Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
• 1 Definição
• 2 As fases do Iluminismo
• 3 Os Iluminismos Regionais
o 3.1 Alemanha
o 3.2 Escócia
o 3.3 Estados Unidos
o 3.4 França
o 3.5 Inglaterra
o 3.6 Espaço luso-brasileiro
• 4 A Crítica ao Mercantilismo
• 5 Impacto
• 6 Iluministas notáveis
• 7 Referências
Definição
Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do Iluminismo
no século XVII tardio,[1] não há consenso abrangente quanto à datação do início da era
do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século
XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século
das Luzes .[2] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em
coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).[3]
Immanuel Kant.
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que
estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram
incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de
outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma
deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer
uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude!
Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do
Iluminismo".[5]
As fases do Iluminismo
Os Iluminismos Regionais
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou
referência (desde junho de 2009).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes
fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto
por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google —
notícias, livros, acadêmico — Scirus
Alemanha
Escócia
Estados Unidos
Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais
iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados
com contornos religiosa e politicamente mais radicais. Idéias iluministas exerceram uma
enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers
(pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles:John Adams, Samuel Adams,
Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison.
França
Inglaterra
Espaço luso-brasileiro
Marquês de Pombal.
Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido
embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal
ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro
responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história
portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios
aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrara-se
por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal eram chamados pejorativamente
de estrangeirados - fato pretensamente relacionado à influência Católica.
A Crítica ao Mercantilismo
Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela
revolução intelectual do Iluminismo. O mercantilismo, doutrina econômica típica da
época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes com a nova
realidade do capitalismo, foram teorizadas. Os primeiros contestadores do
mercantilismo foram os fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou
seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O comércio era considerado uma
atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas. Outro aspecto da
fisiocracia contrariava o mercantilismo: os fisiocratas eram contrários à intervenção do
Estado na economia. Esta seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A
frase que melhor define o pensamento fisiocrata é: Laissez faire, laissez passer (Deixai
fazer, deixai passar). A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith, pai da
economia clássica. A economia política como ciência autônoma não existia naquela
época. O pensamento econômico era fruto do trabalho assistemático de intelectuais, que
ocasionalmente se interessavam pelo problema: um dos principais teóricos da escola
fisiocrata era um médico, François Quesnay.
Impacto
O Iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte
dos países ocidentais. A época do Iluminismo foi marcada por transformações políticas
tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis, e a
redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.
Iluministas notáveis
(ordenados por ano de nascimento)
Referências
Introdução
Os ideais iluministas
O iluminismo no Brasil
- Fim do colonialismo;
- Fim do absolutismo;
O Iluminismo
No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo,
a sociedade e as instituições. O chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções
desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidade e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da
Idade Moderna.
No século XVII o francês René Descartes concebeu um modelo de verdade incontestável. Segundo este autor, a verdade poderia ser
alcançada através de duas habilidades inerentes ao homem: duvidar e refletir. Nesse mesmo período surgiram proeminentes estudos no
campo das ciências da natureza que também irão influenciar profundamente o pensamento iluminista.
Entre outros estudos destacamos a obra do inglês Isaac Newton. Por meio de seus experimentos e observações, Newton conseguiu
elaborar uma série de leis naturais que regiam o mundo material. Tais descobertas acabaram colocando à mostra um tipo de explicação
aos fenômenos naturais independente das concepções de fundo religioso. Dessa maneira, a dúvida, o experimento e a observação
seriam instrumentos do intelecto capazes de decifrar as “normas” que organizam o mundo.
Tal maneira de relacionar-se com o mundo, não só contribuiu para o desenvolvimento dos saberes no campo da Física, da Matemática,
da Biologia e da Química. O método utilizado inicialmente por Newton acabou influenciando outros pensadores que também
acreditavam que, por meio da razão, poderiam estabelecer as leis que naturalmente regiam as relações sociais, a História, a Política e a
Economia.
Um dos primeiros pensadores influenciados por esse conjunto de idéias foi o britânico John Locke. Segundo a sua obra Segundo
Tratado sobre o Governo Civil, o homem teria alguns direitos naturais como a vida, a liberdade e a propriedade. No entanto, os
interesses de um indivíduo perante o seu próximo poderiam acabar ameaçando a garantia de tais direitos. Foi a partir de então que o
Estado surgiria como uma instituição social coletivamente aceita na garantia de tais direitos.
Essa concepção lançada por Locke incitou uma dura crítica aos governos de sua época, pautados pelos chamados princípios
absolutistas. No absolutismo a autoridade máxima do rei contava com poderes ilimitados para conduzir os destinos de uma determinada
nação. O poder político concentrado nas mãos da autoridade real seria legitimado por uma justificativa religiosa onde o monarca seria
visto como um representante divino. Entretanto, para os iluministas a fé não poderia interferir ou legitimar os governos.
No ano de 1748, a obra “Do espírito das leis”, o filósofo Montesquieu defende um governo onde os poderes fossem divididos. O
equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderia conceber um Estado onde as leis não seriam desrespeitadas em
favor de um único grupo. A independência desses poderes era contrária a do governo absolutista, onde o rei tinha completa liberdade
de interferir, criar e descumprir as leis.
Essa supremacia do poder real foi fortemente atacada pelo francês Voltaire (1694 – 1778). Segundo esse pensador, a interferência
religiosa nos assuntos políticos estabelecia a criação de governos injustos e legitimadores do interesse de uma parcela restrita da
sociedade. Sem defender o radical fim das monarquias de sua época, acreditava que os governos deveriam se inspirar pela razão
tomando um tom mais racional e progressista.
Um outro importante pensador do movimento iluminista foi Jean-Jaques Rousseau, que criticava a civilização ao apontar que ela
expropria a bondade inerente ao homem. Para ele, a simplicidade e a comunhão entre os homens deveriam ser valorizadas como itens
essenciais na construção de uma sociedade mais justa. Entretanto, esse modelo de vida ideal só poderia ser alcançado quando a
propriedade privada fosse sistematicamente combatida.
Esses primeiros pensadores causaram grande impacto na Europa de seu tempo. No entanto, é de suma importância destacar como a
ação difusora dos filósofos Diderot e D’Alembert foi fundamental para que os valores iluministas ganhassem tamanha popularidade. Em
esforço conjunto, e contando com a participação de outros iluministas, esse dois pensadores criaram uma extensa compilação de textos
da época reunidos na obra “Enciclopédia”.
A difusão do iluminismo acabou abrindo portas para novas interpretações da economia e do governo. A fisiocracia defendia que as
produções das riquezas dependiam fundamentalmente da terra. As demais atividades econômicas era apenas um simples
desdobramento da riqueza produzida em terra. Além disso, a economia não poderia sofrer a intervenção do Estado, pois teria formas
naturais de se organizar e equilibrar.
Ao mesmo tempo, o iluminismo influenciou as monarquias nacionais que viam com bons olhos os princípios racionalistas defendidos
pelo iluminismo. Essa adoção dos princípios iluministas por parte das monarquias empreendeu uma modernização do aparelho
administrativo com o objetivo de atender os interesses dos nobres e da burguesia nacional.
A ideologia burguesa