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03/03/2022

Como saber se as condições satisfatórias de fluxo foram atendidas?


Adotando-se os procedimentos de verificação para que as condições
satisfatórias de fluxo sejam atendidas

Foto:http://www.casam.com.br/htm/isani.htm

Tensão Trativa ou Tensão de Arraste


DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÃO
REDES COLETORAS SES
Velocidade crítica

Fontes NUVOLARI, Ariovaldo. Esgoto Sanitário - Coleta, Transporte, Tratamento e Reuso Agrícola, 2003.
TSUTIYA, Milton; SOBRINHO Pedro. Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. Editora ABES. 547p./1999.
PEREIRA, José Almir; SOARES , Jaqueline M. Rede Coletora de Esgoto Sanitário. Editora ABES- 296p./2006..
:

Tensão Trativa ou Tensão de Arraste


Velocidade crítica
Tensão exercida sobre a parede do conduto pelo líquido em escoamento,
e que atua sobre o material sedimentado promovendo seu arraste. • Quando a velocidade final supera a velocidade crítica, a maior lâmina

admissível deve ser de 50% do diâmetro do coletor. E neste caso, a


  RH I 0 solução indicada é aumentar o diâmetro do coletor.
 = tensão trativa média, Pa;
RH = raio hidráulico, m; • A velocidade crítica é definida pela expressão:

I0 = declividade da tubulação, m/m


γ = Peso específico do líquido  104 N/m3 para esgoto (NBR 9649) Vc = Velocidade crítica, m/s;
RH = raio hidráulico para Qf, m; Vc  6 gRh
  10.000 RH I 0 g = aceleração da gravidade, m/s2

Recomendações da NBR 9649/1986


Tensão Trativa no trecho deve atender ao limite   1,0 Pa

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Resumindo  Cálculo dos coletores Elementos Geométricos da Seção Circular

• Vazão mínima a ser considerada  1,5l/s

• Lâminas d´água  y0/d = 0,75

• Diâmetro mínimo a ser adotado  100 mm

• Declividade mínima a ser utilizada  maior entre econômica e mínima

• Declividade máxima aceitável  correspondente à velocidade final de 5,0 m/s

• Tensão Trativa  definida em equação, maior ou igual a 1,0 Pa.

• Velocidade Crítica  definida em equação. Área Molhada = seção útil de escoamento, corresponde à lâmina líquida na seção transversal
Perímetro Molhado = parte do perímetro em contato com a lâmina líquida
• Quando Vf > Vc  trecho deve ser redimensionado, adotando-se y0/d = 0,50. Raio Hidráulico = Área Molhada / Perímetro Molhado

método dos parâmetros adimensionais método dos parâmetros adimensionais


Referência: Nuvolari Referência: Nuvolari

Relações trigonométricas associadas aos quocientes de velocidade


e vazões das seções de escoamento parcialmente cheias , pelas
velocidades e vazões das seções de escoamento à seção plena.

Seção
Plena
Diâmetro

Seção
Escoamento
y0
A partir da relação entre a Vazão de esgoto e a Vazão à seção plena
Raio Hidráulico = Área Molhada / Perímetro Molhado Foram calculados: v/vp; Am/D2; RH/D; y/D
https://pixabay.com/pt/photos/canal-esgoto-lodo-anti-higi%C3%AAnico-1692671/

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SITUAÇÃO PROBLEMA: Inicial


1.2

Qi  6,56l / s Qf  7,87l / s Vazão Montante


6,0
Taxa: 0,0035 l.s/m * 160,00 m
Vazão Esgoto
Jusante = 6,56 l/s

Vazão Final de Projeto = 7,87 l/s Final

I 0  0,0038m / m
1.2
Vazão Montante Vazão Esgoto
Taxa: 0,0042 l.s/m * 160,00 m
6,0
7,2l/s Jusante = 6,67 l/s
7,87l/s
Diâmetro Comercial = 150 mm

Que fazer? Adotar procedimentos para calcular e verificar: 1.1

2.1
1.2
Tensão Trativa ou Tensão de Arraste
1.3
3.1 1.4
Velocidade crítica

método dos parâmetros adimensionais


Verificações Finais REF: Nuvolari

• Determinar as lâminas líquidas, inicial e final Passo 1: Calcular a Vazão à seção plena  Qp (m3/s ) (d em m); I em m/m
• Determinar as velocidades, inicial e final
• Determinar a Tensão Trativa para as condições iniciais
• Determinar a Velocidade Crítica para as condições finais
Passo 2: Calcula a Velocidade à seção plena  Vp (m/s) (d em m; I em m/m)

