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211

Capítulo 11 ................. 8
Módulo 37 ............. 16
Capítulo 12 ...............20
212 Módulo 38 ............. 31
Módulo 39 .............34

ica
Módulo 40 ............. 37
Módulo 41 ............. 41
Capítulo 13 ...............44
át Módulo 42 .............49
em
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S
FÍ Q

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BI
LP
HO
GE
O
IS

AT
L
FI
SO
C

M
S
RE
1. Radiciação 10
2. Organizador gráfico 15
Módulo 37 – Potenciação
e radiciação – Parte II 16

• Efetuar operações utilizando as proprie-


dades das potências e raízes.
• Reconhecer uma raiz como uma potên-
cia de expoente racional.
• Racionalizar o denominador de um
número real.
• Determinar o valor aproximado de
números expressos por frações com
denominador irracional.

JOHN T TAKAI/SHUTTERSTOCK
Potenciação e radiciação – Parte II 11
9

Um dos principais usos da radiciação encontra-se no próprio


campo da matemática, auxiliando numericamente as demais ciên-
cias e aplicando-se às mais diversas finalidades. É uma operação
que está diretamente relacionada à potenciação, conforme mostra-
remos neste capítulo.
1. Radiciação Encontre a medida x do lado de um quadrado para que
7

sua área resulte em 5 u.a.


211

x Área = 5 u.a.

x
Matemática

Como visto anteriormente, é necessário encontrar um nú-


mero positivo x, que, elevado ao expoente 2, resulte em 5. O
ROOK76/SHUTTERSTOCK

problema é que esse número, procurado pelos matemáticos


durante décadas a partir do momento em que esse tipo de pro-
blema surgiu, não é racional e é preciso encontrar uma manei-
ra de representá-lo, pois sabe-se que, dentro do conjunto dos
números reais, os números não racionais, isto é, os números
irracionais não podem ser escritos na forma decimal finita,
Selo suiço lançado em 2007, que mostra o matemático Leonhard Euler nem mesmo na forma de dízima periódica.
A origem do símbolo , usado para repre- O número que serve para indicar a medida do lado do qua-
Matemática e suas Tecnologias

sentar uma raiz, é bastante especulativa. Algu- drado no problema, após longas décadas de transformações
mas fontes dizem que o símbolo foi usado pela em sua representação, tem a notação moderna indicada por
primeira vez pelos árabes, por Al-Qalasady 5 , leia-se: raiz quadrada de cinco.
(1421-1486), matemático árabe. Menciona-se Com o passar do tempo, outros problemas com o mesmo
que o símbolo venha da letra T desse alfabe- princípio de raciocínio apareceram.
to, a primeira letra da palavra “Jadhir”. Observe este problema.
Muitos, incluindo Leonard Euler, acreditam Encontre a medida x da aresta de um cubo para que seu
que o símbolo origina-se da letra r, que é a pri- volume resulte em 8 u.v. (unidades de volume).
meira letra da palavra radix, que, em latim, re-
fere-se à mesma operação matemática. O sím-
bolo foi visto pela primeira vez impresso sem x Volume = 8 u.v.
o vínculo (a linha horizontal que fica sobre os
números dentro da raiz) em 1525, no Die Coss,
do matemático alemão Christoff Rudolff. x
x
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
10

Radicia%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 10 dez. 2014.


Para encontrar o volume de este cubo de aresta x, pode-
A. Introdução mos efetuar a multiplicação x · x · x. Assim, o volume é dado
Considere a situação a seguir. por x3.
Encontre a medida x do lado de um quadrado para que Dessa maneira, um cubo terá volume 8 u.v. se sua aresta
sua área resulte em 4 u.a. (unidades de área). for igual a 2 u.c.
Considere uma nova situação.
Encontre a medida x da aresta de um cubo para que seu
volume resulte em 10 u.v.
x Área = 4 u.a.

x Volume = 10 u.v.
x

Recordando os estudos no Ensino Fundamental, a área x


x
de um quadrado é encontrada multiplicando-se a medida da
largura pela medida do comprimento. No caso do quadrado,
essas medidas são iguais. Assim, sendo x a medida do lado do Na resolução desse problema, há um entrave semelhan-
quadrado, tanto a largura quanto o comprimento terão medida te ao encontrado no problema da área do quadrado igual a
x, e, dessa forma, a área do quadrado será indicada por x2. 5 u.a., isto é, o número procurado é irracional e precisa de
Com essas informações, o problema será resolvido se for representação.
encontrado um número positivo – o lado não pode ter medida Para representar tal número, é necessário indicar de al-
negativa –, que, elevado ao expoente 2, resulte em 4, e esse guma forma que uma potência de expoente 3 estava relacio-
número é o 2. Portanto, o quadrado deve ter lado de medida nada ao número. A notação moderna do número procurado
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2 u.c. (unidade de comprimento). é 3 10 , leia-se: raiz cúbica de 10. Observe que o número 3
Considere agora o seguinte problema. apontado é chamado de índice.
No caso do problema do quadrado, o número foi repre- B.2. Para um número real a qualquer e n, um

7
sentado por 5 , que, por sua vez, de acordo com a evolução número natural ímpar, define-se o significado
do assunto, deveria ser representado por 2 5 . para o símbolo n a como sendo um número

211
Por que se usa 5 para indicar 2 5 ? real b, que satisfaz a igualdade bn = a.
A resposta está vinculada a motivos históricos, à evolu- Exemplos
ção do símbolo . • 5 32 = 2 , pois 25 = 32
A necessidade de expressar números que têm a forma • 3 −8 = −2 , pois (–2)3 = –8
n
a e estudar suas propriedades resultou, na matemática,
no estudo de um conteúdo denominado radiciação. C. Observação

Matemática
B. Definições C.1. a 2 = a , se a for um número real não negativo.
A definição de radiciação será apresentada em duas par- Exemplos
tes. Isso poderá facilitar o entendimento e, ao mesmo tempo, • 22 = 4 = 2
seguirá a ordem histórica em que os conceitos apareceram. • 102 = 100 = 10

B.1. Para um número real a, não negativo, C.2. a 2 = −a , se a for um número real negativo.
e n, um número natural diferente de zero, Exemplos
define-se o significado para o símbolo • ( −2) = 4 = 2 = − ( −2)
2
n
a como sendo um número real b, não
• ( −10)2 = 100 = 10 = − ( −10)

Matemática e suas Tecnologias


negativo, que satisfaz a igualdade bn = a.
A representação n a é chamada de raiz n-ésima de a, o
sinal é o radical, o número a é denominado de radican- C.3. a 2 = a , em que | a | é o valor absoluto de a.
do e o natural n é o índice. Observe o esquema que identifica Exemplos
cada um desses termos: • (2) = 2 = 2
2

Índice • ( −10)2 = −10 = 10


raiz n-ésima de a
n
Sinal
a=b C.4. 4 = 2 – estaremos cometendo um
equívoco se utilizarmos 4 = ±2 .
radical Radicando Por que 4 = ±2 é falso?
A resposta a esta pergunta está ligada à definição. Assim,
O símbolo a , que aparece em muitas situações, repre- 4 é um número não negativo que, elevado à potência 2,
senta o mesmo que 2 a .Essa notação persiste até hoje por resulta em 4. Decorre, então, que há apenas um número real
questões de tradição histórica. não negativo, que, elevado ao quadrado, resulta em 4, que é
Exemplos o número 2.

11
• 8 = 2 , pois 2 = 8
3 3
C.5. Quais valores reais de x
• 36 = 6 , pois 6 = 3
2
resolvem a equação x2 = 4?
• 10 = 10 , pois 10 = 10
1 1
Há dois possíveis valores para x: um deles é x = 2 e o ou-
• 0 = 0 , pois 0 = 0 tro é x = –2, daí se escreve que os possíveis valores de x são
5 5

Note que, em todos os exemplos, tanto o radicando como dados por: x = ± 4 ou, ainda, x = ±2. Note que 4 conti-
a raiz n-ésima são números não negativos. nua sendo igual a 2, e os sinais “±” que precedem a 4 são
exigências da resolução da equação do 2o grau incompleta.

Uma aplicação de raiz quadrada a velocidade de um carro pode ser aferida pela marca deixa-
Um motorista estava transitando em um dia ensolarado, da pelos pneus, por meio da seguinte relação: v = k ⋅ c , em
a certa velocidade, em uma avenida na qual a velocidade- que c é o comprimento da marca deixada pelos pneus em
-limite é de 60 km/h, quando, ao observar um guarda, freou metros, v é a velocidade do carro em quilômetros por hora e
bruscamente, deixando uma marca no asfalto, até conseguir k é uma constante que varia de acordo com o carro.
parar o carro. O motorista afirmou, ainda, que, para seu veículo, em pista
Discordando da multa que o guarda pretendia lhe apli- seca, a constante é 14,5 e que a marca tinha, aproximadamen-
car, o motorista, que era um físico, resolveu usar seus co- te, 16 metros. Então, calcularam que a velocidade do carro era
nhecimentos. Assim, ele mediu o tamanho da marca deixa- de 58 km/h. Observe: v = 14,5⋅ 16 = 14,5⋅4 = 58 km/h.
da pelos pneus e, em seguida, afirmou ao guarda que sua O guarda ouviu atentamente a explicação e, sem outro
velocidade estava abaixo da permitida. argumento que pudesse contradizer o motorista, resolveu
O guarda questionou o motorista, perguntando-lhe não multá-lo.
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como podia fazer tal afirmação. O motorista explicou-lhe que


D. Potências com expoente racional E.3. Potência de raiz
7

Qual é o número que representa 3 4 ? ( k a )n = ( k an )


De acordo com a definição, ao representar o número pro- Justificativa
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curado por b, esse é não negativo e satisfaz a igualdade b3 = 4. 1 n


2 ( k a )n = (ak )n = ak = k an
Por outro lado, o que deve representar 23 ?

Se esse número deve satisfazer as propriedades das Exemplos


• ( 2 ) = 22 = 2
2
potências, então se pode elevá-lo à terceira potência. Dessa
forma, segue que:
Matemática

• ( 5 2 )2 = 5 22 = 5 4
2 2⋅3 6
(23 )3 = 23 = 23 = 22 = 4 E.4. Raiz de raiz
Fazendo uma análise comparativa entre as duas situa- k n
a = k⋅n a
2
ções, pode-se dizer que 23 satisfaz as condições para ser o Justificativa
número b. Daí, vem que: k 1 1 1 1
2 2 2 k n
a = a n = (a n )k = a n⋅k = k⋅n a
3
4 = 2 ou 2 = 4 ou 2 = 2
3 3 3 3 3 2

Ao fazer comparações desse tipo, teve-se a ideia de dar Exemplos


significado à potência de expoente fracionário. • 2 3
5 = 2⋅3 5 = 6 5
• 3 = 2⋅2 3 = 4 3
Matemática e suas Tecnologias

D.1. Definição
Para a > 0, k inteiro e n inteiro positivo, define-se: E.5. Simplificação de índice de raiz
k
e expoente de radicando
a n = n ak n
ap = n⋅k ap⋅k
As propriedades apresentadas para potências de expoen- Justificativa
tes inteiros continuam válidas para potência com expoentes p p⋅k
racionais. n
ap = a n = a n⋅k = n⋅k ap⋅k

Exemplos Exemplo
6
• 2
64 = 2 = 2 = 2 = 8
2 6 2 3 • 6 25 = 6 52 = 3⋅2 51⋅2 = 3 51 = 3 5
1
• 3 = 2 31 = 32 Observe, por outro lado, que:
2 6
25 = 6 52 = 6÷2 52÷2 = 3 5
• 5 = 3 52 = 3 25
3

Logo, em geral, pode-se simplificar alguns radicais apli-


E. Propriedades de radiciação cando: n ap = n÷k ap÷k .
12

Exemplo
Nas propriedades a seguir, a e b são números reais não
• 8 16 = 8 24 = 8÷4 24÷4 = 2 21 = 2
negativos e n, k e p são números inteiros positivos.

E.1. Produto de radicais de mesmo índice APRENDER SEMPRE 1


n
a ⋅ n b = n a ⋅b 01. UECE
Justificativa 3
54 − 3 3 16 é igual a:
A expressão numérica 5 54
1 1 1
n n
a ⋅ b = a ⋅ b = (a ⋅ b) = n a ⋅ b
n n n
a. 3
1 458
Exemplos 3
b. 729
• 3 4 ⋅ 3 2 = 3 4 ⋅2 = 3 8 = 2
3
• 2
32 = 2 2⋅16 = 2 2 ⋅ 2 16 = 2 2 ⋅4 = 4 ⋅ 2 2 c. 2 7
70
d. 2 3 3
38
E.2. Divisão de radicais de mesmo índice
n
a na Resolução
= , b≠0
n
b b
53 54 = 5 ⋅ 3 2 ⋅ 33 = 5 ⋅ 3 ⋅ 3 2 = 15
54 15 3 2 =
Justificativa
= 3 ⋅ 3 16 = 3 ⋅ 3 24 = 3 ⋅ 3 23 ⋅ 2 =
()=
1 1
n
a a a n n a
= = n
= 3 ⋅ 2 3 2 = 6 ⋅ 3 2 = 5 ⋅ 3 54 − 3 ⋅ 3 16 =
n
b b1n b b
15 ⋅ 3 2 − 6 ⋅ 3 2 = 9 ⋅ 3 2 =
Exemplo
3
93 ⋅ 2 3
1 458
3
16 3 16 3
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• ⋅= = 8 =2
3
2 2 Alternativa correta: A
Exemplos

7
02. Racionalizar os denominadores:
Usando propriedades da radiciação, forme uma suces- a. 1 b.
2
3 3
4

211
são decrescente com os números reais 2 3 , 3 2 e 2.
Resolução
Resolução
a. 1 = 1 ⋅ 3 = 3
2⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 12 = 4 12 3 3 3 3
2 2 2 ( 3 2 ) 23 2 23 2 23 2 3
b. = = ⋅ = = = = 2

Matemática
3⋅ 2 = 32 ⋅ 2 = 18 = 4 18 3
4 3 22 3 22 ( 3 2 ) 3 22 ⋅2 3 23 2
1⋅ 4
2= 1 2 = 21 ⋅ 4 = 4 16
4 F.2. Racionalização de denominador
18 > 4 16 > 4 12
do tipo ( a + b ) ou ( a − b )
3⋅ 2 >2> 2 ⋅ 3 Para racionalizar uma fração com denominador
( a + b ) , deve-se multiplicar o numerador e o denomina-
dor da fração por ( a − b ) e vice-versa.
03. Justificativa
Escrever na forma de um único radical e sem fatores A ideia dessa racionalização tem seus fundamentos no
externos a ele: produto notável:

Matemática e suas Tecnologias


a. 3 5 (A + B) · (A – B) = A2 – B2
Observe:
b. 5⋅32
c c ( a − b)
2 = ⋅ =
c. 3 ( a + b) ( a + b) ( a − b)
4
3 c ⋅( a − b )
= =
Resolução ( a + b ) ⋅( a − b )
c ⋅( a + b ) c ⋅( a + b )
a. 3 ⋅ 5 = 32 ⋅ 5 = 45 = =
2⋅3 3⋅2 ( a )2 − ( b )2 a−b
b. 5⋅32= 51 ⋅ 3 ⋅ 21 ⋅ 2 =
A justificativa para denominador ( a − b ) é semelhan-
= 6 125 ⋅ 6 4 = 6 600 te, sendo que o fator de racionalização será ( a + b ).
2 4
24 16 12 16 Exemplos
c. 3 =3 =3 4 = Racionalizar os denominadores:
4
3 4
3 3 3
a. 1

13
2+ 3

b. 1
F. Racionalização de denominadores 3− 2
Racionalizar o denominador de uma fração significa Resolução
transformar essa fração em outra sem radicais irracionais no 1 1 (2 − 3 )
denominador, para que o cálculo da divisão possa ser reali- a. = ⋅ =
2 + 3 (2 + 3 ) (2 − 3 )
zado evitando-se, quando fundamentais, aproximações e
(2 − 3 ) (2 − 3 )
erros desnecessários. Em termos práticos, racionalizar um = = = 2− 3
denominador significa eliminar o radical dele. Para racionali- ( 22 − ( 3 ))
2 ( 4 − 3)
zar o denominador, é necessário multiplicar o numerador e o
1 1 ( 3 + 2)
denominador da fração por um mesmo fator, obtendo, assim, b. = ⋅ =
3 − 2 ( 3 − 2) ( 3 + 2)
uma fração equivalente à anterior, sem radicais no denomi-
nador. Esse fator é chamado fator de racionalização ou fator ( 3 + 2) ( 3 + 2)
= = = 3+ 2
racionalizante. ( ( 3) −( 2)
2 2
) 3−2

F.1. Racionalização de denominador do tipo n a k A racionalização permite fazer divisões com menor possi-
Para racionalizar uma fração com denominador n ak , de- bilidade de erros, sobretudo nas aproximações. Por exemplo,
ve-se multiplicar o numerador e o denominador da fração por 1
na fração 5 há a divisão de 1 por 5 =2,2360679774....
a .
n n−k

Justificativa Como o denominador é um decimal infinito e não periódico,


fica difícil saber qual é a melhor aproximação para 5 , mas,
b ( a )
n n−k
b b⋅ n an−k b⋅ n an−k 5
= n k ⋅ n n−k = n k n n−k = n k n−k =
a
n k
a ( a ) a ⋅ a a ⋅a ao utilizar a fração equivalente
5
, não só teremos o traba-
b⋅ a
n n−k
b⋅ a
n n−k
b⋅ a
n n−k
b⋅ a
n n−k lho facilitado como também conseguiremos melhor aproxi-
= n k +n−k = n n = =
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a a a
n
n a mação.
APRENDER SEMPRE 2
7

01. UECE 5 5 4 52 5 4 52 5 4 52 5 4 52 4
b. = ⋅ = = = = 25
4
25 4 52 4 52 4 52 ⋅52 4 54 5
211

Racionalize os denominadores e simplifique, se possí-


5 + 1 ( 5 + 1) ( 5 + 1) ( 5 + 1) 2
vel, as frações. c. = ⋅ = =
1 5 5 − 1 ( 5 − 1 ) ( 5 + 1 ) ( 5 − 1 ) ⋅( 5 + 1 )
a. b. 4 c. 5 + 1
11 25 5 −1 ( 5 ) + 2⋅ 5 ⋅1 + 12
2
5 + 2⋅ 5 + 1
= = =
Resolução (( 5 ) −1 ⋅
2 2
) (5 − 1)
Matemática

a. 1
=
1

11
=
11 6 + 2 ⋅ 5 2 ⋅( 3 + 5 ) 3 + 5
11 11 11 11 = = =
4 4 2

Os primeiros registros de que temos conhecimento en- podemos ter ideia do seu significado fazendo aproximações
volvendo ciências encontram-se em tabelas babilônicas, sucessivas do número π, usando, para isso, números racio-
datadas de, aproximadamente, 1000 a.C., as quais apresen- nais. Note a sequência a seguir.
Matemática e suas Tecnologias

tam potências de expoentes inteiros. Evidentemente, que


ainda não era utilizada a notação dos nossos dias. 3 23 =8
Na obra Arithmetica, de Diofante, há uso sistemático de 3,1 2 3,1
≈ 8,574187
uma simbologia para indicar potências de números e, segu-
3,14 23,14 ≈ 8,815241
ramente, o autor já conhecia as mesmas leis ou proprieda-
des das potências, no século III d.C. 3,141 2 3,141
≈ 8,821353
Foi no século XIV d.C. que Nicole Oresme (bispo fran- 3,1415 23,1415 ≈ 8,824411
cês) generalizou a teoria da proporção de Bradwardine, 3,14159 2 3,14159
≈ 8,824962
que incluía qualquer potência, inclusive as de expoentes 3,141592 23,141592 ≈ 8,824974
racionais, e chegou muito perto de definir uma potência de
3,1415926 2 3,1415926
≈ 8,824977
expoente irracional. Provavelmente, foi a falta de uma no-
tação mais simples a grande culpada por ele não ter obtido
sucesso absoluto, mas a noção, a sensação da existência π 2π ≈ 8,824978
de potências de expoentes irracionais é mais um legado que
devemos ao bispo Nicole Oresme. Os valores podem ser encontrados com a ajuda de uma
Foi René Descartes (século XVIII) quem utilizou a nota- calculadora científica ou de uma planilha de cálculo.
14

ção de função exponencial que adotamos hoje. Perceba que, quando o expoente tende a π, o resulta-
Afinal de contas, qual é o significado de uma potência do da potência tende a ser 8,824978 e, conforme melho-
irracional? ramos a aproximação do número π, vamos encontrando
A definição de potências de expoente inteiro e expoente cada vez mais “casas” decimais fixas, o que nos permite
racional foram apresentadas, porém quanto vale 2π? dizer que, quanto mais aproximarmos o expoente do valor
Embora a definição de potências de expoentes irracio- verdadeiro de π, mais a potência se aproximará de seu va-
nais seja objeto de estudo apenas nos cursos superiores, lor verdadeiro.

EMI-15-70
2. Organizador gráfico

7
211
raiz
n-ésima
Índice
de a
n
a=b

Matemática
Sinal
radical Radicando

Propriedades de Propriedades de
Radiciação
radiciação potenciação

Matemática e suas Tecnologias


Potenciação

15

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 37
7

Potenciação e radiciação – Parte II


211

Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática

Dê o valor de: Nas frações a seguir, escrever os denominadores que es-


a. 64 tão na forma de potências com expoente fracionário usando
3
27 radicais e, em seguida, racionalizar os denominadores. Quan-
b. do possível, simplificar as frações.
c.
8
256
1
3
−27 a. 1
d. 292
e.
4
0 10
b. 2
103
Resolução
c. 1
a. 64 = 8 , pois 82 = 64
Matemática e suas Tecnologias

1 1
132 − 52
b. 8 256 = 2 , pois 28 = 256
c. 3
27 = 3 , pois 33 = 27 Resolução
d. 3
−27 = −3 , pois (3)3 = 27 1 1 1 29 29
a. 1 = = ⋅ =
29 29 29 29 29
e. 4
0 = 0 , pois 04 = 0 2

b. 102 = 3 10 2 = 3 10 2 ⋅ 3 10 =
3

103 10 10 10
10 10 10 10 3
3 3
= 3 3 = = 10
10 10
c. 1 1
1 = =
1
132 − 52 13 − 5
1 ( 13 + 5)
= ⋅ =
( 13 − 5 ) ( 13 + 5)
16

( 13 + 5 ) ( 13 + 5 ) 13 + 5
= = =
(( 13 ) − ( 5 )
2 2
) (13 − 5) 8

EMI-15-70
03. ESA-RJ Resolução

7
Simplificando 2 8 − 4 18 + 32 , obtemos: 2 8 − 4 18 + 32
= 2 ⋅2 2 − 4 ⋅3 2 + 4 2
a. + 2

211
= 4 2 − 12 2 + 4 2
b. − 8 = 8 2 − 12 2 = −4 2
c. + 8 Alternativa correta: D
d. −4 2 Habilidade
Efetuar operações utilizando as propriedades das potên-
e. −2 2

Matemática
cias e raízes.

