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Por entender que o conteúdo de alguns deles pode estimular a violência, o não
publicou a maior parte do material divulgado nesta sexta-feira pela polícia do Rio de
Janeiro.
Nos vídeos, o atirador afirma que agiu em nome dos que sofrem maus tratos e
humilhação. Vai além: diz que, enquanto houver bullying ± o termo em inglês que
engloba o universo de maus tratos aos quais estudantes são submetidos por outros
estudantes - haverá pessoas que, como ele, vão atirar contra pessoas indefesas.
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No caso de Wellington, o bullying é uma maneira de revestir de razão algo que não tem
fundamento. Feizi Milani, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB) e fundador do Inpaz (Instituto Nacional de Educação para a Paz e os Direitos
Humanos), afirma que o massacre é ³fruto de uma mente doentia, enferma". "Não dá
para estabelecer relação de causa e efeito entre o fato de alguém ter sido vítima de
humilhações em ambiente escolar e o fato dele ter cometido um homicídio, inclusive
envolvendo pessoas que nada tem a ver com as humilhações sofridas por ele na escola´.
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Nesta quarta-feira, um ataque a tiros matou ao oito pessoas em uma escola na Finlândia,
além do suposto atirador, que também morreu. A polícia acredita que o atirador se
matou. O crime ocorreu depois de ter sido anunciado em um vídeo no site YouTube.
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++* (Alemanha) - Um ex-aluno de 18 anos abriu fogo em escola,
deixando 11 pessoas feridas antes de cometer suicídio
&
++* (EUA) - Um caminhoneiro invadiu uma escola na Pensilvânia,
matou cinco meninas e se suicidou
), &
++* (Canadá) - Um atirador abriu fogo em uma escola em
Montreal, matando uma estudante e ferindo outras 19 pessoas. Em seguida, cometeu
suicídio
) -
++. (EUA) - Um aluno de 16 anos matou 5 estudantes, um professor e
um segurança em uma escola no Estado de Minnesota.
) &
++/ (Rússia) - Pelo menos 156 crianças são mortas em ação
terrorista na escola de Beslan (Ossétia do Norte).
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++
(Alemanha) - Homem armado abre fogo em escola em Erfurt,
matando dois alunos, 13 professores e ainda um policial.
* 01
++) (Japão) - Armado com uma faca, Mamoru Takuma, entrou em uma
escola primária e matou oito crianças. Ele foi executado em 2004.
X
Foi uma decisão que o senador José Sarney (PMDB -AP) quer corrigir. Ele anunciou a
intenção de convocar um plebiscito, para ocorrer em outubro, que voltará a perguntar
aos brasileiros: ³O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no
Brasil?´.
O massacre ocorrido no Rio de Janeiro, no último dia 7, envolve um conjunto de
circunstâncias trágicas que vão desde a saúde mental do próprio criminoso, que se
suicidou, até a facilidade ao acesso (mesmo ilegal) a armas e munições. A existência
de obstáculos ao comércio da violência certamente cercearia ou dificultaria a
realização daquele ato insano cometido contra os alunos, meninos e meninas, daquela
escola.
O resultado do referendo foi avass alador, e uma derrota significativa para os setores
democráticos e não violentos, que defendiam a proibição do comércio de armas. Os
defensores deste comércio alcançaram 59 milhões de votos (64%), contra os 33
milhões (36%) que votaram pela proibição da ve nda de armas.
Em consequência, nos cinco anos seguintes a venda legal de armas cresceu 81%. Em
2004, antes do referendo, foram vendidas 63 mil pistolas e revólveres. Dois anos
depois da vitória do ³não´, esse número pulou para 134 mil! E continuou cresce ndo, de
tal forma que em cinco anos, entre 2005 e 2010, chegou a mais de 635 mil.
Levantamentos feitos pela organização Viva Rio mostram que devem existir 16
milhões de armas no Brasil, sendo 14,5 milhões em poder de civis. Metade delas
seriam armas ilegais ou clandestinas. Para piorar, o preço das munições e das
próprias armas no mercado negro é muito baixo, como diz a secretária Nacional de
Direitos Humanos, Maria do Rosário. "Uma bala custa R$ 5. Uma arma no mercado
clandestino custa R$ 50 ou R$ 100. É possível vivermos com isso? Não, não é
possível", reage a ministra, que apoia a convocação de um novo plebiscito sobre o
assunto.
Neste sentido, a pr oposta do senador José Sarney merece apoio. Ela é uma
homenagem às vítimas do insano atirador da Escola Municipal Tasso da Silveira.