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Capítulo 11 ................. 8
Módulo 37 ............. 16
Capítulo 12 ...............20
212 Módulo 38 ............. 31
Módulo 39 .............34
ica
Módulo 40 ............. 37
Módulo 41 ............. 41
Capítulo 13 ...............44
át Módulo 42 .............49
em
at
M
S
FÍ Q
UÍ
O
BI
LP
HO
GE
O
IS
AT
L
FI
SO
C
M
S
RE
1. Radiciação 10
2. Organizador gráfico 15
Módulo 37 – Potenciação
e radiciação – Parte II 16
JOHN T TAKAI/SHUTTERSTOCK
Potenciação e radiciação – Parte II 11
9
x Área = 5 u.a.
x
Matemática
sentar uma raiz, é bastante especulativa. Algu- drado no problema, após longas décadas de transformações
mas fontes dizem que o símbolo foi usado pela em sua representação, tem a notação moderna indicada por
primeira vez pelos árabes, por Al-Qalasady 5 , leia-se: raiz quadrada de cinco.
(1421-1486), matemático árabe. Menciona-se Com o passar do tempo, outros problemas com o mesmo
que o símbolo venha da letra T desse alfabe- princípio de raciocínio apareceram.
to, a primeira letra da palavra “Jadhir”. Observe este problema.
Muitos, incluindo Leonard Euler, acreditam Encontre a medida x da aresta de um cubo para que seu
que o símbolo origina-se da letra r, que é a pri- volume resulte em 8 u.v. (unidades de volume).
meira letra da palavra radix, que, em latim, re-
fere-se à mesma operação matemática. O sím-
bolo foi visto pela primeira vez impresso sem x Volume = 8 u.v.
o vínculo (a linha horizontal que fica sobre os
números dentro da raiz) em 1525, no Die Coss,
do matemático alemão Christoff Rudolff. x
x
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
10
x Volume = 10 u.v.
x
2 u.c. (unidade de comprimento). é 3 10 , leia-se: raiz cúbica de 10. Observe que o número 3
Considere agora o seguinte problema. apontado é chamado de índice.
No caso do problema do quadrado, o número foi repre- B.2. Para um número real a qualquer e n, um
7
sentado por 5 , que, por sua vez, de acordo com a evolução número natural ímpar, define-se o significado
do assunto, deveria ser representado por 2 5 . para o símbolo n a como sendo um número
211
Por que se usa 5 para indicar 2 5 ? real b, que satisfaz a igualdade bn = a.
A resposta está vinculada a motivos históricos, à evolu- Exemplos
ção do símbolo . • 5 32 = 2 , pois 25 = 32
A necessidade de expressar números que têm a forma • 3 −8 = −2 , pois (–2)3 = –8
n
a e estudar suas propriedades resultou, na matemática,
no estudo de um conteúdo denominado radiciação. C. Observação
Matemática
B. Definições C.1. a 2 = a , se a for um número real não negativo.
A definição de radiciação será apresentada em duas par- Exemplos
tes. Isso poderá facilitar o entendimento e, ao mesmo tempo, • 22 = 4 = 2
seguirá a ordem histórica em que os conceitos apareceram. • 102 = 100 = 10
B.1. Para um número real a, não negativo, C.2. a 2 = −a , se a for um número real negativo.
e n, um número natural diferente de zero, Exemplos
define-se o significado para o símbolo • ( −2) = 4 = 2 = − ( −2)
2
n
a como sendo um número real b, não
• ( −10)2 = 100 = 10 = − ( −10)
11
• 8 = 2 , pois 2 = 8
3 3
C.5. Quais valores reais de x
• 36 = 6 , pois 6 = 3
2
resolvem a equação x2 = 4?
• 10 = 10 , pois 10 = 10
1 1
Há dois possíveis valores para x: um deles é x = 2 e o ou-
• 0 = 0 , pois 0 = 0 tro é x = –2, daí se escreve que os possíveis valores de x são
5 5
Note que, em todos os exemplos, tanto o radicando como dados por: x = ± 4 ou, ainda, x = ±2. Note que 4 conti-
a raiz n-ésima são números não negativos. nua sendo igual a 2, e os sinais “±” que precedem a 4 são
exigências da resolução da equação do 2o grau incompleta.
Uma aplicação de raiz quadrada a velocidade de um carro pode ser aferida pela marca deixa-
Um motorista estava transitando em um dia ensolarado, da pelos pneus, por meio da seguinte relação: v = k ⋅ c , em
a certa velocidade, em uma avenida na qual a velocidade- que c é o comprimento da marca deixada pelos pneus em
-limite é de 60 km/h, quando, ao observar um guarda, freou metros, v é a velocidade do carro em quilômetros por hora e
bruscamente, deixando uma marca no asfalto, até conseguir k é uma constante que varia de acordo com o carro.
parar o carro. O motorista afirmou, ainda, que, para seu veículo, em pista
Discordando da multa que o guarda pretendia lhe apli- seca, a constante é 14,5 e que a marca tinha, aproximadamen-
car, o motorista, que era um físico, resolveu usar seus co- te, 16 metros. Então, calcularam que a velocidade do carro era
nhecimentos. Assim, ele mediu o tamanho da marca deixa- de 58 km/h. Observe: v = 14,5⋅ 16 = 14,5⋅4 = 58 km/h.
da pelos pneus e, em seguida, afirmou ao guarda que sua O guarda ouviu atentamente a explicação e, sem outro
velocidade estava abaixo da permitida. argumento que pudesse contradizer o motorista, resolveu
O guarda questionou o motorista, perguntando-lhe não multá-lo.
EMI-15-70
• ( 5 2 )2 = 5 22 = 5 4
2 2⋅3 6
(23 )3 = 23 = 23 = 22 = 4 E.4. Raiz de raiz
Fazendo uma análise comparativa entre as duas situa- k n
a = k⋅n a
2
ções, pode-se dizer que 23 satisfaz as condições para ser o Justificativa
número b. Daí, vem que: k 1 1 1 1
2 2 2 k n
a = a n = (a n )k = a n⋅k = k⋅n a
3
4 = 2 ou 2 = 4 ou 2 = 2
3 3 3 3 3 2
D.1. Definição
Para a > 0, k inteiro e n inteiro positivo, define-se: E.5. Simplificação de índice de raiz
k
e expoente de radicando
a n = n ak n
ap = n⋅k ap⋅k
As propriedades apresentadas para potências de expoen- Justificativa
tes inteiros continuam válidas para potência com expoentes p p⋅k
racionais. n
ap = a n = a n⋅k = n⋅k ap⋅k
Exemplos Exemplo
6
• 2
64 = 2 = 2 = 2 = 8
2 6 2 3 • 6 25 = 6 52 = 3⋅2 51⋅2 = 3 51 = 3 5
1
• 3 = 2 31 = 32 Observe, por outro lado, que:
2 6
25 = 6 52 = 6÷2 52÷2 = 3 5
• 5 = 3 52 = 3 25
3
Exemplo
Nas propriedades a seguir, a e b são números reais não
• 8 16 = 8 24 = 8÷4 24÷4 = 2 21 = 2
negativos e n, k e p são números inteiros positivos.
• ⋅= = 8 =2
3
2 2 Alternativa correta: A
Exemplos
7
02. Racionalizar os denominadores:
Usando propriedades da radiciação, forme uma suces- a. 1 b.
2
3 3
4
211
são decrescente com os números reais 2 3 , 3 2 e 2.
Resolução
Resolução
a. 1 = 1 ⋅ 3 = 3
2⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 12 = 4 12 3 3 3 3
2 2 2 ( 3 2 ) 23 2 23 2 23 2 3
b. = = ⋅ = = = = 2
Matemática
3⋅ 2 = 32 ⋅ 2 = 18 = 4 18 3
4 3 22 3 22 ( 3 2 ) 3 22 ⋅2 3 23 2
1⋅ 4
2= 1 2 = 21 ⋅ 4 = 4 16
4 F.2. Racionalização de denominador
18 > 4 16 > 4 12
do tipo ( a + b ) ou ( a − b )
3⋅ 2 >2> 2 ⋅ 3 Para racionalizar uma fração com denominador
( a + b ) , deve-se multiplicar o numerador e o denomina-
dor da fração por ( a − b ) e vice-versa.
03. Justificativa
Escrever na forma de um único radical e sem fatores A ideia dessa racionalização tem seus fundamentos no
externos a ele: produto notável:
13
2+ 3
b. 1
F. Racionalização de denominadores 3− 2
Racionalizar o denominador de uma fração significa Resolução
transformar essa fração em outra sem radicais irracionais no 1 1 (2 − 3 )
denominador, para que o cálculo da divisão possa ser reali- a. = ⋅ =
2 + 3 (2 + 3 ) (2 − 3 )
zado evitando-se, quando fundamentais, aproximações e
(2 − 3 ) (2 − 3 )
erros desnecessários. Em termos práticos, racionalizar um = = = 2− 3
denominador significa eliminar o radical dele. Para racionali- ( 22 − ( 3 ))
2 ( 4 − 3)
zar o denominador, é necessário multiplicar o numerador e o
1 1 ( 3 + 2)
denominador da fração por um mesmo fator, obtendo, assim, b. = ⋅ =
3 − 2 ( 3 − 2) ( 3 + 2)
uma fração equivalente à anterior, sem radicais no denomi-
nador. Esse fator é chamado fator de racionalização ou fator ( 3 + 2) ( 3 + 2)
= = = 3+ 2
racionalizante. ( ( 3) −( 2)
2 2
) 3−2
F.1. Racionalização de denominador do tipo n a k A racionalização permite fazer divisões com menor possi-
Para racionalizar uma fração com denominador n ak , de- bilidade de erros, sobretudo nas aproximações. Por exemplo,
ve-se multiplicar o numerador e o denominador da fração por 1
na fração 5 há a divisão de 1 por 5 =2,2360679774....
a .
n n−k
a a a
n
n a mação.
APRENDER SEMPRE 2
7
01. UECE 5 5 4 52 5 4 52 5 4 52 5 4 52 4
b. = ⋅ = = = = 25
4
25 4 52 4 52 4 52 ⋅52 4 54 5
211
a. 1
=
1
⋅
11
=
11 6 + 2 ⋅ 5 2 ⋅( 3 + 5 ) 3 + 5
11 11 11 11 = = =
4 4 2
Os primeiros registros de que temos conhecimento en- podemos ter ideia do seu significado fazendo aproximações
volvendo ciências encontram-se em tabelas babilônicas, sucessivas do número π, usando, para isso, números racio-
datadas de, aproximadamente, 1000 a.C., as quais apresen- nais. Note a sequência a seguir.
Matemática e suas Tecnologias
ção de função exponencial que adotamos hoje. Perceba que, quando o expoente tende a π, o resulta-
Afinal de contas, qual é o significado de uma potência do da potência tende a ser 8,824978 e, conforme melho-
irracional? ramos a aproximação do número π, vamos encontrando
A definição de potências de expoente inteiro e expoente cada vez mais “casas” decimais fixas, o que nos permite
racional foram apresentadas, porém quanto vale 2π? dizer que, quanto mais aproximarmos o expoente do valor
Embora a definição de potências de expoentes irracio- verdadeiro de π, mais a potência se aproximará de seu va-
nais seja objeto de estudo apenas nos cursos superiores, lor verdadeiro.
EMI-15-70
2. Organizador gráfico
7
211
raiz
n-ésima
Índice
de a
n
a=b
Matemática
Sinal
radical Radicando
Propriedades de Propriedades de
Radiciação
radiciação potenciação
15
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 37
7
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
1 1
132 − 52
b. 8 256 = 2 , pois 28 = 256
c. 3
27 = 3 , pois 33 = 27 Resolução
d. 3
−27 = −3 , pois (3)3 = 27 1 1 1 29 29
a. 1 = = ⋅ =
29 29 29 29 29
e. 4
0 = 0 , pois 04 = 0 2
b. 102 = 3 10 2 = 3 10 2 ⋅ 3 10 =
3
103 10 10 10
10 10 10 10 3
3 3
= 3 3 = = 10
10 10
c. 1 1
1 = =
1
132 − 52 13 − 5
1 ( 13 + 5)
= ⋅ =
( 13 − 5 ) ( 13 + 5)
16
( 13 + 5 ) ( 13 + 5 ) 13 + 5
= = =
(( 13 ) − ( 5 )
2 2
) (13 − 5) 8
EMI-15-70
03. ESA-RJ Resolução
7
Simplificando 2 8 − 4 18 + 32 , obtemos: 2 8 − 4 18 + 32
= 2 ⋅2 2 − 4 ⋅3 2 + 4 2
a. + 2
211
= 4 2 − 12 2 + 4 2
b. − 8 = 8 2 − 12 2 = −4 2
c. + 8 Alternativa correta: D
d. −4 2 Habilidade
Efetuar operações utilizando as propriedades das potên-
e. −2 2
Matemática
cias e raízes.
Exercícios Extras
04. UCSal-BA 05.
1 1 Escrever os radicais a seguir, usando potência de ex-
Se x = 3 − 3 + − , então:
3+ 3 3 −3 poente fracionário com a menor base positiva.
a. x ≥ 5 a. 32
b. 3 ≤ x < 5 b. 3 81
c. 1 ≤ x < 3 c. 10 2
d. 0 ≤ x < 1 d. 5 49
e. x < 0
EMI-15-70
e. 4 5
Seu espaço
7
Sobre o módulo
211
O estudo sobre radiciação realizado neste módulo é, em princípio, revisão, no entanto, é possível que, para muitos alunos, o
assunto ainda continue complexo e as operações com raiz ainda sejam complicadas.
Este é um conteúdo relativamente extenso. Dessa forma, como sugestão, divida a apresentação em partes:
a. Apresente a definição de raiz n-ésima e, em seguida, proponha o exercício de aplicação 1.
b. Apresente as propriedades, considerando que poderá não haver tempo para demonstrá-las. Caso isso ocorra, será preci-
Matemática
Na web
<http://matematica.obmep.org.br/index.php/modulo/ver?modulo=12&tipo=2>.
Nesse site, há um link em que é resolvido, em vídeoaula um problema da OBMEP que envolve propriedades
Matemática e suas Tecnologias
da radiciação.
Estante
BOYER, Carl B. História da matemática. São Paulo: Edgar Blücher.
18
EMI-15-70
Exercícios Propostos
7
Da teoria, leia os tópicos 1A, B, C, D, E e F. 11.
211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Escrever os radicais a seguir usando potência de expoen-
te fracionário com a menor base positiva.
a. 125
06. b. 3 100
Dê o valor de: c. 8 8
a. 121 d. 5 121
Matemática
b. 5 243 e. 10 11
c. 3 64
12. UFV-MG
d. 3 −64 7
e. 10 1 A expressão 7 + a − a a , em que a é um número posi-
tivo, equivale a:
a. 7
07. b. 7 + a + a
Escrever as potências de expoente fracionário a seguir c. 7
usando a notação de radiciação com radicando inteiro.
