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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Assuntos Administrativos

Vocabulário da Saúde
em Qualidade e
Melhoria da Gestão

Série F. Comunicação e Educação em Saúde

Brasília – DF
2002
 2002. Ministério da Saúde
Este trabalho é uma adaptação do Vocabulário da Melhoria da Gestão (1999), elabo-
rado por Jeová Dias Martins com a colaboração de Roberto Pereira Risk.
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Série F. Comunicação e Educação em Saúde
Tiragem: 1.500 exemplares
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria Executiva
Subsecretaria de Assuntos Administrativos
Esplanada dos Ministérios, bloco G, edifício anexo, ala A, sala 337A
CEP: 70058-900, Brasília – DF
Tel.: (61) 315 3093
Fax: (61) 223 7318
E-mail: saa.mgestao@saude.gov.br
Organização:
Márcia Helena Nerva Blumm
Colaboração:
Almerinda Carvalhêdo Falcão
Equipe de Planejamento e Melhoria da Gestão da SAA:
Almerinda Carvalhêdo Falcão Márcia Helena Nerva Blumm
Ana Maria Cordeiro Florentino Maurício Magnus Ferreira Machado
Carlos Leite da Silva Nígia Rafaela Fernandes Maluf
Dalila Lucinda Farage Santos Raquelina Maria de Aguiar
Ivan Tuyoshi Mori Kakimoto Rejane Vieira
Lília Soares Ramos Ricardo Alves de Mattos
Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Catalogação na fonte – Editora MS


Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Assuntos
Administrativos.

Vocabulário da Saúde em Qualidade e Melhoria da Gestão / Secretaria Executiva,


Subsecretaria de Assuntos Administrativos; elaboração de Jeová Dias Martins. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

98 p. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)

ISBN 85-334-0570-7

1. Terminologia. 2. Saúde Pública. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Secretaria


Executiva. Subsecretaria de Assuntos Administrativos. III. Título. IV. Série.

NLM WA 15
EDITORA MS
Documentação e Informação
SIA, Trecho 4, Lotes 540/610
CEP: 71200-040, Brasília – DF
Tels.: (61) 233 1774/2020 Fax: (61) 233 9558
E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Sumário

Apresentação .......................................................................... 5
A ............................................................................................. 7
B ............................................................................................. 17
C ............................................................................................. 19
D ............................................................................................. 24
E .............................................................................................. 30
F .............................................................................................. 35
G ............................................................................................. 38
H ............................................................................................. 44
I ............................................................................................... 45
J .............................................................................................. 50
K ............................................................................................. 52
L .............................................................................................. 53
M ............................................................................................. 54
N ............................................................................................. 60
O ............................................................................................. 63
P .............................................................................................. 66
Q ............................................................................................. 80
R ............................................................................................. 83
S .............................................................................................. 85
T .............................................................................................. 90
U ............................................................................................. 92
V ............................................................................................. 93
Z .............................................................................................. 95
Bibliografia .............................................................................. 96
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Apresentação

O Governo Federal inaugurou uma nova fase na admi-


nistração pública visando à profissionalização dos servidores e, em
especial, das práticas de gestão e planejamento. Há uma nova cultura
de gestão se consolidando com foco em resultados, qualidade dos
serviços e responsabilização de gerentes dos programas gover-
namentais.
Dentro desse contexto, a Subsecretaria de Assuntos
Administrativos vem contribuir publicando este vocabulário, com o
objetivo de servir como instrumento de apoio à implementação de
Ações de Qualidade e Melhoria da Gestão no âmbito do Ministério
da Saúde.
O vocabulário aqui apresentado é uma coletânea de
palavras retiradas das obras consultadas, sem a finalidade de criar
nova terminologia, nem mesmo esgotar o assunto. Apresenta termos
e expressões comumente utilizados em programas de qualidade e
melhoria da gestão no mundo inteiro. Críticas e sugestões poderão
ser enviadas para saa.mgestao@saude.gov.br.

Equipe de Planejamento e
Melhoria da Gestão da SAA

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Ação corretiva - Atuação ou possível não-conformidade,
efeito implementado para defeito ou situação inde-
eliminar as causas de uma sejável, a fim de evitar sua
não-conformidade, defeito ocorrência.
ou situação indesejável
detectada, a fim de evitar sua Aceitação - Ato de aceitar um
repetição. produto da maneira como se
Notas: apresenta.
1 - As ações corretivas podem
envolver mudanças, como por Acreditação - Procedimento
exemplo, em procedimentos e de avaliação periódico e
sistemas, para obter a melhoria confidencial dos recursos
da qualidade em qualquer fase institucionais, que tende a
do ciclo da qualidade. garantir a qualidade da
2 - Correção e ação corretiva são atenção por meio da obser-
diferentes – correção se refere vação de padrões previa-
a um reparo, um retrabalho mente aceitos.
ou um ajuste e está relacio- Pode-se dizer que uma
nada à disposição de uma instituição é acreditada
não-conformidade existente; quando a organização dos
ação corretiva está relacio- seus recursos e atividades
nada à eliminação das causas conformam um processo
de uma não-conformidade. cujo resultado final tende a
obter uma atenção médica
Ação preventiva - Atuação ou assistencial de adequada
efeito implementado para qualidade.
eliminar as causas de uma

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Adequação ao uso - Um as- Administração Indireta - É
pecto da definição da quali- constituída de entidades do-
dade, significando também a tadas de autonomia, às quais
ausência de defeitos. a lei confere personalidade
jurídica própria, capacidade
Administração Direta - É para realizar determinado
constituída dos serviços in- objetivo e poder para ge-
tegrados na estrutura admi- renciar os recursos que lhes
nistrativa da Presidência da forem destinados.
República e dos Ministérios. Os conceitos usados para
São órgãos da Administra- distinguir essas entidades são
ção Direta aqueles que rea- os seguintes:
lizam atividades próprias de a) Autarquia - é o serviço
serviços públicos. Tais ór- autônomo, criado por lei,
gãos não dispõem de perso- com personalidade jurídica
nalidade jurídica própria e os de direito público, patrimô-
compromissos que assu- nio e receita próprios, para
mem são firmados em nome executar atividades típicas
da União. da administração que re-
queiram, para seu melhor
Administração Federal - É o funcionamento, gestão
conjunto de órgãos (em sen- administrativa e financeira
tido amplo) da estrutura go- descentralizada;
vernamental destinados a
produzir bens ou prestar ser- b) Empresa pública - é a
viços que a União se obriga entidade dotada de perso-
a colocar à disposição da nalidade jurídica de direito
sociedade brasileira, nas privado, com patrimônio
aéreas dos Poderes Legis- próprio e capital que poderá
lativo, Executivo e Judiciá- ser exclusivo da União ou,
rio. Ao Poder Executivo desde que a maioria do
compreende a Administra- capital votante permaneça
ção Direta e a Indireta. de propriedade da União,

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admitir a participação de d) Fundação pública - é a
outras pessoas jurídicas de entidade sem fins lucrativos,
direito público interno, bem criada em virtude de autori-
como de entidades da zação legislativa, para o de-
Administração Indireta da senvolvimento de atividades
União, estados, Distrito que não exijam execução por
Federal e municípios. É órgãos ou entidades de direi-
criada por lei para a ex- to público, com autonomia
ploração de atividade administrativa, patrimônio
econômica que o governo próprio gerido pelos respec-
seja levado a exercer por tivos órgãos de direção, e
força de contingência ou de funcionamento custeado por
conveniência administra- recursos da União e de ou-
tiva, podendo revestir-se de tras fontes.
qualquer das formas admi-
tidas em direito; Aferição - Procedimento
metrológico em que se veri-
c) Sociedade de economia fica e registra a relação en-
mista - é a entidade dotada tre o valor observado e o
de personalidade jurídica de correspondente valor forne-
direito privado, criada por cido por um padrão apro-
lei para exploração de ativi- priado de mesma natureza,
dade econômica, sob a for- rastreado a padrões reco-
ma de sociedade anônima, nhecidos por órgão oficial.
cujas ações com direito a vo-
to pertençam em sua maioria Agência executiva - Entidade
à União ou à entidade da de direito privado, sem fins
Administração Indireta. No lucrativos, que tenha autori-
caso de monopólio estatal, zação específica do Poder
a maioria acionária caberá Legislativo para cele-
apenas à União, em caráter brar contrato de gestão com
permanente; o Poder Executivo e assim
ter direito à dotação

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orçamentária, destinadas a superior em relação a um pa-
executar atividades exclu- drão externo conhecido;
sivas de Estado. 2) demonstram desempenho
superior em relação aonde se
Algoritmo - Série de passos encontravam em algum pon-
para abordar um problema to anterior no tempo;
ou assunto específico, geral- 3) são julgadas por obser-
mente representado grafica- vadores preparados, como
mente. desempenho melhor que ou-
tros sistemas comparáveis;
Alinhamento - Unificação e 4) são exemplo de como fa-
coerência de processos, zer aquilo que fazem.
ações, informações e deci-
sões com as metas da orga- Amostra - Um ou mais itens de
nização, por meio do enten- uma população presumivel-
dimento e prática dos seus mente homogênea, destina-
propósitos, indicadores, do(s) a fornecer informa-
monitoramento, análise e ções sobre a mesma.
melhoria.
Amostragem - O processo de
Alta direção - Abrange os exe- tomar uma pequena parte ou
cutivos ou líderes de esca- quantidade de algo para ser
lões superiores que compar- analisado.
tilham a responsabilidade
principal pelo desempenho e Análise crítica - Avaliação
pelos resultados da organi- profunda e global de um pro-
zação. jeto, produto, processo, ser-
viço ou informação, em re-
Alto desempenho - Diz-se de lação aos seus requisitos,
organizações ou sistemas objetivando a identificação
que satisfazem um ou mais de problemas, irregularida-
dos seguintes critérios: des ou não-conformidades e
1) demonstram desempenho a proposição de soluções.

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Análise crítica de contrato - tágio do processo do projeto,
Atividade sistemática execu- porém, deve em qualquer situa-
tada pelo fornecedor, antes ção ser realizada na conclusão
da assinatura do contrato, desse processo.
para garantir que os requisi-
tos para a qualidade estejam Análise crítica pela adminis-
adequadamente defini- tração - Avaliação formal, pela
dos, sem ambigüidades e Alta Administração, do Es-
documentados e que pos- tado e da adequação do sis-
sam ser atendidos pelo for- tema de qualidade, em rela-
necedor. ção à política da qualidade
Notas: e seus objetivos.
1 - A análise crítica do contrato é Notas:
de responsabilidade do forne- 1 - A análise crítica pela adminis-
cedor, mas pode ser efetuada em tração pode incluir uma análi-
conjunto com o cliente. se crítica da política de quali-
2 - A análise crítica do contrato dade.
pode ser repetida em diferentes 2 - Os resultados da auditoria da
fases do contrato, conforme qualidade constituem um dos
necessário. possíveis elementos para a aná-
lise crítica pela administração.
Análise crítica do projeto - 3 - Alta Administração refere-se à
Exame documentado, com- direção da organização cujo
pleto e sistemático de um sistema da qualidade está sen-
projeto para avaliar sua ca- do analisado criticamente.
pacidade de atender aos re-
quisitos para a qualidade, Análise custo-benefício - For-
identificar problemas, se ma de comparar os custos
houver, e propor o desenvol- e benefícios de planos, pro-
vimento de soluções. jetos e atividades. Pode ser
Nota: usada para comparar os re-
1 - A análise crítica do projeto pode sultados financeiros segun-
ser conduzida em qualquer es- do diferentes atividades e

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determinar se uma ação em dispersão, etc. Consiste em
particular tem sentido, do se partir de um resultado e
ponto de vista econômico e procurar a causa fundamen-
financeiro. tal entre várias que compõe
o processo.
Análise de Pareto - Método
que ajuda a classificar e prio- Análise do valor - Esforço or-
rizar os problemas em duas ganizado dirigido à análise
classes – os poucos proble- das funções de sistemas,
mas vitais e os muitos tri- produtos, especificações,
viais. Consta de cinco eta- padrões, práticas e procedi-
pas: identificação do proble- mentos com a finalidade de
ma; estratificação; levanta- satisfazer às funções reque-
mento de dados; elaboração ridas a um custo total menor.
do Gráfico de Pareto e prio- O mesmo que Engenharia
rização. Na análise de Pa- do Valor e Gerenciamento
reto são utilizadas três das do Valor.
Sete Ferramentas da Qua-
lidade – Estratificação, ANSOFF, IGOR - Acadêmi-
Folha de Verificação e Grá- co e consultor norte-ameri-
fico de Pareto. cano, formado em engenha-
ria e matemática. É o princi-
Análise de processo - Méto- pal responsável pela formu-
do para identificar o relacio- lação do conceito de gestão
namento entre as principais estratégica. Criou o modelo
causas e seus efeitos. Pode Ansoff de planejamento es-
ser utilizada para identificar tratégico, baseado na expan-
a causa fundamental de um são e diversificação empre-
problema, para se determi- sariais por meio de uma se-
nar padrões de valores óti- qüência de decisões. Na
mos para as causas, de base do modelo estão os
modo a se obter os melho- conceitos de análise de
res efeitos, para reduzir a desvios – diferença entre o

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previsto e o realizado – e deles é que são gerados os
de sinergia – aproveita- principais planos de ação.
mento das competências
combinadas de dois depar- Assegurar a qualidade -
tamentos ou empresas. Adoção de uma estratégia
de trabalho que permite es-
Aplicação (deployment) - Re- tar seguro de que o produto
fere-se à disseminação e ao ou serviço apresenta o nível
uso do enfoque pela organi- de qualidade pretendido
zação. A aplicação é avalia- pela organização.
da levando-se em conta dois
fatores: disseminação e con- Assistência médico-hospita-
tinuidade. lar - Conjunto de práticas mé-
dico-hospitalares desenvol-
Aprendizado - Refere-se aos vidas no interior de um hos-
métodos utilizados para ava- pital com a finalidade de sa-
liar os padrões de desempe- tisfazer às necessidades e
nho dos processos, compa- expectativas dos pacientes.
rando-os às melhores práti- Às vezes é usada de manei-
cas e aos melhores resulta- ra intercambiável com aten-
dos, estabelecendo priorida- ção médico-hospitalar.
des, planejando e imple-
Atendimento ambulatorial -
mentando melhorias e/ou
É o conjunto de elementos
inovações.
que possibilita o atendimen-
to de pacientes para diag-
Aspectos fundamentais para
nóstico e tratamento quan-
o êxito das estratégias - São do constatada a não neces-
os principais desafios e res- sidade de internação.
trições, existentes ou poten-
ciais , para que a organiza- Atribuição - É o poder, de-
ção obtenha sucesso em corrente de competência,
suas estratégias. Em função atribuído ao dirigente de

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orgão/unidade ou entidade planejadas, se estas foram
para o desempenho especí- implementadas com eficácia
fico de suas funções. e se são adequadas à con-
secução dos objetivos.
Atributos do produto - Refe- Notas:
rem-se às propriedades im- 1 - A auditoria da qualidade se apli-
portantes para um desempe- ca essencialmente, mas não está
nho adequado do produto limitada a um sistema da quali-
que, na percepção do clien- dade ou aos elementos deste, a
te, possa exercer influência na processos, a produtos ou a ser-
sua preferência ou na sua fi- viços. Tais auditorias são cha-
delidade. Essas são caracte- madas, freqüentemente, de: “au-
rísticas que normalmente di- ditoria do sistema da qualida-
ferenciam os produtos da or- de”, “auditoria da qualidade do
ganização em relação aos processo”, “auditoria da quali-
dos concorrentes, entre as dade do produto” e “auditoria
quais se incluem preço e va- da qualidade do serviço”.
lor para o cliente. 2 - As auditorias da qualidade são
executadas por pessoas que não
Auditor de qualidade - Pes- tem responsabilidade direta
soa qualificada para efetuar nas áreas a serem auditadas,
auditorias de qualidade. mas que, de preferência, traba-
Nota: lham em cooperação com o pes-
1 - Um auditor de qualidade desig- soal dessas áreas.
nado para conduzir uma audi- 3 - Um dos objetivos de uma audi-
toria de qualidade é chamado toria da qualidade é avaliar a
de auditor-líder. necessidade de melhoria ou de
ação corretiva. Não se deve
Auditoria da qualidade - Exa- confundir a auditoria com ati-
me sistemático e indepen- vidades de supervisão da qua-
dente para determinar se as lidade ou inspeção, executadas
atividades da qualidade e com o propósito de controle do
seus resultados estão de processo e do produto.
acordo com as disposições 4 - As auditorias da qualidade po-

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dem ser realizadas com propó- Auto-avaliação - Exame sis-
sitos de controle do processo ou temático executado por uma
de aceitação do produto. entidade para determinar sua
capacidade de atendimento
Auditoria do SUS - É o exa- aos requisitos e critérios es-
me analítico e pericial da le- tabelecidos.
galidade dos atos da admi-
nistração orçamentária, fi- Autocontrole - Estágio do con-
nanceira e patrimonial, bem trole da qualidade no qual
como da regularidade dos um operador possui os
atos técnicos profissionais meios para saber qual é o
praticados no âmbito do desempenho real e qual é o
SUS por pessoas físicas e desempenho visado, bem
jurídicas integrantes ou par- como os meios de alterar o
ticipantes do Sistema. A au- desempenho, de acordo
ditoria pode ser aplicada em com padrões existentes, no
toda a organização ou ser caso do desempenho real
especial para uma função ou não estar em conformidade
um passo do processo. com o desempenho visado.

