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Subsídios EBD Andradina 4º Trimestre de 2021

Lição 5: “Jesus Cristo, e este crucificado” - A mensagem do Apóstolo

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Lição 5: “Jesus Cristo, e este crucificado” - A mensagem do Apóstolo

Texto Áureo:

Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e


loucura para os gregos.
1 Coríntios 1.23

Russel Norman Champlin da a seguinte explicação sobre este versículo (acima) “Cristo
crucificado”: Isto é, um “Messias crucificado” (1 Coríntios 2:2 e Gálatas 3:1). Era justamente em
torno deste ponto que tanto os gregos como os judeus encontravam a sua grande dificuldade,
embora encarassem essa questão de diferentes ângulos. Os judeus, por causa de sua formação
religiosa, onde os milagres e os prodígios eram comuns, tornaram-se tão presunçosos que pensavam
que Deus lhes daria algum sinal ou prodígio a qualquer instante que o desejassem. Na sua
incredulidade e rebeldia, ignoraram convenientemente a abundância de sinais e milagres efetuados
por Jesus de Nazaré; e então, perversamente, subitamente exigiam sinais ainda maiores e mais
numerosos. Os judeus não tinham uma mentalidade cética (duvidosa, descrente), conforme sucedia
a tantos filósofos gregos, mas antes, criam no sobrenatural. Mas tentavam escravizar o sobrenatural
aos seus próprios caprichos (por assim dizer). E o povo de Israel, em sua cegueira espiritual, veio
assim a rejeitar ao próprio Messias.
Champlin diz que “ escândalo”: Tem o sentido de “armadilha”, algo que leva um homem a tropeçar
e cair, o que, por sua vez, causa «repulsão», sendo uma «tentação ao pecado». Os judeus, pois, que
supostamente se encontravam no caminho que conduz de volta a Deus, tropeçaram no “obstáculo”
que é Cristo; pois julgavam-no um motivo de escândalo, visto que, de outro modo, jamais o teriam
crucificado. Isso fizeram, contudo, devido à sua rebeldia voluntária. Por essa razão é que Cristo se
tornou para eles uma «armadilha», um empecilho, que fez com que se desviassem inteiramente na
sua busca por Deus.
“para os judeus e loucura para os gregos”: Os judeus aguardavam um Messias militarmente
vitorioso, uma poderosa figura política, que livrasse o povo israelita do jugo romano. Pensavam ver
isso claramente ensinado nas profecias do A.T. No entanto, compreenderam de forma totalmente
errada o ensino bíblico do Messias como «Servo Sofredor» de Yahweh.
Os gregos, por sua vez, teriam esperado um Platão ou um Aristóteles glorificado, como seu
Messias, se porventura houvessem considerado a vinda de um Messias, numa espécie de clímax de
toda a sua sabedoria filosófica. Ficavam ofendidos, portanto, ante a figura de um humilde nazareno,
um homem supremamente religioso e dedicado, e que, embora fosse sábio, como poderiam admitir,
não possuía a sabedoria filosófica. Mas isso porque se tinham esquecido da lição de Sócrates, o qual
fora o melhor e mais sábio dos homens (segundo muitos gregos), a despeito do que viera a ser
desprezado e, finalmente, fora oficialmente executado pelo estado, tal como sucedera com Jesus de
Nazaré.
(Sócrates é para muitos o “símbolo da filosofia”. Em cerca de 399 a.C, Sócrates foi condenado a morte pelos atenienses,
acusado de não reconhecer os deuses da cidade e corromper a juventude, se recusou a se defender e a fugir, mesmo os

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atenienses o tratando injustamente. Curiosamente, com o passar do tempo passaram a considerar Sócrates como o
melhor e mais sábio de todos os homens. Se os gregos tivessem se lembrado da história de Sócrates, talvez isso pudesse
ter-lhes ajudado a compreender melhor a história de Jesus ).

