbolo de Aplica-se somente um prefixo ao nome
henry. da unidade. O prefixo e a unidade são
Wb é símbolo de weber, W é símbolo escritos juntos, sem espaço ou hífen entre
de watt. eles.
Pa é símbolo de pascal, P é prefixo Os prefixos são invariáveis.
peta (1015) Exemplo correto:
O comprimento é de 110 km
Uso do símbolo e do nome
Deve-se usar os símbolos somente
quando escrevendo o valor da medição ou
quando o nome da unidade é muito
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Fig.4.3 - Várias escalas de indicação Fig. 4.4. Escalas de mesmo tamanho mas
com diferentes divisões entre os dígitos.
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Metrologia
Para a outra resistência de R = 1,3500 195 km, pois a medição desta distância é
Ω a precisão é de 0,0001 Ω, ou seja, complicada e cara.
1,3499 Ω < R < 1,3501 Ω
Se o resultado de um cálculo é R = 4.6. Algarismo Significativo e o
1,358 Ω e o terceiro dígito depois da Display
vírgula decimal é incorreto, deve-se Independente da tecnologia ou da
escrever R = 1,36 Ω. função, um instrumento pode ter display
Devem ser seguidas regras para analógico ou digital.
apresentar e aplicar os dados de O indicador analógico mede uma
engenharia na medição e nos cálculos variável que varia continuamente e
correspondentes. As vezes, os apresenta o valor medido através da
engenheiros e técnicos não estão posição do ponteiro em uma escala.
preocupados com os algarismos Quanto maior a escala e maior o número
significativos. Outras vezes, as regras não de divisões da escala, melhor a precisão
se aplicam. Por exemplo, quando se diz do instrumento e maior quantidade de
que 1 pé = 0,3048 metro ou 1 libra = 0,454 algarismos significativos do resultado da
kilograma, o dígito 1 é usado sozinho. O medição.
mesmo se aplica quando se usam O indicador digital apresenta o valor
números inteiros em equações algébricas. medido através de números ou dígitos.
Por exemplo, o raio de um circuito é a Quanto maior a quantidade de dígitos,
metade do diâmetro e se escreve: r = d/2. melhor a precisão do instrumento. O
Na equação, não é necessário escrever indicador digital conta dígitos ou pulsos.
que r = d/2,0000, pois se entende que o 2 Quando o indicador digital apresenta o
é um número inteiro exato. valor de uma grandeza analógica,
Outra confusão que se faz na internamente há uma conversão analógico-
equivalência se refere ao número de digital e finalmente, uma contagem dos
algarismos significativos. Obviamente, 1 pulsos correspondentes.
km equivale a 1.000 metros porém há Atualmente, a eletrônica pode contar
diferenças práticas. Por exemplo, o pulsos sem erros. Porém, não se pode
odômetro do carro, com 5 dígitos pode dizer que o indicador digital não apresenta
indicar 89.423 km rodados, porém isso não erros, pois é possível haver erros na
significa 89.423 000 metros, pois ele geração dos pulsos. Ou seja, a precisão do
deveria ter 8 dígitos. Se o odômetro tivesse instrumento eletrônico digital está
6 dígitos, com medição de 100 metros, ele relacionada com a qualidade dos circuitos
indicaria 89 423,6 km. que convertem os sinais analógicos em
Por exemplo, as corridas de atletismo pulsos ou na geração dos pulsos.
de rua tem distâncias de 10 km, 15 km e Também os indicadores digitais
21 km. As corridas de pista são de 100 m, possuem uma precisão limitada. Neste
800 m, 5000 m e 10 000 m. Quem corre 10 caso, é direto o entendimento da
km numa corrida de rua correu quantidade de algarismos significativos.
aproximadamente 10 000 metros. A Nos displays digitais, o último dígito é o
distância foi medida por carro, por bicicleta também duvidoso. Na prática, é o dígito
com odômetro calibrado ou por outros que está continuamente variando.
meios, porém, não é possível dizer que a Um indicador digital com quatro dígitos
distância é exatamente de 10.000 m. pode indicar de 0,001 até 9999. Neste
Porém, quem corre 10 000 metros em uma caso, os zeros são significativos e servem
pista olímpica de 400 metros, deve ter para mostrar que é possível se medir com
corrido exatamente 10 000 metros. A até quatro algarismos significativos. O
distância desta pista foi medida com uma indicador com 4 dígitos possui 4 dígitos
fita métrica, graduada em centímetros. significativos.
Poucas maratonas no mundo são
reconhecidas e certificadas como de 42
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78,43 ± 0,04
78,4 ± 0,4
78 ± 4
80 ± 40
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5
Vazão
onde
1. Fundamentos C é o coeficiente de descarga
d é o diâmetro da tubulação
1.1. Conceito de vazão h é a pressão diferencial resultante
Vazão ou fluxo é o deslocamento de da passagem do fluido
volume, ou massa, de um fluido, por g é a constante gravitacional.
unidade de tempo. Assim, Todas essas relações matemática
matematicamente tem-se: são importantes pois raramente se tem a
medição direta da vazão. A medição da
V vazão é indireta, normalmente é feita por
Q= inferência. Ou seja, mede-se outra
t
variável mais detectável e, por dedução,
ou
se chega ao valor da vazão. Pelas
M relações matemáticas anteriores, se
W=
t conclui que se pode medir a vazão de um
onde fluido pela medição de volume conhecido
(deslocamento positivo), velocidade
Q é a vazão volumétrica instantânea, (medidor magnético), pressão diferencial
W é a vazão mássica instantânea, (placa de orifício), força de impacto (tipo
V é o volume do fluido deslocado alvo), rotação provocada pelo impacto
t é o intervalo de tempo (turbina), e outros princípios.
A vazão é instantânea quando o
intervalo de tempo tende para zero.
Outra relação matemática importante
envolvendo o conceito de vazão é aquela
que mostra que a vazão instantânea é
proporcional à velocidade do fluido e à
área da seção reta da tubulação, onde o
fluido se desloca:
Q= v×A
v é a velocidade do fluido
A é a área da seção da tubulação Fig. 5.1. Vazão e pressão em uma restrição
A vazão na tubulação é sempre a
mesma, qualquer que seja a obstrução 1.2. Unidades
ou o acidente na tubulação. Há também As unidades no Sistema Internacional
uma relação matemática importante em são,
vazão de fluido, que é equação da 3
82
Vazão
Também são usadas outras unidades tanque pelo controle da vazão do líquido,
não recomendadas pelo SI, como na entrada ou na saída.
