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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE FÍSICA

Movimento Balístico (Análise gráfica)

LABORATÓRIO DE FÍSICA 1

Professor: José Garcia Vivas


Alunos:
Antônio Torres
Lucas Nonato
Rodrigo Vital
Talita Ariane

Turma: 190000

Salvador- Ba
Outubro de 2021
1. Introdução
Nesse experimento examinamos as ações do movimento balístico. A
balística é responsável por estudar fenômenos que ocorrem a partir de
quando o projétil abandona a arma e o instante em que este atinge o
alvo. Foi possível atrás da evolução tecnológica reproduzir a trajetória
de forma mais próxima da realidade possível através do software Phet.
Com as configurações e parâmetros estabelecidos previamente pelo
docente, objeto atingiu valores próximos aos da realidade utilizando
essa plataforma.

2. Objetivo
O objetivo do experimento é analisar o movimento balístico e examinar
a decomposição dos vetores no MRU e MRUV. Produzir gráficos e
refletir sobre os parâmetros da equação do movimento graficamente.

3. Experimento
3.1. Material Utilizado
Dispositivo com acesso à internet, software interativo de física Phet,
usado para hospedar as configurações, fazer os lançamentos e coletar
os resultados, e planilha virtual do Google utilizado para armazenar
esses resultados e transformá los em gráfico.

3.2. Montagem
Não houve a necessidade de realizar o experimento fisicamente, logo
não existiu a montagem de equipamentos para obter os resultados.
Pois foi realizado de forma remota e virtual através da plataforma digital
previamente programada.

3.3. Medidas realizadas


As medidas utilizadas foram fornecidas pela plataforma digital Phet ,
com o intuito de obter os dados precisos e relevantes na manutenção
dos dados. O software faz um simulação através dos dados
pré-definidos. Possuindo trena digital e tabela de verificação de dados
por ponto dentro do programa.
Figura 1 - Interface da plataforma PhET Colorado. Fonte: os autores, a partir de uma captura de tela na
plataforma. Retirado de:
https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_en.html. Acesso em 05 de
outubro de 2021.

4. Resultado
4.1. Medidas Observadas

-Item A
Fizemos os lançamentos na plataforma com velocidade de 16 m/s e
massa de 1kg, sem a resistência do ar e utilizando os seguintes
ângulos abaixo.
Alcance - SEM RESISTÊNCIA

Ângulo Tempo (s) Distância (m) Altura (m)

30º 1,63 22,62 0

40º 2,1 25,73 0

45º 2,3 26,02 0

50º 2,5 25,71 0

60º 2,83 22,62 0

70º 3,07 16,79 0

80º 3,22 8,93 0


Tabela 1 - Registro do ângulo de lançamento, tempo,alcance e altura da esfera com a resistência do ar .Fonte: Os
autores.
Após os lançamentos concluímos que o ângulo de 45° obteve o maior
alcance. Confirmado a hipótese obtida através da fórmula do alcance (Eq.
4.1)

A = V² ·sen(2θ) (Eq. 4.1)


g

Já que duas vezes 45 obtemos 90, e o sen(90º) é 1, valor máximo para o


seno. Logo, 45° seria mesmo o maior alcance.

Fazendo os lançamentos com os mesmos ângulos porém com a resistência


do ar, percebe-se que o ângulo de 40º é o que tem maior alcance.

Alcance - COM RESISTÊNCIA

Ângulo Tempo Distância Altura

30º 1,5 16,81 0

40º 1,89 18,21 0

45º 2,07 18,19 0

50º 2,23 17,70 0

60º 2,51 15,41 0

70º 2,71 11,48 0

80º 2,84 6,18 0


Tabela 2 - Registro do ângulo de lançamento, tempo,alcance e altura da esfera sem a resistência do ar .Fonte: Os
autores.

-Item B

Com a configuração dada pelo docente, fizemos o arremesso de um objeto,


usando os mesmo parâmetros para dois tipos de lançamento, um sem a
resistência do ar e outro com resistência do ar. Com a massa de 10kg,
velocidade de 16 m/s, diâmetro 1m e ângulo de 50º. Auxiliado pela tabela de
verificação de dados contidas no Phet medimos os valores do tempo, distância e
altura(a projeção no eixo horizontal da posição do objeto).
Tabela 3 - Registro das distância e altura da trajetória da partícula em cada instante (tempo).
Fonte: Os autores.
Como solicitado em sala de aula, a tabela não contém o ponto da altura
máxima em relação ao solo e nem o ponto de choque com o chão, pois o
corpo já havia atingido o solo. Abaixo observamos os lançamentos do projétil
sem a resistência do ar na figura 2 e com a resistencia do ar na figura 3.
Figura 2 - Lançamento de um corpo personalizado sem a resistência do ar na plataforma PhET Colorado. Fonte: os
autores, a partir de uma captura de tela na plataforma. Retirado de:
https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html. Acesso em 05 de outubro
de 2021.