1 – A Centralidade da Pregação de Paulo

1. O ministério de pregação e o Cristo crucificado.


Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti
para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Gálatas 1.17 (Veja a explicação exegética sobre
este versículo no nosso estudo da lição 4)

O teólogo alemão Otto Wilhelm Betz argumenta que “podemos deduzir que (além de
Paulo ter ido para a Arábia com o propósito de meditação para aprender mais sobre Cristo e a
pessoa do Espírito Santo, como creem muitos estudiosos) Paulo também foi para a Arábia
com o propósito de “missão” (isto é, levar a Palavra Cristo as pessoas daquela região), pois
registros arqueológicos e históricos mostram que o território próximo a Damasco
(chamado de maneira geral “Arábia”), tinha muitos habitantes. Muito provavelmente Betz
está certo em sua conclusão, pois em Atos 9.20, alguns dias após sua conversão,
vemos Paulo pregando nas sinagogas.
Enquanto há muitos que lutam com o chamado de Deus por anos,
estagnados, sem fazer a “obra de Deus”, vemos que Paulo não perdeu
tempo.
George Lyons (teólogo e professor do Novo Testamento) diz que, o fato do livro de Atos
não mencionar a pregação de Paulo na “Arábia” não é surpresa. Pois o relato das
viagens de Paulo não é completo. A Bíblia não menciona, por exemplo, a pregação de
Paulo em Ilírico (Essa era uma província romana, que se estendia ao longo das costas orientais do mar Adriático,
que formava a fronteira norte do Épiro, bem como a fronteira nordestina da Macedonia. O Ilírico ficava entre a Itália, a
Alemanha, a Macedonia e a Trácia, sendo limitado pelo mar Adriático e pelo rio Danúbio. No grego, o nome usual
dessa região era «Illyris», nome esse que aparece tanto em documentos gregos como latinos) , registrado em
Romanos 15.19.

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(Ilírico ou Ilíria ,como aparece em algumas versões bíblicas, era uma província romana,
que se estendia ao longo das costas orientais do mar Adriático, que formava a fronteira norte do Épiro, bem
como a fronteira nordestina da Macedonia. O Ilírico ficava entre a Itália, a Alemanha, a Macedonia e a
Trácia, sendo limitado pelo mar Adriático e pelo rio Danúbio. No grego, o nome usual dessa região era
«Illyris», nome esse que aparece tanto em documentos gregos como latinos).

Paulo não perdeu tempo, logo após seu encontro com Cristo e conversão, Paulo
procurou logo pregar a Cristo (Atos 9.20; 1 Coríntios 1.21).

2. A palavra da cruz é a loucura da pregação.


3. Para os judeus e gregos.
Porque a palavra da cruz é loucura (No original grego, a palavra usada neste ponto não é tão
violenta. Antes, o termo grego tem o sentido de «tolice», «insensatez», sem dar qualquer idéia de
desarranjo mental ou insanidade, conforme a tradução «loucura» nos dá a entender) para os que
perecem (A sabedoria humana sente-se superior a idéia de que o Filho de Deus morreu na cruz
para redimir a humanidade caída e separada de Deus); mas para nós, que somos salvos, é o
poder de Deus(Ou seja, para os que creem em Deus e em seu Cristo, a “mensagem da
Cruz, isto é, a Palavra de Deus” é o poder de Deus que salva, transforma e muda
vidas).
1 Coríntios 1.18
Paulo se esforçava ao máximo para convencer as pessoas de que Jesus é o Cristo. Ele
se esforçava não apenas com palavras, mas com sua conduta. Isto me lembra as
palavras de Sallie McFague (Teóloga americana) que disse: “Somos chamados por Deus
a ver a Palavra de Deus de modo diferente, e então, viver de maneira diferente, o
mais diferente que pudermos com a ajuda de Deus” - Grifo nosso. Paulo, depois de seu
encontro com Jesus, passou a ver a “Palavra de Deus” de modo diferente, e, passou
então a “ter uma conduta diferente”.
Paulo sabia que; “A conduta é tão convincente quanto a pregação”. Veja 1 Coríntios
9.17; 11.1; Filipenses 3.17.

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Ainda sobre 1 Coríntios 1.18, Donald Arthur Carson (Teólogo canadense e professor do Novo
Testamento) diz;

“O que você pensaria se uma mulher chegasse ao trabalho usando brincos que
estampavam uma imagem da nuvem, em forma de cogumelo, da bomba atômica lançada
sobre Hiroshima? O que você pensaria de uma igreja adornada com um afresco das
inúmeras sepulturas em Auschwitz*? Ambas as visões são grotescas. Não são
intrinsecamente detestáveis, mas são chocantes por causa de suas poderosas associações
culturais. O mesmo tipo de horror chocante estava associado com a cruz ea crucificação no
século 1”.
*Auschwitz: Foi uma rede de campos de concentração e extermínio, foi o maior acampamento de prisioneiros da
Alemanha nazista e o maior centro construído para matar pessoas em toda a história da humanidade. Estima-se
que que cerca de 960 mil judeus morreram em Auschwitz.