Auditoria médica - Método Autodesenvolvimento - Edu-


para avaliar a qualidade da cação e treinamento condu-
assistência com base nos es- zidos em nível individual pelo
tudos dos prontuários médi- esforço próprio do servidor.
cos individuais após a alta do
paciente (retrospectiva) ou Auto-inspeção - Inspeção rea-
durante a internação (con- lizada pelo próprio executan-
comitante). É realizada por te do trabalho, de acordo
profissionais da saúde que com regras específicas.
emitem sua opinião sobre se Nota:
a assistência prestada foi de 1 - Os resultados da auto-inspeção
qualidade aceitável . Também podem ser usados para contro-
é chamada revisão de pron- le do processo.
tuários ou de casos.

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Avaliação da qualidade - na-se a capacidade de um
Exame sistemático para de- fornecedor de preencher os
terminar até que ponto uma requisitos exigidos pelas
entidade é capaz de atender especificações de itens e/ou
aos requisitos especificados. serviços, antes da adjudica-
Notas: ção de um contrato ou de
1 - Uma avaliação de qualidade ordem de compra.
pode ser usada para determi- Nota:
nar a capacidade de um forne- 1 - A avaliação pode também ser
cedor no que se refere à quali- realizada ao longo da vigência
dade. Nesse caso, dependendo de um contrato/ordem de com-
de circunstâncias específicas, o pra, desde que fatos posterio-
resultado da avaliação da qua- res modifiquem as condições
lidade pode ser usado para fins que prevaleciam por ocasião
de qualificação, aprovação, re- da avaliação inicial.
gistro, certificação ou cre-
denciamento. Avaliação técnica de forne-
2 - Um qualificativo pode ser adi- cedor - Avaliação que consiste
cionado ao termo avaliação de em verificar o potencial téc-
qualidade, dependendo do es- nico nas seguintes áreas:
copo, processo pessoal, sistema a) capacitação fabril;
e do momento em que ocorre a b) capacitação tecnológica.
avaliação da qualidade, por
exemplo – antes do contrato, tal
como – avaliação da qualida-
de do processo antes do con-
trato.
3 - Uma avaliação global da qua-
lidade do fornecedor pode in-
cluir também a avaliação dos
recursos técnicos e financeiros.

Avaliação de fornecedor -
Avaliação pela qual exami-

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Benchmark - Líder reconhe- ainda melhor como referen-
cido mundialmente, no País, cial. O objetivo do bench-
na região e/ou no setor, utili- marking é conhecer e, se
zado para efeito de compa- possível, incorporar o que
ração de desempenho. O os outros estão fazendo de
termo também pode ser uti- melhor.
lizado para designar uma
prática ou um resultado que Bloqueio - Eliminação definiti-
seja considerado o melhor va da(s) causa(s) funda-
da classe. mental(is) de um problema.
O bloqueio somente será
Benchmarking - Atividade de efetivo após a etapa de ve-
comparar produtos, servi- rificação e padronização.
ços, estratégias, processos,
operações e procedimentos Brainstorming - Procedimen-
com líderes reconhecidos to utilizado para auxiliar um
para a identificação de opor- grupo a criar o máximo de
tunidades de melhoria da idéias no menor tempo pos-
gestão. O termo indica os sível. O brainstorming po-
“melhores resultados do de ser utilizado das seguintes
mundo” dentre as organiza- formas: Brainstorming não
ções do setor, em determi- Estruturado, Brainstorming
nados itens de controle. Ob- Estruturado e Brainstorming
serva-se atualmente a ten- Estruturado e Programado.
dência de se ir além da aná- No Brainstorming não
lise do setor e procurar Estruturado, os participantes
apresentar um desempenho do grupo dão suas idéias à

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medida em que elas surgem
em suas mentes. Esse proce-
dimento tem a vantagem de
criar uma atmosfera mais es-
pontânea entre os integrantes
do grupo. Por outro lado,
pode favorecer o risco da
dominação por parte dos par-
ticipantes mais extrovertidos.
No Brainstorming Estrutu-
rado todas as pessoas devem
dar uma idéia a cada rodada
ou “passar” até que chegue a
próxima vez.

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Calibração - Procedimento Causa primária - Razão ori-
metrológico que consiste em ginal, principal ou causa bá-
ajustar um determinado ins- sica para o alcance de uma
trumento de medição e en- condição, relativa ao negó-
saio a um padrão aferido de cio da organização.
mesma natureza.
Central de processamento
Capital intelectual - É o valor de materiais - É um conjunto
agregado aos produtos da de elementos destinados a
organização por meio de in- expurgo, preparo e esterili-
formação e conhecimento. É zação, guarda e distribuição
composto pelas habilidades do material para as unidades
e conhecimentos das pes- do hospital.
soas, pela tecnologia, pelos
processos ou pelas caracte- Centro cirúrgico - É o conjun-
rísticas específicas de uma to de elementos destinados
organização. Os dados tra- às atividades cirúrgicas, bem
balhados se transformam em como a recuperação pós-
informação. A análise da in- anestésica e pós-operatória
formação produz o conhe- imediata.
cimento. O conhecimento
utilizado, de maneira organi- Ciclo Deming - Trata-se do ci-
zada, como forma de incre- clo PDCA – do inglês Plan
mentar o acervo de expe- Do Check Act – desenvol-
riências e a cultura da orga- vido por Walter A. Shewhart
nização, se constitui o capi- e publicado pela primeira vez
tal intelectual. em 1939. Deming o utilizou
no Japão a partir de 1950 e

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lá foi adotado com o nome Notas:
de ciclo Deming. 1 - Cliente interno é o que recebe os
efeitos dos produtos ou serviços
CID - Abreviação de Classifica- e são membros da organização
ção Internacional de Doen- que elabora o produto ou pres-
ças utilizada para codi- ta o serviço.
ficação dos diagnósticos e 2- Cliente externo é aquele que usa
dos procedimentos médicos, o produto ou serviço fornecido
editada pela Organização pela organização sem ser mem-
Mundial da Saúde. Atual- bro dela.
mente está na 10.a revisão.
Cliente potencial - Ainda não
Círculos de qualidade - Gru-
é cliente da organização. É
pos de estudos e trabalho
um cliente da concorrência
para o melhoramento pes-
ou alguém que poderia ser
soal da qualidade, formado
atendido pela organização.
pelos trabalhadores de um
setor e liderados pelos
supervisores. Código de conduta - É a ex-
pectativa de comportamen-
Classificação - Uma forma de to acertada por mútuo acor-
estabelecer prioridades en- do entre os membros de
tre uma lista de assuntos, uma equipe. Também pode
entidades, idéias ou atribu- ser chamado de normas ou
tos, mediante à designação regras de compromisso.
de critérios para julgá-las.
Competência - É a autorida-
Cliente - Destinatário, bene- de inerente a um órgão para
ficiário ou usuário externo à realização de suas finalida-
organização, de um produ- des. Nesse sentido, compre-
to ou serviço provido por ende os objetivos ou propó-
um fornecedor, que pode sitos para os quais se dire-
ser interno ou externo à or- cionam as atividades do ór-
ganização. gão ou da entidade.

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Competências essenciais - ainda, que atendam aos mes-
Do inglês core competences. mos objetivos daqueles pro-
É o que uma organização tem duzidos pela organização.
de melhor (habilidades, co-
nhecimento, tecnologia). São Confidencialidade da infor-
características específicas re- mação - É um dos aspectos re-
lacionadas diretamente à mis- lacionados à segurança das
são, ao produto ou ao servi- informações que trata das
ço prestado ao consumidor. garantias necessárias para
São processos ou funções que a informação seja
que não poderiam ser acessada somente pelas pes-
desativados sem perdas soas que estejam autorizadas.
substanciais para a organiza-
ção. Aqueles processos in- Conformidade - Atendimento
ternos nos quais você é mui- aos requisitos (ver não-con-
to bom (melhor que seus formidade).
competidores) e que não po-
dem ser facilmente copiados Conhecimento - É constituído
por eles. Viabilizam o alcan- pela tecnologia, pelas políti-
ce do objetivo estratégico. cas, pelos procedimentos,
pelas bases de dados e
Competitividade - Capacida- documentos, bem como pelo
de de busca de uma deter- conjunto de experiências e
minada condição, relativa ao habilidades da força de tra-
negócio da organização, balho. É gerado como resul-
exercida simultaneamente tado da análise das informa-
com outras entidades. ções coletadas pela organi-
zação.
Concorrência - Entidades que
disputam, por meio da práti- Controlar - Manter um proces-
ca da competitividade, a so dentro de limites , reduzir
oferta de produtos ou servi- as variações de um processo
ços iguais, semelhantes, ou a sua expressão mínima.

21
Controle - Processo que com- da para explicar o uso de téc-
preende técnicas de moni- nicas estatísticas para auxili-
toramento da execução das ar no controle de qualidade
atividades operacionais, de de processos.
forma a eliminar as causas de
desempenho insatisfatório. Controle estatístico do pro-
cesso (CEP) 2 - Utilização
Controle do processo - Apli- de técnicas estatísticas para
cação da filosofia PDCA nas medir e analisar variações nos
atividades requeridas para processos.
satisfazer às necessidades e
expectativas do cliente. Correlação - Configuração de
dados utilizados para de-
Controle estatístico da qua- monstrar a força da relação
lidade - Expressão muito usada entre duas variáveis (ver dia-
durante as décadas de 50 e 60 grama de dispersão).
para descrever o conceito de
utilização das ferramentas es- Crenças - Atos ou efeitos de
tatísticas para auxiliar o controle crer. Aquilo em que se crê,
de qualidade de processos. que é objeto de crença. Con-
vicção íntima. Opinião ado-
Controle estatístico da qua- tada com fé e convicção –
lidade (CEQ) 2 - A utilização crenças e políticas. Forma de
de técnicas estatísticas para assentimento que é objetiva-
medir e melhorar a qualida- mente insuficiente, embora,
de dos processos. O CEQ de modo subjetivo, se impo-
inclui o CEP, as ferramentas nha com grande evidência.
de diagnóstico, os planos de
amostras e outras técnicas Crescimento do ser hu-
estatísticas. mano - No TQC (estilo japo-
nês) o crescimento está inti-
Controle estatístico do pro- mamente associado às idéias
cesso 1 - Expressão utiliza- de Maslow (ver), McGregor

22
(ver) e Herzberg (ver), à uti- em torno da tendência cen-
lização cada vez maior da tral da amostra.
mente do indivíduo, de sua
capacidade inteligente e não Custo - Representa o conjunto de
apenas de sua força braçal. valores que a organização re-
O crescimento do ser huma- tira da sociedade (materiais,
no apoia-se no conceito de energia, informação) e os quais
que as pessoas devem sem- agrega valor para essa mesma
pre fazer serviços agregados sociedade. Uma das cinco di-
cada vez mais altos – ao in- mensões da Qualidade Total.
vés de mover, copiar, etc.,
passar a falar, mostrar, escre- Custo final para o compra-
ver, instruir, etc. dor - Inclui o preço do produto
e das despesas decorrentes
Critério - Princípio básico de do seu desempenho e das ir-
comparação, julgamento, regularidades de seu funcio-
apreciação ou definição. namento.

CROSBY, P.B. - Criou o Custos relativos à quali-


conceito de zero defeito. É o dade - Custos incorridos para
autor de “Qualidade é Inves- garantir e assegurar a quali-
timento” e “Qualidade sem dade, bem como aqueles
Lágrimas”, entre outras decorrentes das perdas,
quando essa qualidade não
obras.
é obtida.
Notas:
Cultura - Maneiras de pensar e
1 - Os custos relativos à qualidade
agir. Costumes, crenças, ins-
são classificados numa organi-
tituições, valores espirituais e zação, segundo seus próprios
materiais de um grupo critérios.
social, de uma sociedade, de 2 - Certas perdas podem ser difíceis
um povo. de quantificar, mas podem ser
Curva normal - É a distribui- muito significativas, tal como a
ção simétrica ideal dos dados perda da credibilidade.

23
Defeito - Não-atendimento de titive Position e Out of
um requisito ou de uma ex- Crisis (Qualidade – a Re-
pectativa razoável do cliente. volução na Administração).
Nota: Nesse último livro o Dr.
1 - A expectativa tem que ser ra- Deming apresenta o “Saber
zoável sob as circunstâncias Profundo” e os “Quatorze
existentes. Princípios” contendo os
pontos básicos de sua filo-
DEMING, W. E. - Nasceu em sofia. O ciclo PDCA é tam-
Iowa, formou-se em enge- bém conhecido como ciclo
nharia eletrônica na Univer- de Deming. O professor
sidade de Wyoming e dou- Deming faleceu em dezem-
torou-se em matemática bro de 1993.
aplicada à física em Yale.
Professor e consultor de re- Desempenho global - Refere-
nome internacional na área se à síntese dos resultados
da qualidade, levou a indús- relevantes para a organização
tria japonesa a adotar no- como um todo, levando-se
vos princípios de adminis- em consideração todas as
tração. Como reconheci- partes interessadas. É o de-
mento por sua contribuição sempenho planejado pela es-
à economia japonesa, a tratégia da organização.
JUSE instituiu o prêmio
Deming. Publicou mais de Dependabilidade - Termo co-
200 trabalhos, dentre os letivo usado para descrever
quais: Quality, Pro- o desempenho quanto a dis-
ductivity and Compe- ponibilidade e seus fatores

24
de influência – confiabilida- Desempenho 2 - Conjunto de
de, mantenabilidade e resultados, definidos nume-
logística de manutenção. ricamente, obtido pela exe-
Notas: cução de processos, que
1 - A dependabilidade é usada, ape- permite a avaliação compa-
nas, no sentido geral descritivo, rativa com as metas estabe-
sem expressão quantitativa. lecidas por meio do exame
2 - A dependabilidade é um dos as- dos métodos, padrões e re-
pectos da qualidade relaciona- quisitos adotados para o al-
dos ao tempo. cance desses resultados. Os
cinco tipos de desempenho
Desdobramento das diretri- mais relevantes a serem ve-
zes - Subdivisão das metas, sua rificados são:
negociação e alocação de 1) desempenho relativo à
subdiretrizes aos menores satisfação dos clientes;
níveis hierárquicos executi- 2) desempenho financeiro;
vos da organização. 3) desempenho relativo às
pessoas;
Desdobramento das metas - 4) desempenho relativo aos
Subdivisão das metas. Nego- fornecedores e parceiros;
ciação e alocação das sub- 5) desempenho relativo ao
metas aos menores níveis hie- produto e aos processos or-
rárquicos executivos da or- ganizacionais.
ganização.
Desempenho sustentável -
Desempenho 1 - Capacidade Modelo de gestão que par-
de um indivíduo, grupo ou te da Gestão pela Qualida-
organização para executar de Total (GQT) expandin-
os processos que aumentam do a análise para incluir as
a probabilidade de obter os variáveis ambientais presen-
resultados desejados (ver tes no funcionamento das
alto desempenho). organizações. Seus princi-
pais princípios são:

25
1) análise integrada, exigin- são em torno da média arit-
do que a organização seja mética de um conjunto de
entendida e administrada dados. Pontos situados a
como um sistema; mais de três desvios da mé-
2) considera a interdepen- dia são, usualmente, conside-
dência ecológica e exige que rados pontos distantes.
todos os processos, produ-
tos e serviços da organiza- Diagnóstico - Conjunto de da-
ção sejam revistos ou subs- dos e informações nos quais
tituídos de modo a assegu- se baseiam a determinação
rar sua compatibilidade com do conhecimento de uma
os ecossistemas naturais; relação de causa e efeito.
3) é orientado para resulta-
dos e exige o claro compro- Diagrama de árvore - Fer-
misso dos líderes com re- ramenta da administração
sultados mensuráveis; que facilita a definição cla-
4) exige que as organiza- ra e precisa de todas as
ções reconheçam que há ações que serão necessá-
custos associados com os rias para se atingir deter-
recursos e ecossistemas do minado fim ou objetivo. O
planeta, que precisam ser ponto de partida ou a raiz
incluídos nos processos da árvore será sempre o
contáveis, impondo limites à nosso objetivo principal,
dimensão e natureza das ati- expresso através de um ver-
vidades; bo de ação mais um com-
5) processo aberto e comu- plemento. Ao partir deste
nicativo com relação a to- objetivo-raiz, passamos à
dos os aspectos da organi- definição dos meios ou das
zação para todas as partes ações que precisaremos
interessadas. realizar para chegar à sua
concretização. Esses meios
Desvio padrão - Unidade Es- também serão sempre ex-
tatística da medida da disper- pressos através de um ver-

26
bo de ação mais um com- zada de correlacionar o efei-
plemento. O desdobramen- to com suas causas, agru-
to termina quando conse- pando-se em “famílias de
guimos especificar clara- causas”, tais como: matéria-
mente pelos verbos de ação prima, máquina, mão-de-
mais um complemento, um obra, medida, método e
conjunto de tarefas executá- meio ambiente. O diagrama
veis. É uma das Sete Fer- de causa e efeito propor-
ramentas da Administração. ciona ao gerente melhor
entendimento de que ele
Diagrama de árvore de es- tem autoridade sobre as
tratégia - Diagrama composto causas e responsabilidade
de um diagrama de árvore e sobre os efeitos (resulta-
de um quadro de informa- dos) de um processo. É
ções complementares (com também conhecido como
os 5W 1H). Tem por finali- o Diagrama de Ishikawa
dade estabelecer um plano ou de Espinha de Peixe. É
estratégico para se alcançar uma das Sete Ferramentas
um objetivo. de Qualidade.