1. LPM (litro por minuto), para se
referir a vazão volumétrica de
líquidos,
2. ton/h, para a vazão mássica de
vapor,
3. m3/h (metro cubico por hora) para
gases
As unidades inglesas mais usadas
são GPM (galões por minuto) e SCFM
(pé cubico padrão por minuto), referentes
à vazão volumétrica. Fig. 5.2. Vazão através de tubulação
Usam-se fórmulas matemáticas e
tabelas para a conversão entre as
unidades diferentes. A analise A importância da vazão cresce
dimensional é usada para verificação do porque ela está associada ao balanço de
acerto da conversão. materiais na entrada e na saída do
A transformação de vazão processo e principalmente, está
volumétrica em vazão de massa, quando associada à quantidade de materiais para
necessária, é facilmente conseguida, compra e venda (transferência de
desde que se conheça a densidade do custódia). Nessa aplicações, o que
fluido. (massa = volume/densidade) ou a importa é a totalização da vazão, em
pressão, temperatura e composição para volume ou em massa.
gases. Há ainda a aplicação do controle de
relação ou proporção entre duas ou mais
1.3. Funções Associadas vazões de fluidos diferentes, para a
Alem das funções normalmente obtenção de misturas com proporções
aplicadas às outras variáveis de controláveis. É o controle de relação ou
processo, tais como indicação, registro, de proporção de vazões. Caso particular
transmissão, controle, alarme, desse controle é a mistura digital
computação analógica, a vazão é (blending), que utiliza equipamentos
também integrada, totalizada e misturada eletrônicos a microprocessadores para a
em proporções preestabelecidas. obtenção de misturas em quantidades e
A indicação da vazão instantânea é proporções de mistura controláveis e
pouco útil. O registro da vazão é mais útil preestabelecidas.
pois a partir do registro no gráfico é Exatamente, por causa de todos
possível se obter a totalização da vazão, esses aspectos tão abrangentes, a vazão
através da integração gráfica do é certamente a variável de processo que
planímetro. Quando a indicação, registro foi mais pesquisada e analisada e seus
e controle são remotos, é padrão o uso mecanismos básicos de medição
dos transmissores eletrônicos ou alcançaram elevado grau de precisão,
pneumáticos de vazão. confiabilidade, padronização e
Como o elemento final de controle maturação, talvez o mais elevado de toda
mais utilizado é a válvula de controle, a área da instrumentação. Os tipos de
geralmente a vazão é a variável detectores e medidores de vazão são
manipulada do controle do processo. numerosos, alguns com mais de um
Assim, por exemplo, se controla a século de aplicação, outros de
temperatura pelo controle da vazão do desenvolvimento recente. Na aplicação
fluido aquecedor (ou de resfriamento), prática, os mais comuns e usados são: a
controla-se a pressão de um gás em um pressão diferencial, rotâmetro de área
tanque de volume constante pelo variável, eletromagnético, turbina, vortex,
controle da vazão de entrada (ou de alvo e deslocamento positivo. Outros,
saída) do gás no interior do tanque e como o ultra-sônico e radioativo, são
pode se controlar o nível de líquido em menos usados. A grande variedade de
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Vazão
Dvρ
RD =
µ
84
Vazão
85
Vazão
O medidor de quantidade é,
naturalmente, um totalizador de vazão. 2.5. Diâmetros Totais e Parciais do
Quando se adiciona um relógio para Medidor
contar o tempo, obtém-se também o Sob o aspecto da instalação do
registro da vazão instantânea. medidor na tubulação, há dois tipos
No medidor de vazão instantânea, o básicos: com buraco pleno (full bore) ou
fluido passa em um jato contínuo. O de inserção.
movimento deste fluido através do A maioria dos medidores possuem
elemento primário é utilizado diretamente aproximadamente o mesmo diâmetro que
ou indiretamente para atuar o elemento a tubulação onde ele é instalado. A
secundário. A vazão instantânea, ou tubulação é cortada, retira-se um carretel
relação da quantidade de vazão por do tamanho do medidor e o instala, entre
unidade de tempo, é derivada das flanges ou rosqueado.
interações do jato e o elemento primário Tipicamente o seu diâmetro é
por conhecidas leis físicas teóricas aproximadamente igual ao da tubulação,
suplementadas por relações e ele é colocado direto na tubulação,
experimentais. cortando a tubulação e inserindo o
medidor alinhado com ela. Esta classe de
2.4. Relação Matemática Linear e medidores é mais cara e com melhor
Não-Linear desempenho. Exemplos de medidores
A maioria dos medidores de vazão com diâmetro pleno: placa, venturi, bocal,
possui uma relação linear entre a vazão e turbina, medidor magnético,
a grandeza física gerada. São exemplos deslocamento positivo, target, vortex.
de medidores lineares: turbina, A outra opção de montagem é através
magnético, área variável, resistência da inserção do medidor na tubulação. Os
linear para vazão laminar, deslocamento medidores de inserção podem ser
positivo. portateis e são geralmente mais baratos
O sistema de medição de vazão mais porém possuem desempenho e precisão
aplicado, com placa de orifício é não piores. Exemplos de medidores: tubo
linear. A pressão diferencial gerada pela pitot e turbina de inserção.
restrição é proporcional ao quadrado da
vazão medida. Exemplo de outro medidor 2.6. Medidores Com e Sem Fator K
não-linear é o tipo alvo, onde a força de Há medidores que possuem o fator K,
impacto é proporcional ao quadrado da que relaciona a vazão com a grandeza
vazão. física gerada. A desvantagem desta
A rangeabilidade do medidor, que é a classe de medidores é a necessidade de
relação entre a máxima vazão medida outro medidor padrão de vazão para a
dividida pela mínima vazão medida, com sua aferição periódica. São exemplos de
o mesmo desempenho é uma função medidores com fator K: turbina,
inerente da linearidade. Os medidores magnético, Vortex.
lineares possuem a rangeabilidade típica O sistema de medição de vazão com
de 10:1 e os medidores com grandeza placa de orifício é calibrado e
física proporcional ao quadrado da vazão dimensionado a partir de equações
possuem a rangeabilidade de 3:1. matemáticas e dados experimentais
Exemplos típicos de medidores de disponíveis. A grande vantagem da
vazão não-lineares: placa de orifício, medição com placa de orifício é a sua
venturi, bocal, target, calha parshall calibração direta, sem necessidade de
(exponêncial); medidores lineares: simulação de vazão conhecida ou de
turbina, deslocamento positivo, medidor padrão de referência.
magnético, coriolis, área variável.
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Vazão
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Vazão
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Vazão
3. Geradores de Pressão
Diferencial
Há vários tipos de medidores de
vazão à pressão diferencial, também
chamados de tipo coluna, head, à
restrição, à estrangulamento. Qualquer
que seja sua geometria, o princípio de
funcionamento é único: uma restrição à
linha, onde há uma vazão de fluido,
provoca o aparecimento de uma pressão
diferencial, proporcional ao quadrado da
vazão. Sua base teórica é o teorema de
Bernouille, que diz: na vazão sem atrito,
a soma da velocidade mais pressão
estática mais pressão diferencial é
constante. Na tubulação, a vazão é
Fig. 5.3. Elementos geradores de pressão
sempre a mesma, visto que não há nem diferencial:
acúmulo nem vazamento em nenhum
ponto. Desse modo, quando há uma
restrição na tubulação, o fluido é Algumas conclusões podem ser
acelerado quando passa pela restrição. O tiradas das expressões matemáticas
aumento da velocidade implica na anteriores:
diminuição da pressão estática. Desde A relação entre a vazão e a pressão
que se conheça a relação matemática diferencial não é linear mas uma relação
entre a vazão e a pressão diferencial, de raiz quadrada. Essa não linearidade
entre a pressão antes e a pressão depois limita severamente a rangeabilidade da
da restrição, pode-se medir a vazão do medição da vazão. Uma escala raiz
fluido pela inferência da medição da quadrada expande a extremidade
pressão diferencial. superior da escala e comprime a
As relações matemáticas são extremidade inferior, tornando difícil e
conhecidas e valem simplesmente: com pequena resolução as leituras de
valores baixos. Por exemplo, 50% da
Q = K ρ∆P vazão produz 25% de pressão
diferencial. Em 10% da vazão, a pressão
∆P diferencial é de apenas 1%. Desse modo,
W =K
ρ considerando a rangeabilidade da
onde medição da pressão diferencial em 10:1,
Q é a vazão volumétrica a rangeabilidade da vazão
W é a vazão de massa correspondente é de apenas 3:1. Isso
ρ é a densidade do fluido significa, quando se mede a vazão
K é uma constante de máxima de 100 unidades, a vazão
proporcionalidade que inclui as unidades mínima a ser medida com a mesma
e os fatores de correção. precisão, é de apenas 30 unidades.
