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KARL MARX

Karl Heinrich Marx, economista e filósofo alemão. Nasceu em Tréves a 5 de


maio de 1818. Filho de um advogado judeu convertido ao protestantismo.
Cursou as universidades de Bonn e Berlim, onde estudou direito,
dedicando-se especialmente à história e à filosofia. Em Berlim, ingressou no
grupo dos chamados “Jovens Hegelianos”, que interpretavam as idéias de
Hegel do ponto de vista revolucionário. Não se limitou aos estudos teóricos.
Desenvolveu intensa atividade política, no decorrer da qual foi elaborando a
doutrina do socialismo proletário revolucionário. O caráter de suas idéias e
atividades políticas valeu-lhe perseguições ; foi várias vezes exilado,
enfrentando ao lado de sua esposa, Jenny Von Westphalen, uma vida de
grandes privações. Iniciou a obra de difusão de sua ideologia evolucionária
colaborando na Gazeta Renana que, ao ficar sob sua orientação (1842),
teve a sua publicação proibida pelo governo. Mudando-se para Paris em
1843, conheceu Friedrich Engels, desde então seu amigo fiel e colaborador.
Juntos elaboraram a doutrina do “comunismo científico”. Expulso da capital
francesa, Marx passou a residir em Bruxelas, onde entrou para uma
sociedade decreta, a liga dos Justos, cujo o nome mudou para a Liga dos
Comunistas. Após o 2º congresso desta organização, redigiu o famoso
“Manifesto Comunista: publicado em 1848. Nesta obra encontram-se já
esboçadas suas principais idéias filosóficas e políticas: o materialismo
histórico e a teoria da luta de classes”.
Desterrado da Bélgica depois da revolução de fevereiro de 1848, voltou a
residir em Paris, de onde teve que partir após a revolução de março,
fixando-se em Colônia, Alemanha, sendo deportado no ano seguinte.
Regressou a Paris de onde foi novamente expulso, assando a residir
definitivamente em Londres. Atormentado pelas dificuldades financeiras,
somente graças à ajuda de Engels pode levar a cabo a elaboração de sua
principal obra: “O Capital”. Em prosseguimento a sua luta para estruturar o
movimento do proletariado, tomou parte na organização da I Internacional,
em Londres (28/09/1864), batendo-se pela união das diversas correntes
socialistas. As privações e o intenso trabalho que desenvolveu minaram- lhe
a saúde, impedindo-o de concluir O Capital, concluído por Engels.
Várias de suas idéias correram proveitosamente para o aprimoramento das
ciências sociais ditas burguesas, atuando de modo positivo sobre a
Economia Social, a Sociologia, a História. Mas segundo escreve Ossip K.
Flechthem, “com seu
determinismo fatalista e mal compreendido transformou-se num
tacão opressor de
toda ação socialista criadora”.
Vasta é a produção de Karl Marx, quer no campo da ciência histórico-
sociais, quer no campo da economia política e da filosofia. Dentre suas
principais obas, além das já referidas, merecem destaque:
Manuscritos de 1843, A Questão Judaica, A sagrada Família, com Engels,
Teses sobre Feuerbach, ideologia Alemã, com Engels, Miséria da Filosofia,
Manifesto do partido Comunista, as lutas de Classe na França, O 18 de
Brumário de Luís Bonaparte.
Morreu em Londres a 14 de março de1883.
O Marxismo
O marxismo são o conjunto de teorias filosóficas, econômicas e políticas de
Karl marcx, filósofo social alemão, exposta no livro : O capital”(1867).
Concepção materialista da História, o marxismo é o resultado a fusão de
várias correntes de pensamento, entre as quais diversos sistemas
filosóficos alemães, em especial o de Friedrich Hegel, assim como da
economia política inglesa e do socialismo francês. O conteúdo fundamental
do marxismo – a doutrina econômica – não pode ser compreendido sem o
conhecimento de sua fundamentação filosófica. Adepto do materialismo
filosófico, adotou a princípio as concepções de Feuerbach, passando depois