2 d. 7
a. 53 7
19
09. UnB-DF a. 3 5
1 1 5+ 8 b. 5 3 5
Se P = ,Q= ,R = então:
7− 5 8− 5 3 c. 4 5
a. P < Q < R d. 5 4 5
b. P < Q, Q < R e. 5
c. P > Q > R
16. Unifesp
d. P > Q = R
e. Q > P = R Se 0 < a < b, racionalizando o denominador, tem-se que:
1 b− a
10. =
a+ b b− a
Dê o valor de: Assim, o valor da soma
a. 100 1 1 1 1
+ + + ... +
b. 4 625 1+ 2 2+ 3 3+ 4 999 + 1000 é:
c. 3 1000
a. 10 10 − 1 d. 100
d. 3 −1000
b. 10 10 e. 101
e. 1 100
c. 99
EMI-15-70
1. Equação exponencial 22
2. Equação exponencial
com variável auxiliar 23
3. Função exponencial 23
4. Inequação exponencial 28
5. Organizador gráfico 30
Módulo 38 – Equação exponencial 31
Módulo 39 – Equação exponencial
com variável auxiliar 34
Módulo 40 – Função exponencial 37
Módulo 41 – Inequações exponenciais 41
WATCHARAKUN/SHUTTERSTOCK
Função exponencial 12
21
Há diversas aplicações para o que chamamos, na matemática, de função exponencial. Podemos, por exemplo,
citar os cálculos de meia-vida em material radioativo, importantes para se conhecer o tempo necessário para que
a massa do material caia pela metade; a estimativa populacional a partir de determinada data, em que podemos
estimar a população futura; os cálculos de juros e parcelas em investimentos e empréstimos dos quais podemos
ter ideia do retorno de um investimento ou quanto custará o total de um empréstimo contraído; a cultura de bac-
térias, em que, a partir de determinada data, podemos estimar o número de bactérias e, por meio dessa análise,
desenvolver medicamentos, além de várias outras situações aplicadas a diversas áreas do conhecimento. Neste
capítulo, desenvolveremos um estudo sobre equação, inequação e função exponencial, relacionando este estudo
a algumas dessas situações descritas.
1. Equação exponencial Resolução
12
2x – 5 = 64
A. Introdução Inicialmente, é necessário decompor o número 64 em
211
x
Justificativa 26 = 27
Há duas situações a se mostrarem:
Aplicando a propriedade, segue que:
I. α = β ⇒ bα = bβ, que é imediata.
x
II. bα = bβ ⇒ α = β = 7 ⇒ x = 42 ⇒ S = {42}
6
bα bβ
bα = bβ ⇒ β = β ⇒ bα−β = 1
b b
3. Resolver, em IR, a equação 2x + 1 + 2x = 48
Como a base b é diferente de 1, a única possibilidade Resolução
para o expoente de b fornecer uma potência igual a 1 é ter o 2x + 1 + 2x = 48
expoente igual a zero. O membro da esquerda apresenta 2x + 1 + 2x. Aqui, é ne-
Assim, α – β = 0 e α = β cessária a aplicação de propriedades de potenciação em 2x + 1.
Dessa forma, (I) (II) justificam a propriedade. 2x + 1 = 2x · 21 = 2 · 2x
Na prática, toda vez que houver uma igualdade de potên- Substituindo na equação original, segue que:
cias na mesma base, com a base positiva e diferente de 1, os 2 · 2x + 2x = 48
expoentes serão iguais. Agora, pode-se somar os termos semelhantes no mem-
bro da esquerda, ficando:
22
12
02. ciação, pode-se escrever 22x de duas maneiras diferentes,
Resolva, em IR, a equação: 2x + 1 + 2x – 2 + 2 x + 3 = 328 como segue:
211
22x = (22)x = (2x)2
Resolução Como queremos fazer uma substituição de variável, é
2x+1 + 2x−2 + 2x+3 = 328 conveniente usar 22x igual a (2x)2, pois já há um termo 2x na
2x equação. Substituindo na equação original, temos:
2x ⋅ 21 + 2 + 2x ⋅ 23 = 328 (2x)2 – 10 ·2x + 16 = 0
2
Fazendo a mudança de variável de 2x por t, vem que:
Matemática
2x
2 ⋅ 2x + + 8 ⋅ 2x = 328 t2 – 10 · t + 16 = 0
4
8 ⋅ 2x + 2x + 32
32 ⋅ 2x O problema recai em uma equação do 2o grau.
= 328 t2 – 10 · t + 16 = 0
4
41 ⋅ 2 x
}
= 328 S = 10 t1 = 2
4
⇒ ou
4 ⋅ 328 P = 16
2x = t2 = 8
41
2x = 332 Encontramos dois valores para o t e, como t é igual a 2x,
2x = 25 ⇒ x = 5 encontramos duas equações exponenciais simples.
S = {{5} 2x = 2(I) ou 2x = 8(II)
23
2x + 1 + 2x = 48
Como 2x + 1 = 2x · 21 = 2 · 2x , temos: Resolução
2 · 2x + 2x = 48 22x = 3 · 2x – 2
Agora, substituiremos 2x pela variável t, sendo este o sig- (2x)2 = 3 · 2x – 2
Considerando 2x = y
nificado de fazer uma mudança para uma variável auxiliar.
y2 = 3 · y – 2
2 · t + t = 48
y2 – 3 · y + 2 = 0
Somando os termos semelhantes no membro da esquer-
da, fica: S = 3 y = 1
3 ·t = 48 ou
Dividindo ambos os membros por 3, segue que: P = 2 y = 2
t = 16 2x = 1 ou 2x = 2
Substituindo t por 2x, fica: 2x = 20 ou 2x = 21
2x = 16 x = 0 ou x = 1
Como 16 = 2x, vem que: S = {0; 1}
2x = 24 Alternativa correta: C
Aplicando a propriedade, encontramos o valor de x:
x=4
S = {4}
Nessa outra forma de resolução, recorremos à substitui- 3. Função exponencial
ção de 2x por outra variável, no caso a variável t.
Outra situação em que a variável auxiliar é útil se aplica A. Introdução
no exemplo a seguir.
Exemplo A.1. Fissão nuclear
Resolver, em IR, a equação 22x – 10 · 2x + 16 = 0 O processo de fissão (ou cisão) nuclear é usado em al-
EMI-15-70
o núcleo do átomo, que se torna instável, ocorrendo a divisão nêutrons (y), após o n-ésimo(n) choque, é dado por y = 3n.
em dois novos átomos (criptônio e bário), liberando muita Este problema ilustra uma das possíveis aplicações de
211
235
U B. Definição
A função exponencial tem como domínio e contradomínio
o conjunto dos números reais, e, a cada elemento x do do-
mínio, associa-se um único elemento f(x) ao contradomínio
dado por f(x) = bx, em que b ∈ , b > 0 e b ≠ 1.
236
U Pode-se representar matematicamente essa função
usando a seguinte notação:
f: ⇒
x f(x) = bx, b ∈ , b > 0 e b ≠ 1
Matemática e suas Tecnologias
Exemplos
92
Kr A seguir, x ∈ e f(x) ∈
a. f(x) = 5 · 3x
Ba
141
()
b. f ( x ) =
1 x
4
c. f(x) = 5x
d. f ( x ) = ( 2 )
x
b. f ( x ) =()1 x
4
+1
24
1o choque c. f ( x ) = 3⋅5x + 2
d. f ( x ) = ( 2 )
x+2
12
02. Fuvest-SP generalizaremos o raciocínio demonstrado na tabela
Seja f(x) = 22x + 1. Se a e b são tais que f(a) = 4f(b), a seguir.
211
pode-se afirmar que: t(anos) f(t) (população de ratos)
a. a + b = 2 d. a – b = 2
0 100 000 = 100 000 · 20
b. a + b = 1 e. a – b = 1
c. a – b = 3 1 100 000 · 2 = 100 000 · 21
2 (100 000 · 2) · 2 = 100 000 · 22
Resolução
Matemática
3 (100 000 · 22) · 2 = 100 000 · 23
f(x) = 22x + 1
f(a) = 4 · f(b) De acordo com a tabela, podemos induzir que
22a + 1 = 4 · 22b + 1 f(t) = 100 000 · 2t.
2 ⋅ 22a = 4 ⋅ 2 ⋅ 22b Em relação à população de homens, que inicialmente
22a = 22 · 22b (t = 0) é de 70 000 habitantes e, a cada ano, tem au-
22a = 22b + 2 mento de 2 000 habitantes, considere a tabela a se-
2a = 2b + 2 guir.
a=b+1
t(anos) g(t) (população de homens)
a–b=1
Alternativa correta: E 0 70 000
25
encontrarmos uma expressão matemática que rela-
C. Leitura complementar
C.1. O porquê de não adotarmos as bases negativas, nulas ou iguais à unidade nas funções exponenciais.
Na função f(x) = bx, impomos como condição que b > 0 e b ≠ 1.
Isso se faz necessário porque:
1
• se b fosse um número negativo, não teríamos imagem real para x = , por exemplo, mas teríamos para x = 2;
2
• se b = 0, não teríamos imagem real para x = – 1, por exemplo;
• se b = 1, a função f(x) = bx nos levaria sempre a y = 1, sendo, portanto, uma função constante.
Em razão da grande variedade de situações que teríamos de analisar, restringimos as bases da função exponencial, adotan-
do as condições já citadas.
C.2. Aplicações
Crescimento populacional
O crescimento natural de uma população pode ser modelado matematicamente, por meio de uma função exponencial.
Por exemplo, dada uma população N0 de bactérias no instante t = 0, o número N(t) de bactérias de uma população em um
instante t é dado por:
N(t) = N0 · ekt ,
EMI-15-70
em que e é o número de Euler (e é um número irracional e vale, aproximadamente, 2,72) e k é uma constante que depende do
número inicial de bactérias.
D. Gráfico Agora, fazendo o mesmo para a segunda tabela, vem que:
12
Para induzir a ideia sobre como são os gráficos de fun-
ções exponenciais, analisaremos dois exemplos: sendo a
y
()
211
x
função real f(x) = 2x e outro f ( x ) = 1 . 8
2
Nas tabelas a seguir, utilizam-se alguns números inteiros
na primeira coluna e, na segunda, as respectivas potências, em
que os números inteiros da primeira coluna são os expoentes.
Matemática
Tabela I 4
x 2x
1
1 2
–2 2
4 1
4 1
1
–1
2 –1 –2 –3 0 1 2 x
0 1
1 2 Para completar o gráfico, é preciso lembrar que há ainda
Matemática e suas Tecnologias
()
x
–3 8 e f (x) = 1 .
2
–2 4
–1 2 f(x) = 2x
y
0 1 8
1
1
2
26
1
2
2
4
Considere o par ordenado (x, bx) para cada par de infor-
mações fornecido pelas tabelas.
1
Assim, teremos da primeira tabela pares ordenados da 2 2
1 x
forma (x, 2x) e da segunda x,
2 ()
. 1 1
4
4 4
1
2
1
2 2
2
1
1 1
4 1
4
EMI-15-70
–2 –1 0 1 2 3 x –1 –2 –3 0 1 2 x
Note que o gráfico, em ambos os casos, aproxima-se do b. Se 0 < b < 1, a função é decrescente.
12
eixo x, contudo em nenhum momento tocará esse eixo por-
f(x) = bx
y
que, caso houvesse a intersecção com o eixo das abscissas,
211
()
x
teríamos 2x = 0 ou 1 = 0 , o que não é possível. Esse com-
2 f(x1)
portamento de se aproximar do eixo x e não tocá-lo é chama-
do de assintótico, assim o eixo x é uma assíntota. Assíntota
é uma palavra que vem do grego asymptotas, cujo significado
Matemática
é “que não pode coincidir”. f(x2)
A projeção ortogonal dos gráficos no eixo das orde-
nadas fornece pontos na reta y com valores reais maio- 1
res que 0. Dessa forma, o conjunto imagem é dado por
Im = *+ = {y ∈ / y > 0} .
Quando em uma função, dados dois elementos quais- x1 x2 0 x
quer do domínio x1e x2, com x1 menor que x2, ocorrer f(x1)me-
x1 < x2 ⇔ f(x1) > f(x2)
nor que f(x2), dizemos que ela é uma função crescente, e, se
por outro lado, para x1 menor que x2, ocorrer f(x1) maior que
f(x2), dizemos que ela é uma função decrescente. Resumo gráfico
27
mencionado a seguir.
x1 < x2 ⇔ bx1 < bx2 x1 < x2 ⇔ bx1 > bx2
Dada a função real definida por f(x) = bx, em que b ∈ ,
b > 0 e b ≠ 1, segue que: x1 > x2 ⇔ bx1 > bx2 x1 > x2 ⇔ bx1 < bx2
• Domínio: D =
• Contradomínio: CD =
• Conjunto imagem: Im = *+ Note também que a função real f(x) = bx tem imagem de
• A função exponencial é crescente quando a base da zero dada por f(0) = b0 = 1. Deduz-se, dessa forma, que toda
potência é um número real maior que 1 e decrescen- função dada por f(x) = bx passa pelo ponto (0, 1). Acompanhe
te quando a base da potência apresenta um valor real as situações a seguir.
entre 0 e 1.
a. Se b >1, a função é crescente.
a. y
f(x) = bx
y
x
1
y=
2
f(x2) 1
x
y=
3
x
2
y=
3
f(x1)
1
0 x1 x2 x
EMI-15-70
( 14 )
x trado que a função é crescente, assim ao aumentar o valor de
b. g ( x ) = x, a correspondente imagem bx também aumentará. Observe
o gráfico.
Resolução
y
f(x) = bx
a. y b
x2 b>1
16
bx1
1
28
0 x1 x2 x
4
1 Nesse gráfico, destacam-se dois elementos do domínio
4 x2 e x1, sendo que x2 é maior que x1. Observando as suas res-
–1 1 2 x pectivas imagens bx2 e bx1, conclui-se que bx2 é maior que bx1.
Assim, quando b é maior do que 1, pode-se resumir o raciocí-
lm(f ) = *+ nio aplicado como segue:
x2 > x1 ⇔ bx2 > bx1
b. y
B.2. Base maior que 0 e menor que 1
16 Para a base b maior que 0 e menor que 1, o estudo da fun-
ção exponencial f(x) = bx mostrou que a função é decrescen-
te, assim, ao aumentar o valor de x, a correspondente imagem
bx diminuirá. Veja o próximo gráfico.
y
f(x) = bx
bx1 0<b<1
4
1
4 bx2
–2 –1 1 x
1
lm(g) = *+
EMI-15-70
x1 x2 0 x
Nele, os dois elementos do domínio x2 e x1, com x2 maior b. Para resolver uma inequação exponencial bf(x) > bg(x),
12
que x1, têm suas respectivas imagens bx2 e bx1 no sentido in- com b > 1, deve-se observar que a função envolvida
verso, isto é, bx1 é menor que bx2 . Assim, quando bx é maior no estudo, f(x) = bx, é crescente. Assim, os expoentes
211
que zero e menor que 1, resume-se: devem ser comparados no mesmo sentido da desi-
x2 > x1 ⇔ bx2 < bx1 gualdade, isto é, f(x) > g(x), que representa uma nova
inequação, a qual será resolvida usando-se os métodos
C. Resolvendo uma inequação exponencial matemáticos que estiverem de acordo com o tipo da
nova inequação.
a. Para resolver uma inequação exponencial bf(x) > bg(x), Observar que o raciocínio é semelhante para a inequa-
Matemática
com 0 < b < 1, deve-se observar que a função envolvida ção bf(x) < bg(x).
no estudo, f(x) = bx, é decrescente. Assim, os expoen- Observar também a possibilidade de as potências
tes devem ser comparados no sentido inverso da desi- nas desigualdades não terem a mesma base. Nesse
gualdade, isto é, f(x) < g(x), que representa uma nova caso, será necessário recorrer ao uso dos logaritmos,
inequação, a qual será resolvida usando-se os métodos assunto a ser estudado posteriormente.
matemáticos que estiverem de acordo com o tipo da
nova inequação.
APRENDER SEMPRE 7
Resolver, em IR, a inequação 53x + 2 < 5x + 6. Dada a função y = , encontre os valores reais de
2
x para os quais 1 < y < 32.
Resolução
A base é igual a 5, que é um número maior que 1. As- Resolução
()
sim, a função f(x) = 5x é crescente, e os expoentes dever ser x2 −4 x
1
comparados usando-se a desigualdade no mesmo sentido. y=
2
Dessa forma, deve-se resolver a inequação do primeiro
( 12 )
x2 −4 x
grau 3x +2 < x +6. 1 < y < 32 ⇒ 1 < < 25 ⇒
3x + 2 < x +6
() () ()
2
3x – x < 6 – 2 1 0 1 x −4x 1 −
−5
⇒ < < ⇒
2x < 4 2 2 2
x<2 0 > x − 4x > −5
2
29
02.
