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O currículo como artefato político: Uma reflexão acerca do pensamento

de Young, Apple e Altusser

Autores
Ana Beatriz Teixeira Lopes
Andréa Serra Santos
Lays Eukary Costa Trindade
Ednaldo Lemos Aroucha
Raimunda N.C. Abreu

Levando-se em consideração que não há questão educacional mais crucial


hoje em dia do que o currículo, as perguntas relativas a ele estão longe de ser
diretas e claras – e isso é dificultado pelo fato de que todo mundo acha que
tem respostas para elas, especialmente em relação ao currículo escolar. O fato
de selecionar, dentre um universo amplo, aqueles conhecimentos que
constituirão o currículo é, por si só, uma operação de poder. Aqueles que
detêm o poder político em geral não reconhecem a autoridade do
conhecimento dos especialistas em currículo. A educação preocupa-se, antes
de mais nada, em capacitar as pessoas a adquirir conhecimento que as leve
para além da experiência pessoal, e que elas provavelmente não poderiam
adquirir senão fossem à escola ou à universidade. Este presente artigo busca
fazer algumas considerações acerca da influência do poder dominante sobre o
currículo. Uma vez que este pode ser artefato político que interage com a
ideologia, a estrutura social, a cultura e o poder. Fazendo uso de revisão
bibliográfica, através de pesquisa qualitativa de renomados téoricos do assunto
como Yuong, Apple e Althusser, constatou-se que o currículo nunca é apenas
um conjunto neutro de conhecimentos, que de algum modo aparece nos textos
e nas salas de aula de uma nação. Embora não devamos esquecer o contexto
mais amplo, escolhas curriculares têm de ser tratadas pelo que são: maneiras
alternativas de promover o desenvolvimento intelectual de jovens. Quanto mais
nós focamos na possibilidade de um currículo reformado resolver problemas
sociais ou econômicos, tanto menos provável que esses problemas sejam
tratados em suas origens, que não se encontram na escola. A educação está
intimamente ligada à política da cultura. Ele é sempre parte de uma tradição
seletiva, resultado da seleção de alguém, da visão de algum grupo acerca do
que seja conhecimento legítimo. É produto das tensões, conflitos e concessões
culturais, políticas e econômica que organizam e desorganizam um povo.

Palavras - chave: Poder, currículo e política.

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