Verificar se atendem às condições de escoamento Passo 3: Calcula a relação entre Qi/Qp


Passo 4: Encontra a relação na Tabela de Condutos Circulares Parcialmente Cheios

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Acessar pela Coluna Q/Qp NOSSO EXEMPLO

Passo 1: Calcular a Vazão à seção plena  Qp (m3/s ) (d em m); I em m/m

Qp = 9,39 l/s

Passo 2: Calcula a Velocidade à seção plena  Vp (m/s) (d em m; I em m/m)

Vp = 0,53 m/s

Passo 3: Calcula as relações entre Qi/Qp Qi /Qp = 6,56 / 9,39  0,699


Passo 4: Acha correspondência na Tabela de Condutos Circulares Parcialmente Cheios
Recuperar: v/vp; Am/D2; RH/D; y/D

Passo 3: Condições Iniciais Qi /Qp = 6,56 / 9,39  0,69861 Passo 9: Condições Finais  Qf /Qp = 7,87/ 9,39  0,83812
Passo 4: Tabela Passo 10 : Tabela

Interpolação Interpolação

Passo 5: Calcular a lâmina líquida inicial


Passo 11: Calcular a lâmina líquida final
Passo 6: Calcular a velocidade inicial 0,105m
Passo 7: Calcular o raio hidráulico Passo 12: Calcular a velocidade final
Passo 8 : Calcular a tensão trativa 0,59 m/s
Passo 13: Calcular o raio hidráulico
0,04443 m
Passo 14: Calcular a velocidade crítica

Vc  6 gRH  6 X 9,80,04443  3,96m / s  vc>vf

  10.000 RH I 0  10.000 X 0,0423X 0,0038  1,61Pa  >1,0Pa

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Resumindo: Roteiro das verificações


método dos parâmetros adimensionais Coletores: OK  Interceptores:
• Passo 1: Calcular a Vazão à seção plena  Qp (m3/s ) (d em m); I em m/m

• Passo 2: Calcula a Velocidade à seção plena  Vp (m/s) (d em m; I em m/m)

• Passo 3: Calcula a relação entre Qi/Qp

• Passo 4: Encontra a relação na Tabela de Condutos Circulares Parcialmente Cheios

• Passo 5: Calcular a lâmina líquida inicial

• Passo 6: Calcular a velocidade inicial

• Passo 7: Calcular o raio hidráulico

• Passo 8 : Calcular a tensão trativa e verificar se Tensão >1,0 Pa

• Passo 9: Calcula a relação entre Qf/Qp

• Passo 10: Encontra a relação na Tabela de Condutos Circulares Parcialmente Cheios

• Passo 11: Calcular a lâmina líquida final • Diâmetros maiores


• Passo 12: Calcular a velocidade final
• Não recebem contribuições ao longo do trecho
• Passo 13: Calcular o raio hidráulico
• Critérios diferentes para o dimensionamento e verificação
• Passo 14: Calcular a velocidade crítica e verificar se vc > vf
Fontes NUVOLARI, Ariovaldo. Esgoto Sanitário - Coleta, Transporte,
Tratamento e Reuso Agrícola, 2003

Elemento Rede Coletora Interceptor

Vazões de Dimensionamento Vazão mínima a ser


considerada
1,5l/s Somatória das Vazões de
Contribuição.
Lâminas d´água y0/d = 0,75 y0/d = 0,80

Diâmetro mínimo a 100 mm Não estabelecido na NBR


ser adotado 150 mm (Concessionárias)
Declividade mínima maior entre econômica e mínima
a ser utilizada
Declividade máxima correspondente à velocidade final de 5,0 m/s
aceitável
Tensão Trativa maior ou igual a 1,0 Pa maior ou igual a 1,5 Pa

Velocidade Crítica definida em equação


Quando Vf > Vc trecho deve ser redimensionado, adotando-se y0/d = 0,50

NBR NBR 9649/86 - Projeto de redes NBR 12207/92 - Projeto de


Observação: SABESP  Vazões de dimensionamento são calculadas a partir da coletoras de esgoto sanitário - interceptores de esgoto
vazões médias acrescidas de coeficiente K (= k1*k2), para contemplar vazões de pico e Procedimento sanitário
evitar superdimensionamentos.