() ()
x2 − 4 x + 5 > 0
1 5x+7 1 88xx−5
Resolver, em IR, a inequação > . ∆> 0
3 3
Resolução
A base é igual a 1 , que é um número maior que 0 e
3
()
x
menor que 1. Assim, a função f ( x ) = 1 é decrescente, e x
3
os expoentes dever ser comparados usando-se a desigual- A desigualdade é verificada para qualquer valor real de x
SI = R
dade no sentido inverso. (II) x2 – 4x < 0
Dessa forma, deve-se resolver a inequação do primeiro Raízes: 0 e 4
grau 5x + 7<8x – 5.
5x + 7 < 8x – 5
5x – 8x < –5 – 7 0 4 x
–3x <–12
3x > 12 SII = {x ∈ | 0 < x < 4}
x>4 De (SI) ∩ (SII), temos:
S = {x ∈ | x > 4} S = {x ∈ | 0 < x < 4}
EMI-15-70
5. Organizador gráfico
12
211
bx > by
x>y x<y
b>1 0<b<1
Matemática
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 38
12
Equação exponencial
211
Exercícios de Aplicação
01. 03. UEFS-BA
Matemática
Resolver, em , a equação 5x = 625 O produto das soluções da equação (43 – x)2 – x = 1 é:
a. 0
Resolução
b. 1
5x = 625 c. 4
Escrevendo 5x e 625 na forma de potência de mesma d. 5
base (base 5), tem-se: e. 6
x
5x = 2 5x = 5 2 Resolução
625 = 54 (43 – x)2 – x = 1
Substituindo essas potências na equação original, vem 4(3 – x) · (2 – x) = 40
que:
02.
Resolver, em , a equação 5x + 5x + 1 = 150
Resolução
5x + 5x + 1 = 150
5x + 5x · 51 = 150
6 · 5x = 150
31
150
5x =
6
5x = 25
5x =52
x=2
S = {2}
EMI-15-70
Exercícios Extras
12
2
Quantos números reais satisfazem a equação Resolver, em IR, a equação 222x +1 = 256
(x2 – 5x + 7)x + 1 = 1?
a. 0 d. 3
b. 1 e. 4
c. 2
Matemática
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, desenvolvemos um estudo sobre equações exponenciais, sendo a primeira parte específica sobre as equa-
ções exponenciais simples.
Insistir na ideia elementar de que se deve tentar obter uma igualdade de potências de mesma base para, em seguida, aplicar
a propriedade que garante expoentes iguais quando há a igualdade de duas potências de mesma base, com a base positiva e
diferente de 1.
Matemática e suas Tecnologias
Alertar para o fato de que é possível haver, em uma equação qualquer, variável na base e no expoente, a exemplo do que
ocorre no exercício extra de número 4; nessa situação é preciso analisar a base e o expoente, organizando a resolução da equa-
ção em casos a serem analisados separadamente.
Em situações como as apresentadas no exercício de aplicação 2 e no exercício extra 5, recomenda-se não usar a substitui-
ção de variável nas correções, pois este assunto será tratado com mais profundidade no módulo adiante.
Bom trabalho!
32
EMI-15-70
Exercícios Propostos
12
Da teoria, leia os tópicos 1A, B e C. 13. PUC-SP
211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Se 28 · 55 = 0,8 · 108, então n é igual a:
a. 6
b. 5
06. c. –1
Resolver, em , a equação 72 – x = 343 d. 2
e. –3
Matemática
07.
Resolver, em , a equação 3x + 3x – 1 = 324 14. ESPM-SP
(0,2)5x+y = 5
O valor de y no sistema é igual a:
(0,5) = 2
2x–y
08.
Resolver, em , a equação 3 101−x = 0,00001 a. − 5
2
09. Unimep-SP b. 2
7
O valor de x que torna verdadeira a sentença
2
(0, 125)x = 0,5 é: c. −
5
a. – 3
3
33
2
a. (0; 1)
b. (0; 2) 16. UFPR
Para verificar a igualdade 2⋅ 42x + 3 = 256 , x deve valer:
2
c. (1; 2)
d. (1; 3) a. 0
e. (2; 3) b. +1
c. –1
d. ±1
e. ± 2
EMI-15-70
Módulo 39
12
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Matemática
Resolver, em , a equação 3x + 1 + 3x = 108 A soma das raízes da equação 25x – 26 · 5x = – 25, resol-
vida em , é:
Resolução
a. 0
3x + 1 + 3x = 108 b. 2
3x · 31 + 3x = 108 c. 25
Substituir 3x pela variável t. d. 26
t · 3 + t = 108 e. 47
4 · t = 108 Resolução
108
t= 25x – 26 · 5x = –25 ⇔ (52)x – 26 · 5x = – 25 ⇔
4
⇔(5x)2 – 26 · 5x + 25 = 0
Matemática e suas Tecnologias
t = 27 5x = t
3x = 27 t2 – 26 · t + 25 = 0
}
3x = 33
S = 26 t = 25 ou t = 1
x=3 P = 25
S = {3}
5x = 1 ou 5x = 25
5x = 50 ou 5x = 52
x = 0 ou x = 2
S = {0; 2}
Alternativa correta: B
02.
Habilidade
Resolver, em , a equação 22x – 12 · 2x + 32 = 0
Resolver uma equação exponencial.
Resolução
22x – 12 · 2x + 32 = 0
34
}
S = 12 t1 = 4
⇒ ou
P = 32
t2 = 8
Encontramos dois valores para o t, e, como t é igual a 2x,
encontramos duas equações exponenciais simples.
2x = 4 (I) ou 2x = 8 (II)
Resolvendo a equação (I):
2x = 4
2x = 22
x=2
Resolvendo a equação (II):
2x = 8
2x = 23
x=3
S = {2, 3}
EMI-15-70
Exercícios Extras
12
04. Enem 05. Enem
211
Resolvendo a equação 3 · 22x – 5 · 2x– 152 = 0 no con- Resolver, em , a equação 25x – 130 · 5x + 625 = 0
junto dos números reais, pode-se afirmar que:
a. há duas raízes reais de sinais distintos.
b. há duas raízes reais de mesmo sinal.
c. uma das raízes é nula.
d. há somente uma raiz, e esta é par.
Matemática
e. há somente uma raiz, e esta é múltipla de 3.
Seu espaço
Sobre o módulo
Este módulo aprofunda o estudo sobre equações exponenciais.
Recordar com os alunos a propriedade (am)n = am · n, chamando a atenção deles para a possibilidade de mudança da po-
sição dos expoentes, uma vez que a ordem dos fatores não altera o produto, isto é, pode-se escrever que (am)n = am · n = (an)m.
35
EMI-15-70
Exercícios Propostos
12
07.
Resolver, em , a equação 52x + 125 = 6 · 5x + 1 14.
Resolver, em , a equação 4x – 2x+2 = 32
08.
Resolver, em , a equação 49x – 6 · 7x = 7 15.
O valor de x na equação 2x+1 − 7x−1 + 2x−2 = 1x−2 é:
09. 2 2
a. 3 d. 4
Em relação à solução da equação 4x – 4x – 1 = 24, no con-
4 3
junto dos números reais, pode-se afirmar corretamente que:
a. há duas raízes inteiras e positivas.
b. 2 e. 1
Matemática e suas Tecnologias
c. x é um número irracional.
d. x é um número racional não inteiro.
e. x é um número par.
EMI-15-70
Módulo 40
12
Função exponencial
211
Exercícios de Aplicação
01. 02. UFRJ
Matemática
Considerando a função real definida por f(x) = 2x – 2, faça Considerando a função real definida por g(x) = 2–x + 3,
o que se pede. faça o que se pede.
a. Esboce o gráfico da função. a. Esboce o gráfico da função.
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. b. Determine seu conjunto imagem e domínio.
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de
uma função crescente, decrescente ou constante? uma função crescente, decrescente ou constante?
Resolução Resolução
a. f(x) = 2x – 2 a. g(x) = 2–x + 3
y g(x) = ()
1 x
+3
2 y
5
1 f(x)
1 4
2 3,5 g(x)
–1 0 1 x
x 3
–1 1
–1,5 2 2
1
2 1
2
–1 0 1 x
b. lm = {y ∈ | y > –2}
D= b. lm = {y ∈ | y > 3}
37
c. Trata-se de uma função crescente. D=
c. Trata-se de uma função decrescente.
EMI-15-70
03. Fuvest-SP Resolução
12
Seja f(x) = a + 2bx + c, em que a, b e c são números reais. f(x) = a + 2bx + c, com a, b e c números reais.
A imagem de f é a semirreta ]–1, ∞[ e o gráfico de f intercepta Temos:
( )
211
3 3 3 3
d. –2 0, − ∈f ⇒ f(0) − ⇒ a + 2c = − ⇒− 1 + 2c = −
4 4 4 4
e. –4
1 −2
∴ 2c = = 2 ⇒ c = −2
4
(1,0) ∈f ⇒ f(1) = 0 ⇒ a + 2b+ c = 0 ⇒−1 + 2b−2 = 0
∴ 2b – 2 = 1 = 20 ⇒ b = 2
Assim:
a · b · c = (–1) · 2 · (–2) = 4
Alternativa correta: A
Matemática e suas Tecnologias
Habilidade
Resolver problemas que envolvam função exponencial.
Exercícios Extras
04. UFRGS-RS 05. UFPR
Considere a função f tal que f ( x ) = k +
4()
5 2x−1
, com k > 0. Um grupo de cientistas decidiu utilizar o seguinte mode-
lo logístico, bastante conhecido por matemáticos e biólogos,
Assinale a alternativa correspondente ao gráfico que
para estimar o número de pássaros, P(t), de determinada es-
pode representar a função f.
500
pécie numa área de proteção ambiental: P ( t ) = , sen-
a. y d. y 1 + 22− t
do t o tempo em anos e t = 0 o momento em que o estudo foi
iniciado.
duos?
b. À medida que o tempo t aumenta, o número de
pássaros dessa espécie se aproxima de qual valor?
0 x 0 x Justifique sua resposta.
b. y e. y
0 x
0
x
c. y
0 x
EMI-15-70
Seu espaço
12
Sobre o módulo
211
Neste módulo, desenvolvemos um estudo sobre a função exponencial.
( 12 ) , pois, embora
x
Como introdução para a aula deste módulo, recomendamos construir os gráficos das funções f(x) = 2x e f ( x ) =
tais gráficos sejam apresentados na teoria, a construção deles em sala de aula, com a participação dos alunos, poderá colaborar
no estudo extraclasse. Da mesma forma, os dois primeiros exercícios de aplicação utilizam tais gráficos como ponto de partida.
Matemática
Ainda no tratamento gráfico, enfatizar quando a função exponencial é crescente ou decrescente, pois o domínio deste tipo
de conhecimento será importante para o desenvolvimento do estudo sobre inequações exponenciais.
Orientar os alunos para que estejam atentos a situações em que seja necessário discutir o valor de parâmetros, como ocor-
re, por exemplo, no exercício de aplicação de número 3.
Bom trabalho!
<http://tube.geogebra.org/student/m98292>.
Neste link, é possível manusear gráficos de funções exponenciais, alterando o valor da base e verificando o
comportamento do respectivo gráfico.
39
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
d. Quanto tempo levará para atingir 1 024 000 bactérias?
06.
Considerando a função real definida por f(x) = 3x, faça o 09. FGV-SP
que se pede. Um computador desvaloriza-se exponencialmente em
a. Esboce o gráfico da função. função do tempo, de modo que seu valor y, daqui a x anos,
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. será y = A · kx, em que A e k são constantes positivas. Se hoje
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de o computador vale R$ 5.000,00 e valerá a metade desse valor
uma função crescente, decrescente ou constante? daqui a 2 anos, seu valor daqui a 6 anos será:
a. R$ 625,00 d. R$ 600,00
07. b. R$ 550,00 e. R$ 650,00
Considere a função real definida por g(x) = 3–x e faça o c. R$ 575,00
que se pede.
a. Esboce o gráfico da função. 10.
b. Determine seu conjunto imagem e domínio. Para cada função real definida a seguir, esboce o gráfico,
c. Qual é a monotonicidade da função, isto é, trata-se de determine o conjunto imagem e domínio e indique qual é a
uma função crescente, decrescente ou constante? monotonicidade (crescente, decrescente ou constante).
a. f(x) = 5x
()
08.
1 x
Num filme de ficção científica, foi dito que o crescimento b. g ( x ) =
5
populacional de certa bactéria, em condições experimentais
e controladas, obedeceria à lei f(t) = 1 000 · 2t, sendo f(t) o 11. UFES
número de bactérias e t o tempo (em horas). Em uma população de micro-organismos, o número de
a. Qual o número de bactérias no instante inicial do ex- indivíduos no instante t horas é f(t) = a · 100t, sendo a um
EMI-15-70
Das alternativas a seguir, a que melhor corresponde ao A espessura da camada de creme formada sobre um café
gráfico da função f(x) = 1 – 2–|x| é: expresso na xícara, servido na cafeteria A, no decorrer do tem-
211
–1
16. Unifesp
A figura 1 representa um cabo de aço preso nas extremi-
b. e. dades de duas hastes de mesma altura h em relação a uma
y y plataforma horizontal. A representação dessa situação num
2
sistema de eixos ortogonais supõe a plataforma de fixação
1 1
das hastes sobre o eixo das abscissas; as bases das hastes
como dois pontos, A e B; e considera o ponto O, origem do sis-
x x
tema, como o ponto médio entre essas duas bases (figura 2).
O comportamento do cabo é descrito matematicamente pela
()
Matemática e suas Tecnologias
x
função f ( x ) = 2x + 1 com domínio [A, B].
c. y 2
1
13. UFAC
Se a e b são números reais e a função f, definida por
f(x) = a · 2x + b, para todo x real, satisfaz f(0) = 0 e f(1) = 1,
então a imagem de f é o intervalo: Figura 1
a. ]1, + ∞ [
b. ]0, + ∞ [
c. ]–∞ ,1[ y
d. ]–1, 1 [
e. ]–1, +∞ [
40
14. UFU-MG
Na elaboração de políticas públicas que estejam em con-
formidade com a legislação urbanística de uso e ocupação
A O B x
do solo em regiões metropolitanas, é fundamental o conhe-
cimento de leis descritivas do crescimento populacional ur- Figura 2
bano.
Suponha que a lei dada pela função p(t) = 0,5 · (2kt) a. Nessas condições, qual a menor distância entre o
expresse um modelo representativo da população de uma cabo e a plataforma de apoio?
cidade (em milhões de habitantes) ao longo do tempo t (em b. Considerando as hastes com 2,5 m de altura, qual
anos), contado a partir de 1970, isto é, t = 0 corresponde ao deve ser a distância entre elas se o comportamento
ano de 1970, sendo k uma constante real. do cabo seguir precisamente a função dada?
Sabendo que a população dessa cidade em 2000 era de
1 milhão de habitantes:
a. extraia do texto dado uma relação de forma a obter o
valor de k;
b. segundo o modelo de evolução populacional dado,
descreva e execute um plano de resolução que pos-
sibilite estimar em qual ano a população desta cidade
atingirá 16 milhões de habitantes.