Diagrama de barras - Ferra- Diagrama de dispersão - Fer-


menta ou técnica de melho- ramenta, instrumento ou téc-
ramento da qualidade que nica de melhoria da qualida-
consiste em registrar pontos de que consiste em mostrar
de dados de um período so- em um gráfico o que acon-
bre um gráfico para detec- tece com uma variável quan-
tar possíveis tendências. do outra variável é mudada
Tem a finalidade de tentar
Diagrama de causa e efeito - provar que as duas variáveis
Mostra a relação entre um estão relacionadas.
conjunto de causas (proces-
so) que provoca um ou mais Diagrama de Ishikawa - Ver
efeitos. É uma forma organi- diagrama de causa e efeito.

27
Direção hospitalar - É o con- ções que assegura que os
junto de elementos respon- usuários autorizados terão
sável por desenvolver e con- acesso às informações, sem-
trolar a execução das práti- pre que necessário.
cas da instituição.
Disposição de não-conformi-
Diretriz 1 - Conjunto de infor- dade - Ação a ser implemen-
mações contendo uma meta tada na entidade em situação
(fim), instruções, recomen- irregular de modo a resolver
dações e procedimentos ou a não-conformidade.
métodos (meios) para se Nota:
atingir essa meta. 1 - A ação pode tomar forma, den-
tre outras, de uma correção, por
Diretriz 2 - Norma diretiva, ca- exemplo, um reparo ou um retra-
racterizada pelo conjunto de balho, reclassificação, sucata,
instruções ou indicações ne- concessão, pós-produção e mo-
cessárias ao desenvolvimen- dificação de um documento ou
to das ações relativas à con- de um requisito.
dução de um planejamento.
Distribuição de freqüência -
Diretrizes organizacionais - Quadro estatístico que
O conjunto de instruções, apresenta gráfica ou nume-
procedimentos, propósitos, ricamente dados de manei-
normas ou indicações que ra que a tendência central da
devem ser considerados amostra (média, mediana ou
para se levar a termo um pla- norma) seja claramente ex-
no de ação. Incluem-se aqui posta.
a missão, a visão e os obje-
tivos da organização. Domínio tecnológico - Capa-
cidade de estabelecer, ope-
Disponibilidade da informa- racionalizar, manter e melho-
ção - É um dos aspectos relati- rar sistemas, pela especifica-
vos à segurança das informa- ção, projeto e padronização

28
dos produtos e processos,
de modo a assegurar, pelo
gerenciamento, os objetivos
de qualidade intrínseca, cus-
to, entrega, moral e seguran-
ça, que garantam, pela aná-
lise do próprio sistema, que
metas preestabelecidas se-
jam atingidas.

DRUCKER, PETER - Con-


siderado o pai da gestão,
nasceu na Áustria e traba-
lhou como jornalista em Lon-
dres, antes de ir para os
EUA em 1937. Escreveu o
primeiro livro em 1946,
Concept of the Corpora-
tion, e criou conceitos como
a gestão por objetivos. Para
ele, a gestão é uma discipli-
na humana que tem por base
o conhecimento e a forma-
ção das pessoas.

29
Ecossistema - Refere-se aos blemas que se encontravam
elementos, vivos e não vivos, mascarados e invisíveis
orgânicos e inorgânicos, que passam a ser identificados
mantêm uma relação de e solucionados.
interdependência contínua e
estável para formar um todo Eficácia - Refere-se à capaci-
unificado que realiza trocas dade de executar uma deter-
de matéria e energia interna minada tarefa de maneira a
e externamente. É conside- atingir os objetivos
rado como unidade ecológi-
ca. O conjunto de todos os Eficácia da assistência - Mede
ecossistemas do planteta até que ponto a assistência
forma a biosfera, ou seja, a recebida exerce o efeito de-
parte do planeta que abriga sejado com um mínimo de
a vida. esforço ou desperdício de
recursos.
Efeito iceberg - Resultado ini-
cial inevitável de aplicação Eficiência - Refere-se à capa-
do Gerenciamento da Qua- cidade de executar correta-
lidade Total – os proble- mente uma determinada ta-
mas que se encontravam refa com o melhor aprovei-
“encobertos” começam a tamento (otimização) dos
vir à tona, dando a impres- recursos disponíveis. É fazer
são de que “as coisas es- certo a coisa.
tão piorando”. O efeito
iceberg é um bom indica- Emergência - É o conjunto de
dor, uma vez que os pro- elementos que servem ao

30
atendimento, diagnóstico e tidade acertados. O mesmo
tratamento de pacientes aci- que atendimento.
dentados ou acometidos de
mal súbito, com ou sem ris- Entidade - Todo elemento que
co iminente de vida. pode ser identificado, con-
siderado e descrito indivi-
Empowerment - Processo de dualmente.
delegação de poder aos co-
laboradores, particularmen- Ensaio - Procedimento para
te aqueles que integram a li- determinação de uma ou
nha de frente. mais características de um
produto.
Enfoque - Refere-se a como
uma organização trata os Equipes da qualidade - Gru-
requisistos dos Itens dos pos de 5 a 10 pessoas de
Critérios de Excelência, ou qualquer setor da organiza-
seja, os métodos e os pro- ção (todos os servidores)
cessos utilizados pela orga- que desempenham as se-
nização. O enfoque é ava- guintes atividades:
liado levando-se em conta a) pensam conceitualmente
dois fatores: adequação e a qualidade;
exemplaridade. b) lêem e discutem literatu-
ra técnica sobre o assunto;
Engenharia da qualidade - c) disseminam no grupo a
Ramo da engenharia que tra- aprendizagem sobre quali-
ta dos princípios e práticas dade;
da qualidade. d) discutem outros aspectos
culturais que possam ajudar
Entrega - No contexto da qua- no desenvolvimento da capa-
lidade total, é a garantia e cidade humana e profissional.
entrega dos produtos ou ser-
viços (finais ou intermediá- Equipe autodirigida - Con-
rios) no prazo, local e quan- junto de funcionários dedi-

31
cados à execução de um valentes, ou seja, capazes, in-
determinado processo, dividualmente, de realizar ta-
cujos padrões de conheci- refas diferentes.
mento, comprometimento,
capacitação e integração de Estatuto - Estabelece como são
propósitos com as metas organizadas e administradas
organizacionais dispensam as fundações. Sua aprovação,
qualquer tipo de supervisão de competência exclusiva do
ou gerência. Presidente da República, é
feita mediante decreto, man-
Especificação - Documento tendo conformidade com a
que define requisitos. respectiva lei de criação.
Notas:
1 - Um qualificativo deve ser usado Estratificação - Processo de
para indicar o tipo de especifi- classificar os dados em sub-
cação, tais como, especificação grupos baseados em carac-
de produto e especificação de terísticas ou categorias. Es-
ensaio. tratificar é dividir as informa-
2 - Uma especificação deve referir- ções (dados) em grupos (ou
se a ou incluir desenhos, mode- estratos), constituindo-se
los ou outros documentos apro- numa ferramenta para a bus-
priados bem como indicar os ca das causas ou origens de
meios e critérios segundo os um problema. Os dados de-
quais a conformidade pode ser vem ser agrupados por tem-
verificada. po, local, tipo, sintoma e ou-
tros fatores. A estratificação
Estação de trabalho - Célula é fundamental para a cons-
de colaboradores com pode- trução do Gráfico de Pareto,
res para executar completa- sendo uma das Sete Ferra-
mente uma operação que re- mentas da Qualidade.
sulta num produto ou servi-
ço. Para tanto, os integrantes Estratégia - Resultado de es-
da célula devem ser poli- tudo analítico, que define a

32
forma de se alcançarem ob- hierárquicas e relaciona-
jetivos e/ou metas específicas, mentos, configurados se-
aplicando meios e recursos gundo um modelo, pela
disponíveis, pelo máximo qual uma organização exe-
aproveitamento das condições cuta suas funções.
favoráveis.
Estrutura regimental - É o
Estrutura - É o arranjo das fun- conjunto de unidades
ções (ou competências), com organizacionais de um mes-
vistas ao cumprimento dos mo órgão ou entidade, in-
objetivos da organização. tegrantes de estrutura bá-
Compreende todos os órgãos sica. Sua aprovação, de
que compõem o esboço de competência exclusiva do
uma organização ou um órgão Presidente da República, é
público. feita mediante decreto. A
estrutura regimental com-
Estrutura básica - É o conjun- preende os órgãos da es-
to de órgãos subordinados di- trutura básica, com suas
retamente aos Ministros de competências específi-
Estado, a titulares de órgãos cadas até o terceiro nível
integrantes da Presidência da organizacional. A compe-
República, de autarquias fede- tência de um Ministério,
rais ou de fundações públicas. por exemplo, é distribuída
Esses órgãos são responsá- a seus órgãos, mediante
veis pelo estabelecimento das decreto de estrutura regi-
principais diretrizes, pelo en- mental e especificada em
caminhamento das soluções regimentos internos.
necessárias e pelos resultados
obtidos. Sua aprovação é fei- Evento sentinela - Evento
ta por meio de lei. grave que exige uma inves-
tigação complementar. Em
Estrutura organizacional -Res- geral se trata de um evento
ponsabilidades, vinculações indesejável e raro.

33
Evidência objetiva - Informa-
ções cuja veracidade
pode ser comprovada
por dados e fatos obtidos
pela observação, medição,
ensaio ou outros meios.

Excelência - Capacidade de
produzir padrões de qualida-
de e de desempenho, supe-
riores àqueles já reconhecidos
como ideais, pelos usuários.

Expectativa 1 - O que o cli-


ente espera do produto ou
serviço.

Expectativa 2 - Percepção dos


clientes sobre a forma como
produtos e serviços podem
satisfazer às suas exigências
particulares. Está relaciona-
da com a capacidade de
demanda e deve ser diferen-
ciada de necessidade.

34
Facilitador - Membro dos gru- Fluxograma 1- Diagrama que
pos de melhoria da gestão. apresenta o fluxo ou seqüên-
Servidores treinados para au- cia normal de um trabalho ou
xiliar a alta administração no um processo, por meio de
processo de auto-avaliação da uma simbologia própria. Ma-
gestão e em outras atividades neira gráfica de se visualizar as
do projeto. etapas de um processo.

Fator-chave - Requisito básico Fluxograma 2 - Ferramenta ou


orientador do planejamento es- instrumento e técnica de me-
tratégico e da fixação das prin- lhoramento da qualidade que
cipais metas da organização. consiste em representar orde-
nadamente em um gráfico to-
Feedback - Comunicação ou in- dos os passos de uma função
formação de dados sobre o ou processo. Descrição do
desempenho em qualidade a que “entra” e “sai” de um de-
fontes que podem tomar as partamento ou seção. As ro-
medidas. tinas operacionais são as ba-
ses para o desenho dos flu-
Ferramenta de qualidade - Ins- xogramas.
trumento ou técnica que apóia
as atividades de gestão da FMEA (Failure Modes and
qualidade e do melhoramen- Effects Analysis) - Análise dos
to de um processo. Por exem- Modos e Efeitos das Falhas –
plo: PDCA, Diagrama de método de avaliação de pro-
Ishikawa, gráficos, dispersão jetos (de produtos, de pro-
de Paretto, fluxogramas, etc. cessos ou de serviços) usado

35
para identificar todos os pos- também os clientes diretos da
síveis modos potenciais de unidade. A possibilidade de
falha e determinar o efeito de mudanças do perfil dos cli-
cada uma sobre o compor- entes introduz uma variante
tamento do sistema, antes que não deve ser menospre-
que elas aconteçam. zada. Com o tempo, pode
haver uma tendência para que
Foco no cliente - Um dos sete os usuários do produto ou
critérios do modelo de ges- serviço da organização, ou de
tão pela excelência. A princi- suas unidades, sejam amplia-
pal razão da existência da or- dos e, até mesmo, totalmen-
ganização é o cliente. Assim, te modificados. Isso pode ser
o aspecto central referente a abordado no trabalho de
esse critério é a adequada identificação não só dos
conceituação do cliente e o clien-tes atuais, como tam-
relacionamento da organiza- bém dos clientes potenciais.
ção com ele. O cliente é Há necessidades que o pró-
aquele que demanda um pro- prio cliente não identifica, mas
duto ou serviço, em razão de que existem, e devem ser
ter necessidades, expectati- atendidas. Cabe à organiza-
vas ou desejos que devem ser ção adotar um comportamen-
atendidos. Estes podem ser to proativo no sentido de co-
de diversas naturezas, por nhecer as necessidades e ex-
exemplo: por sobrevivência, pectativas de seus clientes,
de natureza psicológica ou ainda que muitas vezes estes
cultural. não as exponham. Alguns as-
O cliente é todo aquele que pectos das necessidades per-
se beneficia dos processos manecem praticamente inal-
do órgão/unidade. No caso teráveis e são facilmente
das unidades que fazem par- identificáveis por meio de uma
te da organização, deve-se simples análise. Outros, en-
levar em conta não só os cli- tretanto, podem estar ocultos
entes finais da mesma, mas à simples observação, e, por

36
isso, requerem um trabalho serviço a um cliente, que tam-
mais elaborado e sistemático, bém pode ser interno ou ex-
a fim de conhecê-las. terno à organização.

Força de trabalho - Pessoas que FTA (Fault Tree Analysis)


compõem uma organização e Análise de Árvore de Falhas -
que contribuem para a conse- Método sistemático e padro-
cução das suas estratégias, dos nizado para correlacionar um
seus objetivos e das suas me- determinado evento (efeito ou
tas, tais como: empregados em eventualmente uma falha) com
tempo integral ou parcial, tem- suas possíveis causas, a fim de
porários, autônomos e contra- tomar ações preventivas.
tados de terceiros que traba-
lham sob a supervisão direta da Função - Segundo a ótica do
organização. Decreto-lei n.º 200/67, é um
conjunto de ações que deve
Fornecedor 1- Indivíduos ou or- ser realizado para dar cumpri-
ganizações que fornecem mento aos objetivos da orga-
insumos para o cliente. nização, identificado por meio
Notas: do tipo de divisão do traba-
1 - Numa situação contratual , o for- lho adotada.
necedor pode ser chamado de
contratado. Funcionário - Pessoa física que,
2 - O fornecedor pode ser, por exem- pela prática de ações e/ou de-
plo, o produtor, o distribuidor, o cisões, exerce função especí-
importador, o montador, ou a or- fica de caráter não-eventual,
ganização prestadora de serviço. no processo de uma organi-
3 - O fornecedor pode ser interno ou zação dependente dele, re-
externo à organização. munerado mediante salário.