Matemática e suas Tecnologias


17

Exercícios Extras
04. UCSal-BA 05.
1 1 Escrever os radicais a seguir, usando potência de ex-
Se x = 3 − 3 + − , então:
3+ 3 3 −3 poente fracionário com a menor base positiva.
a. x ≥ 5 a. 32
b. 3 ≤ x < 5 b. 3 81
c. 1 ≤ x < 3 c. 10 2
d. 0 ≤ x < 1 d. 5 49
e. x < 0
EMI-15-70

e. 4 5
Seu espaço
7

Sobre o módulo
211

O estudo sobre radiciação realizado neste módulo é, em princípio, revisão, no entanto, é possível que, para muitos alunos, o
assunto ainda continue complexo e as operações com raiz ainda sejam complicadas.
Este é um conteúdo relativamente extenso. Dessa forma, como sugestão, divida a apresentação em partes:
a. Apresente a definição de raiz n-ésima e, em seguida, proponha o exercício de aplicação 1.
b. Apresente as propriedades, considerando que poderá não haver tempo para demonstrá-las. Caso isso ocorra, será preci-
Matemática

so apenas apresentá-las e, em seguida, propor o exercício de aplicação 3.


c. Por fim, desenvolva o estudo sobre a racionalização e, em seguida, proponha o exercício de aplicação 2.
O tempo é um dos fatores que poderá interferir no desenvolvimento do conteúdo, sendo necessário organizar-se previamen-
te para desenvolver, com segurança, todo o conteúdo do módulo.
Bom trabalho!

Na web
<http://matematica.obmep.org.br/index.php/modulo/ver?modulo=12&tipo=2>.
Nesse site, há um link em que é resolvido, em vídeoaula um problema da OBMEP que envolve propriedades
Matemática e suas Tecnologias

da radiciação.

Estante
BOYER, Carl B. História da matemática. São Paulo: Edgar Blücher.
18

EMI-15-70
Exercícios Propostos

7
Da teoria, leia os tópicos 1A, B, C, D, E e F. 11.

211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Escrever os radicais a seguir usando potência de expoen-
te fracionário com a menor base positiva.
a. 125
06. b. 3 100
Dê o valor de: c. 8 8
a. 121 d. 5 121

Matemática
b. 5 243 e. 10 11
c. 3 64
12. UFV-MG
d. 3 −64 7
e. 10 1 A expressão 7 + a − a a , em que a é um número posi-
tivo, equivale a:
a. 7
07. b. 7 + a + a
Escrever as potências de expoente fracionário a seguir c. 7
usando a notação de radiciação com radicando inteiro.
2 d. 7
a. 53 7

Matemática e suas Tecnologias


1
b. 72 e. 1
1
c. 85
5
d. 112 13. Fuvest-SP
e. 20,1
2+ 3
=
08. 3
Nas frações a seguir, racionalize os denominadores e,
quando possível, simplifique as frações. 14.
Encontre o valor da expressão
a. 1
31
12 E = 2 7 2 7 2 7 ...
b. 5
8
c. 6
15. UTF-PR
5+ 3
A expressão 4 5 ⋅ 5 ⋅ 4 5 ⋅ 3 5 é igual a:

19
09. UnB-DF a. 3 5
1 1 5+ 8 b. 5 3 5
Se P = ,Q= ,R = então:
7− 5 8− 5 3 c. 4 5
a. P < Q < R d. 5 4 5
b. P < Q, Q < R e. 5
c. P > Q > R
16. Unifesp
d. P > Q = R
e. Q > P = R Se 0 < a < b, racionalizando o denominador, tem-se que:
1 b− a
10. =
a+ b b− a
Dê o valor de: Assim, o valor da soma
a. 100 1 1 1 1
+ + + ... +
b. 4 625 1+ 2 2+ 3 3+ 4 999 + 1000 é:
c. 3 1000
a. 10 10 − 1 d. 100
d. 3 −1000
b. 10 10 e. 101
e. 1 100
c. 99
EMI-15-70
1. Equação exponencial 22
2. Equação exponencial
com variável auxiliar 23
3. Função exponencial 23
4. Inequação exponencial 28
5. Organizador gráfico 30
Módulo 38 – Equação exponencial 31
Módulo 39 – Equação exponencial
com variável auxiliar 34
Módulo 40 – Função exponencial 37
Módulo 41 – Inequações exponenciais 41

• Resolver uma equação exponencial.


• Reconhecer a função exponencial
e suas propriedades relativas ao
crescimento ou decrescimento.
• Construir o gráfico de uma função
exponencial.
• Identificar uma função exponencial com
base em seu gráfico.
• Resolver uma inequação exponencial.
• Determinar uma função exponencial do
tipo f(x) = k.
• Resolver problemas que envolvam
função exponencial.

WATCHARAKUN/SHUTTERSTOCK
Função exponencial 12
21

Há diversas aplicações para o que chamamos, na matemática, de função exponencial. Podemos, por exemplo,
citar os cálculos de meia-vida em material radioativo, importantes para se conhecer o tempo necessário para que
a massa do material caia pela metade; a estimativa populacional a partir de determinada data, em que podemos
estimar a população futura; os cálculos de juros e parcelas em investimentos e empréstimos dos quais podemos
ter ideia do retorno de um investimento ou quanto custará o total de um empréstimo contraído; a cultura de bac-
térias, em que, a partir de determinada data, podemos estimar o número de bactérias e, por meio dessa análise,
desenvolver medicamentos, além de várias outras situações aplicadas a diversas áreas do conhecimento. Neste
capítulo, desenvolveremos um estudo sobre equação, inequação e função exponencial, relacionando este estudo
a algumas dessas situações descritas.
1. Equação exponencial Resolução
12

2x – 5 = 64
A. Introdução Inicialmente, é necessário decompor o número 64 em
211

As equações em que a incógnita aparece somente em ex- fatores de 2.


poentes de potências são denominadas de equações exponen- 64 = 26
ciais. O primeiro passo a ser dado na direção da resolução de Substituindo na equação original, vem que:
uma equação exponencial é conseguir uma igualdade de potên- 2x – 5 = 26
cias na mesma base, nas quais se pode aplicar uma proprieda- Aplicando a propriedade, segue que:
de que, dentro de determinadas condições, garante a igualdade x – 5 = 6 ⇒ x = 11 ⇒ S = {11}
Matemática

dos expoentes. Caso não se consiga a igualdade de potências


de mesma base, isto é, se a igualdade ocorrer com bases dis- 2. Resolver, em IR, a equação 6 2x = 128
tintas, será necessário recorrer a um recurso, denominado de Resolução
logaritmo, que será explorado posteriormente neste curso. 2 = 128
6 x

Como a intenção é conseguir uma igualdade de potências


B. Propriedade na mesma base, é preciso escrever 6 2x e 128, na forma de
Dado um número real b positivo e distinto de 1, com α e potência, que no caso é de base 2.
β pertencentes ao conjunto dos números reais, tem-se a se- x
6
2x = 26 ⇒ 128 = 27
guinte equivalência.
bα = bβ ⇔ α = β Substituindo essas potências na equação original, tem-se:
Matemática e suas Tecnologias

x
Justificativa 26 = 27
Há duas situações a se mostrarem:
Aplicando a propriedade, segue que:
I. α = β ⇒ bα = bβ, que é imediata.
x
II. bα = bβ ⇒ α = β = 7 ⇒ x = 42 ⇒ S = {42}
6
bα bβ
bα = bβ ⇒ β = β ⇒ bα−β = 1
b b
3. Resolver, em IR, a equação 2x + 1 + 2x = 48
Como a base b é diferente de 1, a única possibilidade Resolução
para o expoente de b fornecer uma potência igual a 1 é ter o 2x + 1 + 2x = 48
expoente igual a zero. O membro da esquerda apresenta 2x + 1 + 2x. Aqui, é ne-
Assim, α – β = 0 e α = β cessária a aplicação de propriedades de potenciação em 2x + 1.
Dessa forma, (I) (II) justificam a propriedade. 2x + 1 = 2x · 21 = 2 · 2x
Na prática, toda vez que houver uma igualdade de potên- Substituindo na equação original, segue que:
cias na mesma base, com a base positiva e diferente de 1, os 2 · 2x + 2x = 48
expoentes serão iguais. Agora, pode-se somar os termos semelhantes no mem-
bro da esquerda, ficando:
22

C. Resolução de equação exponencial simples 3 · 2x = 48


Uma equação exponencial é dita simples se estiver na Dividindo ambos os membros por 3, temos:
forma: bf(x) = bg(x), em que b é real, positivo e diferente de 1 e 2x = 16
f(x) e g(x) são imagens de funções de variável x. Como 16 = 24, vem que:
Para resolver bf(x) = bg(x), aplica-se a propriedade anterior, 2x = 24
recaindo na equação f(x) = g(x), a qual será resolvida por mé- Aplicando a propriedade, encontramos o valor de x:
todos previamente conhecidos. x = 4 ⇒ S = {4}
Exemplo
Resolver, em IR, a equação 2x = 25. APRENDER SEMPRE 3
Resolução
2x = 25 01. Cesgranrio-RJ
Aplicando a propriedade, segue que:
x=5 Se 8x = 32, então x é igual a:
5
S = {5} a. c. 3 e. 4
Nem sempre a equação exponencial se apresenta na for- 2 5
ma imediata bf(x) = bg(x). Há situações em que serão necessá- 5 2
b. d.
rios procedimentos aritméticos para conseguir esse tipo de 3 5
igualdade. Dentre os procedimentos aritméticos, destacam-se Resolução
a necessidade de decompor um número em fatores primos, a
aplicação de propriedades de potenciação/radiciação, a utili- 8x = 32 ⇒ (23)x = 25
zação nos dois membros da igualdade de adição, subtração, ⇒ 23x = 25
multiplicação e divisão de um mesmo número não nulo etc. ⇒ 3·x=5
Há também as equações que necessitam do auxilio de outra 5
x=
variável, as quais serão analisadas no próximo item. 3
EMI-15-70

Exemplos Alternativa correta: B


1. Resolver, em IR, a equação 2x – 5 = 64.
Observe que, utilizando uma das propriedades de poten-

12
02. ciação, pode-se escrever 22x de duas maneiras diferentes,
Resolva, em IR, a equação: 2x + 1 + 2x – 2 + 2 x + 3 = 328 como segue:

211
22x = (22)x = (2x)2
Resolução Como queremos fazer uma substituição de variável, é
2x+1 + 2x−2 + 2x+3 = 328 conveniente usar 22x igual a (2x)2, pois já há um termo 2x na
2x equação. Substituindo na equação original, temos:
2x ⋅ 21 + 2 + 2x ⋅ 23 = 328 (2x)2 – 10 ·2x + 16 = 0
2
Fazendo a mudança de variável de 2x por t, vem que:

Matemática
2x
2 ⋅ 2x + + 8 ⋅ 2x = 328 t2 – 10 · t + 16 = 0
4
8 ⋅ 2x + 2x + 32
32 ⋅ 2x O problema recai em uma equação do 2o grau.
= 328 t2 – 10 · t + 16 = 0
4
41 ⋅ 2 x

}
= 328 S = 10  t1 = 2
4 
⇒ ou
4 ⋅ 328 P = 16
2x =  t2 = 8
41
2x = 332 Encontramos dois valores para o t e, como t é igual a 2x,
2x = 25 ⇒ x = 5 encontramos duas equações exponenciais simples.
S = {{5} 2x = 2(I) ou 2x = 8(II)

Matemática e suas Tecnologias


Resolvendo a equação (I):
2x = 2 ⇒ 2x = 21
x=1
2. Equação exponencial Resolvendo a equação (II):
2x = 8
com variável auxiliar 2x = 23
Existem equações que necessitam de variável auxiliar x=3
para facilitar sua resolução. S = {1, 3}
Para apresentar esse procedimento, retornaremos ao
exemplo em que se usou a equação 2x + 1 + 2x = 48 e a resolve- APRENDER SEMPRE 4
remos de outra forma.
01. Uespi
Exemplo O conjunto solução da equação 22x = 3 · 2x – 2 é:
Resolver, em IR, a equação 2x + 1 + 2x = 48 a. {0} c. {0, 1} e. {–1}
Outra resolução por meio de variável auxiliar: b. {–1, 0} d. {1}

23
2x + 1 + 2x = 48
Como 2x + 1 = 2x · 21 = 2 · 2x , temos: Resolução
2 · 2x + 2x = 48 22x = 3 · 2x – 2
Agora, substituiremos 2x pela variável t, sendo este o sig- (2x)2 = 3 · 2x – 2
Considerando 2x = y
nificado de fazer uma mudança para uma variável auxiliar.
y2 = 3 · y – 2
2 · t + t = 48
y2 – 3 · y + 2 = 0
Somando os termos semelhantes no membro da esquer-
da, fica: S = 3  y = 1
3 ·t = 48  ou
Dividindo ambos os membros por 3, segue que: P = 2  y = 2
t = 16 2x = 1 ou 2x = 2
Substituindo t por 2x, fica: 2x = 20 ou 2x = 21
2x = 16 x = 0 ou x = 1
Como 16 = 2x, vem que: S = {0; 1}
2x = 24 Alternativa correta: C
Aplicando a propriedade, encontramos o valor de x:
x=4
S = {4}
Nessa outra forma de resolução, recorremos à substitui- 3. Função exponencial
ção de 2x por outra variável, no caso a variável t.
Outra situação em que a variável auxiliar é útil se aplica A. Introdução
no exemplo a seguir.
Exemplo A.1. Fissão nuclear
Resolver, em IR, a equação 22x – 10 · 2x + 16 = 0 O processo de fissão (ou cisão) nuclear é usado em al-
EMI-15-70

Resolução guns tipos de reatores nucleares e nas bombas atômicas. Ele


22x – 10 · 2x + 16 = 0 libera grande quantidade de energia.
Na fissão nuclear do urânio, um nêutron se choca contra Podemos generalizar, tendo em vista que o número de
12

o núcleo do átomo, que se torna instável, ocorrendo a divisão nêutrons (y), após o n-ésimo(n) choque, é dado por y = 3n.
em dois novos átomos (criptônio e bário), liberando muita Este problema ilustra uma das possíveis aplicações de
211

energia e três nêutrons. função exponencial.


É importante compreender a estrutura da função
exponencial e saber analisar os gráficos, bem como entender
igualdades e desigualdades que envolvem elementos do do-
mínio e suas respectivas imagens, como ocorrem em equa-
ções e inequações.
Matemática

235
U B. Definição
A função exponencial tem como domínio e contradomínio
o conjunto dos números reais, e, a cada elemento x do do-
mínio, associa-se um único elemento f(x) ao contradomínio
dado por f(x) = bx, em que b ∈ , b > 0 e b ≠ 1.
236
U Pode-se representar matematicamente essa função
usando a seguinte notação:
f: ⇒
x f(x) = bx, b ∈ , b > 0 e b ≠ 1
Matemática e suas Tecnologias

Exemplos
92
Kr A seguir, x ∈ e f(x) ∈
a. f(x) = 5 · 3x
Ba
141
()
b. f ( x ) =
1 x
4
c. f(x) = 5x
d. f ( x ) = ( 2 )
x

É importante destacar que outras funções podem ser for-


Na reação em cadeia, cada um dos três nêutrons volta a
madas a partir das funções exponenciais f(x) = bx.
se chocar com outro núcleo de urânio, que, por sua vez, de-
Exemplos
sintegra-se, emitindo três nêutrons e assim sucessivamente.
Em cada caso a seguir, considerar que x ∈ e f(x) ∈
Podemos visualizar esse processo no diagrama a seguir:
a. f(x) = 5 · 3x

b. f ( x ) =()1 x
4
+1
24

1o choque c. f ( x ) = 3⋅5x + 2
d. f ( x ) = ( 2 )
x+2

2o choque APRENDER SEMPRE 5

Observe, na tabela a seguir, que o número de nêutrons 01. Ufla-MG


obtidos após cada choque é sempre uma potência de base Considerando a função real definida por f(x) = 10x, não
três. é verdade que:
a. f(0) = 1
Número de nêutrons b. f(–3) = 0,001
emitidos após o: c. f(a + b) = f(a) + f(b)
1o choque 31 = 3 d. f(x) = 100 para x = 2
f (a)
2o choque 32 = 9 e. f ( a − b) =
f (b )
3o choque 33 = 27
Resolução
.
. a. Verdadeiro, pois f(0) = 10 = 1
. b. Verdadeiro, pois f(–3) = 10–3 = 0,001
c. Falso, pois f(a + b) 10a + b = 10a · 10b ≠ 10a + 10b
14o choque 314 = 4 782 969
d. Verdadeiro, pois 100 = 10x ⇔ x =2
.
10a f(a)
. e. Verdadeiro, pois f(a – b) = 10a – b = b =
.
10 f(b)
Alternativa correta: C
EMI-15-70

21o choque 321 = 10 460 353 203


cione a população de ratos com o número de anos,

12
02. Fuvest-SP generalizaremos o raciocínio demonstrado na tabela
Seja f(x) = 22x + 1. Se a e b são tais que f(a) = 4f(b), a seguir.

211
pode-se afirmar que: t(anos) f(t) (população de ratos)
a. a + b = 2 d. a – b = 2
0 100 000 = 100 000 · 20
b. a + b = 1 e. a – b = 1
c. a – b = 3 1 100 000 · 2 = 100 000 · 21
2 (100 000 · 2) · 2 = 100 000 · 22
Resolução

Matemática
3 (100 000 · 22) · 2 = 100 000 · 23
f(x) = 22x + 1
f(a) = 4 · f(b) De acordo com a tabela, podemos induzir que
22a + 1 = 4 · 22b + 1 f(t) = 100 000 · 2t.
2 ⋅ 22a = 4 ⋅ 2 ⋅ 22b Em relação à população de homens, que inicialmente
22a = 22 · 22b (t = 0) é de 70 000 habitantes e, a cada ano, tem au-
22a = 22b + 2 mento de 2 000 habitantes, considere a tabela a se-
2a = 2b + 2 guir.
a=b+1
t(anos) g(t) (população de homens)
a–b=1
Alternativa correta: E 0 70 000

Matemática e suas Tecnologias


1 70 000 + 2 000 = 70 000 + 1 · 2 000
03. Vunesp
2 (70 000 + 2 000) + 2 000 = 70 000 + 2 · 2 000
Duas funções, f(t) e g(t), fornecem o número de ratos
3 (70 000 + 2 · 2 000) + 2 000 = 70 000 + 3 · 2 000
e o número de habitantes de uma certa cidade em função
do tempo t (em anos), respectivamente, num período de 0 a Considerando a tabela, pode-se induzir que:
5 anos. Suponha que, no tempo inicial (t = 0), existiam nes- g(t) = 70 000 + 2 000 · t.
sa cidade 100 000 ratos e 70 000 habitantes, que o número b. Após 5 anos, temos:
de ratos dobra a cada ano e que a população humana cresce f(5) = 100 000 · 25 = 3 200 000
2 000 habitantes por ano. Pede-se o seguinte: g(5) = 70 000 + 2 000 · 5 = 80 000
a. as expressões matemáticas das funções f(t) e g(t); 3200000 ratos
b. o número de ratos que haverá por habitante, após Assim, = 40 ratos por habitante .
80000 habitantes
5 anos.
Resolução
Resolução a. f(t) = 100 000 · 2t e g(t) = 70 000 + 2 000 · t
a. Do enunciado, temos que a população inicial de ra- b. 40 ratos por habitante
tos (t = 0) é de 100 000 e dobra a cada ano. Para

25
encontrarmos uma expressão matemática que rela-

C. Leitura complementar

C.1. O porquê de não adotarmos as bases negativas, nulas ou iguais à unidade nas funções exponenciais.
Na função f(x) = bx, impomos como condição que b > 0 e b ≠ 1.
Isso se faz necessário porque:
1
• se b fosse um número negativo, não teríamos imagem real para x = , por exemplo, mas teríamos para x = 2;
2
• se b = 0, não teríamos imagem real para x = – 1, por exemplo;
• se b = 1, a função f(x) = bx nos levaria sempre a y = 1, sendo, portanto, uma função constante.
Em razão da grande variedade de situações que teríamos de analisar, restringimos as bases da função exponencial, adotan-
do as condições já citadas.

C.2. Aplicações
Crescimento populacional
O crescimento natural de uma população pode ser modelado matematicamente, por meio de uma função exponencial.
Por exemplo, dada uma população N0 de bactérias no instante t = 0, o número N(t) de bactérias de uma população em um
instante t é dado por:

N(t) = N0 · ekt ,
EMI-15-70

em que e é o número de Euler (e é um número irracional e vale, aproximadamente, 2,72) e k é uma constante que depende do
número inicial de bactérias.
D. Gráfico Agora, fazendo o mesmo para a segunda tabela, vem que:
12
Para induzir a ideia sobre como são os gráficos de fun-
ções exponenciais, analisaremos dois exemplos: sendo a
y
()
211

x
função real f(x) = 2x e outro f ( x ) = 1 . 8
2
Nas tabelas a seguir, utilizam-se alguns números inteiros
na primeira coluna e, na segunda, as respectivas potências, em
que os números inteiros da primeira coluna são os expoentes.
Matemática

Tabela I 4
x 2x
1
1 2
–2 2
4 1
4 1
1
–1
2 –1 –2 –3 0 1 2 x
0 1
1 2 Para completar o gráfico, é preciso lembrar que há ainda
Matemática e suas Tecnologias

uma infinidade de pares ordenados com abscissa, sendo um


2 4
número real e a ordenada também real a se considerar. Dessa
3 8 forma, existe uma infinidade de pontos a serem introduzidos.
É preciso também estar atento ao fato de que dois pontos pró-
Tabela II ximos, nesse tipo de função, não são unidos por um segmen-
to de reta.
( 12 )
x
x Assim, imaginando haver uma curva ininterrupta ligando
os pontos, seguem, respectivamente, os gráficos de f(x) = 2x

()
x
–3 8 e f (x) = 1 .
2
–2 4
–1 2 f(x) = 2x
y
0 1 8
1
1
2
26

1
2
2
4
Considere o par ordenado (x, bx) para cada par de infor-
mações fornecido pelas tabelas.
1
Assim, teremos da primeira tabela pares ordenados da 2 2
 1 x
forma (x, 2x) e da segunda  x,
 2  ()
. 1 1
4

Representando os pares ordenados da primeira tabela –2 –1 0 1 2 3 x


em um plano cartesiano, segue que:
y x y
f(x) = 1 8
8 2

4 4

1
2
1
2 2
2
1
1 1
4 1
4
EMI-15-70

–2 –1 0 1 2 3 x –1 –2 –3 0 1 2 x
Note que o gráfico, em ambos os casos, aproxima-se do b. Se 0 < b < 1, a função é decrescente.