Vejamos o que diz 1 Coríntios 1.19-24:


19. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos
inteligentes (Paulo não desejava que os cristãos de Corinto pensassem que o evangelho é apenas um
sistema filosófico, um sistema altamente sábio que supera a tolice dos outros sistemas. Ele queria
dizer muito mais: onde a sabedoria humana falha completamente em lidar com as necessidades dos
homens, Deus mesmo entra em ação. Somos incapazes no que diz respeito a lidar com nosso pecado
e sermos reconciliados com Deus; mas, onde somos incapazes, Deus é poderoso. A insensatez e a
sabedoria humana são igualmente incapazes de alcançar o que Deus realizou na cruz. O evangelho
não é apenas um conjunto de bons conselhos; também não é apenas boas notícias a respeito do
poder de Deus. O evangelho é o poder de Deus para aqueles que creem).

20. Onde está o sábio? ( Temos aqui uma alusão definida aos gregos, com sua filosofia e com sua
busca pela sabedoria mundana, o que, no conceito de Paulo, não era e nem é suficiente para
descobrir os tesouros das realidades espirituais) Onde está o escriba? (Temos aqui uma alusão aos
«eruditos» do povo de Israel, isto é, aqueles que estudavam a lei, que eram técnicos em suas
minúcias, e que ensinavam os preceitos mosaicos ao povo judeu, mas, por orgulho e medo de perder
suas posições aos olhos dos religiosos e do povo não conseguiam enxergar o Cristo de Deus) Onde
está o inquiridor deste século? (Essas palavras se referem, particularmente, às escolas gregas dos
sofistas, ainda que não se limitem aos sofistas. podiam fazer com que «o pior argumento se tornasse
o melhor», segundo Sócrates foi acusado de fazer. Sócrates possuía grande capacidade de debater,
sabia como apresentar e defender delicadas distinções em seus argumentos. Por semelhante modo,
entre os judeus também havia indivíduos dotados dessa habilidade, ainda que esse termo pareça
aplicar-se com mais propriedade aos filósofos gregos. É possível que Paulo não estivesse fazendo
aqui distinções pormenorizadas, mas antes, falasse em termos gerais. Seja como for, a sua

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mensagem é clara. A sabedoria humana, sem importar a sua variedade,- e sem importar se
proveniente dos gregos ou dos judeus, desvinculada de Cristo, se reduz a nada).
(Na Corinto do século I, a “sabedoria” não era entendida como a habilidade prática de viver sob o
temor do Senhor (conforme vemos frequentemente no livro de Provérbios). Também não era vista
como alguma combinação de intuição, discernimento e esperteza pessoal (como a sabedoria é vista
hoje no Ocidente). Pelo contrário, a sabedoria era a filosofia pública, uma cosmovisão bem
articulada do mundo que tornava a vida compreensível e ordenava as escolhas, valores e prioridades
dos que a adotavam. “O sábio” era alguém que adotava e defendia uma das diversas e competitivas
cosmovisões populares. Nesse sentido, o “sábio” podia ser um epicurista, ou um estóico, ou um
sofista, ou um platônico; mas os sábios tinham isto em comum: afirmavam ser capazes de dar
sentido à vida, à morte e ao universo. Mas todos estes sábios discípulos dos melhores filósofos não
tinham o verdadeiro conhecimento e sabedoria espiritual que só vem através do Espírito Santo de
Deus).

21. Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve
a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (Sobre este versículo João Calvino comenta; “O
conhecimento de todas as ciências não passa de fumaça, onde a ciência celeste não se faz presente,
os homens, apesar de toda a sua perspicácia (discernimento, esperteza), são tão estúpidos, na
obtenção do conhecimento dos mistérios de Deus, por si mesmos, como um asno é incapaz de
compreender as harmonias, musicais”. Paulo, entretanto, não condenou expressamente nem a
perspicácia natural do homem, nem a sabedoria adquirida com a prática e com a experiência, e nem
o cultivo das faculdades mentais, através do aprendizado; tão somente declara que nada disso tem
valor para quem quer adquirir a sabedoria espiritual». A sabedoria mundana dos homens serve de
obstáculo para eles mesmos, quando decidem ignorar a Palavra de Deus).

22. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;(Para os judeus e gregos, a
mensagem da cruz, isto é, o Evangelho era “loucura” (1 Coríntios 1.18) Era loucura para os gregos
incrédulos porque não coincidiu com sua noção de sabedoria. Era debilidade e uma pedra de
tropeço para os judeus incrédulos porque não coincidiu com sua noção de poder. Para um judeu, um
Messias crucificado era uma contradição de termos, pelo fato de alguém ser pendurado ou
crucificado indicar a maldição de Deus sobre si (Gálatas 3.13; Deuteronômio 21.23).
Os romanos consideravam a crucificação uma morte apropriada para escravos, os judeus também a
viam como vergonhosa, veja Deuteronômio 21.23.
23. mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus ( Como disse Champlin
; “ «...escândalo...» significa «armadilha», algo que leva um homem a tropeçar e cair, o que, por sua
vez, causa «repulsão», sendo uma «tentação ao pecado». Os judeus, pois, que supostamente se
encontravam no caminho que conduz de volta a Deus, tropeçaram no «obstáculo» que é Cristo; pois

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julgavam-no um motivo de escândalo, visto que, de outro modo, jamais o teriam crucificado. Isso
fizeram, contudo, devido à sua rebeldia voluntária. Por essa razão é que Cristo se tornou para eles
uma «armadilha», um empecilho, que fez com que se desviassem inteiramente na sua busca por
Deus.) e loucura ( esta palavra “loucura” teria sido melhor traduzida por “insensatez”. Os gregos
viam o sacrifício de Cristo como uma tolice, pois para eles Cristo não era como os filósofos gregos
que se mostravam tão sábios e coerentes, os gregos também consideravam a “humildade” um tipo
de “fraqueza”, portanto, a idéia de um Cristo crucificado era para eles uma grande insensatez, um
absurdo, uma irreflexão).para os gregos.

24. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de
Deus ( Champlin diz que; No caso daqueles que são chamados, que se achegam a Cristo, o
evangelho é o poder de Deus, porquanto gira em torno de Cristo, que é o tema central do
evangelho) e sabedoria de Deus (Cristo é também a sabedoria de Deus. Sabedoria visa planejar e
propor. Cristo é tanto sabedoria para planejamento como tem poder para realizar o que foi
planejado).
25. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do
que os homens (Champlin observa que; Paulo dá prosseguimento aos seus paradoxos e ousadas
declarações. Em sentido literal, não podemos atribuir qualquer «loucura» a Deus. Mas Paulo usou
esse vocábulo, porque é isso que os homens com freqüência pensam sobre o plano divino da
redenção em Cristo. E assim, se por um lado usamos esse termo, na realidade está em foco a
elevadíssima e infinita sabedoria de Deus, porquanto a «...loucura de Deus...» consegue realizar
aquilo que a sabedoria humana não é capaz de concretizar. Também sabemos que não podemos
atribuir fraqueza a Deus. Mas Paulo usou esse vocábulo porque era isso que alguns judeus e gregos
pensavam ser a grande característica da vida e do final trágico da vida de Jesus de Nazaré. Essa
aparente fraqueza, entretanto, esconde uma força toda poderosa, a força de Deus).
1 Coríntios 1.19-24

Concluindo, em 1 Coríntios 1.18-25, Paulo diz aos gregos que Cristo é “a sabedoria
de Deus”, e aos judeus que Cristo é “o poder de Deus” A cruz é uma demonstração da
sabedoria divina por trazer tanto a justiça quanto o amor de Deus.

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2 – Expressões – Chave na Doutrina de Paulo

1. “Evangelho de Cristo”.
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
Romanos 1.16
O “Evangelho de Cristo”, isto é, “As Boas Novas ou Boas Notícias” de Cristo.
Frederick Fyvie Bruce (professor, escritor, e erudito bíblico do Reino Unido) diz que; “O
Evangelho é o poderoso meio que Deus emprega para a salvação de todos os que
crêem — primeiro do judeu, e do gentio também. E por que é assim? Porque neste
Evangelho está a revelação da forma divina da justiça — forma da justiça que se
baseia no princípio da fé e que é apresentada aos homens para que a aceitem pela fé.
Foi dessa justiça que o profeta disse: 'Aquele que é justo pela fé viverá’ (Habacuque
2.4; Romanos 1.17; Hebreus 10.38)”.

John Fullerton MacArthur (pastor, escritor e teólogo americano) diz que; “O mensageiro
da cidade de Roma costumava usar a palavra “Evangelho” para dar início a
importantes e favoráveis pronunciamentos a respeito do imperador, como por
exemplo, o nascimento de um filho. Porém o “Evangelho”, isto é, “As Boas Novas”
de Paulo não vem do imperador, mas de Deus”.