EMI-15-70
Módulo 41
12
Inequações exponenciais
211
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
Resolver em a inequação πx–1 > π5–x Resolver em a inequação (0,1)2x+5 ≤ (0,1)–x–7
Resolução Resolução
πx–1 > π5–x (0,1)2x+5 ≤ (0,1)–x–7
Como a base é maior que 1, a função exponencial f(x) = πx Como a base é maior que 0 e menor que 1, a função ex-
é crescente. Dessa forma, deve-se comparar os expoentes ponencial f(x) = (0,1)x é decrescente.Dessa forma, deve-se
utilizando a desigualdade no mesmo sentido da desigualda- comparar os expoentes utilizando a desigualdade no sentido
de que compara as imagens. inverso do sentido da desigualdade que compara as imagens.
x–1>5–x 2x + 5 ≥ –x – 7
x+x>5+1 2x + x ≥ –7 – 5
41
EMI-15-70
03. Udesc Resolução
12
x+3 (x−2)(x+3)
O conjunto solução da inequação 3 (2x−2 ) > 4 x é: ( 3 2(x−2) )x+3 > 4 x ⇒ 2 2 > 22x ⇒
a. S = {x ∈ | –1 < x < 6} (x + 1)(x–6) > 0
211
b. S = {x ∈ | x< –6 ou x > 1}
c. S = {x ∈ | x < – 1 ou x > 6}
d. S = {x ∈ | –6 < x < 1}
e. S = {x ∈ |x < − 6 ou x > 6 }
–1 6
Matemática
Alternativa correta: C
Habilidade
Resolver uma inequação exponencial.
Matemática e suas Tecnologias
Exercícios Extras
04. Unifesp 05.
Sob determinadas condições, o antibiótico gentamicina, Determine o domínio da função real definida por
quando ingerido, é eliminado pelo organismo à razão de me- 1
tade do volume acumulado a cada 2 horas. Daí, se k é o vo- f (x) = x
2 − 5 + 4 ⋅2 − x
lume da substância no organismo, pode-se utilizar a função
()
t
1 2 para estimar a sua eliminação depois de um tem-
f(t)=k ⋅
2
po t, em horas. Nesse caso, o tempo mínimo necessário para
que uma pessoa conserve no máximo 2 mg desse antibiótico
no organismo, tendo ingerido 128 mg numa única dose, é de:
a. 12 horas e meia.
42
b. 12 horas.
c. 10 horas e meia.
d. 8 horas.
e. 6 horas.
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, apresentamos um estudo sobre inequações exponenciais.
Como sugestão, recomenda-se fazer uma breve revisão da monotonicidade (crescente, decrescente ou constante) da
função exponencial, enfatizando a manutenção ou a inversão da desigualdade usada na comparação das imagens (f(x) = bx)
e dos expoentes, sendo que as desigualdades apresentarão o mesmo sentido quando a função for crescente, fato que ocorre
quando a base é maior que um; ou as desigualdades aparecerão em sentidos invertidos quando a função for decrescente, o
que ocorre quando a base está entre zero e um.
Em cada inequação resolvida, relacionar a monotonicidade da função e a base para que o aluno procure apreender quando
a desigualdade se inverte ou quando se mantém.
Há exercícios que pedem o domínio de função, como é o caso do exercício extra número 5. Sugerimos que observe, inicial-
mente, se os alunos se lembram de que o radicando é não negativo quando o índice do radical é par. Caso contrário, fazer uma
rápida revisão desse tipo de situação.
EMI-15-70
Bom trabalho!
Exercícios Propostos
12
Da teoria, leia os tópicos item 4A, B, C e D. 13.
()
x2 − x
1
211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O conjunto solução da inequação > 1 é:
2
a. {x ∈ | 0 < x < 1}
b. {x ∈ | x < 0 ou x > 1}
06. c. {x ∈ | –1 ≤ x ≤ 1}
Resolver em a inequação 102x – 3 < 1012–3x d. {x ∈ | x ≤ 0}
e.
Matemática
07.
Resolver em a inequação (0,25)–2x+2 ≥ (0,25)x–10 14. Udesc
Sejam f e g as funções definidas por
08. 35
f ( x ) = (25)x − 2⋅(5)x − 15 e g ( x ) = x2 − x − .
Determine o domínio da função real definida por 4
3 Se A é o conjunto que representa o domínio da função f e
g(x) = x+1
2 −8 B = {x | g(x) 0}, então o conjunto BIA c é:
7 2 16. AFA-RJ
Todos os valores reais de x para os quais existe
11. f ( x ) = x 4x−1 − x são tais que:
Resolva, em , a inequação 4x – 12 · 2x + 32 < 0
43
a. x > 1
12. 1
b. 0 < x < ou x ≥ 1
2
O conjunto solução da inequação 2x+1 > 1 é: 1
a. S = {x ∈ | x < 1} c. 0 < x <
2
b. S = {x ∈ | x > – 1} 1
c. S = {x ∈ | x < 2} d. 0 < x < ou x > 1
2
d. S = {x ∈ | x <12}
e. S = {x ∈ | x < – 1}
EMI-15-70
1. Logaritmos 46
2. Organizador gráfico 48
Módulo 42 – Logaritmos: definição 49
JAMES MATTIL/SHUTTERSTOCK
Logaritmos – Parte I 13
45
Henry Briggs
Matemática e suas Tecnologias
A. Introdução 1
• 3 é o expoente da base para que a potência tenha
2
Acompanhe a tabela na qual x indicará o expoente da resultado igual a 1 .
base apresentada na primeira coluna para fornecer a potên- 8
cia indicada na segunda coluna. • 5 é o expoente da base 10 para que a potência tenha
resultado igual a 100 000.
Base Potência Valor do x
2 8 2 =8
x
3 O expoente de determinada base para que a potência te-
nha certo valor é, na linguagem atual, conhecido por logaritmo.
3 81 3x = 81 4
Como em diversas situações da evolução de uma ciência,
5 25 5x = 25 2 certos assuntos são apresentados recorrendo-se a uma notação,
( 12 ) = 18
x nesse caso, a nova notação está indicada na coluna que foi acres-
1 1
3 cida à tabela anterior e apresentada na nova tabela a seguir.
2 8
Valor
10 100 000 10x = 100 000 5 Base Potência Nova notação
do x
2 8 2x = 8 3 x = log2 8 = 3
Analisando essa tabela, pode-se afirmar que:
• 3 é o expoente da base 2 para que a potência tenha 3 81 3 = 81
x
4 x = log3 81 = 4
resultado igual a 8. 5 25 5x = 25 2 x = log5 25 = 2
( 12 ) = 18 ( 18 ) = 3
• 4 é o expoente da base 3 para que a potência tenha 1 1 x
13
der que se trata de um número que será o expoente da base 2 sitivo, pois a base é um número positivo. Organizando esses
para dar como resultado da potência valor igual a 8. argumentos, conclui-se que “b > 0; b ≠1 e a > 0”, que foram
211
impostos na definição e são conhecidos como condição de
B. Definição existência do logaritmo representado por logb a.
Dados os números reais positivos a e b, com b diferen-
te de 1, define-se o logaritmo de a na base b, como sendo o Exemplos
número real x, que será o expoente de b para que a potência 1. Para quais valores reais de x existe log2 (5 – x)?
bx tenha resultado igual ao número real a. Como a frase “loga- Resolução
Matemática
ritmo de a na base b” na forma abreviada é representada pelo 5–x>0
símbolo logba, pode-se apresentar a definição como segue. 5>x
logb a = x ⇒ bx = a, a > 0, b > 0 e b ≠ 1 x<5
Na representação logb a = x, b é chamado de base do loga- O logaritmo existe se x pertencer ao conjunto
ritmo, a é o logaritmando e x é o logaritmo. {x ∈ | x < 5}
Embora a tradução da palavra logaritmo não seja a pala- 2. Qual é a condição para existir o logaritmo log(x–3) 8?
vra expoente, segue que, na visão moderna de logaritmo, é Resolução
importante ter em mente que o logaritmo é expoente. x–3>0ex–3≠1
Assim, quando for apresentado log2 8, deve-se ter em x>3ex≠4
mente que o número que esse símbolo representa é o ex- O log(x–3) 8 existe se x pertencer ao conjunto
()
−3
Justificativa
f. log 1 8 = −3 , pois 1 = (2−1 )−3 = 23 = 8
2 2 Considere que logb a = a
g. log1 5 não existe, pois 1a ≠ 5 para qualquer valor de a. logb a = a > ba = a
Na última igualdade, ao trocar a por logb a, seguirá que
C. Logaritmo com notação especial blogb a = a, sendo que isso é o que queríamos provar.
47
Exemplo
(1+log 3)
C.1. Logaritmo decimal: log10 a = log a Determinar o valor de 5 5
Resolução
C.2. Logaritmo neperiano: loge a = n a, em Das propriedades das potências, temos
que e = 2,71828182... é um número irracional, 5(1+log5 3) = 51 ⋅5log5 3
conhecido também como número de Euler. Das consequências da definição de logaritmos,
vem que 5log5 3 = 3
D. Condição de existência Dessa forma, segue que:
O logaritmo, logb a, é um expoente x que deve satisfazer a 5(1+log5 3) = 5⋅3 = 15
igualdade bx = a. Ocorre que a igualdade bx = a pode ser enten-
dida com uma equação exponencial e, de acordo com o estu- 5(1+log5 3) = 15
do das equações exponenciais, a base b deve ser positiva e
APRENDER SEMPRE 8
01. Resolução
( 14 ) = 32 ⇒(4
x
O valor de logg 1 3
32 é: logg 1 32= x⇒
32 ⇒ ) = 32 ⇒
−1 x
(4) 4
4 d. –1
a. ⇒ 4 − x = 32 ⇒ 2−2 x = 25 ⇒
5
5
2 e. − 5 ⇒ −2x = 5 ⇒ x = −
2
b. − 2
5 Alternativa correta: E
c. 1
5
EMI-15-70
13
02. Unesp 03. PUC-SP
O logaritmo de 4 na base 0,8 é: Logππ1 000 é igual a:
5
e. π
211
a. logg 5 0
0,8 a. π c. 3
4 b. 103 d. π3 3
5
b. log 0,5
4 Resolução
c. log0,8 1
Logππ1 000 = x ⇒ πx = π1 000 ⇒ x = 1 000 = 103
Matemática
2. Organizador gráfico
Logaritmo
logb b = 1
log a logb 1 = 0
logb bn = n
n a
blogba = a
48
Notações Consequências
especiais da definição
logb a = x ⇔ bx = a
(a > 0, b > 0 e b ≠ 1)
Definição
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 42
13
Logaritmos: definição
211
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
Em cada item, escreva x usando a notação de logaritmo. Encontre o valor de E em cada situação a seguir.
a. 2x = 3 ⇔ a. E = log2 256
b. 3x = 5 ⇔ b. E = log5 625
c. 10x = 8 ⇔ c. E = log0,1 1 000
d. ()
2 x
5
=3⇔
d. E = log11 11 + log π 1 + log e e47 + 5log5 2
Resolução
Resolução a. E = log2 256
a. 2x = 3 ⇔ x = log2 3 E = log2 256 ⇒ 2E = 256
b. 3x = 5 ⇔ x = log3 5 2E = 28
( )
1 E
10
= 103
(10–1)E = 103
10–E = 103
–E = 3
E=–3
49
d. E = log11 11 + log π 1 + log e e47 + 5log5 2
E = 1 + 0 + 47 + 2
E = 50
EMI-15-70
03. Enem Mostrando que é possível determinar a medida por meio
13
A Escala de Magnitude de Momento (abrevia- de conhecimentos matemáticos, qual foi o momento sísmico
da como MMS e denotada como MW), introduzi- M0 do terremoto de Kobe (em dina · cm)?
211
Resolução
sim como a escala Richter, a MMS é uma escala 2
logarítmica. MW e M0 se relacionam pela fórmula: MW = –10,7 + log10(MO)
3
2 MW = 7,3
MW = −10,7 + log10 (M0 )
3 Assim:
M0 é o momento sísmico (usualmente estimado –10,7 + 2 log10(MO) = 7,3
3
com base nos registros de movimento da
superfície, por meio dos sismogramas), cuja 2 log (M ) = 18
unidade é o dina · cm 3 10 O
O terremoto de Kobe, acontecido no dia 17 log10(MO) = 27
Matemática e suas Tecnologias
Exercícios Extras
04. Udesc 05. UFU-MG
Sejam a e b números naturais para os quais Sabendo que a e b são números reais positivos, tais que
log(a+1) (b + 2a) = 2 e 1 + loga (b – 1) = a loga3 = 4 e logb 5 = 6, então (ab)12 é igual a:
Então, log3a (3b – a) é igual a: a. 675
2 b. 625
a. − c. 640
3
d. 648
2
b.
3
1
c.
2
1
d.
3
3
EMI-15-70
e.
2
Seu espaço
13
Sobre o módulo
211
Neste módulo, apresentamos a definição de logaritmo e propriedades imediatas da definição.
É importante insistir que o logaritmo, na visão moderna, é o expoente de uma potência para fornecer um resultado chamado
logaritmando.
Quando da definição, ao apresentar as condições de existência, buscar argumentos na potenciação. Dessa forma, recordar
que, para a função exponencial ter significado satisfatório, é necessário que a base seja positiva e diferente de 1. Esse fato irá
Matemática
ao encontro da condição de existência para a base dos logaritmos. No caso do logaritmando, fazer os alunos perceberem que se
trata de uma potência de base positiva e, sendo assim, o resultado será positivo, fornecendo, com isso, a condição de existência
do logaritmando.
No caso das propriedades imediatas, em que se procura um expoente para a base, de tal forma que o resultado seja o loga-
ritmando, buscar argumentos para tanto na definição.
Bom trabalho!
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento de sons. A intensidade de um som é medida na unidade co-
nhecida por decibel, usando-se o instrumento denominado
decibelímetro. Se um som tem intensidade I (em watts por
06.
metro quadrado), seu valor correspondente, em decibels, é
Em cada item, escreva x usando a notação de logaritmo.
a. 4x = 7 ⇔ c. (0,1)x = 11 ⇔ I
obtido pela fórmula matemática IdB = 10 log , em que
Matemática
I0
()
b. 6x = 12 ⇔ x
d. 1 = 13 ⇔ I0 = 10 W/m representa a intensidade sonora de referência
–12 2
3
de um som muito fraco percebido pelo ouvido humano.
Se um som é de intensidade I = 10 W/m2, então o valor
07. correspondente, em decibels, desse som é:
Encontre o valor de x em cada situação. a. 90 b. 100 c. 110 d. 120 e. 130
a. x = log2 1 024
13. Vunesp
b. x = log 1 243
3 Se 10a = 3, log 729 é igual a:
c. x = log10 0,0001 a. a c. 6a e. 3a
Matemática e suas Tecnologias
11. UFPR
Para se calcular a intensidade luminosa L, medida em lu- tempo em minutos, T0 a temperatura inicial e TAR a temperatu-
mens, a uma profundidade de x centímetros num determinado ra do ar. Com essa função, concluímos que o tempo requerido
lago, utiliza-se a lei de Beer-Lambert, dada pela seguinte fórmula: para que a temperatura no centro atinja 140 °C é dado pela
seguinte expressão, com o log na base 10:
log ( 25L ) = −0,08x a. 12 [log(7) –1] minutos.
b. 12 [1– log(7)] minutos.
Qual a intensidade luminosa L a uma profundidade de c. 12 log(7) minutos.
12,5 cm? [1 − log(7)]
d. .
a. 150 lumens d. 1,5 lúmen 12minutos
b. 15 lumens e. 1 lúmen
c. 10 lumens 16.
Qual é a nomenclatura correta na igualdade de ac = b?
