Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2009
1. INTRODUÇÃO
A gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência reprodutiva de homens
e mulheres. Este é um processo singular, uma experiência especial no universo da
mulher e de seu parceiro, que envolve também suas famílias e a comunidade. A
gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais significativas,
como forte potencial positivo e enriquecedora para todas que dela participam (BRASIL,
2001).
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3.1 HUMANIZAÇÃO
O enfermeiro neste processo é fundamental, pois o mesmo assiste com freqüência todo
este processo (BRASIL, 2001).
Categoria A: Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas:
a) Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em
conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro e,
se aplicável, à sua família.
b) Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada
contato com o sistema de saúde, no momento do primeiro contato com o prestador de
serviços durante o trabalho de parto e ao longo deste último.
c) Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto, no
parto e ao término do processo do nascimento.
d) Oferecer líquidos orais durante o trabalho de parto e parto.
e) Respeitar a escolha informada pelas mulheres do local do nascimento.
f) Prever cuidados durante o trabalho de parto e no parto, onde o nascimento será
possivelmente realizado, com segurança e confiança para a mulher.
g) Respeitar o direito da mulher à privacidade no local do parto.
h) Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto.
i) Respeitar a escolha de companhia durante o trabalho de parto e parto.
j) Oferecer às mulheres informação e explicações sobre o que elas desejarem.
k) Não utilizar métodos invasivos, nem métodos farmacológicos para alívio da dor
durante o trabalho de parto, e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento.
l) Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente.
m) Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais
reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto.
n) Usar luvas no exame vaginal durante o nascimento do bebê, e na dequitação da
placenta.
o) Dar liberdade na seleção da posição e movimento durante o trabalho do parto.
p) Encorajar posição não supina no parto.
q) Monitorar, cuidadosamente, o progresso do trabalho do parto, por exemplo, pelo uso
do partograma da OMS.
r) Utilizar ocitocina profilática no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de
hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em conseqüência da perda de até uma
pequena quantidade de sangue.
s) Condições estéreis ao cortar o cordão.
t) Prevenir hipotermia do bebê.
u) Realizar, precocemente, contato pele a pele entre mãe e filho, dando apoio na
iniciação do aleitamento materno dentro da primeira hora após o parto, conforme
diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno.
v) Examinar rotineiramente a placenta e as membranas ovulares.
Categoria C: Condutas sem evidência suficiente para apoiar uma recomendação e que
deveriam ser usadas com precaução, enquanto pesquisas adicionais comprovem o
assunto:
a) Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas,
imersão em água e estimulação nervosa.
b) Uso rotineiro de amniotomia precoce no primeiro estágio do trabalho de parto.
c) Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto.
d) Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do pólo cefálico no
momento do parto.
e) Manipulação ativa do feto no momento de nascimento.
f) Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de
ambas durante o terceiro estágio do trabalho de parto.
g) Clampeamento precoce do cordão umbilical.
h) Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante o terceiro estágio
do trabalho de parto.
A mudança do século, com a entrada para o terceiro milênio, buscou resgatar valores até
então adormecidos à visão da integralidade da pessoa humana. A enfermagem deve
fazer uma séria revisão da sua prática profissional e da formação dos recursos humanos
necessários neste processo do cuidar (RIBEIRO; FUREGATO, 2003).
A enfermagem constitui o elo entre o paciente e o ambiente em sua volta, é quem passa
a maior parte do tempo junto ao paciente, portanto é a maior responsável pelo bem
estar, pela orientação, apoio e pela palavra confortadora (MARQUE; DIAS;
AZEVEDO, 2006).
A humanização na enfermagem somente terá seu real destaque, quando a assistência for
diferenciada e personalizada o que já acontece em alguns hospitais, mais ainda são
minoria. E quando as habilidades técnicas e o conhecimento científico não forem mais
vistos como um cuidar mecânico e sim meios modernos utilizados para um cuidar
preciso, agregado a dedicação e respeito ao ser humano.