Como conseqüência, é sempre
problemática a medição de pequenas
vazões com medidor à pressão
diferencial.
Para a medição das vazões,
volumétrica e de massa, é necessário o
conhecimento ou a medição da
densidade do fluido. E a dependência
entre a vazão e a densidade também é
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sua superfície interna, detectam a força transmissor pode ser calibrado com um
eletromotriz. A força eletromotriz tubo especifico, ambos formando um par
detectada é uma milivoltagem alternada e casado para futura aplicação em
é linearmente proporcional à vazão do conjunto.
fluido. O tubo medidor de vazão e o seu
O interior do tubo de medição deve respectivo transmissor são instrumento
ser revestido de um material elétricos e portanto, devem satisfazer as
eletricamente isolante. Isso pode ser exigências para o uso na área de
usado para revestir o interior do tubo com montagem. A maioria é constituida na
materiais quimicamente inertes ao fluidos versão de uso geral, para montagem em
manuseados. São comuns: teflonR, local seguro. Porém, podem ser
montados em locais de Classe I, grupos
poliuretano, butadieno, neopreneR e
B, C e D, Divisão 2, classe de
outros materiais.
temperatura T3. Quando usado em
Quando aplicados às industrias
Divisão 1, requer a pressurização tipo Y,
alimentícias, são disponíveis na versão
que protege e possibilita o uso de
sanitária, que consiste em uma facilidade
instrumento não incenditivo em Divisão 1.
excepcional de desmontagem, para
O transmissor é, impropriamente,
lavagens periódicas. Geralmente são
chamado de conversor.
pintados de branco.
Os medidores magnéticos são 7.5. Vantagens
conectados ao processo através de
As principais vantagens do uso do
flanges, com diferentes classes: ANSI
medidor magnético de vazão são:
150 e 300, PN 16 e 40.
Como os eletrodos são de tamanho 1. não apresenta nenhuma perda de
pequeno, é praticável e econômico sua carga adicional. Ou seja, a perda
de carga do tubo medidor de
confção com materiais especiais, como
vazão é exatamente igual à perda
Titanio, tantalum platina, monel®,
de uma tubulação de igual
hastelloyC®.
tamanho.
2. como não apresenta nenhuma
obstrução à linha, ele pode medir
vazão de fluidos sujos, corrosivos,
abrasivos, com sólidos em
suspensão, não lubrificantes.
3. a configuração geométrica do
sistema de medição ano é critica,
podendo medir fluidos laminares e
turbulentos. O único inconveniene
é a presença de bolhas de ar que
introduzem erro, pois a medição é
de volume.
4. a medição não é afetada pela
Fig. 5.15. Transmissor integral ao tubo viscosidade, densidade,
temperatura ou pressão. Não é
afetado, inclusive, pela
condutividade, desde que seja
7.4. Transmissor de Vazão mantido o mínimo exigido.
O transmissor de vazão recebe na 5. não possui peças moveis e desde
entrada o sinal de milivoltagem alternada que a velocidade não ultrapassa o
de saída do tubo magnético, proporcional limite de 6,0 m/s, não há desgaste
à vazão e o converte no sinal padrão de nenhum.
transmissão de corrente, de 4 a 20 mA 6. a saída é analógica e linear,
cc. portanto com excelente
Para se obter maior precisão, quando rangeabilidade.
requerido e com custo adicional, o
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8.3. Vantagens
As principais vantagens da turbina 9. Medidor Coriolis
são:
1. altíssima precisão, repetitividade 9.1. Introdução
2. sua rangeabilidade é a maior A massa, ao lado do comprimento e
entre todos os medidores de do tempo, constitui a base para toda
vazão, pois a relação matemática medida física. Como um padrão
envolvida é linear. Tipicamente, fundamental de medição, a massa não
tem-se rangeabilidade de 100:1, deriva suas unidades de medida de
50:1. qualquer outra fonte. As variações de
3. a saída é linear, digital (trem de temperatura, pressão, viscosidade,
pulsos), adequada para sistemas densidade, condutividade elétrica ou
de totalização de vazão. A turbina térmica e o perfil da velocidade não
é ideal para sistemas de mistura afetam a massa. Tais imunidade e
digital (blending). constância tornam a massa a
4. a turbina é de pequeno tamanho propriedade ideal para se medir.
e peso, sendo fácil instalação. Até recentemente, não existia
nenhum método pratico para medir
8.4. Desvantagens e limitações massa em movimento. Os usuários
As limitações referentes à turbina tinham de inferir a massa do volume.
são: Infelizmente, os medidores de vazão
1. é montada em linha e para sua volumétrica não medem a massa mas o
calibração se necessita da simulação espaço que ela ocupa. Deste modo,
de uma vazão conhecida. O fator de deve-se calcular os efeitos da
mérito da turbina é seu fator K, que temperatura e pressão sobre a
associa a unidade de vazão à densidade, quando deduzir a massa do
frequência dos pulsos gerados. volume.
2. a turbina possui peça móvel. Embora A medição direta da vazão de massa
haja apenas o rotor móvel, há evita a necessidade de cálculos
desgaste e folga nos seus mancais complexos. Ela cuida diretamente da
de sustentação. massa e desde que a massa não muda,
3. ela pode ser danificada por um medidor direto de vazão mássica é
velocidade acima da calculada. Ela linear, sem as correções e
não se aplica para medição de vazão compensações devidas às variações nas
de fluidos abrasivos, sujos, propriedades do fluido.
corrosivos e de alta velocidade. O medidor opera pela aplicação da
4. seu custo é elevado, principalmente Segunda Lei de Newton: Força é igual à
se considera a colocação do filtro a Massa vezes a Aceleração (F = m a).
montagem, o uso do pré-amplificador Ele usa esta lei para determinar a
para distâncias acima de 60 metros. quantidade exata de massa fluindo
5. a turbina requer longos trechos através do medidor.
longos e distúrbios podem afetar a A massa do fluido tem uma
medição. velocidade linear quando ele flui através
do tubo sensor. A vibração do tubo
sensor, em sua freqüência natural em
torno do eixo, gera uma velocidade
angular. Estas forças vibracionais do
tubo, perpendiculares à vazão do fluido,
causam uma aceleração na entrada e
uma desaceleração na saída. O fluido
exerce uma força oposta a si próprio, que
resiste às forças perpendiculares do tubo,
causando o tubo dobrar. Os circuitos
eletrônicas do medidor de vazão mássica
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10.8. Especificações
A precisão especificada é tipicamente
de ±0,2 a ±5 % da largura de faixa e
depende do fabricante, velocidade,
diâmetro da tubulação, fluido do
processo. Deve ser feita a calibração no
fluido do processo para converter a
velocidade em vazão volumétrica. A
calibração sem o fluido do processo pode
introduzir erros de +5% até -2% da vazão
medida. A calibração feita com outro Fig. 5.25. Provador de vazão
fluido conhecido mas diferente do fluido
do processo real pode produzir precisão
tão boa quanto ±1% do valor medido. A
repetitividade é da ordem de ±0,5% do
fundo de escala.