Dwight Lyman Moody (Evangelista norte americano) diz que; “Contrastando com uma
série de pensamentos abstratos, o Evangelho ou as boas novas são dinâmicas. Paulo
não se envergonha do Evangelho. Paulo não se envergonha do Evangelho porque
estas boas novas são o poder de Deus, cujo propósito e alvo são a realização da
libertação ou salvação. Um homem obtém tal salvação quando a sua constante
reação individual diante do Evangelho é a confiança e crença.A crença no conteúdo
do Evangelho é apenas parte do seu significado. Acima disso, significa confiança ou
entrega pessoal, ao ponto de alguém se entregar a uma outra pessoa. Embora a
crença envolva a aceitação de uma verdade ou uma série de verdades, esta reação
não é meramente concordância intelectual, mas antes um envolvimento sincero na

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verdade aceita. Crer em Cristo é entregar-se-Lhe. Confiar em Cristo é envolver-se


totalmente nas verdades eternas ensinadas por Ele e a respeito dEle no N.T.

2. “Cristo crucificado”.
Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
1 Coríntios 2.2
Hernandes Dias Lopes (pastor, escritor e teólogo presbiteriano) diz que; “A cruz aponta para
a justiça e para o amor de Deus. O evangelho centraliza-se na morte de Cristo. Na capital da
filosofia, Paulo decide pregar a mensagem da cruz de Cristo. A morte de Cristo não é uma doutrina
periférica do cristianismo, mas sua própria essência. A cruz não é um apêndice (acréscimo ou
erro), ela é o núcleo, o centro, o eixo, e a essência do cristianismo. A morte substitutiva de Cristo
na cruz é o ponto central e culminante do evangelho. Não há outro evangelho a ser pregado a não
ser “Jesus Cristo e este crucificado”. E interessante que Paulo não está pregando Cristo,
apresentando- O como um homem perfeito, ou um ilustre mestre da religião, ou mesmo como o
supremo exemplo da espiritualidade. Antes, Paulo está pregando “Jesus Cristo e este
crucificado”. Ou seja, Paulo está anunciando a morte de Cristo. Todas as vezes que a igreja perde
de vista a centralidade da morte de Cristo, ela perde a essência do próprio evangelho. A mesma
cruz, que era escândalo para os judeus e loucura para os gregos, era o conteúdo da pregação de
Paulo. Paulo se gloriava daquilo que os judeus e gregos se envergonhavam. Paulo escandaliza a
cidade de Corinto ao dizer que é no Cristo crucificado que se encarna a verdadeira sabedoria de
Deus. Para Paulo o evangelho é absolutamente cristocêntrico. Como nós estamos hoje precisando
ouvir isso! A maioria dos programas evangélicos que circulam na mídia está perdendo a
centralidade da cruz e centralizando-se no homem. O evangelho, porém, não é antropocêntrico,
mas cristocêntrico!

Russel Norman Champlin observa que, “Paulo pregava ‘Cristo Crucificado’ ou seja,
o teor, o centro, a base da mensagem de Paulo era Jesus Cristo e seu Evangelho”. E,
hoje em dia, vemos tantos pregadores pregando e ensinando coisas que nem Cristo e
nem seu Evangelho ensinam”. Pedro disse que os apóstolos perseveravam na oração e
no minsitério da Palavra (Atos 6.4), este é o segredo de Pedro, Paulo e dos demais
apóstolos e de todos os pregadores sinceros da Palavra de Deus. Perseverar na oração
e no ministério da Palavra, para pregar e ensinar só o que Cristo pregou e ensinou.

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3. “Cristo Ressurreto”.
E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
1 Coríntios 15.14
Como bem observou Elienai Cabral ( Pastor, conferencista, teólogo, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD e
membro do Conselho Administrativo da CPAD) “Não há importância na morte de Cristo, se Deus não

o tivesse ressussitado”.
Homens considerados “grandes influenciadores da humanidade” como Sócrates (filósofo
grego), Thales de Mileto (filósofo grego, cujos estudos deram orígem a descoberta da eletricidade) , Alexandre o

grande (o rei conquistador), Henry Ford (empresário que deu orígem a indústria automobilística) Tomas
Edson (criador da lâmpada elétrica), dentre tantos outros, não foram ressussitados por Deus,
mas Jesus Cristo foi, Jesus está Vivo. Logo a nossa fé não é vã, a nossa pregação não
é vã, a nossa espera pela volta de Cristo não é vã. Por isso pregamos e temos fé. Por
que Jesus Cristo foi ressussitado por Deus, e glória a Deus por isso.