Durante o pré-natal, a gestante deve receber orientações em relação aos seguintes temas:
processo gestacional, mudanças corporais e emocionais durante a gravidez, trabalho de
parto, parto e puerpério, cuidados com o recém-nascido e amamentação. Tais conteúdos
devem incluir orientações sobre anatomia e fisiologia maternas, os tipos de parto, as
condutas que facilitam a participação ativa no nascimento, sexualidade e outras. É
importante considerar, nesse processo, os desejos e valores da mulher e adotar uma
postura sensível e ética, respeitando-a como cidadã e eliminando as violências verbais e
não verbais. Os serviços de pré-natal e os profissionais envolvidos devem adotar as
seguintes medidas educativas de prevenção e controle da ansiedade (BRASIL, 2001):
Além das medidas educativas que devem ser introduzidas nos programas de pré-natal,
durante a gravidez, a preparação da mulher para o nascimento compreende
principalmente a adoção de medidas referentes ao trabalho corporal. O objetivo da
implementação destas medidas é oferecer à mulher um melhor conhecimento da
percepção corporal, bem como do relaxamento e da respiração para um melhor controle
do trabalho de parto e parto. Para isso é necessário trabalhar com a gestante com
exercícios próprios para cada etapa da gravidez, com o relaxamento e com os exercícios
respiratórios (BRASIL, 2001).
O conceito de parto humanizado é simples: ver o nascimento não apenas como um ato
médico, mas como um evento que diz respeito à vida sexual e afetiva de um casal (DE
MARI, 1997).
Uma assistência humanizada é aquela em que se consideram não apenas as
conveniências dos profissionais, mas também as demandas e expectativas da família. É
uma assistência em que, por exemplo, são oferecidas alternativas de assistência ao
parto, e em que se garante a possibilidade da presença do acompanhante (RATTNER,
1996).
Duarte (2005) considera como intervenções não humanizadas: não permitir a presença
de um acompanhante à mulher, realizar lavagem intestinal e tricotomia dos pêlos
pubianos, usar violência verbal e psicológica, usar indução intravenosa para acelerar o
parto, prescrever jejum, restringir movimentos ao indicar repouso no leito, usar
episiotomia indiscriminadamente, realizar parto em posição ginecológica e separar o
recém-nascido da mãe logo após o parto impedindo o primeiro vínculo entre ambos.
Para a mulher, o parto é o momento mais intenso que ela irá vivenciar em toda a sua
vida. Conseguir dar a luz uma criança esperada por nove meses, até o ponto em que se
transforme numa alegria muito superior ao sofrimento anterior, tudo isso é uma vitória
sem igual (SILVA, 1997).
O avanço científico na área do conhecimento médico transformou o ato humano do
parto em um ato médico científico cercado de um aparto instrumental excessivo e de
cuidados exagerados. Tal mudança de comportamento determinou um alto custo na
assistência, com um distanciamento da emoção, da ternura no momento do nascimento
de uma criança em prol de uma suposta condição “segura” de maternidade (SPECHT,
1999).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1996), os partos normais são tão variados
quanto às crianças que nascem. Se ninguém interferir no processo, na hora do parto a
natureza se manifesta. Partindo desse pressuposto, o objetivo da assistência ao parto
normal é ter uma mãe e uma criança saudáveis, com o menor nível possível de
intervenção.
Para se conseguir humanizar uma equipe, o enfermeiro deve estar atento a este conceito
de Martins (2002), pois cada profissional de enfermagem, tem os seus valores e
costumes, gerando assim esta resistência. Enfoca-se a comunicação e as relações
interpessoais que aliadas a uma sistematização possam incluir os profissionais para uma
visão mais ampla do que é humanizar.
Figura 1
4.2 Amostra
A amostra foi escolhida por conveniência, sendo composta por 30 alunos do 7º semestre
noturno da Faculdade JK, sendo que 27 do sexo feminino e 03 do sexo masculino.
4.3 Instrumento
4.4 Procedimento
Esta pesquisa foi realizada em uma rede de Ensino Superior de Enfermagem, Faculdade
JK unidade de Taguatinga Sul, Distrito Federal. Foi aplicado na amostra selecionada o
questionário na aula de Projeto de Monografia. Os alunos foram abordados na sala de
aula pelo pesquisador antes do inicio da aula para entrega dos questionários, tendo 15
minutos para responder. Em seguida os alunos assinaram o termo de consentimento em
duas vias, uma ficou com o aluno e a outra com o pesquisador. Após a aula e os alunos
terem respondido o questionário este foi recolhido pelo pesquisador.