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Fórmulas para Coeficiente de Manning 0,013

REDES INTERCEPTORES

Diâmetro
 Qf 
d  0,3145 *  
3/8
 Qf 
d  0,3064 *  
 I0 
3/ 8
PLANILHA
 I0   
Unidades d em metros d em metros
Qf em m3/s Qf em m3/s Sugestão de Conteúdo
I em m/m I em m/m
Declividade Mínima
0, 47
Qi
0 , 47
I 0  0,0055  Qi I 0  0,00035 

Unidades
I0 em m/m I0 em m/m
Qi em l/s Qi em m3/s

Início e Final do Plano – Um linha


Início e Final do Plano – Duas Linhas Trecho Extensão
Taxa de
Contribuição no Trecho Vazão a Montante Vazão a Jusante Vazão de Projeto
Contribuição Linear
Txi Contribuição de trecho Vazão a montante Vazão a jusante Vazão de m l/s.m l/s l/s l/s l/s
Nº Logradouro Trecho Extensão
Txf Inicial Final Inicial Final Inicial Final Projeto
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
0,00027 0,019 0 0,019 1,5
2 2.1 70,73
0,00062 0,044 0 0,044 1,5 1.1 100 0,0064 0,0087 0,6426 0,8657 3,0000 3,0000 3,6426 3,8657 3,643 3,866
0,00027 0,019 0,019 0,038 1,5 1.2 50 0,0064 0,0087 0,3213 0,4328 3,6426 3,8657 3,9640 4,2985 3,964 4,298
3 2.2 70,73
0,00062 0,044 0,044 0,088 1,5
Profundidade do
Declividade Diâmetro Cota do Terreno Cota do Coletor
Coletor
m mm m m m
Cota do terreno Declividade Diâmetro Cota do coletor
Maior
CTM CTJ Mínima Econômica Dimensionado Comercial Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante
Mínima Econômica Adotada Teórico Comercial CCM CCJ declividade
0,00300 0,00800 0,00800 96,83 100 345,00 344,20 344,00 343,20 1,00 1,00
924 923 0,0045 0,0154 0,0154 0,0600 0,100 923 922 0,00288 0,00400 0,00400 114,74 150 344,20 344,00 343,20 343,00 1,00 1,00

Vazão à Velocidade à
Relação Q/QP Relação Rh/D Raio Hidráulico (Rh) Relação V/Vp
seção plena seção plena
Vazão Velocidade Verificações para condições iniciais l/s m/s m
a seção a seção Velocidade Tensão Verificação Lâmina
Qi/Qp Yi/d Rh/d Vi/Vp Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
plena plena inicial trativa tensão líquida (i)
4,620 0,588 0,788 0,837 0,290 0,295 0,0290 0,0295 1,104 1,116
6,4159 0,817 0,23380 0,33 0,1847 0,8172 0,6676 2,7893 OK 0,033 9,632 0,545 0,412 0,446 0,230 0,237 0,0344 0,0355 0,945 0,964

Tensão Teste da Velocidade Teste da


Verificações para condições finais Velocidade
Trativa Tensão Trativa Crítica (Vc) Velocidade
Velocidade Velocidade Lâmina Verificação m/s Pa m/s m/s
Qf/Qp Yf/d Rh/d Vf/Vp
final crítica líquida (f) velocidade
Final
0,23380 0,33 0,1847 0,8172 0,6676 2,5527 0,033 OK 0,6566 2,2710 OK 3,2266 OK
0,5254 1,3479 OK 3,5403 OK

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Profundidade dos Coletores


Profundidade dos Coletores .
TSUTIYA, Milton; SOBRINHO Pedro. Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. Editora ABES. 547p./1999

Máximas e Mínimas
 Máximas

 Rede assentada no Passeio  2,0 a 2,5 m

 Rede assentada no Eixo ou terço  3,0 a 4,0 m

 Para coletores situados abaixo de 4,0 m  deve-se projetar


coletores auxiliares para receber as ligações prediais.

 Mínimas

 Necessária para proteção da tubulação

 Que permita a ligação predial

 Norma  Leito  0,90 m e Passeio  0,65 m

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