Fornecedor 2 - Entidade, inter-


na ou externa à organização,
provedora de um produto ou

37
Garantia da qualidade - Con- as necessidades do usuário, a
junto de atividades plane- garantia da qualidade pode
jadas e sistemáticas, im- não dar a confiança adequada.
plementadas no sistema de
qualidade e demonstradas Gerenciamento das diretri-
como necessárias, para zes - Procedimento gerenciais
prover confiança adequa- necessários para garantir que
da em uma entidade que as diretrizes sejam executa-
atenderá os requisitos para das em todos os níveis hie-
qualidade. rárquicos, dos mais altos
Notas: para os mais baixos.
1- A garantia da qualidade visa si-
multaneamente aos objetivos Gerenciamento de rotina -
internos e externos: Gerenciamento das tare-
a) garantia da qualidade interna fas do dia-a-dia da orga-
dentro de uma organização, a nização.
garantia da qualidade dá con-
fiança à administração; Gerenciamento da rotina do
b) garantia da qualidade externa em trabalho do dia-a-dia
situações contratuais ou outras, (Kanri) - Conjunto de ativida-
a garantia da qualidade dá con- des voltadas para alcançar
fiança aos clientes ou a outros. os objetivos atribuídos a
2- Algumas ações do controle da cada processo. Essas ativi-
qualidade e da garantia da qua- dades são: definição de fun-
lidade são inter-relacionadas. ção, macrofluxograma, de-
3- Se os requisitos para a qualida- terminação dos itens de con-
de não refletirem inteiramente trole, montagem (de forma

38
participativa, dos fluxogra- sistema administrativo pra-
mas das tarefas para ajudar ticado por todas as pesso-
a padronização, definição as da organização, que visa
dos métodos para se atingir a garantir a sobrevivência da
as metas). Definição clara mesma à competição inter-
dos problemas e de como nacional (Campos, V. F.). O
resolvê-los com a participa- Gerenciamento pelas dire-
ção de todas as pessoas e, trizes é constituído por dois
finalmente, educação e trei- sistemas: o gerenciamento
namento do pessoal. funcional e gerenciamento
interfuncional. A implanta-
Gerenciamento de melho- ção do gerenciamento pe-
rias - Gerenciamento que bus- las diretrizes depende dos
ca a melhoria dos processos, seguintes pré-requisitos:
mediante a alteração dos comprometimento da alta
seus padrões, para níveis administração, bom sistema
nunca atingidos. de coleta e análise de da-
dos, elevada competência
Gerenciamento interfun- no MSP (Método de Solu-
cional (Hoshin) - Cuida da so- ção de Problemas) e sólido
lução de problemas prioritá- gerenciamento da rotina do
rios da alta administração trabalho do dia-a-dia.
pelo desdobramento das di-
retrizes e seu controle Gerenciar - No gerenciamento
interfuncional (interdeparta- da qualidade total gerenciar
mentos). Tem como função significa conduzir simultanea-
olhar para o futuro da orga- mente duas ações: Rotina e
nização. É o gerenciamento Melhorias. Segundo Mc
estratégico, de responsabi- Gregor, gerenciar é essen-
lidade da alta administração. cialmente resolver problemas.

Gerenciamento pelas dire- Gestão da qualidade total -


trizes (Hoshin Kanri) - É um Modo de gestão de uma or-

39
ganização, centrado na qua- política da qualidade, os ob-
lidade, baseado na participa- jetivos e as responsabilidades
ção de todos os seus mem- e o implemento por meios tais
bros, visando ao sucesso a como: planejamento da qua-
longo prazo, por meio da lidade, controle da qualida-
satisfação do cliente e dos de, garantia da qualidade e
benefícios para todos os melhoria da qualidade dentro
membros da organização e do sistema da qualidade.
para a sociedade. Notas:
Notas: 1 - A gestão da qualidade é res-
1 - Pela expressão “todos os seus ponsabilidade de todos os ní-
membros” entende-se o pessoal de veis da administração, mas tem
todos os departamentos e de to- que ser liderada pela alta ad-
dos os níveis de estrutura ministração. Sua implemen-
organizacional. tação envolve todos os mem-
2 - Uma liderança forte e persisten- bros da organização.
te da alta administração e a 2 - A gestão da qualidade leva em
educação e o treinamento de consideração os aspectos eco-
todos os membros da organiza- nômicos.
ção são indispensáveis ao su-
cesso desse modo de gestão. Gestão de pessoas - Um dos
3 - Na gestão da qualidade total, o sete critérios do modelo de
conceito de qualidade se refere gestão pela excelência, o
à consecução de todos os obje- sucesso da organização de-
tivos gerenciais. pende de atributos que se
4 - O conceito de “benefícios para concentram nas pessoas.
a sociedade” implica no aten- Seus conhecimentos e habi-
dimento de “requisitos da so- lidades determinam a capa-
ciedade”, conforme necessário. cidade de produção e a qua-
lidade dos outputs da orga-
Gestão da qualidade - Todas nização. As pessoas deter-
as atividades da função minam-se a pôr seus conhe-
gerencial que determinam a cimentos e habilidades à dis-

40
posição da organização na des são imprescindíveis para
proporção de sua motivação a criação de soluções para
a fazerem isso. O grau de as questões organizacionais
motivação resulta de um pro- e quando existem as opor-
cesso de troca entre a orga- tunidades para manifestação
nização e o indivíduo. Quan- dessas habilidades na cria-
to maior for a “empatia”, ção de soluções. O aumen-
mais se predisporá este a pôr to do aprendizado, quando
seus conhecimentos e habi- voltado para os objetivos da
lidades à disposição daque- organização devem estar vin-
la. Quando o indivíduo sen- culados a oportunidades de
te-se parte da organização, crescimento do funcionário
e constata que em seu cres- dentro da mesma, como in-
cimento pessoal a organiza- centivo ao alinhamento en-
ção participa de forma po- tre os objetivos pessoais e
sitiva, estabelece-se um vín- os objetivos organizacionais.
culo de simpatia, fazendo-o O rodízio de funções pro-
sentir-se bem dentro da mes- porciona uma forma de
ma. Percebe-se que estão aprendizado, além de per-
abertos os canais para uma mitir que o funcionário iden-
compensação justa do seu tifique a área de atuação que
esforço pessoal em benefí- melhor se enquadra ao seu
cio do crescimento orga- perfil. Um aspecto importan-
nizacional, então estabele- te na gestão de pessoas diz
cem-se as condições para respeito ao seu alinhamento
um alto grau de motivação em relação aos processos
pela atividade profissional. de mudança estratégica. Isso
As pessoas sentem-se bem é algo que depende do grau
sucedidas quando sentem de aprofundamento e matu-
que estão crescendo, que ridade da instituição no pro-
estão aprendendo, que es- cesso de definição de suas
tão adquirindo novas capa- diretrizes estratégicas. Uma
cidades, que suas habilida- instituição que não está acos-

41
tumada a pensar estrategica- dos produtos e serviços e in-
mente tem dificuldade de ali- troduz melhorias no fluxo de
nhar todos os demais proces- trabalho; redesenho de pro-
sos ao encaminhamento em cessos – remove passos ou
uma só direção. E assim, tarefas que não agregam va-
muitas vezes, vários de seus lor ao produto ou serviço,
setores atuam de forma reduz o tempo de ciclo e a
incoerente em relação a ou- velocidade de resposta do
tros e em relação ao que pen- processo, diminui os custos
sa sua liderança. Portanto, é dos processos; reengenharia
preciso implantar a cultura do de processos – transforma
planejamento estratégico, de radicalmente o processo por
tal forma que seja um proce- meio de aplicação de
dimento habitual e contínuo. tecnologia apropriadas, com
ganhos exponenciais na
Gestão de processos - Um dos efetividade e eficiência. Ages-
sete critérios do modelo de tão de processos inclui o pro-
gestão pela excelência, o cri- jeto do produto, a produção,
tério avalia como a organiza- os processos de apoio e os
ção realiza a gestão de seus processos dos fornecedores
processos. Os processos de e parceiros.
trabalho, à medida que vão
sendo melhorados, geram Gráfico de Pareto - Gráfico de
efeitos como maior agilidade, barras que ordena as fre-
custos menores e maior fle- qüências das ocorrências, de
xibilidade no atendimento aos maior para menor, permitin-
clientes, maior produtividade do a hierarquização dos pro-
e maior qualidade do produ- blemas. Sua maior utilidade
to. Geralmente, considera-se é a de permitir uma visualiza-
três níveis de esforços na ges- ção e identificação das cau-
tão de processos: melhoria sas ou problemas mais impor-
contínua de processos – re- tantes, possibilitando a con-
duz a variação na qualidade centração de esforços sobre

42
os mesmos. É uma das Sete mento de ações facilitadoras
Ferramentas da Qualidade. para a criação e implantação
de Equipes de Qualidade e
Grau de demonstração - Ex- no assessoramento e acom-
tensão em que a evidência é panhamento das ações pro-
gerada com o objetivo de venientes dos Planos de Ação
prover a confiança de que os da Qualidade.
requisitos especificados são
atendidos. Grupo supervisor de quali-
Nota: dade e produtividade - Grupo
1- O grau de demonstração pode composto de um represen-
variar desde uma afirmação de tante, no nível de superinten-
existência até o fornecimento de dente, de cada área da ad-
documentos detalhados e evi- ministração superior da orga-
dências objetivas relativas ao nização, para garantir a
atendimento dos requisitos. interconexidade das ações da
qualidade. Seu papel basica-
Grupo da qualidade - Grupo mente é:
de colaboradores que desen- - ajudar a consolidação, no
volvem um projeto da quali- corpo social da organização,
dade, coordenados ou su- dos princípios norteadores da
pervisionados por um geren- “Política da Gestão com
te. O grupo é dissolvido quan- Qualidade Total”;
do o projeto da qualidade - consolidar trimestralmente,
estiver completado. a partir de sua supervisão dos
comitês, um Relatório
Grupo de apoio logístico Gerencial da Qualidade e
(GAL) - Grupo de colaborado- Produtividade da Compa-
res que assessoram o GSQP nhia;
e os comitês de qualidade - autorizar a implantação de
das diretorias, na formulação novas equipes de qualidade.
de diretrizes, elaboração de
relatórios e no desenvolvi-

43
Hardware - Equipamentos e Hospital - É a parte integrante
materiais. Um dos três ele- de uma organização médica
mentos básicos que com- social, cuja função básica con-
põem as organizações hu- siste em proporcionar à po-
manas (hardware, software e pulação, assistência médica in-
humanware). tegral, curativa e preventiva,
sob quaisquer regimes de
HERZBERG, F. - Propôs a atendimento, inclusive o do-
teoria da motivação, distin- miciliar, constituindo-se tam-
guindo dois tipos de fatores bém em centro de educação,
motivacionais – os que trazem capacitação de recursos hu-
conforto e os que trazem des- manos e de pesquisas em saú-
conforto. Influenciou o lado de, bem como de encaminha-
humano do TQC japonês, mento de pacientes, cabendo-
juntamente com Maslow e lhe supervisionar e orientar os
McGregor. Escreveu os livros estabelecimentos de saúde a
Motivation to Work e Work ele vinculados tecnicamente.
in the Nature of Man.
Hospital-dia - É a modalidade
Histograma - Ferramenta da de atendimento em hospital na
qualidade que representa gra- qual o paciente utiliza os ser-
ficamente a distribuição de viços da instituição, na maior
freqüência de um conjunto de parte do dia, para fins de tra-
dados para avaliar a variação tamento e/ou reabilitação.
que existe para o conjunto de
todos os dados. Humanware - Os recursos hu-
manos de uma organização.

44
Implantadores de equipes da das para quantificar o resul-
qualidade - Responsáveis pela tado das ações. São cri-
reunião de implantação de térios explícitos de medida,
cada equipe de qualidade, na que permitem estabelecer
qual informará e debaterá conclusões objetivas sobre
com os componentes da aspectos particulares dos
equipe os sistemas de quali- programas.
dade, o objetivo da equipe
de qualidade e as orienta- Indicadores de saúde - São
ções para a continuidade dos instrumentos utilizados para
trabalhos da equipe. avaliar uma determinada si-
tuação de saúde, ou alcance
Impulsionadores-chave do dos objetivos e metas
negócio - Requisitos relativos estabelecidas nos programas
aos processos vitais da or- de saúde.
ganização, ou seja, aqueles
relativos às áreas de atua- Índice - Taxa ou medida numé-
ção, cujo desempenho cau- rica que traduz um indicador.
sa impacto mais crítico no
sucesso da organização. Informação e análise - Um
dos sete critérios do mode-
Indicadores - São instrumen- lo de gestão pela excelência.
tos elaborados e usados para Este critério considera que as
valorar o cumprimento dos informações são o mais im-
objetivos e metas. São as portante instrumento para a
variáveis dependentes do tomada de decisão. Um
modelo experimental, usa- gerenciamento adequado

45
das informações visa a mento do fim institucional.
alinhá-las às orientações es- Às vezes, por inércia, acu-
tratégicas da organização. As mulam-se informações cuja
informações são insumos obtenção era prática habitual
que surgem em diversas eta- no passado, mas que, mes-
pas do processo produtivo, mo sem uso atual, dá-se
incluindo não só as ativida- prosseguimento no trabalho
des-fim, mas também as ati- de sua obtenção, gerando
vidades-meio. O correto tra- um custo desnecessário.
tamento, a adequada dispo- Costuma-se também acu-
nibilização e a boa utilização mular um conjunto de fontes
das informações contribuem primárias de informações,
para o êxito no alcance dos sem se ter em vista sua apli-
objetivos da organização. A cação no processo produti-
falta de informações adequa- vo, estando as mesmas em
das resulta em processos desarmonia com a estratégia
decisórios mais demorados institucional. Em suma, toda
e de maior risco. Por outro informação que se pretenda
lado, o excesso de informa- obter, consolidar e disponi-
ções confunde, atrapalha. bilizar, deve ser submetida a
Por isso, deve-se definir uma análise que permita
quais são as informações re- compreender alguns aspec-
levantes e necessárias ao tos, tais como: a tomada de
processo decisório, visando decisão que necessitará da
especialmente às atividades informação; o agente
finalísticas da instituição. decisor; a possibilidade de
Essa análise deve ser aplica- agilização do processo
da aos vários níveis da or- decisório; a relevância da
ganização, de tal forma que, informação face à decisão a
em todas as áreas, o fluxo ser tomada.
de informações contribua
para a integração de todos Informações comparativas -
os órgãos rumo ao atingi- Práticas de gestão ou re-

46
sultados de concorrentes, Inovação - O desenvolvimen-
referenciais de excelência, to de um novo processo,
melhor do setor e/ou outros produtos ou serviços em
referenciais que possam ser resposta antecipada a ne-
utilizadas para fins de compa- cessidades e expectativas
ração pela semelhança na na- de clientes.
tureza da atividade, das estra-
tégias e das prioridades con- Intercambialidade - Capaci-
siderando o perfil da organi- dade de uma entidade ser
zação. usada no lugar de outra, sem
modificação, para atender
Informações qualitativas - os mesmos requisitos.
Fatos ocorridos interna ou Nota:
externamente à organização 1 - Dependendo de circunstâncias
que, após análise, se transfor- específicas, deve ser usado um
ma em informações não qualificativo tal como “Inter-
quantificáveis e que servem de cambialidade Funcional” ou
base para a tomada de deci- “Intercambialidade Dimen-
sões sobre as práticas de ges- sional”.
tão organizacionais.
Interface - Pontos ou áreas em
Integridade da informação - É que existe uma relação en-
um dos aspectos relacionados tre:
à segurança das informações a) partes de estruturas, sis-
que trata da proteção da in- temas ou componentes;
formação contra modificações b) atribuições ou responsa-
não-autorizadas, garantindo bilidades de pessoas, grupos
que ela seja confiável, com- ou organizações;
pleta e exata. Com exemplos c) programas, procedimen-
de informações passíveis de tos ou atividades, e na qual
proteção, em função do perfil se exige compatibilidade fí-
da organização e do seu nível sica e/ou funcional.
requerido de segurança.