Os medidores podem ser
bidirecionais, mas eles medem apenas a
magnitude e não a direção da vazão.
Pode-se usar totalizador, em vez de
indicador da vazão instantânea.
Vibrações na tubulação e condições de
não vazão podem causar indicação do
fundo de escala devido ao movimento
das partículas e das bolhas. A saída de 4
a 20 mA cc é a padrão. Saídas de pulso
ou de tensão são opcionais.
10.9. Conclusão
O número de instalações com
medidores ultra-sônicos, tanto a tempo
de trânsito como a efeito Doppler, tem
diminuído por causa da reputação de
desempenho inadequado. Muitos
medidores de vazão ultra-sônicos a efeito
Apostila\Instrumentação 33Vazão.doc 18 OUT 00 (Substitui 15 DEZ 9815 DEZ 98)
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6
Nível
Em Instrumentação, o termo medir é
1. Introdução vago, pois deve se determinar exatamente
qual valor da variável se quer mostrar, que
Nível é uma variável de processo que pode ser:
consiste na altura (comprimento) de uma Instantâneo, usa-se o indicador
coluna vertical do líquido ou sólido contido Histórico ou de tendência, usa-se o
em um tanque. registrador
A unidade de nível pode ser altura (m), Acumulado durante período de
percentagem (%), volume (m3 ). tempo, usa-se o totalizador
Medir o nível de um líquido contido em Uma malha de medição de nível é
um tanque é mostrar um dos seguintes constituída dos seguintes componentes,
parâmetros: que podem ser explícitos ou não:
Volume contido (innage) 1. sensor
Volume que falta para completar 2. condicionador
tanque (ullage) 3. mostrador
Percentagem da quantidade O elemento sensor, também chamado
Altura da coluna líquida de elemento primário, detector, probe,
A medição de nível é fácil, quando elemento transdutor, sonda, cuja função é
comparada com a medição de vazão ou a de detectar o valor da variável medida e
temperatura. gerar um sinal de saída proporcional a este
Medição de nível é robusta pois valor. Este sinal de saída pode ser
depende pouco da instalação mecânico (movimento, força,
A calibração de nível é relativamente deslocamento) ou elétrico (tensão,
fácil e geralmente é feita pelos seguintes corrente, resistência elétrica).
métodos: O condicionador é um dispositivo,
Geométrico instrumento ou circuito que melhora e torna
Volumétrico mais amigável o sinal de saída do
Quando se mede o nível de petróleo e elemento sensor. As funções de um
seus produtos e se quer uma grande condicionador podem ser: filtro,
precisão, deve-se medir também a amplificação, atenuação, padronização,
temperatura do produto, para fazer a linearização, compensação.
compensação da influência da temperatura O mostrador é o instrumento de display
no volume medido. ou de leitura. Ele pode ser o indicador,
O nível pode ser medido por meio: registrador ou totalizador, cuja saída é um
Manual, quando a medição é feita contador. O mostrador é o instrumento que
diretamente pelo operador é lido pelo operador e por isso deve ser
Automático, quando a medição é feita sempre acessível ao operador.
praticamente sem a interferência do
operador, que apenas monitora e utiliza
os resultados.
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Construção
4.3. Métodos manuais A fita deve ser construída como um
A norma ISO 4512 (2000) descreve o comprimento contínuo de aço.
equipamento necessário para medir o nível
Materiais
de petróleo e produtos do petróleo em um
O material da fita deve ter as seguintes
tanque ou container. O cálculo da
especificações:
quantidade de petróleo e produtos contidos 1. alto conteúdo de carbono (0,8 %)
em um tanque ou container também requer 2. resistência de tensão entre 1 600 a 1
que a temperatura do líquido e sua
850 N/mm2
densidade sejam determinadas (ISO 4266:
3. Coeficiente linear de expansão:
Petroleum and liquid petroleum products –
(11 ± 1) x 10-6 oC-1
Direct measurement of temperature and
Para determinados produtos
level in storage tanks – Automatic
petroquímicos, deve-se usar outros
methods).
materiais, tais como aço inoxidável,
Se for necessário um certificado de
quando é necessário corrigir o
calibração para qualquer um dos
comprimento da régua por causa da
equipamentos, tais como réguas
variação da temperatura do processo.
graduadas, pesos, réguas para ullage, ele
deve ser obtido de uma autoridade Revestimento
competente e deve ser rastreável a A fita deve ser revestida com um
padrões nacionais ou internacionais, com material anticorrosivo para proteção
um limite de confiança de 95%, que está durante a armazenagem. Este material não
dentro do máximo erro permissível pode isolar eletricamente a fita.
especificado nesta norma.
Equipamento que foi sujeito a reparo
não pode ser usado como referência, mas
pode ser usado para outros objetivos se
ele for verificado por uma autoridade
competente e foi considerado conforme
com as exigências desta norma.
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Nível
Graduações Graduações
intermediárias principais
Numerad Números Números Numeraç
a em cada cm maiores em maiores em ão repetida
cada cm cada metro em números
ou numerada menores em
em uma cada dm após
tabela o primeiro
Fig.6.7. Sistema típico de manuseio brilhante metro
ressaltada
Fixação
A fita deve ser enrolada de modo Referência zero
adequado em um sistema com polia, em A referência zero (zero datum) do
uma extremidade. Na outra extremidade, conjunto fita de imersão e peso de imersão
deve ser fixado o peso, régua de ullage ou deve estar na face inferior do peso de
régua para detectar água. O dispositivo de imersão.
fixação deve ter um meio de evitar o Precisão (erro máximo permissível)
desprendimento acidental do peso, régua O erro máximo permissível para
de ullage ou régua para detectar água. qualquer distância da referência zero do
Dimensões peso de imersão até a marca de
As dimensões da fita devem ser: graduação de 30 m não pode exceder ±1,5
Largura: (13,0 ± 0,5) mm m para uma combinação nova de fita-peso,
Espessura (não esticada): na condição de referência especificada de
(0,25 ± 0,05) mm temperatura e tensão, quando comparada
Comprimentos recomendados: contra um instrumento de medição de
5 m, 10 m, 15 m, 25 m, 30 m, 40 m referência. O erro máximo permissível para
e 50 m a marca de graduação de 30 m nunca
pode exceder ±2,0 m para uma
Graduação
combinação de fita-peso, em serviço. (Ver
As fitas devem ser graduadas em uma
Tab. 2).
única face. Elas devem ser graduadas em
A incerteza com limite de confiança
m, cm e mm, em toda sua extensão.
rastreável certificado de 95 % do
As marcas da graduação devem se
instrumento de medição de referência
relacionar às condições de referência
usado para verificar o erro máximo
especificadas de temperatura e tensão
permissível da combinação fita-peso de
mecânica, onde a tensão é igual àquela
imersão não pode exceder ±0,5 mm para
que a fita experimenta devido à massa do
qualquer distância entre 0 e 30 m.
peso de imersão, quando a combinação
A precisão de calibração de cada
fita-peso é suspensa verticalmente no ar
combinação de trabalho fita-peso de
(±10 %).
imersão deve ser verificada antes do
As marcas de graduação devem de
primeiro uso e depois, em intervalos
largura uniforme e não mais que 0,5 mm e
regulares (por exemplo, 6 meses).
devem ser perpendiculares à borda da fita.
