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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT


UNIDADE ACADEMICA DE FÍSICA - UAF
LABORATORIO EXPERIMENTAL II
PROF: LAÉRCIO DUARTE DA SILVA
ALUNOS: IONAILTON DE ARAUJO SILVA MATRICULA: 119111533
JOSÉ VIEIRA NETO 121111434

GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS 120111110

RELATÓRIO: POLARIZAÇÃO, DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA

17 de dezembro de 2021
INTRODUCÃO
O conceito de polarização está associado diretamente a particularidades no
comportamento das ondas eletromagnéticas, isto é, uma onda eletromagnética, tal como
a luz, é constituída por uma distribuição espacial de campo elétrico (E) e magnético (H)
perpendiculares entre si, e ambos perpendiculares a direção de propagação.

Vejamos o esquema a seguir:

A polarização da onda eletromagnética tem direção e pode ser definida pela


orientação
do campo elétrico.

Um feixe de luz não polarizado é constituído por um grande número de ondas que
são emitidos a partir da fonte luminosa, como é exemplificado na imagem abaixo:

Uma onda é dita ser polarizada, quando possui uma única direção de vibração. No
caso de uma onda eletromagnética polarizada, o campo elétrico irá assumir uma única
direção de vibração, e o campo magnético, perpendicular ao campo elétrico, irá vibrar
também em uma única direção.
Podemos fazer uso de alguns materiais que possuem a propriedade de polarizar a
luz e só deixam passar a parte da onda que oscila numa determinada direção e num único
plano.
Podemos classificar em três tipos de polarização, a Linear, circular e a elíptica.

Interferência

Se trata do fenômeno de consequência da superposição de ondas eletromagnéticas


numa mesma região do espaço, onde pode-se ser observado o efeito final obtido por
variações espaciais na intensidade da luz resultante, que são chamadas de franjas de
interferência.

Difração

Caracteriza - se por um fenômeno que está associado a desvios da propagação da


luz segundo a óptica geométrica e pode ser observado quando o feixe de luz passa por um
obstáculo, onde é observado que a luz tende a encurvar-se em torno do obstáculo e
dispersando na sombra geométrica do mesmo.
Rede de Difração

A rede de difração é um dispositivo constituído por um grande número de fendas


paralelas igualmente espaçadas em uma superfície plana.
Verifica-se que com o aumento no número de fendas obtém se franjas de
interferência onde os máximos encontram-se nas mesmas posições que o caso de fenda
simples, porém apresentam-se mais agudos e mais estreitos.

Observemos o esquema a seguir:

Observando no esquema de uma única fenda temos:


MATERIAL UTILIZADO
• Fonte de luz branca 12V-21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e
sistema de posicionamento do filamento;
• Base metálica 8x70x3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de
700mm;
• Dois polaroides em moldura plástica com fixação magnética;
• Diafragma com uma fenda;
• Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm,
em moldura plástica com fixação magnética;
• Cinco cavaleiros metálicos;
• Suporte para disco giratório;
• Disco giratório Ø23cm com escala angular e subdivisões de 1º;
• Lente de vidro convergente biconvexa com Ø50mm, DF 50mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
• Lente de vidro convergente biconvexa com Ø = 50mm, DF = 100mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
• Rede de difração 500 fendas/mm em moldura plástica com fixação
magnética;
• Trena de 2m;
• Anteparo para projeção com fixador magnético;
• Régua milimetrada de ± 150mm.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

1. Determinação do Comprimento de Onda da Luz

1.1. Montamos o equipamento conforme a figura Fig.4-13 contida na apostila;


1.2. Colocamos na frente da fonte luminosa e à 4cm, uma lente convergente de
distância focal f = 5cm. Essa lente foi utilizada para iluminar a fenda;
1.3. Colocamos na frente da lente o diafragma com uma fenda;
1.4. Utilizamos uma lente convergente de distância focal f = 10cm para projetarmos
a fenda no anteparo;
1.5. Ajustamos a posição da lente para que a fenda projetada ficasse bem nítida;
1.6. Colocamos a rede de difração na frente da lente e ajustamos para que o espectro
fique bem nítido;
1.7. Ajustamos a posição da rede de difração para que fique a 14cm (a = 0,140m) do
anteparo de projeção;
1.8. Medimos a distância do centro de cada cor até o centro da fenda projetada,
completando a tabela;
1.9. Medimos as distâncias X e a para a radiação vermelha;
1.10. Calculamos a constante da rede de difração que tem 1000 linhas / mm