3 – Os Efeitos da Mensagem da Cruz

1. Uma vida no poder de Deus.


Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o
poder de Deus. 1 Corínitos 1.18
Aqueles servos de Deus que tem vida de oração constante, que meditam na Palavra
de Deus todos os dias, estão fortes contra as ciladas de satanás, contra as tentações da
“carne”, não desanimam diante das lutas da vida.

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Estes experimentam o “Poder de Deus” em suas vidas e através de suas vidas.


Conseguem ser crentes que fazem a diferença em um mundo corrompido pelo
pecado.
Mas, aqueles que não oram ou oram muito pouco, aqueles que não meditam na
Palavra de Deus, ou meditam muito pouco, veem em suas vidas e através delas, muito
pouco do “poder de Deus”, pois sem oração e Palavra de Deus, tornam-se
espiritualmente fracos, pense nisso.

2. Uma vida de Humildade.


Aqueles que realmente estão na direção de Deus, mostram humildade na forma de
falar, agir e se comportar, se vemos alguém que se diz “de Deus”, mas mostra falta de
humildade, logo esta pessoa não está na direção de Deus (Isaías 14.13-15; Tiago 4.6).
Como disse João Calvino; “Tudo o que você vê de bom em mim é Cristo. Tudo de
mal, sou eu mesmo”.

3. Uma vida na dependência do Espírito.


Aqueles que são realmente “servos de Deus”, vivem na dependência do Espírito
Santo. Não depositam sua confiança em dinheiro, posição social ou amizades
influentes. Veja Isaías 41.13; Provérbios 3.5,6; Salmo 121.1,2; Mateus 6.34; João
15.5.
Ainda sobre Cristo e dependência do Espírito Witness Lee (pregador Chinês) diz algo
muito interessante que serve para nossa reflexão. Lee disse; “Às vezes, dizemos que
desfrutamos das reuniões da igreja. Entretanto, em vez de dizer que desfrutamos das
reuniões, devemos testificar que desfrutamos Cristo nas reuniões. Há grande
diferença entre desfrutar a reunião em si e desfrutar Cristo na reunião. Certos santos
podem gabar-se de que as reuniões em sua cidade são melhores que as de outro
lugar. Precisamos ser muito cautelosos sobre disso. Não diga que desfruta as
reuniões em sua cidade; antes diga que desfruta Cristo. Não devemos orgulhar-nos
de nossa cidade ou de qualquer outro lugar. Em certo sentido, toda cidade deve ser

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rebaixada em nossa avaliação para que enalteçamos Cristo, nossa única porção. A
única porção dos santos não é a igreja numa cidade, mas é Cristo.

Conclusão:
A mensagem da “Igreja” é a “Cruz de Cristo”. A “Igreja” deve pregar e ensinar
apenas o que Cristo e seus apóstolos pregaram e ensinaram. Vivemos em uma
época onde muitas heresias tem invadido os púlpitos em forma “novidades”,
mas a “Igreja” que tem vida de oração constante e conhecimento bíblico
aprofundado jamais será enganada pelas artimanhas de satanás.

Fontes: A Bílbia Interpretada Versículo por Versículo – Russel Norman Champlin, Bíblia de Estudo
MacArthur, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Comentário Expositivo Hagnos, Comentário
Bíblico Beacon, Revista Cristão Alerta – 4° Trimestre de 2021, Análise de Romanos – Roberto
Carlos Cruvinel, Série Cultura Bíblica , Romanos – F. F. Bruce, Comentário de Romanos – D. L.
Moody, A Cruz e o Ministério Cristão – D. A. Carson, Estudo de 1º Coríntios – Witness Lee,
Comentário Bíblico Broadamn,Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer, Comentário Bíblico
F. F. Bosworth, Apontamentos Teológicos Professor José Junior.

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Nota do Autor:
José Junior é evangelista da Assembléia de Deus Ipiranga em Andradina SP, e elabora
estudos de cada uma das lições da Revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD. Você
pode solicitar os estudos gratuitos em pdf através do Whatsapp (18) 9 9691- 1591 ou
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Pastor Setorial: Allan Barbosa
Superintendente de EBD: Adriano Rogério Sanches

Professor José Junior Contato: (18) 9 9691-1591 só whatsapp

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