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PÓS-GRADUAÇÃO – 2011
Correspondência/Contato
Alexandre Rocha Wellington Lopes
Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos, São Paulo
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Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.
A evolução dos meios de produção fez com que o trabalho braçal fosse substituído
pelas máquinas e o mental de certa forma passou a ser realizado pelos computadores;
diante disso, o trabalhador assumiu um novo papel neste cenário, que foi o de
contribuir com ideias, gerando ações inovadoras com o objetivo de maximizar o
desenvolvimento organizacional. Estas demandas são consequência do aumento da
comunicação entre os países, do desenvolvimento de novas tecnologias, e também
das mudanças da base econômica, que deixaram de se apoiar apenas na produção
agrícola e industrial, sendo também necessária a produção de informação, serviços e
conhecimentos.
Na atualidade, as atividades que geram mais valor e produzem riqueza para indivíduos
e sociedade são as provenientes da inovação, ou seja, da capacidade de utilizar o
conhecimento agregado aos produtos e serviços oferecidos, e é isto, que concede
destaque ao trabalho intelectual e à gestão do conhecimento. Desta forma, a era da
informação tem como base a comunicação e o conhecimento, e o seu principal
personagem é o homem. Na Sociedade do Conhecimento é necessário que este seja
incorporado não apenas como mais um fator de produção, mas sim, como fator
essencial do processo de produção e geração de riqueza.
A gestão do conhecimento é definida por Angeloni (2002, p. XVI) como sendo “um
conjunto de processos que governa a criação, a disseminação e a utilização de
conhecimentos no âmbito das organizações”.
Os dados são uma sequência de números e/ou palavras, sob nenhum contexto
específico. Para que tenham valor e sejam compreendidos, precisam ser
transformados em informação; para isso, precisam ser operacionalizados logicamente.
Segundo Davenport e Prusak (1998) apud Santiago Jr. (2004, p. 29), a transformação
da informação em conhecimento é possível a partir da:
O conhecimento tácito vem do latim tacitus e significa “não expresso por palavras”. É
o conhecimento adquirido ao longo da vida, e está na cabeça das pessoas, sendo
difícil ser formalizado, explicado ou externalizado por intermédio de palavras para
outras pessoas. É inerente às habilidades de uma pessoa, é o seu know-how, isto
ocorre pelo fato de ser um conhecimento subjetivo e não mensurável adquirido com o
passar dos anos através da experiência de vida. Este tipo de conhecimento é valioso,
de difícil captura, registro e divulgação, e a melhor forma de transmiti-lo é através da
convivência, dos contatos e interações estabelecidas nos grupos. Como exemplo,
podemos citar os habitantes das regiões rurais que, a partir da observação do céu, ou
do cheiro da mata conseguem saber se vai ou não chover; ou ainda, o pescador que,
mesmo descendo um rio pela primeira vez, consegue identificar os tipos de peixe
comuns naquele tipo de água, e os locais mais prováveis para a sua pesca.
4. A ESPIRAL DO CONHECIMENTO
A partir da compreensão do conhecimento tácito e explícito, Nonaka e Takeuchi (1997)
desenvolveram a espiral do conhecimento, que é um modelo dinâmico que demonstra
como o conhecimento humano se inova e se expande por meio da interação social.
Considerando o conhecimento como resultado do processamento de informações, os
autores partiram da premissa de que o conhecimento é criado e ampliado através da
interação entre os conhecimentos tácitos e explícitos. As relações sociais
estabelecidas entre as pessoas de uma organização processam o conhecimento tácito
e explícito, expandindo-o tanto em termos de qualidade quanto de quantidade.
Para explicar este modelo teórico são propostos quatro processos de conversão
existentes entre esses dois tipos de conhecimento:
Os ativos tangíveis são visíveis, como equipamentos, espaço físico etc. Possuem valor
de mercado expresso no balanço patrimonial, e pode ser mensurado pelo modelo
contábil. Os ativos intangíveis são os componentes do capital intelectual, como:
conhecimentos, experiência e expertise dos colaboradores, patentes, competências,
informações estratégicas, dentre outras. Os ativos intangíveis não são visíveis, mas
são percebidos pelo mercado, embora sejam mais complexos de avaliação, por se
tratar de conceitos, serviços, modelos, sistemas administrativos, os processos, dentre
outros.
6. CONCLUSÕES
Como vimos, o conhecimento é um emaranhado de significados que o indivíduo
constrói ao longo da vida, por meio da interpretação da realidade, fixando explicações
e relacionando-as a outras. A mescla de experiências, valores, informações
contextualizadas e insights possibilitam a existência de novas estruturas, e permitem a
avaliação e incorporação de novas experiências e informações.
SANTIAGO Jr., José Renato Sátiro. Gestão do conhecimento: a chave para o sucesso
empresarial. São Paulo: Novatec Editora, 2004.
SVEIBY, K. E.. A nova riqueza das organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de
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TERRA, José Cláudio Cyrineu. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. Rio
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