47
Internação pediátrica - É o dentre outros, os seguintes
conjunto de elementos desti- livros: What is Total Quality
nados a pacientes de idade Control? The Japanese
até 12 anos, reunidos por gru- Way, Quality Control
po etário, possuindo não mais Circles at Work, Guide to
de 70 leitos por unidade. Quality Control, Intro-
duction to Quality Control.
Inspeção - Atividades, tais co- Ishikawa morreu em 1989.
mo, medição, exame, en-
saio, verificação com cali- ISO 1 - International Orga-
bres ou padrões, de uma ou nization for Standar-
mais características de uma dization (Organização Inter-
entidade e a comparação nacional de Normalização).
dos resultados com requisi-
tos especificados, a fim de ISO 2 - Abreviação para Inter-
determinar se a conformida- nacional Standard Or-
de para cada uma dessas ganization – organização
características é obtida. com sede em Genebra que
preparou standards para
Instrutores internos - Pessoal certificação de produtores
preparado para ministrar de bens ou serviços ou de
cursos de qualidade à com- partes dessas instituições. A
panhia. finalidade das normas ISO
(numeradas em 9000-9004,
ISHIKAWA, K. - Pioneiro nas por exemplo) é ajudar as or-
atividades de TQC no Ja- ganizações a documentar
pão. Em 1943, ele desenvol- com eficácia os elementos
veu o Diagrama de Causa e dos sistemas que devem ser
Efeito, conhecido também postos em prática para
como Diagrama de Ishikawa mantê-los eficientes e com
ou de Espinha de Peixe. Pro- qualidade.
fessor da Universidade de
Tóquio, Ishikawa publicou

48
ISO 9000 - Série de normas para medir a sua qualidade
internacionais sobre gestão e total. Os resultados de um
garantia de qualidade. No item de controle podem ser
Brasil, série NBR-ISO- acompanhados pelos itens
9000. de verificação. Os itens de
controle visam a medir a
ISO 14000 - Série de normas qualidade total e os resulta-
internacionais que tratam de dos de um processo, permi-
sistemas de gestão ambiental. tindo que esse processo seja
gerenciado, atuando na cau-
Item - Parte ou subdivisão do sa de desvios. “Quem não
módulo de planejamento da tem itens de controle, não
qualidade, correspondente gerencia.” (Ishikawa, K.).
ao item de avaliação do Conjunto de características
PNQ, que se destina a faci- mensuráveis de um produto
litar a percepção do desdo- cuja verificação deverá ga-
bramento do desempenho rantir a satisfação do cliente
organizacional. em relação ao mesmo. São
as medidas que permi-
Item de verificação - Índice tem controlar a qualidade
numérico (medida) estabele- do produto ou serviço em
cido sobre as causas que afe- questão.
tam determinado item de
controle.

Item não-conforme - Item


que não está de acordo com
as especificações ou com o
padrão de inspeção.

Item de controle - Índice nu-


mérico estabelecido sobre
os efeitos de cada processo

49
genheiros Japoneses). O
JURAN, J.M. - Especialista TQC foi montado pelo seu
em administração da quali- grupo de pesquisa do con-
dade, uma de suas maiores trole da qualidade.
contribuições foi a ênfase no
crescimento do ser humano Just-in-time - Expressão utili-
e no trabalho apoiado na zada no ocidente para tradu-
motivação. Juran ressaltou zir uma filosofia e as técnicas
ainda a grande diferença en- de apoio à produção criadas
tre criar (melhorias) e pre- e aperfeiçoadas pela Toyota
venir mudanças (rotina). A (Sistema Toyota de Produ-
chamada Trilogia Juran en- ção). Este sistema de produ-
globa os processos geren- ção requer que as peças se-
ciais – Planejamento da jam fornecidas ao processo
Qualidade, Controle da seguinte somente na medida
Qualidade e Melhoramento do necessário, com pequeno
da Qualidade. O professor armazenamento prévio. Re-
Juran é autor de diversos tra- quer ainda que apresentem
balhos e livros, dentre os qualidade para evitar desper-
quais Juran’s Quality dícios. A grande vantagem do
Control Handbook, Juran sistema Just-in-time (entre-
on Leadership for Quality ga em cima da hora) é a dis-
and Executive Handbook. ciplina no qual ele se apoia
– os processo sob contro-
JUSE - Union of Japanese le, ou seja, qualidade, quan-
Scientists and Engineers tidade e regularidade previ-
(União dos Cientistas e En- síveis. O sistema Just-in-

50
time é o resultado natural do
controle estatístico da quali-
dade, que por sua vez, sig-
nifica controle estatístico da
produção.

Just-on-time - Sistema que eli-


mina o armazenamento pré-
vio. No Just-on-time, temos
o abastecimento unitário (lote
unitário) no exato momento
de sua necessidade.

51
cumulativa tradicional de
KAIZEN - Palavra japonesa progresso científico, pro-
que se refere à prática da pondo que, em alternativa,
melhoria contínua por meio uma visão descontínua do
de pequenas mudanças, uti- processo científico assente
lizando-se de métodos, téc- na noção de paradigma.
nicas e da criatividade das
pessoas no seu próprio setor
de trabalho, em quaisquer ní-
veis hierárquicos, sem maio-
res investimentos.

KANBAN - Ficha que acom-


panha o material no sistema
Just-in-time.

KHUN, THOMAS - Um dos


mais importantes historiado-
res da ciência e epis-
temólogos do século XX.
Nasceu, em 1922, em Ohio
(EUA) e morreu em 1996
em Massachussets. Publi-
cou, em 1962, a sua obra
fundamental, A Estrutura das
Revoluções Científicas, em
que questiona a concepção

52
Leito-dia - É a unidade repre- - incentivar atitudes de ini-
sentada pela cama e os re- ciativa, criatividade, partici-
cursos e materiais à disposi- pação e aprendizado contí-
ção de um paciente no hos- nuo da força de trabalho,
pital num dia hospitalar. além de favorecer a busca
do crescimento pessoal em
Liderança - Um dos sete cri- consonância com o cresci-
térios do modelo de ges- mento organizacional;
tão pela excelência. Con- - disseminar internamente
sidera o grau de envol- valores, além de aspectos re-
vimento pessoal da alta ferentes às definições estra-
administração nos projetos tégicas, como a missão
da organização, especial- institucional, sua visão de fu-
mente naqueles de impor- turo, políticas e diretrizes
tância estratégica. Identi- organizacionais.
fica como a influência e
autoridade do dirigente é Lista de verificação - Docu-
utilizada para: mento que relaciona quesi-
- estimular os projetos es- tos a serem verificados.
tratégicos;
- obter a integração entre os Lote - Quantidade definida de
valores internos e as neces- itens de um só tipo e de mes-
sidades das partes interessa- mas características, prove-
das das atividades da orga- niente de uma única origem.
nização (clientes, governo,
trabalhadores, fornecedores,
parceiros, etc.);

53
Macroprocessos - São gran- c) procedimentos e instruções do
des conjuntos de atividades sistema da qualidade;
pelas quais a instituição cum- d) disposições relativas à revisão,
pre sua missão, gerando va- atualização e controle do ma-
lores para o cliente. nual.
3 - Um manual de qualidade, para
Manual da qualidade - Do- se adaptar às necessidades de
cumento que declara a polí- uma organização, pode variar
tica da qualidade e descre- em grau de detalhes e formato.
ve o sistema de qualidade de Ele pode compreender mais de
uma organização. um documento. Dependendo do
Notas: escopo do manual, um qualifi-
1 - Um manual da qualidade pode cativo pode ser usado, como por
referir-se à totalidade das ati- exemplo, manual de garantia
vidades de uma organização ou da qualidade, manual de ges-
apenas uma parte dela. O títu- tão da qualidade.
lo e escopo do manual definem
o campo de aplicação. Market-in - Orientação pelas
2 - Um manual de qualidade deve necessidades dos clientes.
conter normalmente ou fazer re- Corresponde ao controle da
ferência no mínimo a: qualidade ofensivo.
a) política da qualidade;
b) responsabilidades, autoridades MASLOW, A. H. - Psicólogo
e interrelações das pessoas que norte-americano que desen-
gerenciam, executam, verificam volveu um esquema para
ou analisam os trabalhos que explicar a intensidade de cer-
afetam a qualidade; tas necessidades humanas,

54
estabelecendo uma hierar- sofreu grande influência da
quia entre elas. Maslow de- obra de Maslow a partir de
fende a possibilidade real de 1954, juntamente com
melhorar a natureza humana McGregor e Herzeberg.
e, por extensão, melhorar a
sociedade. Ele estabeleceu MASP - Método de Análise e
três premissas que influen- Solução de Problemas, con-
ciam fortemente a política de siste na utilização do PDCA
recursos humanos das para a solução dos proble-
organizaçãos japonesas: mas. É um método gerencial
a) o potencial mental das pes- utilizado tanto na manuten-
soas é distribuído de modo ção como na melhoria dos
aleatório entre elas; padrões. Este método cons-
b) a insatisfação é um estado titui-se em peça fundamen-
natural do ser humano; tal para o controle da quali-
c) o ser humano possui neces- dade e deve ser dominado
sidades básicas que devem por todas as pessoas da or-
ser satisfeitas simultaneamen- ganização. “O domínio des-
te – necessidades fisiológi- te método é o que há de mais
cas, de segurança, sociais, importante no TQC” (Cam-
de estima e de auto-realiza- pos, V. F.). O método de
ção. É de sua autoria a fra- solução de problemas apre-
se: “Quando falamos sobre senta duas grandes vanta-
as necessidades dos seres gens – possibilita a solução
humanos, estamos falando dos problemas de maneira
sobre a essência de suas vi- científica e efetiva e permite
das”. Maslow escreveu, que cada pessoa da organi-
dentre outros, os seguintes zação se capacite para re-
livros: Motivation and solver os problemas especí-
Persona-lity, Toward a ficos de sua responsabilida-
Psicology of Being. A intro- de. Na aplicação do MSP
dução do modelo america- são utilizadas as Sete Ferra-
no de qualidade no Japão mentas da Qualidade. O

55
Método de Solução de Pro- compromissadas com aque-
blemas é constituído de oito les objetivos. Afirmou ainda
processos: que: “gerenciar é essencial-
1- identificação do problema mente resolver proble-
(definição clara do mesmo); mas...”. Autor de inúmeros
2- observação (investigação trabalhos e dos livros The
das características do pro- Human Side of Enterprise
blema); e Leadership and Moti-
3- análise (descoberta das vation. Juntamente com
causas fundamentais); Maslow e Herzeberg, in-
4- planejamento da ação fluenciou o lado humano do
(planejar a ação de bloqueio TQC japonês.
das causas do problema);
5- ação (executar o plano Média de permanência - É a
de ação para bloquear as relação numérica entre o to-
causas fundamentais); tal de pacientes/dia num de-
6- verificação (verificar se o terminado período, e o total
bloqueio foi efetivo); de pacientes saídos (altas e
7- padronização (prevenir óbitos).
contra o reaparecimento do
problema); Melhores práticas - Do inglês
8- conclusão recapitulação Best practice. Modo de agir
de todo o processo e plane- e fazer que contribui para um
jamento das ações futuras). desempenho superior.

MCGREGOR, D. - Um dos Melhoria contínua - Compo-


fundadores do Departamen- nente do modelo de gestão,
to de Relações Industriais do caracterizado pelo perma-
MIT. Afirmou que as pesso- nente estudo analítico, de
as exercerão autodireção e implementação de requisitos,
autocontrole na busca de ações ou racionalização,
objetivos organizacionais, na com o objetivo de aumentar
medida em que elas estejam a eficiência das atividades e

56
proporcionar benefícios adi- os indicadores de desempe-
cionais aos resultados de nho e permitir as compara-
desempenho. ções com as informações
pertinentes.
Melhoria da qualidade -
Ações implementadas em Metodologia - Sistema que
toda a organização a fim de regula, integra e associa,
aumentar a eficácia e a efici- previamente, uma série de
ência das atividades e dos normas, padrões, medi-
processos para proporcio- das e procedimentos, que
nar benefícios adicionais tan- se devem realizar de for-
to à organização quanto aos ma a se perceberem, an-
clientes. tecipadamente, falhas evi-
táveis em função da bus-
Meta - Uma meta é um obje- ca de um determinado
tivo “almejado” que pode tipo de resultado.
ser mensurado e claramente
definido. Pode ser o atingi- Método 5W 1H - Tipo de
mento de um novo nível de check-list utilizado para ga-
desempenho ou a conclu- rantir que a operação seja
são de uma atividade espe- conduzida sem nenhuma dú-
cífica como um projeto. A vida por parte das chefias e
palavra meta é freqüente- subordinados. Os 5 W cor-
mente usada como sinôni- respondem às seguintes pa-
mo das palavras objetivo e lavras do inglês: What (o
missão. Há uma certa con- que), Who (quem), When
fusão quanto ao uso de vi- (quando) e finalmente Why
são, missão, objetivos e (por quê). O 1 H correspon-
metas. de a How (como), ou seja,
o método a ser utilizado para
Métricas - Referem-se às fór- conduzir a operação. Atual-
mulas ou métodos de cálcu- mente, procura-se incluir um
lo utilizados para quantificar novo H (How Much /Quanto

57
custa), transformando o mé- Modelo de excelência - Mo-
todo em 5W 2H. delo de gestão baseado em
sete critérios, utilizados para
Método dos “por quê” - a análise e melhoria da ges-
Abordagem desenvolvida tão. São eles: liderança, pla-
pela Toyota – uma pessoa nejamento estratégico, foco
começa com um grande pro- do cliente, informação e aná-
blema e pergunta pelo me- lise, gestão de pessoas, ges-
nos cinco vezes “por quê?”. tão de processos, resultados
O resultado final é a causa institucionais.
fundamental do problema.
Modelo de Gestão - Conjun-
Método Taguchi - Conjunto to sistêmico de valores, con-
de técnicas estatísticas de- ceitos, tecnologias, instru-
senvolvidas por Genichi mentos e práticas levadas a
Taguchi (consultor japonês), efeito pela organização para
para otimizar o projeto e a o desenvolvimento de suas
produção. Estas técnicas são atividades.
usadas na elaboração de
Projetos Robustos. Modelo para a garantia da
qualidade - Conjunto de requi-
Missão - A razão de ser de sitos padronizados ou sele-
uma organização associada cionados do sistema da qua-
às necessidades sociais a lidade combinados para
que ela atende e ao seu foco atender às necessidades de
fundamental de competên- garantia da qualidade em
cias e atividades. A missão uma dada situação.
determina a forma, a natu-
reza do conhecimento técni- Momento da verdade - Ins-
co, o campo de atuação e o tante em que o cliente faz
meio instrumental a ser utili- contato com a organização,
zado pela organização. geralmente por meio de um
representante dela, a partir

58
do qual forma uma opinião Módulo de planejamento -
sobre a qualidade do produ- Parte ou subdivisão do pla-
to ou serviço. nejamento da qualidade,
correspondente à categoria
Moral - Nível de satisfação de do PNQ, que se destina a
um grupo de pessoas, se- facilitar a percepção do des-
gundo Maslow. No contex- dobramento do desempenho
to da qualidade total, o mo- organizacional.
ral é a dimensão que mede
o nível médio de satisfação Multiplicadores - Pessoal
das pessoas de uma organi- preparado para realizar o
zação. trabalho de acompanhar as
equipes da qualidade, disse-
Motivação - Conjunto de fa- minar informações, orientar
tores psicológicos (consci- sobre aplicação de ferramen-
entes ou inconscientes) de tas da qualidade e servir de
ordem fisiológica, intelec- ligação entre o GAL de seu
tual ou afetiva, os quais CQP e seu departamento de
agem entre si e determinam origem.
a conduta de um indivíduo,
despertando sua vontade e
interesse para uma tarefa
ou ação conjunta. A moti-
vação surge de dentro das
pessoas, não há como ser
imposta. Despertar o inte-
resse das pessoas para a
qualidade é fundamental,
uma vez que não se implan-
ta qualidade por exorta-
ção, decretos ou quaisquer
mecanismos coercivos.