12
eixo x, contudo em nenhum momento tocará esse eixo por-
f(x) = bx
y
que, caso houvesse a intersecção com o eixo das abscissas,

211
()
x
teríamos 2x = 0 ou 1 = 0 , o que não é possível. Esse com-
2 f(x1)
portamento de se aproximar do eixo x e não tocá-lo é chama-
do de assintótico, assim o eixo x é uma assíntota. Assíntota
é uma palavra que vem do grego asymptotas, cujo significado

Matemática
é “que não pode coincidir”. f(x2)
A projeção ortogonal dos gráficos no eixo das orde-
nadas fornece pontos na reta y com valores reais maio- 1
res que 0. Dessa forma, o conjunto imagem é dado por
Im =  *+ = {y ∈ / y > 0} .
Quando em uma função, dados dois elementos quais- x1 x2 0 x
quer do domínio x1e x2, com x1 menor que x2, ocorrer f(x1)me-
x1 < x2 ⇔ f(x1) > f(x2)
nor que f(x2), dizemos que ela é uma função crescente, e, se
por outro lado, para x1 menor que x2, ocorrer f(x1) maior que
f(x2), dizemos que ela é uma função decrescente. Resumo gráfico

Matemática e suas Tecnologias


Resumidamente:
f(x) = bx com b > 0 < b ≠ 1
A função é crescente se: b>1 0<b<1
x1 < x2 ⇔ f(x1) < f(x2)
y y
A função é decrescente se:
x1 < x2 ⇔ f(x1) > f(x2)

Observe que a função f(x) = 2x é crescente e a função


()
f (x) =
1 x é decrescente. No primeiro caso, o crescimento
2 1
ocorre porque a base é maior que 1 e, no segundo, o decresci- 1
mento existe, pois a base está entre 0 e 1.
0 x 0 x
Inspirado nesses exemplos, pode-se generalizar infor-
mações sobre os gráficos de funções exponenciais, como Crescente Decrescente

27
mencionado a seguir.
x1 < x2 ⇔ bx1 < bx2 x1 < x2 ⇔ bx1 > bx2
Dada a função real definida por f(x) = bx, em que b ∈ ,
b > 0 e b ≠ 1, segue que: x1 > x2 ⇔ bx1 > bx2 x1 > x2 ⇔ bx1 < bx2
• Domínio: D =
• Contradomínio: CD =
• Conjunto imagem: Im =  *+ Note também que a função real f(x) = bx tem imagem de
• A função exponencial é crescente quando a base da zero dada por f(0) = b0 = 1. Deduz-se, dessa forma, que toda
potência é um número real maior que 1 e decrescen- função dada por f(x) = bx passa pelo ponto (0, 1). Acompanhe
te quando a base da potência apresenta um valor real as situações a seguir.
entre 0 e 1.
a. Se b >1, a função é crescente.
a. y
f(x) = bx
y
x
1
y=
2
f(x2) 1
x

y=
3
x
2
y=
3
f(x1)

1
0 x1 x2 x
EMI-15-70

x1 < x2 ⇔ f(x1) < f(x2)


b. y 4. Inequação exponencial
12

Uma inequação que apresenta potência com a variável


y = 3x y = 2x
y = 1,5x no expoente é denominada inequação exponencial. As for-
211

mas mais simples são apresentadas nos seguintes modos:


4 bf(x) > bg(x), bf(x) ≥ bg(x), bf(x) < bg(x), bf(x) ≤ bg(x), bf(x) ≠ bg(x), em que
f(x) e g(x) são imagens de funções de variável x.
É importante lembrar que b representa um número real
3
positivo e diferente de 1.
Matemática

2 A. Resolução de inequação exponencial


Para resolver uma inequação exponencial, recorre-se a
1
um raciocínio semelhante ao empregado na resolução das
equações exponenciais, quando era preciso comparar duas
potências de mesma base, sendo que, no caso das inequa-
–2 –1 0 1 2 3 x ções, ao comparar duas potências de mesma base, é preciso
observar o comportamento de crescimento ou decrescimen-
to da função exponencial utilizada no estudo.
APRENDER SEMPRE 6
B. Revisando crescimento ou
01. Fuvest-SP
Matemática e suas Tecnologias

decrescimento da função exponencial


Esboce o gráfico das seguintes funções, determinando
o domínio e o conjunto das imagens de cada uma delas. B.1. Base maior que 1
a. f(x) = 4x No estudo da função exponencial f(x) = bx, b > 1, foi mos-

( 14 )
x trado que a função é crescente, assim ao aumentar o valor de
b. g ( x ) = x, a correspondente imagem bx também aumentará. Observe
o gráfico.
Resolução
y
f(x) = bx
a. y b
x2 b>1

16

bx1

1
28

0 x1 x2 x
4
1 Nesse gráfico, destacam-se dois elementos do domínio
4 x2 e x1, sendo que x2 é maior que x1. Observando as suas res-
–1 1 2 x pectivas imagens bx2 e bx1, conclui-se que bx2 é maior que bx1.
Assim, quando b é maior do que 1, pode-se resumir o raciocí-
lm(f ) =  *+ nio aplicado como segue:
x2 > x1 ⇔ bx2 > bx1
b. y
B.2. Base maior que 0 e menor que 1
16 Para a base b maior que 0 e menor que 1, o estudo da fun-
ção exponencial f(x) = bx mostrou que a função é decrescen-
te, assim, ao aumentar o valor de x, a correspondente imagem
bx diminuirá. Veja o próximo gráfico.
y
f(x) = bx
bx1 0<b<1
4
1
4 bx2
–2 –1 1 x
1
lm(g) =  *+
EMI-15-70

x1 x2 0 x
Nele, os dois elementos do domínio x2 e x1, com x2 maior b. Para resolver uma inequação exponencial bf(x) > bg(x),

12
que x1, têm suas respectivas imagens bx2 e bx1 no sentido in- com b > 1, deve-se observar que a função envolvida
verso, isto é, bx1 é menor que bx2 . Assim, quando bx é maior no estudo, f(x) = bx, é crescente. Assim, os expoentes

211
que zero e menor que 1, resume-se: devem ser comparados no mesmo sentido da desi-
x2 > x1 ⇔ bx2 < bx1 gualdade, isto é, f(x) > g(x), que representa uma nova
inequação, a qual será resolvida usando-se os métodos
C. Resolvendo uma inequação exponencial matemáticos que estiverem de acordo com o tipo da
nova inequação.
a. Para resolver uma inequação exponencial bf(x) > bg(x), Observar que o raciocínio é semelhante para a inequa-

Matemática
com 0 < b < 1, deve-se observar que a função envolvida ção bf(x) < bg(x).
no estudo, f(x) = bx, é decrescente. Assim, os expoen- Observar também a possibilidade de as potências
tes devem ser comparados no sentido inverso da desi- nas desigualdades não terem a mesma base. Nesse
gualdade, isto é, f(x) < g(x), que representa uma nova caso, será necessário recorrer ao uso dos logaritmos,
inequação, a qual será resolvida usando-se os métodos assunto a ser estudado posteriormente.
matemáticos que estiverem de acordo com o tipo da
nova inequação.

APRENDER SEMPRE 7

Matemática e suas Tecnologias


03.
()
01. 1 x
2 −4
4x

Resolver, em IR, a inequação 53x + 2 < 5x + 6. Dada a função y = , encontre os valores reais de
2
x para os quais 1 < y < 32.
Resolução
A base é igual a 5, que é um número maior que 1. As- Resolução

()
sim, a função f(x) = 5x é crescente, e os expoentes dever ser x2 −4 x
1
comparados usando-se a desigualdade no mesmo sentido. y=
2
Dessa forma, deve-se resolver a inequação do primeiro
( 12 )
x2 −4 x
grau 3x +2 < x +6. 1 < y < 32 ⇒ 1 < < 25 ⇒
3x + 2 < x +6
() () ()
2
3x – x < 6 – 2 1 0 1 x −4x 1 −
−5
⇒ < < ⇒
2x < 4 2 2 2
x<2 0 > x − 4x > −5
2

S = {x ∈ | x < 2} ⇒ −5 < x2 − 4x < 0


(I) x2 − 4x > −5

29
02.
() ()
x2 − 4 x + 5 > 0
1 5x+7 1 88xx−5
Resolver, em IR, a inequação > . ∆> 0
3 3
Resolução
A base é igual a 1 , que é um número maior que 0 e
3
()
x
menor que 1. Assim, a função f ( x ) = 1 é decrescente, e x
3
os expoentes dever ser comparados usando-se a desigual- A desigualdade é verificada para qualquer valor real de x
SI = R
dade no sentido inverso. (II) x2 – 4x < 0
Dessa forma, deve-se resolver a inequação do primeiro Raízes: 0 e 4
grau 5x + 7<8x – 5.
5x + 7 < 8x – 5
5x – 8x < –5 – 7 0 4 x
–3x <–12
3x > 12 SII = {x ∈ | 0 < x < 4}
x>4 De (SI) ∩ (SII), temos:
S = {x ∈ | x > 4} S = {x ∈ | 0 < x < 4}
EMI-15-70
5. Organizador gráfico
12
211

bx > by
x>y x<y
b>1 0<b<1
Matemática

Equação Função Inequação


exponencial exponencial exponencial
Matemática e suas Tecnologias
30

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 38

12
Equação exponencial

211
Exercícios de Aplicação
01. 03. UEFS-BA

Matemática
Resolver, em , a equação 5x = 625 O produto das soluções da equação (43 – x)2 – x = 1 é:
a. 0
Resolução
b. 1
5x = 625 c. 4
Escrevendo 5x e 625 na forma de potência de mesma d. 5
base (base 5), tem-se: e. 6
x
5x = 2 5x = 5 2 Resolução
625 = 54 (43 – x)2 – x = 1
Substituindo essas potências na equação original, vem 4(3 – x) · (2 – x) = 40
que:

Matemática e suas Tecnologias


x (3 – x) · (2 – x) = 0
52 = 54
x = 3 ou x = 2
Aplicando a propriedade, segue que:
∴P=3·2=6
x
=4 Alternativa correta: E
2
Habilidade
x=8
Resolver uma equação exponencial.
S = {8}

02.
Resolver, em , a equação 5x + 5x + 1 = 150
Resolução
5x + 5x + 1 = 150
5x + 5x · 51 = 150
6 · 5x = 150

31
150
5x =
6
5x = 25
5x =52
x=2
S = {2}
EMI-15-70
Exercícios Extras
12

04. Uespi 05. Uespi


211

2
Quantos números reais satisfazem a equação Resolver, em IR, a equação 222x +1 = 256
(x2 – 5x + 7)x + 1 = 1?
a. 0 d. 3
b. 1 e. 4
c. 2
Matemática

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, desenvolvemos um estudo sobre equações exponenciais, sendo a primeira parte específica sobre as equa-
ções exponenciais simples.
Insistir na ideia elementar de que se deve tentar obter uma igualdade de potências de mesma base para, em seguida, aplicar
a propriedade que garante expoentes iguais quando há a igualdade de duas potências de mesma base, com a base positiva e
diferente de 1.
Matemática e suas Tecnologias

Alertar para o fato de que é possível haver, em uma equação qualquer, variável na base e no expoente, a exemplo do que
ocorre no exercício extra de número 4; nessa situação é preciso analisar a base e o expoente, organizando a resolução da equa-
ção em casos a serem analisados separadamente.
Em situações como as apresentadas no exercício de aplicação 2 e no exercício extra 5, recomenda-se não usar a substitui-
ção de variável nas correções, pois este assunto será tratado com mais profundidade no módulo adiante.
Bom trabalho!
32

EMI-15-70
Exercícios Propostos

12
Da teoria, leia os tópicos 1A, B e C. 13. PUC-SP

211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Se 28 · 55 = 0,8 · 108, então n é igual a:
a. 6
b. 5
06. c. –1
Resolver, em , a equação 72 – x = 343 d. 2
e. –3

Matemática
07.
Resolver, em , a equação 3x + 3x – 1 = 324 14. ESPM-SP
 (0,2)5x+y = 5
O valor de y no sistema  é igual a:
 (0,5) = 2
2x–y
08.
Resolver, em , a equação 3 101−x = 0,00001 a. − 5
2
09. Unimep-SP b. 2
7
O valor de x que torna verdadeira a sentença
2
(0, 125)x = 0,5 é: c. −
5
a. – 3
3

Matemática e suas Tecnologias


b. + 3 d.
5
1
c. − 3
3 e.
2 7
d. − 15. FGV-SP
3
e. +
1 A raiz da equação (5x − 5 3 )⋅(5x + 5 3 ) = 50 é:
3
2
a. −
10. 3
3
Resolver, em , a equação 32x–1 = 81 b. −
2
11. 3
c.
2
Resolver, em , a equação 5 21+x = 1024
d. 2
12. PUC-RS 3
Se 223x = 256 , então x pertence ao intervalo: e. 1

33
2
a. (0; 1)
b. (0; 2) 16. UFPR
Para verificar a igualdade 2⋅ 42x + 3 = 256 , x deve valer:
2
c. (1; 2)
d. (1; 3) a. 0
e. (2; 3) b. +1
c. –1
d. ±1
e. ± 2
EMI-15-70
Módulo 39
12

Equação exponencial com variável auxiliar


211

Exercícios de Aplicação
01. 03.
Matemática

Resolver, em , a equação 3x + 1 + 3x = 108 A soma das raízes da equação 25x – 26 · 5x = – 25, resol-
vida em , é:
Resolução
a. 0
3x + 1 + 3x = 108 b. 2
3x · 31 + 3x = 108 c. 25
Substituir 3x pela variável t. d. 26
t · 3 + t = 108 e. 47
4 · t = 108 Resolução
108
t= 25x – 26 · 5x = –25 ⇔ (52)x – 26 · 5x = – 25 ⇔
4
⇔(5x)2 – 26 · 5x + 25 = 0
Matemática e suas Tecnologias

t = 27 5x = t
3x = 27 t2 – 26 · t + 25 = 0

}
3x = 33
S = 26 t = 25 ou t = 1
x=3 P = 25
S = {3}
5x = 1 ou 5x = 25
5x = 50 ou 5x = 52
x = 0 ou x = 2
S = {0; 2}
Alternativa correta: B
02.
Habilidade
Resolver, em , a equação 22x – 12 · 2x + 32 = 0
Resolver uma equação exponencial.
Resolução
22x – 12 · 2x + 32 = 0
34

22x = (22)x = (2x)2


22x = (2x)2
(2x)2 – 12 · 2x + 32 = 0
Fazendo a mudança de variável de 2x por t, vem que:
t2 – 12 · t + 32 = 0
O problema recai em uma equação do 2o grau.
t2 – 12 · t + 32 = 0

}
S = 12  t1 = 4

⇒ ou
P = 32
 t2 = 8
Encontramos dois valores para o t, e, como t é igual a 2x,
encontramos duas equações exponenciais simples.
2x = 4 (I) ou 2x = 8 (II)
Resolvendo a equação (I):
2x = 4
2x = 22
x=2
Resolvendo a equação (II):
2x = 8
2x = 23
x=3
S = {2, 3}
EMI-15-70
Exercícios Extras

12
04. Enem 05. Enem

211
Resolvendo a equação 3 · 22x – 5 · 2x– 152 = 0 no con- Resolver, em , a equação 25x – 130 · 5x + 625 = 0
junto dos números reais, pode-se afirmar que:
a. há duas raízes reais de sinais distintos.
b. há duas raízes reais de mesmo sinal.
c. uma das raízes é nula.
d. há somente uma raiz, e esta é par.

Matemática
e. há somente uma raiz, e esta é múltipla de 3.

Seu espaço
Sobre o módulo
Este módulo aprofunda o estudo sobre equações exponenciais.
Recordar com os alunos a propriedade (am)n = am · n, chamando a atenção deles para a possibilidade de mudança da po-
sição dos expoentes, uma vez que a ordem dos fatores não altera o produto, isto é, pode-se escrever que (am)n = am · n = (an)m.

Matemática e suas Tecnologias


Resolver todos os exercícios usando mudança de variável.
Comentar que a mudança de variável é importante, pois é possível perceber com mais clareza outras equações que também
estejam envolvidas na resolução desse tipo de equação, sendo recorrente o fato de se recaírem equações do 1o ou do 2o grau.
Alertar para o fato de que as propriedades de potenciação são ferramentas extremamente importantes para a resolução dos
exercícios propostos para este módulo.
Bom trabalho!

35
EMI-15-70
Exercícios Propostos
12

Da teoria, leia os tópicos item 2. 13.


211

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O produto das raízes reais da equação 4x – 5 · 2x = – 4 é:


a. 0
b. 1
06. c. 2
Resolver, em , a equação 2x – 1 + 2x + 2x + 1 = 224 d. 4
e. 5
Matemática

07.
Resolver, em , a equação 52x + 125 = 6 · 5x + 1 14.
Resolver, em , a equação 4x – 2x+2 = 32
08.
Resolver, em , a equação 49x – 6 · 7x = 7 15.
O valor de x na equação 2x+1 − 7x−1 + 2x−2 = 1x−2 é:
09. 2 2
a. 3 d. 4
Em relação à solução da equação 4x – 4x – 1 = 24, no con-
4 3
junto dos números reais, pode-se afirmar corretamente que:
a. há duas raízes inteiras e positivas.
b. 2 e. 1
Matemática e suas Tecnologias

b. há duas raízes inteiras e negativas. 3 3


c. há duas raízes inteiras, uma positiva e outra negativa.
d. há apenas uma raiz, que é um número irracional. c. 3
2
e. há apenas uma raiz, que é um número racional.

10. 16. ITA-SP


Resolver, em , a equação 10x – 1 + 10x = 0,011 A soma das raízes reais positivas da equação
4 x2 – 5·2x2 + 4 = 0 vale:
11. a. 2
Resolver, em , a equação 32x – 28 · 3x + 27 = 0 b. 5
c. 2
12. d. 1
Em relação ao número real x que satisfaz a equação e. 3
5x + 5x+1 – 5x–1 = 3 625, pode-se afirmar corretamente que:
a. x é um número inteiro e ímpar.
b. x é um número inteiro e múltiplo de 3.
36

c. x é um número irracional.
d. x é um número racional não inteiro.
e. x é um número par.

EMI-15-70
Módulo 40

12
Função exponencial

211
Exercícios de Aplicação
01. 02. UFRJ

Matemática
Considerando a função real definida por f(x) = 2x – 2, faça Considerando a função real definida por g(x) = 2–x + 3,
o que se pede. faça o que se pede.
a. Esboce o gráfico da função. a. Esboce o gráfico da função.
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. b. Determine seu conjunto imagem e domínio.
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de
uma função crescente, decrescente ou constante? uma função crescente, decrescente ou constante?
Resolução Resolução
a. f(x) = 2x – 2 a. g(x) = 2–x + 3

y g(x) = ()
1 x
+3

Matemática e suas Tecnologias


2x 2

2 y
5
1 f(x)
1 4
2 3,5 g(x)
–1 0 1 x
x 3
–1 1
–1,5 2 2
1
2 1
2
–1 0 1 x
b. lm = {y ∈ | y > –2}
D= b. lm = {y ∈ | y > 3}

37
c. Trata-se de uma função crescente. D=
c. Trata-se de uma função decrescente.
EMI-15-70
03. Fuvest-SP Resolução
12

Seja f(x) = a + 2bx + c, em que a, b e c são números reais. f(x) = a + 2bx + c, com a, b e c números reais.
A imagem de f é a semirreta ]–1, ∞[ e o gráfico de f intercepta Temos:

( )
211

2bx + c > 0 para todo x real


os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e 0, –3 . Então, o
4 a + 2bx + c > a
produto abc vale:
∴ f(x) > a (I)
a. 4 Do enunciado, vem: f(x) > –1 (II)
b. 2 De (I) e (II), temos: a = –1
c. 0
( )
Matemática

3 3 3 3
d. –2 0, − ∈f ⇒ f(0) − ⇒ a + 2c = − ⇒− 1 + 2c = −
4 4 4 4
e. –4
1 −2
∴ 2c = = 2 ⇒ c = −2
4
(1,0) ∈f ⇒ f(1) = 0 ⇒ a + 2b+ c = 0 ⇒−1 + 2b−2 = 0
∴ 2b – 2 = 1 = 20 ⇒ b = 2
Assim:
a · b · c = (–1) · 2 · (–2) = 4
Alternativa correta: A
Matemática e suas Tecnologias

Habilidade
Resolver problemas que envolvam função exponencial.

Exercícios Extras
04. UFRGS-RS 05. UFPR
Considere a função f tal que f ( x ) = k +
4()
5 2x−1
, com k > 0. Um grupo de cientistas decidiu utilizar o seguinte mode-
lo logístico, bastante conhecido por matemáticos e biólogos,
Assinale a alternativa correspondente ao gráfico que
para estimar o número de pássaros, P(t), de determinada es-
pode representar a função f.
500
pécie numa área de proteção ambiental: P ( t ) = , sen-
a. y d. y 1 + 22− t
do t o tempo em anos e t = 0 o momento em que o estudo foi
iniciado.

a. Em quanto tempo a população chegará a 400 indiví-


38

duos?
b. À medida que o tempo t aumenta, o número de
pássaros dessa espécie se aproxima de qual valor?
0 x 0 x Justifique sua resposta.

b. y e. y

0 x

0
x

c. y

0 x
EMI-15-70
Seu espaço

12
Sobre o módulo

211
Neste módulo, desenvolvemos um estudo sobre a função exponencial.

( 12 ) , pois, embora
x
Como introdução para a aula deste módulo, recomendamos construir os gráficos das funções f(x) = 2x e f ( x ) =
tais gráficos sejam apresentados na teoria, a construção deles em sala de aula, com a participação dos alunos, poderá colaborar
no estudo extraclasse. Da mesma forma, os dois primeiros exercícios de aplicação utilizam tais gráficos como ponto de partida.

Matemática
Ainda no tratamento gráfico, enfatizar quando a função exponencial é crescente ou decrescente, pois o domínio deste tipo
de conhecimento será importante para o desenvolvimento do estudo sobre inequações exponenciais.
Orientar os alunos para que estejam atentos a situações em que seja necessário discutir o valor de parâmetros, como ocor-
re, por exemplo, no exercício de aplicação de número 3.
Bom trabalho!
<http://tube.geogebra.org/student/m98292>.
Neste link, é possível manusear gráficos de funções exponenciais, alterando o valor da base e verificando o
comportamento do respectivo gráfico.

Matemática e suas Tecnologias


Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 3A, B, C e D. c. Após 30 minutos do início do experimento, qual será o
número aproximado de bactérias?

39
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
d. Quanto tempo levará para atingir 1 024 000 bactérias?