a criticá-las por defenderem um materialismo mecanicista que não aplicava
o método dialético e concebia o ser humano de modo abstrato, e não como
“conjunto das relações sociais”. A crítica que Marx Formulou a essa atitude
contemplativa dos filósofos está sintetizada na sua célebre afirmação: “Os
filósofos não fizeram senão interpretar o mundo de diversas maneiras: trata-
se agora de transforma-lo”.
Atribui o conjunto das condições de produção econômica uma fundamental
influência sobre o desenvolvimento das culturas e estabelece a primazia da
infra- estrutura social (conjunto das forças produtivas materiais, ou forças
econômicas)sobre o que se denominou surperestrutura social (as idéias, ou
conjunto dos dados da cultura não material). Prega a revolução do
proletariado e sua conseqüente ascensão a uma posição de mando, e a
instituição de uma sociedade sem classes.
Considerando a dialética de Hegel como a maior descoberta da
filosofia clássica
alemã, aplicou-a na sua interpretação materialista da natureza e
da história, e nisso
se opõe a Hegel, que era idealista. Enquanto para este último o processo
do pensamento era o criador do real, para Mar, o pensamento não passava
de reflexo do mundo real na consciência do homem. A aplicação do
materialismo dialético ao estudo dos fenômenos sociais deu origem à
concepção materialista da história.
Assim, segundo a doutrina marxista, não são as idéias (superestrutura) que
governam o mundo, mas ao lado contrário é o conjunto das forças
produtivas materialistas (infra-estrutura) que determina todas as idéias e
tendências.
Ao se aprofundar no estudo da história, Marx elaborou a teoria da luta de
classes, pela qual explica a evolução das instituições sociais. “A história de
toda a sociedade humana até nossos dias é uma história de lutas de
classes. Senhores e escravos, patrícios e plebeus, barões e servos da
gleba, mestres e aprendizes: numa palavra, opressores e oprimidos, frente
a frente, sempre empenhados em uma luta initerrupta, ora velada, ora
ostensiva; em uma luta que conduz em cada etapa à transformação
revolucionária de todo o regime social ou ao extermínio de ambas as
classes beligerantes”.
Assim como na filosofia e na história, também na economia política Marx
não se limitou à elaboração de uma nova teoria, mas fez a crítica de toda a
economia política burguesa e de seus métodos. A economia política
burguesa procura interpretar os fatos por suas aparências. Preço, lucro e
capital, ara o marxismo, não passam de mera dissimulação do valor, da
mais-valia e da propriedade capitalista dos meios de produção.
Na produção capitalista, embora cada um pareça produzir o que quer e
como pode, existem leis, como a lei do valor, o qual é determinado pelo
tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria.
Assim, o valor resulta diretamente das relações entre as pessoas e não
entre as coisas.
Ao formular a teoria da mais-valia, Marx observou que na circulação
capitalista o dinheiro aumenta, sendo este acúmulo que se transforma em
capital. A mais-valia não é produzida pela troca de mercadorias, mas pela
exploração do trabalho, sendo por isso, o produto do trabalho não pago pelo
capitalista ao operário. Para obter a mais-valia o “possuidor do dinheiro
necessita encontrar no mercado uma mercadoria cujo o próprio valor de uso
possua a qualidade original de ser fonte de valor”.Essa mercadoria seria
exatamente a força humana de trabalho, comprada pelo capitalista por um
valor determinado, do mesmo dono que o que qualquer outra mercadoria,

Sociologia - Comte, Marx, Weber E


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avelinoJoao deixou um comentário

Muito obrigado pela materia


05 / 14 / 2010
Responder

Silvin_Fochat_1557 deixou um comentário

Muito bom!!!!
04 / 16 / 2010
Responder

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