Tipicamente, esta verificação deve incluir:
As marcas de graduação devem ser
permanentes e indeléveis e resistentes a
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graduada não devem exceder 0,5 mm. devem dimensionados de modo que não
Quando a precisão das graduações da apresentem perigo potencial eletrostático e
escala precisa ser certificada, a escala ainda devem permitir a reação da pasta
deve ser calibrada usando um microscópio detectora de água, que deve ser
portátil com vernier ou dispositivo de observada através da régua.
medição de referência similar com uma A área da superfície de qualquer
incerteza com limites de confiança de 95 espaçador plástico deve ser menor que 2,8
%, que não exceda ±0,20 mm, em x 10-3 m2
qualquer ponto de 0 a 500 mm. A régua detectora d’água deve ser
A marca de referência zero (zero fabricada de uma barra tendo faces planas,
datum) do conjunto fita e régua ullage deve sobre a qual é gravada a escala e todos os
estar na marca zero gravada na régua cantos são suaves
ullage. O topo da régua detectora d’água deve
Cada marcação maior da graduação ser projetado para permitir a fixação firme
deve numerada abaixo do zero da fita. A fixação não deve atrapalhar a
Cada régua ullage deve ter a seguinte precisão do conjunto completa fita-régua
marcação: detectora d’água.
Número da norma ISO 4512 A régua detectora d’água deve ser
Qualquer marca oficial de graduada em cm e mm, através de todo
conformidade necessária. seu comprimento de trabalho, tipicamente
de 350 mm.
4.8. Régua detectora de água O erro máximo permissível para
A régua detectora de água deve ser qualquer distância a partir da referência
projetada e construída para uso combinado zero para qualquer outro ponto na escala
com a fita de imersão. graduada não devem exceder 0,5 mm.
A régua detectora de água pode ser Quando a precisão das graduações da
graduada em mais de uma face, mas as escala precisa ser certificada, a escala
graduações devem estar no mesmo nível deve ser calibrada usando um microscópio
em relação à referência de zero (zero portátil com vernier ou dispositivo de
datum) da régua. O normal é ter graduação medição de referência similar com uma
somente em uma face. incerteza com limites de confiança de 95
As graduações na régua detectora de %, que não exceda ±0,20 mm, em
água devem ser gravadas a partir da qualquer ponto de 0 a 500 mm.
marca zero da régua. As graduações não As marcas de graduação devem de
são precisam ser diretamente relacionadas largura uniforme e não mais que 0,5 mm e
com as graduações da fita de imersão devem ser perpendiculares à borda da fita.
fixada nela, porque a régua detectora de As marcas de graduação devem ser
água normalmente é maior do que o peso permanentes e indeléveis e resistentes a
padrão combinado com a fita. solventes. O processo de marcação não
Não se pode combinar réguas ullage pode isolar eletricamente a régua detectora
com réguas de detecção de água porque d’água.
os seus pontos de referência zero são Cada régua detectora d’água deve ter a
diferentes. seguinte marcação:
A régua detectora de água é projetada Número da norma ISO 4512
para uso com pasta detectora de água. Qualquer marca oficial de
A régua detectora de água deve ser de conformidade necessária.
material conveniente, resistente a faísca; o
material típico é latão. O espaçador e o 4.9. Pasta detectora de interface
conjunto externo devem ser feitos de O nível de produtos de petróleo e o
material não condutor, plástico nível de qualquer interface óleo/água pode
transparente que deve ser resistente aos ser detectado por pastas indicadoras, que
produtos que entrarão em contato com ele. mudam a cor em contato com produtos
Os espaçadores plásticos transparentes voláteis ou água, respectivamente.
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∆p = ρ g L
Geralmente, a medição da pressão
onde diferencial (tanque fechado) ou
∆p é a pressão hidrostática, no fundo manométrica (tanque aberto), proporcional
do tanque, ou no nível 0. ao nível do tanque, é feita através do
ρ é a densidade absoluta do líquido transmissor, tipo d/p cell® com a cápsula
g é a aceleração da gravidade do local diafragma como elemento sensor.
L é a altura do líquido ou o nível do Para esse tipo de medição de nível
líquido acima do fundo do poço. através da pressão diferencial, há
Como conseqüência, desde que a vários tipos para a tomada de alta
aceleração da gravidade e a densidade do pressão, aquela próxima ao fundo do
líquido sejam constantes, a pressão tanque:
hidrostática é diretamente proporcional à 1. tomada convencional, através de
altura da coluna liquida. rosca fêmea, tipicamente 1/2" NPT.
A altura do líquido é seu nível. A Quando o líquido é perigoso para a
pressão hidrostática, no fundo de cada cápsula, utiliza-se uma coluna liquida
tanque, é independente do formato do de selagem, entre a tomada do
recipiente e depende apenas da altura e da tanque e o corpo do transmissor.
densidade do líquido. 2. tomada tipo flange plana, quando a
O princípio de operação é simples, o tomada do processo é do tipo
problema se resume na medição da flangeado e quando não há problema
pressão no fundo do tanque, quando de decomposição de material na
aberto e na medição da pressão no fundo tomada.
e no topo, quando o tanque é fechado e 3. tomada tipo flange com extensão,
pressurizado. Assim, a medição do nível quando a tomada do processo é
da coluna liquida se transfere para também flangeada e se deseja
medição de pressão, manométrica ou manter a superfície sensível da
diferencial, com todos os artifícios de cápsula em contato direto com o
selagem e purga, quando o fluido do processo, evitando-se a deposição
processo é corrosivo, tóxico ou sujo. de produtos na reentrância da
A medição do nível pode ser feita tomada.
localmente, ao lado do tanque, pela 4. tomada tipo flange, plana ou com
colocação do elemento sensor de pressão, extensão, porém ligada ao corpo do
acoplado diretamente ao indicador ou ao transmissor através de um capilar, de
registrador. O elemento sensor mais tamanho variável e dependente da
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Determinação da temperatura da
estrutura do tanque
A.1. Geral
São fornecidos os critérios para indicar a necessidade para recalcular uma tabela de
calibração do tanque na Tab. 4, se a temperatura média de operação da estrutura do tanque
se altera de sua temperatura de referência original impressa na tabela de capacidade do
tanque.
A determinação da temperatura média da estrutura pode ser baseada em um dos
seguintes critérios:
A temperatura assumida ser a temperatura média de operação da estrutura do tanque
Por varias medições reais dos parâmetros detalhados em A.2, que determinam esta
temperatura e calcular uma média das temperaturas.
TL + (K × TA )
TS =
K +1
onde
TS temperatura da estrutura, oC
TL temperatura do líquido, oC
TA temperatura ambiente, oC
onde
µ é a viscosidade, Pa.s, para 10-3 < µ < 1
D é o dímetro do tanque, m, para 15 < D < 85
V é a velocidade de vendo, km/h, para 0 < V < 19
(7 × TL ) + TA
TS =
8
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
7
Regulamento Técnico de Medição
de Petróleo e Gás Natural
1. Objetivo e Campo de Aplicação
1.1 Objetivo
Este Regulamento estabelece as condições mínimas que devem ser atendidas pelos
sistemas de medição aplicáveis a:
1.1.1 Produção de petróleo e gás natural;
1.1.2 Transporte e estocagem de petróleo e gás natural;
1.1.3 Importação e exportação de petróleo e gás natural.
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
2. Siglas Utilizadas
3. Definições
Para efeito deste Regulamento são consideradas as seguintes definições, além
daquelas constantes da Lei n.º 9.478, de 06 de agosto de 1997, e do Contrato de
Concessão para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural:
3.1 Medição fiscal Medição do volume de produção fiscalizada efetuada num ponto de medição
da produção a que se refere o inciso IV do art. 3º do Decreto n.º 2.705, de
03/08/1998.
