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Power Lockout – Controle e Bloqueio de

Fonte de Energia

TREINAMENTO E MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE


CONTROLE E BLOQUEIO DE FONTE DE ENERGIA – POWER
LOCKOUT

MÓDULO III

1. ACIDENTES TÍPICOS NAS INDÚSTRIAS POR FALTA DE SISTEMAS DE BLOQUEIO


E CONTROLE DE ENERGIAS; ESTATÍSTICAS E DADOS DO MTE

02/04/2014 21h10 - Atualizado em 02/04/2014 21h10

1.1 EMPREGADO MORRE EM ACIDENTE DE TRABALHO EM INDÚSTRIA DE


SERTÃOZINHO

Funcionário ficou preso em máquina acionada no meio da manutenção.

Reportagem tentou falar com empresa, mas não obteve posicionamento.

O funcionário de uma indústria metalúrgica de Sertãozinho (SP) morreu na tarde desta


quarta-feira (2) vítima de um acidente de trabalho, segundo informações da Polícia Militar.
De acordo com a PM, o empregado fazia a manutenção de uma máquina quando o
equipamento voltou a funcionar e o trabalhador ficou preso.

Com a cintura pressionada pela máquina, ele chegou a ser atendido pelo Corpo de
Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A Polícia Militar permaneceu
na fábrica para a chegada da perícia.

A reportagem da EPTV procurou a direção da empresa, mas ninguém falou sobre o


assunto até a publicação da matéria.

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1.2 TRABALHO MATA MAIS DO QUE EPIDEMIA NO BRASIL


Reportagem: Mauri Konig.
Parte 1: 5 de julho de 2015

Há uma tragédia em curso no Brasil, da qual pouco se fala e que nada tem a ver com
guerras ou desastres naturais. Ainda assim se trata de uma tragédia, pela quantidade de
vítimas e a gravidade das sequelas. Foram 5 milhões de vítimas num intervalo de apenas
sete anos, com 19,5 mil mortos e 101 mil inválidos. Esses brasileiros não estavam em
conflitos e tampouco pegavam em armas quando morreram ou ficaram mutilados. Eles
estavam trabalhando.

Os acidentes de trabalho ostentam números de uma epidemia para a qual o Brasil não
encontra solução. As vítimas registradas no período entre 2007 e 2013 – dados mais atuais
do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que a Gazeta do Povo usou como base para
a reportagem – demonstram que os acidentes de trabalho matam seis vezes mais do que a
dengue, doença sazonal que todo verão impõe aos brasileiros o medo em escala
epidemiológica.

No mesmo período de sete anos, o país teve 5,3 milhões de casos de dengue, número
equivalente aos acidentes de trabalho. Menos letal, a doença matou 3.331 pessoas, média
de 475 por ano, contra 19.478 óbitos no trabalho, ou 2.780 por ano – os 720 mil acidentes
anuais ainda deixam 14,5 mil inválidos permanentes. Cabe lembrar que, ano após ano, o
combate à dengue mobiliza todo o país, um esforço que não se vê no combate aos perigos
no trabalho.

Para a procuradora do Trabalho no Paraná, Ana Lucia Barranco, a ineficiência do poder


público é a principal causa do alto índice desses acidentes, junto com a falta de prevenção
e a terceirização da mão de obra. O Estado é incapaz de fiscalizar e de criar medidas
preventivas, razão pela qual o Judiciário e o Ministério Público têm tentado ocupar esse
vazio para não deixar o trabalhador tão à deriva. Além de ineficiente, o Estado às vezes
joga contra.

“As políticas sociais de uma maneira geral estão na contramão das políticas econômicas e
de desenvolvimento”, diz José Marçal Jackson Filho, pesquisador da Fundacentro,
autarquia federal que estuda a segurança no trabalho. “É contraditório, porque quem
financia essas atividades econômicas e industriais é o próprio Estado, por meio de estatais

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como o BNDES, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil. E, quando existem, são poucas
as cláusulas de proteção à pessoa”, observa.