59
Não-conformidade - Não- de em projeto, desenvolvi-
atendimento de um requisito mento, produção, instalação
especificado. e serviços associados.
Nota: c) NBR - ISO 9002 – Sis-
1 - A definição abrange afastamen- tema da qualidade – mode-
to ou ausência de uma ou mais lo para a garantia da quali-
características da qualidade, dade em produção, instala-
incluindo características de ções e serviços associados.
dependabilidade ou elemento d) NBR - ISO 9003 – Sis-
do sistema da qualidade, em tema da qualidade – mode-
relação a requisitos especifica- lo para garantia da qualida-
dos. de em inspeção e ensaios fi-
nais.
NBR - ISO-9000 - Série de e) NBR - ISO 9004 – Ges-
normas brasileiras (ABNT) tão da qualidade e elemen-
equivalentes a série ISO tos do sistema de qualidade.
9000. Dentre elas desta- Parte 1 – Diretrizes.
cam-se: f) NBR - ISO 9004-2 –
a) NBR - ISO 9000-1 – Gestão da qualidade e ele-
Normas de gestão da quali- mentos do sistema de quali-
dade e garantia da qualida- dade.
de.
Parte 1 – Diretrizes para se- Necessidades dos clientes -
leção de uso. Expectativas e desejos dos
b) NBR - ISO 9001 – Sis- clientes em relação a um pro-
tema de qualidade – mode- duto ou serviço.
lo para garantia de qualida-

60
Negócio - Atividade comer- blica federal - A definição do
cial, sustentada por um pro- nível hierárquico decorre de
cesso produtivo de bens ou julgamento técnico das ca-
serviços, destinada ao aten- racterísticas e necessidades
dimento dos desejos e ex- operacionais dos órgãos
pectativas formadores da objeto de estruturação. Ad-
relação entre fornecedores e mite-se para a estrutura in-
clientes. terna dos órgãos da Admi-
nistração Federal até seis ní-
Níveis hierárquicos - Tradu- veis hierárquicos a que
zem o posicionamento dos correspondem as seguintes
órgãos em sua estrutura or- denominações usuais:
ganizacional. Cada órgão 1.º nível – órgãos diretamen-
tem uma posição hierárqui- te subordinados a ministro
ca própria, em relação ao de estado. Exemplos: secre-
conjunto da estrutura em que taria, subsecretaria, depar-
se integra. O nível hierárqui- tamento;
co determina, pois, o posi- 2.º nível – órgãos diretamen-
cionamento e o papel que o te subordinados ao primeiro
órgão representa para o nível. Exemplos: departa-
exercício da competência de mento, diretoria, coordena-
um ministério, por exemplo. ção-geral;
Também em uma entidade 3.º nível – órgãos diretamen-
autárquica ou fundacional te subordinados ao segundo
refletem o modelo de divi- nível. Exemplo: coordena-
são de trabalho adotado, ção-geral, coordenação, di-
cujos fatores condicionantes visão;
são: volume, complexidade 4.º nível – órgãos diretamen-
e natureza das atividades a te subordinados ao terceiro ní-
serem executadas. vel. Exemplos: coordenação,
divisão, serviço;
Níveis hierárquicos dos ór- 5.º nível – órgãos diretamente
gãos da administração pú- subordinados ao quarto nível.

61
Exemplos: divisão, serviço;
6.º nível – órgãos diretamente
subordinados ao quinto nível.
Exemplo: serviço;
Poderão, ainda, ser adotadas
outras denominações, tais
como seção, setor e núcleo.

Normas - É um conjunto de re-


gras ou instruções para fixar
os procedimentos, a organi-
zação, os métodos e técnicas
que serão utilizados no desen-
volvimento de atividades.

62
Objetivo - Meta em direção à estatutária que tem funções
qual uma companhia ampliará e estrutura administrativa
sua devoção e seus esforços. próprias.
O termo objetivo que tende
a ser específico, com valo- Organização social - Entidade
res-alvos definidos, é muito de direito privado, sem fins
parecido com o termo meta lucrativos, que tenha autori-
e, de certa forma, com o ter- zação específica do Poder
mo missão. Os objetivos po- Legislativo para celebrar
dem ser subdivididos em contrato de gestão com o
objetivos específicos relati- Poder Executivo e assim ter
vos às diversas áreas ou fun- direito à dotação orçamen-
ções de uma organização. tária, destinadas a executar
serviços competitivos ou
Observação da auditoria da não-exclusivos.
qualidade - Constatação de
fato, feita durante uma audi- Organização de classe mun-
toria de qualidade consubs- dial - Organização que produz
tanciada por evidência e/ou oferece bens e/ou ser-
objetiva. viços e que se caracteriza
por estar permanentemente
Organização - Companhia, preparada para o atendi-
corporação, firma, organiza- mento dos requisitos deman-
ção ou instituição, ou parte dados pelo mercado, das
destas, pública ou privada, exigências determinantes da
sociedade anônima, limitada satisfação dos clientes internos
ou com outra forma e externos e das relações ne-

63
cessárias à evolução, do seu verem na direção das metas e
desempenho. fins escolhidos.

Organização do trabalho - Diz 2) Modelos mentais: reflexio-


respeito à maneira pela qual as nar, esclarecer continuamente
pessoas são organizadas ou se e melhorar nossos quadros in-
organizam em áreas formais ou ternos do mundo, e determi-
informais, temporárias ou nar como eles moldam nos-
permanenes, tais como: equi- sas ações e decisões.
pes de solução de problemas,
equipes departamentais ou 3) Visão compartilhada: cons-
multidepartamentais, comi- truir um senso de compromis-
tês, áreas funcionais, equipes so em grupo, desenvolvendo
de processos, equipes da qua- imagens compartilhadas do
lidade, células ou grupos de futuro que buscamos criar, e
trabalho e centros de ex- os princípios e práticas orien-
celência. tadoras pelos quais espera-
mos chegar lá.
Organização que aprende - Do
inglês learning organization. 4) Aprendizado em equipe:
Abordagem organizacional transformar as habilidades
consagrada no livro A 5.ª Dis- conversacionais e coletivas de
ciplina de P. Senge. Baseia- raciocínio, de modo que gru-
se em cinco disciplinas de pos de pessoas possam, con-
aprendizado: fiavelmente, desenvolver inte-
ligência e capacidade maiores
1) Maestria pessoal: apren- do que a soma dos talentos
der a expandir a capacida- individuais.
de pessoal para criar os re-
sultados que mais desejamos 5) Pensamento sistêmico: um
e criar um ambiente organiza- modo de apreciar, e uma lin-
cional que estimule os seus guagem para descrever e en-
membros a se desenvol- tender as forças e inter-rela-

64
ções que moldam o compor-
tamento de sistemas. Essa dis-
ciplina ajuda-nos a entender
como mudar sistemas de
modo mais eficaz e agir em
melhor sintonia com os pro-
cessos maiores do mundo
natural e econômico.

Órgão - É uma unidade de ser-


viço assim identificada por
possuir propriedades comuns
a todos os seus elementos,
podendo fracionar-se em
subunidades, que são suas
partes componentes.

Os cinco “por quê?” - Téc-


nica para descobrir causas
de um problema e demons-
trar a relação entre elas
formulando repetidamente
por cinco vezes a pergunta
“por quê?”.

65
Paciente/dia - É a unidade de para permitir a universalidade
mensuração da assistência na medida.
prestada, em dia hospitalar,
a um paciente internado, de- Padrão de trabalho - Diz res-
vendo o dia de alta somen- peito à das práticas de gestão
te ser computado quando (rotinas de trabalho, métodos
este ocorrer no dia da de análise, procedimentos da
internação. qualidade, normas administra-
tivas ou qualquer meio que
Padrão - Medida adotada permita orientar a gestão) e à
como referência para com- quantificação dos níveis de
paração visando a unificar e desempenho que se pretende
simplificar um objetivo, de- atingir. O padrões de traba-
sempenho, estado, movi- lho pode ser definido em fun-
mento, método, procedimen- ção de normas internacionais,
to, conceito ou meta a ser de estudos de benchmar-
alcançada. king, do nível do referencial
de excelência ou de metas
Padrão cultural - Conjunto de organizacionais.
crenças, valores, hábitos,
práticas, etc. que a popula- Padronização - Ato ou efeito de
ção desenvolveu para lidar padronizar, de estabelecer
com seus problemas. padrões. A padronização é
considerada a mais fundamen-
Padrão de qualidade - Modelo tal das ferramentas gerenciais
ou objeto para exprimir a mag- nas organizaçãos modernas.
nitude, usado como referência “Não existe controle sem pa-

66
dronização” (Juran, J.M.). que a ele não adiram, impe-
“Só é possível manter o do- dindo o dispêndio de esforço
mínio tecnológico de um sis- em polêmicas sobre os funda-
tema através da padroniza- mentos da ciência. A ocorrên-
ção.” (Campos, V.F.). cia de falhas em um paradig-
ma introduz uma crise na ci-
Paradigma - Termo utilizado ência normal, iniciando a fase
por Thomas Khun no livro de ciência extraordinária. A
Estrutura das Revoluções superação da crise do antigo
Científicas. Designa uma teo- paradigma exige uma revolu-
ria científica ou uma visão do ção científica e a instauração
mundo, incluindo métodos e de um novo paradigma. De-
recursos, experiências e re- signa, portanto, um conjunto
sultados obtidos, indicando de regras baseadas em uma
linhas de investigação que explícita ou implícita série de
congregam a comunidade suposições aceitas por uma
científica, estabelecendo me- comunidade e que explicam
tas e objetivos comuns. As- como as coisas funcionam ou
sume um quadro conceitual deveriam funcionar.
com uma função dogmática
que orienta a atividade da Parâmetro - É algo aceito ou
ciência normal constituindo- estabelecido com autorida-
a como uma atividade de so- de, como um índice para
lução de enigmas (puzzle-sol- medir quantidade, qualida-
ving). É o paradigma que de, peso e valor.
estabelece os problemas a
resolver e as soluções acei- Parceiro - Entidade com afini-
táveis. Enquadra a atividade dade de interesses com a or-
da ciência normal impedindo ganização, com o processo
a dispersão, rejeitando ques- ou com a atividade, que se
tões que não se revelem im- propõe a dividir esforços e/
portantes para a sua consoli- ou recursos para alcançar os
dação, excluindo todos os objetivos.

67
Parceria - Estágio de relacio- 4) fornecedores e parceiros;
namento especial e estreito 5) comunidade e sociedade.
entre duas ou mais organi-
zações obtido em função de PDCA - Ferramenta da quali-
fatores e razões diversos. As dade cuja abreviatura
parcerias objetivam o forta- corresponde à seqüência de
lecimento das relações com palavras em inglês ( plan, do,
os clientes ou com os forne- check, act), que represen-
cedores. No primeiro caso, tam a metodologia estru-
os fatores ou razões podem turada para formular e
incluir melhor possibilidade implementar ações de qual-
do conhecimento dos requi- quer tipo. Em português , tem
sitos e necessidades do sido traduzido para PFVA
cliente e, no segundo caso, (planejar, fazer verificar,
o volume de negócios entre atuar); também é conhecido
a organização e o fornece- como ciclo de Shewhart ou
dor, grau de dependência da ciclo Deming.
organização em relação ao
fornecedor, criticidade do Perdas da qualidade - Perdas
produto ou serviço ofereci- ocasionadas pela não utiliza-
do pelo fornecedor. ção do potencial de recursos
nos processos e atividades.
Partes interessadas - Indiví- Nota:
duo ou grupo de indivíduos 1 - Perda de satisfação do cliente,
com interesse no desempe- perda da oportunidade de agre-
nho da organização e no gar valor em benefício do clien-
ambiente em que ela opera. te, da organização, da socieda-
A maioria das organizações de, desperdícios de recursos e de
possui os seguintes interes- materiais são exemplos de per-
sados: das na qualidade.
1) clientes/usuários;
2) força de trabalho; Perfil da organização - Refe-
3) acionistas e proprietários; re-se ao resumo das princi-

68
pais atividades e setores da tinuamente e modificado
organização, seus produtos, para atender às mudanças
seu porte, sua forma de atua- de exigências do consumi-
ção, seus clientes principais, dor. Usada de maneira inte-
a composição da força de ligente, permite que a orga-
trabalho, seus principais pro- nização produza de modo
cessos, equipamentos, tec- equilibrado, sem excedentes
nologias e instalações, seus e sem baixa produção.
principais processos, equipa-
mentos, tecnologias e estra- Pesquisa de marketing - Pes-
tégias e planos de ação. O quisa para se descobrir as
perfil serve para ajudar a necessidades dos clientes.
compreeder melhor quem é,
o que faz e o que é impor- Pirâmide de necessidades -
tante e pertinente para a or- Maneira gráfica de se repre-
ganização. sentar e organizar as neces-
sidades dos clientes de ma-
Permissão de desvio pré- neira lógica e inter-relaciona-
produção - Autorização escri- da. A pirâmide de necessi-
ta que permite o desvio dos dades possibilita o desdo-
requisitos especificados ori- bramento ou ramificação de
ginalmente para um produ- uma necessidade primária
to, antes da sua produção. em necessidades secundá-
Nota: rias e terciárias. Quando se
1 - Uma Permissão de Desvio Pré- planeja para a qualidade é
produção restringe-se a uma indispensável analisar as ne-
quantidade, ou a um período de cessidades secundárias e
tempo limitado e a um uso es- terciárias dos clientes.
pecificado.
Planejamento estratégico 1-
Pesquisa de consumo - Pro- Conjunto de atividades ne-
cesso contínuo pelo qual o cessárias para determinar as
produto é aperfeiçoado con- metas (visão) e os métodos

69
(estratégia) e o desdobra- so rumo ao futuro, as condi-
mento dessas metas e méto- ções e características de que
dos. É a arte gerencial de po- dispõe no presente e aquelas
sicionar os meios disponíveis que pretende alcançar. É um
da organização visando a processo que busca a
manter ou melhorar posições melhoria e o aprendizado
relativas a potenciais favorá- contínuos. No exercício de
veis a futuras ações táticas na antever as mudanças ma-
guerra comercial. O planeja- croambientais, consideram-
mento estratégico visa a ga- se diversos aspectos, tais
rantir a sobrevivência da or- como as relativas ao perfil
ganização. É o processo de dos clientes e suas expectati-
decidir a partir dos objetivos, vas, novas frentes de ação,
das suas alterações e dos re- desenvolvimento tecnológico,
cursos utilizados para tendências e variações nos
alcançá-los, as diretrizes que quadros político, econômico
irão nortear a aquisição, o e social. Analisando-se a atual
uso e a distribuição desses realidade da organização,
mesmos recursos. identificam-se pontos fracos
e fortes, e, considerando as
Planejamento estratégico 2 - perspectivas de mudanças
Um dos sete critérios do ambientais, visualizam-se
modelo de gestão pela exce- oportunidades de melhoria.
lência. O planejamento estra- Somem-se a isso o conhe-
tégico visa a adequar as ações cimento das necessidades e
da organização a um enfoque desejos dos clientes e a
de longo prazo, de tal forma consciência dos recursos
que ela se ajuste, com ante- que lhe estão disponíveis,
cedência, às mudanças pro- tem-se aí os principais ingre-
váveis no macroambiente e dientes necessários para a
aos objetivos que pretende definição de aspectos que
alcançar, ao mesmo tempo compõem o plano estratégi-
que considera, nesse percur- co, tais como missão, visão

70
de futuro, objetivos estraté- aplicação do sistema da quali-
gicos e estratégias de ação. dade, incluindo a organização e
Da elaboração do plano es- a programação.
tratégico, resultam metas c) preparação de planos da quali-
mensuráveis de desempenho, dade e a identificação de ações
que estão diretamente rela- para a melhoria da qualidade.
cionados aos fatores críticos
de sucesso. O plano estraté- Plano 1 - Conjunto de méto-
gico deve ser desdobrado em dos e medidas para a exe-
planos a serem aplicados a cução de um empreendi-
cada uma das áreas e unida- mento; o plano estabelece o
des da organização. que deve ser feito para rea-
lizar uma meta.
Planejamento da qualidade -
Atividades que determinam Plano 2 - Instrumento que ma-
os objetivos e os requisi- terializa o planejamento e
tos para a qualidade assim possibilita a construção do
como os requisitos para a processo de mudança, esta-
aplicação dos elementos belecendo diretrizes. Agre-
que compõem o sistema da gação estruturada de proje-
qualidade. tos com o mesmo fim.
Nota:
1 - O planejamento da qualidade Plano da qualidade - Do-
inclui: cumento que estabelece as
a) planejamento do produto – iden- práticas, os recursos e a se-
tificação, classificação e pon- qüência de atividades relati-
deração das características re- vas à qualidade de um de-
lativas à qualidade, bem como terminado produto, projeto
a definição dos objetivos, dos ou contrato.
requisitos para a qualidade e Notas:
das restrições. 1- Um plano da qualidade faz ge-
b) planejamento gerencial e ralmente referência às partes
operacional – preparação da do manual da qualidade apli-

71
cáveis ao caso específico. módulos, itens e diretrizes do
2- Dependendo do escopo do pla- planejamento da qualidade,
no, um qualificativo pode ser integrados ao planejamento
usado, como, por exemplo, do negócio.
“Plano da garantia da quali-
dade”, plano de gestão da qua- Políticas - Vários elementos
lidade. que compõem o sistema de
regras que indicam as inten-
Plano de inspeção - Do- ções e diretrizes globais da
cumento que relaciona organização para a obtenção
seqüencialmente atividades dos resultados desejados.
de inspeção, inclusive pon-
tos de parada, organizações Política da qualidade - Inten-
envolvidas, procedimentos, ções e diretrizes globais de
normas e demais documen- uma organização relativas à
tos a serem utilizados. qualidade, formalmente ex-
pressas pela alta adminis-
Plano de melhoria da ges- tração.
tão - Documento elaborado Nota:
com base nos resultados da 1 - A política da qualidade é um
auto-avaliação, contendo as dos elementos da política da
ações de melhoria, as metas organização e é aprovada pela
e os indicadores de desem- alta administração.
penho da organização.
Ponto de parada - Ponto, de-
Plano de ação - Documento finido em documento apro-
que estabelece as práticas, priado, além do qual uma
os recursos, os métodos, os atividade não pode prosse-
responsáveis, a prioridade e guir sem a aprovação de uma
a seqüência das atividades organização ou autoridade
operacionais da organiza- designada.
ção, em conseqüência do Nota:
desenvolvimento dos 1 - A aprovação para prosseguir

72
uma atividade além do ponto de Prêmio Deming - Foi instituído
parada é dada geralmente por em 1951, no Japão, em ho-
escrito, mas pode ser dada igual- menagem ao professor
mente por qualquer outro siste- William Edward Deming, que
ma de autorização acordado. esteve naquele país, em
1950, para disseminar con-
Práticas de gestão - São as ceitos que fundamentaram o
atividades executadas regu- esforço japonês pela quali-
larmente com a finalidade de dade. O Prêmio Deming é di-
gerir uma organização. vidido em duas categorias:
para indivíduos que contri-
Preferências - Necessidades buíram para o controle da
específicas e particulares dos qualidade e aplicação de mé-
clientes ou das demais par- todos estatísticos naquele
tes interessadas, normalmen- país, e para organizações que
te não explicitadas por eles. apresentaram desempenho
Por exemplo, o cliente pre- da qualidade segundo crité-
fere adquirir um produto que rios previamente estabeleci-
possui características qua dos. O Prêmio Deming é con-
atendem suas necessidades siderado a maior honraria ja-
particulares em detrimento ponesa no campo da qua-
de outros que não as pos- lidade.
suem. A capacidade de ge-
rir preferências está ligada à Prêmio Malcom Baldrige -
de aprender sobre os clien- Prêmio concedido a organiza-
tes e demais partes interes- ções que apresentem desem-
sadas. Exemplos de prefe- penho de acordo com deter-
rências incluem: condições minados padrões de qualida-
de pagamento e de entrega, de, nos Estados Unidos. Seu
atributos opcionais, formas nome é uma homenagem ao
de aquisição e de atendi- ex-secretário de comércio dos
mento e marcas específicas. EUA, que morreu acidental-
mente durante um rodeio.