Foi feita analise de frequência das respostas utilizando o pacote estatístico da SPSS
17.0.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A amostra foi composta por 30 alunos, na qual 27 dos indivíduos encontrados são do
sexo feminino. Tendo a Média da idade de 25,87 com o Desvio Padrão de 3,38.
Na amostra 37% trabalham na área de saúde, sendo muito importante por já ter um
conhecimento a respeito da humanização no âmbito hospitalar.
A presença do acompanhante não deve ser vista como um direito da mulher, mais
também como um contribuinte para a equipe de saúde que reflete no bom andamento do
trabalho de parto e parto, proporcionando benefícios que estão diretamente ligado ao
processo de humanização, como a diminuição do numero de parto fórceps, o uso de
analgesia, a presença da dor, a diminuição da taxa de cesárea, a ansiedade materna , o
aumento nos índices de apgar e diminuição na duração do trabalho de parto (KLAUS;
KENNEL, 2000; CASTRO, 2003).
A parturiente não deve ser considerada como uma cliente a mais e sim compreendida
em toda a sua singularidade, cabendo ao profissional de saúde no momento em que
tenha com ela o primeiro contato, bem como com a sua família, conhecer o que eles
trazem de experiência. A presença do acompanhante/família pode não somente auxiliar
a mulher a relaxar, mas também contribuir para que o serviço prestado seja mais
humanizado (BRASIL, 2001).
A falta de suporte emocional contribui para aumentar a ansiedade e a sensação de dor.
A parturiente passa por diversos sentimentos e sensações, tais como medo, angustia,
alegria, tristeza e alívio de diferentes formas, desde a contenção até a expressão de
sensações físicas e emocionais. Durante o processo de parto, a mulher tem que lidar
consciente e inconscientemente com esses fatores, o que confere, em termos psíquicos,
caráter individual e único a cada mulher e a cada parto. Isso não se restringe somente a
como a mulher atribui significamente a essa experiência, abrange também como de fato
ela acontece. Assim, a mulher pode viver uma experiência positiva, que se reflete na
sensação de força e poder, ou uma experiência carregada de sensações negativas, que
pode ter reflexos em diferentes áreas da vida, sendo assim o suporte emocional no
momento do trabalho e parto propicia benefícios físicos e emocionais antes, durante e
após a parturição.
Com certeza é função do enfermeiro prestar toda atenção, quando à parturiente adestra
ao Centro Obstétrico.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta forma, fica claro que durante a graduação os alunos são preparados a prestar uma
assistência humanizada, visando sempre o alcance da excelência no atendimento ao
cliente e a família de forma mais humana.
7. REFERÊNCIAS
VOLOCHLO, A editorial. Notas sobre nascimento e parto. São paulo, vol. 1, n. 1, dez.
2000.
8. APÊNDICE
Apêndice A
Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para:
Danila Mayara Lemos de Souza, telefone: 8471-5206, no horário: 09:00 às 18:00 horas.
Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade JK.
Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da
pesquisa, podem ser obtidos através do telefone: (61) 33526290.
Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável
e a outra com o sujeito da pesquisa.
Nome / assinatura
Pesquisador Responsável
Apêndice B
QUESTIONÁRIO
Identificação
( ) Feminino
( ) Masculino
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
8) Uma das propostas para humanizar o serviço, citadas por Rattner et al (1997) é
reduzir as cesáreas desnecessárias. Você acha importante essa afirmação?
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
10) Com certeza é função do enfermeiro prestar toda atenção, quando à parturiente
adentra ao Centro Obstétrico. Você acha que o tratamento faz parte do processo do
parto humanizado (respeitar o processo de dor natural, dando todo suporte emocional
para amenizar o sofrimento, um simples toque nas mãos, um sorriso, um afago, apenas a
presença para dizer que a parturiente não está só)?
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não