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São recorrentes, conclui o pesquisador, os casos de indústrias financiadas pelo BNDS que
causam um grande número de acidentes. “Ao analisar o funcionamento das instituições,
vemos que existe uma relação muito próxima entre quem está nos governos e o capital
industrial, financeiro. A contradição fica no momento em que você tem de ter políticas
públicas sociais, de prevenção, no caso dos acidentes de trabalho, que são contrárias às
políticas econômicas”, pontua.

“Nesse esforço de mediação, o Estado brasileiro historicamente tem tendência a ter um


lado. O acordo da cana é emblemático para demonstrar isso”, diz Marçal. O acordo em
questão é o Compromisso Nacional pelo Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na
Cana-de-Açúcar, lançado em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Findado o
acordo, em 2013, muitos cortadores de cana sentiram-se traídos, pois as condições de
trabalho pouco ou nada mudaram.

O que é acidente de trabalho

"Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou


pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

Artigo 19 da Lei n° 8.213/91

Doenças profissionais e ocupacionais também são consideradas acidentes de trabalho,


conforme define o artigo 20 da mesma lei nas seguintes situações:

- doença profissional: quando produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho;

- doença do trabalho: quando adquirida ou desencadeada em função de condições


especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no inciso I.

A rigor, o acordo dava um tempo para os usineiros cumprirem a lei que já deveria estar
sendo cumprida. A desculpa é o custo financeiro, argumento que, inclusive, vem sendo
usado para derrubar no Congresso a NR 12, um conjunto de itens que garante a segurança
e a integridade física do trabalhador que opera máquinas e equipamentos de todos os

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tipos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) diz que a adequação custaria R$ 100
bilhões, e que falta dinheiro.

O argumento é que a NR 12 vai retrair o crescimento da economia. “A questão é: quem


paga o custo dos acidentes?”, indaga Marçal. “A defesa do econômico tem de ser tomada
de um ponto de vista mais amplo. Econômico para quem? Para o dono da empresa, para
quem investe na Bolsa, para a sociedade, para o Estado?”, questiona. “Sim, porque alguém
vai pagar essa conta”, diz. Hoje, quem banca a conta financeira é o Estado, enquanto a
família banca o ônus da perda dos seus.

Mortes no Paraná

O Paraná registrou 363 mortes em acidentes de trabalho em 2014. A metade das


ocorrências foi por acidentes de trânsito (185), seguida de choque (24) e impacto de
objetos (21). As atividades que mais provocaram mortes foram motorista de caminhão (52),
trabalhador volante na agricultura (18), pedreiro (17), empregado doméstico (16), eletricista
de instalações (15) e alimentador de linha de produção (8).

Dia histórico

Mina de Farmington.

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A morte de 78 mineiros numa explosão na mina de Farmington, no estado da Virgínia


(EUA), em 28 de abril de 1969, levou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a
adotar desde 2003 o 28 de abril como Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes
de Trabalho. O Brasil incluiu a data em seu calendário em 2005.

Setor de saúde lidera ranking de perigos

O setor de atenção à saúde humana registra o maior índice de acidentes laborais no Brasil,
segundo o anuário estatístico do INSS. O médico do Trabalho Elver Andrade Moronte
analisa as causas, como as condições inadequadas a que os profissionais são submetidos
e os riscos decorrentes de materiais biológicos.

Os serviços de atenção à saúde humana lideram o ranking de acidentes laborais no Brasil,


com 66,4 mil ocorrências só em 2013, devido sobretudo à falta de segurança no ambiente
de trabalho. “Apesar de o profissional ser capacitado e saber dos riscos, nem sempre ele
consegue se proteger por causa das condições inadequadas”, diz o médico do trabalho
Elver Andrade Moronte, que atua no Ministério Público do Trabalho em Curitiba.

“O trabalhador da saúde sofre acidentes com material biológico, com uma potencialidade
de danos muito grande. Hepatite e aids estão envolvidas nesses acidentes”, diz Elver. “Ele
executa suas tarefas muitas vezes em condições inadequadas e insuficientes para garantir
sua segurança, então ele fica exposto a uma situação e lança mão daquele ferramental
inadequado, agulhas e seringas, e infelizmente se acidenta muitas vezes.”