3.2 Medição fiscal Medição fiscal dos volumes de produção de dois ou mais campos, que se
compartilhada misturam antes do ponto de medição.
3.3 Medição Medição para controle da produção que inclui medições de petróleo e gás
operacional natural para consumo como combustível ou para qualquer outra utilização
dentro do campo; do gás utilizado para elevação artificial, injeção, estocagem,
ventilado ou queimado em tocha; da água produzida, injetada, captada ou
descartada; do petróleo transferido; do gás natural para processamento; do
petróleo e gás natural transportado, estocado, movimentado com
transferência de custódia, importado ou exportado.
3.4 Medição para Medição a ser utilizada para determinar os volumes de produção a serem
apropriação apropriados a cada campo em um conjunto de campos com medição
compartilhada ou a cada poço em um mesmo campo.
3.5 Relatório de Documento informando os valores medidos, os fatores de correção e o
medição volume apurado num período de medição.
3.6 Medidor fiscal Medidor utilizado para a medição fiscal do volume de produção de um ou
mais campos.
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
3.7 Tabela Tabela indicando o volume contido em um tanque para cada nível de
volumétrica enchimento.
3.8 Fator de Quociente entre o volume bruto medido, utilizando um sistema de calibração,
calibração do e o volume registrado por um medidor de fluidos durante um teste de
medidor calibração do medidor.
3.9 Volume registrado Variação no registro do totalizador de um medidor de fluidos, entre o início e o
fim de uma medição.
3.10 Volume efetivo Produto do volume registrado pelo fator de calibração do medidor.
3.11 Volume efetivo em Volume efetivo corrigido para as condições de referência de pressão e
condições de temperatura.
referência
3.12 Volume líquido Volume de petróleo em condições de referência, uma vez descontado o
volume de água e sedimentos.
3.13 Vazão de teste de Volume total de produção de um poço, durante um teste, dividido pelo tempo,
poço em horas, de duração do mesmo.
3.14 Potencial de Volume de produção de um poço durante 24 horas, à vazão de teste.
produção do poço
3.15 Potencial de Volume de produção de um poço à vazão de teste, durante o tempo de
produção produção efetivo do poço.
corrigido do poço
3.16 Potencial de Somatório dos potenciais de produção corrigidos dos poços do campo.
produção
corrigido do
campo
3.17 Razão gás - Volume de gás produzido por volume de petróleo produzido, ambos medidos
petróleo (RGO) nas condições de referência.
3.18 Vazão usual de Vazão de operação média, avaliada no período desde a última calibração do
operação sistema de medição ou o último teste de poço até a data de avaliação. No
cálculo da vazão média não devem ser considerados os períodos em que não
houve fluxo.
3.19 Condições usuais Condições de temperatura, pressão e propriedades (densidade e viscosidade)
de operação médias do fluido medido, avaliadas no período desde a última calibração do
sistema de medição ou o último teste do poço até a data de avaliação.
3.20 Falha Acontecimento no qual o desempenho do sistema de medição não atende
aos requisitos deste Regulamento ou das normas aplicáveis.
3.21 Falha presumida Situação na qual existem indícios de falha do tipo:
a) regulagens e ajustes não autorizados;
b) variação dos volumes medidos que não corresponda a variações nas
condições de operação das instalações de petróleo e gás natural.
3.22 Medidor padrão Medidor utilizado como padrão de comparação na calibração de outros
medidores.
3.23 Medidor de Instrumento destinado a medir continuamente, computar e indicar o volume
fluidos do fluido que passa pelo transdutor de medição, sob as condições de
medição.
3.24 Provador em linha Recipiente aberto ou fechado, de volume conhecido, utilizado como padrão
volumétrico para calibração de medidores de petróleo.
3.25 Teste de longa Testes de poços, realizados durante a fase de Exploração, com a finalidade
duração exclusiva de obtenção de dados e informações para conhecimento dos
reservatórios, com tempo de fluxo total superior a 72 horas.
3.26 Para os termos técnicos, relativos às medições em geral, são aplicáveis as definições
da Portaria INMETRO n.º 29/95 – Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de
Metrologia e da Portaria INMETRO nº 102/88 - Vocabulário de Metrologia Legal.
146
Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
4. Unidades de Medida
4.1 A unidade de volume na medição de petróleo é o metro cúbico (m3), nas condições
de referência de 20°C de temperatura e 0,101325 MPa de pressão.
4.2 A unidade de volume na medição de gás natural é o metro cúbico (m3), nas
condições de referência de 20°C de temperatura e 0,101325 MPa de pressão.
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
6. Medição de Petróleo
6.1 Medição de Petróleo em Tanques.
6.1.1 Nas medições fiscais em tanques, o ponto de medição da produção está
localizado, por convenção, imediatamente à jusante dos tanques de medição.
6.1.2 Os tanques utilizados para medição fiscal de petróleo devem atender aos
seguintes requisitos:
6.1.2.1 Serem arqueados conforme subitem 6.2 deste Regulamento;
6.1.2.2Serem providos de bocas de medição e de amostragem do conteúdo;
6.1.2.3 Serem providos de mesa de medição no fundo e de marca de referência próxima
à boca de medição;
6.1.2.4 As linhas de enchimento devem ser projetadas para minimizar queda livre de
líquido e respingos.
6.1.3 As medições de nível de líquido devem ser feitas com trena manual ou com
sistemas automáticos de medição de nível.
6.1.4 As medições de nível de líquido nos tanques devem obedecer aos requisitos dos
seguintes documentos e regulamentos:
6.1.4.1 Medições manuais com trena:
Portaria INPM n.º 33/67 -- Norma para Medição da Altura de Produtos de Petróleo
Armazenados em Tanques.
Portaria INMETRO n.º 145/99 – Aprova o Regulamento Técnico Metrológico,
estabelecendo as condições a que devem atender as medidas materializadas de
comprimento, de uso geral.
ISO/DIS 4512 Petroleum and Liquid Petroleum Products -- Equipment for Measurement
of Liquid Levels in Storage Tanks – Manual Methods.
6.1.4.2 Medições com sistema automático:
OIML R71 – Fixed Storage Tanks. General Requirements.
OIML R85 – Automatic Level Gauges for Measuring the Level of Liquid in Fixed
Storage Tanks.
ISO 4266 Petroleum and Liquid Petroleum Products -- Measurement of
Temperature and Level in Storage Tanks - Automatic Methods.
ISO/DIS 4266-1 Petroleum and Liquid Petroleum Products - Measurement of
Level and Temperature in Storage Tanks by Automatic Methods -- Part 1:
Measurement of Level in Atmospheric Tanks.