12. PUC-RS a. a = base; b = logaritmo e c = logaritmando
Arquimedes, candidato a um dos cursos da Faculdade de b. a = logaritmo; b = logaritmando e c = base
Engenharia, visitou a PUC-RS para colher informações. Uma c. a = base; b = logaritmando e c = logaritmo
EMI-15-70
das constatações que fez foi a de que existe grande proximi- d. a = logaritmando; b = base e c = logaritmo
dade entre Engenharia e Matemática. e. a = logaritmo; b = base e c = logaritmando
211
212
Capítulo 8 ..................54
Módulo 37 .............. 69
Módulo 38 ..............73
ica
Capítulo 9 .................. 76
Módulo 39 .............88
Módulo 40 ............. 93
át Módulo 41 .............96
Módulo 42 ...........101
em
at
M
S
FÍ Q
UÍ
O
BI
LP
HO
GE
O
IS
AT
L
FI
SO
C
M
S
RE
4. Equações trigonométricas
na primeira volta 63
5. Organizador gráfico 68
Módulo 37 – Circunferência
trigonométrica: tangente 69
Módulo 38 – Equações
trigonométricas (I) 73
ISTOCK/GETTY IMAGES
Circunferência
trigonométrica – Parte II 8
55
Continuaremos, neste capítulo, a expandir o significado a medida de um ângulo agudo e, portanto, correspondente a
das razões trigonométricas. Analisaremos, de maneira mais um arco do 10 quadrante da circunferência trigonométrica, en-
212
aprofundada a partir de agora, o conceito de tangente de um tão, poderemos construir o triângulo retângulo OAT como na
arco no ciclo trigonométrico e suas variações. figura a seguir.
T
gente à circunferência trigonométrica no ponto A(1, 0) e,
portanto, paralela ao eixo y, de modo que fique orientada no
mesmo sentido que este eixo, conforme figura a seguir. Tal
reta orientada é chamada de eixo das tangentes. M tg α
2
α A
O 1
1
Matemática e suas Tecnologias
0
O A
Do triângulo OAT, segue que:
C.O. AT AT
–1 tg α = = =
C.A. OA 1
tg a = ordenada de T
t
Exemplo
A seguir estão representados, no ciclo trigonométrico, os
T
valores de tg 30° = 3 , tg 45° = 1 e tg 60° = 3 . Como os
3
arcos estão no primeiro quadrante, a parte destacada forne-
cerá a medida algébrica do segmento AT e, consequentemen-
M tg α = AT te, a ordenada de T.
t
α A
O
30° T
3
3
O A
tg a = ordenada de T
8
t
π
P 2
212
45° T
1
A
O
Matemática
O A
t Observe que P é extremidade de π e a reta OP é paralela
2
T
ao eixo t. A intersecção entre OP e t não existe. Nesse caso,
dizemos que não existe tg π .
2
O A P
A
O
T
C. Variação do sinal da tangente
Observe a movimentação do ponto P ao longo do ciclo tri-
gonométrico, percorrendo todos os quadrantes.
57
t t
A≡P≡T π A≡T
O P O
t t
T T
A O A
O
P
EMI-15-70
t π 3π
Para cada número real x, 0 ≤ x ≤ 2p, com x ≠ e x ≠ ,
8
2 2
a reta OP intercepta o eixo t em um único ponto T, fornecendo
um único valor para a tangente de x.
212
2
• se x é arco com extremidade no segundo quadrante,
P 3π então tg x é negativa;
2 • tg ρ = 0;
Observe que P é extremidade de 3π e a reta OP é pa- • se x é arco com extremidade no terceiro quadrante,
2 então tg x é positiva;
ralela ao eixo t. A intersecção entre OP e t não existe. Nesse 3π
• tg não está definida;
3π 2
caso, dizemos que não existe tg . • se x é arco com extremidade no quarto quadrante, en-
2
tão tg x é negativa;
Matemática e suas Tecnologias
t • tg 2p = 0;
• tg 0° = 0;
• tg 90° não está definida;
• tg 180° = 0;
• tg 270° não está definida;
• tg 360° = 0.
O A Note que, para determinar o sinal da tangente de um arco
no ciclo trigonométrico, traça-se a reta, chamada de imagem do
arco, que passa pelo centro da circunferência e pela extremida-
de do arco, até encontrar o eixo das tangentes. Se a intersecção
P ocorrer acima do eixo das abscissas, então, a tangente será
T
positiva; se ocorrer abaixo do eixo horizontal, a tangente será
negativa.
Resumidamente, tem-se:
t Tangente
58
c s
(1, 0) Senos
π
2
Seno + Seno +
c s Cosseno – Cosseno + c s
O A≡P≡T (–1, 0) Tangente – Tangente + (1, 0)
2π π Seno – Seno – 2π Cossenos
Cosseno – Cosseno +
Tangente + Tangente –
3π c s
2 (0, –1)
APRENDER SEMPRE 9
01. • 201º é um arco com extremidade no terceiro qua-
tg 140º·tg 43º·tg 201º drante, vem que tg 201º > 0;
Considere a expressão: E = . • 5º é um arco com extremidade no primeiro quadran-
tg 5º
te, decorre que tg 5º > 0.
O valor de E é positivo, negativo ou nulo? O numerador de E é o produto de um número negativo
Resolução por um número positivo e por outro número positivo, resul-
Como: tando, assim, em um numerador negativo e um denomina-
• 140º é um arco com extremidade no segundo qua- dor positivo. Como a divisão de um número negativo por um
drante, temos que tg 140º < 0; número positivo resulta em um número negativo, conse-
• 43º é um arco com extremidade no primeiro quadran- quentemente a expressão assume um valor negativo.
EMI-15-70
212
tg 150º, tg 10º, tg 35º, tg 95º, tg 5º, tg 120º.
de outro arco, então ocorrerá tga < tgb. Acompanhe a ilus-
Resolução tração a seguir.
É possível ordenar os elementos apresentados mesmo t
sem conhecer seus valores.
Inicialmente, é necessário observar que os arcos do
Matemática
primeiro quadrante têm tangente positiva e, se nesse qua- α
drante, na primeira volta positiva, a medida a de um arco for
menor que a medida b de outro arco, então ocorrerá tg α < tg β. β
Observe a ilustração a seguir.
t O
tg β
tg β
α
tg α tg α
β
59
trigonométrico, exceto os arcos cuja extremidade coincide com a extremidade do arco π ou 3π , uma vez que, nesses casos,
2 2
a tangente não existe e o cosseno é igual a zero, e não é definida divisão por zero.
D.1. Simetrias
A simetria é uma das ideias fundamentais na matemática. Já a exploramos anteriormente na determinação de arcos simé-
tricos no ciclo trigonométrico.
LIGHTSPRING/SHUTTERSTOCK
EMI-15-70
cos
tg (π – x)
(180° + 45°) N Q (360° – 45°)
sen x
ao primeiro quadrante. x
π cos (π + x)
D.2. Simetria em relação ao eixo das sen (π + x)
cos x cos
ordenadas (eixo dos senos)
Na figura a seguir, os pontos P e P1 são simétricos em re-
60
(π + x)
lação ao eixo das ordenadas e têm ordenadas iguais e abs- P2
cissas opostas.
sen
Isso leva à conclusão de que:
P1 P sen(p + x) = – sen x
sen (π – x)
(π – x) cos(p + x) = – cos x
x E para a tangente decorre que:
sen x
π sen( π + x ) −sen x
tg ( π + x ) = = = tg x
cos (π – x) cos x cos cos( π + x ) − cos x
Assim, tem-se:
tg(p + x) = tg x
Graficamente, vem que:
tg
O que nos leva a concluir que: Px
sen(p – x) = sen x
cos(p – x) = – cos x tg x e tg (π + x)
sen x
Como tg x = , segue que: O
cos x
sen( π − x ) sen x
tg ( π − x ) = = = − tg x (π + x)
cos( π − x ) − cos x P2
EMI-15-70
Assim, tem-se:
tg(p – x) = – tg x
D.4. Simetria em relação ao eixo das O ponto P3 da circunferência trigonométrica pode ser a
8
abscissas (eixo dos cossenos) extremidade de um arco negativo com medida (–x). Os resul-
Agora segue uma figura em que os pontos P e P3 são si- tados anteriores, portanto, podem ser reescritos na forma:
212
métricos em relação ao eixo das abscissas, tendo ordenadas sen(–x) = – sen x
opostas e abscissas iguais: cos (–x) = cos x
tg(–x) = – tg x
sen
Graficamente, temos:
Px
tg x
Matemática
t
sen x
sen x
cos x cosseno tg x
P
x
sen (2π – x)
cos (2π – x) 2π
sen x
cos x
(2π – x)
cos x
sen (–x)
P3 cos (–x)
cos(180º + a) = – cos a
tg(180º + a ) = tg a
61
Redução do 4o quadrante para o 1o
O sen(360º – a) = –sen a
cos(360º – a) = cos a
tg (2π – x)
tg(360º – a) = –tg a
P3 sen(– a) = –sen a
(2π – x) cos(– a) = cos a
tg(– a) = – tg a
APRENDER SEMPRE 10
01. sen
120° 60°
–1 1 cos
sen 2 2
150° 1 30°
2
=
( )
1 − −1
2 2 1
= = −1
−1 −1
EMI-15-70
8
02.
80°
Classifique como (V) verdadeiro ou (F) falso: 60°
212
45° 03.
150° 30° Determine o valor da expressão.
2 ⋅ cos
cos 50° + cos 130°
cos130
cos130
E=
3 cos 230°− 4 cos 310°
O
Resolução
Matemática e suas Tecnologias
(180° – 50°)
130° 50°
b. Falso, pois:
sen 30º > 0 O cos
sen 210º < 0 → sen 30 º >sen 210º
230° 310°
(180° – 50°) (360° – 50°)
30°
Repare que 50° e 130° são simétricos, logo seus cosse-
nos são opostos. O mesmo acontece para 230° e 310°.
O Então, fazendo cos 50° = x, temos:
62
2x + (− xx) x x 1
E= = = ∴E = −
210° 3(− x)− 4 ⋅ x −3x − 4x −7x 7
04.
Dê o valor de:
c. Verdadeiro, pois, no primeiro quadrante, o valor do a. sen (–30°); b. cos (–60°); c. tg (–45°).
cosseno diminui à medida que o valor do arco se
aproxima de 90º. Resolução
a. Um arco de –30° representa, no sentido anti-horário,
70° um arco de 360° – 30° = 330°.
60°
sen
30°
O
O cos
–30° ≡ 330°
d. Verdadeiro, pois:
cos 300º = cos 60º 1
sen(−30°) = −ssen30° = −
cos 60º > cos 80º → cos 300º > cos 80º 2
EMI-15-70
b. Um arco de –60° representa, no sentido anti-horário, c. Um arco de –45° representa, no sentido anti-horário,
8
um arco de 360° – 60° = 300°. um arco de 360° – 45° = 315°.
tg
212
60°
45°
O cos
Matemática
O
1
cos(−60°) = cos
cos 60° =
2 tg(–45) = –tg 45° = –1
63
d. 2x – sen p= – 1
() ()
e. x2 – cos π x + tg π = 0
6 4
Temos representadas na figura anterior as raízes dessa
Em (a), (b) e (c), ,as equações são trigonométricas,
equação, ou seja, os valores com os quais a equação é sa-
pois apresentam variável no arco da razão trigonométrica.
1
Em (d), a equação é do 1o grau. Embora exista uma razão tisfeita, que são 30° e 150°. Assim, a equação sen x = , re-
2
trigonométrica, esta não depende da incógnita, sendo uma solvida no intervalo 0° ≤ x < 360°, tem o seguinte conjunto
constante. Em (e), a equação é do 2o grau. Observe que há solução: S = {30°, 150°}.
duas razões trigonométricas envolvidas, mas ambas não de-
pendem de variável, pois são constantes. Ao resolver uma equação e, portanto, encontrar suas raí-
zes, deve-se indicá-las em um conjunto solução. Note que o
B. Equação trigonométrica intervalo ao qual pertencerão as raízes desse exemplo está
Dizemos que uma equação é trigonométrica quando em graus, logo os elementos do conjunto solução também
há uma incógnita envolvida somente no arco da razão tri- deverão estar em graus. Caso o intervalo seja dado em ra-
gonométrica. dianos, os elementos do conjunto solução deverão também
Exemplo estar em radianos.
Seja a equação: 1
Esta igualdade, sen x = , só é satisfeita por duas raízes,
2
sen x = 1 , para 0° ≤ x < 360°. ou seja, existem apenas dois valores (30° e 150°), que, atri-
2
buídos à incógnita x, tornam a equação verdadeira. Existem,
Este é um exemplo de equação trigonométrica, pois a in- entretanto, igualdades que são satisfeitas com qualquer va-
cógnita x aparece como a medida de um arco de uma razão lor atribuído à incógnita, por exemplo, a relação fundamental
trigonométrica. da trigonometria sen2x + cos2x = 1. Essa igualdade é verdadei-
Como os valores de x estão sendo considerados apenas ra para qualquer x e, por esse motivo, é chamada de identida-
EMI-15-70
3 2
8
01. 02.
1
212
Resolver a equação cos x = − , para 0 ≤ x ≤ 2p. Assinale a alternativa que contém um valor que verifica
2
a equação: 2 cos x sen x – sen x = 0
Resolução π
a. d. 4 π
Devemos encontrar os pontos do ciclo trigonométrico 2 2
que possuam abscissa igual a − 1 . Veja: b.
3π
e. 5π
2
Matemática
2 2
c. 7π
2
Resolução
cos
Colocando sen x "em evidência", temos:
1 O sen x (2 cos x – 1) = 0.
–
2 Pela propriedade do produto nulo, temos:
sen x = 0 ou 2 cos x – 1 = 0.
Os pontos que possuem ordenada nula estão sobre o
cos
1 π 0
– O
2 O 2π
65
π (60°) no 2o e no 3o quadrante.
3 π
3
π 2π
π– =
3 3
cos
cos
O 1 2π
1 O 2
–
2
π 4π 2π – π = 5π
π+ = 3 3
3 3
{23π , 43π }
Alternativa correta: E
S=
a
π x=α
tg α ⇔ ou
tg x = tg
x = π + α
Matemática
α+π
APRENDER SEMPRE 13
01. Da tabela de arcos notáveis, sabemos que tg 45° = 1.
Então, devemos encontrar os simétricos de 45° no 2o e
Resolver, para 0º ≤ x ≤ 360º, a equação tg x = –1.
no 4o quadrante.
Resolução
tg
tg
Matemática e suas Tecnologias
180° O
O
360°
–1
–1
T
T
Traçamos a reta OT e marcamos sua intersecção com o 360° – 45° = 315°
ciclo trigonométrico: S = {135°, 315°}
tg
66
–1
F.1. Introdução
Quando uma equação envolve variável somente em arcos trigonométricos e, para isolar a razão trigonométrica que possui a
variável no arco, são necessários recursos matemáticos mais elaborados, tais como o uso de uma equação do 2o grau, fatoração,
equação exponencial, entre outros, têm-se equações trigonométricas não imediatas.
ses casos, resolvem-se essas novas equações para encontrar o valor da nova letra e, a partir daí, retorna-se à variável original e
resolve(m)-se a(s) equação (ões) imediata(s) que irá(irão) aparecer.
APRENDER SEMPRE 14
8
01. 02.
212
Resolva a equação a seguir para x ∈ [0, 2p]: Quantas raízes possui a equação a seguir para
2 cos2x + cos x – 1 = 0. x ∈ [0, 2p]?
2 sen3x – 7 sen2 x – 4 sen x = 0
Resolução
Utilizando a variável auxiliar t, fazemos cos x = t e temos Resolução
a equação: Fazendo sen x = t, temos:
Matemática
2 t2 + t – 1 = 0 2t3 – 7t2 – 4t = 0
Aplicando o método de Bhaskara: t(2t2 – 7t – 4) = 0 ⇒ t = 0 ou 2t2 – 7t – 4 = 0
−b ± b2 − 4ac −1 ± 1+ 1 8 2t2 – 7t – 4 = 0
t= = −b ± b2 − 4ac
2a 4 t=
2a
Logo: t = – 1 ou t = 1 7 ± 49
49 + 332
2
1 t=
Dessa forma: cos x = –1 ou cos x = 4
2 1
Se cos x = –1 ⇒ x = p t = 4 ou t = −
2
y 1
1 Os possíveis valores para t são: t = 0 ou t = 4 ou t = − .
2
67
7π 11π
6 6
π
–1 0 1 x
1
2 7π 11π
x= ou x =
6 6
–1
–
5π
3
{7π 11π
O conjunto solução é S = 0, ,
6 6
, 2π . }
Logo, a equação tem 4 raízes para o intervalo dado.