A atividade expõe o trabalhador a riscos num ambiente repleto de portadores de doenças


infectocontagiosas, onde há procedimentos sujeitos a acidentes pelo uso de equipamentos
de alta tecnologia ou de técnicas rudimentares de assistência, com a aplicação de agentes
físicos e químicos com fins terapêuticos. Também estão expostos a situações de elevada
tensão emocional, associadas a longas jornadas de trabalho, condições de insalubridade e
duplo emprego.

Acidentes que envolvem trabalhadores da saúde têm grande impacto econômico devido à
perda de mão-de-obra qualificada pelas lesões ocupacionais, ou pelo dano à imagem de
uma clínica ou hospital quando eles cometem erros. Como o Sistema Único de Saúde
(SUS) abarca o maior número desses profissionais no país, Elver avalia que o poder
público, sendo o maior empregador, teria de investir em melhorias nas condições de
trabalho.

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São Paulo registra 34% dos acidentes, mas Santa Catarina tem a pior proporção

Dos 5 milhões de acidentes de trabalho registrados pelo INSS entre 2007 e 2013, quase 3
milhões foram acidentes típicos, 668 mil acidentes de trajeto e 128 mil doenças do trabalho
(o 1,2 milhão restante decorreu de causas ignoradas). O estado de São Paulo responde
por 34% dos acidentes, com 1,7 milhão de casos no período, seguido de Minas Gerais,
com 533 mil (10,5%), e Rio Grande do Sul, com 409,8 mil (8%).

Na comparação por estados, Roraima teve o menor índice, com 4 mil acidentes (0,08%),
enquanto o Amapá registrou 5,6 mil (0,11%) e o Acre, 7,1 mil (0,14%). Já na análise por
regiões do país do país, o Sudeste responde por 54% dos acidentes de trabalho, cabendo
ao Norte apenas 4,2%.

Porém, considerando apenas os segurados do INSS, isto é, os 70 milhões de contribuintes,


o estado de São Paulo tem uma proporção de 1,2 mil acidentes para cada 100 mil
trabalhadores. Em Minas Gerais a proporção é de 973 e no Rio Grande do Sul, de 1.335.
Em Roraima a proporção é de 734, no Amapá sobe para 792 e no Acre fica em 759. Nesse
caso, Santa Catarina é o estado com a pior proporção, de 1.440 acidentes para cada 100
mil trabalhadores.

Um milhão de dedos perdidos

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Os dedos das mãos são os órgãos do corpo mais vulneráveis entre os trabalhadores. Os
brasileiros mutilam ou incapacitam 135 mil deles todos os anos em acidentes de trabalho. A
soma chega a um milhão de dedos perdidos no período de sete ano analisado pela
reportagem nos anuários estatísticos da Previdência Social. O número tende a ser maior,
considerando que um único acidente pode amputar mais de um dedo.

O braço é a segunda parte do corpo mais atingida em acidente de trabalho, com 50 mil
ocorrências por ano. Em seguida aparece o pé, com 41 mil registros anuais, depois vem as
mãos com 40 mil casos, as pernas com 38 mil e a cabeça com 22 mil notificações. Esses
casos não significam que necessariamente tenha havido a amputação desses membros.
As demais partes do corpo somam 390 mil acidentes por ano.

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O médico do trabalho Elver Andrade Moronte vê a banalização dos acidentes de trabalho


no Brasil, como se fossem algo natural às atividades econômicas. Para ele, o país precisa
ver isso como um problema de saúde pública e estabelecer políticas públicas para reduzir
os riscos aos trabalhadores. Atuando no Ministério Público do Trabalho em Curitiba, ele diz
que os membros superiores são os mais vulneráveis porque as máquinas usadas não têm
as proteções adequadas. E pode piorar.

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Os acidentes de trabalho deveriam ser vistos como um problema de saúde pública, mas o
que se vê é uma banalização desses casos. A opinião é do médico do Trabalho Elver
Andrade Moronte, que aponta os setores mais perigosos para os trabalhadores no Paraná.