06.
Considerando a função real definida por f(x) = 3x, faça o 09. FGV-SP
que se pede. Um computador desvaloriza-se exponencialmente em
a. Esboce o gráfico da função. função do tempo, de modo que seu valor y, daqui a x anos,
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. será y = A · kx, em que A e k são constantes positivas. Se hoje
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de o computador vale R$ 5.000,00 e valerá a metade desse valor
uma função crescente, decrescente ou constante? daqui a 2 anos, seu valor daqui a 6 anos será:
a. R$ 625,00 d. R$ 600,00
07. b. R$ 550,00 e. R$ 650,00
Considere a função real definida por g(x) = 3–x e faça o c. R$ 575,00
que se pede.
a. Esboce o gráfico da função. 10.
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. Para cada função real definida a seguir, esboce o gráfico,
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de determine o conjunto imagem e domínio e indique qual é a
uma função crescente, decrescente ou constante? monotonicidade (crescente, decrescente ou constante).
a. f(x) = 5x

()
08.
1 x
Num filme de ficção científica, foi dito que o crescimento b. g ( x ) =
5
populacional de certa bactéria, em condições experimentais
e controladas, obedeceria à lei f(t) = 1 000 · 2t, sendo f(t) o 11. UFES
número de bactérias e t o tempo (em horas). Em uma população de micro-organismos, o número de
a. Qual o número de bactérias no instante inicial do ex- indivíduos no instante t horas é f(t) = a · 100t, sendo a um
EMI-15-70

perimento? número real positivo. Calcule o valor de a para que o número


b. Após 3 horas, qual será o número de bactérias? de indivíduos no instante t = 3 seja igual a 2 bilhões.
12. Fuvest-SP 15. UEL-PR
12

Das alternativas a seguir, a que melhor corresponde ao A espessura da camada de creme formada sobre um café
gráfico da função f(x) = 1 – 2–|x| é: expresso na xícara, servido na cafeteria A, no decorrer do tem-
211

po, é descrita pela função E(t) = 1 · 2bt, em que t ≥ 0 é o tem-


a. d. y po (em segundos) e a e b são número reais. Sabendo-se que,
y
inicialmente, a espessura do creme é de 6 milímetros e que,
1 depois de 5 segundos, reduziu-se em 50%, qual a espessura
1
depois de 10 segundos?
x x Apresente os cálculos realizados na resolução da questão.
Matemática

–1
16. Unifesp
A figura 1 representa um cabo de aço preso nas extremi-
b. e. dades de duas hastes de mesma altura h em relação a uma
y y plataforma horizontal. A representação dessa situação num
2
sistema de eixos ortogonais supõe a plataforma de fixação
1 1
das hastes sobre o eixo das abscissas; as bases das hastes
como dois pontos, A e B; e considera o ponto O, origem do sis-
x x
tema, como o ponto médio entre essas duas bases (figura 2).
O comportamento do cabo é descrito matematicamente pela
()
Matemática e suas Tecnologias

x
função f ( x ) = 2x + 1 com domínio [A, B].
c. y 2
1

13. UFAC
Se a e b são números reais e a função f, definida por
f(x) = a · 2x + b, para todo x real, satisfaz f(0) = 0 e f(1) = 1,
então a imagem de f é o intervalo: Figura 1
a. ]1, + ∞ [
b. ]0, + ∞ [
c. ]–∞ ,1[ y
d. ]–1, 1 [
e. ]–1, +∞ [
40

14. UFU-MG
Na elaboração de políticas públicas que estejam em con-
formidade com a legislação urbanística de uso e ocupação
A O B x
do solo em regiões metropolitanas, é fundamental o conhe-
cimento de leis descritivas do crescimento populacional ur- Figura 2
bano.
Suponha que a lei dada pela função p(t) = 0,5 · (2kt) a. Nessas condições, qual a menor distância entre o
expresse um modelo representativo da população de uma cabo e a plataforma de apoio?
cidade (em milhões de habitantes) ao longo do tempo t (em b. Considerando as hastes com 2,5 m de altura, qual
anos), contado a partir de 1970, isto é, t = 0 corresponde ao deve ser a distância entre elas se o comportamento
ano de 1970, sendo k uma constante real. do cabo seguir precisamente a função dada?
Sabendo que a população dessa cidade em 2000 era de
1 milhão de habitantes:
a. extraia do texto dado uma relação de forma a obter o
valor de k;
b. segundo o modelo de evolução populacional dado,
descreva e execute um plano de resolução que pos-
sibilite estimar em qual ano a população desta cidade
atingirá 16 milhões de habitantes.
EMI-15-70
Módulo 41

12
Inequações exponenciais

211
Exercícios de Aplicação
01. 02.

Matemática
Resolver em a inequação πx–1 > π5–x Resolver em a inequação (0,1)2x+5 ≤ (0,1)–x–7
Resolução Resolução
πx–1 > π5–x (0,1)2x+5 ≤ (0,1)–x–7
Como a base é maior que 1, a função exponencial f(x) = πx Como a base é maior que 0 e menor que 1, a função ex-
é crescente. Dessa forma, deve-se comparar os expoentes ponencial f(x) = (0,1)x é decrescente.Dessa forma, deve-se
utilizando a desigualdade no mesmo sentido da desigualda- comparar os expoentes utilizando a desigualdade no sentido
de que compara as imagens. inverso do sentido da desigualdade que compara as imagens.
x–1>5–x 2x + 5 ≥ –x – 7
x+x>5+1 2x + x ≥ –7 – 5

Matemática e suas Tecnologias


2x > 6 3x ≥ –12
x>3 x≥4
S = {x ∈ | x > 3} S = { x eR | x ≥ –4}

41
EMI-15-70
03. Udesc Resolução
12
x+3 (x−2)(x+3)
O conjunto solução da inequação  3 (2x−2 )  > 4 x é: ( 3 2(x−2) )x+3 > 4 x ⇒ 2 2 > 22x ⇒
a. S = {x ∈ | –1 < x < 6} (x + 1)(x–6) > 0
211

b. S = {x ∈ | x< –6 ou x > 1}
c. S = {x ∈ | x < – 1 ou x > 6}
d. S = {x ∈ | –6 < x < 1}
e. S = {x ∈ |x < − 6 ou x > 6 }
–1 6
Matemática

Alternativa correta: C
Habilidade
Resolver uma inequação exponencial.
Matemática e suas Tecnologias

Exercícios Extras
04. Unifesp 05.
Sob determinadas condições, o antibiótico gentamicina, Determine o domínio da função real definida por
quando ingerido, é eliminado pelo organismo à razão de me- 1
tade do volume acumulado a cada 2 horas. Daí, se k é o vo- f (x) = x
2 − 5 + 4 ⋅2 − x
lume da substância no organismo, pode-se utilizar a função

()
t
1 2 para estimar a sua eliminação depois de um tem-
f(t)=k ⋅
2
po t, em horas. Nesse caso, o tempo mínimo necessário para
que uma pessoa conserve no máximo 2 mg desse antibiótico
no organismo, tendo ingerido 128 mg numa única dose, é de:
a. 12 horas e meia.
42

b. 12 horas.
c. 10 horas e meia.
d. 8 horas.
e. 6 horas.

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, apresentamos um estudo sobre inequações exponenciais.
Como sugestão, recomenda-se fazer uma breve revisão da monotonicidade (crescente, decrescente ou constante) da
função exponencial, enfatizando a manutenção ou a inversão da desigualdade usada na comparação das imagens (f(x) = bx)
e dos expoentes, sendo que as desigualdades apresentarão o mesmo sentido quando a função for crescente, fato que ocorre
quando a base é maior que um; ou as desigualdades aparecerão em sentidos invertidos quando a função for decrescente, o
que ocorre quando a base está entre zero e um.
Em cada inequação resolvida, relacionar a monotonicidade da função e a base para que o aluno procure apreender quando
a desigualdade se inverte ou quando se mantém.
Há exercícios que pedem o domínio de função, como é o caso do exercício extra número 5. Sugerimos que observe, inicial-
mente, se os alunos se lembram de que o radicando é não negativo quando o índice do radical é par. Caso contrário, fazer uma
rápida revisão desse tipo de situação.
EMI-15-70

Bom trabalho!
Exercícios Propostos

12
Da teoria, leia os tópicos item 4A, B, C e D. 13.
()
x2 − x
1

211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O conjunto solução da inequação > 1 é:
2
a. {x ∈ | 0 < x < 1}
b. {x ∈ | x < 0 ou x > 1}
06. c. {x ∈ | –1 ≤ x ≤ 1}
Resolver em a inequação 102x – 3 < 1012–3x d. {x ∈ | x ≤ 0}
e.

Matemática
07.
Resolver em a inequação (0,25)–2x+2 ≥ (0,25)x–10 14. Udesc
Sejam f e g as funções definidas por
08. 35
f ( x ) = (25)x − 2⋅(5)x − 15 e g ( x ) = x2 − x − .
Determine o domínio da função real definida por 4
3 Se A é o conjunto que representa o domínio da função f e
g(x) = x+1
2 −8 B = {x | g(x) 0}, então o conjunto BIA c é:

09. UFRGS-RS a. {x ∈ | −5 ≤ x < 7 }


A solução da inequação (0,5)(1–x) > 1 é o conjunto: 2 2
7

Matemática e suas Tecnologias


a. {x ∈ | x > 1} b. {x ∈ | x ≥ }
b. {x ∈ | x <1} 2
c. {x ∈ | x >0} c. {x ∈ | x ≤ −5 ou x > 7 }
d. {x ∈ | x < 0} 2 2
e. d. {x ∈ | −5 ≤ x < 1}
2
10. e. {x ∈ | x ≤ –3 ou x ≥ 5}
Resolver, em as inequações:
15.
()
x+1
1 x
()
 2x 
()
− x−3
a.
5
− 625 > 0 Resolva, em , a inequação  3  ≤ 4
 4  3
b. ( 2 ) ≤ ( 7 )
1− x 2x+3

7 2 16. AFA-RJ
Todos os valores reais de x para os quais existe
11. f ( x ) = x 4x−1 − x são tais que:
Resolva, em , a inequação 4x – 12 · 2x + 32 < 0

43
a. x > 1

12. 1
b. 0 < x < ou x ≥ 1
2
O conjunto solução da inequação 2x+1 > 1 é: 1
a. S = {x ∈ | x < 1} c. 0 < x <
2
b. S = {x ∈ | x > – 1} 1
c. S = {x ∈ | x < 2} d. 0 < x < ou x > 1
2
d. S = {x ∈ | x <12}
e. S = {x ∈ | x < – 1}
EMI-15-70
1. Logaritmos 46
2. Organizador gráfico 48
Módulo 42 – Logaritmos: definição 49

• Obter o valor de um logaritmo com base


na definição.
• Aplicar o significado de logaritmo para
a representação de números muito
grandes ou muito pequenos, em
diferentes contextos.

JAMES MATTIL/SHUTTERSTOCK
Logaritmos – Parte I 13
45

Entre as diversas utilizações do logaritmo, menciona-se o cálculo da intensi-


dade sonora que permite inferir até que ponto determinada onda sonora pode ser
tolerada pelo ouvido humano. Também se menciona a espiral conhecida como es-
piral logarítmica, que pode ser encontrada de forma bem aproximada em alguns
elementos da natureza, como o corte de uma concha de Nautilus ou uma tempes-
tade.
1. Logaritmos
13
211
Matemática

SAULO MICHELIN / PEARSON BRASIL


NATIONAL GALLERIES OF SCOTLAND

Henry Briggs
Matemática e suas Tecnologias

John Napier Henry Briggs (1561-1630), foi um professor


de Geometria do Gresham College, de Londres,
John Napier (Edimburgo, 1550-4 de abril de e depois professor em Oxford.
1617) foi um matemático, físico, astrônomo, as- Briggs era um matemático impressionado
trólogo e teólogo escocês. com o poder dos logaritmos a ponto de visitar
Ele é mais conhecido como o descodificador seu inventor, John Napier, em Edimburgo, Es-
do logaritmo natural (ou neperiano) e por ter cócia. Para obter os logaritmos, era sempre útil
popularizado o ponto decimal. Na decodifica- ter tabelas de consulta, tábuas de cálculo. Nes-
ção dos logaritmos naturais, Napier usou uma se encontro, em Edimburgo, “Napier e Briggs
constante que, embora não a tenha descrito, foi concordaram que as tábuas seriam mais úteis
a primeira referência ao notável “e”, descrito se fossem alteradas de modo que o logaritmo
quase 100 anos depois por Leonhard Euler e de 1 fosse 0 e o logaritmo de 10 fosse uma po-
que se tornou conhecido como número de Eu- tência conveniente de 10, nascendo assim os
ler ou número de Napier logaritmos briggsianos ou comuns” ou os loga-
Napier tinha a matemática como passatempo. ritmos de hoje em dia.
46

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/


John_Napier>. Acesso em: 10 dez. 2014. Henry_Briggs>. Acesso em: 10 dez. 2014.

A. Introdução 1
• 3 é o expoente da base para que a potência tenha
2
Acompanhe a tabela na qual x indicará o expoente da resultado igual a 1 .
base apresentada na primeira coluna para fornecer a potên- 8
cia indicada na segunda coluna. • 5 é o expoente da base 10 para que a potência tenha
resultado igual a 100 000.
Base Potência Valor do x
2 8 2 =8
x
3 O expoente de determinada base para que a potência te-
nha certo valor é, na linguagem atual, conhecido por logaritmo.
3 81 3x = 81 4
Como em diversas situações da evolução de uma ciência,
5 25 5x = 25 2 certos assuntos são apresentados recorrendo-se a uma notação,

( 12 ) = 18
x nesse caso, a nova notação está indicada na coluna que foi acres-
1 1
3 cida à tabela anterior e apresentada na nova tabela a seguir.
2 8
Valor
10 100 000 10x = 100 000 5 Base Potência Nova notação
do x
2 8 2x = 8 3 x = log2 8 = 3
Analisando essa tabela, pode-se afirmar que:
• 3 é o expoente da base 2 para que a potência tenha 3 81 3 = 81
x
4 x = log3 81 = 4
resultado igual a 8. 5 25 5x = 25 2 x = log5 25 = 2

( 12 ) = 18 ( 18 ) = 3
• 4 é o expoente da base 3 para que a potência tenha 1 1 x

resultado igual a 81. 3 x = log 1


2 8 2
EMI-15-70

• 2 é o expoente da base 5 para que a potência tenha


resultado igual a 25. 10 100 000 10x = 100 000 5 x = log10 100 000 = 5
Assim, quando aparecer a notação log2 8, deve-se enten- diferente de 1. Além disso, o resultado de bx será sempre po-

13
der que se trata de um número que será o expoente da base 2 sitivo, pois a base é um número positivo. Organizando esses
para dar como resultado da potência valor igual a 8. argumentos, conclui-se que “b > 0; b ≠1 e a > 0”, que foram

211
impostos na definição e são conhecidos como condição de
B. Definição existência do logaritmo representado por logb a.
Dados os números reais positivos a e b, com b diferen-
te de 1, define-se o logaritmo de a na base b, como sendo o Exemplos
número real x, que será o expoente de b para que a potência 1. Para quais valores reais de x existe log2 (5 – x)?
bx tenha resultado igual ao número real a. Como a frase “loga- Resolução

Matemática
ritmo de a na base b” na forma abreviada é representada pelo 5–x>0
símbolo logba, pode-se apresentar a definição como segue. 5>x
logb a = x ⇒ bx = a, a > 0, b > 0 e b ≠ 1 x<5
Na representação logb a = x, b é chamado de base do loga- O logaritmo existe se x pertencer ao conjunto
ritmo, a é o logaritmando e x é o logaritmo. {x ∈ | x < 5}
Embora a tradução da palavra logaritmo não seja a pala- 2. Qual é a condição para existir o logaritmo log(x–3) 8?
vra expoente, segue que, na visão moderna de logaritmo, é Resolução
importante ter em mente que o logaritmo é expoente. x–3>0ex–3≠1
Assim, quando for apresentado log2 8, deve-se ter em x>3ex≠4
mente que o número que esse símbolo representa é o ex- O log(x–3) 8 existe se x pertencer ao conjunto

Matemática e suas Tecnologias


poente da base 2 para que a potência tenha resultado igual {x ∈  | x > 3 e x ≠4}
ao logaritmando 8. Dessa forma, tem-se que log2 8 = 2, pois
23 é igual a 8. E. Consequências imediatas da definição
Exemplos
a. log2 16 = 4, pois 24 = 16 E.1. logb b = 1, pois b1 = b
b. log3 81 = 4, pois 34 = 81
c. log10 100 000 = 5, pois 105 = 100 000 E.2. logb 1 = 0, pois b0 = 1
d. log2(–4) não existe, pois 2a é um número positivo
para qualquer valor de a. E.3. logb bn = n, pois bn = bn
e. log(–2) não existe, pois, para qualquer valor de a a
igualdade (–2)a = 8 não ocorre. E.4. blogb a = a

()
−3
Justificativa
f. log 1 8 = −3 , pois 1 = (2−1 )−3 = 23 = 8
2 2 Considere que logb a = a
g. log1 5 não existe, pois 1a ≠ 5 para qualquer valor de a. logb a = a > ba = a
Na última igualdade, ao trocar a por logb a, seguirá que
C. Logaritmo com notação especial blogb a = a, sendo que isso é o que queríamos provar.

47
Exemplo
(1+log 3)
C.1. Logaritmo decimal: log10 a = log a Determinar o valor de 5 5
Resolução
C.2. Logaritmo neperiano: loge a = n a, em Das propriedades das potências, temos
que e = 2,71828182... é um número irracional, 5(1+log5 3) = 51 ⋅5log5 3
conhecido também como número de Euler. Das consequências da definição de logaritmos,
vem que 5log5 3 = 3
D. Condição de existência Dessa forma, segue que:
O logaritmo, logb a, é um expoente x que deve satisfazer a 5(1+log5 3) = 5⋅3 = 15
igualdade bx = a. Ocorre que a igualdade bx = a pode ser enten-
dida com uma equação exponencial e, de acordo com o estu- 5(1+log5 3) = 15
do das equações exponenciais, a base b deve ser positiva e

APRENDER SEMPRE 8
01. Resolução

( 14 ) = 32 ⇒(4
x
O valor de logg 1 3
32 é: logg 1 32= x⇒
32 ⇒ ) = 32 ⇒
−1 x
(4) 4
4 d. –1
a. ⇒ 4 − x = 32 ⇒ 2−2 x = 25 ⇒
5
5
2 e. − 5 ⇒ −2x = 5 ⇒ x = −
2
b. − 2
5 Alternativa correta: E
c. 1
5
EMI-15-70
13
02. Unesp 03. PUC-SP
O logaritmo de 4 na base 0,8 é: Logππ1 000 é igual a:
5
e. π
211

a. logg 5 0
0,8 a. π c. 3
4 b. 103 d. π3 3
5
b. log 0,5
4 Resolução
c. log0,8 1
Logππ1 000 = x ⇒ πx = π1 000 ⇒ x = 1 000 = 103
Matemática

d. log8 8 Alternativa correta: B


e. 16
25 04.
Resolução Determinar o valor de 2(3+llog2 8) .
4 4
log 0,8 = x ⇒ 0,8x = ⇒0,
⇒0,8
⇒ 8x = 0,8 ⇒
0,8
5 5 Resolução
x = 1 = logg 8 8 2(3+log2 8) = 23 ⋅2log2 8 = 8⋅8 = 6
64
Alternativa correta: D 2(3+log2 8) = 6
64
Matemática e suas Tecnologias

2. Organizador gráfico

Logaritmo
logb b = 1
log a logb 1 = 0
logb bn = n
n a
blogba = a
48

Notações Consequências
especiais da definição

logb a = x ⇔ bx = a
(a > 0, b > 0 e b ≠ 1)

Definição

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 42

13
Logaritmos: definição

211
Exercícios de Aplicação
01. 02.

Matemática
Em cada item, escreva x usando a notação de logaritmo. Encontre o valor de E em cada situação a seguir.
a. 2x = 3 ⇔ a. E = log2 256
b. 3x = 5 ⇔ b. E = log5 625
c. 10x = 8 ⇔ c. E = log0,1 1 000
d. ()
2 x
5
=3⇔
d. E = log11 11 + log π 1 + log e e47 + 5log5 2

Resolução
Resolução a. E = log2 256
a. 2x = 3 ⇔ x = log2 3 E = log2 256 ⇒ 2E = 256
b. 3x = 5 ⇔ x = log3 5 2E = 28

Matemática e suas Tecnologias


c. 10x = 8 ⇔ x = log10 8 E=8
()
x
d. 2 = 3 ↔ x = log 3 b. E = log6 625
5 ( 25 )
E = log5 625 ⇒ 5E = 625
5E = 54
E=4
c. E = log0,1 1 000
E = log0,1 1 000 ⇒ (0,1)E = 1 000

( )
1 E
10
= 103

(10–1)E = 103
10–E = 103
–E = 3
E=–3

49
d. E = log11 11 + log π 1 + log e e47 + 5log5 2
E = 1 + 0 + 47 + 2
E = 50
EMI-15-70
03. Enem Mostrando que é possível determinar a medida por meio
13

A Escala de Magnitude de Momento (abrevia- de conhecimentos matemáticos, qual foi o momento sísmico
da como MMS e denotada como MW), introduzi- M0 do terremoto de Kobe (em dina · cm)?
211

da em 1979 por Thomas Haks e Hiroo Kanamori, a. 10–5,10


substituiu a Escala de Richter para medir a magni- b. 10–0,73
tude dos terremotos em termos de energia libera- c. 1012,00
da. Menos conhecida pelo público, a MMS é, no d. 1021,65
entanto, a escala usada para estimar as magnitudes e. 1027,00
de todos os grandes terremotos da atualidade. As-
Matemática

Resolução
sim como a escala Richter, a MMS é uma escala 2
logarítmica. MW e M0 se relacionam pela fórmula: MW = –10,7 + log10(MO)
3
2 MW = 7,3
MW = −10,7 + log10 (M0 )
3 Assim:
M0 é o momento sísmico (usualmente estimado –10,7 + 2 log10(MO) = 7,3
3
com base nos registros de movimento da
superfície, por meio dos sismogramas), cuja 2 log (M ) = 18
unidade é o dina · cm 3 10 O
O terremoto de Kobe, acontecido no dia 17 log10(MO) = 27
Matemática e suas Tecnologias

de janeiro de 1995, foi um dos terremotos que ∴ MO = 1027


causaram maior impacto no Japão e na comu- Alternativa correta: E
nidade científica internacional. Teve magnitude
Habilidade
MW = 7,3
U.S. GEOLOGICAL SURVEY. Historic earthquakes. Disponível em: <http:// Obter o valor de um logaritmo com base em sua definição.
www.earthquake.usgs.gov>. Acesso em: 1 mai. 2010. Adaptado.
50

Exercícios Extras
04. Udesc 05. UFU-MG
Sejam a e b números naturais para os quais Sabendo que a e b são números reais positivos, tais que
log(a+1) (b + 2a) = 2 e 1 + loga (b – 1) = a loga3 = 4 e logb 5 = 6, então (ab)12 é igual a:
Então, log3a (3b – a) é igual a: a. 675
2 b. 625
a. − c. 640
3
d. 648
2
b.
3
1
c.
2
1
d.
3
3
EMI-15-70

e.
2
Seu espaço

13
Sobre o módulo

211
Neste módulo, apresentamos a definição de logaritmo e propriedades imediatas da definição.
É importante insistir que o logaritmo, na visão moderna, é o expoente de uma potência para fornecer um resultado chamado
logaritmando.
Quando da definição, ao apresentar as condições de existência, buscar argumentos na potenciação. Dessa forma, recordar
que, para a função exponencial ter significado satisfatório, é necessário que a base seja positiva e diferente de 1. Esse fato irá

Matemática
ao encontro da condição de existência para a base dos logaritmos. No caso do logaritmando, fazer os alunos perceberem que se
trata de uma potência de base positiva e, sendo assim, o resultado será positivo, fornecendo, com isso, a condição de existência
do logaritmando.
No caso das propriedades imediatas, em que se procura um expoente para a base, de tal forma que o resultado seja o loga-
ritmando, buscar argumentos para tanto na definição.
Bom trabalho!

