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Taxa efetiva

Aquela cuja unidade de tempo coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização.

São exemplos de taxa efetiva:

 3% ao mês, capitalizados mensalmente;


 4% ao trimestre, capitalizados trimestralmente;
 6% ao semestre, capitalizados semestralmente, e
 10% ao ano, capitalizados anualmente.

Taxa nominal
Aquela cuja unidade de tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização.
É a taxa cotada por bancos, credores ou outros agentes do mercado financeiro. Dessa forma, tanto em
negociações com gerentes de banco ou analistas de mercado financeiro quanto em um anúncio de
financiamento de automóvel na televisão, a taxa de juros mencionada é sempre uma taxa nominal.

A taxa nominal é quase sempre fornecida em termos anuais, mas os seus períodos de capitalização
podem ser semestrais, trimestrais ou mensais. Essa taxa inclui a inflação estimada para o período.
São exemplos:

 12% ao ano, capitalizados mensalmente;


 24% ao ano, capitalizados semestralmente, e
 10% ao ano, capitalizados trimestralmente.
A taxa nominal é bastante utilizada no mercado. Entretanto, o seu valor nunca é usado nos cálculos,
por não representar uma taxa efetiva. O que realmente interessa é a taxa efetiva embutida na taxa
nominal, pois ela é que será efetivamente aplicada em cada período de capitalização.

Para entendermos o seu significado, vamos mostrar as taxas efetivas decorrentes das taxas nominais:

a) 12% a.a., capitalizados mensalmente, significam uma taxa efetiva de:


b) 24% a.a., capitalizados semestralmente, significam uma taxa efetiva de:

c) 10% a.a., capitalizados trimestralmente, significam uma taxa efetiva de:

Nos nossos cálculos, devemos sempre trabalhar com as taxas efetivas correspondentes, ou seja, 1%
ao mês, 12% ao semestre ou 2,5% ao trimestre, e nunca com taxas nominais. Conforme podemos
observar, a obtenção da taxa efetiva embutida na taxa nominal é feita no regime de juros simples. 2
Evidentemente, a taxa anual equivalente a essa taxa efetiva embutida é maior que a taxa nominal que
lhe deu origem, pois essa equivalência é feita no regime de juros compostos.

Taxas equivalentes
Aquelas que produzem o mesmo resultado quando aplicadas a um mesmo período, no regime de
juros compostos.

Imagine que você aplique 100 reais em um banco e que o seu gerente lhe ofereça uma rentabilidade
de 1% ao mês. Que montante você teria um ano (12 meses) depois?

montante: 1000 (1 + 0,01)12 = 1126,8250

A taxa anual equivalente a 1% a.m. seria aquela taxa que faria 1.000 se transformarem em um
montante de 1.126,8250 um ano depois:

1000(1 + i)1 = 1126,8250 → i = 12,6825% a.a.


Resumindo:

Para se calcular a taxa anual equivalente a uma taxa mensal de 1% a.m., resolve-se a equação 1.000
(1 + 0,01)12 = 1000 (1 + i), calculando-se o valor de i. Claramente, o resultado independe do valor
aplicado, já que podemos cortar o 1.000 que aparece nos dois lados da equação. Dessa forma, temos:

(1 + 0,01)12 = (1 + i) → i = 12,6825% a.a.

Por meio desse raciocínio, podemos calcular a taxa equivalente para qualquer período.
Taxa real
Aquela utilizada nas aplicações pós-fixadas, não incluindo a inflação estimada para o período. A taxa
real pode ser calculada a partir de uma taxa nominal ou efetiva, expurgando-se a inflação nela
embutida por meio da seguinte fórmula:

Onde:
r = taxa de juros real;
i = taxa de juros nominal e
F = inflação no período.

Suponha um país cuja taxa de inflação mensal seja de 20% a.m. Se um empréstimo tem uma taxa
mensal nominal de 26%, qual é a sua taxa real?

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