O perigo está tramitando na Câmara dos Deputados. É o projeto de lei do deputado Sílvio
Costa (PSC-PE) que pretende extinguir a Norma Regulamentadora NR 12, um conjunto de
regras criada em 1978 e que em 2010 ampliou de 40 para 340 os itens obrigatórios a
serem cumpridos para garantir a segurança e a integridade física dos trabalhadores que
operam máquinas e equipamentos de todos os tipos. A NR 12 cobra a adaptação do
maquinário já existente.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a adequação do parque industrial


brasileiro à NR 12 custaria R$ 100 bilhões, seja para micros ou grandes empresas. Para o
deputado federal Bebeto Galvão (PSB), líder sindical, isso representa um golpe para a
classe operária. O setor empresarial alega não querer reduzir em nada a segurança dos
trabalhadores, mas sustenta que a norma traz um impacto econômico inviável ao setor
produtivo.

Valentina acabou se tornando um perigo para os pacientes, pois não tinha mais força nas
mãos para aplicar uma injeção. Ela fez cirurgia em uma das mãos e acabou perdendo parte
do controle sobre o dedo médio, o que a deixou com medo de fazer cirurgia na outra mão.
Há 10 anos ela está afastada por ordem judicial e a prefeitura de Curitiba continua pagando
seu salário. A luta agora é para se aposentar.

Não bastasse os danos psicológicos e físicos que a impedem de fazer tarefas elementares,
como amarrar o sapato e segurar a neta de 3 anos, Valentina ainda tem de enfrentar o
preconceito de colegas de profissão. “Você não está com LER, está com lerdeza”, ironizam
alguns deles. “Algumas pessoas não entendem que estou afastada não porque eu quero,
mas porque preciso”, diz. “Como posso dar saúde para os outros se eu não tenho?”,
lamenta.

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/acidentes-de-trabalho-no-
brasil/index.jpp

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1.3 Os 6 principais acidentes de trabalho em indústrias

Entre os anos 2012 e 2016, a Previdência utilizou mais de R$ 20 bilhões de seus fundos
apenas em benefícios para trabalhadores acidentados. Para se ter uma ideia, a estimativa
é de que, a cada 47 segundos. ocorra algum acidente de trabalho no Brasil.
Esses dados apontam uma realidade alarmante em nosso país, que necessita de atenção
para ser mudada, em especial dos gestores empresariais do setor industrial e dos técnicos
de segurança no trabalho, pois, apesar de a legislação ser clara e completa, os índices de
acidentes e doenças decorrentes da atividade laboral permanecem altos.
No artigo de hoje, mostraremos os principais acidentes de trabalho nas indústrias, os
fatores causadores e as medidas que podem ser implementadas para evitá-los. Continue a
leitura do conteúdo para conferir!
Quais são os principais acidentes de trabalho na indústria?
Os principais acidentes de trabalho, segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança
do Trabalho, são:
1. Queda de altura
Apenas durante a Copa do Mundo no Brasil, nove mortes por acidente de trabalho foram
registradas, sendo quatro delas por queda de altura.

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Uma das profissões que mais sofre esse tipo de acidente é a de servente, representando
aproximadamente 25% dos óbitos no setor da indústria brasileira. A diferença de nível entre
plataformas é considerada a principal causa de fatalidades em quedas de alturas.
2. Cortes
Os cortes, por manuseio de equipamentos perigosos, golpes de ferramentas, quedas de
objetos pontiagudos sobre o trabalhador e contato com entulhos, representam cerca de
21,11% dos casos de acidentes de trabalho nas indústrias de nosso país.
3. Fraturas
Representando aproximadamente 17,50% do total de acidentes de trabalho, as fraturas
podem ser decorrentes de causas semelhantes a dos cortes, como quedas, mau uso de
equipamentos, manuseio inadequado de ferramentas, entre outras.
4. Contusões
Provocadas tanto por esforço repetitivo por causa do exercício do trabalho como por
choques contra objetos e equipamentos, as contusões representam cerca de 15,86% do
total dos acidentes de trabalho na indústria.
5. Amputações
Assim como os acidentes anteriormente citados, as amputações podem ocorrer em virtude
de quedas, uso inadequado de maquinários e golpes de ferramentas.
Apesar de representarem apenas 1,14% do total dos acidentes de trabalho, suas
consequências são graves e podem, até mesmo, antecipar a aposentadoria de um
trabalhador, por torná-lo incapaz de realizar qualquer função no segmento, além de gerar
uma série de traumas e complicações em sua vida pessoal.
6. Choques elétricos
Os choques elétricos estão entre os principais acidentes de trabalho na indústria, podendo
causar contração muscular, tonturas, formigamento, queimaduras, perda de sentido e, até
mesmo, a morte, dependendo da região do corpo afetada, da intensidade da corrente
elétrica com a qual o trabalhador teve contato e do seu tempo de duração.
Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade,
apenas em 2014, houve um aumento de 17,7% no índice de acidentes de trabalho
envolvendo eletricidade no setor industrial, em relação aos anos anteriores.
Além dos acidentes citados, vale mencionar, ainda, que também é muito comum episódios
de ansiedade, depressão e estresse em trabalhadores da indústria, de modo que esses