Matemática e suas Tecnologias


51
EMI-15-70
Exercícios Propostos
13

Da teoria, leia os tópicos 1A, B, C, D e E. Na Faculdade de Engenharia Elétrica, Arquimedes per-


guntou se existiria um instrumento para medir a intensidade
211

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento de sons. A intensidade de um som é medida na unidade co-
nhecida por decibel, usando-se o instrumento denominado
decibelímetro. Se um som tem intensidade I (em watts por
06.
metro quadrado), seu valor correspondente, em decibels, é
Em cada item, escreva x usando a notação de logaritmo.
a. 4x = 7 ⇔ c. (0,1)x = 11 ⇔  I
obtido pela fórmula matemática IdB = 10 log   , em que
Matemática

 I0 
()
b. 6x = 12 ⇔ x
d. 1 = 13 ⇔ I0 = 10 W/m representa a intensidade sonora de referência
–12 2
3
de um som muito fraco percebido pelo ouvido humano.
Se um som é de intensidade I = 10 W/m2, então o valor
07. correspondente, em decibels, desse som é:
Encontre o valor de x em cada situação. a. 90 b. 100 c. 110 d. 120 e. 130
a. x = log2 1 024
13. Vunesp
b. x = log 1 243
3 Se 10a = 3, log 729 é igual a:
c. x = log10 0,0001 a. a c. 6a e. 3a
Matemática e suas Tecnologias

d. x = log 29 29 + log e 1 + log π π 65 + (0,2) 0,2


log 8
a a
b. d.
3 6
08. UFSCar-SP 14.
Em notação científica, um número é escrito na forma A tabela abaixo possibilita calcular aproximadamente o
p · 10q, sendo p um número real tal que 1 ≤ p < 10 e q um nú- valor de 5 1000 .
mero inteiro. Considerando log 2 = 0,3, o número 2555, escrito
em notação científica, terá p igual a: N log N
a. 10 c. 2 e. 1,1 1,99 0,3
b. 3 d. 1,2 2,51 0,4
09. PUC-SP 3,16 0,5
Se x + y = 20 e x – y = 5, então o valor de log(x2 – y2)é: 3,98 0,6
a. 100 c. 25 e. 15 5,01 0,7
b. 2 d. 12,5
De acordo com os dados da tabela, esse valor aproximado é:
52

10. UEL-PR a. 1,99 c. 3,16 e. 5,01


Supondo que exista, o logaritmo de a na base b é: b. 2,51 d. 3,98
a. o número ao qual se eleva a para se obter b.
b. o número ao qual se eleva b para se obter a. 15. Unicamp-SP
c. a potência de base b e expoente a. Uma barra cilíndrica é aquecida a uma temperatura de
d. a potência de base a e expoente b. 740 °C. Em seguida, é exposta a uma corrente de ar a 40 °C.
e. a potência de base 10 e expoente a. Sabe-se que a temperatura no centro do cilindro varia de
acordo com a função T ( t ) = ( T0 – TAR )·10–12 + TAR , sendo t o
t

11. UFPR
Para se calcular a intensidade luminosa L, medida em lu- tempo em minutos, T0 a temperatura inicial e TAR a temperatu-
mens, a uma profundidade de x centímetros num determinado ra do ar. Com essa função, concluímos que o tempo requerido
lago, utiliza-se a lei de Beer-Lambert, dada pela seguinte fórmula: para que a temperatura no centro atinja 140 °C é dado pela
seguinte expressão, com o log na base 10:
log ( 25L ) = −0,08x a. 12 [log(7) –1] minutos.
b. 12 [1– log(7)] minutos.
Qual a intensidade luminosa L a uma profundidade de c. 12 log(7) minutos.
12,5 cm? [1 − log(7)]
d. .
a. 150 lumens d. 1,5 lúmen 12minutos
b. 15 lumens e. 1 lúmen
c. 10 lumens 16.
Qual é a nomenclatura correta na igualdade de ac = b?
12. PUC-RS a. a = base; b = logaritmo e c = logaritmando
Arquimedes, candidato a um dos cursos da Faculdade de b. a = logaritmo; b = logaritmando e c = base
Engenharia, visitou a PUC-RS para colher informações. Uma c. a = base; b = logaritmando e c = logaritmo
EMI-15-70

das constatações que fez foi a de que existe grande proximi- d. a = logaritmando; b = base e c = logaritmo
dade entre Engenharia e Matemática. e. a = logaritmo; b = base e c = logaritmando
211

212
Capítulo 8 ..................54
Módulo 37 .............. 69
Módulo 38 ..............73

ica
Capítulo 9 .................. 76
Módulo 39 .............88
Módulo 40 ............. 93
át Módulo 41 .............96
Módulo 42 ...........101
em
at
M
S
FÍ Q

O
BI
LP
HO
GE
O
IS

AT
L
FI
SO
C

M
S
RE
4. Equações trigonométricas
na primeira volta 63
5. Organizador gráfico 68
Módulo 37 – Circunferência
trigonométrica: tangente 69
Módulo 38 – Equações
trigonométricas (I) 73

• Identificar a compatibilidade de valores


do seno, cosseno, tangente, secante,
cossecante e cotangente de um arco,
conhecendo a localização do arco na
circunferência trigonométrica.
• Calcular valores do seno, cosseno,
tangente, secante, cossecante e
cotangente de um arco notável.
• Resolver equações trigonométricas
com soluções na primeira volta da
circunferência trigonométrica.

ISTOCK/GETTY IMAGES
Circunferência
trigonométrica – Parte II 8
55

No estudo de lançamento oblíquo, é possível descobrir o alcance de um objeto, desconsiderando-se a resis-


v 20 ⋅sen(2θ )
tência do ar nas proximidades da Terra, pela equação d = , em que v0 é a velocidade inicial imprimida
g
ao objeto, g é a aceleração da gravidade e θ é o ângulo de inclinação. Se, por exemplo, um jogador de golfe souber
controlar a velocidade inicial a ser imposta à jogada e se souber a distância que precisa alcançar, isto é, se forem
conhecidas a velocidade inicial e a distância a que se pretende chegar, ele poderá efetuar o cálculo do ângulo for-
mado, por uma parte da trigonometria chamada equação trigonométrica, levando-se em conta que a aceleração da
gravidade nas proximidades da Terra é conhecida. Notar que a equação mencionada se aplica a superfícies planas
e horizontais.
A. Introdução  , for
Se a medida a, associada ao arco trigonométrico AM
8

Continuaremos, neste capítulo, a expandir o significado a medida de um ângulo agudo e, portanto, correspondente a
das razões trigonométricas. Analisaremos, de maneira mais um arco do 10 quadrante da circunferência trigonométrica, en-
212

aprofundada a partir de agora, o conceito de tangente de um tão, poderemos construir o triângulo retângulo OAT como na
arco no ciclo trigonométrico e suas variações. figura a seguir.

B. Tangente no ciclo trigonométrico t


Para entendermos o conceito de tangente de um arco
trigonométrico, vamos considerar uma reta orientada t, tan-
Matemática

T
gente à circunferência trigonométrica no ponto A(1, 0) e,
portanto, paralela ao eixo y, de modo que fique orientada no
mesmo sentido que este eixo, conforme figura a seguir. Tal
reta orientada é chamada de eixo das tangentes. M tg α
2

α A
O 1
1
Matemática e suas Tecnologias

0
O A
Do triângulo OAT, segue que:

C.O. AT AT
–1 tg α = = =
C.A. OA 1

Como a ordenada de T é igual à medida algébrica do seg-


–2 mento AT, isto é, o comprimento do segmento precedido de
sinal positivo quando a extremidade T estiver acima do eixo

 AM de medida a, considere
Dado um arco trigonométrico das abscissas, ou sinal negativo quando T estiver abaixo do
o ponto T intersecção da reta OM com o eixo das tangentes. eixo horizontal, vem que:
Define-se tangente de a como sendo a ordenada do ponto T.
56

tg a = ordenada de T
t
Exemplo
A seguir estão representados, no ciclo trigonométrico, os
T
valores de tg 30° = 3 , tg 45° = 1 e tg 60° = 3 . Como os
3
arcos estão no primeiro quadrante, a parte destacada forne-
cerá a medida algébrica do segmento AT e, consequentemen-
M tg α = AT te, a ordenada de T.

t
α A
O

30° T
3
3
O A
tg a = ordenada de T

Observe que o conceito de tangente como razão entre o ca-


teto oposto e o cateto adjacente, conforme visto anteriormente,
continua válido para arcos com extremidade no 1o quadrante.
EMI-15-70
t

8
t
π
P 2

212
45° T

1
A
O

Matemática
O A


t Observe que P é extremidade de π e a reta OP é paralela

 2
T
ao eixo t. A intersecção entre OP e t não existe. Nesse caso,
dizemos que não existe tg π .
2

Matemática e suas Tecnologias


60° 3
t

O A P

A
O

T
C. Variação do sinal da tangente
Observe a movimentação do ponto P ao longo do ciclo tri-
gonométrico, percorrendo todos os quadrantes.

57
t t

A≡P≡T π A≡T
O P O

t t

T T

A O A
O

P
EMI-15-70
t π 3π
Para cada número real x, 0 ≤ x ≤ 2p, com x ≠ e x ≠ ,
8


 2 2
a reta OP intercepta o eixo t em um único ponto T, fornecendo
um único valor para a tangente de x.
212

Da sequência de ilustrações, podemos concluir que:


• tg 0 = 0;
O A • se x é arco com extremidade no primeiro quadrante,
então tg x é positiva;
• tg π não está definida;
Matemática

2
• se x é arco com extremidade no segundo quadrante,
P 3π então tg x é negativa;
2 • tg ρ = 0;


Observe que P é extremidade de 3π e a reta OP é pa- • se x é arco com extremidade no terceiro quadrante,
 2 então tg x é positiva;
ralela ao eixo t. A intersecção entre OP e t não existe. Nesse 3π
• tg não está definida;
3π 2
caso, dizemos que não existe tg . • se x é arco com extremidade no quarto quadrante, en-
2
tão tg x é negativa;
Matemática e suas Tecnologias

t • tg 2p = 0;
• tg 0° = 0;
• tg 90° não está definida;
• tg 180° = 0;
• tg 270° não está definida;
• tg 360° = 0.
O A Note que, para determinar o sinal da tangente de um arco
no ciclo trigonométrico, traça-se a reta, chamada de imagem do
arco, que passa pelo centro da circunferência e pela extremida-
de do arco, até encontrar o eixo das tangentes. Se a intersecção
P ocorrer acima do eixo das abscissas, então, a tangente será
T
positiva; se ocorrer abaixo do eixo horizontal, a tangente será
negativa.
Resumidamente, tem-se:
t Tangente
58

c s
(1, 0) Senos
π
2
Seno + Seno +
c s Cosseno – Cosseno + c s
O A≡P≡T (–1, 0) Tangente – Tangente + (1, 0)
2π π Seno – Seno – 2π Cossenos
Cosseno – Cosseno +
Tangente + Tangente –

3π c s
2 (0, –1)

APRENDER SEMPRE 9
01. • 201º é um arco com extremidade no terceiro qua-
tg 140º·tg 43º·tg 201º drante, vem que tg 201º > 0;
Considere a expressão: E = . • 5º é um arco com extremidade no primeiro quadran-
tg 5º
te, decorre que tg 5º > 0.
O valor de E é positivo, negativo ou nulo? O numerador de E é o produto de um número negativo
Resolução por um número positivo e por outro número positivo, resul-
Como: tando, assim, em um numerador negativo e um denomina-
• 140º é um arco com extremidade no segundo qua- dor positivo. Como a divisão de um número negativo por um
drante, temos que tg 140º < 0; número positivo resulta em um número negativo, conse-
• 43º é um arco com extremidade no primeiro quadran- quentemente a expressão assume um valor negativo.
EMI-15-70

te, segue que tg 43º > 0; Assim, o valor de E é negativo.


8
02. Agora, é preciso notar que os arcos do segundo quadran-
Coloque em ordem crescente os seguintes valores: te têm tangente negativa e, se nesse quadrante, na primeira
volta positiva, a medida a de um arco for menor que a medida b

212
tg 150º, tg 10º, tg 35º, tg 95º, tg 5º, tg 120º.
de outro arco, então ocorrerá tga < tgb. Acompanhe a ilus-
Resolução tração a seguir.
É possível ordenar os elementos apresentados mesmo t
sem conhecer seus valores.
Inicialmente, é necessário observar que os arcos do

Matemática
primeiro quadrante têm tangente positiva e, se nesse qua- α
drante, na primeira volta positiva, a medida a de um arco for
menor que a medida b de outro arco, então ocorrerá tg α < tg β. β
Observe a ilustração a seguir.
t O
tg β
tg β
α

tg α tg α
β

Matemática e suas Tecnologias


Como os arcos 95º, 120º e 150º estão no primeiro qua-
O drante, na primeira volta positiva, e 5º < 10º < 35º, segue que
tg 95º < tg 120º < tg 150º.
A tangente de qualquer arco do segundo quadrante será
menor que a tangente de qualquer arco do primeiro qua-
drante, uma vez que qualquer número negativo é menor que
qualquer número positivo.
Como os arcos 5º, 10º e 35º estão no primeiro quadran- Dessa forma, tem-se:
te, na primeira volta positiva, e 5º < 10º < 35º, segue que tg 95º <tg 120º<tg 150º <tg 5º<tg 10º<tg 35º.
tg 5º < tg 10º < tg 35º.

D. Redução ao primeiro quadrante


sen x
Nas análises a seguir, será utilizada a identidade tg x = , que foi justificada para os ângulos agudos e, portanto, para
cos x
os arcos do primeiro quadrante. Contudo, essa identidade é válida para arcos com extremidades em qualquer ponto do ciclo

59
trigonométrico, exceto os arcos cuja extremidade coincide com a extremidade do arco π ou 3π , uma vez que, nesses casos,
2 2
a tangente não existe e o cosseno é igual a zero, e não é definida divisão por zero.
D.1. Simetrias
A simetria é uma das ideias fundamentais na matemática. Já a exploramos anteriormente na determinação de arcos simé-
tricos no ciclo trigonométrico.
LIGHTSPRING/SHUTTERSTOCK
EMI-15-70

Borboleta – Exemplo de simetria


Anteriormente, utilizamos a ideia de simetria para encon- Esse resultado pode ser visto graficamente, como segue.
8

trar arcos simétricos aos arcos notáveis: 30º, 45º e 60º.


t
Para revisar, vamos verificar, na figura seguinte, como lo-
212

calizar, por exemplo, os ângulos simétricos a 45º.


P1 Px tg
sen
(π – x)
(180° – 45°) M P (45°) x
π
Matemática

cos

tg (π – x)
(180° + 45°) N Q (360° – 45°)

Para efeito de simplificação, na determinação das rela-


ções vistas anteriormente, usou-se um arco de medida x com
• M é simétrico de P em relação ao eixo dos senos; extremidade no primeiro quadrante, mas tais relações, bem
• N é simétrico de P em relação à origem; como as seguintes, são válidas para arco de medida x com
Matemática e suas Tecnologias

• Q é simétrico de P em relação ao eixo dos cossenos. extremidade em qualquer quadrante.


Desse modo, as extremidades dos arcos com medidas de
135º, 225º e 315º, da primeira volta do ciclo, são simétricos à D.3. Simetria em relação à origem
extremidade do arco 45º. Os valores das razões trigonométri- dos eixos coordenados
cas desses arcos estão relacionados aos valores das razões Na próxima figura, os pontos P e P2 são simétricos em
trigonométricas de 45º. relação à origem dos eixos coordenados e têm ordenadas
A ideia agora é encontrar um método que permita calcular opostas e abscissas opostas.
o seno, o cosseno e a tangente de um arco em qualquer qua-
sen
drante, utilizando-se um arco do primeiro quadrante e as no-
ções de simetria dos pontos que são extremidades dos arcos.
P
A técnica que permite esse estudo é conhecida por redução

sen x
ao primeiro quadrante. x
π cos (π + x)
D.2. Simetria em relação ao eixo das sen (π + x)
cos x cos
ordenadas (eixo dos senos)
Na figura a seguir, os pontos P e P1 são simétricos em re-
60

(π + x)
lação ao eixo das ordenadas e têm ordenadas iguais e abs- P2
cissas opostas.

sen
Isso leva à conclusão de que:
P1 P sen(p + x) = – sen x
sen (π – x)

(π – x) cos(p + x) = – cos x
x E para a tangente decorre que:
sen x

π sen( π + x ) −sen x
tg ( π + x ) = = = tg x
cos (π – x) cos x cos cos( π + x ) − cos x
Assim, tem-se:
tg(p + x) = tg x
Graficamente, vem que:

tg
O que nos leva a concluir que: Px
sen(p – x) = sen x
cos(p – x) = – cos x tg x e tg (π + x)

sen x
Como tg x = , segue que: O
cos x
sen( π − x ) sen x
tg ( π − x ) = = = − tg x (π + x)
cos( π − x ) − cos x P2
EMI-15-70

Assim, tem-se:
tg(p – x) = – tg x
D.4. Simetria em relação ao eixo das O ponto P3 da circunferência trigonométrica pode ser a

8
abscissas (eixo dos cossenos) extremidade de um arco negativo com medida (–x). Os resul-
Agora segue uma figura em que os pontos P e P3 são si- tados anteriores, portanto, podem ser reescritos na forma:

212
métricos em relação ao eixo das abscissas, tendo ordenadas sen(–x) = – sen x
opostas e abscissas iguais: cos (–x) = cos x
tg(–x) = – tg x
sen
Graficamente, temos:
Px
tg x

Matemática
t
sen x
sen x
cos x cosseno tg x
P
x
sen (2π – x)

cos (2π – x) 2π

sen x
cos x
(2π – x)
cos x

sen (–x)
P3 cos (–x)

Disso, conclui-se que:


P3
sen(2p – x) = – sen x tg (–x)

Matemática e suas Tecnologias


cos(2p – x) = cos x
No caso da tangente, vem que:
sen( π − x ) −sen x
tg (2π − x ) = = = − tg x As identidades obtidas utilizaram os arcos em radianos.
cos( π − x ) cos x Contudo, essas identidades também são verdadeiras para ar-
Assim, obtém-se: cos em graus. Observe, sendo α um arco em graus:
tg(2p – x) = –tg x Redução do 2o quadrante para o 1o
Graficamente, segue: sen(180º – a) = sen a
cos(180º – a) = – cos a
tg
tg(180º – a) = –tg a

Redução do 3o quadrante para o 1o


Px sen(180º + a) =–sen a
tg x

cos(180º + a) = – cos a
tg(180º + a ) = tg a

61
Redução do 4o quadrante para o 1o
O sen(360º – a) = –sen a
cos(360º – a) = cos a
tg (2π – x)

tg(360º – a) = –tg a

P3 sen(– a) = –sen a
(2π – x) cos(– a) = cos a
tg(– a) = – tg a

APRENDER SEMPRE 10
01. sen
120° 60°

Simplifique a expressão: E = sen 150º − cos 120º


sen 270º

–1 1 cos
sen 2 2

150° 1 30°
2

sen 150º − cos 120º sen 30º −(−cos


− s 60º )
E= = =
cos sen 270º −1

=
( )
1 − −1
2 2 1
= = −1
−1 −1
EMI-15-70
8
02.
80°
Classifique como (V) verdadeiro ou (F) falso: 60°
212

a. sen 150º > sen 45º


b. sen 30º < sen 210º
c. cos 60º > cos 70º
d. cos 300º > cos 80º
O
Resolução
Matemática

a. Falso, pois sen 150º = sen 30º


sen 30º < sen 45º → sen 150º < sen 45º 300°

45° 03.
150° 30° Determine o valor da expressão.
2 ⋅ cos
cos 50° + cos 130°
cos130
cos130
E=
3 cos 230°− 4 cos 310°
O
Resolução
Matemática e suas Tecnologias

(180° – 50°)
130° 50°

b. Falso, pois:
sen 30º > 0 O cos
sen 210º < 0 → sen 30 º >sen 210º

230° 310°
(180° – 50°) (360° – 50°)
30°
Repare que 50° e 130° são simétricos, logo seus cosse-
nos são opostos. O mesmo acontece para 230° e 310°.
O Então, fazendo cos 50° = x, temos:
62

2x + (− xx) x x 1
E= = = ∴E = −
210° 3(− x)− 4 ⋅ x −3x − 4x −7x 7

04.
Dê o valor de:
c. Verdadeiro, pois, no primeiro quadrante, o valor do a. sen (–30°); b. cos (–60°); c. tg (–45°).
cosseno diminui à medida que o valor do arco se
aproxima de 90º. Resolução
a. Um arco de –30° representa, no sentido anti-horário,
70° um arco de 360° – 30° = 330°.
60°
sen

30°
O

O cos

–30° ≡ 330°

d. Verdadeiro, pois:
cos 300º = cos 60º 1
sen(−30°) = −ssen30° = −
cos 60º > cos 80º → cos 300º > cos 80º 2
EMI-15-70
b. Um arco de –60° representa, no sentido anti-horário, c. Um arco de –45° representa, no sentido anti-horário,

8
um arco de 360° – 60° = 300°. um arco de 360° – 45° = 315°.
tg

212
60°
45°

O cos

Matemática
O

–60° ≡ 300° –45° ≡ 315°

1
cos(−60°) = cos
cos 60° =
2 tg(–45) = –tg 45° = –1

Matemática e suas Tecnologias


4. Equações trigonométricas trigonométrico, dizemos que se trata de uma equação trigo-
nométrica na primeira volta.
na primeira volta Resolver esta equação significa encontrar todos os arcos
A. Introdução da primeira volta que têm o valor da razão seno igual a 1 .
2
Considerando que uma equação envolve uma igualdade y
em que há uma incógnita a ser descoberta, note as equações
a seguir.
180° – 30° = 150° 30°
a. sen x – 1 = − 1 1
2
2
b. 2cos ( 2x) – 3 = 0
O x
c. tg (p + x ) = 3

63
d. 2x – sen p= – 1

() ()
e. x2 – cos π x + tg π = 0
6 4
Temos representadas na figura anterior as raízes dessa
Em (a), (b) e (c), ,as equações são trigonométricas,
equação, ou seja, os valores com os quais a equação é sa-
pois apresentam variável no arco da razão trigonométrica.
1
Em (d), a equação é do 1o grau. Embora exista uma razão tisfeita, que são 30° e 150°. Assim, a equação sen x = , re-
2
trigonométrica, esta não depende da incógnita, sendo uma solvida no intervalo 0° ≤ x < 360°, tem o seguinte conjunto
constante. Em (e), a equação é do 2o grau. Observe que há solução: S = {30°, 150°}.
duas razões trigonométricas envolvidas, mas ambas não de-
pendem de variável, pois são constantes. Ao resolver uma equação e, portanto, encontrar suas raí-
zes, deve-se indicá-las em um conjunto solução. Note que o
B. Equação trigonométrica intervalo ao qual pertencerão as raízes desse exemplo está
Dizemos que uma equação é trigonométrica quando em graus, logo os elementos do conjunto solução também
há uma incógnita envolvida somente no arco da razão tri- deverão estar em graus. Caso o intervalo seja dado em ra-
gonométrica. dianos, os elementos do conjunto solução deverão também
Exemplo estar em radianos.
Seja a equação: 1
Esta igualdade, sen x = , só é satisfeita por duas raízes,
2
sen x = 1 , para 0° ≤ x < 360°. ou seja, existem apenas dois valores (30° e 150°), que, atri-
2
buídos à incógnita x, tornam a equação verdadeira. Existem,
Este é um exemplo de equação trigonométrica, pois a in- entretanto, igualdades que são satisfeitas com qualquer va-
cógnita x aparece como a medida de um arco de uma razão lor atribuído à incógnita, por exemplo, a relação fundamental
trigonométrica. da trigonometria sen2x + cos2x = 1. Essa igualdade é verdadei-
Como os valores de x estão sendo considerados apenas ra para qualquer x e, por esse motivo, é chamada de identida-
EMI-15-70

para representar valores da primeira volta positiva do ciclo de trigonométrica.


C. Equações imediatas da forma sen x = a sen
8

Lembrando que – 1 ≤ sen x ≤ 1, então tem-se que


– 1 ≤ a ≤ 1 é o intervalo ao qual pertencem os possíveis valo-
π–α α
212

res para a, de tal forma que sen x = a tenha solução.


Pode-se encontrar o menor arco da primeira volta positiva α
com medida a, tal que: π 0
a = sen a, e dessa forma segue que: O x
sen x = a ⇒sen x = sen a.
Matemática

Os arcos de medidas x e a apresentam o mesmo seno


caso:
• possuam a mesma imagem, isto é, tenham a mesma
extremidade; Para 0 ≤ a ≤ 2p, temos:
ou
• suas extremidades sejam simétricas em relação ao  x=α
eixo dos senos (eixo das ordenadas). 
sen x = sen
sen α ⇔  ou
x = π − α

APRENDER SEMPRE 11
Matemática e suas Tecnologias

01. Observando a figura anterior, devemos determinar o si-


π 2π
Resolver a equação sen x = 3 , para 0 ≤ x ≤ 2p. métrico de π no segundo quadrante: π − = .
2 3 3 3
Resolução sen
Devemos encontrar os pontos do ciclo trigonométrico
π 2π π
que possuam ordenada igual a 3 . Veja: π– =
3 3 3
2
3
sen sen 2
π O
3
3 3
2 2
O O
64

Da tabela de arcos notáveis, sabemos que sen π = 3 .


3 3 { }
Logo, o conjunto solução é S = π , 2π .