Figura 3 - Lançamento de um corpo personalizado com a resistência do ar na plataforma PhET Colorado. Fonte: os
autores, a partir de uma captura de tela na plataforma. Retirado de:
https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html. Acesso em 05 de outubro
de 2021.

-Item C
Com os valores obtidos dos arremessos do Item B, foram criados gráficos na
planilha do Google o gráfico 1 registra distância(m) x tempo(s), nele está
computados os valores com e sem resistência do ar e o gráfico 2 registra
altura(m) x tempo(s), também registrando os valores com e sem a resistência
do ar.
Gráfico 1 - distância(m) x Tempo(s). Fonte: Os autores
Observando o gráfico nota-se que a distância percorrida pelo objeto varia
linearmente ao longo do tempo, apresentando uma reta crescente, dessa
forma representando um MRU.
De outra maneira, é visivelmente perceptível, que com o advento a
resistência do ar a partícula tem um alcance menor na medida em que o
arrasto têm efeito, o objeto tende a perder velocidade mais rapidamente.
Gráfico 2 - Altura(m) x Tempo(s). Fonte: Os autores

Já nesse gráfico é descrita uma trajetória parabólica evidenciando que a


altura variou de forma quadrática constituindo assim um MRUV (movimento
retilíneo uniformemente variado), indicando que o objeto sofreu a aceleração
da gravidade e entrou em queda em um determinado intervalo de tempo. Da
mesma maneira ao Gráfico 1 concluimos que com a resistência do ar o objeto
tem uma altura máxima menor e seu tempo de voo é inferior ao sem a
resistência, ou seja, entra em queda mais rápido, comprovando que a
resistência do ar influencia a trajetória do projétil.

-Item D
Para calcular da aceleração da gravidade (g), analisamos as equações
geradas pelos gráficos para ajustar as curvas referentes à variação da altura
y, no gráfico da altura(m) x tempo(s), e as comparamos com a equação da
cinemática que descreve a altura no lançamento oblíquo (Eq. 4.2 )

Y (t) = Y o + V oy · t − gt² (Eq. 4.2)


2

Observando as equações das trajetórias dos gráficos com curvas ajustadas


de altura x tempo com e sem a resistência do ar, encontramos nos
coeficientes dos fatores quadráticos os valores:

COM RESISTÊNCIA DO AR:


0,449 + 9,5t -4,84t²
-g = -4,84
2
g= 9,68 m/s² (gravidade)
SEM RESISTÊNCIA DO AR:
2,88E-03 + 12,3t -4,9t²
-g = -4,9
2
g= 9,8 m/s² (gravidade)
5. Conclusão
Após vistas as trajetórias realizadas no software do Phet, foi
possível descrever o movimento balístico realizado pelas partículas.
Ver o comportamento do projétil ao ser lançado sob diversas condições
como m ângulo θ diferentes em relação ao plano horizontal de sua
origem, massa, diâmetro e velocidade. Coletando esses dados
pudemos colocar em uma planilha eletrônica e tabelas para obter
gráficos com o propósito de visualizar graficamente a relação entre
distância e tempo, e altura e tempo, nas simulações com e sem a
resistência do ar.
Ademais, foi de suma importância aprender o manuseio do Phet
e atrelar aos seus resultados conceitos teóricos de Física como
equações e fórmulas previamente aprendidas.
Também aprendemos que a relação ângulo e altura máxima
obedece uma relação de proporcionalidade. Outrossim verificamos que
o alcance aumenta sempre que o ângulo for 45º ou quanto mais
próximo dele estiver.
Por fim, analisando todo experimento concluimos que ele atingiu
seu objetivo teórico-prático consolidando os conhecimentos e
mostrando didática.
6. Bibliografia
David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker; tradução Ronaldo Sérgio
de Biasi - Fundamentos de física, volume 1 : mecânica / - 10. ed. -
Rio de Janeiro : LTC, 2016.
Apostila de Teoria de Erros e Mecânica, 1998. Argollo, R. M; Ferreira,
C. e Sakai, T. – Dep. de Geofísica Nuclear – IF/UFBA.

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