6.1.5 Para determinação do volume medido devem ser considerados as seguintes
correções e os respectivos fatores:
a) Tabela volumétrica do tanque;
b) Dilatação térmica entre a temperatura de medição e a condição de referência de 20
°C. A medição de temperatura e os fatores de correção pela dilatação térmica devem
atender aos requisitos das normas:
Portaria do INPM n.º 9/67 -- Norma de Termômetros para Petróleo e Seus Derivados
Quando em Estado Líquido, Bem Como para os Respectivos Suportes.
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
ABNT
05800NB00418 75 Amostragem de Petróleo e Derivados Líquidos Para Fins
Quantitativos
0500NB00174 72 Norma Para Amostragem de Petróleo e Produtos Derivados
API - MPMS
Chapter 8, Sampling
Chapter 8.2, Automatic Sampling of Petroleum and Petroleum Products
(ANSI/ASTM D4177)
Chapter 8.3, Mixing and Handling of Liquid Samples of Petroleum and Petroleum
Products (ASTM D5854)
6.5.4 Os sistemas de amostragem em linha devem cumprir os seguintes requisitos:
a) O ponto de amostragem deve estar localizado imediatamente a montante ou a
jusante do medidor;
b) O ponto de amostragem escolhido deve permitir que a amostra seja perfeitamente
representativa do produto. Caso se comprove ser necessário, deve ser incluído um sistema
de mistura para garantir a representatividade das amostras;
c) O recipiente de coleta de amostras deve ser estanque e provido de um sistema de
homogeneização das amostras.
6.5.5 As amostras obtidas pelos procedimentos de amostragem devem ser misturadas
e homogeneizadas antes de se proceder às medições de propriedades e análises
6.5.6 Devem ser feitas as seguintes determinações e análises:
6.5.6.1 Determinação da massa específica do petróleo deve seguir as orientações dos
seguintes documentos:
ABNT
14065 98 Destilados de Petróleo e Óleos Viscosos – Determinação da Massa
Específica e da Massa Específica Relativa Pelo Densímetro Digital.
07148 MB00104 92 Petróleo e Derivados – Determinação da Massa Específica – Método
do Densímetro.
API – MPMS
Chapter 9, Density Determination
Chapter 9.1, Hydrometer Test Method for Density, Relative Density (Specific
Gravity), or API Gravity of Crude Petroleum and Liquid Petroleum Products
(ANSI/ASTM D 1298) (IP 160) Chapter 9.3, Thermohydrometer Test Method for
Density and API Gravity of Crude Petroleum and Liquid Petroleum Products.
6.5.6.2 Determinação da fração volumétrica de água e sedimento, conforme um dos
métodos dos seguintes documentos:
ABNT
MB00038 72 Determinação da Água e Sedimentos em Petróleos Brutos e Óleos
Combustíveis - (Métodos de Centrifugação)
MB00294 66 Método de Ensaio Para a Determinação de Sedimentos em Petróleos e
Óleos Combustíveis – Método por Extração
14236 98 Produtos de Petróleo e Materiais Betuminosos - Determinação do Teor de
Água por Destilação
API MPMS
Chapter 10, Sediment and Water
Chapter 10.7, Standard Test Method for Water in Crude Oil by Karl Fischer
Titration (Potentiometric)(ANSI/ASTM D4377) (IP 356)
6.5.6.3 Determinação do Ponto de Ebulição Verdadeiro conforme um dos métodos dos
seguintes documentos:
ASTM D2892-98b Standard Test Method for Distillation of Crude Petroleum (15 -
Theoretical Plate Column)
ASTM D5236-95 Standard Test Method for Distillation of Heavy Hydrocarbon
Mixtures (Vacuum Potstill Method)
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
API – MPMS, Chapter 14.1, Collecting and Handling of Natural Gas Samples for Custody
Transfer.
7.3.2 As amostras de gás devem ser analisadas qualitativa e quantitativamente para se
obter a composição do gás, a massa específica, o poder calorífico, os teores de gases
inertes e contaminantes, para o atendimento da Portaria ANP n.º 41, de 15/04/1998, para
correções nas medições dos volumes e para outros usos. Devem ser utilizados os métodos
descritos nos seguintes documentos:
ASTM D 1945 - Standard Test Method for Analysis of Natural Gas by Gas
Chromatography
ASTM D 3588 Calculating Heat Value, Compressibility Factor, and Relative Density
(Specific Gravity) of Gaseous Fuels
ASTM D 5454 - Standard Test Method Water Vapor Content of Gaseous Fuels Using
Electronic Moisture Analyzers
ASTM D 5504 - Standard Test Method for Determination of Sulfur Compounds in
Natural Gas and Gaseous Fuels by Gas Chromatography and Chemiluminescence
ISO 6326 - Natural Gas - Determination of Sulfur Compounds, Parts 1 to 5
ISO 6974 - Natural Gas - Determination of Hydrogen, Inert Gases and Hydrocarbons
up to C8 - Gas Chromatography Method
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
8.2.2 Nas medições para apropriação da produção de petróleo não estabilizado, deve
ser considerado o fator de encolhimento devido à liberação de vapores após a medição,
quando da estabilização do petróleo. No caso em que esses vapores forem recuperados na
unidade de tratamento, deve ser computada a produção de gás, estimada com base no
volume de óleo e a RGO do petróleo nas condições de medição para apropriação.
8.2.3 Os fatores de encolhimento, a RGO e os fatores de correção para a produção de
gás, quando utilizados na determinação de volumes de produção, devem ser determinados
mensalmente com intervalos não superiores a 42 dias, conforme métodos das normas
aplicáveis.
8.2.4 Quando houver água livre no petróleo, medido nas condições de tanque, o seu
volume deve ser determinado por decantação e nas medições em linha, através de
analisador de fração total de água ou da obtenção de amostras representativas.
8.2.5 As medições para apropriação da produção de gás devem atender aos requisitos
das medições fiscais de gás, com as seguintes diferenças:
8.2.5.1 A incerteza de medição deve ser menor que 2%.
8.2.5.2 As análises de gás devem ser trimestrais.
8.2.5.3 Para sistemas de medição com vazão máxima inferior a 5.000 m3 por dia,
aplicam-se os critérios do subitem 7.1.13 deste Regulamento.
8.2.6 Nas medições para apropriação da produção de gás natural, devem ser
considerados os fatores de correção devidos à separação de componentes e à
condensação após a medição, quando do condicionamento do gás. Os fatores de correção
devem ser calculados com base na medição direta dos volumes separados ou das
composições das correntes e balanço de material das unidades de condicionamento. Os
volumes de condensado devem ser apropriados como produção de petróleo.
8.2.7 As medições para apropriação devem atender aos requisitos do seguinte
documento: API –MPMS
Chapter 20, Allocation Measurement of Oil and Natural Gas
Chapter 20.1, Allocation Measurement
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
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Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
9.3 Os instrumentos dos sistemas de medição para controle operacional devem ser,
periodicamente, submetidos a verificação ou calibração, conforme um programa a ser
apresentado à ANP .
9.4 Devem ser medidos os seguintes volumes:
9.4.1 Volumes de petróleo e gás natural utilizados como combustíveis ou qualquer outra
utilização dentro do campo. A medição desses volumes por estimativa deve ser previamente
aprovada pela ANP. Essas medições devem obedecer aos requisitos de medições para
apropriação.
9.4.2 Volumes totais de gás utilizado para elevação artificial e destinado a injeção nos
poços.