3 2

D. Equações imediatas da forma cos x = a sen


Lembrando que – 1 ≤ cos x ≤ 1, então tem-se que α
– 1 ≤ a ≤ 1 é o intervalo ao qual pertencem os possíveis va-
lores para a, de tal forma que cos x = a tenha solução.
Pode-se encontrar o menor arco da primeira volta positiva cos
com medida a, tal que: O a 2π
a = cos a e, dessa forma, vem que:
cos x = a ⇒ cos x = cos a
Os arcos de medidas x e a apresentam o mesmo cosseno 2π – α
quando:
• possuem a mesma imagem, isto é, têm a mesma
extremidade; Para 0 ≤ a ≤ 2p, temos:
ou
• suas extremidades são simétricas em relação ao eixo  x=α

dos cossenos (eixo das abscissas). cos α ⇔  ou
coss x = cos
x = 2π − α

EMI-15-70
APRENDER SEMPRE 12

8
01. 02.
1

212
Resolver a equação cos x = − , para 0 ≤ x ≤ 2p. Assinale a alternativa que contém um valor que verifica
2
a equação: 2 cos x sen x – sen x = 0
Resolução π
a. d. 4 π
Devemos encontrar os pontos do ciclo trigonométrico 2 2
que possuam abscissa igual a − 1 . Veja: b.

e. 5π
2

Matemática
2 2
c. 7π
2

Resolução
cos
Colocando sen x "em evidência", temos:
1 O sen x (2 cos x – 1) = 0.

2 Pela propriedade do produto nulo, temos:
sen x = 0 ou 2 cos x – 1 = 0.
Os pontos que possuem ordenada nula estão sobre o

Matemática e suas Tecnologias


eixo das abscissas.
sen

cos
1 π 0
– O
2 O 2π

Da tabela de arcos notáveis, sabemos que 60° = 1 , ou


2
seja, coss π = 1 . Assim, devemos encontrar os simétricos de 1
cos x =
3 2 2

65
π (60°) no 2o e no 3o quadrante.
3 π
3
π 2π
π– =
3 3

cos
cos
O 1 2π
1 O 2

2

π 4π 2π – π = 5π
π+ = 3 3
3 3

{23π , 43π }
Alternativa correta: E
S=

E. Equações imediatas da forma tg x = a


Equações dessa forma têm solução para qualquer valor real de a.
Sendo a, tal que a = tg a, podemos dizer que:
tg x = a → tg x = tg a
Os arcos de medidas x e a apresentam a mesma tangente se:
• possuírem a mesma extremidade;
ou
• suas extremidades forem simétricas em relação à origem dos eixos coordenados.
EMI-15-70
tg
8

α Para 0 ≤ a ≤ 2p, temos:


212

a
π  x=α

tg α ⇔  ou
tg x = tg
x = π + α

Matemática

α+π

APRENDER SEMPRE 13
01. Da tabela de arcos notáveis, sabemos que tg 45° = 1.
Então, devemos encontrar os simétricos de 45° no 2o e
Resolver, para 0º ≤ x ≤ 360º, a equação tg x = –1.
no 4o quadrante.
Resolução
tg
tg
Matemática e suas Tecnologias

180° – 45° = 135°

180° O
O
360°
–1
–1
T
T


Traçamos a reta OT e marcamos sua intersecção com o 360° – 45° = 315°
ciclo trigonométrico: S = {135°, 315°}
tg
66

–1

F. Equações trigonométricas não imediatas

F.1. Introdução
Quando uma equação envolve variável somente em arcos trigonométricos e, para isolar a razão trigonométrica que possui a
variável no arco, são necessários recursos matemáticos mais elaborados, tais como o uso de uma equação do 2o grau, fatoração,
equação exponencial, entre outros, têm-se equações trigonométricas não imediatas.

F.2. Equações trigonométricas resolvidas por variável auxiliar


Existem equações trigonométricas em que, ao se substituir a razão trigonométrica que contém a incógnita por uma nova
letra, diferente da variável utilizada, recai-se em uma equação com a variável sendo a nova letra, que pode ser do 1o grau ou do
2o grau, ou em uma equação que pode ser fatorada em produto de equações do 1o e/ou 2o grau ou em outro tipo de equação. Nes-
EMI-15-70

ses casos, resolvem-se essas novas equações para encontrar o valor da nova letra e, a partir daí, retorna-se à variável original e
resolve(m)-se a(s) equação (ões) imediata(s) que irá(irão) aparecer.
APRENDER SEMPRE 14

8
01. 02.

212
Resolva a equação a seguir para x ∈ [0, 2p]: Quantas raízes possui a equação a seguir para
2 cos2x + cos x – 1 = 0. x ∈ [0, 2p]?
2 sen3x – 7 sen2 x – 4 sen x = 0
Resolução
Utilizando a variável auxiliar t, fazemos cos x = t e temos Resolução
a equação: Fazendo sen x = t, temos:

Matemática
2 t2 + t – 1 = 0 2t3 – 7t2 – 4t = 0
Aplicando o método de Bhaskara: t(2t2 – 7t – 4) = 0 ⇒ t = 0 ou 2t2 – 7t – 4 = 0
−b ± b2 − 4ac −1 ± 1+ 1 8 2t2 – 7t – 4 = 0
t= = −b ± b2 − 4ac
2a 4 t=
2a
Logo: t = – 1 ou t = 1 7 ± 49
49 + 332
2
1 t=
Dessa forma: cos x = –1 ou cos x = 4
2 1
Se cos x = –1 ⇒ x = p t = 4 ou t = −
2
y 1
1 Os possíveis valores para t são: t = 0 ou t = 4 ou t = − .
2

Matemática e suas Tecnologias


Retornando à variável, segue:
1
sen x = 0 ou sen x = 4 ou sen x = − .
2
0,5 • sen x = 0 ⇒ x = 0 ou x = 2p;
p B • sen x = 4 → não existe o valor de x, pois, para qual-
A
x
quer valor de x, o sen x está no intervalo [–1, 1 ];
–1 –0,5 0 0,5 1 1
• sen x = − .
–0,5 2
y
–1
π
1 6
1 π 5π
Se cos x = → x = ou x = 2
2 3 3
y π 0 x
1 1
3
2

67
7π 11π
6 6
π

–1 0 1 x
1
2 7π 11π
x= ou x =
6 6

–1


3
{7π 11π
O conjunto solução é S = 0, ,
6 6
, 2π . }
Logo, a equação tem 4 raízes para o intervalo dado.
{ π 5π
S = π, ,
3 3 }
EMI-15-70
5. Organizador gráfico
8

π
2π 2 π
212

3 3 3
3π π
4 22 4
5π 2
1 π
6 2 6

π 0
1 1
- 3- 2 - 3 2
2 2 2 2 2 2

7π 1
- 11 π
6 2
- 2 6
5π 2 3
4 - 7π
4π 2 4
3 3π 5π
3
2

Circunferência
Matemática

trigonométrica

90

Simetrias 180˚
Matemática e suas Tecnologias

-1 270

Seno na Tangente na
Redução ao
circunferência 1º quadrante
circunferência
trigonométrica trigonométrica

90˚

0 1
180˚ 0˚
-1 360˚

Cosseno na
circunferência
trigonométrica
68

Equações
trigonométricas
imediatas

Equações imediatas do
Equações imediatas do tipo Equações imediatas
tipo sen x = k, com k
cos x = k, com k pertencendo do tipo: tg x = k, com k real
pertencendo ao intervalo
ao intervalo real [–1, 1]
real [–1, 1]

Equações redutíveis
às imediatas

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 37

8
Circunferência trigonométrica: tangente

212
Exercícios de Aplicação
01. 02.

Matemática
e que p < x < 3π , determine o
12
Calcular o seno, o cosseno e a tangente do arco de 150º. Sabendo que tg x =
5 2
cos x.
Resolução
Para responder ao que se pede, daremos os seguintes Resolução
passos: Como o arco de medida x está no terceiro quadrante, sua
I. determinar, no ciclo trigonométrico, a extremidade do tangente terá o mesmo valor de um arco simétrico no primeiro
arco; quadrante de medida a. Assim, podemos resolver o problema
II. buscar, no primeiro quadrante, o ponto simétrico ao a partir deste ângulo agudo, como representado a seguir.
ponto localizado;
III. conhecidos os valores de seno, cosseno e tangente

Matemática e suas Tecnologias


do arco determinado no primeiro quadrante, expor a
resposta, mantendo ou invertendo sinais, de acordo
com a simetria obtida. 13 12

t tg x
s sen x a
5
150° P' P T Por Pitágoras, temos que o terceiro lado do triângulo
150°
mede 5 e, consequentemente, cos a = 5 , mas, como o
30° cos x 13
O r arco de medida x é um arco do terceiro quadrante, temos que
5
cos x = − .
T' 13

69
1
sen150° = sen30° =
2
3
cos150° = − cos30° = −
2
3
tg150° = − tg 30° = −
3
EMI-15-70
03. Udesc Resolução
tg 160º + tg 340º
8

Se tg 20° = a, o valor de é: 20°, 160°, 200° e 340° são arcos simétricos, como mostra
tg 200º a figura a seguir.
a. 2
212

b. –a
c. 0
d. a
e. –2

160° tg 20° = tg 200°


Matemática

20° 20°
20° O 20°
200° 340° tg 160° = tg 340°

Dessa forma, vem que:


tg 20° = tg 200° = – tg 160° = – tg 340°
Matemática e suas Tecnologias

Escrevendo a expressão dada em função de tg 160°, temos:


tg 160º + tg 340º 2 tg 160º
= = −2
tg 200º − tg160º
Alternativa correta: E
Habilidade
Identificar a compatibilidade de valores do seno, cosse-
no, tangente, secante, cossecante e cotangente de um arco,
conhecendo a localização do arco na circunferência trigono-
métrica.

Exercícios Extras
70

04. 05.
A figura a seguir mostra, no plano cartesiano, uma cir- Localize, no ciclo trigonométrico abaixo, os seguintes nú-
cunferência centrada na origem, de raio igual a 1, passan- meros:
do pelos pontos B e C. Nessa figura, os pontos O, C e D são tg 20°, tg 120°, tg 220°, tg 320°.
colineares, os segmentos de retas AC e BD são paralelos ao
eixo y e θ é o ângulo que o segmento de reta OD faz com o
eixo x.
Em relação a essa figura, é correto afirmar que:
y
D
C

θ
O A B x

a. OA = sen θ.
b. OC = cos θ.
c. BD = AC .
OA
d. AC = OD .
BD OB
EMI-15-70

e. OB2 + BD2 = 1.
Seu espaço

8
Sobre o módulo

212
O exercício 01, de aplicação, permite algumas revisões sobre o ciclo trigonométrico, de medidas em radianos e de repre-
sentação das razões trigonométricas no ciclo. Torna-se muito importante que o aluno consiga dar significado às representações
gráficas das razões trigonométricas no ciclo e às variações. Isso fará com que o estudo das funções trigonométricas, equações
e inequações ocorra de maneira natural. A habilidade que se pode desenvolver com este módulo é a de identificar relações de
grandezas e unidades de medida. Os aplicativos sugeridos na seção Na web podem ser apresentados aos alunos em sala para

Matemática
facilitar o desenvolvimento do conteúdo.
Na web
Experimento. Acesse:
<http://m3.ime.unicamp.br/recursos/994>.
Este experimento pode ajudar os alunos a compreender melhor o significado de tangente de um ângulo e sua variação.

Acese: <http://tube.geogebra.org/student/m58720>.
Este aplicativo, construído com o software Geogebra, permite a compreensão do significado de tangente de
um arco no ciclo trigonométrico e de sua variação.

Matemática e suas Tecnologias


Acesse: <http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri/modulo3/mod3_recursos/geogebra/circulo_trigo.html>.
Este é outro aplicativo construído com o software Geogebra, que pode auxiliar a compreensão do significado
de tangente, seno e cosseno de um arco no ciclo trigonométrico e de sua variação.

Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 3 A, B, C, D. a. sen 6°, sen 90°, sen 117° e sen 261°
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento b. cos 10°, cos 20°, cos 130°, cos 140°
c. tg 100°, tg 110°, tg 120°, tg 240°

71
06. 08.
Determine: Considere as desigualdades sobre arcos medidos em
a. sen 210°; c. tg 210°. radianos.
b. cos 210°; I. sen 1 < 0
II. cos 2 < 0
07. III. tan 1 < tan 2
Observe a figura abaixo. Quais são verdadeiras?
a. Apenas I d. Apenas I e II
tg
b. Apenas II e. Apenas II e III
sen
c. Apenas III

sen + sen +
09.
2
cos – cos + Se x é um arco do segundo quadrante e cos x = − , en-
3
tg – tg – tão tg x vale:
sen – sen – cos a. − 5
cos – cos + 2
tg + tg – 2
b.
3
c. 5
2
d. − 3
4
Nela, temos especificado o sinal de cada uma das fun-
ções trigonométricas. e. − 3
EMI-15-70

Assim, coloque em ordem crescente cada um dos itens


que seguem.
10. 14.
8

No círculo trigonométrico representado na figura, temos Sabendo que sen a < sen b e que
a = 120°.
π
a e b =  0, , assinale o que for correto.
212

 2 
01. cos a > cos b
02. cos a · sen b > 0
π
a 04. sen a < cos a, se a <
Matemática

4
A 08. a > b
O
16. tg a > sen a

15.
Considere as seguintes afirmações:
M I. cos 225º < cos 215º

II. tg 5π > sen 5π


O valor de (AM)2 é: 12 12
Matemática e suas Tecnologias

a. 1 III. sen 160º > sen 172º


3 Das afirmações mostradas:
b. 3 a. todas são verdadeiras.
3
b. todas são falsas.
c. 3
c. somente II e III são verdadeiras.
d. 3
d. somente II é verdadeira.
e. somente I e II são verdadeiras.
11.
Assinale a afirmação verdadeira. 16.
a. cos 300° < sen 300° < tg 300° Analise o ciclo trigonométrico e determine o perímetro do
b. cos 300° < tg 300° < sen 300° retângulo MNPQ, em unidades de comprimento.
c. sen 300° < cos 300° < tg 300°
d. tg 300° < cos 300° < sen 300° sen x
e. tg 300° < sen300° < cos 300°
72

N M
60°
12.

O valor da expressão E =
(sen120º)⋅ tg 240º é: –1 0 1
cos 300º cos x
a. 1 d. 4
b. 2 e. 5
c. 3
P Q

13.
Assinale a alternativa correta.
2 π
Se sen x = e < x < π, então o valor de tg x é:
3 2 a. 2(1 + 3 )
a. 2 5
b. 1 + 2 3
b. 2 5 c. 1 + 3
5
2 5 d. 2 + 3
c. −
5 e. 2 + 3 / 2
2
d. −
5
e. −2 5
EMI-15-70
Módulo 38

8
Equações trigonométricas (I)

212
Exercícios de Aplicação
01. 03. FGV-SP

Matemática
1
Resolva a equação a seguir para x ∈ [0, 2p]: cos x = A equação 4 · sen²x = 1, para 0° ≤ x ≤ 360°, tem conjunto
2
verdade igual a:
Resolução
a. {30°}
b. {60°}
π c. {30°; 210°}
3
d. {30°; 150°}
e. {30°; 150°; 210°; 330°}

1 Resolução
O 2 Para 0° ≤ x ≤ 360°, temos
1 1

Matemática e suas Tecnologias


sen2 x = ⇔ senx = ±
4 2

3

S= { }
π 5π
,
3 3
150°
1
30°

2
O
– 1
2
210° 330°

02.
Resolver, no intervalo [0, 2p], a equação tg x = − 3 Por tan to :
Resolução x = 30° ou x = 150° ou x = 210° ou x = 330°

73
tg x = − 3 Alternativa correta: E
Habilidade
tg x Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
3 meira volta da circunferência trigonométrica.
2π π
3 3


3
– 3

∴S = {23π ; 53π }
EMI-15-70
Exercícios Extras
8

04. 05.
Qual é a maior raiz da equação sen 1 = 0?
212

A soma das raízes da equação tg2 x + 3 tg x = 0 para


x
x ∈ [0, 2p [é:
π
a. d. 15π
3 3
5π 20 π
b. e.
Matemática

3 3
10π
c.
3

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, busca-se trabalhar equações trigonométricas envolvendo as razões seno, cosseno e tangente, no entanto o
objetivo maior é apresentar os casos mais comuns de resolução de equações trigonométricas que não sejam necessariamente
Matemática e suas Tecnologias

imediatas e que dependam de fatoração, comparação, levantamento de hipóteses, utilização de variável auxiliar e outras fer-
ramentas. Torna-se muito importante que o aluno compreenda a redução ao primeiro quadrante e que amplie seu repertório de
resolução, verificando que uma mesma equação pode, certamente, oferecer mais de uma forma de resolução.
74

EMI-15-70
Exercícios Propostos

8
Da teoria, leia os tópicos 4 A, B, C, D, E e F. 11.

212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Encontre as medidas x, em graus, de arcos da primeira
volta do ciclo trigonométrico de modo que sen x = − 1 .
2
06.
Resolva as equações a seguir, para 0° ≤ x ≤ 360° 12. Ufla-MG
Uma das raízes da equação

Matemática
3
a. cos x =
2 ( tg ( x ) − 1)( 2cos( x ) − 1) = 0 é:
3
b. cos x = – a. π d. π
2 2 6
1 π
c. cos x = – b. e. π
2 3 5

07. c. π
4
Resolva as equações a seguir, para 0o ≤ x ≤ 360o.
13. Fuvest-SP
3 π
a. tg x = −

Matemática e suas Tecnologias


3 O dobro do seno de um ângulo θ, 0 < θ < é igual ao tri-
2
b. tg x = – 1 plo do quadrado de sua tangente. Logo, o valor de seu co-seno
c. tg x = 3 é:
a. 2
3
08.
A soma das soluções da equação b. 3
2
sen x (2 + sen x) (–1 + sen x) = 0, no intervalo [0, 2p], é:
5π c. 2
a. 2
2 1
3π d.
b. 2
2
e. 3
c. π7 3
2
d. 8p
e. 6p 14.

75
Resolva a equação a seguir para x ∈[0, 2p]:
09. 2cos2x – cos x = 0
A soma das soluções da equação
cos2 x – 2 cos x + 1 = 0, para 0 ≤ x ≤ 2p, é: 15. UFRJ
a. p A equação x2 – 2x cos θ + sen2 θ = 0 possui raízes reais
b. 2p iguais.
c. 3p Determine: θ, 0 ≤ θ ≤ 2p.
d. 4p
e. 5p 16. Mackenzie-SP
A equação 1 + tg2 x = cos x tem uma solução pertencente
10. ao intervalo:
A soma das raízes da equação sen x = 3 cos x no inter- a.  π , 3π 
valo [0, 2p] é:  4 4 
a. p
b.  π, 3π 
b. 5π  2 
3
c.  7π 9π 
c. π 2 ,
 4 4 
3
d. 7π d.  3π , π 
3  4 
e. π e.  3π , 7π 
2  2 4 
EMI-15-70
1. Secante, cossecante e cotangente
na circunferência trigonométrica 78
2. Equações envolvendo
as razões trigonométricas inversas 83
3. Adição e subtração de arcos 83
4. Arco duplo 86
5. Organizador gráfico 87
Módulo 39 – Circunferência
trigonométrica: secante,
cossecante e cotangente 88
Módulo 40 – Equações
trigonométricas (II) 93
Módulo 41 – Adição e subtração
de arcos 96
Módulo 42 – Adição e subtração
de arcos: arco duplo 101

• Resolver equações trigonométricas


com soluções na primeira volta da
circunferência trigonométrica.
• Calcular seno, cosseno e tangente
de arcos utilizando fórmulas
trigonométricas de adição, subtração e
duplicação.
• Resolver problemas do cotidiano
utilizando fórmulas trigonométricas de
adição, subtração e duplicação de arcos
e ângulos.
• Calcular valores do seno, cosseno,
tangente, secante, cossecante e
cotangente de um arco notável.

CRÉDITO AUTOR / EMPRESA


Circunferência
trigonométrica – Parte III 9
77

Entre os diversos estudos sobre os astros feito pelo homem ao longo da história, está o cálculo do ângulo de
elevação θ do Sol em relação ao horizonte. Um dos matemáticos pioneiros nesse estudo foi al-Battani (858-929).
sen( 90º
 b ⋅sen 90º −θ ) 
Ele desenvolveu a fórmula  s =  , que atualmente pode ser escrita (s = b · cotgθ), a qual lhe per-
 senθ
mitiu a construção de uma “tábua de sombras”, que, na verdade, é uma tabela para valores da cotangente de arcos
variando do 1o ao 90o, com variação de grau em grau.
no é positivo. Esse problema do sinal se resolve definindo a
1. Secante, cossecante e cotangente
9
secante como segue.
na circunferência trigonométrica A secante de a é a medida algébrica do segmento OR.
212

A medida algébrica do segmento OR é definida da seguin-


A. Introdução
te forma:
As razões trigonométricas secante, cossecante e co- • É o número que fornecerá o comprimento do segmen-
tangente, que inicialmente foram estudadas num triângulo to OR precedido do sinal positivo, se R estiver à direita
retângulo, também podem ser representadas para qualquer da origem do sistema cartesiano.
arco a partir da circunferência trigonométrica. • É o número que fornecerá o comprimento do segmen-
Matemática

to OR precedido do sinal negativo, se R estiver à es-


B. Secante na circunferência trigonométrica querda da origem do sistema cartesiano.
 , do primeiro qua-
Na figura a seguir, é dado um arco AP Assim, graficamente, tem-se:
drante, de medida α, e uma reta r, tangente em P à circun- a. y
ferência trigonométrica de centro O, de modo que essa reta
tangente intercepte o eixo das abscissas no ponto R. Assim, o
segmento OR destacado na figura será a secante do arco AP 
representado do seguinte modo: P
y
Matemática e suas Tecnologias

O A R x
r
P sec α = OR

O A R x A secante no primeiro quadrante é positiva, pois a medida


r
algébrica do segmento OR é positiva, uma vez que R está à
direita da origem O.
b. y

A seguir, será mostrado que essa definição, com arco do


1o quadrante, é compatível com o estudo de secante realiza- P
78

do no triângulo retângulo.
Observe que o triângulo OPR é retângulo em P, o segmen-
to OR é a hipotenusa e o cateto OP tem medida igual ao do raio
da circunferência trigonométrica, ou seja, OP = 1. R O x
Calculando cosseno de α, segue que:
OP 1
cos α = → cos α =
OR OR
1
OR = → OR = sec α
cos α
A secante no segundo quadrante é negativa, pois a medi-
Assim, definir a secante de a como sendo a medida do
da algébrica do segmento OR é negativa, uma vez que R está
segmento OR confirma o que foi estudado no triângulo retân-
à esquerda da origem O.
gulo.
É necessário agora definir a secante para qualquer arco c. y
da circunferência trigonométrica, com exceção daqueles que
possuem extremidade que coincidam com a extremidade do
arco de 90º ou 270º, pois, nesses casos, o cosseno tem valor
nulo, e a divisão por zero não está definida.
Com a ideia de secante como sendo o inverso do cosse- R
1 O A x
no, isto é, sec α = , percebe-se que o sinal da secante é
cos α
igual ao sinal do cosseno. Assim, para generalizar a definição,
P
é necessário que, no segundo e no terceiro quadrante, a se-
cante tenha sinal negativo, uma vez que o cosseno tem sinal
EMI-15-70

negativo nesses quadrantes, e que, no primeiro e no quarto


quadrante, a secante tenha sinal positivo, pois neles o cosse-
A secante no terceiro quadrante é negativa, pois a medida Sendo AP = 120°, temos que sec 120° = OR = –2.