{ π 5π
S = π, ,
3 3 }
EMI-15-70
5. Organizador gráfico
8
π
2π 2 π
212
3 3 3
3π π
4 22 4
5π 2
1 π
6 2 6
π 0
1 1
- 3- 2 - 3 2
2 2 2 2 2 2
7π 1
- 11 π
6 2
- 2 6
5π 2 3
4 - 7π
4π 2 4
3 3π 5π
3
2
Circunferência
Matemática
trigonométrica
90
Simetrias 180˚
Matemática e suas Tecnologias
-1 270
Seno na Tangente na
Redução ao
circunferência 1º quadrante
circunferência
trigonométrica trigonométrica
90˚
0 1
180˚ 0˚
-1 360˚
Cosseno na
circunferência
trigonométrica
68
Equações
trigonométricas
imediatas
Equações imediatas do
Equações imediatas do tipo Equações imediatas
tipo sen x = k, com k
cos x = k, com k pertencendo do tipo: tg x = k, com k real
pertencendo ao intervalo
ao intervalo real [–1, 1]
real [–1, 1]
Equações redutíveis
às imediatas
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 37
8
Circunferência trigonométrica: tangente
212
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
e que p < x < 3π , determine o
12
Calcular o seno, o cosseno e a tangente do arco de 150º. Sabendo que tg x =
5 2
cos x.
Resolução
Para responder ao que se pede, daremos os seguintes Resolução
passos: Como o arco de medida x está no terceiro quadrante, sua
I. determinar, no ciclo trigonométrico, a extremidade do tangente terá o mesmo valor de um arco simétrico no primeiro
arco; quadrante de medida a. Assim, podemos resolver o problema
II. buscar, no primeiro quadrante, o ponto simétrico ao a partir deste ângulo agudo, como representado a seguir.
ponto localizado;
III. conhecidos os valores de seno, cosseno e tangente
t tg x
s sen x a
5
150° P' P T Por Pitágoras, temos que o terceiro lado do triângulo
150°
mede 5 e, consequentemente, cos a = 5 , mas, como o
30° cos x 13
O r arco de medida x é um arco do terceiro quadrante, temos que
5
cos x = − .
T' 13
69
1
sen150° = sen30° =
2
3
cos150° = − cos30° = −
2
3
tg150° = − tg 30° = −
3
EMI-15-70
03. Udesc Resolução
tg 160º + tg 340º
8
Se tg 20° = a, o valor de é: 20°, 160°, 200° e 340° são arcos simétricos, como mostra
tg 200º a figura a seguir.
a. 2
212
b. –a
c. 0
d. a
e. –2
20° 20°
20° O 20°
200° 340° tg 160° = tg 340°
Exercícios Extras
70
04. 05.
A figura a seguir mostra, no plano cartesiano, uma cir- Localize, no ciclo trigonométrico abaixo, os seguintes nú-
cunferência centrada na origem, de raio igual a 1, passan- meros:
do pelos pontos B e C. Nessa figura, os pontos O, C e D são tg 20°, tg 120°, tg 220°, tg 320°.
colineares, os segmentos de retas AC e BD são paralelos ao
eixo y e θ é o ângulo que o segmento de reta OD faz com o
eixo x.
Em relação a essa figura, é correto afirmar que:
y
D
C
θ
O A B x
a. OA = sen θ.
b. OC = cos θ.
c. BD = AC .
OA
d. AC = OD .
BD OB
EMI-15-70
e. OB2 + BD2 = 1.
Seu espaço
8
Sobre o módulo
212
O exercício 01, de aplicação, permite algumas revisões sobre o ciclo trigonométrico, de medidas em radianos e de repre-
sentação das razões trigonométricas no ciclo. Torna-se muito importante que o aluno consiga dar significado às representações
gráficas das razões trigonométricas no ciclo e às variações. Isso fará com que o estudo das funções trigonométricas, equações
e inequações ocorra de maneira natural. A habilidade que se pode desenvolver com este módulo é a de identificar relações de
grandezas e unidades de medida. Os aplicativos sugeridos na seção Na web podem ser apresentados aos alunos em sala para
Matemática
facilitar o desenvolvimento do conteúdo.
Na web
Experimento. Acesse:
<http://m3.ime.unicamp.br/recursos/994>.
Este experimento pode ajudar os alunos a compreender melhor o significado de tangente de um ângulo e sua variação.
Acese: <http://tube.geogebra.org/student/m58720>.
Este aplicativo, construído com o software Geogebra, permite a compreensão do significado de tangente de
um arco no ciclo trigonométrico e de sua variação.
Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 3 A, B, C, D. a. sen 6°, sen 90°, sen 117° e sen 261°
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento b. cos 10°, cos 20°, cos 130°, cos 140°
c. tg 100°, tg 110°, tg 120°, tg 240°
71
06. 08.
Determine: Considere as desigualdades sobre arcos medidos em
a. sen 210°; c. tg 210°. radianos.
b. cos 210°; I. sen 1 < 0
II. cos 2 < 0
07. III. tan 1 < tan 2
Observe a figura abaixo. Quais são verdadeiras?
a. Apenas I d. Apenas I e II
tg
b. Apenas II e. Apenas II e III
sen
c. Apenas III
sen + sen +
09.
2
cos – cos + Se x é um arco do segundo quadrante e cos x = − , en-
3
tg – tg – tão tg x vale:
sen – sen – cos a. − 5
cos – cos + 2
tg + tg – 2
b.
3
c. 5
2
d. − 3
4
Nela, temos especificado o sinal de cada uma das fun-
ções trigonométricas. e. − 3
EMI-15-70
No círculo trigonométrico representado na figura, temos Sabendo que sen a < sen b e que
a = 120°.
π
a e b = 0, , assinale o que for correto.
212
2
01. cos a > cos b
02. cos a · sen b > 0
π
a 04. sen a < cos a, se a <
Matemática
4
A 08. a > b
O
16. tg a > sen a
15.
Considere as seguintes afirmações:
M I. cos 225º < cos 215º
N M
60°
12.
O valor da expressão E =
(sen120º)⋅ tg 240º é: –1 0 1
cos 300º cos x
a. 1 d. 4
b. 2 e. 5
c. 3
P Q
13.
Assinale a alternativa correta.
2 π
Se sen x = e < x < π, então o valor de tg x é:
3 2 a. 2(1 + 3 )
a. 2 5
b. 1 + 2 3
b. 2 5 c. 1 + 3
5
2 5 d. 2 + 3
c. −
5 e. 2 + 3 / 2
2
d. −
5
e. −2 5
EMI-15-70
Módulo 38
8
Equações trigonométricas (I)
212
Exercícios de Aplicação
01. 03. FGV-SP
Matemática
1
Resolva a equação a seguir para x ∈ [0, 2p]: cos x = A equação 4 · sen²x = 1, para 0° ≤ x ≤ 360°, tem conjunto
2
verdade igual a:
Resolução
a. {30°}
b. {60°}
π c. {30°; 210°}
3
d. {30°; 150°}
e. {30°; 150°; 210°; 330°}
1 Resolução
O 2 Para 0° ≤ x ≤ 360°, temos
1 1
S= { }
π 5π
,
3 3
150°
1
30°
2
O
– 1
2
210° 330°
02.
Resolver, no intervalo [0, 2p], a equação tg x = − 3 Por tan to :
Resolução x = 30° ou x = 150° ou x = 210° ou x = 330°
73
tg x = − 3 Alternativa correta: E
Habilidade
tg x Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
3 meira volta da circunferência trigonométrica.
2π π
3 3
5π
3
– 3
∴S = {23π ; 53π }
EMI-15-70
Exercícios Extras
8
04. 05.
Qual é a maior raiz da equação sen 1 = 0?
212
3 3
10π
c.
3
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, busca-se trabalhar equações trigonométricas envolvendo as razões seno, cosseno e tangente, no entanto o
objetivo maior é apresentar os casos mais comuns de resolução de equações trigonométricas que não sejam necessariamente
Matemática e suas Tecnologias
imediatas e que dependam de fatoração, comparação, levantamento de hipóteses, utilização de variável auxiliar e outras fer-
ramentas. Torna-se muito importante que o aluno compreenda a redução ao primeiro quadrante e que amplie seu repertório de
resolução, verificando que uma mesma equação pode, certamente, oferecer mais de uma forma de resolução.
74
EMI-15-70
Exercícios Propostos
8
Da teoria, leia os tópicos 4 A, B, C, D, E e F. 11.
212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Encontre as medidas x, em graus, de arcos da primeira
volta do ciclo trigonométrico de modo que sen x = − 1 .
2
06.
Resolva as equações a seguir, para 0° ≤ x ≤ 360° 12. Ufla-MG
Uma das raízes da equação
Matemática
3
a. cos x =
2 ( tg ( x ) − 1)( 2cos( x ) − 1) = 0 é:
3
b. cos x = – a. π d. π
2 2 6
1 π
c. cos x = – b. e. π
2 3 5
07. c. π
4
Resolva as equações a seguir, para 0o ≤ x ≤ 360o.
13. Fuvest-SP
3 π
a. tg x = −
75
Resolva a equação a seguir para x ∈[0, 2p]:
09. 2cos2x – cos x = 0
A soma das soluções da equação
cos2 x – 2 cos x + 1 = 0, para 0 ≤ x ≤ 2p, é: 15. UFRJ
a. p A equação x2 – 2x cos θ + sen2 θ = 0 possui raízes reais
b. 2p iguais.
c. 3p Determine: θ, 0 ≤ θ ≤ 2p.
d. 4p
e. 5p 16. Mackenzie-SP
A equação 1 + tg2 x = cos x tem uma solução pertencente
10. ao intervalo:
A soma das raízes da equação sen x = 3 cos x no inter- a. π , 3π
valo [0, 2p] é: 4 4
a. p
b. π, 3π
b. 5π 2
3
c. 7π 9π
c. π 2 ,
4 4
3
d. 7π d. 3π , π
3 4
e. π e. 3π , 7π
2 2 4
EMI-15-70
1. Secante, cossecante e cotangente
na circunferência trigonométrica 78
2. Equações envolvendo
as razões trigonométricas inversas 83
3. Adição e subtração de arcos 83
4. Arco duplo 86
5. Organizador gráfico 87
Módulo 39 – Circunferência
trigonométrica: secante,
cossecante e cotangente 88
Módulo 40 – Equações
trigonométricas (II) 93
Módulo 41 – Adição e subtração
de arcos 96
Módulo 42 – Adição e subtração
de arcos: arco duplo 101
Entre os diversos estudos sobre os astros feito pelo homem ao longo da história, está o cálculo do ângulo de
elevação θ do Sol em relação ao horizonte. Um dos matemáticos pioneiros nesse estudo foi al-Battani (858-929).
sen( 90º
b ⋅sen 90º −θ )
Ele desenvolveu a fórmula s = , que atualmente pode ser escrita (s = b · cotgθ), a qual lhe per-
senθ
mitiu a construção de uma “tábua de sombras”, que, na verdade, é uma tabela para valores da cotangente de arcos
variando do 1o ao 90o, com variação de grau em grau.
no é positivo. Esse problema do sinal se resolve definindo a
1. Secante, cossecante e cotangente
9
secante como segue.
na circunferência trigonométrica A secante de a é a medida algébrica do segmento OR.
212
O A R x
r
P sec α = OR
do no triângulo retângulo.
Observe que o triângulo OPR é retângulo em P, o segmen-
to OR é a hipotenusa e o cateto OP tem medida igual ao do raio
da circunferência trigonométrica, ou seja, OP = 1. R O x
Calculando cosseno de α, segue que:
OP 1
cos α = → cos α =
OR OR
1
OR = → OR = sec α
cos α
A secante no segundo quadrante é negativa, pois a medi-
Assim, definir a secante de a como sendo a medida do
da algébrica do segmento OR é negativa, uma vez que R está
segmento OR confirma o que foi estudado no triângulo retân-
à esquerda da origem O.
gulo.
É necessário agora definir a secante para qualquer arco c. y
da circunferência trigonométrica, com exceção daqueles que
possuem extremidade que coincidam com a extremidade do
arco de 90º ou 270º, pois, nesses casos, o cosseno tem valor
nulo, e a divisão por zero não está definida.
Com a ideia de secante como sendo o inverso do cosse- R
1 O A x
no, isto é, sec α = , percebe-se que o sinal da secante é
cos α
igual ao sinal do cosseno. Assim, para generalizar a definição,
P
é necessário que, no segundo e no terceiro quadrante, a se-
cante tenha sinal negativo, uma vez que o cosseno tem sinal
EMI-15-70
9
algébrica do segmento OR é negativa, uma vez que R está à 1 1 1
• sec180° = = = = −1
esquerda da origem O. cos180° − coscos 0° −1
212
d. y y
Matemática
O A R x
P=R O x
01. Fuvest-SP y
Encontre os valores de sec 0°, sec 120° e sec 180° e S
represente-os graficamente no sistema trigonométrico.
Resolução
cossec α = OS P
1 1
• sec 0° = = =1
cos 0° 1
y α R
O A x
79
A=P=R
0 x De maneira semelhante ao que foi feito para a secante, a
seguir será mostrado que essa definição, com arco do 1o qua-
drante, é compatível com o estudo de cossecante realizado
no triângulo retângulo.
de medida α
Note que o triângulo POR tem o ângulo OPR
1 1 1 e o ângulo ORP de medida (90º – a). Como o triângulo SOR é
• sec 120° = coss 120° = − cos =
cos 60° − 1
−2
retângulo em O, segue que o ângulo OSR tem medida α.
2
y y
α
P
P
120°
R A α R
–2 O x
O A x
EMI-15-70
Agora, o triângulo OPS é retângulo em P, OS é a medida da b.
9
hipotenusa e OP = 1. y
Calculando o seno de α nesse triângulo, segue que: S
212
OP
sen α =
OS P
1
sen α =
OS
1
OS =
sen α
Matemática
OS = cos sen α O A x
a. y
S
O A x
P
P
O A x S
9
01. Fuvest-SP
sim podemos escrever cotg a = BT.
Encontre a cossec 240° e represente-a graficamente Agora, será mostrado que tal definição, com arco do
no sistema trigonométrico.
212
1o quadrante, é compatível com o estudo de cotangente reali-
Resolução zado no triângulo retângulo.
Como a reta t é perpendicular ao eixo y, ela é paralela ao
1 1 1 2 3 eixo x. Assim, pelo conceito de ângulos alternos internos, o
cossec240° = = = =−
sen240° −sen6
sen60
se n600° − 3 3 tem medida α.
ângulo BTO
2
Matemática
y
A medida algébrica do segmento OS é igual a − 2 3 .
3
y B T
t
α
P
60°
r α
O O A x
x
2 3
–
S 3
Observe que o triângulo OBT é retângulo em B, tem o ân-
de medida e OB = 1.
gulo BTR
Calculando cotangente de a nesse triângulo, vem que:
D. Cotangente na circunferência
trigonométrica BT
cotgα =
BO
na circunferência trigonométrica, BT
Considere um arco AP cotgα =
1
no primeiro quadrante, com medida a, e uma reta t, tangente BT = cotgα
à circunferência trigonométrica em B, consequentemente,
perpendicular ao eixo y, como se vê na figura a seguir. Portanto, definir a cotangente de α como sendo a medi-
da do segmento BT é compatível com o que foi estudado no
y
81
triângulo retângulo.
B É preciso, agora, generalizar a definição de cotangente
t para qualquer arco da circunferência trigonométrica, com
P exceção daqueles que possuem extremidade que coincidem
com a extremidade do arco de 0º ou 180º. Uma vez que se
α cos α
pode escrever que cotgα = e sabendo que o seno é
senα
O A x
nulo em 0º ou 180º, a divisão por zero não está definida e,
consequentemente, a cotangente também não está.