9.4.2.1 A apropriação de volumes de gás para elevação artificial ou injetados nos poços,
utilizando instrumentos dedicados ou através de testes, deve ser feita de acordo com o
procedimento usado para apropriação da produção, conforme subitem 8.4 deste
Regulamento.
9.4.3 Volumes de gás ventilado ou queimado em tochas. A estimativa destes volumes
por balanço ou outros procedimentos deve ser previamente autorizada pela ANP.
9.4.4 Volumes totais de água produzida, injetada nos poços e descartada.
9.4.4.1 A apropriação de volumes de água produzida e injetada em cada poço, através
de instrumentos dedicados ou de testes periódicos, deve ser feita de acordo com o
procedimento utilizado para apropriação da produção, conforme subitem 8.4 deste
Regulamento.
9.4.5 Volumes de petróleo armazenado em estocagens intermediárias dos sistemas de
produção.
9.4.6 Volumes de petróleo armazenado em terminais dos sistemas de transporte.
9.4.7 Volumes de petróleo e gás natural transportados.
9.4.8 Volumes de gás natural para processamento.
9.4.9 Volumes de gás natural armazenado em sistemas de armazenamento.
160
Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
correspondente a mais de um dia, o volume medido deve ser apropriado aos dias de
produção, proporcionalmente ao tempo de produção em cada dia.
10.2.2 O modelo dos relatórios da medição fiscal e da medição para o controle
operacional da produção deve ser apresentado para aprovação da ANP. No caso de
relatórios elaborados por meios eletrônicos, estes devem conter todas as fórmulas de
cálculo utilizadas.
10.2.3 Todas as medições, análises e cálculos efetuados para determinação das
medições para controle operacional das demais atividades devem ser registrados em
relatórios com este fim.
10.2.4 Os relatórios de medição fiscal e para apropriação devem incluir, pelo menos:
a) Nome do concessionário ou autorizatário;
b) Identificação do campo ou da instalação;
c) Data e hora de elaboração do relatório;
d) Período de produção ou da movimentação do fluido;
e) Identificação dos pontos de medição;
f) Valores registrados (totais, níveis, temperaturas, pressões);
g) Volumes brutos, brutos corrigidos e líquidos de produção ou movimentação;
h) Resultados das análises de laboratório;
i) Fatores de correção com os parâmetros e métodos empregados para sua
determinação;
j) Assinatura do responsável pelo relatório e do imediato superior.
10.2.5 Devem ser elaborados relatórios dos testes de produção dos poços,
imediatamente após a finalização dos testes. Os relatórios de testes de poços devem incluir,
pelo menos:
a) Nome do concessionário;
b) Identificação do campo;
c) Data e hora de elaboração do relatório;
d) Identificação do poço;
e) Identificação dos equipamentos e sistemas de medição utilizados no teste;
f) Data e hora de alinhamento do poço para teste;
g) Data e hora de início do teste;
h) Data e hora de finalização do teste;
i) Valores medidos (volumes, pressões, temperaturas, níveis) no início, a cada hora
e no fim do teste;
j) Volumes brutos, brutos em condições padrão e volumes líquidos da produção de
petróleo, gás e água;
k) Resultados das análises de propriedades do petróleo, gás e água;
l) l) Fatores de correção utilizados, parâmetros e métodos de cálculo dos mesmos;
m) Volumes de produção diária de petróleo, gás e água;
n) Vazões de teste de petróleo, gás e água;
o) Razão gás/petróleo;
p) Assinatura do responsável pelo relatório e do imediato superior.
10.2.6 Devem ser emitidos relatórios de calibração de todos os instrumentos e sistemas
de medição. Os relatórios devem ser elaborados imediatamente após a calibração e devem
incluir informações para verificar a rastreabilidade ao INMETRO, dos instrumentos e
sistemas de calibração.
10.2.7 Devem ser emitidos relatórios de inspeção de tanques e sistemas de medição.
10.2.8 Os relatórios de medição, teste e calibração devem ser arquivados por 5 anos,
estando à disposição para exame, pela ANP ou seus representantes.
161
Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
10.3 Inspeções
10.3.1 A ANP tem acesso livre, a qualquer tempo, às instalações de petróleo e gás
natural para inspeção dos sistemas de medição, verificação das operações e dos relatórios
de medição.
10.3.2 As inspeções podem incluir, mas não se limitam a :
a) Verificação se os sistemas de medição estão instalados conforme normas e
regulamentos aplicáveis e conforme as recomendações dos fabricantes;
b) Inspeção do estado dos sistemas e instrumentos de medição;
c) Verificação dos selos e as respectivas planilhas de controle;
d) Acompanhamento de inspeções de tanques e sistemas de medição;
e) Acompanhamento de calibração de sistemas e instrumentos;
f) Acompanhamento de operações de medição;
g) Acompanhamento de testes de produção;
h) Verificação dos cálculos dos volumes;
i) Acompanhamento das operações de amostragem e análise de laboratório;
j) Verificação dos relatórios de medição, teste e calibração.
10.3.3 Todos os instrumentos, equipamentos e pessoal necessários para as inspeções
devem ser providos pelo concessionário, sem ônus para a ANP.
10.3.4 Quando a ANP solicitar a realização de inspeções que impliquem em operações
não rotineiras, o concessionário deve providenciar a realização das mesmas dentro de
2 dias úteis da solicitação da ANP. Quando a inspeção incluir o acompanhamento de
operações programadas, tais como calibração de sistemas de medição ou teste de poços, a
ANP indicará a sua intenção de inspecionar tais operações. O concessionário confirmará a
data e hora de realização das operações com, pelo menos, 7 dias de antecedência.
162
Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural
163
Normas na ANP
Normas na ANP
Medições manuais com trena:
Portaria INPM n.º 33/67 -- Norma para Medição da Altura de Produtos de Petróleo
Armazenados em Tanques.
Portaria INMETRO n.º 145/99 – Aprova o Regulamento Técnico Metrológico,
estabelecendo as condições a que devem atender as medidas materializadas de
comprimento, de uso geral.
ISO/DIS 4512 Petroleum and Liquid Petroleum Products -- Equipment for Measurement
of Liquid Levels in Storage Tanks – Manual Methods.
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Normas na ANP
API - MPMS
Chapter 12.1, Calculation of Static Petroleum Quantities, Part 1, Upright Cylindrical Tanks
and Marine Vessels
Chapter 12.1.1, Errata to Chapter 12.1--Calculation--Static Measurement, Part 1, Upright
Cylindrical Tanks and Marine Vessels, First Edition Errata published
Compressibilidade do líquido
API – MPMS: Chapter 11.2.1M, Compressibility Factors for Hydrocarbons: 638-1074
Kilograms per Cubic Meter Range.
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Normas na ANP
Coleta de amostras
Portaria do INPM n.º 12/67 -- Norma de Amostragem de Petróleo e Seus Derivados
Líquidos Para Fins Quantitativos.
ABNT 05800, NB00418 75 Amostragem de Petróleo e Derivados Líquidos Para Fins
Quantitativos
ABNT 0500, NB00174 72 Norma Para Amostragem de Petróleo e Produtos Derivados
API - MPMS
Chapter 8, Sampling
Chapter 8.2, Automatic Sampling of Petroleum and Petroleum Products
(ANSI/ASTM D4177)
Chapter 8.3, Mixing and Handling of Liquid Samples of Petroleum and Petroleum
Products (ASTM D5854)
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Normas na ANP
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Normas na ANP
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