9
algébrica do segmento OR é negativa, uma vez que R está à 1 1 1
• sec180° = = = = −1
esquerda da origem O. cos180° − coscos 0° −1

212
d. y y

Matemática
O A R x
P=R O x

A secante no quarto quadrante é positiva, pois a medida C. Cossecante na circunferência trigonométrica


 , do primeiro qua-

Matemática e suas Tecnologias


algébrica do segmento OR é positiva, uma vez que R está à Na figura a seguir, é dado um arco AP
direita da origem O. drante, de medida a, e uma reta r, tangente em P à circun-
Atente que o eixo das abscissas também poderá ser cha- ferência trigonométrica de centro O, de modo que essa reta
mado de eixo das secantes. tangente intercepta o eixo das ordenadas no ponto S. Assim,
o segmento OS destacado na figura indicará a cossecante do
APRENDER SEMPRE 15  , representada do seguinte modo:
arco AP

01. Fuvest-SP y
Encontre os valores de sec 0°, sec 120° e sec 180° e S
represente-os graficamente no sistema trigonométrico.
Resolução
cossec α = OS P
1 1
• sec 0° = = =1
cos 0° 1
y α R
O A x

79
A=P=R
0 x De maneira semelhante ao que foi feito para a secante, a
seguir será mostrado que essa definição, com arco do 1o qua-
drante, é compatível com o estudo de cossecante realizado
no triângulo retângulo.
 de medida α
Note que o triângulo POR tem o ângulo OPR
1 1 1 e o ângulo ORP de medida (90º – a). Como o triângulo SOR é
• sec 120° = coss 120° = − cos =
cos 60° − 1
−2
retângulo em O, segue que o ângulo OSR tem medida α.
2
y y

α
P
P
120°
R A α R
–2 O x
O A x
EMI-15-70
Agora, o triângulo OPS é retângulo em P, OS é a medida da b.
9
hipotenusa e OP = 1. y
Calculando o seno de α nesse triângulo, segue que: S
212

OP
sen α =
OS P
1
sen α =
OS
1
OS =
sen α
Matemática

OS = cos sen α O A x

Dessa forma, definir a cossecante de α como sendo a


medida do segmento OS é compatível com o que foi estudado
no triângulo retângulo.
É preciso, agora, definir a cossecante para qualquer arco
da circunferência trigonométrica, com exceção daqueles que A cossecante, no segundo quadrante, é positiva, pois a
possuem extremidade que coincidam com as extremidades medida algébrica do segmento OS é positiva, uma vez que S
do arco de 0º ou 180º, pois, nesses casos, o seno é nulo, e a está acima da origem O.
Matemática e suas Tecnologias

divisão por zero não está definida.


Tendo a ideia de cossecante como sendo o inverso do c.
y
1
seno, isto é, cossecα = , nota-se que o sinal da cos-
sen α
secante é igual ao sinal do seno. Então, para generalizar a
definição, é preciso que, no primeiro e segundo quadrantes,
a cossecante tenha sinal positivo, uma vez que o seno tem
O A x
sinal positivo nesses quadrantes, e que, no terceiro e quarto
quadrantes, a cossecante tenha sinal negativo, pois nesses
quadrantes o seno é negativo. O problema do sinal será re- P
solvido definindo a cossecante da maneira mostrada a seguir.
A cossecante de a é a medida algébrica do segmento OS.
A medida algébrica do segmento OS é definida da seguin- S
te forma:
80

• É o número que fornecerá o comprimento do segmen-


to OS precedido do sinal positivo, se S estiver acima A cossecante, no terceiro quadrante, é negativa, pois a
da origem do sistema cartesiano. medida algébrica do segmento OS é negativa, uma vez que S
• É o número que fornecerá o comprimento do segmen- está abaixo da origem O.
to OS precedido do sinal negativo, se S estiver abaixo
d. y
da origem do sistema cartesiano.
Assim, graficamente, tem-se:

a. y

S
O A x

P
P

O A x S

A cossecante, no quarto quadrante, é negativa, pois a me-


dida algébrica do segmento OS é negativa, uma vez que S está
A cossecante, no primeiro quadrante, é positiva, pois a abaixo da origem O.
Perceba que o eixo das ordenadas também poderá ser
EMI-15-70

medida algébrica do segmento OS é positiva, uma vez que S


está acima da origem O. chamado de eixo das cossecantes.
APRENDER SEMPRE 16
A medida do segmento BT fornece a cotangente de a, as-

9
01. Fuvest-SP
sim podemos escrever cotg a = BT.
Encontre a cossec 240° e represente-a graficamente Agora, será mostrado que tal definição, com arco do
no sistema trigonométrico.

212
1o quadrante, é compatível com o estudo de cotangente reali-
Resolução zado no triângulo retângulo.
Como a reta t é perpendicular ao eixo y, ela é paralela ao
1 1 1 2 3 eixo x. Assim, pelo conceito de ângulos alternos internos, o
cossec240° = = = =−
sen240° −sen6
sen60
se n600° − 3 3  tem medida α.
ângulo BTO
2

Matemática
y
A medida algébrica do segmento OS é igual a − 2 3 .
3
y B T
t
α
P
60°
r α

O O A x
x

Matemática e suas Tecnologias


240°

2 3

S 3
Observe que o triângulo OBT é retângulo em B, tem o ân-
 de medida e OB = 1.
gulo BTR
Calculando cotangente de a nesse triângulo, vem que:
D. Cotangente na circunferência
trigonométrica BT
cotgα =
BO
 na circunferência trigonométrica, BT
Considere um arco AP cotgα =
1
no primeiro quadrante, com medida a, e uma reta t, tangente BT = cotgα
à circunferência trigonométrica em B, consequentemente,
perpendicular ao eixo y, como se vê na figura a seguir. Portanto, definir a cotangente de α como sendo a medi-
da do segmento BT é compatível com o que foi estudado no
y

81
triângulo retângulo.
B É preciso, agora, generalizar a definição de cotangente
t para qualquer arco da circunferência trigonométrica, com
P exceção daqueles que possuem extremidade que coincidem
com a extremidade do arco de 0º ou 180º. Uma vez que se
α cos α
pode escrever que cotgα = e sabendo que o seno é
senα
O A x
nulo em 0º ou 180º, a divisão por zero não está definida e,
consequentemente, a cotangente também não está.
Pensando em cotangente como sendo o quociente en-
cos α

 tre o cosseno e o seno, isto é, cotgα = , nota-se que o
Pelos pontos O e P, traçar a reta OP até interceptar o eixo senα
t, em um ponto T. sinal da cotangente é igual ao sinal da tangente. Então, para
generalizar a definição, é preciso que, no primeiro e terceiro
y quadrantes, a cotangente tenha sinal positivo e, no segundo e
quarto quadrantes, a cotangente tenha sinal negativo.
B T
t O problema do sinal será resolvido definindo a cotangen-
P te como segue.
A cotangente de a é a medida algébrica do segmento BT.
α A medida algébrica do segmento BT é definida da seguin-
te forma:
O A x • É o número que fornecerá o comprimento do segmento
BT precedido do sinal positivo, se T estiver à direita de B.
• É o número que fornecerá o comprimento do segmento
EMI-15-70

BT precedido do sinal negativo, se T estiver à esquerda


de B.
Graficamente, tem-se: c. y
9

a. y
B T
t
212

B T
t
α
P

α O A x
Matemática

O A x

A cotangente no terceiro quadrante é positiva, pois a me-


dida algébrica do segmento BT é positiva, uma vez que T está
A cotangente no primeiro quadrante é positiva, pois a me- à direita de B.
dida algébrica do segmento BT é positiva, uma vez que T está
à direita de B. d. y
Matemática e suas Tecnologias

b. y T B
t
T B
t
P

O x

O x
P

A cotangente no quarto quadrante é negativa, pois a me-


dida algébrica do segmento BT é negativa, uma vez que T está
à esquerda de B.
A cotangente no segundo quadrante é negativa, pois a
82

O eixo t, orientado para a direita, também é chamado de


medida algébrica do segmento BT é negativa, uma vez que T
eixo das cotangentes.
está à esquerda de B.

Do exposto até aqui, podemos concluir que:

0° 90° 180° 270° 360°


Secante 1 Não está definida –1 Não está definida 1

Cossecante Não está definida 1 Não está definida –1 Não está definida

Cotangente Não está definida 0 Não está definida 0 Não está definida

Em relação aos sinais dos quadrantes do sistema trigonométrico, temos:

Secante – Secante +
Cossecante + Cossecante +
Cotangente – Cotagente +
Secante – Secante +
Cossecante – Cossecante –
Cotangente – Cotangente +
EMI-15-70
APRENDER SEMPRE 17

9
01. Fuvest-SP Resolução

212
Na figura a seguir, C é ponto de tangência entre o eixo Como se trata de uma circunferência trigonométrica,
das cotangentes e a circunferência trigonométrica, e a medi- temos que seu raio é unitário, logo CO = 1. O segmento CB
 é 30°. Nessas condições, qual a área do triân-
da do arco AP corresponde à cotangente de 30° e, desse modo:
gulo destacado COB?
1 1
CB = cotg 30° =
cotg30
cotg30 = = 3
tg30° 3

Matemática
y
3
C B Assim, podemos calcular a área A do triângulo COB, fazendo:
CB ⋅ OC 3 ⋅1 3 unidades de área
A= = =
P 2 2 2
30°
O A x

Matemática e suas Tecnologias


2. Equações envolvendo as razões 3. Adição e subtração de arcos
A partir do conhecimento que construímos até aqui sobre
trigonométricas inversas ciclo trigonométrico, já sabemos, por exemplo, que sen 90° = 1,
Equações em que figuram as razões inversas geralmente sen 30° = 1 e que sen 60° = 3 . A partir dessas me-
não trazem dificuldades adicionais, uma vez que podem ser 2 2
convertidas em modelos já estudados anteriormente. didas, podemos perceber que, embora 90° = 30° + 60°,
1 3
sen 90° ≠ sen 30° + sen 60°, pois + ≠ 1.
APRENDER SEMPRE 18 2 2
01. Desse modo, podemos perceber que a relação
sen (a + b) = sen a + sen b em geral não é verdadeira.
Resolva a equação a seguir para x ∈ [0, 2p]:

83
Passaremos a demonstrar, inicialmente, que:
cossecx = 2
sen(a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
Resolução
cossecx = 2 Podemos perceber a validade dessa identidade no exem-
1 plo dado anteriormente:
=2 sen 90° = sen (30° + 60°) = sen 30°· cos 60° + sen 60° · cos 30° =
sen x
1 1 1 3 3 1 3
sen x = = ⋅ + ⋅ = + =1
2 2 2 2 2 4 4
y
De fato, sejam dois arcos quaisquer de medidas respec-
tivamente iguais a a e b (tomaremos medidas do primeiro
quadrante apenas para simplificar a demonstração), vamos
5π π encontrar a identidade que expressa a medida de sen(a + b),
6 6 representado a seguir:
1
2 y
D
O x

sen (a + b) a+b B
b
a
O x
π 5π
x = ou x =
6 6
{ }
S= ,
π 5π
6 6
EMI-15-70

Figura 1
A partir da representação anterior, podemos conseguir a  = a.
Nos triângulos destacados a seguir, temos que HDC
9
seguinte figura, em que O é o centro da circunferência trigo-
D
nométrica. Logo OD = OB = 1 e os triângulos HOD e AOB são
212

retângulos, respectivamente, em H e A:
a
y B
D
C
Matemática

sen (a + b) B a
C O H A
b
a Figura 5
O H A x Traçando, pelo ponto C, os segmentos CS e CR perpendi-
culares a DH e OA , respectivamente, obteremos dois novos
triângulos retângulos: DCDS e DCOR.
D
Matemática e suas Tecnologias

a
Figura 2
B
Considere apenas os triângulos HOD e AOB. S
C
D b
a
O H R A
Figura 6
B
No DCDS:
C
DS DS
b cos a = = → DS = senb ⋅ cosa
CD senb
a
No DCOR:
84

O H A
Figura 3 CR CR
sena = = → CR = sena ⋅ cosb
OC cosb
Sendo AÔB = a e CÔD = b, temos que HÔD = a + b. Como vimos inicialmente, sen (a + b) = HD, mas
Desta forma, no DHOD, temos: HD = CR + DS, ou seja, sen (a + b) = CR + DS:
HD HD
sen(a + b) = = → sen(a + b) = HD sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a
OD 1
No triângulo OCD, tem-se: Agora, no triângulo ODH, temos:

D y
D

B B
C
C b
b a
a O H A x
O H A cos (a + b)
Figura 4

CD CD
senb = = → senb = CD
OD 1
EMI-15-70

OC OC
cosb = = → cosb = OC Figura 7
OD 1
Considerando que:

9
OH OH cos[90° – (a – b)] = sen (a – b)
cos(a + b) = = → cos(a + b) = OH
OD 1 cos (90° – a + b) = sen (a – b)

212
No triângulo CDS da figura 6: cos [(90° – a) + b] = sen (a – b)
cos (90° – a) ∙ cos b – sen (90° – a) ∙ sen b = sen (a – b)
CS CS
sena = = → CS = sena ⋅ senb mas cos (90° – a) = sen a e sen (90° – a) = cos a.
CD senb E, então, temos:
No triângulo COR da figura 6: sen a ∙ cos b – cos a ∙ sen b = sen (a – b), assim:

Matemática
OR OR sen (a – b) = sena∙ cos b – sen b ∙ cos a
cos a = = → OR = cos a ⋅ cosb
OC cosb
Em resumo, até aqui temos:
Como cos (a + b) = OH e OH = OR – CS, temos que:
cos (a + b) = OR – CS sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a
sen(a – b) = sen a·cos b – sen b·cos a
cos (a + b) = cos a ∙ cos b – sen b ∙ sen a cos (a + b) = cos a ∙ cos b – sen a ∙ sen b
cos (a – b) = cos a ∙ cos b + sen a ∙ sen b
Nos estudos iniciais de trigonometria, vimos que, se dois Poderemos, a partir dessas relações, determinar as que
ângulos de medidas a e b forem complementares, ou seja, se estão relacionadas à tangente da adição ou subtração de ar-
a + b = 90°, temos que sen a = cos b e cos a = sen b, ou cos, pois:

Matemática e suas Tecnologias


ainda, sen (90° – b) = cos b e cos (90° – b) = sen b.
Posteriormente, já estudando o ciclo trigonométrico, de- sen(a + b) sena ⋅ cosb + senb ⋅ cosa
tg(a + b) = =
finimos que sen (90° – x ) = cos x, sendo x a medida de um cos(a + b) cosa ⋅ cosb − sena ⋅ senb
arco qualquer. Dividindo numerador e denominador por cos a · cos b,
Dessas relações, podemos estabelecer que: temos:
sen [90° – (a – b)] = cos (a – b), ou seja, sena ⋅ cosb senb ⋅ cos a sena senb
sen [90° – (a - b)] = cos (a – b) + +
cos a ⋅ cosb cos a ⋅ cosb cos a cosb
sen [90° – a + b)] = cos (a – b) tg(a + b) = =
cos a ⋅ cosb sena − senb sena ⋅ senb
sen [(90° – a) + b)] = cos (a – b) − 1−
cos a ⋅ cosb cos a ⋅ cosb cos a ⋅ cosb
sen (90°– a) ∙ cos b+ sen b ∙ cos (90°– a) = cos (a – b)
mas, sen (90° – a) = cos a e cos (90° – a) = sen a. tg a + tg b
tg(a + b) =
Assim, cos a ∙ cos b + sen b ∙ sen a = cos (a – b), por- 1 − tg a ⋅ tg b
tanto: De maneira análoga, deduzimos:
tg a − tg b
cos (a – b) = cos a ∙ cos b + sen b ∙ sen a tg(a − b) =
1 + tg a ⋅ tg b

85
APRENDER SEMPRE 19
01. 02.
Calcule os valores de sen 105° e cos 105°. Qual é o valor da expressão:
cos 74° ∙ cos 14° + sen 74° ∙ sen 14°?
Resolução
sen 105° = sen (60° + 45°) Resolução
sen (60° + 45°) = sen 60° · cos 45° + sen 45° · cos 60° Note que cos a ∙ cos b + sen a ∙ sen b = cos ( a – b),
assim:
3 2 2 1 cos 74° ∙ cos 14° + sen 74° ∙ sen 14° =
sen 105° = ⋅ + ⋅
2 2 2 2
6 2 = cos ( 74° - 14°) = cos 60° = 1
sen 105° = + 2
4 4
6+ 2
sen 105° =
4
cos 105° = cos (60° + 45°)
cos (60° + 45°) = cos 60° · cos 45° – sen 60° · sen 45°

1 2 3 2
cos 105° = ⋅ − ⋅
2 2 2 2
2 6
cos 105° = −
4 4
2− 6
cos 105° =
4
EMI-15-70
03. D
9

Na figura abaixo, calcule tg a, tg (a + b) e tg b.


212

3
2 cm

α+β
Matemática

C
A 3 B
β
1 cm
α 3
tg (α + β) = = 1
A 3 cm B 3
tg α + tg β
Usandoa formula : tg (α + β) = ,
Resolução 1 − tg α ⋅ tg β
dett er minaremos tg β.
C tg α + tg β
tg (α + β) = 1 → = 1 → tg α + tg β = 1 − tg α ⋅ tg β
1 − tg α ⋅ tg β

( )
1
α 1 1 tg β
Como tg α = , temos : + tg β = 1 −
Matemática e suas Tecnologias

A 3 B 3 3 3
1 1 tg β 
tg α =  3 ⋅ tg β = 3  → 1 + 3 tg β = 3 − tg β
3
(Fazend
Fazendoo ooMMC
MMC)
2 1
3 tg β + tg β = 3 − 1 → 4 tg β = 2 → tg β = → tg β =
4 2

4. Arco duplo Note que essas relações referentes a arco duplo são con-
Com base nas relações verificadas no item anterior sobre sequência das anteriores. Logo, mais importante do que me-
adição e subtração de arcos, poderemos estabelecer relações morizá-las é compreendê-las.
para o arco duplo, pois se: Observação
sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a Lembrando que sen2 a + cos2 a = 1, podemos escrever
Fazendo a = b, temos: cos (2a) = cos2 a – sen2 de outras duas formas. Veja:
86

sen(a + a) = sen a·cos a + sen a·cos a • Fazendo sen2 a = 1 – cos2 a, temos:


cos(2a) = cos2 a – (1 – cos2a) = cos2 a – 1 + cos2 a
sen 2a = 2 sen a ∙ cos a
cos (2a) = 2 cos2 a – 1
Com base na relação do cosseno da adição, temos:
cos (a + b) = cos a ∙ cos b – sen a ∙ sen b • Fazendo cos2 a = 1 – sen2 a, temos:
Fazendo a = b, temos: cos(2a) = 1 – sen2 a – sen2 a
cos (a + a) = cos a ∙ cos a – sen a ∙ sen a
cos (2a) = 1 – 2 sen2 a
cos 2a = cos a – sen a
2 2

Resumindo:
Também, com base na relação da tangente da adição, po-
cos2a – sen2a
demos verificar que:
tg a + tg b
tg(a + b) =
1 − tg a ⋅ tg b cos (2a) = 2 cos2a – 1
Fazendo a = b, temos:

2 ⋅ ttgg a 1 – 2 sen2a
tg 2a
2a =
11–
– tg
tg 2 a
EMI-15-70
APRENDER SEMPRE 20

9
01. 03.
3
e cos x = 1 , determine:

212
Sendo dado sen x = Sendo tg x = m e tg (2x) = – m, com m > 0:
10 10
a. sen (2x); a. determine o valor de m;
b. cos (2x). b. determine o valor do ângulo agudo x.

Resolução Resolução
a. sen 2x = 2 sen x cos x 2 tg x

Matemática
a. tg (2x) =
3 1 6 3 1 − tg 2 x
sen2xx = 2 = =
10 10 10 5 2m
−m =
b. cos 2x = cos2x – sen2x 1 − m2

( ) ( ) Podemos dividir ambos os membros por m, pois m ≠ 0.


2 2
1 3
cos2x = − Assim:
10 10
1 9 8 4 2
cos2x = − = − = − −1 =
10 10 10 5 1 − m2
(−1)(
1)(1
1 1 − m2 ) = 2
)(1
−1 + m2 = 2
02. m2 = 3
3

Matemática e suas Tecnologias


Dado que sen x = , obtenha o valor de cos (2x). m= ± 3
4
Comom m>0
Resolução m= 3
Em vez de usar a fórmula cos (2x) = cos2x – sen2x, pre-
fira a outra: cos (2x) = 1 – 2cos2x. b. Se m = 3, então tg x = 3
Assim: Da tabela de ângulos notáveis, sabemos que:
32 9 tg 60° = 3.
cos(2x)) = 1 − 2 ⋅ 2 → cos(2x)) = 1 − 2 ⋅ Assim:
4 16
9 1 x = 60°
cos(2x)) = 1 − → cos( 2x)) = −
cos(2x
s(2x)
8 8

5. Organizador gráfico

87
sen (a + a) sen (a ± b)
cos (a + a) Simetrias cos (a ± b)
tg (a + a) tg (a ± b)
Secante no ciclo Adição e subtração
Arco duplo trigonométrico
de arcos
Cossecante no
sen (a + b) = sen a cos b + sen b cos a
sen 2a = 2 sen a cos a ciclo trigonométrico

sen (a – b) = sen a cos b – sen b cos a


cos 2a = cos2 a – sen2 a Cotangente no
ciclo trigonométrico
cos(a + b) = cos acos b – sen a sen b
2 tga
tg 2a =
1 – tg2a cos(a – b) = cos a cos b – sen a sen b

(tg a + tg b)
tg(a + b) =
1 – tg a tg b

(tg a – tg b)
tg(a – b) =
1 + tg a tg b

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 39
9

Circunferência trigonométrica: secante, cossecante e cotangente


212

Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática

Sendo BC a medida de cotg a = 3, determine a medida Sendo cos x = − 4 e π < x < p, determine cossec x e
x do segmento OD indicado, sendo r uma reta tangente à cir- 5 2
cunferência trigonométrica no ponto M que intercepta o eixo indique seu valor na circunferência trigonométrica.
das abscissas em D.
Resolução
y Pela relação fundamental da trigonometria:
r
sen2x + cos2x = 1
B 3
C ( )
sen2x + − 4 2 = 1
5
9
Matemática e suas Tecnologias

M sen2 x =
α 25
D 3 π
O x A x ∴senx = , pois < x < π e, consequentemente,
5 2
5
cossec x = .
3

Resolução S
5
Sendo sec a = x e cotg a = 3 , temos que: 3
1 cos α
= xe = 3 → cos α = 3 senα P
cos α sen α
Pela relação fundamental da trigonometria:
sen2a + cos2a = 1
88

O A x
sen2a + ( 3 sen a)2= 1
4 sen2a = 1
1 3 2 2 3
∴sen α = ∴cos α = ∴x = =
2 2 3 3

EMI-15-70
03. Fuvest-SP Resolução

9
Na figura a seguir, a reta r passa pelo ponto T = (0,1) e é TB ⋅ AH
S TAB =
paralela ao eixo Ox. A semirreta Ot forma um ângulo a com o 2

212
semieixo Ox (0° < a < 90°) e intercepta a circunferência trigo- Em que, no DOTB, temos:
nométrica e a reta r nos pontos A e B, respectivamente. OT
tg α =
TB
1 1
y tg α = → TB = = cotgα
TB tgα

Matemática
t AH = OT – OP = 1 – sen a
T
r (1 − sen α) ⋅ cotg α
B Assim: S TAB =
2
A Alternativa correta: D
Habilidade
α
Identificar a compatibilidade de valores do seno, cosse-
0 x
no, tangente, secante, cossecante e cotangente de um arco,
conhecendo a localização do arco na circunferência trigono-
métrica.