Pensando em cotangente como sendo o quociente en-
cos α
tre o cosseno e o seno, isto é, cotgα = , nota-se que o
Pelos pontos O e P, traçar a reta OP até interceptar o eixo senα
t, em um ponto T. sinal da cotangente é igual ao sinal da tangente. Então, para
generalizar a definição, é preciso que, no primeiro e terceiro
y quadrantes, a cotangente tenha sinal positivo e, no segundo e
quarto quadrantes, a cotangente tenha sinal negativo.
B T
t O problema do sinal será resolvido definindo a cotangen-
P te como segue.
A cotangente de a é a medida algébrica do segmento BT.
α A medida algébrica do segmento BT é definida da seguin-
te forma:
O A x • É o número que fornecerá o comprimento do segmento
BT precedido do sinal positivo, se T estiver à direita de B.
• É o número que fornecerá o comprimento do segmento
EMI-15-70
a. y
B T
t
212
B T
t
α
P
α O A x
Matemática
O A x
b. y T B
t
T B
t
P
O x
O x
P
Cossecante Não está definida 1 Não está definida –1 Não está definida
Cotangente Não está definida 0 Não está definida 0 Não está definida
Secante – Secante +
Cossecante + Cossecante +
Cotangente – Cotagente +
Secante – Secante +
Cossecante – Cossecante –
Cotangente – Cotangente +
EMI-15-70
APRENDER SEMPRE 17
9
01. Fuvest-SP Resolução
212
Na figura a seguir, C é ponto de tangência entre o eixo Como se trata de uma circunferência trigonométrica,
das cotangentes e a circunferência trigonométrica, e a medi- temos que seu raio é unitário, logo CO = 1. O segmento CB
é 30°. Nessas condições, qual a área do triân-
da do arco AP corresponde à cotangente de 30° e, desse modo:
gulo destacado COB?
1 1
CB = cotg 30° =
cotg30
cotg30 = = 3
tg30° 3
Matemática
y
3
C B Assim, podemos calcular a área A do triângulo COB, fazendo:
CB ⋅ OC 3 ⋅1 3 unidades de área
A= = =
P 2 2 2
30°
O A x
83
Passaremos a demonstrar, inicialmente, que:
cossecx = 2
sen(a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
Resolução
cossecx = 2 Podemos perceber a validade dessa identidade no exem-
1 plo dado anteriormente:
=2 sen 90° = sen (30° + 60°) = sen 30°· cos 60° + sen 60° · cos 30° =
sen x
1 1 1 3 3 1 3
sen x = = ⋅ + ⋅ = + =1
2 2 2 2 2 4 4
y
De fato, sejam dois arcos quaisquer de medidas respec-
tivamente iguais a a e b (tomaremos medidas do primeiro
quadrante apenas para simplificar a demonstração), vamos
5π π encontrar a identidade que expressa a medida de sen(a + b),
6 6 representado a seguir:
1
2 y
D
O x
sen (a + b) a+b B
b
a
O x
π 5π
x = ou x =
6 6
{ }
S= ,
π 5π
6 6
EMI-15-70
Figura 1
A partir da representação anterior, podemos conseguir a = a.
Nos triângulos destacados a seguir, temos que HDC
9
seguinte figura, em que O é o centro da circunferência trigo-
D
nométrica. Logo OD = OB = 1 e os triângulos HOD e AOB são
212
retângulos, respectivamente, em H e A:
a
y B
D
C
Matemática
sen (a + b) B a
C O H A
b
a Figura 5
O H A x Traçando, pelo ponto C, os segmentos CS e CR perpendi-
culares a DH e OA , respectivamente, obteremos dois novos
triângulos retângulos: DCDS e DCOR.
D
Matemática e suas Tecnologias
a
Figura 2
B
Considere apenas os triângulos HOD e AOB. S
C
D b
a
O H R A
Figura 6
B
No DCDS:
C
DS DS
b cos a = = → DS = senb ⋅ cosa
CD senb
a
No DCOR:
84
O H A
Figura 3 CR CR
sena = = → CR = sena ⋅ cosb
OC cosb
Sendo AÔB = a e CÔD = b, temos que HÔD = a + b. Como vimos inicialmente, sen (a + b) = HD, mas
Desta forma, no DHOD, temos: HD = CR + DS, ou seja, sen (a + b) = CR + DS:
HD HD
sen(a + b) = = → sen(a + b) = HD sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a
OD 1
No triângulo OCD, tem-se: Agora, no triângulo ODH, temos:
D y
D
B B
C
C b
b a
a O H A x
O H A cos (a + b)
Figura 4
CD CD
senb = = → senb = CD
OD 1
EMI-15-70
OC OC
cosb = = → cosb = OC Figura 7
OD 1
Considerando que:
9
OH OH cos[90° – (a – b)] = sen (a – b)
cos(a + b) = = → cos(a + b) = OH
OD 1 cos (90° – a + b) = sen (a – b)
212
No triângulo CDS da figura 6: cos [(90° – a) + b] = sen (a – b)
cos (90° – a) ∙ cos b – sen (90° – a) ∙ sen b = sen (a – b)
CS CS
sena = = → CS = sena ⋅ senb mas cos (90° – a) = sen a e sen (90° – a) = cos a.
CD senb E, então, temos:
No triângulo COR da figura 6: sen a ∙ cos b – cos a ∙ sen b = sen (a – b), assim:
Matemática
OR OR sen (a – b) = sena∙ cos b – sen b ∙ cos a
cos a = = → OR = cos a ⋅ cosb
OC cosb
Em resumo, até aqui temos:
Como cos (a + b) = OH e OH = OR – CS, temos que:
cos (a + b) = OR – CS sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a
sen(a – b) = sen a·cos b – sen b·cos a
cos (a + b) = cos a ∙ cos b – sen b ∙ sen a cos (a + b) = cos a ∙ cos b – sen a ∙ sen b
cos (a – b) = cos a ∙ cos b + sen a ∙ sen b
Nos estudos iniciais de trigonometria, vimos que, se dois Poderemos, a partir dessas relações, determinar as que
ângulos de medidas a e b forem complementares, ou seja, se estão relacionadas à tangente da adição ou subtração de ar-
a + b = 90°, temos que sen a = cos b e cos a = sen b, ou cos, pois:
85
APRENDER SEMPRE 19
01. 02.
Calcule os valores de sen 105° e cos 105°. Qual é o valor da expressão:
cos 74° ∙ cos 14° + sen 74° ∙ sen 14°?
Resolução
sen 105° = sen (60° + 45°) Resolução
sen (60° + 45°) = sen 60° · cos 45° + sen 45° · cos 60° Note que cos a ∙ cos b + sen a ∙ sen b = cos ( a – b),
assim:
3 2 2 1 cos 74° ∙ cos 14° + sen 74° ∙ sen 14° =
sen 105° = ⋅ + ⋅
2 2 2 2
6 2 = cos ( 74° - 14°) = cos 60° = 1
sen 105° = + 2
4 4
6+ 2
sen 105° =
4
cos 105° = cos (60° + 45°)
cos (60° + 45°) = cos 60° · cos 45° – sen 60° · sen 45°
1 2 3 2
cos 105° = ⋅ − ⋅
2 2 2 2
2 6
cos 105° = −
4 4
2− 6
cos 105° =
4
EMI-15-70
03. D
9
3
2 cm
α+β
Matemática
C
A 3 B
β
1 cm
α 3
tg (α + β) = = 1
A 3 cm B 3
tg α + tg β
Usandoa formula : tg (α + β) = ,
Resolução 1 − tg α ⋅ tg β
dett er minaremos tg β.
C tg α + tg β
tg (α + β) = 1 → = 1 → tg α + tg β = 1 − tg α ⋅ tg β
1 − tg α ⋅ tg β
( )
1
α 1 1 tg β
Como tg α = , temos : + tg β = 1 −
Matemática e suas Tecnologias
A 3 B 3 3 3
1 1 tg β
tg α = 3 ⋅ tg β = 3 → 1 + 3 tg β = 3 − tg β
3
(Fazend
Fazendoo ooMMC
MMC)
2 1
3 tg β + tg β = 3 − 1 → 4 tg β = 2 → tg β = → tg β =
4 2
4. Arco duplo Note que essas relações referentes a arco duplo são con-
Com base nas relações verificadas no item anterior sobre sequência das anteriores. Logo, mais importante do que me-
adição e subtração de arcos, poderemos estabelecer relações morizá-las é compreendê-las.
para o arco duplo, pois se: Observação
sen(a + b) = sen a·cos b + sen b·cos a Lembrando que sen2 a + cos2 a = 1, podemos escrever
Fazendo a = b, temos: cos (2a) = cos2 a – sen2 de outras duas formas. Veja:
86
Resumindo:
Também, com base na relação da tangente da adição, po-
cos2a – sen2a
demos verificar que:
tg a + tg b
tg(a + b) =
1 − tg a ⋅ tg b cos (2a) = 2 cos2a – 1
Fazendo a = b, temos:
2 ⋅ ttgg a 1 – 2 sen2a
tg 2a
2a =
11–
– tg
tg 2 a
EMI-15-70
APRENDER SEMPRE 20
9
01. 03.
3
e cos x = 1 , determine:
212
Sendo dado sen x = Sendo tg x = m e tg (2x) = – m, com m > 0:
10 10
a. sen (2x); a. determine o valor de m;
b. cos (2x). b. determine o valor do ângulo agudo x.
Resolução Resolução
a. sen 2x = 2 sen x cos x 2 tg x
Matemática
a. tg (2x) =
3 1 6 3 1 − tg 2 x
sen2xx = 2 = =
10 10 10 5 2m
−m =
b. cos 2x = cos2x – sen2x 1 − m2
5. Organizador gráfico
87
sen (a + a) sen (a ± b)
cos (a + a) Simetrias cos (a ± b)
tg (a + a) tg (a ± b)
Secante no ciclo Adição e subtração
Arco duplo trigonométrico
de arcos
Cossecante no
sen (a + b) = sen a cos b + sen b cos a
sen 2a = 2 sen a cos a ciclo trigonométrico
(tg a + tg b)
tg(a + b) =
1 – tg a tg b
(tg a – tg b)
tg(a – b) =
1 + tg a tg b
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-70
Módulo 39
9
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
Sendo BC a medida de cotg a = 3, determine a medida Sendo cos x = − 4 e π < x < p, determine cossec x e
x do segmento OD indicado, sendo r uma reta tangente à cir- 5 2
cunferência trigonométrica no ponto M que intercepta o eixo indique seu valor na circunferência trigonométrica.
das abscissas em D.
Resolução
y Pela relação fundamental da trigonometria:
r
sen2x + cos2x = 1
B 3
C ( )
sen2x + − 4 2 = 1
5
9
Matemática e suas Tecnologias
M sen2 x =
α 25
D 3 π
O x A x ∴senx = , pois < x < π e, consequentemente,
5 2
5
cossec x = .
3
Resolução S
5
Sendo sec a = x e cotg a = 3 , temos que: 3
1 cos α
= xe = 3 → cos α = 3 senα P
cos α sen α
Pela relação fundamental da trigonometria:
sen2a + cos2a = 1
88
O A x
sen2a + ( 3 sen a)2= 1
4 sen2a = 1
1 3 2 2 3
∴sen α = ∴cos α = ∴x = =
2 2 3 3
EMI-15-70
03. Fuvest-SP Resolução
9
Na figura a seguir, a reta r passa pelo ponto T = (0,1) e é TB ⋅ AH
S TAB =
paralela ao eixo Ox. A semirreta Ot forma um ângulo a com o 2
212
semieixo Ox (0° < a < 90°) e intercepta a circunferência trigo- Em que, no DOTB, temos:
nométrica e a reta r nos pontos A e B, respectivamente. OT
tg α =
TB
1 1
y tg α = → TB = = cotgα
TB tgα
Matemática
t AH = OT – OP = 1 – sen a
T
r (1 − sen α) ⋅ cotg α
B Assim: S TAB =
2
A Alternativa correta: D
Habilidade
α
Identificar a compatibilidade de valores do seno, cosse-
0 x
no, tangente, secante, cossecante e cotangente de um arco,
conhecendo a localização do arco na circunferência trigono-
métrica.
89
Exercícios Extras
04. 05.
Se sec x = 5 e 3π < x < 2p, então o valor de cotg x é: Na figura a seguir, a reta r é tangente à circunferência tri-
4 2
4 gonométrica no ponto B e intercepta o eixo Oy em E. O seg-
a. −
5 mento CD é a cotangente do arco AB. Mostre que a medida do
5 segmento OD é igual à medida do segmento OE.
b. −
4
y
c. –1
3 E
d. −
4 C D
e. − 4
3 B
O A x
r
EMI-15-70
Seu espaço
9
Sobre o módulo
212
No capítulo 6, módulo 33, apresentamos as razões trigonométricas, em que as problematizações ficaram restritas a ângulos
agudos. Neste módulo, foi realizada a interpretação gráfica dessas razões, em que se canalizaram os estudos a respeito de arcos
da primeira volta. Sugerimos a resolução do exercício extra 05 em sala de aula, por se tratar de uma demonstração que necessita
dos conceitos de razões trigonométricas no triângulo retângulo e, assim, os alunos poderão compreender melhor o ciclo trigono-
métrico como uma extensão dos conteúdos já apresentados.
Matemática
Na web
Acesse: <https://www.geogebratube.org/student/m49509>.
Este aplicativo, criado com o software Geogebra, ajuda na compreensão da representação gráfica de secantes
e cossecantes no ciclo trigonométrico.
Matemática e suas Tecnologias
90
EMI-15-70
Exercícios Propostos
9
Da teoria, leia os tópicos 1 A, B, C e D. 10.
212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Sendo B a extremidade do arco de medida x, representa-
do a seguir, determine sec x.
06. y
Sendo tg θ = –3 e θ um arco do quarto quadrante, repre-
sente cotg θ na circunferência trigonométrica.
Matemática
S
07. x
Considere a figura abaixo, na qual a circunferência tem A
raio igual a 1 e é tangenciada por r em B. O x
y
r
Q
–3
S
M 11.
12.
Sabendo que x ∈[0, 2p] e que E é um valor positivo, po-
P de-se afirmar corretamente que x é um arco do:
cossec30° ⋅ cosg300° ⋅ secx ⋅ cossec143°
E=
cotg 190° ⋅ sec 250°
Nesse caso, as medidas dos segmentos ON, OM, AP , OQ e a. primeiro ou segundo quadrantes.
OR correspondem, respectivamente, a: b. segundo ou terceiro quadrantes.
a. sen x, sec x, cotgx, sec x e cossec x. c. primeiro ou terceiro quadrantes.
b. cos x, sen x, tgx, cossec x e sec x. d. primeiro ou quarto quadrantes.
c. cos x, sec x, cossec x, cossec x e sec x. e. segundo ou quarto quadrantes.
91
d. tgx, cossec x , cos x, sec x e cotg x.
13.
08. Na figura a seguir, a circunferência trigonométrica é tan-
3 3π genciada pelo reta r em B. Sendo 225° a medida do arco AB, o
Se tg x = e π < x < , o valor de cos x – sen x é:
4 2 valor da ordenada representada por a é:
7
a.
5 y
7
b. −
5
2
c. −
5
r
1
d. O A
5
x
e. − 1
5 B
09. 225°
c. 2 2 e. –2
4
14. 16.
9
te. A reta DC tangencia a circunferência em D. Demonstre a intersecção de r com o eixo das ordenadas. Demonstre que
que a medida do segmento BC pode ser dada pela expres- BD = cotg α.
são (cossecα – 1).
y
y D
Matemática
D C
B B
α A α C
O x O A x
r
Matemática e suas Tecnologias
15.