1.11. Calculamos o comprimento de onda da radiação vermelha


1.12. Anotamos os valores obtidos na Tabela 4-7 e calculamos o comprimento
de onda para as outras cores

2. Polarização da Luz
2.1. Montamos o equipamento conforme a figura Fig.4-14 contida na apostila;
2.2. Colocamos sobre a base metálica um cavaleiro metálico com lente convergente
de distância focal 12cm e fixamos no cavaleiro o diafragma com uma fenda;
2.3. Colocamos na extremidade da base metálica um anteparo para projeção e ligar a
fonte de luz;
2.4. Colocamos sobre a base metálica, um polaroide fixo no cavaleiro e a 10cm da
lente;
2.5. Ajustamos a posição da lente para que a fenda projetada fique bem nítida;
2.6. Observamos a projeção luminosa e colocamos sobre a base metálica o segundo
polaroide e a 10cm do primeiro polaroide;

3. Polarização da Luz por Reflexão

3.1. Montamos o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-15) contida na apostila;


3.2. Colocamos na frente da fonte de luz um cavaleiro metálico com uma lente
convergente de distância focal 12cm e o diafragma com uma fenda;
3.3. Ligamos a fonte de luz e ajustar o raio luminoso bem no centro do transferidor;
3.4. Colocamos o semicírculo no disco ótico, conforme a foto na apostila e ajustá-lo
no disco ótico de tal modo que o ângulo de incidência seja igual à 0°, o ângulo
de refração também 0°;
3.5. Fixamos em outro cavaleiro metálico, um polaroide e em outro cavaleiro o
anteparo de projeção;
3.6. Giramos o disco ótico 20° e observar o raio refletido, colocamos na mesma
direção do raio refletido o polaroide e projetar o feixe refletido no anteparo a
10cm do polaroide;
3.7. Giramos o polaroide de 90° e observamos a projeção do feixe luminoso e
retornamos o polaroide para a mesma posição;
3.8. Giramos o disco ótico para 40° e observar o raio refletido, reposicionamos o
conjunto polaroide e anteparo de projeção;
3.9. Giramos o polaroide de 90° e observamos a projeção do feixe luminoso, e
retornamos o polaroide para a mesma posição;
3.10. Repetimos esses procedimentos para os ângulos entre 50° e 60°,
encontramos um ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a
projeção desapareça;
3.11. Medimos o ângulo α de incidência que tem a luz polarizada: θB = 55°
(simulado)
3.12. Medimos o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado.

MEDIDAS/TABELAS

Cor a (m) X(m) (10-9 m)


(simulado)
Vermelho 0,14 0,047 0,318
Laranja 0,14 0,043 0,294
Amarelo 0,14 0,041 0,281
Verde 0,14 0,037 0,256
Azul 0,14 0,033 0,229
Violeta 0,14 0,031 0,216
Tabela Erro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento.-1
Tabela de dados para o experimento de determinação do comprimento de onda da
luz

COR VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL


(nm) 620-760 585-620 550-585 510-550 450-510
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No EXPERIMENTO 1, sobre Determinação do Comprimento de Onda da Luz,
através das análises dos dados percebeu-se que a radiação que tem o maior comprimento
de onda é da cor vermelho e a radiação que tem maior frequência é da cor azul, isso
porque a frequência é inversamente proporcional ao comprimento de onda. Comparando
os resultados experimentais com os resultados teóricos, vimos que somente o vermelho
está entre o valor do comprimento de onda, os outros valores obtidos experimentalmente
está a cima do intervalo para o valor teórico do comprimento de onda.
Ao estudarmos e analisarmos a Polarização da Luz, no EXPERIMENTO 2, observou-
se a projeção luminosa no anteparo de projeção. Ao incidir luz no primeiro polaroide,
sem o ajuste referente ao segundo polaroide, percebeu-se que a projeção no anteparo não
se altera. Após ajustar o segundo polaroide, corrigiu-se que o feixe luminoso no anteparo
desapareceu. Isso ocorre devido ao efeito de polarização da luz, no qual o primeiro
polaroide permite transpassar apenas uma direção fornecida de propagação da luz e seu
padrão de onda determinado. Já ao transpassar pelo segundo polaroide, a direção de
propagação restante do primeiro polaroide é bloqueada pelo segundo, fazendo com que a
projeção luminosa no anteparo desaparecesse.
Com as observações feitas sobre a Polarização da Luz por Reflexão, no
EXPERIMENTO 3, durante o experimento foi possível perceber que entre os ângulos 50°
e 60° a projeção desaparece. O ângulo de incidência em que tem a luz polarizada para o
ângulo de θB = 55°, denominado de ângulo de Brewster. Também medimos o ângulo
entre o raio refletido e o refratado que foi α = 91°. A direção de polarização é horizontal,
já que para determinação do ângulo de Brewster movimentou-se horizontalmente o
anteparo.
tan 𝜃𝐵 = tan 55° = 1,428
Nenhum experimento anterior foi encontrado que o índice de refração do acrílico é igual
a n = 1,50. Comparando esse valor com o cálculo pelo cálculo da tangente, temos que:
|𝑽𝒕𝒆𝒐𝒓𝒊𝒄𝒐 − 𝑽𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 |
𝝐% = ∗ 𝟏𝟎𝟎%
𝑽𝒕𝒆𝒐𝒓𝒊𝒄𝒐
|𝟏, 𝟓𝟎 − 𝟏, 𝟒𝟐𝟖|
𝝐% = ∗ 𝟏𝟎𝟎%
𝟏, 𝟓𝟎
𝝐% = 𝟒, 𝟖%