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casos se caracterizam como acidente de trabalho, já que afetam a saúde e a integridade


dos colaboradores, impedindo-os de trabalhar de maneira efetiva.
Quais são as causas dos acidentes de trabalho?
Um acidente de trabalho pode ser evitado por meio de medidas preventivas. Para isso, é
importante checar as causas de suas ocorrências. Dentre elas, podemos citar:
 ausência de instruções claras e detalhadas;
 falta de equipamentos de proteção individual adequados (EPIs);
 falta de conhecimento técnico por parte dos profissionais;
 ausência de uma política de respeito às leis trabalhistas;
 baixa taxa de manutenção dos maquinários.
Lembrando que o bom senso e a prudência devem partir não somente dos técnicos de
segurança no trabalho, ao implementar normas de trabalho no ambiente operacional, mas
também dos próprios trabalhadores que devem segui-las minuciosamente.
Como evitar um acidente de trabalho?
Conscientize os trabalhadores a respeito dos riscos
Com o intuito de evitar a exposição dos trabalhadores a situações de risco, a empresa
precisa implementar estratégias de conscientização e divulgação dos riscos a que eles
estão expostos. Afinal, é difícil um indivíduo se prevenir de algo que ele sequer conhece,
não é verdade?
A tática de conscientização pode ocorrer por meio de comunicação visual com placas de
sinalização de risco, perigo e cuidado, Mapas de Risco e através de comunicação verbal,
com palestras, como DDS, SIPAT (obrigatória por lei), entre outras.
Quando elaborado com eficiência e linguagem clara, um Mapa de Risco pode ser muito útil
para promover a conscientização dos riscos, além de orientar os colaboradores que ainda
não tiveram chance de participar de palestras e treinamentos, como visitantes da empresa.
Invista no treinamento dos profissionais
Se existe uma medida capaz de minimizar o número de acidentes de trabalho no setor é o
investimento no treinamento dos profissionais da empresa.
O objetivo dessa medida é fazer com que cada funcionário não somente conheça a função
que deve exercer, como também possa realizá-la de modo que não se exponha a riscos,
nem seus companheiros de trabalho ou seus empregadores.
Ofereça os EPIs adequados para cada função

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Segundo as normas regulamentadoras, toda empresa é obrigada a fornecer os


equipamentos de proteção individual adequados, gratuitamente e em perfeitas condições
de conservação e funcionamento, a todos os seus funcionários, de acordo com as suas
funções no cotidiano operacional, principalmente para os que desenvolvem atividades de
risco.
Além disso, o técnico de segurança no trabalho deve fazer frequentes vistorias para
garantir que os EPIs estão sendo utilizados de maneira correta, com o intuito de evitar
qualquer tipo de acidente de trabalho.
Vale ressaltar, ainda, que os treinamentos e palestras devem abordar as formas corretas
de utilização dos equipamentos de proteção individual.
Desenvolva um manual de política de segurança
Para finalizarmos o artigo de hoje, é importante afirmar que a empresa deve produzir um
documento no qual conste todas as regras, medidas e instruções para evitar um acidente
de trabalho, seja qual for a sua natureza.
Conhecemos esse documento como Manual de Política de Segurança e, caso a empresa
trabalhe com manipulação de agente químicos e produtos tóxicos perigosos, as regras
precisam ser ainda mais rígidas.
http://contuflexepi.com.br/os-6-principais-acidentes-de-trabalho-em-industrias/

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