Matemática e suas Tecnologias


A área do DTAB, como função de a, é dada por:
(cos α)
a. (1 − sen α) ⋅
2
(sen α)
b. (1 − cos α) ⋅
2
(tg α)
c. (1 − sen α) ⋅
2
(cotg α)
d. (1–sen α) ⋅
2
(sen α)
e. (1 − sen α) ⋅
2

89
Exercícios Extras
04. 05.
Se sec x = 5 e 3π < x < 2p, então o valor de cotg x é: Na figura a seguir, a reta r é tangente à circunferência tri-
4 2
4 gonométrica no ponto B e intercepta o eixo Oy em E. O seg-
a. −
5 mento CD é a cotangente do arco AB. Mostre que a medida do
5 segmento OD é igual à medida do segmento OE.
b. −
4
y
c. –1
3 E
d. −
4 C D
e. − 4
3 B

O A x
r
EMI-15-70
Seu espaço
9

Sobre o módulo
212

No capítulo 6, módulo 33, apresentamos as razões trigonométricas, em que as problematizações ficaram restritas a ângulos
agudos. Neste módulo, foi realizada a interpretação gráfica dessas razões, em que se canalizaram os estudos a respeito de arcos
da primeira volta. Sugerimos a resolução do exercício extra 05 em sala de aula, por se tratar de uma demonstração que necessita
dos conceitos de razões trigonométricas no triângulo retângulo e, assim, os alunos poderão compreender melhor o ciclo trigono-
métrico como uma extensão dos conteúdos já apresentados.
Matemática

Na web
Acesse: <https://www.geogebratube.org/student/m49509>.
Este aplicativo, criado com o software Geogebra, ajuda na compreensão da representação gráfica de secantes
e cossecantes no ciclo trigonométrico.
Matemática e suas Tecnologias
90

EMI-15-70
Exercícios Propostos

9
Da teoria, leia os tópicos 1 A, B, C e D. 10.

212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Sendo B a extremidade do arco de medida x, representa-
do a seguir, determine sec x.

06. y
Sendo tg θ = –3 e θ um arco do quarto quadrante, repre-
sente cotg θ na circunferência trigonométrica.

Matemática
S

07. x
Considere a figura abaixo, na qual a circunferência tem A
raio igual a 1 e é tangenciada por r em B. O x

y
r
Q
–3

S
M 11.

Matemática e suas Tecnologias


x Sobre o produto P = sec 250°·cossec135°·cotg 310° · tg 20°,
A pode-se afirmar corretamente que P é positivo, negativo ou
R N O x neutro?

12.
Sabendo que x ∈[0, 2p] e que E é um valor positivo, po-
P de-se afirmar corretamente que x é um arco do:
cossec30° ⋅ cosg300° ⋅ secx ⋅ cossec143°
E=
cotg 190° ⋅ sec 250°
Nesse caso, as medidas dos segmentos ON, OM, AP , OQ e a. primeiro ou segundo quadrantes.
OR correspondem, respectivamente, a: b. segundo ou terceiro quadrantes.
a. sen x, sec x, cotgx, sec x e cossec x. c. primeiro ou terceiro quadrantes.
b. cos x, sen x, tgx, cossec x e sec x. d. primeiro ou quarto quadrantes.
c. cos x, sec x, cossec x, cossec x e sec x. e. segundo ou quarto quadrantes.

91
d. tgx, cossec x , cos x, sec x e cotg x.
13.
08. Na figura a seguir, a circunferência trigonométrica é tan-
3 3π genciada pelo reta r em B. Sendo 225° a medida do arco AB, o
Se tg x = e π < x < , o valor de cos x – sen x é:
4 2 valor da ordenada representada por a é:
7
a.
5 y
7
b. −
5
2
c. −
5
r
1
d. O A
5
x
e. − 1
5 B

09. 225°

Se cossec x = 3 e π < x < p, então o valor para tg x é:


2
a. 2 d. − 2
2 4
a. − 2 c. − 3
b. − 2 e. 3 4
2 4 d. − 2
b. − 2
EMI-15-70

c. 2 2 e. –2
4
14. 16.
9

Na circunferência trigonométrica representada a se- Na figura a seguir, a circunferência trigonométrica é tan-


guir, α é a 
medida
 do arco AB contido no primeiro quadran- genciada pela reta r no ponto B. A medida do arco AB é α e D é
212

te. A reta DC tangencia a circunferência em D. Demonstre a intersecção de r com o eixo das ordenadas. Demonstre que
que a medida do segmento BC pode ser dada pela expres- BD = cotg α.
são (cossecα – 1).
y
y D
Matemática

D C
B B

α A α C
O x O A x
r
Matemática e suas Tecnologias

15.
Na figura a seguir, a circunferência trigonométrica é tan-
genciada pela reta r no ponto B. A medida do arco AB é α e C é
a intersecção de r com o eixo das abscissas. Demonstre que
BC = tg α.

y
D

B
92

α C
O A x
r

EMI-15-70
Módulo 40

9
Equações trigonométricas (II)

212
Exercícios de Aplicação
01. 02.

Matemática
Resolver a equação cossec x = 2 , no intervalo [0, 2p[. Determine as soluções da equação sec2x = tgx + 1 que
estão no intervalor [0, 2p ].
Resolução
cossec x = 2 Resolução
1 sec2 x = tg x +1; x ∈ [0, 2p]
= 2
senx 1 + tg2 x = tg x + 1
2 tg x (tg x – 1) = 0
senx =
2 tg x = 0 ou tg x – 1 = 0
tg x = 1
y I. tg x = 0

Matemática e suas Tecnologias


x = 0 ou x = p ou x = 2 p
3π π II. tg x = 1
4 4 π 5π
2 x = ou x =
4 4
2
tg x
O x
1
π
4
π 0

{ }
π 3π
S= ,
4 4 5π
4

93
As soluções são: 0, π , π, 5π e 2π.
4 4
EMI-15-70
03. Sistema COC Resolução
9

A soma das raízes da equação cossec2x + 2 cotg2x = 2 exis- Do texto, temos:


tente no intervalo de ]0, 2p[ é: 1 2cos2 x
cossec2 x + 2cotg 2 x = 2 → + =2
sen x sen2 x
212

2
a. 4p
5π 1 + 2cos2 x = 2sen2 x → 1 + 2cos2 x = 2(1 − cos2 x )
b. 1
2 1 + 2cos2 x = 2 − 2cos2 x → 4cos2 x = 1 → cos2 x =
4
7π 1 1
c. cosx = − ou cosx =
3 2 2
d. 7p
Matemática

Raízes:
e. 8p 1 π 5π
cosx = → x = ou x =
2 3 3
1 2π 4π
cosx = − → x = ou x =
2 3 3
Assim, a soma é:
π 5π 2π 4 π 12π
+ + + = = 4π
3 3 3 3 3
Alternativa correta: A
Habilidade
Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
Matemática e suas Tecnologias

meira volta da circunferência trigonométrica.


94

Exercícios de Aplicação
04. Sistema COC 05. Sistema COC
Um polígono está inscrito na circunferência trigonométri- Resolva a equação a seguir para 0 < x < 2p:
ca e cada um de seus vértices são extremidades dos arcos cossec2x – 3 cossec x +2 = 0.
que são raízes da equação sen x – cos x = 1, no intervalo
[0, 2p]. Desse modo, a área desse polígono mede:
a. 2 u.a.
b. 3 u.a.
c. 4 u.a.
EMI-15-70

d. 5 u.a.
e. 6 u.a.
Seu espaço

9
Sobre o módulo

212
Neste módulo, figuram as equações trigonométricas que exigem bom conhecimento sobre casos de fatoração e também as
que trazem razões inversas ou utilizam identidades já estudadas para sua resolução. Tem-se, assim, uma boa oportunidade para
reforçar ou revisar os conteúdos trigonométricos estudados até aqui.

Matemática
Exercícios Propostos
13.

Matemática e suas Tecnologias


Da teoria, leia o tópico 2.
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O conjunto solução da equação sen x = cossec x, sendo
0 < x <2p, é:

06. a. { π2 }
b. { }

Resolva a equação sec x = 2, para 0 < x < 2p.
2
07. c. { 5π }
Resolva a equação 2sen x – cossec x = 1, em que x varia 4
3π d. { , 3π }
π
no intervalo [0, ]. 2 2
2
e. { π , 5π }
4 4
08.
Resolva a equação tg x + cotg x = 2, para 0o ≤ x ≤ 360o. 14. Fuvest-SP

95
1 Determinar os valores de x, no intervalo de 0 ≤ x ≤ 2, que
Dica: cotg x = satisfazem a equação sen (px) + cos (px) = 0.
tgx
09. 15.
Sendo 0 ≤ x ≤ 2p, a soma das quatro raízes da equação Resolver a equação sen3x –cos3x = 0 na primeira volta
sen2 x + sen (–x) = 0 vale: positiva.

a. d. 2p 16.
2
3π Sejam a um número real e n o número de todas as solu-
b. 3p e.
2 ções reais e distintas x ∈[0,2p] da equação
5π cos8 x – sen8 x + 4 sen6 x = a.
c. 2
Das afirmações:
10. I. Se a = 0, então n = 0.
Resolva a equação sec2 x = 1 + tg x, para 0o ≤ x ≤ 360o. 1
II. Se a = , então n = 8.
Dica: sec2 x = 1 + tg2 x 2
III. Se a = 1, então n = 7.
11. IV. Se a = 3, então n = 2.
Resolver a equação cotg x = 1, no intervalo [0, 2p[. É (são) verdadeira(s):
a. apenas I.
12. b. apenas III.
A soma das raízes da equação sec x = 1, resolvida no in- c. apenas I e III.
tervalo [0, 2p], é: d. apenas II e IV.
a. 0 d. pp e. todas.
b. – 1 e. 3p
EMI-15-70

c. 2p
Módulo 41
9

Adição e subtração de arcos


212

Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática

1
Determine o valor de: Lembrando que cosec x = , determine o valor de
sen x
a. sen 75°; cosec 75°.
b. cos 15°.
Resolução
Resolução 1
a. sen 75° = sen (30° + 45°) = sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30° cosec 75º = sen 75º
1 2 2 3 2 6 sen 75° = sen (30° + 45°) =
sen75° = · + · = +
2 2 2 2 4 4
6+ 2 = sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30°
sen75° = 1 2 2 3 2 6
4 sen 75°= ⋅ + ⋅ = +
2 2 2 2 4 4
Matemática e suas Tecnologias

6+ 2 6+ 2
b. cos 15° = sen 75° =
4
, pois 15° + 75° = 90° sen 75° =
4
4
cosec 75º =
6+ 2
4 ( 6 − 2)
cosec 75º = ⋅
( 6 + 2) ( 6 − 2)
4( 6 − 2 )
cosec 75º =
4
cosec 75º = ( 6 − 2 )
96

EMI-15-70
03. UERJ Resolução

9
Um esqueitista treina em três rampas planas de mesmo sen 15° = sen(45° − 30°)
comprimento a, mas com inclinações diferentes. As figuras = sen 45° cos 30° − sen 30° cos45°

212
abaixo representam as trajetórias retilíneas AB = CD = EF, con- 2 3 1 2
tidas nas retas de maior declive de cada rampa. = ⋅ − ⋅
2 2 2 2
6− 2
=
E 4
sen 75° = sen(45°+ 30°)
C
= sen 45° cos30°+ sen30° cos45°

Matemática
2 3 1 2
= ⋅ + ⋅
a h3 2 2 2 2
A a 6+ 2
h2 =
a 4
h1
Temos:
15° 45° 75°
B h1 a( 6 − 2 )
D F sen 15° = ↔ h1 =
a 4
h2 a 2
Sabendo que as alturas, em metros, dos pontos de par- sen 45° = ↔ h2 =
a 2
tida A, C e E são, respectivamente, h1, h2 e h3 conclui-se que: a( 6 − 2 ) a 2
h1 + h2 = +

Matemática e suas Tecnologias


a. h3 3 . 4 2
b. h3 2 . a( 6 − 2 ) a 2
= +
c. 2 h3. 4 2
d. h3. a( 6 + 2 )
=
4
Então:
h3 a( 6 + 2 )
sen 75° = ↔ h3 =
a 4
Por tan to, h1 + h2 = h3
Alternativa correta: D
Habilidade
Resolver problemas do cotidiano utilizando fórmulas tri-
gonométricas de adição, subtração e duplicação de arcos e
ângulos.

97
Exercícios Extras
04. Fuvest-SP 05.
No triângulo retângulo ABC, ilustrado na figura, a hipote- O quadrilátero ABCD da figura abaixo é um retângulo. Cal-
nusa AC mede 12 cm e o cateto BC mede 6 cm. Se M é o pon- cule a soma a + b.
 é igual a:
to médio de BC, então a tangente do ângulo MAC
B A
A a. 2
7
b. 3
7
c. 2
7 α β
d. 2 2 C 2 cm 4 cm D
7
EMI-15-70

B M C e. 2 3
7
Seu espaço
9

Sobre o módulo
212

O exercício proposto 03 é um pouco extenso, porém pode-se usar os resultados obtidos nas questões anteriores, que ser-
vem basicamente para aplicar as fórmulas de adição e subtração de arcos, para resolvê-lo de modo bastante rápido e fácil. Neste
caso, faz-se bastante interessante a mediação do professor na busca de uma estratégia para a resolução dessa questão.
Deve-se destacar que a memorização dessas relações de adição e subtração é muito importante, entretanto a preocupação
maior deve residir no desenvolvimento das habilidades individuais e relacioná-las à resolução dos problemas.
Matemática
Matemática e suas Tecnologias
98

EMI-15-70
Exercícios Propostos

9
Da teoria, leia o tópico 3. 11. Sistema COC

212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Na figura abaixo, os segmentos AB e A’B’ represen-
tam as bordas de duas calçadas paralelas de uma rua
cuja largura (distância entre as bordas das calçadas) é
06. 10 metros.
Considere o triângulo:

Matemática
C P
A B
c α
β

a
A B A’ B’
P’ R T

Sabendo que as medidas dos lados do triângulo são


números inteiros e consecutivos e que o menor dos lados O ponto P representa a posição de uma pessoa para-

Matemática e suas Tecnologias


mede 3 cm, determine: da sobre a borda AB. Os pontos P’, R e T, sobre a borda A’B’,
a. sen (a + c); c. tg (a + c). representam, respectivamente, as posições de um poste
b. cos (a + c); de iluminação, uma banca de revistas e um ponto de táxi.
Se a = 75° e b = 30°, calcule:
07.
a. a distância entre P e R;
Na figura, determine: b. a distância que essa pessoa percorrerá, em linha
reta, de sua posição inicial P ao ponto de táxi T.
4 x
75° 12. UERJ
Um holofote está situado no ponto A, a 30 metros de al-
tura, no alto de uma torre perpendicular ao plano do chão. Ele
a. cos 75°;
ilumina, em movimento de vaivém, uma parte desse chão, do
b. o valor de x.
ponto C ao ponto D, alinhados à base B, conforme demonstra
08. UEG-GO a figura a seguir.
Um avião, ao decolar, descreve uma trajetória em linha

99
reta, que faz um ângulo de 15° com o solo. Qual é a distância A
a ser percorrida, sem alterar sua trajetória, para que atinja a
altura de 3 000 metros?

09. Unicap-PE
Sabendo que x – y = 60°, assinale a alternativa que corres-
ponde ao valor da expressão (cos x + cos y)2 + (sen x + sen y)2.
a. 1 c. 2
1 d. 3 B C D
b.
2 3
e.
2 Se o ponto B dista 20 metros de C e 150 metros de D, a
10. Fuvest-SP medida do ângulo CÂD corresponde a:
No triângulo retângulo ABC, os catetos AB e AC medem a. 60°
2 + 3 e 1, respectivamente. Seja D um ponto de AB, tal que b. 45°
AD = AC. Calcule tg (a + b), em que a e b são, respectivamen- c. 30°
te, as medidas de ADC  e ABC
 . d. 15°

C 13. Udesc (adaptado)


A expressão trigonométrica dada por sen
uma identidade trigonométrica com o termo:

2 (
− 2x é )
a. cos 2x
b. cos (–2x)
c. sen 2x
α β
EMI-15-70

d. −sen 2x
A D B e. sen22x + cos22x
14. Mackenzie-SP 16. Unicamp-SP
9
3
Se, no triângulo retângulo da figura, tem-se cos α = , Uma ponte levadiça, com 50 metros de comprimento, es-
4
então o valor de sen(2a + 3b) é: tende-se sobre um rio. Para dar passagem a algumas embar-
212

cações, pode-se abrir a ponte a partir de seu centro, criando


um vão AB , conforme mostra a figura abaixo.
β

AB
α
Matemática

12 cm A B
2
a. 3 d. −
4 3
1 α
b. − 3 e. − α
4 2
rio
2
c.
3
50
15. Fuvest-SP
Matemática e suas Tecnologias

Sabe-se que existem números reais A e x0, sendo A > 0, Considerando que os pontos A e B têm alturas iguais, não
tais que sen x + 2 cos x = A cos(x – x0) para todo x real. O valor importando a posição da ponte, responda às questões a se-
de A é igual a: guir..
a. 2 a. Se o tempo gasto para girar a ponte em 1º equivale a
b. 3 30 segundos, qual será o tempo necessário para ele-
c. 5 var os pontos A e B a uma altura de 12,5 m, com rela-
d. 2 2 ção à posição destes quando a ponte está abaixada?
e. 2 3 b. Se a = 75°, quanto mede AB ?
100

EMI-15-70
Módulo 42

9
Adição e subtração de arcos: arco duplo

212
Exercícios de Aplicação
01. UEPB 02. UFU-MG

Matemática
Sabendo que cotgx = 1 , o valor da tg 2x é igual a: Na figura abaixo, o ângulo a é tal que 0 < a < 90°.
2
1 d. –1
a. − α
2 e. − 4
b. 4 3 1
5 2α
c. 4 1
3 1
α
Resolução b
1
Se cotgx = , podemos concluir que tg x = 2. Assim:

Matemática e suas Tecnologias


2
2 tg x 4 4 Então, b é igual a:
tg 2x = = =− a
1 − tg 2 x 1 − 4 3 a. 2cos(a)
Alternativa correta: E b. 2

c. 2cos α
2 ()
d. sen(2a)
Resolução
Traçando-se segmentos perpendiculares como indicado
na figura a seguir, temos:

α
a a 1

101
2 2 α
α

1
1
α b
b 2
2
b
α a
1. sen =
2 2
b
2.sen α =
2
α α
sen α = 2sen cos
2 2
b a α
= 2 ⋅ ⋅ cos
2 2 2
α b
2cos =
2 a
Alternativa correta: C
EMI-15-70
03. Mackenzie-SP Resolução
9

A soma das soluções da equação 2 cos2x – 2cos2x – 1 = 0, 2cos2 x − 2cos2x − 1 = 0


para 0 ≤ x ≤ 2p, é: 2cos2 x − 2(2cos2 x − 1)− 1 = 0
−2cos2 x + 1 = 0
212

a. p p
b. 2 p 2 π 3π 5π 7π
cosx = ± ∴x = ,x = ,x = ou x =
c. 3 p 2 4 4 4 4
d. 4 p π 3π 5π 7π
soma = + + + = 4π
e. 5 p 4 4 4 4
Alternativa correta: D
Matemática

Habilidade
Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
meira volta da circunferência trigonométrica.
Matemática e suas Tecnologias
102

Exercícios Extras
04. ESCS-DF Sabendo que o seno de 25º é igual a 0,42 e que o cosse-
Um observador de 1,80 m de altura vê o ponto mais alto no de 25º é igual a 0,91, a altura h da torre em relação ao solo
de uma torre segundo um ângulo de 25º em relação ao plano é de, aproximadamente:
horizontal que passa pelos seus olhos. Caminhando 50 m em a. 44 m.
direção à torre, passa a vê-la sob ângulo de 50º, como está b. 42 m.
representado no esquema a seguir. c. 40 m.
d. 38 m.
e. 36 m.

05. Fuvest-SP
h Um arco x está no terceiro quadrante do círculo trigono-
25° 50° métrico e verifica a equação 5cos 2x + 3sen x = 4.
1,80 m Determine os valores de sen x e cos x.

50 m
EMI-15-70
Seu espaço

9
Sobre o módulo

212
Este módulo trata de um assunto que, certamente, tem grande prevalência nos exames. Os alunos precisam conhecer as
relações correspondentes ao arco duplo, mas é fundamental que saibam que eles são consequência das fórmulas anteriormen-
te apresentadas da adição e subtração de arcos. Dessa maneira, não se trata de mais fórmulas para decorar, mas sim de novos
recursos que podem ser aplicados à resolução de problemas.
Na web

Matemática
Acesse: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1145>.
Este vídeo pode ajudar os alunos a compreender melhor a aplicação de adições e subtrações de arcos, bem
como de arcos duplos ou arcos metade.

Matemática e suas Tecnologias


Exercícios Propostos
Da teoria, leia o tópico 4. 09. UFPI
π π
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O valor do produto sen . cos é igual a:
8 8
a. 2 d. 3
06. Unicid-SP 8 2
Sabendo-se que sen(x) + cos(x) = k, com k ∈ , então o b. 3 e. 2
valor de sen(2x), em termos de k, é: 4 4
a. k2 – 1 c. 2
b. k + 1 2

103
c. k2 + 1
d. k –1 10. Fatec-SP
e. 1 – k No plano cartesiano da figura, estão representados a cir-
cunferência trigonométrica e o triângulo OPQ tal que:
07. UEL-PR • os pontos P e Q pertencem à circunferência trigono-
Se cos(2x) = 1 , então o valor de tan2(x) + sec2(x) é: métrica e são simétricos em relação ao eixo Oy;
2 • P é a extremidade do arco de medida 75º.
1 4 Nessas condições, a área do triângulo POQ é:
a. 3 d.
3
y
b. 2 e. 5
3 3 Q P
c. 1
75°
08. FFFCMPA-RS O
cos2θ x
Se tg θ = 2, então o valor de é:
1 + sen2θ
a. –3
1
b. −
3 a. 2
c. 1 b. 6 − 2
3
c. 6 + 2
4
d. 2 1
3 d.
2
e. 3
EMI-15-70

e. 1
4
11. Fuvest-SP 15. UEPA
π π
9

Sejam x e y dois números reais, com 0 < x < e < y < π , O Morro do Alemão é uma das regiões mais violentas do
2 2
4 Rio de Janeiro. Como medida de socialização dessa favela, a
satisfazendo sen y = e 11 sen x + 5 cos (y – x) = 3.
212

5 prefeitura da cidade, por meio da Secretaria de Turismo, pre-


Nessas condições, determine: tende instalar um teleférico, ligando um ponto da cidade ao
a. cos y; alto desse morro. Considerando a figura representativa abai-
b. sen 2x. 7
xo, em que cos(2θ) = e AB = 720 m, o valor de AC é:
25
12. Sistema COC
Matemática

A
Para 0 ≤ x ≤ 2p, a maior raiz da equação
cos(2x) + cos x + 1 = 0 é:
π
a. 2
2π θ
b. C
3 B

c.
3 a. 1 600m.
3π b. 1 500m.
d.
Matemática e suas Tecnologias

2 c. 1 440m.
5π d. 1 350m.
e. e. 1 200m.
3
13. Sistema COC 16. UFMS
O valor de (sen 22°30' – 22°30')2 é: Uma luminária cônica circular, de abertura angular de
θ graus, posicionada a 3 metros do chão, com o segmento AO
a. 2 + 2 perpendicular ao segmento AB, projeta uma elipse de luz no
2
chão de eixo maior com 1 m de comprimento, como ilustra-
b. 1 + 2 do na figura 1. Se deslocarmos em θ graus a luminária, como
2
ilustrado na figura 2, qual será o comprimento do eixo maior,
c. 2 em centímetros, da nova elipse de luz no chão?
2 (Considere θ = ângulo formado entre os segmentos AO e
BO = ângulo formado entre os segmentos BO e CO, como nas
d. 1 − 2 figuras.)
2
104

2− 2 O O
e.
2

q qq
14. ITA-SP
1 3m 3m
Se cos 2x = , então um possível valor de
2
cot g x − 1
é:
cossec ( x − π ) − sec ( π − x ) A B A 1m B C
1m ?

a. 3. Figura 1 Figura 2
2
b. 1.
c. 2.
d. 3..
e. 2.
EMI-15-70

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