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Curso de Biomedicina

Disciplina: Química Biológica


Número da turma: 3011
Professora: Rafaela Landeiro
GRUPO: Mávilyn Rodrigues Galhardo (matrícula 200202194081)
Ana Gabriela Marins de Sousa (matrícula 202002192216)
Mayza Lopes Lacerda (matrícula 202002192437)

TEMA: Configuração Eletrônica

1.Introdução

De acordo com Russel (1994) as chamas têm estruturas e composições mais


complexas e o teste da chama é um meio importante de identificação de
cátions utilizado, principalmente, nas análises químicas. Isso se deve ao fato
de que cada elemento tem sua distribuição eletrônica própria, com níveis de
energia característicos. Ao entrar em contato com o calor, energia é absorvida,
causando assim uma passagem de elétrons de um nível menor para outro de
maior nível, acarretando na mudança da coloração da chama.
Para a realização do teste da chama usamos bico de bunsen que é um
dispositivo amplamente usado em laboratórios de química para aquecer
substâncias. É um queimador de gás de pequeno porte com uma chama
ajustável, onde se pode regular a quantidade de gás e ar. 
A chama produzida varia em cor (amarelo- laranja à azul) e temperatura. O tipo
de chama usado será azul, também referido como chama invisível.
A temperatura do bico de Bunsen é suficiente para elevar ao que chamamos de
estado excitado uma quantidade de elétrons de certos elementos que emitem
luz ao retornar ao estado fundamental de cor e intensidade, detectando através
da observação visual numa chama. Para produzir a chama azul, deve-se
regular a abertura dos orifícios de ar na base do bico de Bunsen, para que o
oxigênio se misture com o gás, tornando a queima mais eficiente.
O teste de chama é o procedimento utilizado para detectar a presença de
alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para
cada elemento. Quando fornecida certa quantidade de energia (como a chama,
energia em fonte de calor) a um elemento químico, alguns elétrons da última
camada de Valência absorvem está energia passando para um nível de
energia mais elevado, produzindo o estado chamado excitado. Quando esses
elétrons voltam ao estado fundamental, libera a energia recebida em forma de
radiação. Cada elemento libera radiação em um cumprimento característico.
Alguns, possui comprimento de onda na faixa de aspecto visível, ou seja, o
olho humano é capaz de enxergá- las através de cores. Assim, é possível
identificar certos tipos de elementos pelas cores que emitem quando aquecidos
em chama.
Tabela 1. Cor da referência para elementos químicos metálicos
Elemento Químico Cor da Chama
Sódio Amarelo
Potássio Violeta
Sódio+ Potássio Amarelo-Laranja
Cálcio Vermelho-Tijolo
Bário Verde-Limão
Cobre Verde
Magnésio Branco
Chumbo Azul-Branco
Estrôncio Vermelho-Carmim
2.Objetivos
- Utilizar o bico de Bunsen.
-Observar a cor da chama associada à presença elementos químicos metálicos
constantes em sais.
-Identificar esses elementos pelo teste de chama

3. Materiais e Métodos

3.1. Materiais e reagentes utilizados

-Bico de Bunsen
-Alça de platina
-Vidro de relógio
-Béquer

Reagentes

-Ácido clorídrico (HCI) concentrado

-Cloreto de sódio (NaCI)

-Carbonato de Cálcio (CaCO3)

-Sulfato de cobre (CuSO4)

-Cloreto de estrôncio (SrCI2)

-Cloreto de Potássio (KCI)

3.2. Metodologia
Iniciou-se com a realização da descontaminação da alça de platina, a
mergulhando no Béquer contendo HCI concentrado e em seguida colocando na
chama do bico de Bunsen repetindo o procedimento da limpeza da alça de
platina até que a chama não tenha alteração da coloração.

-Teste de chama
Foi posto uma pequena porção de cada um dos sais da Tabela 2 em um vidro
de relógio, onde todos os sais foram devidamente identificados. Depois de ter
descontaminado a argola, mergulhe a argola na substância, "agarrando" a
substância que adere à argola. Em seguida a argola foi levada à chama, onde
pode ser observada a cor e registrada.
Repita com nos itens b, c e d para as substâncias restantes. Verifique e
compare as cores das chamas obtidas com as da tabela de referência
(Tabela1). Tornou-se a colocar numa cápsula uma pequena porção da mistura
de cloreto de sódio e cloreto de potássio.
Atue da mesma forma nos itens b, c e d para esta mistura. Verificando a
coloração da chama e registrando. Logo após de todo o procedimento afira a
cor da chama obtida com a cor da Tabela 1 e preencha a Tabela 2.

Tabela 2. Registro da cor da chama das amostras e identificação dos


elementos metálicos
Amostra Cor da Chama Elemento metálico
Cloreto de sódio Amarelo (NaCI)
Carbonato de Cálcio Laranja (CaCO 3)
Sulfato de cobre Verde (CuSO4)
Cloreto de estrôncio Vermelho (SrCI2)
Cloreto de Potássio Azul (KCI)

4. Resultados e Discussão

Durante o experimento buscou-se observar os espectros que cada elemento


demonstraria ao entrar em contato com a chama do bico de Bunsen. Os
resultados estão presentes na seguinte tabela:

Tabela 3- Cor esperada e observada do teste de chama


Amostra Cor esperada Cor observada
Cloreto de sódio Amarelo Amarelo
Carbonato de Cálcio Vermelho-Tijolo Laranja
Sulfato de cobre Verde Verde
Cloreto de estrôncio Vermelho-Carmim Vermelho
Cloreto de Potássio Violeta Violeta

Como se pode ver na tabela acima nem todos os sais obtiverão a coloração
esperada, podendo ter ocorrido devido a um mau manuseio dos materiais, ou
contaminação de um sal com outro ao se repetir o procedimento. Mas ao
analisarmos as cores do Cloreto de sódio, Sulfato de cobre, Cloreto de
estrôncio e Cloreto de potássio concluímos que a cor observada vai de
encontro com a literatura.
Cada sal apresentou uma cor característica, devido às diferentes quantidades
de energia liberada pelos elétrons em cada sal. No momento em que o elétron
“cai” do nível de energia mais alto para o mais baixo, comprovando a existência
de uma energia eletrônica quantizada, postulada por Niels Bohr.

5. Conclusão
A partir dos experimentos realizados e dos resultados obtidos conclui-se que o
fornecimento de energia ao sal, feito pelo bico de Bunsen, excita o elétron, do
átomo em estado fundamental, para um nível maior de energia e quando ele
“volta” para um nível mais interno, emite um fóton de energia característico na
forma de luz visível, indo de acordo com o postulado de Niels Bohr.

O teste chama é fácil de ser realizado, pois não requer equipamentos que
sejam de difícil acesso em laboratório de química. A quantidade de elementos
detectáveis nesse tipo de experimento é bem alta, mas pode existir certa
dificuldade em detectar as cores emitidas quando as soluções são de baixa
concentração, pois isso pode acabar dificultando a identificação do elemento
presente na solução, logo, quanto mais alta a concentração, mais forte e visível
a coloração da chama ficará. Conclui-se então que essa atividade é simples,
mas deve ser realizada com segurança.

6. Referências Bibliográficas

Disponível em: RUSSEL, John B. Química Geral . V.1. 1ª ed. Editora : Makro n
Book s. São Paulo, 1994

Disponível em: https://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/bico-de-


bunsen/
Disponível:http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?
midia=epc&cod=_testedachama

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