73
Prêmio Nacional da Qualida- direcionando análises e ações
de - Criado em 1991, o PNQ para a correção dos pro-
é o prêmio concedido pela cessos de produção. A pre-
FPNQ às organizações que venção é a base da filosofia
atingem um nível de excelên- da melhoria contínua.
cia de desempenho – classe
mundial – na gestão. É inspi- Princípios de Deming - Os
rado no Prêmio Malcolm denominados “14 princí-
Baldridge e no Prêmio pios” estabelecidos pelo Dr.
Deming. Deming constituem o funda-
mento dos ensinamentos mi-
Prêmio Qualidade do Gover- nistrados aos executivos no
no Federal - Criado em 1998, Japão, em 1950 e nos anos
o PQGF é o instrumento de subseqüentes. Consubstan-
reconhecimento formal do ciam a essência de sua filo-
Governo Federal às institui- sofia e aplicam-se indistinta-
ções públicas comprometidas mente a organizações pe-
com a qualidade da gestão e quenas e grandes, tanto na
com os usuários dos serviços indústria de transformação
públicos. Tem como funda- como na de serviços. Do
mento os critérios e procedi- mesmo modo aplicam-se a
mentos da Fundação Prêmio qualquer unidade ou divisão
Nacional da Qualidade – de uma organização. São os
FPNQ com a participação da seguintes:
sociedade civil. 1 - estabeleça constância de
propósitos para melhoria do
Prestação de serviço - Ativida- produto e do serviço, obje-
des necessárias do fornece- tivando tornar-se competiti-
dor para o serviço. vo e manter-se em ativida-
de, bem como criar empre-
Prevenção - Estratégia orienta- go;
da para o futuro, objetivando 2 - adote a nova filosofia.
a melhoria da qualidade, Estamos numa nova era

74
econômica. A administração nas e dispositivos a executa-
ocidental deve acordar para rem um trabalho melhor. Tan-
o desafio, conscientizar-se to a chefia administrativa está
de suas responsabilidades e necessitando de uma revisão
assumir a liderança no pro- geral, quanto a chefia dos tra-
cesso de transformação; balhadores de produção;
3 - deixe de depender de ins- 8 - elimine o medo, de tal
peção para atingir a qualida- forma que todos trabalhem
de. Elimine a necessidade de de modo eficaz para a or-
inspeção em massa, introdu- ganização;
zindo a qualidade no produ- 9 - elimine as barreiras entre
to desde seu primeiro estágio; os departamentos. As pes-
4 - cesse a prática de apro- soas engajadas em pesqui-
var orçamentos com base no sas, projetos, vendas e pro-
preço. Ao invés disto, dução devem trabalhar em
minimize o custo total. De- equipe, de modo a preverem
senvolva um único fornece- problemas de produção e de
dor para cada item, num re- utilização do produto ou ser-
lacionamento de longo pra- viço;
zo fundamentado na lealda- 10 - elimine lemas, exorta-
de e na confiança; ções e metas para a mão-de-
5 - melhore constantemente obra que exijam nível zero de
o sistema de produção e de falhas e estabeleçam novos
prestação de serviços, de níveis de produtividade. Tais
modo a melhorar a qualida- exortações apenas geram ini-
de e a produtividade e, con- mizade, visto que o grosso
seqüentemente, reduzir de das causas da baixa qualida-
forma sistemática os custos; de e da baixa produtividade
6 - institua o treinamento no encontram-se no sistema es-
local de trabalho; tando, portanto, fora do al-
7 - institua a liderança. O ob- cance dos trabalhadores;
jetivo da chefia deve ser o de 11 - a) elimine padrões de
ajudar as pessoas, as máqui- trabalho (quotas) na linha de

75
produção. Substitua-os por Princípio de Pareto - Estabe-
liderança; lece que para todo proble-
b) elimine o processo de ma existem poucos itens (ou
administração por cifras, por causas) vitais e muitos tri-
objetivos numéricos. Subs- viais. As principais e maio-
titua-os pela administração res causas dos problemas
por processos por meio de estão concentradas em pou-
exemplo de líderes; cos itens vitais e não são em
12- a) remova as barreiras muitos itens triviais.
que privam o operário
horista de seu direito de or- Proatividade - Capacidade de
gulhar-se de seu desempe- tomar a iniciativa e autono-
nho. A responsabilidade dos mia para antecipar-se aos
chefes deve ser mudar de fatos com ações preventivas.
números absolutos para a Por exemplo, o uso da téc-
qualidade; nica FMEA (Failure Mode
b) remova as barreiras que and Effect Analysis) serve
privam as pessoas da admi- para identificar problemas
nistração e da engenharia de potenciais e disparar ações
seu direito de orgulharem-se contingenciais ou de pre-
de seu desempenho. Isso sig- venção.
nifica a abolição da avalia-
ção anual de desempenho ou Procedimento - Forma espe-
de mérito, bem como da cificada de executar a ati-
administração por objetivos; vidade.
13- institua um forte progra- Notas:
ma de educação e auto- 1 - Em muitos casos, os procedimen-
aprimoramento; tos são documentados (por
14- engaje todos da organi- exemplo: procedimentos do sis-
zação no processo de reali- tema de qualidade).
zar a transformação. A trans- 2 - Quando um procedimento está
formação é da competência documentado, utiliza-se prefe-
de todo mundo. rencialmente o termo: procedi-

76
mento escrito ou procedimento Processos de apoio - São os
documentado. processos que dão apoio
3 - Um procedimento escrito ou aos processos relativos ao
documentado inclui, normal- produto (projeto, produção
mente, os objetivos e o escopo e entrega dos produtos) e
de uma atividade; o que deve que são usualmente pro-
ser feito; que materiais, equi- jetados em função de neces-
pamentos e documentos devem sidades relacionadas à es-
ser usados; e como deve ser trutura e aos fatores internos
controlado e registrado. à organização.

Processo - Conjunto de recur- Processo de melhoramento


sos e atividades inter-rela- contínuo - Busca de níveis cada
cionados que transformam vez mais elevados da quali-
insumos (entradas) em pro- dade, isolando as fontes de
dutos e serviços para o clien- defeitos. A meta é atingir o
te (saídas). nível “Zero Defeito”. os ja-
Nota: poneses chamam esse pro-
1 - Os recursos podem incluir pes- cesso de Kaizen.
soal, finanças, instalações, equi-
pamentos, métodos e técnicas. Processo especial - Proces-
sos cujos resultados são al-
Processos críticos - Processos tamente dependentes do
que apresentam sérios riscos controle de sua execução, ou
à vida humana, saúde e meio da habilidade do executor,
ambiente, ou de perda de ou de ambos, no qual a qua-
grande quantidade de dinhei- lidade obtida pode não ser
ro. São processos que devem determinada exclusivamente
ser planejados com grande por inspeção.
margem de segurança quanto
à integridade estrutural, pro- Processos relativos ao produto
visões à prova de falhas, etc. - Referem-se aos proces-
sos diretamente relaciona-

77
dos à criação de valor para Nota:
os clientes. Estão estão as- 1 - O termo qualificação é usado
sociados tanto à manufatura às vezes para designar este pro-
de bens como à prestação cesso.
de serviços necessários dos
clientes e da sociedade. São Product-out - Corresponde ao
comumente, conhecidos por controle da qualidade defen-
processos de projeto, pro- sivo, ou seja, consiste em
cessos de execução (produ- fazer com que os produtos
ção de bens ou prestação de apenas atendam às espe-
serviços), processos de en- cificações, sem se preocupar
trega do produto (expedi- com as expectativas e neces-
ção, transporte e distribui- sidades dos clientes.
ção de bens ou conclusão de
um serviço) e processos-fim Produtividade - Quociente en-
ou finalísticos (prestação de tre faturamento e custos. In-
serviços públicos). clui todos os insumos da or-
ganização – equipamentos e
Processo sob controle- materiais (hardware); pro-
Aquele em que a variabilida- cedimentos (software) e ser
de nas características de qua- humano (humanware).É a
lidade (efeitos do processo) relação entre o que a orga-
é tão somente devida a cau- nização produz e o que ela
sas consideradas como par- consome. É o mesmo que
te do processo (causas co- taxa de valor agregado.
muns ou aleatórias).
Produto - Resultado de ativi-
Processo de qualificação - dades ou processos.
Processo que demonstra se Notas:
uma entidade é capaz de 1 - O termo produto pode incluir
atender os requisitos espe- serviço, materiais e equipamen-
cificados. tos, materiais processados,

78
informações, ou uma combina-
ção destes.
2 - Um produto pode ser tangível
(como, por exemplo: montagens
ou materiais processados) ou
intangível (por exemplo, conhe-
cimento ou conceitos), ou uma
combinação dos dois.
3 - Um produto pode ser intencio-
nal (por exemplo, oferta aos
clientes): ou não intencional
(por exemplo, um poluente ou
efeitos indesejáveis).

Projeto da qualidade - Proje-


to que propõe melhorias e
aperfeiçoamento de proces-
sos, serviços e produtos. É
desenvolvido por um grupo
de qualidade.

Produtos - Bens ou serviços


resultantes de atividades ou
processos.

Prontidão - Estar preparado


para atender a qualquer tipo
de demanda – estratégica,
operacional ou tecnológica –
e reagir com presteza, ten-
do em vista a satisfação dos
clientes (internos, externos)
e sua retenção.

79
QFD (Quality Function nefícios do QFD são: redu-
Development) - Desdobra- ção considerável no tempo
mento da Função Qualidade para desenvolvimento; vir-
– o método QFD visa a tual eliminação de mudanças
aperfeiçoar e desenvolver tardias de engenharia; dimi-
novos produtos e auxiliar na nuição dos custos do proje-
restruturação do sistema de to e maior possibilidade de
qualidade da organização. atendimento dos desejos dos
Mediante o QFD, equipes clientes.
multidisciplinares, envolven-
do especialistas em mar- Qualidade - Totalidade das ca-
keting, pesquisa & desenvol- racterísticas de uma entida-
vimento, engenharia de pro- de que lhe confere a capaci-
duto, projeto de processo, dade de satisfazer às neces-
produção e qualidade, tradu- sidades explícitas ou implí-
zem e transmitem as exigên- citas do cliente.
cias dos clientes para os di- Notas:
versos setores da organiza- 1 - Numa situação contratual ou
ção. O sistema de tradução numa área regulamentada, tal
e transmissão das exigências como na área de segurança nu-
dos clientes em requisitos téc- clear, as necessidades são es-
nicos apropriados, em cada pecificadas, enquanto em ou-
estágio do processo, as ati- tras áreas as necessidades im-
vidades a serem desempe- plícitas devem ser identificadas
nhadas na fase que antecede e definidas.
à produção, gerando grandes 2 - Em muitos casos, as necessida-
benefícios. Os principais be- des podem mudar no decorrer

80
do tempo, o que implica em aná- quantitativo (como é servidor
lises críticas periódicas dos re- na aceitação por amostragem)
quisitos da qualidade. e medida de qualidade, quando
3 - As necessidades são traduzidas são efetuadas avaliações técni-
normalmente em características cas precisas.
com critérios especificados (re- 5 - A obtenção da qualidade
quisitos para a qualidade). As satisfatória envolve as fases do
necessidades podem incluir, por ciclo da qualidade como um
exemplo, aspectos de desempe- todo. As contribuições à quali-
nho, facilidade de uso, dade dessas várias fases são, às
dependabilidade (disponibili- vezes, identificadas separada-
dade, confiabilidade, mantena- mente, para melhor distinção,
bilidade), segurança, meio am- como, por exemplo, a qualida-
biente (requisitos da socieda- de devido ao projeto do produ-
de), aspectos econômicos e es- to, qualidade devido à confor-
téticos. midade, qualidade devido à as-
4 - O termo qualidade não deve ser sistência ao produto ao longo
usado isoladamente para expri- do seu ciclo de vida.
mir um grau de excelência no 6 - Em algumas referências, a quali-
sentido comparativo e nem em dade é definida como satisfação
avaliações técnicas no sentido do cliente ou conformidade aos
quantitativo. Para exprimir es- requisitos. Essas definições re-
ses dois significados, deve ser presentam apenas certos aspec-
usado um adjetivo qualificativo. tos da qualidade, como foi defi-
Podem ser servidores, por exem- nida acima.
plo, os seguintes termos:
a) qualidade relativa, quando as Qualidade de vida - Dinâmica
entidades são classificadas em da organização do trabalho
função do seu grau de excelên- que permite manter ou au-
cia, ou no sentido comparativo mentar o bem-estar físico e
(não deve ser confundido com psicológico da força de tra-
classe); balho, com a finalidade de se
b) nível de qualidade, no sentido obter uma total congruência

81
entre as atividades desenvol- Qualificação - Reconhecimen-
vidas no trabalho e as de- to dado a uma organização
mais atividades da sua vida, após ter sido demonstrado
preservando as individuali- que ela é capaz de atender
dades de cada um e possi- aos requisitos estabelecidos
bilitando o desenvolvimento da qualidade.
integral das pessoas.
Qualificado - Designação do
Qualidade intrínseca - No estado de uma entidade que
contexto da qualidade total, demonstra a capacidade de
são as características técni- atender os requisitos espe-
cas asseguradas ao produto cificados.
ou serviço, que conferem
sua habilidade de satisfazer
às necessidades do cliente.

Qualidade total - Abrange as


cinco dimensões da qualida-
de, que afetam a satisfação
das necessidades das pes-
soas:
1 - qualidade intrínseca do
produto ou serviço;
2 - custo (preço);
3 - entrega/atendimento
(prazo certo, local certo,
quantidade certa);
4 - moral – nível médio de
satisfação de um grupo de
pessoas;
5 - segurança do usuário e
das pessoas da organização.