Como o erro foi inferior a 5%, podemos considerar que a tangente do ângulo de Brewster
é igual ao índice de refração do material.
CONCLUSÃO
Com esse experimento foi possível conceituar e observar o fenômeno de polarização
da luz através de uma rede difratora. A determinação da polarização da luz através dos
polaroides ou polarímetros foi satisfatória. Calcular o comprimento de onda para cada
faixa do espectro visível. Também foi possível conceituar polarização da luz por reflexão,
com auxílio do ângulo de Brewster e cálculos matemáticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Laboratório de Óptica, Eletricidade e Magnetismo:
Física Experimental II. Campina Grande – PB, 2019.
Nussenzveig, H. M. – Curso de Física Básica: Ótica, Relatividade e Física Quântica;
vol.4. São Paulo: Blucher 1998.

Apostila de Física Experimental II.


APÊNDICE

UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II


PROFESSOR: LAERSON GONZAGA DE SOUZA
DATA: 17/12/2021 PERÍODO: 2021.1
TURMA: 05
ALUNO (A): JOSÉ VIEIRA NETO
IONAILTON DE ARAÚJO SILVA
GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS
PREPARAÇÃO DE DIFRAÇÃO - ÓPTICA FÍSICA

1. A natureza da luz sempre foi um dos temas que sempre chamaram a atenção dos
grandes cientistas da humanidade. Desde a Antiguidade (300 a.C.) com Euclides
até Einstein e Planck, no séc. XX. Hoje em dia, duas teorias que explicam a
natureza da luz são aceitas: a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. Comente
este conceito do comportamento da Luz, dualidade onda-partícula.
A dualidade onda-partícula, também denominada dualidade onda-
corpúsculo ou dualidade matéria-energia, constitui uma propriedade básica dos
entes físicos em dimensões atômicas - e por tal descrito pela mecânica quântica -
que consiste na capacidade dos entes físicos subatômicos de se comportarem ou
terem propriedades tanto de partículas como de ondas.

2. O que é Difração da Luz? Comente dando exemplo.


Difração é o nome genérico dado aos fenômenos associados a desvios da
propagação da luz em relação ao previsto pela óptica geométrica. Isso surge pela
natureza ondulatória da luz. Também pode ser definida como a capacidade
das ondas em contornar obstáculos. Quando uma onda se choca com um obstáculo
que possui uma abertura com dimensões comparáveis a seu comprimento, as partes
da onda que passam pelo espaço aberto alargam-se e atingem as regiões opostas
ao obstáculo. Por exemplo, os raios de luz, que pode ser entendido como sendo o
desvio da trajetória retilínea da luz após ela passar pela aresta de um objeto.

3. O que é Polarização da Luz? Comente dando exemplo.


A polarização da luz ocorre quando a luz natural, que antes se propagava em todos
os planos, passa a se propagar em um único plano. As fontes luminosas geralmente
emitem luzes formadas por ondas eletromagnéticas que vibram em várias direções,
nessas há sempre um plano perpendicular para cada raio de onda luminosa.
4. Explique como procedemos experimentalmente, para determinar o comprimento
de onda da Luz (onda eletromagnética).
Dependendo do meio sob o qual a energia propaga-se, temos uma velocidade de
propagação correspondente. Ondas harmônicas são tipos de ondas cuja fonte
perturbadora executa um movimento uniforme. O comprimento de onda é o
período espacial correspondente ao período temporal T. Conhecendo-se a
velocidade de propagação podemos caracterizar uma onda através da frequência
ou do comprimento de onda (v=λ.f).

5. Explique o que é Polarização por reflexão. Comente a relação desse conceito com
a aplicação de fibra óptica.
A luz incidente em uma superfície plana e polida sofrerá em parte reflexão, que
será polarizado perpendicularmente ao plano de incidência, enquanto que a porção
refratada será polarizada paralelamente ao plano de incidência.
O grau de polarização será função de vários fatores, como qualidade e índice de
refração da superfície refletora e , principalmente, do ângulo de incidência do feixe
de luz que, segundo Brewster, atingirá a máxima polarização quando os raios
incidentes e refratados forem complementares, ou seja, quando sen l = cos i.

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