A decadência é a perda de um direito potestativo devido ao não exercício dentro de um prazo estabelecido em lei ou por acordo entre as partes. Existem duas modalidades de decadência: legal, que advém da lei e é irrenunciável, e convencional, originada por acordo entre as partes e que admite renúncia. A decadência pode ser alegada a qualquer momento do processo e o juiz pode reconhecê-la de ofício nos casos de decadência legal.
A decadência é a perda de um direito potestativo devido ao não exercício dentro de um prazo estabelecido em lei ou por acordo entre as partes. Existem duas modalidades de decadência: legal, que advém da lei e é irrenunciável, e convencional, originada por acordo entre as partes e que admite renúncia. A decadência pode ser alegada a qualquer momento do processo e o juiz pode reconhecê-la de ofício nos casos de decadência legal.
A decadência é a perda de um direito potestativo devido ao não exercício dentro de um prazo estabelecido em lei ou por acordo entre as partes. Existem duas modalidades de decadência: legal, que advém da lei e é irrenunciável, e convencional, originada por acordo entre as partes e que admite renúncia. A decadência pode ser alegada a qualquer momento do processo e o juiz pode reconhecê-la de ofício nos casos de decadência legal.
Nas ciências jurídicas, decadência (do latim decadentia) é um instituto que visa
a regular a perda de um direito potestativo devido ao decurso de determinado prazo decadencial fixado em lei (decadência legal) ou eleito e fixado pelas partes (decadência convencional). Também chamada de caducidade, a decadência faz perecer o próprio direito. Este é atrelado, fundamentalmente, aos direitos potestativos (revestidos de poder, condição que torna a execução contratual dependente duma convenção que se acha subordinada à vontade ou ao arbítrio de uma ou outra das partes). Assim, em se tratando de um direito potestativo, não se pode falar em prescrição (que é a perda da pretensão de exigir de alguém um comportamento). O exercício dos direitos potestativos depende, tão só, da vontade de seu próprio titular. A decadência é a perda do próprio direito pelo seu não exercício em determinado prazo, quando a lei estabelecer lapso temporal para tanto. De acordo com José Carlos Moreira Alves, "ocorre a decadência quando um direito potestativo não é exercido, extrajudicialmente ou judicialmente, dentro do prazo para exercê-lo, o que provoca a decadência desse direito potestativo". Não havendo prazo em lei para o exercício de determinado direito potestativo, ele não estará sujeito à extinção pelo não exercício, não se submetendo à decadência. Os prazos decadenciais não se interrompem, nem se suspendem. A regra geral é a de que não se aplicam à decadência os dispositivos legais que tratam da suspensão, fluindo o prazo decadencial contra todos automaticamente e sem solução de continuidade. Entretanto, há uma exceção (Código Civil Brasileiro, artigo 207), estabelecendo que o prazo decadencial não corre contra os absolutamente incapazes. Já os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas eventualmente prejudicados pela perda de direitos por inércia de seus assistentes ou representantes terão o direito de cobrar o prejuízo sofrido (Código Civil, artigo 195), exigindo-lhe prova da conduta culposa do assistente ou representante. Espécies de decadência Existem duas modalidades de decadência: a) Decadência legal: advém de expressa previsão em lei, sendo de ordem pública e irrenunciável. Em razão disso, os prazos decadenciais não admitem renúncia e, em regra, não se suspendem ou interrompem, salvo as exceções já citadas. Também o Código de Defesa do Consumidor estabelece uma hipótese específica de suspensão do prazo da decadência, através da reclamação do consumidor na assistência técnica. b) Decadência convencional: possui caráter de ordem privada, originada da previsão das partes em negócios jurídicos, sendo renunciável e não podendo ser conhecida de ofício pelo juiz. O tratamento dedicado à decadência convencional deve ser o mesmo da prescrição, não podendo seguir as diretivas da decadência legal. Essa admite renúncia, suspensão ou interrupção. Pode ocorrer, na mesma relação jurídica, a incidência de prazos decadenciais legal e convencional. Nesse caso, somente começa a correr a decadência legal quando exaurida a decadência convencional. Alegação da decadência A decadência pode ser alegada a qualquer tempo ou grau de jurisdição. Todavia, somente será possível conhecer a decadência se houver anterior prequestionamento, atendendo ao pressuposto constitucional específico. A alegação de decadência pode ser feita no processo de conhecimento, de execução ou cautelar, como, inclusive, reconhecido pelo artigo 810 do Código Instrumental. Nos casos de decadência legal, o juiz pode conhecê-la de ofício, também sendo lícito ao Ministério Público suscitá-la (Código Civil, artigo 210). Já nos casos de decadência convencional, sendo instituída pelas partes, somente poderá ser suscitada por estas (Código Civil, artigo 211).