82
Racionalismo - Doutrina filo- soas, cujo sentido é recipro-
sófica segundo a qual a to- camente referido. Isso quer
talidade do conhecimento dizer que as ações de seus
pode ser obtida pelo pro- participantes têm seu senti-
cesso dedutivo. do definido em relação ao
comportamento do grupo
Reação - Reação é um even- como um todo.
to de um sistema para o qual
um outro evento interno ou Requisitos - Necessidades
externo é causa suficiente. básicas dos clientes ou das
demais partes interessadas,
Realimentação - Princípio se- explicitadas por eles, de
gundo o qual uma ação é maneira formal ou informal.
controlada por seus pró- Por exemplo, o cliente “re-
prios resultados. quer” que o produto possua
características que atendam
Reducionismo - Postura se- suas necessidades básicas,
gundo a qual os conceitos claramente especificadas no
de várias disciplinas cientí- momento da aquisição.
ficas podem ser reduzidos Exemplos de requisitos in-
a uns poucos fundamentos, cluem o prazo de entrega,
como por exemplo, muitos tempo de garantia, espe-
conceitos de química foram cificação técnica, tempo de
reduzidos aos de física. atendimento, qualificação
de pessoal, preço e condi-
Relação Social - Conduta ções de pagamento.
plural, isto é, de várias pes-

83
Requisitos da qualidade - Ex- cursos, ao desenvolvimento
pressão das condições ex- das pessoas, aos produtos e
perimentalmente verificáveis, serviços dos fornecedores e
qualitativas ou quantitativas, à qualidade do produto ofe-
que devem ser atendidas por recido.
um produto ou serviço para
que ele atenda às necessida-
des dos clientes.

Resposta - Resposta é um
evento de um sistema para
o qual outro evento do sis-
tema ou do ambiente é cau-
sa necessária mas não sufi-
ciente.

Resultados - Um dos sete cri-


térios do modelo de gestão
pela excelência. Os métodos
e práticas adotados pela or-
ganização podem ter sua efi-
cácia avaliada por meio dos
resultados que ela consegue
alcançar. Os indicadores de
desempenho são importante
instrumento na avaliação des-
ses resultados institucionais.
Os resultados são os efeitos
que as práticas adotadas pro-
duziram, em diversas áreas de
atuação, tais como os que se
referem à satisfação dos
clientes, à aplicação dos re-

84
Saber profundo - No livro Qua- Notas:
lidade – A Revolução da Ad- 1 - O fornecedor ou o cliente pode
ministração (tradução de Out ser representado, as interfaces
of Crisis) Deming apresenta com o fornecedor podem ser es-
o Saber Profundo como Sis- senciais à prestação do serviço.
tema. Esse sistema é compos- 2 - As atividades do cliente na
to de visão geral do que é um interface com o fornecedor po-
sistema, elementos de teoria dem ser essenciais à prestação
da variabilidade, elementos da do serviço.
teoria do conhecimento e ele- 3 - A entrega ou uso de produtos
mentos de psicologia. tangíveis pode fazer parte da
prestação de serviço.
Segurança - Estado no qual o 4 - Um serviço pode estar vincula-
risco de danos pessoais ou do à fabricação e ao forneci-
materiais está limitado a um mento de um produto tangível.
nível aceitável.
Nota: Sete doenças mortais - Segun-
1 - A segurança é um dos aspectos do o Dr. Deming, a maioria das
da qualidade. organizaçãos ocidentais pade-
ce das seguintes doenças mor-
Serviço - Resultado gerado por tais :
atividades na interface forne- 1 - a doença que incapacita – a fal-
cedor e cliente, e por ativida- ta de constância de propósito;
des internas do fornecedor 2 - ênfase nos lucros a curto prazo;
para atender às necessidades 3 - avaliação de desempenho,
do cliente. classificação por mérito ou re-
visão anual;

85
4 - mobilidade da administra- Sete ferramentas da quali-
ção; mudança de emprego; dade 1 - Conjunto de ferra-
5 - administração somente pelo mentas técnicas da quali-
uso de números visíveis, com dade: Estratificação, Fo-
pouca ou nenhuma conside- lha de Verificação, Gráfi-
ração aos números desconhe- co de Pareto, Diagrama
cidos ou impossíveis de co- de Causa e Efeito, Diagra-
nhecer. ma de Correlação, Histo-
Além dessas, o Dr. Deming grama, Gráficos e Cartas
acrescenta mais as seguintes de Controle.
doenças especificamente para
as organizaçãos norte-ameri- Sete ferramentas da qualida-
canas: de 2 - Conjunto de técnicas es-
6 - custo excessivo com assistên- tatísticas de uso consagrado
cia médica; para a melhoria de qualida-
7 - custos excessivos de garan- de de serviços, produtos e
tia, alimentados pelos advo- processos, compreendendo:
gados que conseguem subsis- Fluxograma, Diagrama Cau-
tir só com a taxa que recebem. sa e Efeito, Diagrama de
Pareto, Histograma, Folha
Sete ferramentas da admi- de Coleta de Dados, Dia-
nistração - Conjunto de ferra- grama de Dispersão e Carta
mentas gerenciais da quali- de Controle.
dade: Diagrama de Afinida- Nota:
des; Diagrama de Árvore; 1 - Sete Ferramentas Gerenciais:
Diagrama de Relação; Dia- Conjunto de técnicas para or-
grama de Matriz; Diagrama ganização do pensamento e
de Matriz de Dados; Tabela planejamento de atividades
do Programa do Processo gerenciais, voltado para o tra-
de Decisão (PDPC – Pro- tamento de informações não nu-
cess Decision Program méricas, que complementa e ex-
Chart) e Cronograma. pande as sete ferramentas da
qualidade tradicional. Sete No-

86
vas Ferramentas: O mesmo que entre seus elementos. A palavra
sete ferramentas gerenciais. sistema normalmente é usada
Sistema - É um conjunto de como significando sistema con-
elementos interrelacionados creto.
de modo que a modificação 3 - Sistema da Qualidade: a estru-
de um elemento provoca al- tura organizacional, responsa-
terações em todos os outros. bilidades, procedimentos, pro-
Nas organizações, os siste- cessos e recursos necessários
mas são totalidades integra- para implementar a gestão da
das visando ao desempenho qualidade.
de funções globais, cujas 4 - Sistema Dinâmico: sistema cujo
propriedades não podem estado muda no tempo.
ser reduzidas às de unidades 5 - Sistema Estático: sistema que pos-
menores. sui um único estado.
Notas: 6 - Sistema Fechado: sistema que
1 - Sistema Aberto: sistema que não interage com elementos
interage com elementos que não que não estejam contidos nele.
estejam contidos dentro dele. Os sistemas fechados, portanto,
Sistemas abertos possuem am- não têm ambiente. Sistema
biente. Sistema Abstrato: siste- Homeostático: sistema estático
ma cujos elementos são todos cujos elementos são dinâmicos.
conceitos, por exemplo, lingua- Um sistema homeostático man-
gens, sistemas filosóficos, e sis- tém seu estado em um ambiente
temas de números. Num sistema em mudança, por meio de
abstrato, os elementos são ajustes internos. Uma casa que
criados por definições e as re- mantém temperatura constante
lações entre eles são criadas quando a temperatura externa
por suposições (postulados e muda é homeostática.
axiomas). O estudo dos siste-
mas conceituais é o objeto das Sistema da qualidade - Es-
“ciências formais”. trutura organizacional, pro-
2 - Sistema Concreto: é aquele que cedimentos, processos e re-
possui ao menos dois objetos cursos necessários para

87
implementar a gestão da Sistemática - Conjunto orde-
qualidade. nado de meios de ação, ca-
Notas: racterizados como partes ou
1 - O sistema da qualidade deve ter elementos de um todo, inte-
abrangência necessária para grados e organizados entre si,
atender os objetivos da organi- que constitui uma forma
zação. estruturada e peculiar de exe-
2 - O sistema da qualidade de uma cução de um determinado
organização é concebido essen- método, processo, plano ou
cialmente para satisfazer as ne- modelo.
cessidades gerenciais internas
da organização. Ele é mais am- Shake-down - Método de le-
plo do que os requisitos de um vantamento de problemas.
cliente específico, que avalia Na fase inicial de implanta-
apenas a parte dos sistema da ção do TQC, quando ainda
qualidade que lhe concerne. não se tem os itens de con-
3 - Para fins de avaliação da qua- trole (ver), adota-se o shake-
lidade contratual ou manda- down simplificado. Quando
tória, pode ser exigida a de- esses já foram levantados,
monstração da implementação cada item de controle cujo
de elementos identificados do resultado não for o desejado
sistema de qualidade. constitui um problema.

Sistema de liderança - Con- SHEWHART, W. A. - Pai do


junto de requisitos que esta- Controle Estatístico da Qua-
belecem como a liderança é lidade. Autor de Economic
exercida em toda a organiza- Control of Quality of
ção, associado à forma pela Manufactured Product;
qual as principais decisões Statistical Method from the
são tomadas, informadas e View Point of Quality
executadas em todos os ní- Control. Criou as Cartas de
veis. Controle. O ciclo PDCA é
também conhecido como

88
Ciclo de Shewhart. Notas:
1 - A supervisão da qualidade pode
Sobrevivência - Garantir a so- ser efetuada pelo cliente ou em
brevivência de uma organiza- seu nome.
ção é criar uma equipe de 2 - A supervisão da qualidade pode
pessoas que saiba montar e incluir observação e acompa-
operar um sistema, que seja nhamento de ações que evitem a
capaz de projetar um produ- deterioração ou degradação de
to que conquiste a preferên- uma entidade (por exemplo: um
cia do consumidor a um cus- processo) no decorrer do
to inferior ao do seu concor- tempo.
rente. 3 - O termo contínuo pode signifi-
car permanente ou freqüente.
Software - Informações em ge-
ral: planos, diretrizes, orien-
tações, etc. Procedimentos,
maneira de fazer as coisas em
uma organização.

Subcontratado - Organização
que fornece um produto ao
fornecedor.
Nota:
1 - O subcontratado pode ser chama-
do também de subfornecedor.

Supervisão da qualidade -
Acompanhamento e verifica-
ção contínuos do estado de
uma entidade e análise de re-
gistros, para garantir que os
requisitos especificados estão
sendo atendidos.

89
Tempo de ciclo - Tempo ne- gestão medida, adequada
cessário para completar as para apoiar as análises críti-
tarefas, tempo requerido cas e a tomada de ações
para responder à demanda. corretivas e de melhoria.
Qualquer aspecto de desem-
penho que inclua tempo. Ex.: TQC – Total Quality Control
tempo de preparação do (Controle da Qualidade To-
equipamento, tempo de exe- tal) - Sistema administrativo
cução do processo, tempo aperfeiçoado no Japão a
de troca ferramental, prazo partir de idéias americanas,
de entrega, tempo para lan- com base em elementos de
çamento de produto. diversas fontes, aspectos
do trabalho de Taylor; uti-
Tendência - Comportamento liza o controle estatístico de
do conjunto de resultados ao processos cujos fundamen-
longo do tempo. Não se es- tos foram lançados por
pecifica nenhum prazo míni- Shewhart; adota conceitos
mo para se estabelecer ten- de Maslow acerca do com-
dência, entretanto, para os portamento humano, além
critérios de excelência será de lançar mão do conheci-
considerada a variação con- mento ocidental sobre qua-
secutiva (melhoria dos resul- lidade, principalmente os
tados) de forma sustentada trabalhos de Deming e de
de no mínimo três períodos Juran. O TQC é um mo-
de tempo. A freqüência de delo administrativo monta-
medição deve ser coerente do pelo Grupo de Pesqui-
com o ciclo da prática de sa de Controle de Qualida-

90
de da JUSE (Japanese de desempenho global, com
Union of Scientists and qualidade e produtividade.
Engineers). É um sistema
voltado para a sobrevivên- Treinamento - Processo pelo
cia da organização, consti- o qual as pessoas adquirem
tuindo uma mudança subs- conhecimentos e habilidades
tancial na prática gerencial. específicos para desempe-
A expressão Total Quality nhar tarefas.
Control deve ser credita-
da ao Dr. Arman V. Treinamento no trabalho
Feicenbaum, também ame- (On the job training) - Edu-
ricano, aparecendo no seu cação e treinamento con-
livro Total Quality duzidos pelo superior hie-
Control, publicado em rárquico, no próprio local
1961. Em sua concepção, de trabalho, por meio da ro-
o controle da qualidade é tina do dia-a-dia, tendo
exercido por especialistas. como o objetivo colocar a
O modelo japonês difere experiência e conhecimen-
desse enfoque porque ado- to no uso prático.
ta o Controle de Qualida-
de Total com envolvimento Trilogia de Jurán - os três pro-
de todos os servidores de cessos gerenciais usados na
todos os setores da orga- gestão da qualidade: plane-
nização, em todos os níveis jamento, controle e melhoria
hierárquicos. Daí ser deno- da qualidade.
minado de TQC no estilo
japonês.

Trabalho de alto desempe-


nho - Resultado do trabalho sis-
tematicamente direcionado à
condição de se atingirem ní-
veis cada vez mais elevados

91
Unidade de Terapia Intensi- ção, cujas atividades se ca-
va - É o conjunto de elementos racterizam pela participação
destinados a receber pacien- na execução de qualquer um
tes em estado grave, com pos- dos processos de apoio ou
sibilidades de recuperação, relativos ao negócio da or-
exigindo assistência médica e ganização.
de enfermagem permanente,
além da utilização de equipa- Unidade organizacional - É
mento especializado. aquela resultante do fracio-
namento de órgão integran-
Unidade funcional - Parte da te de estrutura básica.
organização, claramente
definida e refletida na Usuário - Pessoa ou área de
documentação da organiza- uma organização a quem se
ção, cujas atividades se ca- destina determinado pro-
racterizam pela definição, duto.
estabelecimento e manuten-
ção das normas, procedi-
mentos, padrões, métodos e
medidas a serem adotados
e praticados em todos os
processos da organização.

Unidade operacional - Parte


da organização claramen-
te definida e refletida na
documentação da organiza-

92
Validação - Confirmação, por Valores - Entendimentos e ex-
exame e fornecimento de pectativas que descrevem
evidência objetiva, de que os como profissionais da orga-
requisitos específicos, para nização se comportam e so-
um uso pretendido, são bre os quais todas as relações
atendidos. do negócio estão baseadas.
Notas: As normas, princípios ou pa-
1 - No projeto e desenvolvimento, a drões sociais aceitos ou man-
validação se refere ao proces- tidos por indivíduo, classe
so de examinar um produto para social, sociedade, etc.
determinar sua conformida-
de com as necessidades do Verificação - Confirmação,
usuário. por exame e fornecimento
2 - A validação é feita normalmen- de evidência objetiva, do
te no produto final sob condi- atendimento aos requisitos
ções de operação definidas, po- especificados.
dendo contudo tornar-se neces- Notas:
sária em fases anteriores. 1 - No projeto e desenvolvimento, a
3 - O termo validade é usado para verificação refere-se ao proces-
designar o estado após a vali- so de examinar o resultado de
dação. uma dada atividade para deter-
4 - Validações múltiplas podem ser minar a sua conformidade com
realizadas se existirem diferen- os requisitos estabelecidos
tes usos pretendidos. para a mesma atividade.
2 - O termo verificado é usado para
Valor - Características agrega- designar o estado após verifi-
das ao produto ou serviço. cação.

93
Visão - Intenção de propiciar cumprimento das missões.
o direcionamento dos rumos
de uma organização, com Visão estratégica de quali-
vistas a alcançar uma deter- dade - A qualidade entendida
minada condição.Um senti- como caminho para assegu-
do de propósito, uma razão rar à organização uma van-
de ser, uma filosofia orien- tagem competitiva de mer-
tadora compartilhada por cado. O foco aqui é o mer-
todos os funcionários de uma cado. Para tanto poderão
companhia. A visão é muito ser necessários trabalhos de
útil para firmas globais des- revisão da missão, visão e
centralizadas e aquelas que estrutura da organização.
já deixaram de lado suas ori- Ser o melhor em seu seg-
gens organizacionais. Uma mento, apurado em ações de
visão compartilhada pode benchmark, é o propósito
ajudar a unir uma força de desta dimensão da qualidade.
trabalho grande e espalhada.
Não é fácil entender o que é
uma visão corporativa. Nos
relatórios anuais de or-
ganizaçãos, muitas vezes nos
deparamos com visões que
podem ser vistas como de-
clarações de missão, des-
crevendo o que a companhia
faz com algumas palavras de
inspiração. A declaração de
visão tem que ser o que a
declaração de missão não é.
Ela não tem um ponto de
chegada; os funcionários de-
vem se esforçar no sen-
tido de atingi-la após o

94
Zero defeito - No sentido lite-
ral significa um produto livre
de defeitos. A expressão
“Zero Defeito” criada por
Crosby é também utilizada
como slogan em campanhas
pela melhoria da qualidade.
O seu uso tem sido critica-
do com base em argumen-
tos diversos, um dos quais é
o de que não basta um
slogan sugestivo, é indispen-
sável um método. Da mes-
ma maneira, um produto
sem defeito não significa ne-
cessariamente que atenda às
expectativas do cliente.

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Editora MS
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