Na figura a seguir, a circunferência trigonométrica é tan-
genciada pela reta r no ponto B. A medida do arco AB é α e C é
a intersecção de r com o eixo das abscissas. Demonstre que
BC = tg α.
y
D
B
92
α C
O A x
r
EMI-15-70
Módulo 40
9
Equações trigonométricas (II)
212
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
Resolver a equação cossec x = 2 , no intervalo [0, 2p[. Determine as soluções da equação sec2x = tgx + 1 que
estão no intervalor [0, 2p ].
Resolução
cossec x = 2 Resolução
1 sec2 x = tg x +1; x ∈ [0, 2p]
= 2
senx 1 + tg2 x = tg x + 1
2 tg x (tg x – 1) = 0
senx =
2 tg x = 0 ou tg x – 1 = 0
tg x = 1
y I. tg x = 0
{ }
π 3π
S= ,
4 4 5π
4
93
As soluções são: 0, π , π, 5π e 2π.
4 4
EMI-15-70
03. Sistema COC Resolução
9
2
a. 4p
5π 1 + 2cos2 x = 2sen2 x → 1 + 2cos2 x = 2(1 − cos2 x )
b. 1
2 1 + 2cos2 x = 2 − 2cos2 x → 4cos2 x = 1 → cos2 x =
4
7π 1 1
c. cosx = − ou cosx =
3 2 2
d. 7p
Matemática
Raízes:
e. 8p 1 π 5π
cosx = → x = ou x =
2 3 3
1 2π 4π
cosx = − → x = ou x =
2 3 3
Assim, a soma é:
π 5π 2π 4 π 12π
+ + + = = 4π
3 3 3 3 3
Alternativa correta: A
Habilidade
Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
Matemática e suas Tecnologias
Exercícios de Aplicação
04. Sistema COC 05. Sistema COC
Um polígono está inscrito na circunferência trigonométri- Resolva a equação a seguir para 0 < x < 2p:
ca e cada um de seus vértices são extremidades dos arcos cossec2x – 3 cossec x +2 = 0.
que são raízes da equação sen x – cos x = 1, no intervalo
[0, 2p]. Desse modo, a área desse polígono mede:
a. 2 u.a.
b. 3 u.a.
c. 4 u.a.
EMI-15-70
d. 5 u.a.
e. 6 u.a.
Seu espaço
9
Sobre o módulo
212
Neste módulo, figuram as equações trigonométricas que exigem bom conhecimento sobre casos de fatoração e também as
que trazem razões inversas ou utilizam identidades já estudadas para sua resolução. Tem-se, assim, uma boa oportunidade para
reforçar ou revisar os conteúdos trigonométricos estudados até aqui.
Matemática
Exercícios Propostos
13.
06. a. { π2 }
b. { }
3π
Resolva a equação sec x = 2, para 0 < x < 2p.
2
07. c. { 5π }
Resolva a equação 2sen x – cossec x = 1, em que x varia 4
3π d. { , 3π }
π
no intervalo [0, ]. 2 2
2
e. { π , 5π }
4 4
08.
Resolva a equação tg x + cotg x = 2, para 0o ≤ x ≤ 360o. 14. Fuvest-SP
95
1 Determinar os valores de x, no intervalo de 0 ≤ x ≤ 2, que
Dica: cotg x = satisfazem a equação sen (px) + cos (px) = 0.
tgx
09. 15.
Sendo 0 ≤ x ≤ 2p, a soma das quatro raízes da equação Resolver a equação sen3x –cos3x = 0 na primeira volta
sen2 x + sen (–x) = 0 vale: positiva.
7π
a. d. 2p 16.
2
3π Sejam a um número real e n o número de todas as solu-
b. 3p e.
2 ções reais e distintas x ∈[0,2p] da equação
5π cos8 x – sen8 x + 4 sen6 x = a.
c. 2
Das afirmações:
10. I. Se a = 0, então n = 0.
Resolva a equação sec2 x = 1 + tg x, para 0o ≤ x ≤ 360o. 1
II. Se a = , então n = 8.
Dica: sec2 x = 1 + tg2 x 2
III. Se a = 1, então n = 7.
11. IV. Se a = 3, então n = 2.
Resolver a equação cotg x = 1, no intervalo [0, 2p[. É (são) verdadeira(s):
a. apenas I.
12. b. apenas III.
A soma das raízes da equação sec x = 1, resolvida no in- c. apenas I e III.
tervalo [0, 2p], é: d. apenas II e IV.
a. 0 d. pp e. todas.
b. – 1 e. 3p
EMI-15-70
c. 2p
Módulo 41
9
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Matemática
1
Determine o valor de: Lembrando que cosec x = , determine o valor de
sen x
a. sen 75°; cosec 75°.
b. cos 15°.
Resolução
Resolução 1
a. sen 75° = sen (30° + 45°) = sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30° cosec 75º = sen 75º
1 2 2 3 2 6 sen 75° = sen (30° + 45°) =
sen75° = · + · = +
2 2 2 2 4 4
6+ 2 = sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30°
sen75° = 1 2 2 3 2 6
4 sen 75°= ⋅ + ⋅ = +
2 2 2 2 4 4
Matemática e suas Tecnologias
6+ 2 6+ 2
b. cos 15° = sen 75° =
4
, pois 15° + 75° = 90° sen 75° =
4
4
cosec 75º =
6+ 2
4 ( 6 − 2)
cosec 75º = ⋅
( 6 + 2) ( 6 − 2)
4( 6 − 2 )
cosec 75º =
4
cosec 75º = ( 6 − 2 )
96
EMI-15-70
03. UERJ Resolução
9
Um esqueitista treina em três rampas planas de mesmo sen 15° = sen(45° − 30°)
comprimento a, mas com inclinações diferentes. As figuras = sen 45° cos 30° − sen 30° cos45°
212
abaixo representam as trajetórias retilíneas AB = CD = EF, con- 2 3 1 2
tidas nas retas de maior declive de cada rampa. = ⋅ − ⋅
2 2 2 2
6− 2
=
E 4
sen 75° = sen(45°+ 30°)
C
= sen 45° cos30°+ sen30° cos45°
Matemática
2 3 1 2
= ⋅ + ⋅
a h3 2 2 2 2
A a 6+ 2
h2 =
a 4
h1
Temos:
15° 45° 75°
B h1 a( 6 − 2 )
D F sen 15° = ↔ h1 =
a 4
h2 a 2
Sabendo que as alturas, em metros, dos pontos de par- sen 45° = ↔ h2 =
a 2
tida A, C e E são, respectivamente, h1, h2 e h3 conclui-se que: a( 6 − 2 ) a 2
h1 + h2 = +
97
Exercícios Extras
04. Fuvest-SP 05.
No triângulo retângulo ABC, ilustrado na figura, a hipote- O quadrilátero ABCD da figura abaixo é um retângulo. Cal-
nusa AC mede 12 cm e o cateto BC mede 6 cm. Se M é o pon- cule a soma a + b.
é igual a:
to médio de BC, então a tangente do ângulo MAC
B A
A a. 2
7
b. 3
7
c. 2
7 α β
d. 2 2 C 2 cm 4 cm D
7
EMI-15-70
B M C e. 2 3
7
Seu espaço
9
Sobre o módulo
212
O exercício proposto 03 é um pouco extenso, porém pode-se usar os resultados obtidos nas questões anteriores, que ser-
vem basicamente para aplicar as fórmulas de adição e subtração de arcos, para resolvê-lo de modo bastante rápido e fácil. Neste
caso, faz-se bastante interessante a mediação do professor na busca de uma estratégia para a resolução dessa questão.
Deve-se destacar que a memorização dessas relações de adição e subtração é muito importante, entretanto a preocupação
maior deve residir no desenvolvimento das habilidades individuais e relacioná-las à resolução dos problemas.
Matemática
Matemática e suas Tecnologias
98
EMI-15-70
Exercícios Propostos
9
Da teoria, leia o tópico 3. 11. Sistema COC
212
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Na figura abaixo, os segmentos AB e A’B’ represen-
tam as bordas de duas calçadas paralelas de uma rua
cuja largura (distância entre as bordas das calçadas) é
06. 10 metros.
Considere o triângulo:
Matemática
C P
A B
c α
β
a
A B A’ B’
P’ R T
99
reta, que faz um ângulo de 15° com o solo. Qual é a distância A
a ser percorrida, sem alterar sua trajetória, para que atinja a
altura de 3 000 metros?
09. Unicap-PE
Sabendo que x – y = 60°, assinale a alternativa que corres-
ponde ao valor da expressão (cos x + cos y)2 + (sen x + sen y)2.
a. 1 c. 2
1 d. 3 B C D
b.
2 3
e.
2 Se o ponto B dista 20 metros de C e 150 metros de D, a
10. Fuvest-SP medida do ângulo CÂD corresponde a:
No triângulo retângulo ABC, os catetos AB e AC medem a. 60°
2 + 3 e 1, respectivamente. Seja D um ponto de AB, tal que b. 45°
AD = AC. Calcule tg (a + b), em que a e b são, respectivamen- c. 30°
te, as medidas de ADC e ABC
. d. 15°
d. −sen 2x
A D B e. sen22x + cos22x
14. Mackenzie-SP 16. Unicamp-SP
9
3
Se, no triângulo retângulo da figura, tem-se cos α = , Uma ponte levadiça, com 50 metros de comprimento, es-
4
então o valor de sen(2a + 3b) é: tende-se sobre um rio. Para dar passagem a algumas embar-
212
AB
α
Matemática
12 cm A B
2
a. 3 d. −
4 3
1 α
b. − 3 e. − α
4 2
rio
2
c.
3
50
15. Fuvest-SP
Matemática e suas Tecnologias
Sabe-se que existem números reais A e x0, sendo A > 0, Considerando que os pontos A e B têm alturas iguais, não
tais que sen x + 2 cos x = A cos(x – x0) para todo x real. O valor importando a posição da ponte, responda às questões a se-
de A é igual a: guir..
a. 2 a. Se o tempo gasto para girar a ponte em 1º equivale a
b. 3 30 segundos, qual será o tempo necessário para ele-
c. 5 var os pontos A e B a uma altura de 12,5 m, com rela-
d. 2 2 ção à posição destes quando a ponte está abaixada?
e. 2 3 b. Se a = 75°, quanto mede AB ?
100
EMI-15-70
Módulo 42
9
Adição e subtração de arcos: arco duplo
212
Exercícios de Aplicação
01. UEPB 02. UFU-MG
Matemática
Sabendo que cotgx = 1 , o valor da tg 2x é igual a: Na figura abaixo, o ângulo a é tal que 0 < a < 90°.
2
1 d. –1
a. − α
2 e. − 4
b. 4 3 1
5 2α
c. 4 1
3 1
α
Resolução b
1
Se cotgx = , podemos concluir que tg x = 2. Assim:
c. 2cos α
2 ()
d. sen(2a)
Resolução
Traçando-se segmentos perpendiculares como indicado
na figura a seguir, temos:
α
a a 1
101
2 2 α
α
2α
1
1
α b
b 2
2
b
α a
1. sen =
2 2
b
2.sen α =
2
α α
sen α = 2sen cos
2 2
b a α
= 2 ⋅ ⋅ cos
2 2 2
α b
2cos =
2 a
Alternativa correta: C
EMI-15-70
03. Mackenzie-SP Resolução
9
a. p p
b. 2 p 2 π 3π 5π 7π
cosx = ± ∴x = ,x = ,x = ou x =
c. 3 p 2 4 4 4 4
d. 4 p π 3π 5π 7π
soma = + + + = 4π
e. 5 p 4 4 4 4
Alternativa correta: D
Matemática
Habilidade
Resolver equações trigonométricas com soluções na pri-
meira volta da circunferência trigonométrica.
Matemática e suas Tecnologias
102
Exercícios Extras
04. ESCS-DF Sabendo que o seno de 25º é igual a 0,42 e que o cosse-
Um observador de 1,80 m de altura vê o ponto mais alto no de 25º é igual a 0,91, a altura h da torre em relação ao solo
de uma torre segundo um ângulo de 25º em relação ao plano é de, aproximadamente:
horizontal que passa pelos seus olhos. Caminhando 50 m em a. 44 m.
direção à torre, passa a vê-la sob ângulo de 50º, como está b. 42 m.
representado no esquema a seguir. c. 40 m.
d. 38 m.
e. 36 m.
05. Fuvest-SP
h Um arco x está no terceiro quadrante do círculo trigono-
25° 50° métrico e verifica a equação 5cos 2x + 3sen x = 4.
1,80 m Determine os valores de sen x e cos x.
50 m
EMI-15-70
Seu espaço
9
Sobre o módulo
212
Este módulo trata de um assunto que, certamente, tem grande prevalência nos exames. Os alunos precisam conhecer as
relações correspondentes ao arco duplo, mas é fundamental que saibam que eles são consequência das fórmulas anteriormen-
te apresentadas da adição e subtração de arcos. Dessa maneira, não se trata de mais fórmulas para decorar, mas sim de novos
recursos que podem ser aplicados à resolução de problemas.
Na web
Matemática
Acesse: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1145>.
Este vídeo pode ajudar os alunos a compreender melhor a aplicação de adições e subtrações de arcos, bem
como de arcos duplos ou arcos metade.
103
c. k2 + 1
d. k –1 10. Fatec-SP
e. 1 – k No plano cartesiano da figura, estão representados a cir-
cunferência trigonométrica e o triângulo OPQ tal que:
07. UEL-PR • os pontos P e Q pertencem à circunferência trigono-
Se cos(2x) = 1 , então o valor de tan2(x) + sec2(x) é: métrica e são simétricos em relação ao eixo Oy;
2 • P é a extremidade do arco de medida 75º.
1 4 Nessas condições, a área do triângulo POQ é:
a. 3 d.
3
y
b. 2 e. 5
3 3 Q P
c. 1
75°
08. FFFCMPA-RS O
cos2θ x
Se tg θ = 2, então o valor de é:
1 + sen2θ
a. –3
1
b. −
3 a. 2
c. 1 b. 6 − 2
3
c. 6 + 2
4
d. 2 1
3 d.
2
e. 3
EMI-15-70
e. 1
4
11. Fuvest-SP 15. UEPA
π π
9
Sejam x e y dois números reais, com 0 < x < e < y < π , O Morro do Alemão é uma das regiões mais violentas do
2 2
4 Rio de Janeiro. Como medida de socialização dessa favela, a
satisfazendo sen y = e 11 sen x + 5 cos (y – x) = 3.
212
A
Para 0 ≤ x ≤ 2p, a maior raiz da equação
cos(2x) + cos x + 1 = 0 é:
π
a. 2
2π θ
b. C
3 B
4π
c.
3 a. 1 600m.
3π b. 1 500m.
d.
Matemática e suas Tecnologias
2 c. 1 440m.
5π d. 1 350m.
e. e. 1 200m.
3
13. Sistema COC 16. UFMS
O valor de (sen 22°30' – 22°30')2 é: Uma luminária cônica circular, de abertura angular de
θ graus, posicionada a 3 metros do chão, com o segmento AO
a. 2 + 2 perpendicular ao segmento AB, projeta uma elipse de luz no
2
chão de eixo maior com 1 m de comprimento, como ilustra-
b. 1 + 2 do na figura 1. Se deslocarmos em θ graus a luminária, como
2
ilustrado na figura 2, qual será o comprimento do eixo maior,
c. 2 em centímetros, da nova elipse de luz no chão?
2 (Considere θ = ângulo formado entre os segmentos AO e
BO = ângulo formado entre os segmentos BO e CO, como nas
d. 1 − 2 figuras.)
2
104
2− 2 O O
e.
2
q qq
14. ITA-SP
1 3m 3m
Se cos 2x = , então um possível valor de
2
cot g x − 1
é:
cossec ( x − π ) − sec ( π − x ) A B A 1m B C
1m ?
a. 3. Figura 1 Figura 2
2
b. 1.
c. 2.
d. 3..
e. 2.
EMI-15-70